Este documento apresenta as diretrizes de 2012 da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma. Ele discute a definição, diagnóstico, classificação, componentes do cuidado e manejo das exacerbações da asma.
O documento discute o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) no tratamento da Síndrome Metabólica, abordando sua definição, fatores de risco, avaliação, tratamentos não-farmacológicos e dietoterápicos, e tratamento medicamentoso.
O documento descreve um caso clínico de um paciente de 58 anos que deu entrada na emergência com perda de consciência, vômito em jato, sudorese e déficit motor à direita. Apresentava sinais de confusão, arritmia cardíaca, hemiplegia à direita e alterações nos sinais vitais como pressão arterial e frequência respiratória elevadas. O exame físico realizado foi incompleto e faltaram alguns procedimentos como avaliação do estado nutricional e exames específicos.
Este documento apresenta o caso clínico de uma paciente de 33 anos internada há um mês e quatro dias devido a insuficiência renal crônica. O resumo inclui o diagnóstico nutricional da paciente como moderadamente desnutrida, seus hábitos alimentares não saudáveis e a conduta nutricional recomendada focada em alimentos com baixo sódio, potássio, cálcio e fósforo.
Este documento fornece instruções sobre como realizar uma avaliação clínica completa, incluindo anamnese, histórico médico, exame físico e diagnóstico. Ele descreve os componentes essenciais da anamnese como identificação do paciente, queixa principal, histórico médico atual e passado, história familiar e social. O documento enfatiza a importância de uma avaliação clínica cuidadosa para chegar a um diagnóstico correto.
O documento resume os principais aspectos da captação de fígado em doador cadavérico para transplante hepático, incluindo a legislação brasileira, tipos de doadores, contraindicações, procedimento cirúrgico com perfusão e preservação do órgão, acondicionamento e importância do tempo de isquemia.
1. O documento discute o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono e ronco primário, abordando a história clínica, questionários, exame físico e exames complementares.
2. Questionários como o de Berlim e a Escala de Sonolência de Epworth são importantes ferramentas para rastreamento, porém têm limitações para diagnóstico.
3. Em adultos, a associação de sintomas, alterações na ESE e aumento de IMC aumentam a probabilidade de AOS, enquanto em cri
O documento discute o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) no tratamento da Síndrome Metabólica, abordando sua definição, fatores de risco, avaliação, tratamentos não-farmacológicos e dietoterápicos, e tratamento medicamentoso.
O documento descreve um caso clínico de um paciente de 58 anos que deu entrada na emergência com perda de consciência, vômito em jato, sudorese e déficit motor à direita. Apresentava sinais de confusão, arritmia cardíaca, hemiplegia à direita e alterações nos sinais vitais como pressão arterial e frequência respiratória elevadas. O exame físico realizado foi incompleto e faltaram alguns procedimentos como avaliação do estado nutricional e exames específicos.
Este documento apresenta o caso clínico de uma paciente de 33 anos internada há um mês e quatro dias devido a insuficiência renal crônica. O resumo inclui o diagnóstico nutricional da paciente como moderadamente desnutrida, seus hábitos alimentares não saudáveis e a conduta nutricional recomendada focada em alimentos com baixo sódio, potássio, cálcio e fósforo.
Este documento fornece instruções sobre como realizar uma avaliação clínica completa, incluindo anamnese, histórico médico, exame físico e diagnóstico. Ele descreve os componentes essenciais da anamnese como identificação do paciente, queixa principal, histórico médico atual e passado, história familiar e social. O documento enfatiza a importância de uma avaliação clínica cuidadosa para chegar a um diagnóstico correto.
O documento resume os principais aspectos da captação de fígado em doador cadavérico para transplante hepático, incluindo a legislação brasileira, tipos de doadores, contraindicações, procedimento cirúrgico com perfusão e preservação do órgão, acondicionamento e importância do tempo de isquemia.
1. O documento discute o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono e ronco primário, abordando a história clínica, questionários, exame físico e exames complementares.
2. Questionários como o de Berlim e a Escala de Sonolência de Epworth são importantes ferramentas para rastreamento, porém têm limitações para diagnóstico.
3. Em adultos, a associação de sintomas, alterações na ESE e aumento de IMC aumentam a probabilidade de AOS, enquanto em cri
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui um preço mais acessível em comparação aos modelos anteriores para atrair mais consumidores. O lançamento ocorrerá no próximo mês e a empresa espera que o novo smartphone ajude a aumentar suas vendas e participação no mercado.
O documento discute as propriedades e funções dos músculos no corpo humano. Os músculos são o único tecido capaz de gerar tensão ativamente e têm propriedades como extensibilidade, elasticidade e capacidade de gerar tensão. Os músculos podem agir como agonistas, antagonistas, estabilizadores ou neutralizadores durante o movimento. A força muscular depende de fatores como velocidade de contração, comprimento do músculo e ângulo de inserção.
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPaulo Sérgio
1) O documento discute os cuidados no pós-operatório de cirurgia cardiovascular, incluindo monitorização, complicações como baixo débito cardíaco, problemas pulmonares, isquemia miocárdica, vasoplegia e tamponamento cardíaco.
2) São descritos protocolos para analgesia, sedação, reposição volêmica, prevenção de trombose e úlcera de estresse no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
3) São apresentados parâmetros para detecção precoce de complicações como baixo dé
1) A cronobiologia estuda os ritmos biológicos associados aos ciclos circadianos de 24 horas e circanuais das estações do ano.
2) Em 1729, um astrônomo observou que plantas abriam e fechavam as folhas de acordo com a luz solar, mesmo sem luz direta, mostrando que os ritmos biológicos não dependem diretamente do ambiente externo.
3) A ausência de luz estimula a produção de melatonina pelo hipotálamo e glândula pineal, preparando
1. O documento descreve os procedimentos de avaliação fisioterapêutica de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
2. Inclui detalhes sobre critérios de admissão, avaliação de sistemas, disfunções orgânicas, índices respiratórios e protocolos de avaliação neurológica, hemodinâmica, inspecção, palpação, percussão e ausculta.
3. Também fornece um exemplo de evolução fisioterapêutica durante
1) O corpo precisa de energia para realizar atividades físicas diárias, que vem dos alimentos ingeridos na forma de carboidratos, gorduras e proteínas. 2) Esses nutrientes são quebrados e transformados em ATP, a "moeda de energia" do corpo, por três vias metabólicas. 3) A fisiologia do exercício estuda como o corpo gera e usa a energia do ATP durante a contração muscular e o exercício físico.
O documento discute as principais causas de amputação, a atuação da nutrição no pré e pós-operatório, métodos de avaliação antropométrica e um caso clínico de um paciente amputado.
O documento fornece diretrizes sobre o atendimento a pacientes com sepse grave ou choque séptico, enfatizando a detecção precoce e tratamento correto para reduzir a mortalidade. Ele descreve os sinais e sintomas da sepse, sepse grave e choque séptico, além dos passos a serem tomados nas primeiras 3 e 6 horas de atendimento, incluindo coleta de exames, antibioticoterapia e otimização hemodinâmica.
O documento discute a propedêutica abdominal, enfatizando a importância da história clínica e exame físico no diagnóstico de 70-90% dos problemas gastrointestinais. Detalha as etapas da inspeção, ausculta, percussão e palpação abdominal, assim como sinais específicos como o sinal de Murphy. Apresenta casos clínicos para ilustrar a abordagem do paciente com dor abdominal aguda.
Arquivo referente a Hipertensão.
Acompanha um caso clínico, o conceito da hipertensão, os tipos da mesma, as estruturas anatômicas que são afetadas pela hipertensão, etiologia, sintomas, achados clínicos,tratamento, a atuação farmacêutica no tratamento de pacientes com hipertensão e por fim a epidemiologia referente ao Brasil.
Esse arquivo foi feito por mim para o seminário da disciplina de Anatomia Humana do curso de Bacharelado em Farmácia.
O documento discute dietas hospitalares, explicando como elas são modificadas para atender às necessidades nutricionais e condições dos pacientes. Detalha como as dietas são adaptadas considerando fatores como hábitos alimentares, situação sócio-econômica e órgãos afetados. Também descreve características específicas de dietas como consistência dos alimentos, teor energético, macronutrientes e exclusão ou inclusão de determinados alimentos.
Diabetes - Sinalização insulina - Prof. Luciano Daniel SilvaLuciano Daniel Silva
O documento discute os efeitos do exercício físico nas vias de sinalização da insulina em três frases:
1) O exercício físico ativa a proteína AMPK nos músculos, estimulando o transporte de glicose de forma independente da insulina.
2) Estudos em ratos mostraram que o exercício aumenta a expressão e fosforilação de proteínas chave nas vias de sinalização da insulina.
3) Em humanos, o exercício também aumenta a associação entre proteínas das v
O documento discute a importância da nutrição para o futebol. Uma alimentação equilibrada é essencial para manter a saúde dos atletas, preservar a composição corporal, fornecer energia e auxiliar na recuperação. Uma dieta rica em hidratos de carbono é fundamental, ao contrário de mitos sobre a necessidade excessiva de proteínas. Beber líquidos durante os jogos também é crucial para repor as perdas hídricas.
O documento discute a relevância dos exames laboratoriais na conduta fisioterapêutica, resumindo os principais tipos de exames como bioquímica do sangue, avaliação hematológica e sedimentoscopia. Também descreve como os fisioterapeutas podem interpretar os resultados dos exames para melhor atender os pacientes.
As três principais emergências oncológicas descritas são:
1) Hipercalcemia, que ocorre em 20-30% dos tumores e causa sintomas metabólicos, musculoesqueléticos e neurológicos graves.
2) Neutropenia febril, definida como febre em pacientes com neutrófilos <500/μL ou previsão de queda para <500/μL, que aumenta o risco de infecções graves.
3) Síndrome de compressão, causada pela invasão direta do tumor ou
O documento discute a utilidade clínica da análise dos eletrólitos urinários, como sódio, potássio e cloro, para avaliar o estado volêmico e equilíbrio hidroeletrolítico. A excreção urinária desses íons pode indicar hipovolemia, alcalose, acidose e distúrbios renais. No entanto, vários fatores como uso de diuréticos e doenças renais podem limitar essa avaliação, requerendo sempre análise clínica cuidadosa.
Este documento discute os cuidados de enfermagem na administração de drogas vasoativas em cardiologia. Descreve os principais receptores cardiovasculares e as drogas mais utilizadas como adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, milrinona, nitroglicerina e nitroprussiato de sódio, destacando seus efeitos, indicações e cuidados na administração.
O documento discute metodologias para avaliação da força muscular, incluindo testes de uma repetição máxima, testes de carga relativa e critérios para escolha de métodos de teste de força.
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoresenfe2013
O documento descreve o caso de um paciente de 69 anos admitido com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Detalha a abordagem da equipe de enfermagem com foco nos diagnósticos, intervenções e evolução do paciente, que infelizmente evoluiu a óbito.
The document provides recommendations for the management of pulmonary embolism (PE) in 2010. It covers the epidemiology, diagnosis, treatment and prevention of PE. Guidelines are presented on topics such as diagnostic algorithms, anticoagulation therapy, thrombolytic therapy, filters, prognosis, prevention during pregnancy and surgery.
Este documento resume as diretrizes de 2012 da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma. Ele fornece recomendações sobre o diagnóstico, classificação, componentes do cuidado e tratamento da asma, incluindo exacerbações.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui um preço mais acessível em comparação aos modelos anteriores para atrair mais consumidores. O lançamento ocorrerá no próximo mês e a empresa espera que o novo smartphone ajude a aumentar suas vendas e participação no mercado.
O documento discute as propriedades e funções dos músculos no corpo humano. Os músculos são o único tecido capaz de gerar tensão ativamente e têm propriedades como extensibilidade, elasticidade e capacidade de gerar tensão. Os músculos podem agir como agonistas, antagonistas, estabilizadores ou neutralizadores durante o movimento. A força muscular depende de fatores como velocidade de contração, comprimento do músculo e ângulo de inserção.
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPaulo Sérgio
1) O documento discute os cuidados no pós-operatório de cirurgia cardiovascular, incluindo monitorização, complicações como baixo débito cardíaco, problemas pulmonares, isquemia miocárdica, vasoplegia e tamponamento cardíaco.
2) São descritos protocolos para analgesia, sedação, reposição volêmica, prevenção de trombose e úlcera de estresse no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
3) São apresentados parâmetros para detecção precoce de complicações como baixo dé
1) A cronobiologia estuda os ritmos biológicos associados aos ciclos circadianos de 24 horas e circanuais das estações do ano.
2) Em 1729, um astrônomo observou que plantas abriam e fechavam as folhas de acordo com a luz solar, mesmo sem luz direta, mostrando que os ritmos biológicos não dependem diretamente do ambiente externo.
3) A ausência de luz estimula a produção de melatonina pelo hipotálamo e glândula pineal, preparando
1. O documento descreve os procedimentos de avaliação fisioterapêutica de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
2. Inclui detalhes sobre critérios de admissão, avaliação de sistemas, disfunções orgânicas, índices respiratórios e protocolos de avaliação neurológica, hemodinâmica, inspecção, palpação, percussão e ausculta.
3. Também fornece um exemplo de evolução fisioterapêutica durante
1) O corpo precisa de energia para realizar atividades físicas diárias, que vem dos alimentos ingeridos na forma de carboidratos, gorduras e proteínas. 2) Esses nutrientes são quebrados e transformados em ATP, a "moeda de energia" do corpo, por três vias metabólicas. 3) A fisiologia do exercício estuda como o corpo gera e usa a energia do ATP durante a contração muscular e o exercício físico.
O documento discute as principais causas de amputação, a atuação da nutrição no pré e pós-operatório, métodos de avaliação antropométrica e um caso clínico de um paciente amputado.
O documento fornece diretrizes sobre o atendimento a pacientes com sepse grave ou choque séptico, enfatizando a detecção precoce e tratamento correto para reduzir a mortalidade. Ele descreve os sinais e sintomas da sepse, sepse grave e choque séptico, além dos passos a serem tomados nas primeiras 3 e 6 horas de atendimento, incluindo coleta de exames, antibioticoterapia e otimização hemodinâmica.
O documento discute a propedêutica abdominal, enfatizando a importância da história clínica e exame físico no diagnóstico de 70-90% dos problemas gastrointestinais. Detalha as etapas da inspeção, ausculta, percussão e palpação abdominal, assim como sinais específicos como o sinal de Murphy. Apresenta casos clínicos para ilustrar a abordagem do paciente com dor abdominal aguda.
Arquivo referente a Hipertensão.
Acompanha um caso clínico, o conceito da hipertensão, os tipos da mesma, as estruturas anatômicas que são afetadas pela hipertensão, etiologia, sintomas, achados clínicos,tratamento, a atuação farmacêutica no tratamento de pacientes com hipertensão e por fim a epidemiologia referente ao Brasil.
Esse arquivo foi feito por mim para o seminário da disciplina de Anatomia Humana do curso de Bacharelado em Farmácia.
O documento discute dietas hospitalares, explicando como elas são modificadas para atender às necessidades nutricionais e condições dos pacientes. Detalha como as dietas são adaptadas considerando fatores como hábitos alimentares, situação sócio-econômica e órgãos afetados. Também descreve características específicas de dietas como consistência dos alimentos, teor energético, macronutrientes e exclusão ou inclusão de determinados alimentos.
Diabetes - Sinalização insulina - Prof. Luciano Daniel SilvaLuciano Daniel Silva
O documento discute os efeitos do exercício físico nas vias de sinalização da insulina em três frases:
1) O exercício físico ativa a proteína AMPK nos músculos, estimulando o transporte de glicose de forma independente da insulina.
2) Estudos em ratos mostraram que o exercício aumenta a expressão e fosforilação de proteínas chave nas vias de sinalização da insulina.
3) Em humanos, o exercício também aumenta a associação entre proteínas das v
O documento discute a importância da nutrição para o futebol. Uma alimentação equilibrada é essencial para manter a saúde dos atletas, preservar a composição corporal, fornecer energia e auxiliar na recuperação. Uma dieta rica em hidratos de carbono é fundamental, ao contrário de mitos sobre a necessidade excessiva de proteínas. Beber líquidos durante os jogos também é crucial para repor as perdas hídricas.
O documento discute a relevância dos exames laboratoriais na conduta fisioterapêutica, resumindo os principais tipos de exames como bioquímica do sangue, avaliação hematológica e sedimentoscopia. Também descreve como os fisioterapeutas podem interpretar os resultados dos exames para melhor atender os pacientes.
As três principais emergências oncológicas descritas são:
1) Hipercalcemia, que ocorre em 20-30% dos tumores e causa sintomas metabólicos, musculoesqueléticos e neurológicos graves.
2) Neutropenia febril, definida como febre em pacientes com neutrófilos <500/μL ou previsão de queda para <500/μL, que aumenta o risco de infecções graves.
3) Síndrome de compressão, causada pela invasão direta do tumor ou
O documento discute a utilidade clínica da análise dos eletrólitos urinários, como sódio, potássio e cloro, para avaliar o estado volêmico e equilíbrio hidroeletrolítico. A excreção urinária desses íons pode indicar hipovolemia, alcalose, acidose e distúrbios renais. No entanto, vários fatores como uso de diuréticos e doenças renais podem limitar essa avaliação, requerendo sempre análise clínica cuidadosa.
Este documento discute os cuidados de enfermagem na administração de drogas vasoativas em cardiologia. Descreve os principais receptores cardiovasculares e as drogas mais utilizadas como adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, milrinona, nitroglicerina e nitroprussiato de sódio, destacando seus efeitos, indicações e cuidados na administração.
O documento discute metodologias para avaliação da força muscular, incluindo testes de uma repetição máxima, testes de carga relativa e critérios para escolha de métodos de teste de força.
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoresenfe2013
O documento descreve o caso de um paciente de 69 anos admitido com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Detalha a abordagem da equipe de enfermagem com foco nos diagnósticos, intervenções e evolução do paciente, que infelizmente evoluiu a óbito.
The document provides recommendations for the management of pulmonary embolism (PE) in 2010. It covers the epidemiology, diagnosis, treatment and prevention of PE. Guidelines are presented on topics such as diagnostic algorithms, anticoagulation therapy, thrombolytic therapy, filters, prognosis, prevention during pregnancy and surgery.
Este documento resume as diretrizes de 2012 da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma. Ele fornece recomendações sobre o diagnóstico, classificação, componentes do cuidado e tratamento da asma, incluindo exacerbações.
Este documento apresenta recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, abordando tópicos como epidemiologia, diagnóstico, tratamento agudo e de longo prazo, fatores de risco e prognósticos.
1) O documento apresenta os editores e editores associados da Revista Terapia Manual - Posturologia.
2) A revista publica artigos originais sobre posturologia, terapia manual, ciências da saúde e reabilitação.
3) O objetivo da revista é difundir conhecimento técnico-científico nessas áreas e contribuir para a melhoria da qualidade de vida.
I jornada-norteriograndense-cardiopediatria-2018gisa_legal
O documento lista os participantes da 1a Jornada Norteriograndense de Cardiopediatria realizada em Natal, RN. Nele são citados os nomes e instituições de diversos cardiologistas, médicos e pesquisadores brasileiros que participaram do evento.
Temas livres-xxv-congresso-card-ped-final 2018gisa_legal
1) O documento apresenta uma lista de nomes de especialistas brasileiros e estrangeiros em cardiologia e cirurgia cardiovascular.
2) A lista inclui detalhes como afiliação institucional de cada especialista.
3) O documento também fornece informações sobre o conselho editorial e apoio da revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Este documento apresenta 15 capítulos sobre pesquisas nas áreas de ciências da saúde, incluindo estudos sobre descelularização pulmonar, interações proteicas, complicações endoscópicas, dentinogênese imperfeita, eletrocardiograma em ratos, dor e estresse, efeitos do licopeno na obesidade, drenagem linfática, efeito da música em pacientes, métodos não farmacológicos para alívio da dor, reabilitação virtual, simuladores de aprendizagem, qued
Bem Estar Animal em Diferentes Espécies Atena Editora
O texto apresenta uma análise crítica de resenhas escritas por acadêmicos de medicina veterinária sobre a morte de um gorila em zoológico nos Estados Unidos. Cinco textos foram selecionados e avaliados por professores. Apenas um traz uma reflexão sobre a falta de valorização dos animais pelo ser humano. Conclui-se que há pouca preocupação com o bem-estar de espécies animais.
Práticas inclusivas no ensino de ciências e biologiaPimenta Cultural
Este capítulo descreve um estudo de caso realizado com uma aluna cega sobre o uso de modelos didáticos tridimensionais para ensinar biologia celular. O estudo analisou como a aluna interagiu com os modelos táteis e como eles contribuíram para sua compreensão dos conceitos celulares. Os resultados indicaram que os modelos facilitaram a visualização mental e a aprendizagem dos componentes e estruturas da célula.
Aptidão física e saúde: exercício físico, saúde e fatores associados a lesõesPimenta Cultural
O documento discute os efeitos fisiológicos do exercício físico em temperaturas elevadas, identificando cinco formas clínicas de manifestação: desidratação, cãibras, síncope, exaustão e hipertermia. Realiza uma revisão sistemática sobre o tema, analisando estudos sobre doenças induzidas pelo calor e suas consequências no organismo. Conclui que praticantes de exercícios, treinadores e soc
Neurologia na Urgência - Dr. Filipe Milagres.pdfFilipeMilagres
O capítulo aborda a importância do exame neurológico no atendimento de pacientes em serviços de urgência e emergência, destacando que embora o tempo de atendimento seja curto, um exame de rastreio neurológico é fundamental para auxiliar no diagnóstico. As autoras descrevem os principais componentes desse exame, como avaliação do estado mental, exames motor e sensitivo, reflexos e sinais de lateralidade.
E book-as-ciencias-biologicas-e-a-construcao-de-novos-paradigmas-de-conhecimentoAtena Editora
O capítulo descreve uma atividade realizada com estudantes do ensino médio sobre o Reino Plantae durante uma aula de campo em uma reserva florestal. Os alunos fizeram registros fotográficos de representantes de musgos, samambaias, plantas com flores e frutos, que posteriormente foram utilizados para produção de cartazes expostos na escola.
Temas livres 2017 do 34o congresso de cardiologia da socerjgisa_legal
Este documento fornece informações sobre a revista International Journal of Cardiovascular Sciences, incluindo o editor, editores associados, conselho editorial e diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Conhecimento e Diversidade em Psicologia: Abordagens Teóricas e EmpíricasAtena Editora
Esta publicação apresenta a diversidade da Psicologia não somente quanto ao
objeto de interesses de pesquisa como, também, nas abordagens que embasam as
investigações. Nesse sentido, a filosofia heideggeriana comparece com colaborações
diversas tais como a filosofia em si e as questões contemporâneas articuladas
ao âmbito do trabalho nas organizações. Quanto a estas, a discussão sobre o
diagnóstico organizacional, presente em um dos estudos, faz o contraponto com o
olhar fenomenológico, enriquecendo a discussão sobre a natureza do trabalho.
Verifica-se, também, a busca de embasamento em Piaget e Kohlberg, cada qual
na sua perspectiva em torno do desenvolvimento moral. Visa-se, com isso, discutir
aspectos da educação, sendo que, de Piaget e seus princípios da formação do
pensamento, propõe-se uma discussão sobre o objeto abstrato da matemática.
A avaliação psicológica também é tratada aqui no campo do comportamento
da estética cirúrgica buscando uma interface com a Medicina, qual seja, os aspectos
psicológicos que estão implicados nos processos de mudanças da imagem corporal
e a necessidade de avaliação prévia e a posteriori dos possíveis efeitos dos
procedimentos cirúrgicos. Esse é um tema bastante atual e que abrange uma esfera
multidisciplinar.
O estudo da infância e das políticas públicas também comparecem neste
volume, propondo contribuições para a sociedade e a cidadania desde os anos
iniciais dos indivíduos, centradas na importância do brincar (que é coisa muito séria
na Psicologia). A Psicologia na educação é aqui considerada como capaz de produzir
potência nos ambientes onde se processa o aprendizado, respeitando a condição da
criança em seu desenvolvimento físico e mental.
A atuação hospitalar, vista como meio de atendimento humanizado e não apenas
centrada no modelo biomédico, ou seja, visando os sintomas do corpo como indicativo
de adoecimento, é discutida sob o ponto de vista de duas experiências que mostram
a importância da subjetividade no campo do acolhimento em saúde. Em ambos os
relatos, o atendimento hospitalar vai além do ponto de vista fisiológico da demanda
hospitalar para focar as lentes sobre o sujeito que sofre, sobretudo psiquicamente.
Finalmente, destaca-se a contribuição sobre o conceito e a representação em
ciência por estudantes que iniciam sua vida universitária, experiência colhida na
Universidade de Buenos Aires. Trata-se de uma substanciosa discussão que traz
aportes diversos e cotejos de caráter epistemológico a partir da questão sobre o que
afinal, é ciência.
Com esta diversidade de temas, reafirma-se o caráter amplo da Psicologia, sua
abrangência de saberes e práticas. Que essa diversidade possa ser de proveito ao
leitor e à leitora deste volume.
Bons estudos, boa leitura!
Rui Maia Diamantino
Empregabilidade, Cidadania e Juventude: Um Estudo sobre Egressos do Ensino Té...Atena Editora
Este trabalho tem como objetivo estudar se o modelo atual de ensino técnico
integrado ao nível médio tem contribuído para a inserção social, empregabilidade e
emancipação dos jovens na Cidade de São Paulo, num contexto de dualidade existente
na sociedade brasileira entre conhecimentos práticos (manuais) e conhecimentos
teóricos (conceituais). Busca compreender como isso tem se configurado na formação
profissional dos jovens e, especificamente, procura-se fazer um levantamento
dos estudos que associam e discutem a relação entre empregabilidade, formação
profissional e inserção social do jovem; compreender e problematizar o conceito de
empregabilidade associado à formação profissional técnica; analisar as possibilidades
de se conseguir um emprego ou estágio e se há possibilidade de progressão profissional,
incentivos à qualificação posterior dos jovens egressos do ensino técnico. Como
embasamento, foi feita uma abordagem sobre a história da técnica e da tecnologia,
da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual, contextualização sobre
a educação profissional e contribuição para o desenvolvimento socioeconômico
regional, bem como a importância de criação de políticas publicas direcionadas para a
oferta e qualidade da educação profissional técnica, considerando a necessidade da
inserção social dos jovens no exercício de uma cidadania plena. Trata-se de um estudo
exploratório de natureza qualitativa e documental, em cuja coleta de dados foi possível
o acesso a uma enquete formulada pelo IFSP para seus egressos, tendo como recorte
temporal do ano de 2011 ao ano de 2015, considerando a oferta de cursos técnicos
integrados ao médio. Os estudos realizados sobre a juventude brasileira mostram
que o Ensino Médio no Brasil representa o fim dos estudos para muitos jovens. Isso
se dá por razões estruturais ligadas ao suporte econômico, político e cultural que é
insuficiente para que haja continuidade nos estudos. Assim, o ensino profissional e
técnico tem sido vistos por vertentes conflitantes: uma delas é a ideia de que cursar o
ensino técnico é uma maneira de o jovem arrumar um emprego, obter um salário e não
se interessar em ingressar num curso superior; a outra vertente é aquela que defende
a ideia de que cursar o ensino técnico é uma forma de o jovem entrar mais cedo no
mercado de trabalho, e usar o emprego como incentivo para continuar estudando e se
aprimorar profissionalmente. Observa-se, por meio da análise dos dados empíricos,
que os egressos dos cursos técnicos integrados, objeto de estudo desta pesquisa, têm
como interesse aumentar a empregabilidade como uma oportunidade a mais, e não
como um destino. Os pesquisados, através das enquetes, demonstraram perceber
nos cursos técnicos ofertados pelo IFSP um ensino de qualidade, capaz de contribuir para o ingresso em cursos superiores mais concorridos.
O e-book Avanços e Desafios da Nutrição no Brasil 3, traz um olhar multidisciplinar
e integrado da nutrição com a Ciência e Tecnologia de Alimentos. A presente obra é
composta de 66 artigos científicos que abordam assuntos de extrema importância
relacionados à nutrição e a tecnologia de alimentos. O leitor irá encontrar assuntos
que abordam temas como as boas práticas de manipulação e condições higiênicosanitária
e qualidade de alimentos; avaliações físico-químicas e sensoriais de
alimentos; rotulagem de alimentos, determinação e caracterização de compostos
bioativos; atividade antioxidante, antimicrobiana e antifúngica; desenvolvimento de
novos produtos alimentícios; insetos comestíveis; corantes naturais; tratamento de
resíduos, entre outros.
O e-book também apresenta artigos que abrangem análises de documentos
como patentes, avaliação e orientação de boas práticas de manipulação de alimentos,
hábitos de consumo de frutos, consumo de alimentos do tipo lanches rápidos, programa
de aquisição de alimentos e programa de capacitação em boas práticas no âmbito
escolar.
Levando-se em consideração a importância de discutir a nutrição aliada à
Ciência e Tecnologia de Alimentos, os artigos deste e-book, visam promover reflexões
e aprofundar conhecimentos acerca dos temas apresentados. Por fim, desejamos a
todos uma excelente leitura!
Natiéli Piovesan e Vanessa Bordin Viera
Este documento fornece informações sobre um livro eletrônico sobre ciências da saúde, incluindo sua organização em seis volumes focados em diferentes temas de pesquisa na área da saúde, como epidemiologia, saúde pública, saúde mental e investigação clínica. O livro contém 127 trabalhos desenvolvidos por pesquisadores de várias instituições brasileiras.
O documento apresenta informações sobre os autores e editora do livro, destacando que os leitores devem sempre consultar outras fontes para garantir que as informações estejam atualizadas. Também menciona os direitos autorais da obra.
Este documento fornece informações sobre a Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, incluindo instruções para autores, equipe editorial, conselhos editorial e científico, e revisores. A revista publica artigos sobre medicina de família e atenção primária à saúde no Brasil.
[1] O documento discute os princípios básicos da tomografia computadorizada de tórax, incluindo a história da TC, tipos de TC, como é realizada e como os resultados são apresentados. [2] Aborda a anatomia pulmonar normal visualizada na TC e quatro padrões gerais de anormalidades: opacidades reticulares, nódulos, opacidade pulmonar aumentada e opacidade pulmonar diminuída. [3] Fornece exemplos dessas anormalidades, incluindo enfisema, consolidação e c
O documento discute derrames pleurais, incluindo sua fisiopatologia, apresentação clínica, diagnóstico e abordagem. Resume os principais pontos da seguinte forma:
1) Derrames pleurais ocorrem quando há acúmulo anormal de líquido no espaço pleural, podendo ser transudatos ou exsudatos de acordo com sua causa subjacente.
2) O diagnóstico envolve exames de imagem e análise do líquido pleural obtido por toracocentese para diferenciar entre transudatos
1) O documento discute a etiologia e mecanismos da dispneia, as condições que levam à insuficiência respiratória e suas classificações.
2) São descritas as causas de hipoxemia e hipercapnia na insuficiência respiratória, incluindo distúrbios pulmonares e não pulmonares.
3) O documento também aborda o Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto, sua definição, fases e tratamento.
Este documento discute a silicose, uma doença pulmonar causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina. Apresenta aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e clínicos da doença, incluindo sua classificação em formas aguda, acelerada e crônica. Também aborda riscos de exposição ocupacional à sílica, mecanismos de lesão pulmonar e manifestações funcionais e radiológicas da silicose.
O documento discute a asma ocupacional, definindo-a como obstrução reversível ao fluxo aéreo causada por exposição ocupacional. A asma ocupacional é uma das principais doenças respiratórias ocupacionais em termos de prevalência, afetando entre 5-10% dos adultos com asma. Vários agentes químicos utilizados em diversas indústrias podem desencadear ou agravar a asma ocupacional. O documento descreve os mecanismos, incidência, importância, classificação e história
1) O documento discute as principais doenças relacionadas à exposição ao asbesto, incluindo espessamentos pleurais, derrame pleural, atelectasia redonda, asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma maligno de pleura.
2) As doenças pleurais não malignas relacionadas ao asbesto podem se manifestar através de espessamentos pleurais circunscritos ou difusos, com ou sem calcificações.
3) A asbestose é considerada a fibrose intersticial pulmonar conseqüente à
O documento discute doenças pulmonares ocupacionais, incluindo pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras, asma relacionada ao trabalho, DPOC ocupacional e câncer pulmonar ocupacional. Detalha tipos de pneumoconioses fibrogênicas e não fibrogênicas, com foco em silicose e doenças relacionadas ao amianto. Discutem diagnóstico, exposições de risco e manifestações clínicas dessas doenças.
O documento discute doenças pulmonares intersticiais, incluindo suas causas, sintomas, exames e tratamentos. As principais formas de doenças pulmonares intersticiais discutidas incluem a fibrose pulmonar idiopática, esclerose sistêmica e sarcoidose. O diagnóstico envolve exames de imagem e biópsia, e o tratamento varia de acordo com o tipo de doença e gravidade dos sintomas.
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDAFlávia Salame
Este documento descreve o caso de um paciente de 55 anos com HIV avançado que apresentou lesão pulmonar cavitária e insuficiência respiratória. Após exames, foi diagnosticado com criptococose pulmonar e neurocriptococose, com isolamento de Cryptococcus neoformans em hemoculturas.
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseFlávia Salame
O documento descreve um novo teste chamado Xpert MTB/RIF que detecta a tuberculose e resistência à rifampicina em cerca de 2 horas. O teste é mais sensível do que a baciloscopia e pode melhorar o diagnóstico e tratamento precoce da tuberculose no Brasil. O Ministério da Saúde avaliará a implementação do teste nos sistemas de saúde do Rio de Janeiro e Manaus.
O documento discute os estágios do sono, dividindo-o em sono REM e não-REM, que ocorrem em ciclos de aproximadamente 90 minutos. Também aborda as características fisiológicas de cada fase do sono e do distúrbio respiratório obstrutivo do sono.
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseFlávia Salame
O documento discute os seguintes tópicos:
1) Regulação do equilíbrio ácido-básico no organismo, incluindo tampões, sistemas respiratório, renal e metabólico;
2) Conceitos como pH, potencial hidrogeniônico, ácidos e bases;
3) Parâmetros da gasometria arterial e suas interpretações no diagnóstico de distúrbios ácido-básicos.
Este documento discute os distúrbios do equilíbrio ácido-básico de forma simplificada. Primeiro, aborda os conceitos básicos, a fisiologia dos mecanismos de controle do pH sanguíneo e as alterações primárias do equilíbrio ácido-base. Em seguida, ilustra os distúrbios relacionados ao desequilíbrio ácido-básico com casos clínicos específicos que cobrem a fisiopatologia, diagnóstico e terapia.
O documento fornece informações sobre prescrição médica de forma concisa em 3 frases:
1) Define termos importantes relacionados a medicamentos e prescrição médica como receita médica, medicamento, droga, produto farmacêutico intercambiável.
2) Explica etapas para prescrição médica efetiva segundo a OMS, incluindo definir o problema, objetivos terapêuticos, seleção do tratamento, prescrição, informação ao paciente e monitoramento.
3) Apresenta modelos de rece
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Flávia Salame
1) O documento fornece guias de antibioticoterapia empírica para infecções comunitárias e nosocomiais no Hospital Universitário Pedro Ernesto no ano de 2010, indicando as primeiras e segundas escolhas de acordo com a situação clínica.
2) Também fornece informações sobre posologia de antimicrobianos comumente utilizados e guias de diluição e administração.
3) Tem como objetivo orientar os médicos na escolha adequada de antibióticos de acordo com cada situação clínica.
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoFlávia Salame
O documento informa sobre alterações nas datas de duas aulas da Clínica Médica I: 1) Tromboembolismo Pulmonar foi alterado para 10 de abril; e 2) Insuficiência Respiratória e Interpretação da Gasometria Arterial foi alterado para 17 de abril. O documento também lista o cronograma completo de aulas da disciplina com datas, conteúdos, professores responsáveis e horários.
A micose sistêmica Histoplasmose é causada pelo fungo dimórfico Histoplasma capsulatum, que se apresenta no solo como conídeos filamentosos. A infecção ocorre pela inalação dos esporos, podendo causar formas agudas assintomáticas ou sintomáticas com febre, tosse e astenia, ou formas crônicas e disseminadas em imunodeprimidos. O diagnóstico é feito por exames micológicos, histológicos e imunológicos associados à história clín
Este documento discute a insuficiência respiratória, definindo-a como a incapacidade do sistema respiratório em manter os níveis adequados de oxigênio e gás carbônico. Apresenta uma classificação da insuficiência respiratória em tipo I (hipoxêmica) e tipo II (hipercápnica), e discute as causas, mecanismos e avaliação das trocas gasosas nos pulmões.
1) O documento discute as diretrizes para ventilação mecânica em pacientes com Lesão Pulmonar Aguda (LPA)/Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA).
2) É recomendado o uso de modos ventilatórios limitados em pressão e manter pressões baixas nas vias aéreas para proteger os pulmões. Hipercapnia controlada pode ser tolerada para este fim.
3) Deve-se usar volumes correntes baixos (até 6mL/kg) e manter a press
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Consenso Asma 2012
1. ISSN 1806-3713
Publicação Bimestral J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p. S1-S46 Abril 2012
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Jornal Brasileiro de Pneumologia
Diretrizes da Sociedade Brasileira
de Pneumologia e Tisiologia para
Abril 2012 volume 38 Suplemento 1
o Manejo da Asma - 2012
p.S1-S46
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2.
3. Publicação Bimestral J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p.S1-S46 Abril 2012
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APOIO:
5. Publicação Bimestral J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p.S1-S46 Abril 2012
Prefácio.........................................................................................................................................Si
1. Visão global.............................................................................................................................. 1
Definição............................................................................................................................................. 1
Epidemiologia e impacto................................................................................................................... 1
Fisiopatogenia.................................................................................................................................... 2
História natural................................................................................................................................... 2
2. Diagnóstico............................................................................................................................... 4
Espirometria........................................................................................................................................ 4
Verificação da hiper-responsividade das vias aéreas....................................................................... 5
Medidas seriadas do PFE................................................................................................................... 5
Medidas do estado alérgico............................................................................................................... 5
Diagnóstico em crianças menores de cinco anos............................................................................ 5
Diagnóstico diferencial...................................................................................................................... 5
3. Classificação de acordo com os níveis de controle da asma................................................... 7
Instrumentos de avaliação do controle da asma............................................................................. 7
Gravidade e nível de controle da asma............................................................................................ 8
4. Componentes do cuidado da asma.......................................................................................... 9
Componente 1: parceria médico-paciente....................................................................................... 9
Educação....................................................................................................................................... 9
Plano de ação escrito e individualizado............................................................................. 10
Adesão ao tratamento............................................................................................................... 10
Componente 2: identificação e controle dos fatores de risco...................................................... 11
Componente 3: avaliar, tratar e manter o controle da asma....................................................... 12
Etapa 1: medicação de resgate para o alívio dos sintomas.................................................... 12
Etapa 2: medicação de alívio mais um único medicamento de controle.............................. 13
Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de controle......................... 13
Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de controle....................... 13
Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de controle adicional.................................... 13
Observações................................................................................................................................ 13
Monitorando para manter o controle....................................................................................... 13
Reduzindo o tratamento quando o controle for obtido......................................................... 14
Aumentando doses em resposta a perda do controle............................................................. 14
Componente 4: prevenção e controle dos riscos futuros............................................................. 14
Prevenir instabilidade clínico-funcional................................................................................... 14
Prevenir exacerbações................................................................................................................ 15
Prevenir a aceleração da perda da função pulmonar.............................................................. 15
Evitar ou minimizar efeitos colaterais do tratamento............................................................. 16
Componente 5: situações especiais no manejo da asma.............................................................. 16
Rinite, rinossinusite e pólipos nasais........................................................................................ 16
Refluxo gastroesofágico............................................................................................................ 16
Exposição ocupacional.............................................................................................................. 16
Gestação e lactação................................................................................................................... 16
6. Publicação Bimestral J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p.S1-S46 Abril 2012
Idoso............................................................................................................................................ 18
Cirurgia........................................................................................................................................ 18
Obesidade.................................................................................................................................... 18
Síndrome da apneia obstrutiva do sono.................................................................................. 18
Estresse, ansiedade, depressão e fatores psicossociais............................................................ 18
Aspergilose broncopulmonar alérgica....................................................................................... 19
Medicamentos e instabilidade da asma.................................................................................... 19
5. Manejo das exacerbações....................................................................................................... 23
Exames complementares................................................................................................................. 24
Identificação de risco de evolução quase fatal ou
fatal da exacerbação de asma no adulto....................................................................................... 24
Identificação de risco de evolução quase fatal ou fatal da
exacerbação de asma em crianças com idade inferior a cinco anos............................................ 24
Manejo das exacerbações nos serviços de urgência...................................................................... 24
Oxigenoterapia........................................................................................................................... 25
Broncodilatadores de ação rápida............................................................................................. 25
Corticoides.................................................................................................................................. 25
Drogas alternativas..................................................................................................................... 25
Brometo de ipratrópio......................................................................................................... 25
Sulfato de magnésio............................................................................................................ 25
Aminofilina........................................................................................................................... 25
Avaliação da resposta ao tratamento, critérios de alta e
de transferência para a unidade de internação............................................................................. 26
Conduta na alta dos serviços de urgência..................................................................................... 26
Equívocos mais comuns durante o tratamento nos serviços de urgência.................................. 26
Manejo inadequado da exacerbação........................................................................................ 26
Equívocos no momento da alta................................................................................................ 27
Tratamento na unidade de internação........................................................................................... 27
Indicações de transferência para UTI............................................................................................. 27
Intubação endotraqueal em serviços de urgência......................................................................... 28
Apêndice I - Equipotência dos corticoides inalados.................................................................. 34
Apêndice II - Glossário das medicações disponíveis para o controle da asma no Brasil......... 35
Apêndice III - Dispositivos inalatórios....................................................................................... 37
Apêndice IV - Programas nacionais de manejo da asma e aspectos legais.............................. 45
7. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia
e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012
Realização
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Comissão Editorial
Alvaro A. Cruz
Ana Luísa Godoy Fernandes
Emilio Pizzichini
Jussara Fiterman
Luiz Fernando Ferreira Pereira
Marcia Margaret Menezes Pizzichini
Marcus Jones
Marina Andrade Lima
Paulo Augusto Moreira Camargos
Roberto Stirbulov
Grupo de Trabalho das Diretrizes
Adalberto Sperb Rubin Marcia Margaret Menezes Pizzichini
Alcindo Cerci Neto Marcus Jones
Alvaro A. Cruz Maria Alenita de Oliveira
Ana Luísa Godoy Fernandes Maria de Fátima Bazhuni Pombo March
Ana Paula Scalia Maria do Rosário da Silva Ramos Costa
Bruno do Valle Pinheiro Maria Helena de Carvalho Ferreira Bussamra
Carlos Alberto de Assis Viegas Marina Andrade Lima
Carlos Cesar Fritscher Mário Sérgio Nunes
Cássio da Cunha Ibiapina José Angelo Rizzo
Danilo Cortozi Berton Joaquim Carlos Rodrigues
Eduardo Algranti José Roberto Lapa e Silva
Eliana Viana Mancuzo Jussara Fiterman
Emilio Pizzichini Paulo Augusto Moreira Camargos
Fabiane Kahan Paulo de Tarso Roth Dalcin
Joaquim Carlos Rodrigues Paulo José Cauduro Marostica
José Dirceu Ribeiro Paulo Marcio Condessa Pitrez
Laura Maria de Lima Belizário Facury Lasmar Renato Tetelbom Stein
Luiz Eduardo Mendes Campos Roberto Stirbulov
Luiz Fernando Ferreira Pereira Sérgio Luís Amantéa
Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva Filho Sonia Maria Faresin
Márcia de Alcantara Holanda Terezinha Martire
8. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia
e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012
Prefácio
É com grande satisfação que apresentamos a nova versão das diretrizes para o manejo da asma,
elaborada integralmente com recursos próprios da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
(SBPT).
As atuais Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da
Asma - 2012 foram elaboradas para auxiliar na capacitação e na prática clínica diária de médicos
residentes, pneumologistas, internistas, pediatras e médicos de família, entre outros, assim como
para servir como guia para as melhores práticas atuais em asma desses e de outros profissionais da
área da saúde. Temos como expectativa adicional a sua adoção pela rede de atenção básica e por
especialistas e gestores de saúde, tanto do setor público, como do setor privado. A SBPT entende
que a somatória dos esforços e compromissos — individuais, institucionais e setoriais — contribuirá
para o alcance da ousada meta proposta pela Global Initiative for Asthma (GINA, Iniciativa Global
para a Asma): reduzir em 50% as hospitalizações por asma em todas as faixas etárias em 2015.
O presente manuscrito foi desenvolvido por 42 pneumologistas e pneumopediatras que, uma
vez convidados, encaminharam para a Comissão de Asma da SBPT o conteúdo inicial dos diferentes
tópicos que compõem esse documento. A partir desse material, o grupo de dez editores, reunidos
em quatro encontros de dois dias cada e por meio de extensa e intensa comunicação eletrônica,
desenvolveu a versão preliminar das presentes Diretrizes, as quais, por sua vez, foram disponibilizadas
para a consulta pública. As sugestões advindas dessa consulta foram posteriormente incorporadas
ao texto final. Um processo de consenso foi baseado na revisão da literatura pertinente, sempre que
disponível, e esse processo foi utilizado para atualizar versões anteriores das Diretrizes, assim como
para editar ou modificar aspectos relevantes do material encaminhado pelos demais colaboradores.
Em consonância com o documento anterior da SBPT,(1) as atuais Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 se encontram primariamente
fundamentadas nas recomendações da GINA,(2) mas também se guiam pelas recomendações do
National Asthma Education and Prevention Program(3) e dos consensos britânico(4) e canadense(5)
para o tratamento da asma, considerando que todos esses documentos baseiam-se em evidências
similares publicadas na literatura médica. O texto ora apresentado oferece uma visão prática e
aprofundada dos processos envolvidos no entendimento e manejo da asma de adultos e de crianças.
Os editores
Referências
1. IV Brazilian Guidelines for the management of asthma asthma. [Adobe Acrobat document, 440p.] Available
[Article in Portuguese]. J Bras Pneumol. 2006;32 Suppl from: http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/asthma/
7:S447-74. asthgdln.pdf
2. Global Initiative for Asthma – GINA [homepage on the 4. British Thoracic Society Scottish Intercollegiate
Internet]. Bethesda: Global Initiative for Asthma. [cited Guidelines Network. British Guideline on the
2011 Apr 1] Global Strategy for Asthma Management Management of Asthma. Thorax. 2008;63 Suppl
and Prevention, 2010. [Adobe Acrobat document, 4:iv1-121.
119p.] Available from: http://www.ginasthma.org/pdf/ 5. Lougheed MD, Lemière C, Dell SD, Ducharme FM,
GINA_Report_2010.pdf Fitzgerald JM, Leigh R, et al. Canadian Thoracic Society
3. National Heart, Lung, and Blood Institute [homepage Asthma Management Continuum--2010 Consensus
on the Internet]. Bethesda: National Heart, Lung, and Summary for children six years of age and over, and
Blood Institute. [cited 2011 Apr 1]. Expert Panel Report adults. Can Respir J. 2010;17(1):15-24.
3: guidelines for the diagnosis and management of
Si
9. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia
e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012
1. Visão global
Definição
“Asma é uma doença inflamatória crônica média de mortalidade no país, entre 1998 e
das vias aéreas, na qual muitas células e 2007, foi de 1,52/100.000 habitantes (variação,
elementos celulares têm participação. A 0,85‑1,72/100.000 habitantes), com estabilidade
inflamação crônica está associada à hiper- na tendência temporal desse período.
responsividade das vias aéreas, que leva a O nível de controle da asma, a gravidade
episódios recorrentes de sibilos, dispneia, da doença e os recursos médicos utilizados por
opressão torácica e tosse, particularmente à asmáticos brasileiros são pouco documentados.
noite ou no início da manhã. Esses episódios são Em um estudo, mostrou-se que o custo direto
uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo da asma (utilização de serviços de saúde e
intrapulmonar generalizada e variável, reversível medicações) foi o dobro entre pacientes com
espontaneamente ou com tratamento.”(1) asma não controlada que entre aqueles com
asma controlada, sendo a falta de controle
Epidemiologia e impacto da asma o maior componente relacionado à
A asma é uma das condições crônicas utilização dos serviços de saúde. Entretanto, o
mais comuns que afeta tanto crianças quanto gasto direto relacionado às medicações foi maior
adultos, sendo um problema mundial de entre os portadores de asma controlada, sendo
saúde e acometendo cerca de 300 milhões de que 82,2% desses utilizavam regularmente
indivíduos.(1) Estima-se que, no Brasil, existam corticoides inalatórios. O custo da asma aumenta
aproximadamente 20 milhões de asmáticos, proporcionalmente com a gravidade da doença.
se for considerada uma prevalência global de O custo indireto (número de dias perdidos de
10%.(2,3) As taxas de hospitalização por asma em escola e trabalho) foi superior no grupo com
maiores de 20 anos diminuiram em 49% entre asma não controlada.(5)
2000 e 2010. Já em 2011 foram registradas pelo Os gastos com asma grave consomem quase
DATASUS 160 mil hospitalizações em todas 25% da renda familiar dos pacientes da classe
as idades, dado que colocou a asma como a menos favorecida, sendo que a recomendação
quarta causa de internações (Figura 1).(4) A taxa da Organização Mundial de Saúde é de que esse
Figura 1 - Internações por asma entre janeiro de 2000 e dezembro de 2011. Dados obtidos a partir do
Ministério da Saúde do Brasil.(4)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
10. S2 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
montante não exceda a 5% da renda familiar. feminino.(9) Não se sabe ao certo ainda se a
No Brasil, a implementação de um programa limitação ao fluxo aéreo associada a asma
que propicia tratamento adequado e distribuição já existe desde o nascimento ou se essa se
de medicamentos na cidade de Salvador (BA) desenvolve juntamente com os sintomas. Não
resultou na melhora do controle, da qualidade é clara tampouco a associação entre hiper-
de vida e da renda familiar.(6) responsividade brônquica na criança e o
desenvolvimento de asma ou sibilância. Nem
Fisiopatogenia a prevenção primária por meio do controle de
fatores ambientais, nem a prevenção secundária
Asma é uma doença inflamatória crônica
por meio do uso de corticoides inalatórios
das vias aéreas, na qual diversas células e seus
mostraram-se capazes de modificar a progressão
produtos estão envolvidos. Entre as células
da doença em longo prazo na infância.(10)
inflamatórias, destacam-se os mastócitos,
As principais características que têm sido
eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas,
utilizadas para prever se a sibilância recorrente
macrófagos e neutrófilos. Entre as células
na criança irá persistir na vida adulta são as
brônquicas estruturais envolvidas na patogenia
seguintes: diagnóstico de eczema nos três
da asma, figuram as células epiteliais, as
primeiros anos de vida; pai ou mãe com
musculares lisas, as endoteliais, os fibroblastos,
os miofibroblastos e os nervos.(1) Dos mediadores asma; diagnóstico de rinite nos três primeiros
inflamatórios já identificados como participantes anos de vida; sibilância sem resfriado (virose);
do processo inflamatório da asma, destacam-se e eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de
quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina parasitoses).(11-14)
e óxido nítrico.
Referências
O processo inflamatório tem como
resultado as manifestações clínico-funcionais 1. Global Initiative for Asthma – GINA [homepage on the
características da doença. O estreitamento Internet]. Bethesda: Global Initiative for Asthma. [cited
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brônquico intermitente e reversível é causado
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edema da mucosa e pela hipersecreção mucosa. GINA_Report_2010.pdf
A hiper-responsividade brônquica é a resposta 2. Solé D, Wandalsen GF, Camelo-Nunes IC, Naspitz CK;
ISAAC - Brazilian Group. Prevalence of symptoms of
broncoconstritora exagerada ao estímulo que
asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian
seria inócuo em pessoas normais.(1,7) A inflamação children and adolescents identified by the International
crônica da asma é um processo no qual existe Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) -
um ciclo contínuo de agressão e reparo que Phase 3. J Pediatr (Rio J). 2006;82(5):341-6.
pode levar a alterações estruturais irreversíveis, 3. Solé D, Camelo-Nunes IC, Wandalsen GF, Pastorino
AC, Jacob CM, Gonzalez C, et al. Prevalence of
isto é, o remodelamento das vias aéreas. symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema in
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são pouco compreendidos, e ainda não é possível Informática do SUS [homepage on the Internet].
traduzir as observações de estudos longitudinais Brasília: DATASUS [cited 2012 Jan 25] . Morbidade
hospitalar do SUS – por local de internação – Brasil.
para uma definição clara de prognóstico. Available from: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.
Lactentes e crianças pré-escolares com sibilância exe?sih/cnv/miuf.def
recorrente apresentam evoluções variadas, que 5. Santos LA, Oliveira MA, Faresin SM, Santoro IL, Fernandes
estão provavelmente vinculadas a diferentes AL. Direct costs of asthma in Brazil: a comparison
between controlled and uncontrolled asthmatic patients.
mecanismos imunopatológicos subjacentes que Braz J Med Biol Res. 2007;40(7):943-8.
levam a limitação ao fluxo aéreo. Ainda não é 6. Franco R, Nascimento HF, Cruz AA, Santos AC, Souza-
possível predizer com segurança o curso clínico Machado C, Ponte EV, et al. The economic impact
da sibilância entre lactentes e pré-escolares.(8) of severe asthma to low-income families. Allergy.
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O risco de persistência da asma até a idade 7. Cockcroft DW. Direct challenge tests: Airway
adulta aumenta com a gravidade da doença, hyperresponsiveness in asthma: its measurement and
a presença de atopia, tabagismo e gênero clinical significance. Chest. 2010;138(2 Suppl):18S-24S.
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
11. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S3
8. Bisgaard H, Bønnelykke K. Long-term studies of the report. Allergy. 2008;63(1):5-34. Erratum in: Allergy.
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9. Sears MR, Greene JM, Willan AR, Wiecek EM, Taylor infants and pre-school children [Article in Spanish]. Arch
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11. Bacharier LB, Boner A, Carlsen KH, Eigenmann PA, early childhood as predictors of newly diagnosed asthma
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J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
12. S4 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
2. Diagnóstico
O diagnóstico clínico da asma é sugerido após a inalação de um broncodilatador de curta
por um ou mais sintomas, como dispneia, tosse ação. Recomendações para a padronização da
crônica, sibilância, opressão ou desconforto técnica de espirometria e sua interpretação
torácico, sobretudo à noite ou nas primeiras estão publicadas em consensos específicos.(7,8)
horas da manhã. As manifestações que sugerem A resposta ao broncodilatador é considerada
fortemente o diagnóstico de asma são a significativa e indicativa de asma quando o VEF1
variabilidade dos sintomas, o desencadeamento aumenta, pelo menos:
de sintomas por irritantes inespecíficos (como
fumaças, odores fortes e exercício) ou por • 200 mL e 12% de seu valor pré-broncodilatador(5)
aeroalérgenos (como ácaros e fungos), a piora OU
dos sintomas à noite e a melhora espontânea ou • 200 mL de seu valor pré-broncodilatador e 7%
após o uso de medicações específicas para asma. do valor previsto(8)
É importante destacar que a asma de início Obs. Em geral, os espirômetros disponíveis calculam apenas
o valor percentual em relação ao VEF1 pré-broncodilatador.
recente em adultos pode estar relacionada com
exposições ocupacionais. É importante ressaltar que o VEF1, por sua
O exame físico do asmático geralmente é boa reprodutibilidade, tem sido a medida isolada
inespecífico. A presença de sibilos é indicativa mais acurada para estabelecer a gravidade da
de obstrução ao fluxo aéreo; contudo, pode não limitação ao fluxo aéreo e a resposta imediata ao
ocorrer em todos os pacientes. uso de broncodilatador. Entretanto, em situações
Embora o diagnóstico clinico da asma em sua especiais, é fundamental a medida dos volumes
forma clássica de apresentação não seja difícil, e da resistência de vias aéreas por pletismografia.
a confirmação deve ser feita por um método Uma espirometria normal não exclui o
objetivo,(1) uma vez que os sinais e sintomas da diagnóstico de asma. Pacientes com sintomas
asma não são exclusivos dessa condição.(2-6) Os intermitentes ou asma controlada geralmente
testes diagnósticos disponíveis na prática clínica têm espirometria inteiramente normal antes do
incluem espirometria (antes e após o uso de uso de broncodilatador. A repetição do exame
broncodilatador), testes de broncoprovocação após o uso de broncodilatador nesses casos
e medidas seriadas de PFE. Em certos casos, a pode revelar uma resposta significativa em
comprovação da reversibilidade da obstrução ao alguns pacientes, devendo, por conseguinte, ser
fluxo aéreo pode ser demonstrada apenas com o incorporada à rotina do exame na investigação da
teste terapêutico com corticoide oral.(5) asma. Ademais, a espirometria é essencial para a
avaliação da gravidade. Quando a história clínica
Espirometria
é característica, mas a espirometria é normal,
A avaliação funcional da asma, através da o paciente deve ser considerado como tendo
espirometria, tem três utilidades principais: asma e, quando necessário, deve ser tratado. Em
estabelecer o diagnóstico; documentar a casos de dúvida em relação ao diagnóstico, a
gravidade da obstrução ao fluxo aéreo; e observação da variabilidade do PFE, a repetição
monitorar o curso da doença e as modificações da espirometria durante um período sintomático
decorrentes do tratamento. ou um teste de broncoprovocação pode
A confirmação do diagnóstico de asma confirmar ou afastar a suspeita de asma. Em
usualmente é feita através da espirometria, a casos de dúvida na interpretação da espirometria
qual fornece duas medidas importantes para o (por exemplo, caso não seja comprovada a
diagnóstico de limitação ao fluxo de ar das vias resposta ao broncodilatador), é desejável que
aéreas: VEF1 e CVF. o paciente seja encaminhado para um centro
O diagnóstico de limitação ao fluxo aéreo é de referência no qual venha a ser avaliado de
estabelecido pela redução da relação VEF1/CVF, e forma mais completa, se possível, incluindo
a intensidade dessa limitação é determinada pela medidas de volumes e de resistência das vias
redução percentual do VEF1 em relação ao seu aéreas por pletismografia. Essa recomendação
previsto. O diagnóstico de asma é confirmado é particularmente válida para uma parcela
não apenas pela detecção da limitação ao fluxo de crianças (cerca de 10%) que apresenta
de ar, mas principalmente pela demonstração de hiperinsuflação isolada e não detectada na
significativa reversibilidade, parcial ou completa, manobra de expiração forçada.(9)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
13. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S5
Verificação da hiper-responsividade os aeroalérgenos mais frequentes são ácaros,
das vias aéreas fungos e polens, assim como antígenos de cães,
gatos e baratas.
A asma pode estar presente em pacientes
com espirometria normal ou sem resposta Diagnóstico em crianças menores de
broncodilatadora significativa. Nesses casos, cinco anos
o diagnóstico deve ser confirmado pela
demonstração da hiper-responsividade das O diagnóstico de asma em crianças até
vias aéreas. A hiper-responsividade pode ser os cinco anos de idade deve ser baseado
medida através da inalação de substâncias principalmente em aspectos clínicos diante das
broncoconstritoras (metacolina, carbacol dificuldades de se obter medidas objetivas que o
e histamina) ou testada pelo teste de confirmem.(11)
broncoprovocação por exercício. Por sua Aproximadamente 50% das crianças
alta sensibilidade e elevado valor preditivo apresentam pelo menos um episódio de
negativo, os testes farmacológicos são sibilância nos primeiros anos de vida, sendo
particularmente importantes para a decisão que a maioria delas não desenvolverá asma.
diagnóstica, especialmente nos casos com Rotular precipitadamente como asmática uma
manifestações de tosse crônica ou dispneia com criança com um ou dois episódios de sibilância
espirometria normal. Assim sendo, um teste leva ao uso desnecessário de medicamentos
de broncoprovocação química com resultado broncodilatadores e profiláticos. Por outro
negativo, em indivíduos sintomáticos, exclui lado, a falta de diagnóstico pode retardar
o diagnóstico de asma como causa desses o tratamento. Portanto, a investigação e o
sintomas. Finalmente, é importante ressaltar tratamento da sibilância e tosse recorrentes
que a hiper-responsividade das vias aéreas não exigem uma avaliação cuidadosa dos sintomas,
é exclusiva da asma, podendo ser positiva em da sua evolução, dos antecedentes pessoais, da
outras doenças obstrutivas e rinite. história familiar e dos achados físicos.
As manifestações clínicas mais sugestivas de
Medidas seriadas do PFE asma são:
A medida da variação diurna exagerada • Episódios frequentes de sibilância (mais de
do PFE é uma forma mais simples mas menos uma vez por mês)
acurada de diagnosticar a limitação ao fluxo • Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou
aéreo na asma.(10) Medidas matinais e vespertinas cedo pela manhã, provocados por riso ou
do PFE devem ser obtidas durante duas choro intensos ou exercício físico
semanas. A diferença entre os valores matinais e • Tosse sem relação evidente com viroses
vespertinos é dividida pelo maior valor e expressa respiratórias
em percentual. Em geral, variações diurnas • Presença de atopia, especialmente rinite
superiores a 20% são consideradas positivas. alérgica ou dermatite atópica
O PFE avalia grandes vias aéreas, é esforço- • História familiar de asma e atopia
dependente, produz medidas de má qualidade, • Boa resposta clínica a b2-agonistas
e seus valores variam entre os diversos aparelhos. inalatórios, associados ou não a corticoides
orais ou inalatórios
Medidas do estado alérgico
Diagnóstico diferencial
Existe uma forte associação entre asma, rinite
e outras doenças alérgicas. Estas informações O diagnóstico diferencial da asma é amplo,
contribuem muito mais para o planejamento particularmente em crianças menores de
terapêutico do que para o diagnóstico da asma. A cinco anos de idade e idosos (Quadro 1). As
avaliação da atopia requer anamnese cuidadosa e dificuldades são maiores nos asmáticos com
confirmação da sensibilização alérgica por meio obstrução fixa ao fluxo aéreo e nos fumantes.
de testes cutâneos ou através da determinação Cabe ressaltar que a determinação funcional de
das concentrações séricas de IgE específica por significativa variabilidade do fluxo aéreo reduz
teste radioalergoabsorvente. Em nosso meio, em muito as dúvidas diagnósticas.
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
14. S6 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
Quadro 1 - Diagnóstico diferencial da asma.
Crianças menores de cinco de idade
• Rinossinusite
• Doença pulmonar crônica da prematuridade e malformações congênitas
• Fibrose cística, bronquiectasias, bronquiolite obliterante pós-infecciosa e discinesia ciliar
• Síndromes aspirativas (refluxo gastroesofágico, distúrbios de deglutição, fístula traqueoesofágica e aspiração
de corpo estranho)
• Laringotraqueobroncomalácia, doenças congênitas da laringe (estenose e hemangioma) e anel vascular
• Tuberculose
• Cardiopatias
• Imunodeficiências
Crianças acima de cinco anos e adultos
• Rinossinusite
• Síndrome de hiperventilação alveolar e síndrome do pânico
• Obstrução de vias aéreas superiores (neoplasias e aspiração de corpo estranho)
• Disfunção das cordas vocais
• DPOC e outras doenças obstrutivas das vias aéreas inferiores (bronquiolites, bronquiectasias e fibrose cística)
• Doenças difusas do parênquima pulmonar
• Insuficiência cardíaca diastólica e sistólica
• Doenças da circulação pulmonar (hipertensão e embolia)
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15. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S7
3. Classificação de acordo com os Instrumentos de avaliação do controle
níveis de controle da asma da asma
O objetivo do manejo da asma é a obtenção Atualmente, dispõe-se de três instrumentos
do controle da doença. Controle refere-se de monitorização da asma adaptados
à extensão com a qual as manifestações da culturalmente para língua portuguesa:
asma estão suprimidas, espontaneamente ou 1) Asthma Control Questionnaire (ACQ)(3)
2) Asthma Control Test ™ (ACT)(4)
pelo tratamento, e compreende dois domínios
3) Asthma Control Scoring System (ACSS)(5)
distintos: o controle das limitações clínicas
O ACQ contém sete perguntas no total, das
atuais e a redução dos riscos futuros.
quais cinco envolvem sinais e sintomas, uma se
O controle das limitações atuais deve ser
refere ao uso de medicação de resgate, e a última
preferencialmente avaliado em relação às últimas
pontua o valor pré-broncodilatador do VEF1
quatro semanas e inclui sintomas, necessidade
expresso em percentual do previsto.(3) As perguntas
de medicação de alívio, limitação de atividades são objetivas, autoaplicáveis e autoexplicativas,
físicas e intensidade da limitação ao fluxo aéreo. sendo seis respondidas pelo paciente e a última
Com base nesses parâmetros, a asma pode ser completada pelo médico. Os itens têm pesos
classificada em três grupos distintos: asma iguais, e o escore do ACQ é a média dos sete
controlada, asma parcialmente controlada e itens; por isso, as pontuações variam de zero
asma não controlada (Quadro 2).(1,2) A prevenção (asma bem controlada) a 6 (asma extremamente
de riscos futuros inclui reduzir a instabilidade mal controlada). Quando validado para o uso em
da asma, suas exacerbações, a perda acelerada língua inglesa, o ACQ foi medido em diversos
da função pulmonar e os efeitos adversos do estudos prospectivos e apresentou dois pontos
tratamento. de corte para discriminar, com segurança,
Quadro 2 - Níveis de controle da asma.a
Avaliação do controle clínico atual
(preferencialmente nas últimas quatro semanas)
Parâmetros Asma controlada Asma parcialmente Asma não controlada
controlada
Todos os Um ou dois dos Três ou mais dos
parâmetros abaixo parâmetros abaixo parâmetros da
asma parcialmente
controlada
Sintomas diurnos Nenhum ou Três ou mais por semana
≤ 2 por semana
Limitação de atividades Nenhuma Qualquer
Sintomas/despertares noturnos Nenhum Qualquer
Necessidade de medicação de alívio Nenhuma ou Três ou mais por semana
≤ 2 por semana
Função pulmonar (PFE ou VEF1)b,c Normal < 80% predito ou do melhor
prévio (se conhecido)
Avaliação dos riscos futuros
(exacerbações, instabilidade, declínio acelerado da função pulmonar e efeitos adversos)
Características que estão associadas com aumento dos riscos de eventos adversos no futuro: mau controle clínico,
exacerbações frequentes no último ano,a admissão prévia em UTI, baixo VEF1, exposição à fumaça do tabaco e
necessidade de usar medicação em altas dosagens
a
Por definição, uma exacerbação em qualquer semana é indicativa de asma não controlada. Qualquer exacerbação é
indicativa da necessidade de revisão do tratamento de manutenção. bValores pré-broncodilatador sob o uso da medicação
controladora atual. cNão aplicável na avaliação do controle da asma em crianças menores de cinco anos. Adaptado de
Global Initiative for Asthma e Pedersen et al.(1,2)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
16. S8 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
asma controlada de asma não controlada necessária para atingir o controle. Assim, a
(escores ≤ 0.75 e ≥ 1,5, respectivamente).(6) gravidade da asma reflete uma característica
O ACT compreende cinco questões, que intrínseca da doença, definida pela intensidade
avaliam sinais, sintomas e uso de medicação do tratamento requerido e que é alterada
de resgate nas últimas quatro semanas.(4) Cada lentamente com o tempo, enquanto o controle é
questão apresenta uma escala de resposta cuja variável em dias ou semanas, sendo influenciado
pontuação varia entre 1 e 5, resultando em um pela adesão ao tratamento ou pela exposição a
escore total do teste entre 5 e 25 pontos. O fatores desencadeantes.(7)
objetivo é atingir 25 pontos, o que significa o A classificação da gravidade da asma deve
controle total ou a remissão clínica dos sintomas ser feita após a exclusão de causas importantes
da asma. Um escore entre 20 e 24 pontos indica de descontrole, tais como comorbidades não
um controle adequado, e um escore abaixo tratadas, uso incorreto do dispositivo inalatório
de 20 significa asma não controlada. O ACT é e não adesão ao tratamento. Asma leve é aquela
responsivo às intervenções terapêuticas e é útil que, para ser bem controlada, necessita de
para monitorar o controle da asma ao longo do baixa intensidade de tratamento (etapa 2); asma
tempo porque gera uma pontuação que pode moderada é aquela que necessita de intensidade
ser comparada com outros dados. intermediária (etapa 3); e asma grave, de alta
O ACSS(5) diferencia-se do ACQ e do ACT intensidade de tratamento (etapas 4 e 5).
por ser preenchido pelo entrevistador (um
profissional da área da saúde) e por incluir o Referências
componente controle da inflamação das vias
1. Global Initiative for Asthma - GINA [homepage on the
aéreas. Esse instrumento está subdividido em
Internet]. Bethesda: Global Initiative for Asthma. [cited
três domínios: clínico, fisiológico e inflamatório. 2011 Apr 1] Global Strategy for Asthma Management
O domínio clínico consiste de perguntas sobre a and Prevention, 2010. [Adobe Acrobat document,
última semana, abordando sintomas diurnos e 119p.] Available from: http://www.ginasthma.org/pdf/
noturnos, utilização de β2-agonistas e limitação GINA_Report_2010.pdf
2. Pedersen SE, Hurd SS, Lemanske RF Jr, Becker A, Zar
de atividades. O domínio fisiológico aborda a HJ, Sly PD, et al. Global strategy for the diagnosis
função pulmonar, através da análise do VEF1 ou and management of asthma in children 5 years and
PFE. O domínio inflamatório consiste na análise younger. Pediatr Pulmonol. 2011;46(1):1-17.
da presença e na magnitude de eosinofilia no 3. Juniper EF, O’Byrne PM, Guyatt GH, Ferrie PJ, King
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0-100%. Um escore de 100% indica controle Marcus P, et al. Development of the asthma control
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pontuação inferior a 40% é considerada como of the Asthma Control Scoring System. Allergy.
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J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
17. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S9
4. Componentes do cuidado da asma
A asma tem um impacto importante na nível de controle da asma (Quadro 3).(2) Essa
vida dos pacientes, seus familiares e no sistema abordagem, chamada de automanejo guiado
de saúde. Embora não exista cura, o manejo da asma, reduz a morbidade tanto em adultos(3)
adequado baseado na parceria médico-paciente quanto em crianças.(4)
pode resultar em controle da doença. Os
Educação
objetivos do tratamento são(1):
• Atingir e manter o controle dos sintomas A educação associada ao tratamento
• Manter as atividades da vida diária normais, farmacológico é fundamental no manejo da
incluindo exercícios asma,(2) devendo ser parte integral do cuidado
• Manter a função pulmonar normal ou o com pacientes de qualquer idade. O objetivo
mais próximo possível do normal principal é auxiliar o paciente e seus familiares
• Prevenir as exacerbações na aquisição de motivações, habilidades e
• Minimizar os efeitos colaterais das confiança. A intervenção educacional, associada
medicações a um plano escrito de automanejo, permite
• Prevenir a mortalidade melhor controle da asma e reduz hospitalizações,
O manejo da asma pode ser conduzido de visitas aos serviços de emergência e visitas não
diferentes formas, dependendo de aspectos agendadas, além de reduzir o absenteísmo ao
culturais, socioeconômicos e regionais. Contudo, trabalho e à escola. No Brasil, as pesquisas
também demonstraram os benefícios desses
respeitadas essas diferenças, o acompanhamento
programas no controle clínico da doença, nos
deve estar fundamentado em cinco componentes
custos diretos e na qualidade de vida em adultos
inter-relacionados:
e crianças.(2,4,5)
1) Parceria médico-paciente
A educação em asma deve ser direcionada a
2) Identificação e controle dos fatores de
diferentes públicos, conforme listado abaixo(6):
risco
1) À população em geral, informando que
3) Avaliação, monitoramento e manutenção
a asma é uma doença pulmonar crônica
do controle da asma que, se adequadamente tratada, pode ser
4) Prevenção e controle de riscos futuros controlada, permitindo uma vida normal
5) Consideração de situações especiais no 2) A instituições, como escolas, colônias de
manejo da asma férias, seguradoras de saúde e empresas
públicas e privadas, alertando como
Componente 1: parceria médico-paciente identificar a asma e encaminhar o paciente
O manejo efetivo da asma necessita do ao tratamento
desenvolvimento de uma parceria entre o paciente 3) Aos profissionais da saúde, para garantir
asmático e seu médico (e pais/cuidadores, no o diagnóstico e a abordagem terapêutica
caso da criança com asma). O objetivo é permitir adequada
que o paciente adquira conhecimento, confiança 4) Aos familiares e cuidadores, no sentido de
e habilidade para assumir o papel principal no se sentirem confortáveis com as condutas
manejo de sua doença. adotadas
A parceria é formada e estreitada quando o 5) Aos pacientes asmáticos, para facilitar
paciente e seu médico discutem e concordam o reconhecimento dos sintomas, o
com os objetivos do tratamento, desenvolvem conhecimento dos fatores desencadeantes
um plano de ação escrito e personalizado e, e de como evitá-los e a sua participação
periodicamente, revisam o tratamento e o ativa no tratamento
Quadro 3 - Conteúdo educacional programático (O “ABCD” da asma).
1) Abordar os fatores desencadeantes e agravantes e orientar como evitá-los
2) Buscar medicamentos apropriados e com técnica adequada
3) Colocar em prática a execução de um plano de ação, aprendendo a monitorar o controle da asma
• Descrever a diferença entre medicação controladora e de resgate, conhecer os efeitos colaterais dos
medicamentos usados e saber como minimizá-los
Adaptado da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia et al.(2)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
18. S10 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
Plano de ação escrito e individualizado • Tratamento domiciliar das crises leves
• Indicações claras de quando procurar seu
O plano de ação por escrito e individualizado
médico ou um serviço de emergência
deve ser elaborado em parceria com o paciente
(Quadro 4). Esse plano deve ser colocado em
Adesão ao tratamento
prática pelo próprio paciente (automanejo),
devendo incluir os seguintes itens(7,8): A adesão — uso de pelo menos 80% da dose
• Especificação do tratamento de prescrita — é essencial para que os resultados
manutenção
do tratamento sejam obtidos. Aproximadamente
• Monitorização do controle da asma
• Orientação de como alterar o esquema 50% dos asmáticos em tratamento de longo
terapêutico prazo não usam suas medicações regularmente.(9)
• Reconhecimento dos sinais e sintomas Portanto, é fundamental identificar os fatores
precoces de exacerbação que dificultam a adesão (Quadro 5).(7,10)
Quadro 4 - Exemplo de um plano de ação.
Nome: Idade:
Seu tratamento de uso contínuo – use diariamente:
Antes do exercício use:
QUANDO AUMENTAR MEU TRATAMENTO
Avalie o nível de controle da sua asma
Na semana passada você teve:
Sintomas diurnos mais do que duas vezes? Sim Não
Atividade ou exercício limitado pela asma? Sim Não
Acordou à noite com sintomas? Sim Não
Precisou usar medicação de resgate mais do que duas vezes? Sim Não
Se você está monitorando o seu PFE, ele está menor do que____ Sim Não
Se você respondeu SIM a três ou mais dessas perguntas, sua asma pode não estar controlada, e você pode ter
que aumentar sua medicação.
COMO AUMENTAR MEU TRATAMENTO
AUMENTE seu tratamento conforme orientação abaixo e avalie seu controle diariamente:
________________________________________ (escreva aqui o próximo passo)
Mantenha esse tratamento por _______dias (especificar o número de dias)
QUANDO LIGAR PARA O MEU MÉDICO/CLÍNICA
Chame seu médico/clínica no telefone:_____________________ SE você não melhorar em ______ dias.
PROCURE UMA EMERGÊNCIA SE
• Você está com falta de ar grave, conseguindo falar apenas frases curtas OU
• Você está com falta de ar grave, e está com medo ou preocupado OU
• Se você tem que usar sua medicação de resgate ou de alívio a cada quatro horas ou menos e não estiver
melhorando.
NESSE CASO
1) Inale duas a quatro doses de sua medicação _____________(nome da medicação de resgate)
2) Tome____mg de ___________ (corticoide oral)
3) PROCURE AJUDA MÉDICA EM UMA EMERGÊNCIA
4) CONTINUE USANDO SUA MEDICAÇÃO DE ALÍVIO ATÉ CONSEGUIR AJUDA MÉDICA
Adaptado de Global Initiative for Asthma.(1)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
19. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S11
Quadro 5 - Principais causas de dificuldades na adesão ao tratamento.
Ligadas ao médico
• Má identificação dos sintomas e dos agentes desencadeantes
• Indicação inadequada de broncodilatadores
• Falta de treinamento das técnicas inalatórias e de prescrição de medicamentos preventivos
• Diversidade nas formas de tratamento
• Falta de conhecimento dos consensos
Ligadas ao paciente
• Interrupção da medicação na ausência de sintomas
• Uso incorreto da medicação inalatória
• Dificuldade de compreender esquemas terapêuticos complexos
• Suspensão da medicação devido a efeitos indesejáveis
• Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas
Adaptado de Peterson et al. e de Vieira et al.(7,10)
Componente 2: identificação e controle das vias aéreas, sendo muito difícil eliminar
dos fatores de risco completamente esses contatos. O controle
ambiental e dos fatores agravantes no
Para melhorar o controle da asma, é manejo da asma são auxiliares no tratamento
importante identificar e reduzir a exposição a medicamentoso, pois os doentes com asma
alérgenos e irritantes, bem como controlar os controlada tornam-se menos sensíveis a esses
fatores capazes de intensificar os sintomas ou fatores (Quadros 6 e 7).(11-18) Por outro lado, a
precipitar exacerbações de asma (etapa 1 do não valorização das medidas que reduzem a
tratamento). exposição e os fatores agravantes resulta em
A exposição ambiental inclui alérgenos maior número de sintomas, exacerbações e
inalados, exposições ocupacionais e irritantes necessidade de medicação controladora.
Quadro 6 - Estratégias que comprovadamente melhoram o controle da asma e reduzem a necessidade de
medicação.
Fatores de risco Estratégias
Tabagismo ativo e passivo Evitar fumaça do cigarro. Asmáticos não devem fumar. Familiares de asmáticos
não deveriam fumar.
Medicações, alimentos e aditivos Evitar se forem sabidamente causadores de sintomas.
Exposição ocupacional Reduzir ou, preferencialmente, abolir.
Baseado em dados de Mannino et al. e de Fernandes et al.(11,12)
Quadro 7 - Estratégias sem benefício clínico comprovado.
Fatores de risco Estratégias
Ácaros Lavar a roupa de cama semanalmente e secar ao sol ou calor. Uso de fronhas
e capa de colchão antiácaro. Substituir carpete por outro tipo de piso,
especialmente nos quartos de dormir. O uso de acaricidas deve ser feito sem a
presença do paciente. Os filtros de ar (HEPA) e esterilizadores de ambiente não
são recomendados.
Pelos de animal doméstico A remoção do animal da casa é a medida mais eficaz. Pelo menos, bloquear o
acesso do animal ao quarto de dormir. Lavar semanalmente o animal.
Baratas Limpeza sistemática do domicílio. Agentes químicos de dedetização (asmáticos
devem estar fora do domicílio durante a aplicação). Iscas de veneno, ácido
bórico e armadilhas para baratas são outras opções.
Mofo Redução da umidade e infiltrações.
Polens e fungos ambientais Evitar atividades externas no período da polinização
Poluição ambiental Evitar atividades externas em ambientes poluídos
HEPA: high efficiency particulate air. Baseado em dados de diversos estudos.(13-18)
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
20. S12 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
O exercício físico é uma causa comum com uma intervenção farmacológica planejada
de sintomas de asma. É preciso diferenciar e executada em parceria entre o médico, o
a broncoconstricção induzida por exercício paciente e sua família.
do descontrole da doença a fim de medicar O tratamento tem sido dividido em cinco
corretamente em ambas as situações (uso de etapas, e cada paciente deve ser alocado para
β2-agonista de curta ação antes do início das uma dessas etapas de acordo com o tratamento
atividades e aumento da dose da medicação usual, atual e o seu nível de controle (ver Parte 3),
respectivamente). Entretanto, os pacientes não devendo ser ajustado conforme as mudanças
devem evitar exercícios, pois qualquer atividade que vão ocorrendo de forma dinâmica. Esse ciclo
que melhore o condicionamento aeróbico é engloba acessar, tratar para obter o controle e
benéfica para os asmáticos, aumentando o monitorar para manter o controle. O Quadro 8
limiar anaeróbio e reduzindo a suscetibilidade ao mostra o manejo da asma.
broncoespasmo induzido pelo exercício. Não há
nenhuma evidência de superioridade da natação Etapa 1: medicação de resgate para o
ou de outras modalidades, devendo o paciente alívio dos sintomas
praticar a que mais lhe apraz.(19)
Na etapa 1, além de promover a educação
Componente 3: avaliar, tratar e manter o do asmático e o controle ambiental, utiliza-se
controle da asma apenas medicação de alívio para pacientes
que têm sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou
O principal objetivo no tratamento da asma dispneia ocorrendo duas vezes ou menos por
é alcançar e manter o controle clínico, e isso semana) de curta duração. Entre esses episódios,
pode ser obtido na maioria dos pacientes,(20,21) o paciente está assintomático, com função
Quadro 8 - Manejo da asma baseado no nível de controle para maiores de cinco anos.
NÍVEL DO CONTROLE AÇÃO
CONTROLADA Manter o tratamento e identificar a menor
dose para manter o controle
PARCIALMENTE CONTROLADA Considerar aumentar a dose para atingir o controle
NÃO CONTROLADA Aumentar etapas até conseguir controle
EXACERBAÇÃO Tratar como exacerbação
ETAPAS DO TRATAMENTOa
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5
EDUCAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL
BD de curta ação BD de curta ação por demanda
por demanda
Selecione uma Selecione uma das Selecione uma das Adicionar um ou mais
Opções de das opções abaixo opções abaixo opções abaixo em relação à etapa 4
medicamentos Dose baixa Dose baixa de Dose moderada ou Corticoide oral na dose
controladores de CI CI + LABA alta de CI + LABA mais baixa possível
para as etapas Antileucotrienos Dose média ou alta Dose moderada ou alta Tratamento com
2 a 5b de CI de CI + LABA + anti-IgE
antileucotrienos
Dose baixa de CI + Dose moderada ou alta
teofilina de liberação de CI + LABA +
lenta teofilina de liberação
lenta
BD: broncodilatador; CI: corticoide inalatório; e LABA: long-acting beta agonist (b2-agonista de ação prolongada). aOs
apêndices I e II discriminam a equipotência de medicamentos e de medicações controladoras; os medicamentos de resgate
são comentados na Parte 5. bAs opções preferenciais para as etapas 2, 3 e 4 estão evidenciadas em negrito e itálico.
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
21. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S13
pulmonar normal e sem despertar noturno. Etapa 5: medicação de alívio mais
Para a maioria dos pacientes nessa etapa, medicação de controle adicional
utiliza-se um β2-agonista de rápido início de
ação (salbutamol, fenoterol ou formoterol).(22) Na etapa 5, adiciona-se corticoide oral às
As alternativas são anticolinérgico inalatório, outras medicações de controle já referidas,(41)
β2-agonista oral ou teofilina oral, mas esses têm mas deve-se sempre considerar os efeitos
um início de ação mais lento e um maior risco adversos potencialmente graves. Esse esquema
somente deve ser empregado para pacientes
de efeitos adversos.
com asma não controlada na etapa 4, que
Etapa 2: medicação de alívio mais um tenham limitação de suas atividades diárias e
único medicamento de controle frequentes exacerbações e que tenham sido
exaustivamente questionados sobre a adesão ao
Na etapa 2, os corticoides inalatórios em doses tratamento. Os pacientes devem ser esclarecidos
baixas são a primeira escolha.(23,24) Medicações sobre os potenciais efeitos adversos, e a dose
alternativas incluem antileucotrienos(25-27) para do corticoide oral deve ser a menor possível
pacientes que não conseguem utilizar a via para manter o paciente controlado. A adição
inalatória ou para aqueles que têm efeitos de anti-IgE é uma alternativa na etapa 5 para
adversos intoleráveis com o uso de corticoide pacientes atópicos, pois sua utilização pode
inalatório. melhorar o controle da asma e reduzir o risco de
exacerbações.(42-47)
Etapa 3: medicação de alívio mais um ou
Observações
dois medicamentos de controle
• Em pacientes que irão iniciar o tratamento,
Na etapa 3, a associação de um corticoide
deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o
inalatório em doses baixas com um β2-agonista
paciente estiver muito sintomático, iniciar
inalatório de ação prolongada é a primeira pela etapa 3.
escolha. Um β2-agonista de rápido início de ação • Independentemente da etapa de
é utilizado para o alívio de sintomas conforme tratamento, medicação de resgate deve
necessário. ser prescrita para o alívio dos sintomas
Como alternativa, ao invés de associar um conforme a necessidade.
β2-agonista, pode-se aumentar a dose do • Em crianças menores de cinco anos de
corticoide inalatório.(20,28-30) Outras opções são idade, não é recomendado o uso de
a adição de um antileucotrieno ao corticoide β2-agonista de ação prolongada, porque
inalatório em doses baixas(31-36) ou a adição de os efeitos colaterais ainda não estão
teofilina, nesta ordem. O Apêndice I apresenta a adequadamente estudados nessa faixa
equipotência dos diversos corticoides inalatórios etária.
em doses baixas, moderadas e elevadas para
Monitorando para manter o controle
adultos e para crianças com idade superior a
cinco anos. O tratamento deve ser ajustado de acordo
com o estado de controle. Se a asma não
Etapa 4: medicação de alívio mais dois estiver controlada com o tratamento atual,
ou mais medicamentos de controle deve-se subir uma etapa sucessivamente até
que o controle seja alcançado. Quando isso
Na etapa 4, sempre que possível, o tratamento ocorrer e se mantiver por pelo menos três
deve ser conduzido por um médico especialista meses, os medicamentos podem ser reduzidos
no tratamento da asma. A escolha preferida com o objetivo de minimizar custos e diminuir
consiste na combinação de corticoide inalatório possíveis efeitos colaterais do tratamento. Por
em doses médias ou altas com um β2-agonista outro lado, como a asma é uma doença de
de ação prolongada. Como alternativa, pode-se frequentes variações, o tratamento deve ser
adicionar um antileucotrieno ou teofilina à ajustado periodicamente em resposta a uma
associação acima descrita.(37-40) perda de controle, que é indicada pela piora dos
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
22. S14 Comissão de Asma da SBPT, Grupo de Trabalho das Diretrizes para Asma da SBPT
sintomas ou pelo surgimento de exacerbações. controle; entretanto, especialmente em
O controle da asma deve ser monitorado em adultos, a maior parte dos pacientes (de
intervalos regulares por um médico com base 60-70%) tende a exigir a sua reintrodução
em informações clínicas e funcionais e, quando no futuro.
possível, através de medidas da inflamação,
como fração exalada de óxido nítrico e pesquisa Aumentando doses em resposta a perda
de eosinófilos no escarro induzido. do controle
Reduzindo o tratamento quando o A perda do controle, caracterizada pela
controle for obtido recorrência ou piora dos sintomas que requer
doses repetidas de broncodilatadores de alívio
Existem poucos dados experimentais sobre por mais de dois dias, indica a necessidade
tempo, sequência e magnitude na redução do de ajustes no tratamento. Contudo, não se
tratamento quando o controle é alcançado. recomenda dobrar a dose do corticoide inalatório
Baseado em evidências atuais, recomenda-se: por falta de efetividade.(53,54)
• Quando os pacientes estão utilizando Um aumento de quatro vezes a dose do
corticoide inalatório isoladamente em corticoide inalatório pode ser equivalente a
doses médias ou altas, uma redução um curto curso de corticoide oral em pacientes
de 50% da dose pode ser tentada em adultos com piora aguda.(55) Essa dose deve ser
intervalos de 3 meses.(48-50) mantida por 7-14 dias. A falha em obter-se o
• Quando o controle é alcançado com baixa controle, assim como exacerbações repetidas,
dose de corticoide inalatório isolado, duas requer a modificação do tratamento, subindo
vezes ao dia, a dose em uso pode ser de uma etapa para outra. O tratamento das
administrada uma vez ao dia.(51,52) exacerbações será abordado na Parte 5.
• Quando o controle é alcançado com a
combinação entre corticoide inalatório e Componente 4: prevenção e controle dos
β2-agonista de ação prolongada, reduz-se riscos futuros
em 50% a dose do corticoide inalatório
O controle da asma implica no controle
e mantém-se a dose do β2-agonista de
das limitações atuais e na prevenção dos riscos
ação prolongada. Se o controle é mantido,
futuros. O reconhecimento e a prevenção desses
uma nova redução na dose do corticoide
riscos são obrigatórios na avaliação e no manejo
inalatório deve ser tentada até que a
dos pacientes com asma.(1,56)
menor dose seja alcançada, quando então
Os riscos futuros incluem desfechos que
o β2-agonista de ação prolongada deve ser
possam levar a mudanças irreversíveis na história
suspenso.
natural da asma. Atualmente, quatro parâmetros
• Uma alternativa aceita é administrar
são reconhecidos e usados (Quadro 9):
a combinação corticoide inalatório e
1) Prevenir instabilidade clínico-funcional:
β2-agonista uma vez ao dia.(52)
manter a asma controlada por longos
• Quando o controle da asma for obtido
períodos de tempo
com corticoide inalatório associado
2) Prevenir exacerbações da asma
a medicamentos outros que não o
3) Evitar a perda acelerada da função
β2-agonista de ação prolongada, a dose do
pulmonar ao longo dos anos
corticoide inalatório deve ser reduzida em
4) Minimizar os efeitos colaterais dos
50% até que a menor dose de corticoide
tratamentos utilizados.
inalatório seja alcançada, quando então
se suspende a combinação, mantendo-se Prevenir instabilidade clínico-funcional
apenas o corticoide inalatório.
• Quando o controle for mantido por O conceito de estabilidade como um
mais de um ano sob doses baixas de desfecho importante no tratamento da asma
corticoide inalatório, pode-se tentar a recebeu pouca atenção no passado. Em estudos
sua suspensão, mas o paciente deve ser mais recentes, com a revisão de dados de ensaios
reavaliado periodicamente com o objetivo clínicos já existentes, foi encontrada uma forte
de verificar a manutenção ou a perda do associação entre a falta de estabilidade e a
J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46
23. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012 S15
Quadro 9 - Controle atual e prevenção de riscos futuros.
ocorrência de riscos futuros.(56,57) A estabilidade de ansiedade aos mesmos e a suas famílias e
no controle da asma pode ser vista como o gerando altos custos ao sistema de saúde. Por
contrário da variabilidade, sendo seus principais isso tudo, é surpreendente que, apenas nos
aspectos a variação diurna dos PFEs, a ocorrência últimos 10 anos, as exacerbações começaram
de surtos de sintomas e o uso intermitente de a ser usadas como desfecho principal nas
medicação de resgate. pesquisas clínicas e na avaliação da efetividade
Existem evidências demonstrando que, uma dos diversos regimes de tratamento da asma.
vez que o controle seja obtido e mantido, o risco As exacerbações são eventos comuns
futuro de instabilidade, medido pelo percentual e previsíveis no curso da asma, ocorrendo
de semanas que o paciente não estava controlado, principalmente nos pacientes com asma grave,
diminui de modo significativo.(56,57) Deve ser mas também com taxas muito elevadas nos
destacado que a estabilidade da asma parece pacientes com doença mais leve. Devem ser
ser independente da sua gravidade. Quanto investigadas, rotineiramente, tanto a gravidade
maior a estabilidade (menor variabilidade), como a frequência das exacerbações. Além
menor a chance de os pacientes necessitarem de disso, as informações obtidas sobre os seus
atendimento de emergência e, provavelmente, cursos devem ser utilizadas para identificar
menor será o risco de uma exacerbação. No fatores desencadeantes e individualizar planos
longo prazo, esses achados podem se traduzir de ação específicos para evitá-las. Finalmente,
por uma elevada qualidade de vida e menores é fundamental assinalar que o reconhecimento
custos no tratamento para os pacientes. da importância das exacerbações implicou no
desenvolvimento de estratégias terapêuticas
Prevenir exacerbações que se mostraram válidas para prevenir a
ocorrência das mesmas. Contudo, mais estudos
A prevenção das exacerbações no curso da
são necessários para comparar a eficácia das
asma tem sido identificada em todas as diretrizes
diferentes estratégias na prática clínica.
de tratamento como um importante componente
no estabelecimento do controle ideal da Prevenir a aceleração da perda da função
asma.(1,58,59) Ainda é discutível se as exacerbações pulmonar
representam um domínio do controle total ou
se representam um componente em separado do A espirometria permite comprovar a presença
mesmo. Pode-se considerar que as exacerbações de redução do fluxo aéreo e a perda de função
representem o desfecho mais importante por ser pulmonar, desfechos importantes na avaliação do
o de maior risco para os pacientes, sendo causa controle da asma. Implicada tanto nas limitações
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