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Segundo Szymanski, 1995, São elas os primeiros espelhos nos quais 
nos vemos e nos descobrimos como sendo bonitos ou feios, inteligentes 
ou burros, bons para Matemática ou bons para nada, simpáticos ou 
desengonçados, com futuro ou sem futuro etc. 
São elas, também, os primeiros mundos em que habitamos, podendo 
nos aparecer como acolhedores ou hostis, com tais e tais regras, 
costumes, linguagens. Ensinam desde o que é homem e o que é mulher 
até como devemos expressar os sentimentos, quais sentimentos são 
"bons" e podem ser sentidos (sem culpas) e quais são "maus" (e devem 
ser disfarçados o melhor possível, porque sentir, sentimos mesmo). 
Aprendemos o que é belo e o que é feio, o que tem graça e o que não 
tem. Aprendemos posturas, jeitos de olhar (direto ou enviesado). E por 
aí vai. SZYMANSKI, 1995 
Segundo Szymanski, 1995, A escola, entretanto, tem uma 
especificidade - a obrigação de ensinar (bem) conteúdos específicos de 
áreas de saber, escolhidos como sendo fundamentais para a instrução 
de novas gerações. O problema das crianças de aprenderem fração é da 
escola. Família nenhuma tem essa obrigação. 
O que ambas as instituições têm em comum é o fato de prepararem os 
membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o 
desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. 
Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e 
do futuro cidadão. Szymanski, 1995 
Segundo Szymanski, 1995, As famílias têm de dar acolhimento a seus 
filhos: um ambiente estável, provedor, amoroso. Muitas, infelizmente, 
não conseguem. Por questões econômicas - a miséria é cruel. Muitas 
vezes por questões pessoais. Relacionamento com filhos e de casal não é 
coisa assim tão fácil para muitas pessoas. Mais fácil é cobrar dos outros 
que sejam maduros, emocionalmente estáveis, que convivam meiga e 
amorosamente com um alcoólatra, ou que deixem de ser alcoólatras, 
que tenham sempre uma palavra sábia para os filhos e filhas 
desobedientes, que superem, altaneiros, as dificuldades de trabalho, 
que desconsiderem a violência (a social e as outras), que exerçam uma 
crítica à comunicação de massas e cerquem suas famílias contra as 
ameaças da sociedade de consumo. 
BOUCHARD (1988) distingue, de forma geral, três modelos: o racional, 
o humanista e o simbiosinérgico. No racional, os pais mantêm uma 
hierarquia na qual decidem e impõem suas decisões sobre as atividades 
e o futuro dos filhos. Dão muita importância à disciplina, à ordem, à 
submissão, à autoridade. Nas suas estratégias educativas, os pais 
"distribuem ordens, impõem, ameaçam, criticam, controlam, proíbem,
dão as soluções para a criança" (p. 165). Orientam mais para um 
conformismo social do que para a autonomia. 
Nota-se freqüentemente uma confusão quanto a quem cabe a educação 
das crianças e quais aspectos são específicos de cada instituição. 
Algumas professoras queixam-se de que as famílias delegam a elas toda 
a educação dos filhos e, com razão, sentem-se sobrecarregadas e 
mesmo incapazes de realizar tal tarefa. Algumas vezes, as famílias 
sentem-se desautorizadas pela professora, que toma para si tarefas que 
são da competência da família. Isso me faz lembrar um dito antigo que 
rezava: "Costume da casa vai à praça". Este dito separa claramente o 
público do privado, mas aponta para sua interrelação. Mostra a 
importância das funções socializadoras da família e do seu trabalho de 
inserção dos membros jovens na sociedade. Sugere que quanto maior a 
competência da família para realizar tal trabalho de socialização, maior 
a probabilidade de sucesso. SZYMANSKI, 1995 
O papel que a escola possui na construção dessa parceria é 
fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as 
a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes 
ativos nessa parceria. Vale ainda ressaltar que escola e família precisam 
se unir e juntas procurar entender o que é Família, 
Somente a partir do final do século XVII é que a família é tomada como 
lugar de afeição entre cônjuges, pais e filhos, o que não acontecia antes. 
Nesse período, também, a preocupação não era somente estabelecer os 
filhos em função de bens e da honra, os pais interessaram-se pelos 
estudos dos filhos; surge nova organização em torno das crianças, a 
escola passa a assumir a aprendizagem e formação da criança, que 
antes era tarefa da família, ou seja, a criança não é mais misturada aos 
adultos para aprender com eles, as crianças eram separadas dos 
adultos, passando a viver numa espécie de “quarentena”, como foi 
considerada a escola (ARIÈS, 1978). 
Como instituição social a família sempre esteve inserida na rede de inter-relações com outras 
instituições em especial com a escola. No momento histórico (Sec.XVII) em que a unidade 
escolar assumiu a educação formal, surge a preocupação com o acompanhamento mais 
próximo dos pais junto a seus filhos. Com essa finalidade, foram elaborados tratados de 
educação para os pais com a finalidade de orientá-los quanto a seus deveres e 
responsabilidades (ARIÈS, apud. SZYMANSKI, 1978, p. 21). 
Nos anos 1960, outro acontecimento foi o marco para a mulher que 
deixou de ser dona de casa e de ter sua vida ligada não somente a 
maternidade, conquistando seu espaço no mercado de trabalho. Isso 
provocou mudanças nas famílias, criou-se então, no universo
naturalizado da família a dimensão da “escolha”, não mais o “destino” 
(SARTI, 1995). 
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi o apoio necessário para 
que ela passasse a sustentar a família sem a ajuda do pai, passando a 
exercer outros papeis, não somente de esposa. Hoje, vê-se a 
ambiguidade que se constitui a família conforme o Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil: 
Além da família nuclear que é constituída pelo pai, mãe e filhos, 
proliferam hoje as famílias monoparentais, nas quais apenas a mãe ou 
o pai está presente. Existem, ainda, as famílias que se constituíram por 
meio de novos casamentos e possuem filhos advindos dessas relações. 
Há, também, as famílias extensas comuns na história brasileira, nas 
quais convivem na mesma casa várias gerações e/ou pessoas ligadas 
por parentescos diversos. É possível ainda encontrar várias famílias 
coabitando em uma mesma casa. Enfim, parece não haver limites para 
os arranjos familiares na atualidade. Referencial Curricular Nacional 
(1998, p. 76). 
Entretanto, percebemos que essa forma de conceber o papel das 
famílias incide sobre a atitude dos profissionais, implicando sérias 
dificuldades decorrentes tanto da maneira com que os pais e 
profissionais se veem uns aos outros, quanto de suas expectativas, 
como ainda das condições objetivas do seu cotidiano e os entraves 
específicos que se apresentam. Enfim, os objetivos do trabalho com os 
pais só serão alcançados quando estes sentirem e considerarem a 
escola como sua. 
A família atual é resultado de mudanças ocorridas ao longo da história. 
Por volta do século XVIII a família começou a delimitar costumes 
contemporâneos com vida particular influenciados pelo sentimento de 
família, na Europa no século XVI através de famílias abastadas onde 
cada família mora em sua casa e é a responsável pela educação de seus 
filhos. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 
Atualmente podemos observar que existem inúmeras formas de estrutura familiar em todas as 
classes sociais como: mães solteiras sendo chefas de família; pais separados onde ambos 
podem assumir a responsabilidade de ser o chefe da família; casamentos de casais já 
separados onde o novo casamento pode ou não reunir os filhos do novo cônjuge; homossexual 
e outras. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 
A primeira educação é realizada com naturalidade, é como um alicerce de uma 
construção, em que a família é o primeiro modelo para as crianças, assim a cultura 
vai sendo internalizada com o controle da conduta da criança, e ao longo da vida a 
criança vai adquirindo experiências relativizando o poder da família. ZANZARINI e 
YOSHIDA, 2011
Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser. Este hábito dos pais brilhantes 
contribui para desenvolver em seus filhos: auto-estima, proteção da emoção, capacidade de 
trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir. 
Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de 
aniversário, compram tênis, roupas, produtos eletrônicos, proporcionam viagens. Pais 
brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do 
mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o 
seu tempo. Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, 
mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a 
estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais. Os pais que vivem em função de 
dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em 
dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis. CURY, Augusto. 2003 
Pais brilhantes são semeadores de idéias e não controladores dos seus filhos. 
Eles semeiam no solo da inteligência deles e esperam que um dia suas 
sementes germinem. Durante a espera pode haver desolação, mas, se as 
sementes são boas, um dia germinarão, mesmo que os filhos se droguem, não 
tenham respeito pela vida e não parem em emprego algum. CURY, 
Augusto. 2003 
A escola foi criada pelo homem para educar e está em constante aperfeiçoamento de acordo 
com suas necessidades, e educar sem a instituição especializada significa aprender a fazer 
fazendo a criança acompanhava os adultos para plantar, colher, caçar, ver, olhar, sentir, enfim 
o meio social é o seu meio educativo. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, 
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em 
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA) onde esta colocado em seu Capitulo 3 e Art. 
19: 
A partir da Idade Média a educação tornou-se produto da escola. 
Pessoas especializaram-se na tarefa de transmitir o saber, e espaços 
específicos passaram a ser reservados para essa atividade. Poucos iam 
à escola, que era destinada às elites. Serviu aos nobres e, depois, à 
burguesia. A cultura da aristocracia e os conhecimentos religiosos eram 
o material básico a ser transmitido. (BOCK, 1999. p.261). 
A escola como instituição social se desenvolveu para atender os filhos das 
famílias que detinham o poder na sociedade As atividades dos grupos 
dominantes foram 
ensinadas na escola. 
No século XIX houve transformações importantes na escola que passou a ser 
universal para todas as crianças . Nos séculos XIX e XX com o 
desenvolvimento da industrialização ocorreram várias transformações as casas 
que eram lugar de trabalho passaram a ser locais privativos das famílias e o 
local de trabalho se deslocou para as fábricas. Os trabalhadores deslocavam-se 
de suas residências para as fábricas e para isso foi necessário a construção 
e ampliação de vias públicas e transportes coletivos. 
A família para educar seus filhos para o trabalho e vida social precisou da 
ajuda 
da escola como instituição especializada para os trabalhos exigidos pela 
sociedade. A Revolução Industrial proporcionou a implantação de novas
tecnologias, onde os trabalhos realizados com máquinas exigiram do 
trabalhador novas aprendizagens e aperfeiçoamentos. A escola tornou - se 
necessária e importante para ensinar os conhecimentos básicos também o 
manuseio das técnicas. 
A classe trabalhadora paulatinamente foi se organizando para lutar e exigir 
universalização da escola para todos e não somente para burguesia e 
aristocracia. 
Estes fatores contribuíram para que a escola adquirisse as características que 
possui hoje em nossa sociedade: uma instituição da sociedade, trabalhando a 
serviço desta sociedade e por ela sustentada a fim de responder a 
necessidades sociais e, para isso, a escola precisa exercer funções 
especializadas. A escola cumpre, portanto, o papel de preparar as crianças 
para viverem no mundo adulto. Elas aprendem a trabalhar, a assimilar as 
regras sociais, os conhecimentos básicos, os valores morais coletivos, os 
modelos de comportamento considerados adequados pela sociedade. A escola 
estabelece, assim, uma mediação entre a criança (ou jovem) e a sociedade 
que é técnica (enquanto aprendizado das técnicas de base, como a leitura, a 
escrita, o cálculo, as técnicas corporais e musicais etc.) e social (enquanto 
aprendizado de valores, de ideais e modelos de comportamento). Apreender 
esses elementos sempre foi necessário. A escola é a forma moderna de operar 
essa transmissão.(BOCK. 1999, p.263) 
Alguns problemas são apresentados pela escola como: A escola sustentada 
pela sociedade deveria preparar os alunos para viver em sociedade, o que 
pode observar-se que ao longo do tempo através das teorias pedagógicas do 
seu currículo oculto tornou se uma instituição fechada e isolada, semelhante a 
uma ilha dentro da sociedade sendo o seu conhecimento distante da realidade 
social; 
A escola surgiu para responder a necessidades sociais de preparo do 
indivíduo para a vida pública. A família ficou apenas com a formação 
moral de seus filhos. Hoje, a escola ocupa grande parte da vida de seus 
alunos. Ensina técnicas, valores e ideais, ou seja, vem cada vez mais 
substituindo as famílias na orientação para a vida sexual, profissional, 
enfim, para a vida como um todo. A escola está preparada para essa 
tarefa? Os professores dispõem de métodos e técnicas adequadas para 
cumprir tal função (BOCK. 1999, p. 267) 
A escola é lugar de aprendizagem e troca de aprendizagem, sendo ela o 
local onde temos condições de elaborar perguntas e buscar respostas 
sobre o nosso cotidiano, é um espaços para o diálogo, com 
entendimento das diferenças entre cada ser humano. É na instituição 
escolar que os profissionais devem proporcionar abertura para um 
trabalho critico e criativo. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 
O saber escolar proporciona a capacidade de tomar decisões individuais 
e coletivas, pois a escola é apenas uma das instituições da nossa 
sociedade que tem responsabilidade como outras instituições: a família, 
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participa não é totalmente responsável. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011

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  • 1. Segundo Szymanski, 1995, São elas os primeiros espelhos nos quais nos vemos e nos descobrimos como sendo bonitos ou feios, inteligentes ou burros, bons para Matemática ou bons para nada, simpáticos ou desengonçados, com futuro ou sem futuro etc. São elas, também, os primeiros mundos em que habitamos, podendo nos aparecer como acolhedores ou hostis, com tais e tais regras, costumes, linguagens. Ensinam desde o que é homem e o que é mulher até como devemos expressar os sentimentos, quais sentimentos são "bons" e podem ser sentidos (sem culpas) e quais são "maus" (e devem ser disfarçados o melhor possível, porque sentir, sentimos mesmo). Aprendemos o que é belo e o que é feio, o que tem graça e o que não tem. Aprendemos posturas, jeitos de olhar (direto ou enviesado). E por aí vai. SZYMANSKI, 1995 Segundo Szymanski, 1995, A escola, entretanto, tem uma especificidade - a obrigação de ensinar (bem) conteúdos específicos de áreas de saber, escolhidos como sendo fundamentais para a instrução de novas gerações. O problema das crianças de aprenderem fração é da escola. Família nenhuma tem essa obrigação. O que ambas as instituições têm em comum é o fato de prepararem os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e do futuro cidadão. Szymanski, 1995 Segundo Szymanski, 1995, As famílias têm de dar acolhimento a seus filhos: um ambiente estável, provedor, amoroso. Muitas, infelizmente, não conseguem. Por questões econômicas - a miséria é cruel. Muitas vezes por questões pessoais. Relacionamento com filhos e de casal não é coisa assim tão fácil para muitas pessoas. Mais fácil é cobrar dos outros que sejam maduros, emocionalmente estáveis, que convivam meiga e amorosamente com um alcoólatra, ou que deixem de ser alcoólatras, que tenham sempre uma palavra sábia para os filhos e filhas desobedientes, que superem, altaneiros, as dificuldades de trabalho, que desconsiderem a violência (a social e as outras), que exerçam uma crítica à comunicação de massas e cerquem suas famílias contra as ameaças da sociedade de consumo. BOUCHARD (1988) distingue, de forma geral, três modelos: o racional, o humanista e o simbiosinérgico. No racional, os pais mantêm uma hierarquia na qual decidem e impõem suas decisões sobre as atividades e o futuro dos filhos. Dão muita importância à disciplina, à ordem, à submissão, à autoridade. Nas suas estratégias educativas, os pais "distribuem ordens, impõem, ameaçam, criticam, controlam, proíbem,
  • 2. dão as soluções para a criança" (p. 165). Orientam mais para um conformismo social do que para a autonomia. Nota-se freqüentemente uma confusão quanto a quem cabe a educação das crianças e quais aspectos são específicos de cada instituição. Algumas professoras queixam-se de que as famílias delegam a elas toda a educação dos filhos e, com razão, sentem-se sobrecarregadas e mesmo incapazes de realizar tal tarefa. Algumas vezes, as famílias sentem-se desautorizadas pela professora, que toma para si tarefas que são da competência da família. Isso me faz lembrar um dito antigo que rezava: "Costume da casa vai à praça". Este dito separa claramente o público do privado, mas aponta para sua interrelação. Mostra a importância das funções socializadoras da família e do seu trabalho de inserção dos membros jovens na sociedade. Sugere que quanto maior a competência da família para realizar tal trabalho de socialização, maior a probabilidade de sucesso. SZYMANSKI, 1995 O papel que a escola possui na construção dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria. Vale ainda ressaltar que escola e família precisam se unir e juntas procurar entender o que é Família, Somente a partir do final do século XVII é que a família é tomada como lugar de afeição entre cônjuges, pais e filhos, o que não acontecia antes. Nesse período, também, a preocupação não era somente estabelecer os filhos em função de bens e da honra, os pais interessaram-se pelos estudos dos filhos; surge nova organização em torno das crianças, a escola passa a assumir a aprendizagem e formação da criança, que antes era tarefa da família, ou seja, a criança não é mais misturada aos adultos para aprender com eles, as crianças eram separadas dos adultos, passando a viver numa espécie de “quarentena”, como foi considerada a escola (ARIÈS, 1978). Como instituição social a família sempre esteve inserida na rede de inter-relações com outras instituições em especial com a escola. No momento histórico (Sec.XVII) em que a unidade escolar assumiu a educação formal, surge a preocupação com o acompanhamento mais próximo dos pais junto a seus filhos. Com essa finalidade, foram elaborados tratados de educação para os pais com a finalidade de orientá-los quanto a seus deveres e responsabilidades (ARIÈS, apud. SZYMANSKI, 1978, p. 21). Nos anos 1960, outro acontecimento foi o marco para a mulher que deixou de ser dona de casa e de ter sua vida ligada não somente a maternidade, conquistando seu espaço no mercado de trabalho. Isso provocou mudanças nas famílias, criou-se então, no universo
  • 3. naturalizado da família a dimensão da “escolha”, não mais o “destino” (SARTI, 1995). A entrada da mulher no mercado de trabalho foi o apoio necessário para que ela passasse a sustentar a família sem a ajuda do pai, passando a exercer outros papeis, não somente de esposa. Hoje, vê-se a ambiguidade que se constitui a família conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Além da família nuclear que é constituída pelo pai, mãe e filhos, proliferam hoje as famílias monoparentais, nas quais apenas a mãe ou o pai está presente. Existem, ainda, as famílias que se constituíram por meio de novos casamentos e possuem filhos advindos dessas relações. Há, também, as famílias extensas comuns na história brasileira, nas quais convivem na mesma casa várias gerações e/ou pessoas ligadas por parentescos diversos. É possível ainda encontrar várias famílias coabitando em uma mesma casa. Enfim, parece não haver limites para os arranjos familiares na atualidade. Referencial Curricular Nacional (1998, p. 76). Entretanto, percebemos que essa forma de conceber o papel das famílias incide sobre a atitude dos profissionais, implicando sérias dificuldades decorrentes tanto da maneira com que os pais e profissionais se veem uns aos outros, quanto de suas expectativas, como ainda das condições objetivas do seu cotidiano e os entraves específicos que se apresentam. Enfim, os objetivos do trabalho com os pais só serão alcançados quando estes sentirem e considerarem a escola como sua. A família atual é resultado de mudanças ocorridas ao longo da história. Por volta do século XVIII a família começou a delimitar costumes contemporâneos com vida particular influenciados pelo sentimento de família, na Europa no século XVI através de famílias abastadas onde cada família mora em sua casa e é a responsável pela educação de seus filhos. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 Atualmente podemos observar que existem inúmeras formas de estrutura familiar em todas as classes sociais como: mães solteiras sendo chefas de família; pais separados onde ambos podem assumir a responsabilidade de ser o chefe da família; casamentos de casais já separados onde o novo casamento pode ou não reunir os filhos do novo cônjuge; homossexual e outras. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 A primeira educação é realizada com naturalidade, é como um alicerce de uma construção, em que a família é o primeiro modelo para as crianças, assim a cultura vai sendo internalizada com o controle da conduta da criança, e ao longo da vida a criança vai adquirindo experiências relativizando o poder da família. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011
  • 4. Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser. Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver em seus filhos: auto-estima, proteção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir. Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram tênis, roupas, produtos eletrônicos, proporcionam viagens. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo. Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais. Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis. CURY, Augusto. 2003 Pais brilhantes são semeadores de idéias e não controladores dos seus filhos. Eles semeiam no solo da inteligência deles e esperam que um dia suas sementes germinem. Durante a espera pode haver desolação, mas, se as sementes são boas, um dia germinarão, mesmo que os filhos se droguem, não tenham respeito pela vida e não parem em emprego algum. CURY, Augusto. 2003 A escola foi criada pelo homem para educar e está em constante aperfeiçoamento de acordo com suas necessidades, e educar sem a instituição especializada significa aprender a fazer fazendo a criança acompanhava os adultos para plantar, colher, caçar, ver, olhar, sentir, enfim o meio social é o seu meio educativo. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) onde esta colocado em seu Capitulo 3 e Art. 19: A partir da Idade Média a educação tornou-se produto da escola. Pessoas especializaram-se na tarefa de transmitir o saber, e espaços específicos passaram a ser reservados para essa atividade. Poucos iam à escola, que era destinada às elites. Serviu aos nobres e, depois, à burguesia. A cultura da aristocracia e os conhecimentos religiosos eram o material básico a ser transmitido. (BOCK, 1999. p.261). A escola como instituição social se desenvolveu para atender os filhos das famílias que detinham o poder na sociedade As atividades dos grupos dominantes foram ensinadas na escola. No século XIX houve transformações importantes na escola que passou a ser universal para todas as crianças . Nos séculos XIX e XX com o desenvolvimento da industrialização ocorreram várias transformações as casas que eram lugar de trabalho passaram a ser locais privativos das famílias e o local de trabalho se deslocou para as fábricas. Os trabalhadores deslocavam-se de suas residências para as fábricas e para isso foi necessário a construção e ampliação de vias públicas e transportes coletivos. A família para educar seus filhos para o trabalho e vida social precisou da ajuda da escola como instituição especializada para os trabalhos exigidos pela sociedade. A Revolução Industrial proporcionou a implantação de novas
  • 5. tecnologias, onde os trabalhos realizados com máquinas exigiram do trabalhador novas aprendizagens e aperfeiçoamentos. A escola tornou - se necessária e importante para ensinar os conhecimentos básicos também o manuseio das técnicas. A classe trabalhadora paulatinamente foi se organizando para lutar e exigir universalização da escola para todos e não somente para burguesia e aristocracia. Estes fatores contribuíram para que a escola adquirisse as características que possui hoje em nossa sociedade: uma instituição da sociedade, trabalhando a serviço desta sociedade e por ela sustentada a fim de responder a necessidades sociais e, para isso, a escola precisa exercer funções especializadas. A escola cumpre, portanto, o papel de preparar as crianças para viverem no mundo adulto. Elas aprendem a trabalhar, a assimilar as regras sociais, os conhecimentos básicos, os valores morais coletivos, os modelos de comportamento considerados adequados pela sociedade. A escola estabelece, assim, uma mediação entre a criança (ou jovem) e a sociedade que é técnica (enquanto aprendizado das técnicas de base, como a leitura, a escrita, o cálculo, as técnicas corporais e musicais etc.) e social (enquanto aprendizado de valores, de ideais e modelos de comportamento). Apreender esses elementos sempre foi necessário. A escola é a forma moderna de operar essa transmissão.(BOCK. 1999, p.263) Alguns problemas são apresentados pela escola como: A escola sustentada pela sociedade deveria preparar os alunos para viver em sociedade, o que pode observar-se que ao longo do tempo através das teorias pedagógicas do seu currículo oculto tornou se uma instituição fechada e isolada, semelhante a uma ilha dentro da sociedade sendo o seu conhecimento distante da realidade social; A escola surgiu para responder a necessidades sociais de preparo do indivíduo para a vida pública. A família ficou apenas com a formação moral de seus filhos. Hoje, a escola ocupa grande parte da vida de seus alunos. Ensina técnicas, valores e ideais, ou seja, vem cada vez mais substituindo as famílias na orientação para a vida sexual, profissional, enfim, para a vida como um todo. A escola está preparada para essa tarefa? Os professores dispõem de métodos e técnicas adequadas para cumprir tal função (BOCK. 1999, p. 267) A escola é lugar de aprendizagem e troca de aprendizagem, sendo ela o local onde temos condições de elaborar perguntas e buscar respostas sobre o nosso cotidiano, é um espaços para o diálogo, com entendimento das diferenças entre cada ser humano. É na instituição escolar que os profissionais devem proporcionar abertura para um trabalho critico e criativo. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011 O saber escolar proporciona a capacidade de tomar decisões individuais e coletivas, pois a escola é apenas uma das instituições da nossa sociedade que tem responsabilidade como outras instituições: a família, a igreja, os meios de comunicação e outras na transmissão dos valores
  • 6. dominantes lembrando que nas transformações sociais a escola participa não é totalmente responsável. ZANZARINI e YOSHIDA, 2011