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Contra exemplo de Russell à noção tradicional de conhecimento (CVJ):
O filósofo e matemático britânico Bertrand Russell (1872-1970) refere um relógio muito fiável
que está numa praça. Numa determinada manhã X olha para ele para saber que horas são. Como
resultado X fica a saber que são 8.20. X tem justificações para acreditar nisso, baseado na
suposição de que o relógio tem sido muito fiável no passado. Mas supõe que o relógio parou há
exatamente 24 horas, apesar de X desconhecer este facto. X tem a crença (S acredita que são
8:20) verdadeira (são realmente 8:20) justificada (o relógio é muito fiável) de que são 8.20, mas
X não sabe que esta é a hora correta. Com efeito, aqui, a relação entre a justificação e a verdade
da crença é contingente e não parece possível falar de conhecimento em semelhante caso. O que
significa que as três condições indicadas pela teoria CVJ não são suficientes, ou seja, é necessária
uma condição extra: não haver novas informações que a contradigam até ao momento presente, ou
seja, estar justificada dentro de um determinado tempo e de um determinado contexto.
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O filósofo e matemático britânico Bertrand Russell (1872-1970) refere um relógio muito fiável
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