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SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA (24:5)

PARÁGRAFO TERESIANO

ChAMA





O Padre J. de Prádanos começou a pôr-me
em maior perfeição. Dizia-me que, para de
todo contentar a Deus, não havia de deixar
nada por fazer; também com muita
prudência e brandura, porque não estava
ainda a minha alma nada forte, mas sim
muito tenra, em especial em deixar algumas
amizades que tinha. Embora não ofendesse
a Deus com elas, era muita a afeição e
parecia-me a mim que era ingratidão deixálas e assim dizia-lhe que, pois não ofendia a
Deus, porque havia eu de ser desagradecida.
Disse-me que encomendasse o caso a Deus
por alguns dias e rezasse o hino Veni
Creator para que me inspirasse naquilo que
era o melhor. Tendo estado um dia muito
em oração e suplicado ao Senhor que me
ajudasse a contentá-l’O em tudo, comecei o
hino; e estando-o a dizer, veio-me um
arroubamento tão súbito que quase me
tirou de mim, coisa de que não pude
duvidar, porque foi muito claro. Foi a
primeira vez que o Senhor me fez esta
mercê de arroubamentos. Compreendi estas
palavras: já não quero que tenhas
conversações com homens, senão com
anjos. A mim me causou isto muito
espanto, porque o movimento da alma foi
grande e muito em espírito me foram ditas
estas palavras e assim atemorizei-me,
embora, por outra parte, me desse grande
consolo, o qual me ficou depois de sossegar.
A meu parecer, isso foi causado pela
novidade.

Avi s o s
10 S. Escolástica (480 - 457).
11 Nossa Senhora de Lurdes.

DO CARMO
DE VIANA DO CASTELO

Dia Mundial do Doente.

DOMINGO V DO TEMPO COMUM
NS 215
FEVEREIRO 09 2014

14 S. Cirilo (826-869) e S. Metódio (815-885).

chamadocarmo.blogspot.com
Telefone 258 822 264
viana@carmelitas.pt

O HOMEM
contemporâneo escuta
mais facilmente as
testemunhas do que
os mestres, ou, se
escuta os mestres, fá-lo porque são
testemunhas.
PAULO VI

Oração

LITURGIA DAS HORAS
• Semana I do Saltério.

A Palavra
DOMINGO VI DO TEMPO COMUM
• Ben Sirá 15:16-21.
• Salmo 118: 1-2.4-5.17-18.33-34.
• 1 Coríntios 2:6-10.
• Mateus 5:17-37.

(16 DE FEVEREIRO)

À luz da vela!
Luz e sal. O evangelho deste domingo situa-nos no contexto do Sermão da Montanha. Estamos, portanto, no
início da aventura de Jesus. Na Galileia recrutara discípulos, agora, a caminho, vai instruindo-os com palavras
provocadoras e inauditas. Hoje escutamos da sua boca que somos luz e somos sal para para o mundo. Para o
mundo, não para nós! Somos sal e somos luz para que por nós, pela nossa luz, Cristo ilumine o mundo! Sim,
através de nós Cristo deve chegar a todos, iluminar a todos, dar sabor a todos, dar a todos o sentido para a vida.
A liturgia deste domingo poderia resumir-se numa frase. Uma só frase que condense todo o ser e fazer do cristão.
Os textos da palavra de Deus que nos são propostos foram reunidos em torno a uma ideia-programa para cada
cristã e cada cristão: a ideia de fazer o bem. E nem é preciso fazer muitas coisas, nem grandes coisas. Basta
alumiar o mundo à nossa volta com simplicidade e dar sabor com suavidade e discrição.

À luz da vela!
Nem tudo o que está à vista se vê. E obviamente
que sobressai mais o que se destaca por elevação
que aquilo que permanece nivelado. Pode, por
isso, ocultar-se mais facilmente o que está no
chão que o alcandorado num monte.

Pode o mundo andar mal, que anda. Pode andar
muito escuro, que sim, anda. Sim, o nosso mundo
atravessa uma noite muito dura. Mas brilham
nele clarmente tantas vidas muitíssimo
abastadas de luz.

Assim é para Jesus a vida de um cristão! Por isso,
jamais um cristão deveria ocultar-se.

Há hoje cada vez mais pessoas fazendo o bem
sem serem iluminadas pelo Evangelho. E andam
também cada vez mais pessoas longe do
Evangelho. Porém, a vida vivida com a
autenticidade do Evangelho será sempre como o
farol que guia os marinheiros em noite escura.

Todos precisamos de chão e de raízes bem fundas
na terra; nós, cristãos, porém, desde a origem,
somos mais habitantes de montanha que de
planícies. Um cristão jamais deveria ocultar-se,
por que, afinal, a nossa vida deve brilhar
bastantemente, deve resplandecer
bastantemente. É óbvio, que sim.
Subamos, cristãos, para os montes, e, claramente,
brilhe a nossa vida. Por que a verdade não pode
esconder-se nem calar-se. Se a luz é verdadeira,
se a vida é verdadeira, não se esconda, pois,
jamais. Se a santidade de vida existe iluminada
pelo Evangelho, então ela não pode ser ocultada.
Um cristão não pode nunca esconder a sua vida,
porque a luz brilha e a vida dum cristão é luz.
Pode a noite ser muito escura, muito escura
mesmo!, mas por mais escura que seja a noite
nela há sempre luz desde que por perto viva um
cristão!

A luz brilha e ilumina mesmo que a noite esteja
escura. Ou melhor: quanto mais escura for a noite
mais brilha e ilumina a pequenina chama cristã!
O homem de hoje pode negar a Deus, pode até
afirmar que não existe. Porém, enquanto existir
alguém disponível para viver de verdade a
experiência de relação com Deus, Deus, Ele-mesmo, resplandecerá e ninguém poderá negá-Lo. Por que a luz é mais forte que as trevas e que
as mais densas sombras. E por que até quando
acendemos o mais pequenino fósforo ele vence
sozinho a escuridão que o rodeia!
Poderemos ignorar o que Jesus nos diz: «Vós sois
a luz do mundo»? Não, não podemos. E havemos
de arregalar bem os olhos, porque, um dia, Ele

disse também: «Eu sou a luz do mundo, aquele
que me segue não anda nas trevas»! Obviamente,
claramente: o que Jesus diz de si, diz de nós. Que
somos luz como Ele!
É então que aqui me soa duramente uma
campainha na cabeça e me faz perguntar com
seriedade: Por que razão, então, os cristãos
iluminam tão pouco? Por que passamos tão
desapercebidos onde quer que nos encontremos e
trabalhemos? Por que tão raramente os demais
têm tanta dificuldade em reconhecer em nós a luz
de Cristo? Será que a nossa lanterna tem as pilhas
do Evangelho já gastas? Será que o Evangelho em
que dizemos acreditar está apagado em nossas
vidas? Será que de tão mortiço em nós já o
Evangelho nada ilumina? Será que levamos
mesmo a sério a iluminação que recebemos no
nosso Baptismo? Será por isso que a nossa fé não
brilha? Por não levarmos Deus – o nosso sol! – a
sério?
Um cristão que não é luz e não alumia não é
cristão de verdade. A luz é para ser vista e se a do
cristão se não vê tem de reacender-se. A
escuridão do mundo precisa de cristãos que
aqueçam e alumiem a noite. Mesmo em pleno dia!
Os cristãos apagados não são precisos, apenas os
que irradiem luz. Não temos direito a ser baços,
mas obrigação de sermos brilhantes!
Não temos outra vocação que a de ser luz!
No calor do verão a nossa pele liberta suor, assim
também ao longo dos nossos dias a nossa vida
deve resplandecer a luz do Evangelho!
A Igreja é lumen gentium, luz das gentes, disse-o o
Vaticano II. Quer dizer: a Igreja não nasceu para
se alumiar a si mesma, à sua própria casa. Porém,
existe para desde a debilidade da chamazinha da
fé iluminar em nome de Jesus o coração de todos
os povos. Poderíamos nós desejar melhor
objectivo para a nossa vida – ser vela que dá luz?

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  • 1. SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582) LIVRO DA VIDA (24:5) PARÁGRAFO TERESIANO ChAMA    O Padre J. de Prádanos começou a pôr-me em maior perfeição. Dizia-me que, para de todo contentar a Deus, não havia de deixar nada por fazer; também com muita prudência e brandura, porque não estava ainda a minha alma nada forte, mas sim muito tenra, em especial em deixar algumas amizades que tinha. Embora não ofendesse a Deus com elas, era muita a afeição e parecia-me a mim que era ingratidão deixálas e assim dizia-lhe que, pois não ofendia a Deus, porque havia eu de ser desagradecida. Disse-me que encomendasse o caso a Deus por alguns dias e rezasse o hino Veni Creator para que me inspirasse naquilo que era o melhor. Tendo estado um dia muito em oração e suplicado ao Senhor que me ajudasse a contentá-l’O em tudo, comecei o hino; e estando-o a dizer, veio-me um arroubamento tão súbito que quase me tirou de mim, coisa de que não pude duvidar, porque foi muito claro. Foi a primeira vez que o Senhor me fez esta mercê de arroubamentos. Compreendi estas palavras: já não quero que tenhas conversações com homens, senão com anjos. A mim me causou isto muito espanto, porque o movimento da alma foi grande e muito em espírito me foram ditas estas palavras e assim atemorizei-me, embora, por outra parte, me desse grande consolo, o qual me ficou depois de sossegar. A meu parecer, isso foi causado pela novidade. Avi s o s 10 S. Escolástica (480 - 457). 11 Nossa Senhora de Lurdes. DO CARMO DE VIANA DO CASTELO Dia Mundial do Doente. DOMINGO V DO TEMPO COMUM NS 215 FEVEREIRO 09 2014 14 S. Cirilo (826-869) e S. Metódio (815-885). chamadocarmo.blogspot.com Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt O HOMEM contemporâneo escuta mais facilmente as testemunhas do que os mestres, ou, se escuta os mestres, fá-lo porque são testemunhas. PAULO VI Oração LITURGIA DAS HORAS • Semana I do Saltério. A Palavra DOMINGO VI DO TEMPO COMUM • Ben Sirá 15:16-21. • Salmo 118: 1-2.4-5.17-18.33-34. • 1 Coríntios 2:6-10. • Mateus 5:17-37. (16 DE FEVEREIRO) À luz da vela!
  • 2. Luz e sal. O evangelho deste domingo situa-nos no contexto do Sermão da Montanha. Estamos, portanto, no início da aventura de Jesus. Na Galileia recrutara discípulos, agora, a caminho, vai instruindo-os com palavras provocadoras e inauditas. Hoje escutamos da sua boca que somos luz e somos sal para para o mundo. Para o mundo, não para nós! Somos sal e somos luz para que por nós, pela nossa luz, Cristo ilumine o mundo! Sim, através de nós Cristo deve chegar a todos, iluminar a todos, dar sabor a todos, dar a todos o sentido para a vida. A liturgia deste domingo poderia resumir-se numa frase. Uma só frase que condense todo o ser e fazer do cristão. Os textos da palavra de Deus que nos são propostos foram reunidos em torno a uma ideia-programa para cada cristã e cada cristão: a ideia de fazer o bem. E nem é preciso fazer muitas coisas, nem grandes coisas. Basta alumiar o mundo à nossa volta com simplicidade e dar sabor com suavidade e discrição. À luz da vela! Nem tudo o que está à vista se vê. E obviamente que sobressai mais o que se destaca por elevação que aquilo que permanece nivelado. Pode, por isso, ocultar-se mais facilmente o que está no chão que o alcandorado num monte. Pode o mundo andar mal, que anda. Pode andar muito escuro, que sim, anda. Sim, o nosso mundo atravessa uma noite muito dura. Mas brilham nele clarmente tantas vidas muitíssimo abastadas de luz. Assim é para Jesus a vida de um cristão! Por isso, jamais um cristão deveria ocultar-se. Há hoje cada vez mais pessoas fazendo o bem sem serem iluminadas pelo Evangelho. E andam também cada vez mais pessoas longe do Evangelho. Porém, a vida vivida com a autenticidade do Evangelho será sempre como o farol que guia os marinheiros em noite escura. Todos precisamos de chão e de raízes bem fundas na terra; nós, cristãos, porém, desde a origem, somos mais habitantes de montanha que de planícies. Um cristão jamais deveria ocultar-se, por que, afinal, a nossa vida deve brilhar bastantemente, deve resplandecer bastantemente. É óbvio, que sim. Subamos, cristãos, para os montes, e, claramente, brilhe a nossa vida. Por que a verdade não pode esconder-se nem calar-se. Se a luz é verdadeira, se a vida é verdadeira, não se esconda, pois, jamais. Se a santidade de vida existe iluminada pelo Evangelho, então ela não pode ser ocultada. Um cristão não pode nunca esconder a sua vida, porque a luz brilha e a vida dum cristão é luz. Pode a noite ser muito escura, muito escura mesmo!, mas por mais escura que seja a noite nela há sempre luz desde que por perto viva um cristão! A luz brilha e ilumina mesmo que a noite esteja escura. Ou melhor: quanto mais escura for a noite mais brilha e ilumina a pequenina chama cristã! O homem de hoje pode negar a Deus, pode até afirmar que não existe. Porém, enquanto existir alguém disponível para viver de verdade a experiência de relação com Deus, Deus, Ele-mesmo, resplandecerá e ninguém poderá negá-Lo. Por que a luz é mais forte que as trevas e que as mais densas sombras. E por que até quando acendemos o mais pequenino fósforo ele vence sozinho a escuridão que o rodeia! Poderemos ignorar o que Jesus nos diz: «Vós sois a luz do mundo»? Não, não podemos. E havemos de arregalar bem os olhos, porque, um dia, Ele disse também: «Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não anda nas trevas»! Obviamente, claramente: o que Jesus diz de si, diz de nós. Que somos luz como Ele! É então que aqui me soa duramente uma campainha na cabeça e me faz perguntar com seriedade: Por que razão, então, os cristãos iluminam tão pouco? Por que passamos tão desapercebidos onde quer que nos encontremos e trabalhemos? Por que tão raramente os demais têm tanta dificuldade em reconhecer em nós a luz de Cristo? Será que a nossa lanterna tem as pilhas do Evangelho já gastas? Será que o Evangelho em que dizemos acreditar está apagado em nossas vidas? Será que de tão mortiço em nós já o Evangelho nada ilumina? Será que levamos mesmo a sério a iluminação que recebemos no nosso Baptismo? Será por isso que a nossa fé não brilha? Por não levarmos Deus – o nosso sol! – a sério? Um cristão que não é luz e não alumia não é cristão de verdade. A luz é para ser vista e se a do cristão se não vê tem de reacender-se. A escuridão do mundo precisa de cristãos que aqueçam e alumiem a noite. Mesmo em pleno dia! Os cristãos apagados não são precisos, apenas os que irradiem luz. Não temos direito a ser baços, mas obrigação de sermos brilhantes! Não temos outra vocação que a de ser luz! No calor do verão a nossa pele liberta suor, assim também ao longo dos nossos dias a nossa vida deve resplandecer a luz do Evangelho! A Igreja é lumen gentium, luz das gentes, disse-o o Vaticano II. Quer dizer: a Igreja não nasceu para se alumiar a si mesma, à sua própria casa. Porém, existe para desde a debilidade da chamazinha da fé iluminar em nome de Jesus o coração de todos os povos. Poderíamos nós desejar melhor objectivo para a nossa vida – ser vela que dá luz?