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CURSO: CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO– CED
ANO CURRICULAR: 1º
DISCIPLINA/CÓDIGO : Psicologia Educacional I / 614
PROFESSOR (A) : Agnelo Coimbra
SUMÁRIO(S):Nºs 12 DATA: 25 de Maio 2021
NOTA: Os presentes slides são destinados exclusivamente aos alunos do ISUPEKUIKUI II e a sua reprodução por qualquer meio é
proibida, constituindo crime. 1
2
Tema:
A Creche, o Jardim Infantil e a Escola
A creche constitui-se palco interessante para estudo, já que vem se tornando uma necessidade significativa da população. Isso
surge como consequência das transformações socioeconómicas que a sociedade vem sofrendo, com as alterações nos modos de
relações entre os indivíduos, além de mudanças no exercício das funções, em especial aquelas realizadas pelas mulheres. Essas
passam, cada vez mais, a trabalhar fora de casa, motivadas pela necessidade de contribuir com a sobrevivência da família, ou pelo
desejo de realização profissional, entre outros.
Associado a isso, a migração em larga escala de populações rurais para centros urbanos industrializados, a diminuição no número
de elementos da família, a quebra na rede de apoio familiar e de vizinhança e um distanciamento físico e psicológico entre os
diferentes membros (irmãos, tios, avós...) levam à procura de soluções para os cuidados da criança, complementares à mãe, fora
do espaço familiar.
Essas formas têm sido encontradas em diferentes níveis, através de creches, escolinhas berçários, creches domésticas... Nesse
contexto, duas questões mostram-se especialmente relevantes e conflituantes: a função da maternidade e a educação de
crianças, especialmente nos primeiros anos de vida, em ambientes coletivos. Contextos de desenvolvimento diversos, como o
cuidado coletivo de crianças pequenas em creche, são encarados como “mal necessário”, por constituírem um risco ao
desenvolvimento sadio da criança e aceitáveis apenas naqueles casos em que a mãe ou a família não tem condições de criar o
filho em casa.
3
Fundamentados na teoria do apego de Bowlby, ROSSETIFERREIRA (1984) mostra através de uma revisão bibliográfica que tais
estudos usam, em geral, o paradigma da “situação estranha” de AINSWORTH et ai (1978) a fim de demonstrar as alterações
provocadas pela frequência precoce à creche, tanto nas relações de apego criança-mãe como no comportamento da criança, a
qual se mostraria menos cordas “compliant” e mais agressiva na pré-escola.
A rotina de funcionamento da maioria das creches centrava maior atenção na guarda e nos cuidados físicos da criança, não na
educação e na busca de um adequado desenvolvimento global. A indefinição quanto ao papel social e educacional da creche é
marcante, o que resulta em influências sobre os elementos que nela trabalham e que dela se beneficiam. Para tanto, as principais
estratégias relacionam-se à definição do papel profissional das educadoras, à melhora de suas condições de trabalho e ao
incremento de sua formação inicial e em serviço.
Ademais, um esforço de conhecimento e valorização da criança pequena, suas características e necessidades nesse novo contexto,
buscando apreender a importância da interação entre a mãe e o filho e de suas outras interações no novo ambiente, em particular
o valor da interação criança-criança (OLIVEIRA & ROSSEITI-FERREIRA, 1993), permitirá promover um desenvolvimento adequado à
qualidade do atendimento hoje prestado na maioria das instituições.
A educadora, que passa a realizar os cuidados da criança, também deve conhecê-la, já que há um conjunto de características
pessoais dessa criança e família que são específicas e devem ser respeitadas, valorizadas e eventualmente modificadas. Elas
próprias trazem suas experiências anteriores de maternidade, efetivadas ou não, de cuidados com filhos, além de um conjunto de
conceitos culturais e expectativas quanto ao seu papel de educadora ou de funcionária na instituição. Assim, através desse contato
íntimo, com o adulto, o bebe apreende os significados apresentados e vivenciados pelos outros, como sendo dele próprio
(WEREBE & NADELBRULFERT, 1986). Será, então, a partir desses significados vivenciados emocionalmente com os outros, num
sistema de valores e conceitos compartilhados pelos adultos com seu grupo social em determinado contexto sócio-histórico, que a
criança se desenvolverá, formando conceitos, adaptando-se às diferentes situações, entrando em contato com a cultura do grupo,
com seus próprios sentimentos e comportamentos.
4
Sumário: A Creche, o Jardim Infantil e a Escola. Uma creche é um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico, e
cuidados às crianças com idade de até três anos de idade. Jardim de infância Expressão relacionada, em geral, às escolas
dedicadas ao ensino pré-escolar (para crianças menores de seis anos). Escola É a instituição que fornece o processo de ensino para
discentes (alunos), com o objetivo de formar e desenvolver cada indivíduo em seus aspectos cultural, social e cognitivo.
Diferenças
Nas creches há um grande rigor focado nas rotinas, nomeadamente em fatores como a higiene, a alimentação, o sono, entre
outros. Salientamos aqui também que na Creche há diferentes fatores estimulantes para a criança, independentemente da sua
idade. Ações como gatinhar, andar, cantar, ouvir música, ouvir histórias, pintar, entre outras, fazem parte das atividades diárias,
levadas a cabo pela equipa educativa. O Jardim de Infância é também essencial no que toca à resolução dos primeiros conflitos
que possam surgir entre a criança com os seus colegas. Os educadores têm um papel de moderador nesse sentido, abordando o
problema de forma imparcial. Além disso, têm que pedir aos intervenientes ideias para resolver o problema dando sempre apoio e
compreensão para com os sentimentos da criança.
O Jardim de Infância também pode proporcionar apoio à família. Nesse sentido, os educadores tratam de criar um ambiente
acolhedor para as famílias das crianças, criando espaços para as mesmas sempre com uma abordagem amistosa e respeitadora. A
criança, no entanto, atua nesse processo não como um sujeito passivo, simplesmente moldado pelo meio, mas como um ser ativo,
que desempenha um papel importante nas interações (VYGOTSKY, 1984). Ainda assim é na creche que as crianças são introduzidas
a uma noção de rotina. ( https://edukar.pt/diferenca-entre-creche-e-jardim-de-infancia/) 7/1/2021.

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  • 1. CURSO: CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO– CED ANO CURRICULAR: 1º DISCIPLINA/CÓDIGO : Psicologia Educacional I / 614 PROFESSOR (A) : Agnelo Coimbra SUMÁRIO(S):Nºs 12 DATA: 25 de Maio 2021 NOTA: Os presentes slides são destinados exclusivamente aos alunos do ISUPEKUIKUI II e a sua reprodução por qualquer meio é proibida, constituindo crime. 1
  • 2. 2 Tema: A Creche, o Jardim Infantil e a Escola A creche constitui-se palco interessante para estudo, já que vem se tornando uma necessidade significativa da população. Isso surge como consequência das transformações socioeconómicas que a sociedade vem sofrendo, com as alterações nos modos de relações entre os indivíduos, além de mudanças no exercício das funções, em especial aquelas realizadas pelas mulheres. Essas passam, cada vez mais, a trabalhar fora de casa, motivadas pela necessidade de contribuir com a sobrevivência da família, ou pelo desejo de realização profissional, entre outros. Associado a isso, a migração em larga escala de populações rurais para centros urbanos industrializados, a diminuição no número de elementos da família, a quebra na rede de apoio familiar e de vizinhança e um distanciamento físico e psicológico entre os diferentes membros (irmãos, tios, avós...) levam à procura de soluções para os cuidados da criança, complementares à mãe, fora do espaço familiar. Essas formas têm sido encontradas em diferentes níveis, através de creches, escolinhas berçários, creches domésticas... Nesse contexto, duas questões mostram-se especialmente relevantes e conflituantes: a função da maternidade e a educação de crianças, especialmente nos primeiros anos de vida, em ambientes coletivos. Contextos de desenvolvimento diversos, como o cuidado coletivo de crianças pequenas em creche, são encarados como “mal necessário”, por constituírem um risco ao desenvolvimento sadio da criança e aceitáveis apenas naqueles casos em que a mãe ou a família não tem condições de criar o filho em casa.
  • 3. 3 Fundamentados na teoria do apego de Bowlby, ROSSETIFERREIRA (1984) mostra através de uma revisão bibliográfica que tais estudos usam, em geral, o paradigma da “situação estranha” de AINSWORTH et ai (1978) a fim de demonstrar as alterações provocadas pela frequência precoce à creche, tanto nas relações de apego criança-mãe como no comportamento da criança, a qual se mostraria menos cordas “compliant” e mais agressiva na pré-escola. A rotina de funcionamento da maioria das creches centrava maior atenção na guarda e nos cuidados físicos da criança, não na educação e na busca de um adequado desenvolvimento global. A indefinição quanto ao papel social e educacional da creche é marcante, o que resulta em influências sobre os elementos que nela trabalham e que dela se beneficiam. Para tanto, as principais estratégias relacionam-se à definição do papel profissional das educadoras, à melhora de suas condições de trabalho e ao incremento de sua formação inicial e em serviço. Ademais, um esforço de conhecimento e valorização da criança pequena, suas características e necessidades nesse novo contexto, buscando apreender a importância da interação entre a mãe e o filho e de suas outras interações no novo ambiente, em particular o valor da interação criança-criança (OLIVEIRA & ROSSEITI-FERREIRA, 1993), permitirá promover um desenvolvimento adequado à qualidade do atendimento hoje prestado na maioria das instituições. A educadora, que passa a realizar os cuidados da criança, também deve conhecê-la, já que há um conjunto de características pessoais dessa criança e família que são específicas e devem ser respeitadas, valorizadas e eventualmente modificadas. Elas próprias trazem suas experiências anteriores de maternidade, efetivadas ou não, de cuidados com filhos, além de um conjunto de conceitos culturais e expectativas quanto ao seu papel de educadora ou de funcionária na instituição. Assim, através desse contato íntimo, com o adulto, o bebe apreende os significados apresentados e vivenciados pelos outros, como sendo dele próprio (WEREBE & NADELBRULFERT, 1986). Será, então, a partir desses significados vivenciados emocionalmente com os outros, num sistema de valores e conceitos compartilhados pelos adultos com seu grupo social em determinado contexto sócio-histórico, que a criança se desenvolverá, formando conceitos, adaptando-se às diferentes situações, entrando em contato com a cultura do grupo, com seus próprios sentimentos e comportamentos.
  • 4. 4 Sumário: A Creche, o Jardim Infantil e a Escola. Uma creche é um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico, e cuidados às crianças com idade de até três anos de idade. Jardim de infância Expressão relacionada, em geral, às escolas dedicadas ao ensino pré-escolar (para crianças menores de seis anos). Escola É a instituição que fornece o processo de ensino para discentes (alunos), com o objetivo de formar e desenvolver cada indivíduo em seus aspectos cultural, social e cognitivo. Diferenças Nas creches há um grande rigor focado nas rotinas, nomeadamente em fatores como a higiene, a alimentação, o sono, entre outros. Salientamos aqui também que na Creche há diferentes fatores estimulantes para a criança, independentemente da sua idade. Ações como gatinhar, andar, cantar, ouvir música, ouvir histórias, pintar, entre outras, fazem parte das atividades diárias, levadas a cabo pela equipa educativa. O Jardim de Infância é também essencial no que toca à resolução dos primeiros conflitos que possam surgir entre a criança com os seus colegas. Os educadores têm um papel de moderador nesse sentido, abordando o problema de forma imparcial. Além disso, têm que pedir aos intervenientes ideias para resolver o problema dando sempre apoio e compreensão para com os sentimentos da criança. O Jardim de Infância também pode proporcionar apoio à família. Nesse sentido, os educadores tratam de criar um ambiente acolhedor para as famílias das crianças, criando espaços para as mesmas sempre com uma abordagem amistosa e respeitadora. A criança, no entanto, atua nesse processo não como um sujeito passivo, simplesmente moldado pelo meio, mas como um ser ativo, que desempenha um papel importante nas interações (VYGOTSKY, 1984). Ainda assim é na creche que as crianças são introduzidas a uma noção de rotina. ( https://edukar.pt/diferenca-entre-creche-e-jardim-de-infancia/) 7/1/2021.