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EPIDEMIOLOGIA - 3º BLOCO – ENFERMAGEM
SÂMELA OLIVEIRA
O QUE É?
• A febre chikungunya (ou chicungunha) é
uma doença viral transmitida pela picada
de um mosquito. Seu nome vem da língua
da Tanzânia makondée que significa
“doença do homem curvado” ou “doença
quebra-ossos”.
CAUSAS E TRANSMISSÃO
• É causada por arbovírus chamado CHIKV,
um vírus de RNA. O vírus chikungunya e
dengue são muito semelhantes em suas
estruturas.
• Transmitida por mosquitos fêmeas do
Aedes, normalmente Aegypti e albopictus.
Esses mosquitos também transmitem
outras doenças e são mais ativos na África.
O QUE ACONTECE APÓS A PICADA?
• Quando um mosquito pica uma pessoa
infectada com chikungunya, ele é capaz de
carregar o vírus CHIKV e transmitir para um
indivíduo saudável através da picada.
• A doença geralmente se manifesta após
incubação de 4-7 dias, a um período que
pode se estender até 12 dias.
SINAIS E SINTOMAS
• Febre acima de 39 graus, de início
repentino
• Dores intensas nas articulações de pés e
mãos, dedos, tornozelos e pulsos.
• Dor de cabeça
• Dores nos músculos
• Manchas vermelhas na pele.
Cerca de 30% dos casos não chegam a
desenvolver sintomas.
COMO SE IDENTIFICA UM CASO
SUSPEITO?
• Todas as pessoas que apresentarem
febre de início súbito maior de 38,5ºC e
artralgia (dor articular) ou artrite intensa
com início agudo.
• E que tenham histórico recente de viagem
às áreas nas quais o vírus circula de
forma contínua.
JÁ EXISTEM CASOS NO
BRASIL?
• Os três primeiros casos importados foram
identificados em 2010.
• Em 2014 foram notificados os primeiros
casos autóctones no país.
• O Ministério da Saúde tem alertado as
Secretarias Estaduais de Saúde para
manterem os serviços de saúde atentos às
pessoas que venham de áreas com
transmissão e apresentem os sintomas da
doença.
A NOTIFICAÇÃO DE CASOS É
OBRIGATÓRIA?
• No Brasil, sim. Os casos suspeitos de
Chikungunya devem ser comunicados e/ou
notificados em até 24 horas a partir da
suspeita inicial. Qualquer estabelecimento de
saúde, público ou privado, deve informar a
ocorrência de casos suspeitos às Secretarias
Municipais e Estaduais de Saúde e ao
Ministério da Saúde.
EPIDEMIOLOGIA
• Em 2016, foram registrados no país 271.824
casos prováveis de febre de chikungunya.
• Foram confirmados 196 óbitos por febre de
chikungunya, nas seguintes UFs: Pernambuco
(58), Rio Grande do Norte (37), Paraíba (34),
Ceará (26), Rio de Janeiro (13), Alagoas (10),
Maranhão (8), Bahia (5), Sergipe (2), Piauí (1),
Amapá (1) e Distrito Federal (1) (dados não
apresentados em tabelas).
• A mediana de idade dos óbitos foi de 62 anos,
variando de 0 a 98 anos.
EPIDEMIOLOGIA
• Em 2017, até a SE 7, foram registrados 10.294
casos prováveis de febre de chikungunya no
país.
• Em 2017, foram confirmados
laboratorialmente 5 óbitos por febre de
chikungunya, sendo 2 no Pará, um em
Pernambuco, um na Bahia e um em São Paulo.
COMO EVITAR?
• Eliminar o foco dos mosquitos
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  • 1. EPIDEMIOLOGIA - 3º BLOCO – ENFERMAGEM SÂMELA OLIVEIRA
  • 2. O QUE É? • A febre chikungunya (ou chicungunha) é uma doença viral transmitida pela picada de um mosquito. Seu nome vem da língua da Tanzânia makondée que significa “doença do homem curvado” ou “doença quebra-ossos”.
  • 3. CAUSAS E TRANSMISSÃO • É causada por arbovírus chamado CHIKV, um vírus de RNA. O vírus chikungunya e dengue são muito semelhantes em suas estruturas. • Transmitida por mosquitos fêmeas do Aedes, normalmente Aegypti e albopictus. Esses mosquitos também transmitem outras doenças e são mais ativos na África.
  • 4. O QUE ACONTECE APÓS A PICADA? • Quando um mosquito pica uma pessoa infectada com chikungunya, ele é capaz de carregar o vírus CHIKV e transmitir para um indivíduo saudável através da picada. • A doença geralmente se manifesta após incubação de 4-7 dias, a um período que pode se estender até 12 dias.
  • 5. SINAIS E SINTOMAS • Febre acima de 39 graus, de início repentino • Dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos. • Dor de cabeça • Dores nos músculos • Manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
  • 6. COMO SE IDENTIFICA UM CASO SUSPEITO? • Todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo. • E que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
  • 7. JÁ EXISTEM CASOS NO BRASIL? • Os três primeiros casos importados foram identificados em 2010. • Em 2014 foram notificados os primeiros casos autóctones no país. • O Ministério da Saúde tem alertado as Secretarias Estaduais de Saúde para manterem os serviços de saúde atentos às pessoas que venham de áreas com transmissão e apresentem os sintomas da doença.
  • 8. A NOTIFICAÇÃO DE CASOS É OBRIGATÓRIA? • No Brasil, sim. Os casos suspeitos de Chikungunya devem ser comunicados e/ou notificados em até 24 horas a partir da suspeita inicial. Qualquer estabelecimento de saúde, público ou privado, deve informar a ocorrência de casos suspeitos às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde.
  • 9. EPIDEMIOLOGIA • Em 2016, foram registrados no país 271.824 casos prováveis de febre de chikungunya. • Foram confirmados 196 óbitos por febre de chikungunya, nas seguintes UFs: Pernambuco (58), Rio Grande do Norte (37), Paraíba (34), Ceará (26), Rio de Janeiro (13), Alagoas (10), Maranhão (8), Bahia (5), Sergipe (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1) (dados não apresentados em tabelas). • A mediana de idade dos óbitos foi de 62 anos, variando de 0 a 98 anos.
  • 10. EPIDEMIOLOGIA • Em 2017, até a SE 7, foram registrados 10.294 casos prováveis de febre de chikungunya no país. • Em 2017, foram confirmados laboratorialmente 5 óbitos por febre de chikungunya, sendo 2 no Pará, um em Pernambuco, um na Bahia e um em São Paulo.
  • 11.
  • 12. COMO EVITAR? • Eliminar o foco dos mosquitos