CUSTOMIZAÇÃO DO MOODLE A PARTIR DO DIÁLOGO ENTRE AS REDES SOCIAIS E A CULTURA DA IMAGEM: um breve ensaio sobre a comunicação nas redes sociais, o poder da imagem e a educação online.
1) O documento discute a customização do Moodle a partir do diálogo entre as redes sociais e a cultura da imagem.
2) É proposta uma aproximação com as redes sociais para planejar a identidade visual e customizar o Moodle de acordo com o público-alvo do curso sobre voluntariado para a Copa do Mundo de 2014.
3) O curso online teve como objetivo construir uma proposta pedagógica sensível ao contexto social do país à época, considerando o papel das redes sociais e mídias no desenvolvimento humano.
O fenômeno da evasão e da persistência nos cursos superiores onlineWilsa Ramos
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Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
CUSTOMIZAÇÃO DO MOODLE A PARTIR DO DIÁLOGO ENTRE AS REDES SOCIAIS E A CULTURA DA IMAGEM: um breve ensaio sobre a comunicação nas redes sociais, o poder da imagem e a educação online.
1. CUSTOMIZAÇÃO DO MOODLE A PARTIR
DO DIÁLOGO ENTRE AS REDES SOCIAIS E A
CULTURA DA IMAGEM:
um breve ensaio sobre a comunicação
nas redes sociais, o poder da imagem e a
educação online.
Prof. Wilsa Ramos
UnB – Instituto de Psicologia - CEAD
2. O diálogo entre as mídias e redes sociais e a conversão
dos significados e sentidos produzidos pelo coletivo
social de uma dada comunidade tem sido uma
preocupação para os educadores na construção de
cursos online.
3. CAIXA PRETA
O problema da Caixa Preta surgiu na eletrotécnica.
É dada ao engenheiro uma caixa lacrada, com terminais de entrada, aos quais se
podem aplicar quaisquer tensões elétricas, choques ou outras perturbações e,
terminais de saída, a partir dos quais efetua observações.
O experimentador deveria deduzir o que puder a respeito de seu conteúdo.
O problema da caixa preta é uma das armas pesadas da Cibernética.
CAIXA PRETA
(Autoria Mirian
Tavares)
4. Qual a utilidade?
Imediata: testar os conhecimentos dos estudantes quanto às
características dos vários dispositivos elétricos.
Em vários campos do conhecimento, onde a partir de um fato você
deve deduzir o que está acontecendo no mecanismo interno.
(paciente com lesão cerebral e afasia – testes para compreender
os mecanismos e as lesões)
Pedagógica: Perceber o todo e as suas relações.
É comum, no ensino, trabalhar com as partes isoladamente, por
questões didáticas, e assim, dificilmente, tem-se uma noção das
interações do todo.
CAIXA PRETA
(Autoria Mirian
Tavares)
5. No contexto do ano de 2013, o Brasil viveu um novo ciclo
de mobilização e de protestos nas ruas contrários às
despesas e aos aumentos de tarifas de serviços (transporte
público), com foco nos gastos e despesas para a
realização da Copa das Confederações (2013) e da Copa
do Mundo (2014).
7. Os movimentos sociais mesclam momentos nas redes
sociais e nas ruas. Quando o facebook vai para as ruas e as
ruas vão para o facebook.
Movimentos sociais
8. As redes sociais foram utilizadas para dar voz aos coletivos e movimentos de
rua intitulado: “não vai ter copa”.
Neste contexto, surgiu a proposta pedagógica do curso online para os
voluntários da Copa.
Percebemos e vivenciamos a importância de estabelecer uma aproximação
com as redes sociais para planejar a identidade visual e a customização do
Moodle para o público alvo do curso.
9. Por uma Cultura de Voluntariado no Brasil!!!
Do projeto pedagógico a materialização do curso online:
Curso online e parte presencial: Formação de voluntários para atuarem
na Copa do Mundo de 2014.
Público alvo: 35.239
Trabalho em equipe multiprofissional, com diversas parcerias firmadas:
IBICT, UFRN, CVSP, ONG Childhood, ESAF...
Financiador Ministério do Esporte – Programa Brasil Voluntário, a partir
da experiência da UnB na Copa da Confederações (2013).
10. Objetivo do projeto:
Construir uma proposta pedagógica para a formação do
voluntariado que visava customizar o ambiente virtual de
aprendizagem tornando-o sensível à crise que atravessava o
país.
11. O Inter diálogo entre as mídias e redes sociais e o
Moodle.
Sem diálogo, significaria perder as conexões com a
parte interna da caixa.
12. Sociedades do conhecimento buscam a valorização
das práticas sociais de empoderamento das pessoas
pelo processo identitário, pelo engajamento em
comunidades para a paz, para a sustentabilidade
com estratégias inclusivas, não preconceituosas.
Fundamentação teórica
UNESCO (2015) sociedades do conhecimento
se fundamentam em quatro pilares (MANSELL,
& TREMBLAY 2015):
liberdade de expressão;
liberdade de informação - acesso universal
à informação e ao conhecimento;
ensino de qualidade para todos;
respeito à diversidade cultural e linguística.
13. Ampliando a visão sobre a função das redes sociais na
Sociedade do Conhecimento
1. Mobilização, inclusão social e ampliação da participação da
população no desenvolvimento econômico e na gestão dos
serviços públicos;
2. Grande janela de visibilidade para as causas sociais;
3. Baixo custo;
4. Transmissão de informações para os atores fora das estruturas
oficiais/formais.
5. Favorecem formas democráticas de participativa, superando os
entraves da comunicação oficial ou educação formal,
potencializando novas construções semânticas e interpretações
emergem das várias visões e perspectivas que se embatem,
enfrentam-se e entrelaçam-se na web.
(HOGAN; ZIVKOVIC, 2005, Odissey Group).
14. PAPEL IMPORTANTE DAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS:
MOVIMENTOS SOCIAIS
redes sociais expressam a realidade social em construção
em um CLIQUE do momento político, cultural, sócio histórico
e econômico.
Trazem visões distintas, informais ou formais, tensionantes,
ambíguas e díspares.
Permitem diferentes olhares e interpretações.
15. A educação da cultura visual
A imagem - status diferente na sociedade do século XXI.
Na web - a imagem pode tornar-se o pivô de relações
sociais amistosas, relacionadas à cultura da paz, ou de
enfrentamentos e agressões públicas.
Enquanto fenômeno social, a imagem é o produto de
uma mudança cultural provocada pela vasta oferta de
softwares sociais e aparatos tecnológicos que permitem a
produção e a distribuição em tempo real, como nunca
visto pela humanidade. (Hernandez, 2000).
16. Para Hernandez (2000, p. 52) a
importância primordial da cultura visual
e das imagens é:
apoiar a co-construção de
significados e sentidos;
assumir a função de mediar as
experiências significativas dos seres
humanos;
cumprir a função de produzir
experiências humanas mediante a
produção de significados visuais,
sonoros, estéticos etc.
17. No planejamento dos cursos online, a equipe de produção não pode
esquivar da busca de compreensão das relações profundas e
obscuras entre o imaginário social e as representações sociais que
circulam no ciberespaço
Essas devem ser recursos para planejar e fazer o recorte
epistemológico dos cursos online e presencial.
Devem, principalmente, ser usadas no momento de criação da alma
do curso online, a sua identidade visual.
18. PSICOLOGIA - ECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO – BRONFENBRENNER E ROSSETO-
FERREIRA(*)
(*)Maria Clotilde Rossetti-Ferreira Professora Emérita da Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Licenciada em Filosofia
pela PUC-SP e
Urie Bronfenbrenner (29 de abril de 1917 - 25 de
setembro de 2005) Teórico autor da teoria Modelo
Bioecológico do Desenvolvimento Humano.
19. REDE DE
SIGNIFICADOS E
SENTIDOS PRESENTES
NA AÇÃO DE
SIGNIFICAR O
MUNDO, O OUTRO E
A SI MESMOS,
EFETIVADA NO
MOMENTO
INTERATIVO.
COMO SE DÁ O DESENVOLVIMENTO
HUMANO?
(*)Maria Clotilde Rossetti-Ferreira Professora Emérita da
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão
Preto, Licenciada em Filosofia pela PUC-SP
20. A imagem na perspectiva da psicologia do
desenvolvimento humano
(*)Maria Clotilde Rossetti-Ferreira Professora Emérita da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Ribeirão Preto, Licenciada em Filosofia pela PUC-SP
21. (*)Maria Clotilde Rossetti-Ferreira Professora Emérita da
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão
Preto, Licenciada em Filosofia pela PUC-SP
22. REDSIG E A APRENDIZAGEM
Construção de redes de
significação para a
construção de
conhecimentos.
Os contextos formativos são
lugares de mediação
culturalmente construídos e
que atuam como
laboratórios do e para o
desenvolvimento humano;
ao mesmo tempo, esses
contextos são reconstruídos
pelo indivíduo, em relação
à sua experiência anterior
(ROGOFF, 2005; VYGOTSKY,
1991)
P
L E
F
I
A
L
F
p
F
AS
C
EV
23. P
L
E P
F
EV
Carência de
pontos de
conexão na
construção da
rede de
significados.
(*)Maria Clotilde Rossetti-Ferreira Professora
Emérita da Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Licenciada em
Filosofia pela PUC-SP
25. Uso da imagem para a
compreensão do
indizível.
Ideias relacionadas as
pesquisas de Margareth
Mead e Gregory Bateson,
1930 e por Denise
Jodelet –
representações sociais.
29. A
representação
do feminino, da
mulher na
formação do
voluntariado –
Avatar Maria
Promoção da cultura da paz
Cores
vivas, que
exaltavam
a paixão
pelo
futebol no
Brasil.
Itinerário formativo “livre”
34. Imagine que você está nos arredores do estádio da cidade-sede em um posto de
atuação orientando torcedores, sobretudo quanto à localização das entradas do estádio.
Entre um pedido e outro, você observa a ausência de um colega voluntário no posto ao
lado do seu, que tem por função orientar e auxiliar pessoas com algum tipo de
deficiência. No momento, há um senhor cadeirante buscando por orientação sobre o
acesso às rampas do estádio. Logo atrás dele, você percebe outras pessoas
cadeirantes se aproximando do posto. O que você faz nessa situação?
35. Achados do curso de Formação do Voluntariado
Aproximação com noções, valores e crenças circulantes nas redes
e mídias sociais para tratar um tema tenso e vibrante ao mesmo
tempo – Formação de voluntários para Copa Mundial no Brasil -
ano 2004.
Construção de um ambiente formal e próximo da realidade dos
voluntários a partir da compreensão do papel das redes e mídias
sociais no desenvolvimento humano.
Itinerários formativos flexíveis que possibilitem níveis diferenciados
de desafios e complexidades
Temas significativos e relevantes para a função dos voluntários
numa única interface a partir das redes sociais.
Criação de espaços de trocas, de reflexão, nos quais as
realidades de cada um pudessem ser transformadas, gerando
desenvolvimento pessoal e social voltado à cultura de
voluntariado.
Quadro de competências com desafios para os voluntários
refletirem sobre o seu papel durante os jogos e para além deles:
sua prática cidadã.
36. TESTES DE SENSIBILIDADE:
Rigoroso acompanhamento da produção e seleção de materiais
didáticos e recursos multimidiáticos, observando-se as representações
relacionadas a:
Diversidade sociocultural, meio ambiente, valores, crenças e atitudes
questões étnico-racial e de gênero, faixas geracionais, classes
sociais, religiões, necessidades especiais, opções sexuais, entre
outras, que são conteúdos transversais na organização do nosso
hipertexto.
TRABALHO ÁRDUO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL DO CURSO.
ESCOLHA DAS IMAGENS – O PUBLICO ALVO DEVE SE IDENTIFICAR
AS IMAGENS DEVEM TER IDENTIDADE CULTURAL COM O PÚBLICO
IMAGENS BEM LEGAIS E BONITAS
IMAGENS QUE FOGEM AO CLICHE
39. Cultura como ponto de
partida e pano de fundo
para o projeto da
identidade visual do
AVA.
40. Se entendermos o
desenvolvimento humano
como um processo
sociocultural mediado por
signos, símbolos e imagens
devemos propor um
ambiente de aprendizagem
virtual parceiro na
construção das sociedades
do conhecimento inclusivas,
diversas e participativas.
(MANSELL & TREMBLAY,
2015).
Não queremos cursos
online caixas pretas,
desconectados das
exigências da formação
humanística das
sociedades do
conhecimento, sem
noções de interação das
partes e do todo.
41. EXTRAÍDO DO
HTTP://WWW.FEIRADECIENCIAS.COM.BR/SALA17/
17_10.ASP
“Ao defrontarmos com uma Caixa, não devemos fazer
qualquer suposição, "a priori", acerca da natureza da
Caixa e seu conteúdo. Essa caixa 'misteriosa' poderia ser
algo, digamos, que tivesse acabado de cair de um disco
voador. Admitiremos, todavia, que o experimentador
possua certos recursos para atuar sobre ela (por exemplo,
incitando-a, incidindo uma luz sobre ela), e certos recursos
para observar seu comportamento (por exemplo,
fotografando-a, registrando sua temperatura).
Agindo sobre a Caixa, permitindo que ela o afete e a seu
aparelho registrador, o experimentador está, por sua vez,
acoplado à Caixa, de modo que ambos formam junto um
sistema com realimentação”. (prof. Luiz Ferraz Neto)
42. Relação de sites selecionados para as imagens da apresentação.
Nossa copa é na rua http://pelasaude.blogspot.com.br/2014/06/blog-post_20.html slide 2
https://livrevozdopovo.blogspot.com.br/2016/07/por-que-politica-nao-e-mais-uma-
paixao.html#.V9XL8FUrLIU Nosso futebol precisa de renovação. Slide 8
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm#slider-
2 Movimentos sociais. Slide 9
http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002325/232575por.pdf slide 12
https://www.google.com.br/search?
q=foto+hernandez+cultura+visual&espv=2&biw=1366&bih=574&tbm=isch&imgil=xwiYW
Lv8ZwiCpM%253A%253B8kad3MI4jpAiMM%253Bhttp%25253A%25252F
%25252Fwww.educacaopublica.rj.gov.br%25252Fbiblioteca%25252Feducacao_artistica
%25252F0037.html&source=iu&pf=m&fir=xwiYWLv8ZwiCpM%253A
%252C8kad3MI4jpAiMM%252C_&usg=__FiO8p1J4inFkaceRcbbzWUVk5HA%3D como
olhamos e como nos olhamos slide 16
https://ficcaoenaoficcao.wordpress.com/2014/01/27/motivos-para-afirmar-que-vai-ter-
copa/ slide 10
https://kidswithgun.wordpress.com/2012/05/17/identidade-cultural/ identidades
brasileiras marcas identitarias slide 40
http://remenegatti.com.br/blog/28-arquitetura-da-informacao arquitetura da informação
slide 27
43. REFERÊNCIAS
HARRÉ, R.; GILLET, G. A mente discursiva: os avanços na ciência cognitiva (D.
Batista, Trad.). Porto Alegre: Artmed, 1999.
HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de
trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
HOGAN, J.; ZIVKOVIC, A. Space, communication and the daily exercise of
solidarity: an exploration of distributed discourse in the cyber campaigns of
firefighters in the UK. 37th World Congress of the International Institute of
Sociology, Stockholm on July 5-9, 2005.
MANSELL, R.; TREMBLAY, G. Renovando a visão das sociedades do
conhecimento para a paz e o desenvolvimento sustentável. Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. São Paulo:
Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2015.
TRERÉ, E.; BARRANQUERO CARRETERO, A. De mitos y sublimes digitales:
movimientos sociales y tecnologías de la comunicación desde una
perspectiva histórica. Revista de Estudios para el Desarrollo Social de la
Comunicación, Norteamérica, n. 0, oct. 2013.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed., São Paulo: Martins Fontes,
1998.
44. OBRIGADA!
Wilsa Ramos
ramos.wilsa@gmail.com
Rute Bicalho – arutebicalho@gmail.com
Endereço para acessar a página do curso:
http://ead.brasilvoluntario.gov.br/