O documento discute a cultura maker e o movimento DIY. Apresenta como o DIY surgiu na década de 1950 e ganhou força nos anos 1960-1970 associado a ideais anticapitalistas e anticonsumistas. Também aborda como o movimento maker ressignifica o DIY transformando hobbies em atividades potencialmente revolucionárias.
5. O DIY surgiu na década de 50, e nos anos 1960 e 1970, ganhou
força no cenário punk underground, em que
bandas DIY eram aquelas que contavam com produção
independente desde a composição das músicas até os álbuns, a
divulgação, a venda. O conceito DIY também foi associado a
idéias anticapitalistas, anticonsumistas,
pregando que todos são capazes de produzir o que consomem.
#DIY
6.
7. O surgimento do punk coincidiu com um momento
político delicado, o que contribuiu para que muitas
bandas criticassem o governo em suas músicas
enfrentando o sistema.
O estilo abriu espaço para as mulheres
Se quiser bem feito... DIY!
O DIY se expandiu para a moda e para o design –
eram comuns pôsteres, flyers e roupas feitos à mão.
#punk
9. Os adeptos do movimento passaram a comprar menos roupas de lojas
grandes, priorizando roupas de brechó ou reformadas por eles próprios;
os músicos adeptos ao gênero produziam seus álbuns e shows de forma
independente, sem a mediação de uma gravadora ou distribuidora,
dependendo fortemente de estratégias de divulgação como o design e
distribuição de flyers, pôsteres e outras peças gráficas.
http://pontoeletronico.me/2015/do-it-yourself/
10. O movimento maker ressignifica o que
era chamado de DIY (Do-It-Yourself)
transformando o passatempo cotidiano numa
atividade potencialmente revolucionária.
http://designlivre.org/documentarios-sobre-cultura-maker/
11. #CUSTO
MIZAÇÃO
A customização consiste em uma
modificação ou criação de alguma coisa
de acordo com preferências ou
especificações pessoais.
Assim, customizar é alterar alguma coisa
segundo o seu gosto pessoal.
12. #Economia
Colaborativa
A economia compartilhada já está em todo lugar.
Veículos, vagas de garagem, sofá amigo para
dormir na casa de alguém, troca de tempo, tudo,
tudo, tudo. Uma pesquisa recente da Market
Analysis revelou que um em cada cinco brasileiros
já ouviu falar ou leu alguma coisa a respeito do
consumo colaborativo/compartilhado (20%).
13. O EZPARK É UMA SOLUÇÃO GLOBAL PARA ESTACIONAMENTO EM ÁREAS
URBANAS
Presente em 4 países: Chile, EUA, Brasil e Nigéria
Sharing: Residências, Condomínios, Farmácias, Supermercados, etc.
Mais de 3.145 estacionamentos cadastrados
Crescimento: Junho 687 - Agosto 3145
“O usuário acessa as informações em tempo real e pode escolher a vaga que
melhor atende suas necessidades. Além disso, é possível reservar vagas para uso
posterior, algo importante no caso de eventos como shows ou partidas de
futebol.” http://destinonegocio.com/br/casos-de-sucesso/vagas-para-todos-
conheca-o-aplicativo-de-estacionamento-ezpark/
BLIVE
> Rede colaborativa de troca de tempo
> Maior plataforma de troca de tempo do mundo
> 80.000 usuários ativos no mundo
100 países
> Recursos próprios, Sócios, Mentoria, Incubação, MVP, Investidor anjo…
“O site parte da ideia de que as pessoas podem usar suas experiências e seu
tempo livre para ensinar e aprender. Alguém que saiba bem inglês, por
exemplo, pode trocar 1 hora de conversação por 1 hora de aula de culinária.”
http://exame.abril.com.br/
14. MY OPEN CLOSET
Somos uma rede de amigas com vestidos de diversas
marcas, tamanhos e modelos. Tudo online e sem sair de
casa (mas se quiser vir conhecer a gente e provar o
vestido também pode, é só marcar um horário!).
Todos os modelos foram compartilhados pelas nossas
colaboradoras e escolhidos com todo o cuidado.
HOUSE OF WORK
É como dividir açúcar, só que mais doce. Uma vila inteira para
compartilhar a vida no coração de Pinheiros, São Paulo, e em
breve no mundo.
18. O filme We are Makers não é uma história sobre
ferramentas, mas sobre pessoas que usam as novas
ferramentas para colaborar e co-criar o mundo em que
vivem.
http://site.designoteca.com/2013/08/14/we-are-makers-o-
filme/#sthash.zYYcxtAp.dpuf
19. #MAKERSNo livro do autor Chris Anderson, Makers - A Nova Revolução
Industrial, fala que os últimos 10 anos foram de descobertas de
novas maneiras de criar, de inventar e de colaborar na Web. Os
próximos 10 anos serão de aplicações desses ensinamentos no
mundo real. A obra busca evidenciar que o futuro econômico
emergirá do avanço do Movimento Maker. Os Makers criam
novos produtos e serviços usando ferramentas digitais,
projetando em computador e produzindo cada vez mais em
máquinas de fabricação pessoais.
21. A informação é abundante. O conhecimento (formal e informal) está cada vez mais
acessível na internet. Não dependemos mais das fontes tradicionais de investimento e a
tecnologia está cada vez mais barata e acessível, inclusive nos trazendo soluções como
Arduino e Impressão 3D que tornam ainda mais acessíveis (mais fácil, mais barato e
mais rápido) criar produtos e serviços.
Qualquer pessoa pode criar, prototipar, produzir, vender e distribuir qualquer produto.
http://makers.net.br/sobre/
26. ME GUSTA: ARTE, MODA, MÚSICA E VARIEDADE
Uma composição de ideias e pessoas que criam.
Organizada pela Revista J’adore a ideia da Me Gusta
não é ser apenas uma feira, e sim um dia de
integração com a cidade, por isso a característica
essencialmente de rua, valorizar marcas locais e a
economia colaborativa, além de proporcionar uma
tarde para a arte e diversão.
27. O QUE AS PESSOAS PROCURAM?
Estar em contato com um grande grupo, que
valorizam a troca de experiências.
Alguns são jovens que trocaram a balada fechada
pelo clima livre dos parques e calçadas
É uma forma de valorizar os espaços públicos da
cidade e trocar experiências com os frequentadores
28.
29. CÔTÉ DESIGN UPCYCLE
Marca criada por duas Arquitetas,
estavam expondo pela primeira vez
seus produtos na Me Gusta.
A Marca surge buscando valor em
materiais além do óbvio nos
acessórios produzidos, adotando o
conceito de upcycle desde a
concepção das peças até a sua
produção. Inquieta a marca busca
um design delicado a partir de
madeira de reuso, sobras de
concreto retalhos em couro e metal
“Côté Explorando o potencial dos
materiais, surgiu a Côté. Nossa
matéria prima é objeto de resgate,
reuso, ressignificação.”
30.
31. ENTREVISTAS Banda Vertz | Estilo é pop, com influência Brasileira.
A Banda vertz é uma banda totalmente independente autoral. Realizamos a produção musical
que consiste em arranjos, composição, gravação e execução. A banda tem uma influência do
Pop internacional e MPB. São 4 componentes violão e voz Leandro, guitarra Henrique Zenn,
contrabaixo Vinicius Slow e Bateria Roger. Com a morte da indústria fonográfica, que
financiava
a gravação, conceito estético e posicionamento no mercado, abriu espaço para bandas como a
Vertz. Que não tem apelo comercial ou dinheiro para financiar Jabá (pagar para tocar nas
Rádios). Enfrentamos dificuldades para comprar instrumentos e pagar a mixagem e
masterização do disco. Para pagar criamos o projeto EP, onde vendemos camisetas. Temos
objetivo de ter a musica como principal fonte de renda e profissão. Pelo amor pela arte e
certeza na qualidade do trabalho.
Leandro Santos, músico.
32.
33. ENTREVISTAS Frabique Lab | Maker space de fabricação digital à marcenaria tradicional.
“Espaço que permite as pessoas atravessarem da ideia até a finalização, permitindo, testar,
prototipar e lançar projetos sobre o mesmo teto. Também serve como um local de encontro
para a comunidade criativa, onde são realizados eventos e workshops que variam de
impressão 3D à papel maché. É um espaço onde a criação e a fabricação estão acontecendo
de forma simultânea, acessivel e aberta. O Fabrique é um novo modelo de
empreendimento, que busca aproximar as pessoas, difundir conhecimento e criar uma nova
forma de nos relacionarmos com a cultura material.”
O espaço Maker surgiu de uma necessidade nossa (o grupo fundador) que depois acabou se
tornando um empreendimento. Uma necessidade da prática de criação, desenvolvimento e
produção de produtos.
Nesse processo de encontrar o caminho já fomos um co-working de espaço grande, viramos
um FabLab e hoje nos projetamos como um MakerSpace.
O perfil das pessoas que costumam ir ao Fabrique são normalmente profissionais das áreas
de arquitetura/design/publicidade além de entusiastas da marcenaria tradicional com idade
entre 20 e 40 anos, divididos quase igualmente entre homens e mulheres, mas o publico
feminino leva uma leve vantagem (51~52%).
Andre Lacerda, Co-Fouder
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35. ENTREVISTAS Artes da Karla Pi
O fator que impulsionou a decisão da mudança profissional foi uma demissão.
O quê era um hobby, um prazer passou a ser o meu trabalho. Desde então, batalho para
viver do artesanato.
Há muitos anos o jornalismo deixou de ser a minha paixão. Desde que deixei os veículos de
imprensa (rádio, TV, jornal, sites de notícias) para atuar na área da comunicação corporativa,
meus ideais de carreira ficaram para trás. Quando descobri que podia trabalhar com minhas
mãos, alma, criatividade, que podia pesquisar e estudar para fazer um trabalho manual
diferenciado, interessante e bonito, meu objetivo mudou, se renovou. Então, aos 50 anos de
idade, aquele "pé na bunda" que lançou para a mudança, para a tentativa de mudar o rumo
da minha vida.
Não tá fácil. O país vive momento cruel. Mas vou seguindo em frente, na busca de viver mais
livre, com maior qualidade de vida, trabalhando muito, mas para mim. Hoje tenho meus
horários ditados pela minha produtividade e necessidade e pelas metas estabelecidas por
mim. O dinheiro? Ainda é pouco. Mas a alegria... Ah essa tá grande!.
Karla Pimentel, Jornalista
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37. m tempos de crise, percebe-se que as pessoas
buscam caminhos alternativos. Na vida, no trabalho,
nas relações com os outros e com o ambiente em
que vivem. Não é apenas uma transgressão do
sistema, mas mais do que isso, é a busca pela
satisfação pessoal, pelo prazer de fazer com as
próprias mãos.
Vai lá e faz.
Quando as coisas não vão bem na economia ou na
política, as pessoas se engajam e buscam formas de
superar esse momento ruim juntas. É nessa hora que
a cultura maker, o DIY e os sistemas colaborativos
ganham força. Sem visar tanto a posse, mas sim o
acesso a produtos
Conclusão
mercadológica
38. O varejo que tem sentido o impacto das dificuldades
financeiras que o país enfrenta, precisa achar alternativas
para conquistar os consumidores. Gerar experiências que
façam com que as marcas se tornem participantes ativas do
processo DIY. Ao invés de estimular o consumo, com
promoções e descontos, trazer os consumidores para perto
pode ser uma forma mais inteligente de conquistá-los:
Shoppings: criar espaços de customização de roupas,
consertos de objetos, workshops e tutoriais de como fazer seu
próprio brigadeiro gourmet, etc.
Lojas: oferecer consultorias de customização, consultorias e
dicas de como ter as peças certas no armário. Armário detox.
O momento é de pensamento coletivo, com foco no ganha -
ganha, mais voltado para o "valor" do consumidor, e não das
coisas.
Conclusão
mercadológica