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Avi s o s

PARÁGRAFO

TERESIANO

§

§

01 Domingo I do Advento.
02 Dia de oração pelos defuntos da Ordem.

Quis o Senhor que viesse então algumas vezes esta
visão. Via um anjo ao pé de mim, para o lado
esquerdo, em forma corporal, o que não costumo
ver senão por milagre. Ainda que muitas vezes se
me representam anjos, é sem os ver. Nesta visão
quis o Senhor que o visse assim: não era grande,
mas pequeno, formoso em extremo, o rosto tão
incendido, que parecia dos anjos mais sublimes
que parecem todos se abrasam. Devem ser os que
se chamam Querubins, que os nomes não mos
dizem, mas bem vejo que no Céu há tanta
diferença duns anjos a outros e destes outros a
outros, que não o saberia dizer. Via-lhe nas mãos
um dardo de oiro comprido e, no fim da ponta de
ferro, me parecia que tinha um pouco de fogo.
Parecia-me meter-me este pelo coração algumas
vezes e que me chegava às entranhas. Ao tirá-lo,
dir-se-ia que as levava consigo, e me deixava toda
abrasada em grande amor de Deus. Era tão intensa
a dor, que me fazia dar aqueles queixumes e tão
excessiva a suavidade que me causava esta
grandíssima dor, que não se pode desejar que se
tire, nem a alma se contenta com menos de que
com Deus. Não é dor corporal, mas espiritual,
embora o corpo não deixa de ter a sua parte, e até
muita. É um requebro tão suave que têm entre si a
alma e Deus, que suplico à Sua bondade o dê a
gostar a quem pensar que minto.
Os dias que isto durava, andava como alheada; não
queria ver nem falar, senão abraçar-me com a
minha pena, que era para mim maior glória que
quantas há em tudo o criado. Isto me acontecia
algumas vezes, quando quis o Senhor que me
viessem estes arroubamentos tão grandes que, até
mesmo estando entre muitas pessoas, não lhes
podia resistir, e assim, com muita pena minha, se
começaram a divulgar.
SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA 29:13-14.

02 21.00h | Encontro com a Bíblia.

ChAMA
DO CARMO
DE VIANA DO CASTELO

DOMINGO I DO ADVENTO
NS 205
DEZEMBRO 01 2013

03 São Francisco Xavier (1506-1552).
04 Tarde de adoração eucarística.
Dia de oração pelas vocações.

[AGORA QUE VAMOS PARA O ADVENTO]

05 São Martinho de Dume (518-579), São Frutuoso (595?-665) e São Geraldo ( ? -1108).
07 Santo Ambrósio (340-397).

chamadocarmo.blogspot.com
Telefone 258 822 264
viana@carmelitas.pt

CHEGOU A HORA
de nos levantarmos do sono,
porque a salvação está agora mais
perto de nós do que quando
abraçámos a fé.
(Carta aos Romanos 13:11)

Oração

LITURGIA DAS HORAS
• Semana I do Saltério.

A Palavra
IMACULADA CONCEIÇÃO
• Genesis 3:9-15.20.
• Salmo 97:1-4.
• Efésios 1:3-6.11-12.
• Lucas 1:26-38.

( 08 DE DEZEMBRO )

Os presos são quem bem sabem
Feliz Ano Novo. Rei morto, rei posto; ou dito de uma maneira outra: depois de encerrado um ano cristão, eis-nos
de rosto aberto para a novidade de um outro. Com toda a afabilidade só podemos desejar: Feliz ano, feliz ano novo
cristão! Eia, pois. Eis-nos de novo em Advento, o tempo de preparação para a celebração do Nascimento do
Salvador. Era noite e fez-se luz. E nós não podemos ver bem a Luz sem levemente lhe abrirmos o coração.
Não podemos recebê-lA bem sem A esperarmos, sem ficarmos de vela desejando-A ansiosamente. Por estes dias
somos convidados para a alegria. A sério, que somos; e até pode dizer-se que ela se treina, que sem preparação não
conseguiremos alegrar-nos convenientemente. Bem-vindos aos treinos até ao dia 24 de Dezembro!

Os presos são quem bem sabem
Você pode dizer sem medo de errar que
Advento é conversa de padres. Diga-o sem
medo, que você acerta. E também se engana.
Mas cuidado: As palavras gastam-se e de tanto
repeti-las ficam xéxés. Ou, nós por elas.
Advento não é conversa de padres que mais
não sabem dizer no mês anterior ao Natal. Não,
não é conversa de padres, não. Sim, longe muito
longe de ser conversa fiada de padres.
Advento é um estado de alma, de ânimo. Não é
conversa de sacristia, é conversa de vida. É
conversa para os cansados e resignados, para
os que agora dizem: «É tudo tão inseguro, por
isso vivamos o dia! Vivamos o dia que já nada
permanece, já nada resiste!».
O Advento tem a força dos símbolos porque
não tem outra se não a das sementes: a espera,
a eterna espera, a força da renovação!
Encurralados por tamanhas ânsias de saída
tantas vezes não sabemos que esperar, e de
tanto cansarmos perdemos o norte (e o tino) e
desistimos, ou o que é pior: dá igual esperar ou
não. Porém, durante o tempo do Advento, nós,
católicos, submetemo-nos, sobretudo, a um
treino de contenção. Despertamos do letargo
que nos ata e contemo-nos em tensão, como
quem se agacha para se projectar num salto o
mais para adiante possível.

Quando os peregrinos partem é sabido que
deixam todo o cómodo e não levam muito —
sem lhes faltar o cajado, porque a todo o
peregrino falta sempre uma parte do caminho e
a todo o católico Algo que lhe preencha a tensão
da espera. No Advento vamos pela via da
contenção e austeridade, pela da conversão e
sobriedade, a fim de que quando tivermos o
Senhor no meio de nós possamos explodir toda
a alegria que nos arde no forno interior das
almas.
Advento é o por fazer, e é o impróprio e
atulhado que urge esmerar, sem cuja
preparação e cuidado jamais o caminho a
percorrer é verdadeiramente caminho que traz
até nós o Senhor.
Tem ele duas partes: até ao dia 16 de Dezembro
somos convidados a acordar para o encontro
do Senhor que vem; de 16 ao dia 24 olhamos
para a Virgem Mãe, na penumbra, prestes a dar
à luz. Como ela se soube preparar que não há
ninguém como ela que nos ensine a esperar!
É assim que o Advento é convite para a mesa da
espera do Filho de Deus que entra na história.
Ali só temos um fito: manter viva a ilusão da
espera! Convenhamos que não é este um desafio
sedutor. Quem é que hoje quer acordar, sair do
torpor, enfrentar o frio das responsabilidades,

sair para as ruas e dar testemunho? (Por falar
nisso: Quantos da nossa comunidade,
compreendendo ou não, responderão ao
inquérito do Papa Francisco sobre a família?)
Quem aceita desinstalar-se das suas crenças e
das suas rotinas? Quem ousa questionar a sua
fé, dizer presente quando há necessidade de
defender o Evangelho, os pobres, os sem poder,
sem palavra e sem voto? — E olhe que os há,
olhe que os há e são mais do que pensa!
A fé não é como ir ao chá das cinco. Mas lá que
obriga a acordar da sesta e sair de casa, lá isso
obriga! Por que Deus vem, vem sem ser viral no
Youtube, sem se anunciar na TV, nem no blog
da Chama do Carmo, nem nas grandes
pancartas publicitárias. Deus vem, mesmo que
tu não acordes nem nenhum dos nossos
contemporâneos se erga da cela em que tão a
gosto nos enclausuramos! Deus vem mesmo
que não julguemos necessário que venha, vem
mesmo que a palavra < Deus > já não signifique
nada ou já nem seja esperado. Deus vem,
mesmo que toda a pressa que corremos nos
impeça de ver que Ele já veio, e de que, afinal,
seja a pressa da vida um atilho mais que nos
ata e enclausura.
E, sim, Deus vem para os crentes que O
esperam! Deus vem para os que esperam o
Novo!
Eu me confesso míope, o mesmo é que preso no
cinzento semi-frio e semi-vazio da vida. Sim,
preso. Eu sou preso, mas ainda assim um preso
é do tamanho daquilo que espera. E do meu
cárcere eu espero este Advento como uma
espera confiada. E no meu cárcere eu dou voltas
e voltas, e voltas volto a dar ao contrário. Mas
espero confiado. Eu confio que Ele virá
independentemente do número de voltas que eu
dê ora para a direita, ora para a esquerda. Ele
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Chama do Carmo 212
 

Chama do Carmo_205

  • 1.    Avi s o s PARÁGRAFO TERESIANO § § 01 Domingo I do Advento. 02 Dia de oração pelos defuntos da Ordem. Quis o Senhor que viesse então algumas vezes esta visão. Via um anjo ao pé de mim, para o lado esquerdo, em forma corporal, o que não costumo ver senão por milagre. Ainda que muitas vezes se me representam anjos, é sem os ver. Nesta visão quis o Senhor que o visse assim: não era grande, mas pequeno, formoso em extremo, o rosto tão incendido, que parecia dos anjos mais sublimes que parecem todos se abrasam. Devem ser os que se chamam Querubins, que os nomes não mos dizem, mas bem vejo que no Céu há tanta diferença duns anjos a outros e destes outros a outros, que não o saberia dizer. Via-lhe nas mãos um dardo de oiro comprido e, no fim da ponta de ferro, me parecia que tinha um pouco de fogo. Parecia-me meter-me este pelo coração algumas vezes e que me chegava às entranhas. Ao tirá-lo, dir-se-ia que as levava consigo, e me deixava toda abrasada em grande amor de Deus. Era tão intensa a dor, que me fazia dar aqueles queixumes e tão excessiva a suavidade que me causava esta grandíssima dor, que não se pode desejar que se tire, nem a alma se contenta com menos de que com Deus. Não é dor corporal, mas espiritual, embora o corpo não deixa de ter a sua parte, e até muita. É um requebro tão suave que têm entre si a alma e Deus, que suplico à Sua bondade o dê a gostar a quem pensar que minto. Os dias que isto durava, andava como alheada; não queria ver nem falar, senão abraçar-me com a minha pena, que era para mim maior glória que quantas há em tudo o criado. Isto me acontecia algumas vezes, quando quis o Senhor que me viessem estes arroubamentos tão grandes que, até mesmo estando entre muitas pessoas, não lhes podia resistir, e assim, com muita pena minha, se começaram a divulgar. SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582) LIVRO DA VIDA 29:13-14. 02 21.00h | Encontro com a Bíblia. ChAMA DO CARMO DE VIANA DO CASTELO DOMINGO I DO ADVENTO NS 205 DEZEMBRO 01 2013 03 São Francisco Xavier (1506-1552). 04 Tarde de adoração eucarística. Dia de oração pelas vocações. [AGORA QUE VAMOS PARA O ADVENTO] 05 São Martinho de Dume (518-579), São Frutuoso (595?-665) e São Geraldo ( ? -1108). 07 Santo Ambrósio (340-397). chamadocarmo.blogspot.com Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt CHEGOU A HORA de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé. (Carta aos Romanos 13:11) Oração LITURGIA DAS HORAS • Semana I do Saltério. A Palavra IMACULADA CONCEIÇÃO • Genesis 3:9-15.20. • Salmo 97:1-4. • Efésios 1:3-6.11-12. • Lucas 1:26-38. ( 08 DE DEZEMBRO ) Os presos são quem bem sabem
  • 2. Feliz Ano Novo. Rei morto, rei posto; ou dito de uma maneira outra: depois de encerrado um ano cristão, eis-nos de rosto aberto para a novidade de um outro. Com toda a afabilidade só podemos desejar: Feliz ano, feliz ano novo cristão! Eia, pois. Eis-nos de novo em Advento, o tempo de preparação para a celebração do Nascimento do Salvador. Era noite e fez-se luz. E nós não podemos ver bem a Luz sem levemente lhe abrirmos o coração. Não podemos recebê-lA bem sem A esperarmos, sem ficarmos de vela desejando-A ansiosamente. Por estes dias somos convidados para a alegria. A sério, que somos; e até pode dizer-se que ela se treina, que sem preparação não conseguiremos alegrar-nos convenientemente. Bem-vindos aos treinos até ao dia 24 de Dezembro! Os presos são quem bem sabem Você pode dizer sem medo de errar que Advento é conversa de padres. Diga-o sem medo, que você acerta. E também se engana. Mas cuidado: As palavras gastam-se e de tanto repeti-las ficam xéxés. Ou, nós por elas. Advento não é conversa de padres que mais não sabem dizer no mês anterior ao Natal. Não, não é conversa de padres, não. Sim, longe muito longe de ser conversa fiada de padres. Advento é um estado de alma, de ânimo. Não é conversa de sacristia, é conversa de vida. É conversa para os cansados e resignados, para os que agora dizem: «É tudo tão inseguro, por isso vivamos o dia! Vivamos o dia que já nada permanece, já nada resiste!». O Advento tem a força dos símbolos porque não tem outra se não a das sementes: a espera, a eterna espera, a força da renovação! Encurralados por tamanhas ânsias de saída tantas vezes não sabemos que esperar, e de tanto cansarmos perdemos o norte (e o tino) e desistimos, ou o que é pior: dá igual esperar ou não. Porém, durante o tempo do Advento, nós, católicos, submetemo-nos, sobretudo, a um treino de contenção. Despertamos do letargo que nos ata e contemo-nos em tensão, como quem se agacha para se projectar num salto o mais para adiante possível. Quando os peregrinos partem é sabido que deixam todo o cómodo e não levam muito — sem lhes faltar o cajado, porque a todo o peregrino falta sempre uma parte do caminho e a todo o católico Algo que lhe preencha a tensão da espera. No Advento vamos pela via da contenção e austeridade, pela da conversão e sobriedade, a fim de que quando tivermos o Senhor no meio de nós possamos explodir toda a alegria que nos arde no forno interior das almas. Advento é o por fazer, e é o impróprio e atulhado que urge esmerar, sem cuja preparação e cuidado jamais o caminho a percorrer é verdadeiramente caminho que traz até nós o Senhor. Tem ele duas partes: até ao dia 16 de Dezembro somos convidados a acordar para o encontro do Senhor que vem; de 16 ao dia 24 olhamos para a Virgem Mãe, na penumbra, prestes a dar à luz. Como ela se soube preparar que não há ninguém como ela que nos ensine a esperar! É assim que o Advento é convite para a mesa da espera do Filho de Deus que entra na história. Ali só temos um fito: manter viva a ilusão da espera! Convenhamos que não é este um desafio sedutor. Quem é que hoje quer acordar, sair do torpor, enfrentar o frio das responsabilidades, sair para as ruas e dar testemunho? (Por falar nisso: Quantos da nossa comunidade, compreendendo ou não, responderão ao inquérito do Papa Francisco sobre a família?) Quem aceita desinstalar-se das suas crenças e das suas rotinas? Quem ousa questionar a sua fé, dizer presente quando há necessidade de defender o Evangelho, os pobres, os sem poder, sem palavra e sem voto? — E olhe que os há, olhe que os há e são mais do que pensa! A fé não é como ir ao chá das cinco. Mas lá que obriga a acordar da sesta e sair de casa, lá isso obriga! Por que Deus vem, vem sem ser viral no Youtube, sem se anunciar na TV, nem no blog da Chama do Carmo, nem nas grandes pancartas publicitárias. Deus vem, mesmo que tu não acordes nem nenhum dos nossos contemporâneos se erga da cela em que tão a gosto nos enclausuramos! Deus vem mesmo que não julguemos necessário que venha, vem mesmo que a palavra < Deus > já não signifique nada ou já nem seja esperado. Deus vem, mesmo que toda a pressa que corremos nos impeça de ver que Ele já veio, e de que, afinal, seja a pressa da vida um atilho mais que nos ata e enclausura. E, sim, Deus vem para os crentes que O esperam! Deus vem para os que esperam o Novo! Eu me confesso míope, o mesmo é que preso no cinzento semi-frio e semi-vazio da vida. Sim, preso. Eu sou preso, mas ainda assim um preso é do tamanho daquilo que espera. E do meu cárcere eu espero este Advento como uma espera confiada. E no meu cárcere eu dou voltas e voltas, e voltas volto a dar ao contrário. Mas espero confiado. Eu confio que Ele virá independentemente do número de voltas que eu dê ora para a direita, ora para a esquerda. Ele virá: é nisso que eu confio. E já sinto os passos dele rua abaixo. A porta está bem fechada, mas eu sei Quem traz a chave que a abre por fora!