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ruptura é o momento exato em que ocorre o rompimento, interrupção ou anulação de qual-
quer processo. Vemos na Unicap sucessivas gestões de DCE que não nos levaram a lugar
algum. Mesmo assim, vimos sua política fortalecer dentro do campus, com grupos conser-
vadores e reacionários. Desta forma, montamos um programa que possa caminhar lado a
lado na luta das estudantes e dos estudantes que precisam de assistência estudantil, das mães,
das terceirizadas e dos terceirizados que trabalham de forma desgastante e não têm direito ao
ingresso na universidade, de estudantes LGBTQ, das estudantes e dos estudantes negras e ne-
gros, de nossas e nossos atletas, de estudantes criminalizadas e criminalizados no entorno do
campus pela polícia. Além disso, também estamos ao lado de mulheres e homens em situação
de rua nos arredores da Universidade, que não possuem nenhum tipo de aparato. E, por fim,
que possamos lembrar que ainda temos força para lutar mesmo com o tempo correndo contra
nós, então, vamos lá!
Diretório Central dos Estudantes repre-
senta a classe estudantil frente às de-
mandas sociais e institucionais. Desem-
penha o papel de representante de to-
dos os cursos e todas as alunas de uma uni-
versidade. As organizações têm o poder de
canalizar e ampliar essas vozes insurgentes.
Elas são frutos de pressão, luta e resistência
da classe frente a hegemonia institucional e
classista da representatividade.
Lutar contra a poderosa máquina empresarial
que ditam os rumos e moldes da educação,
vendendo-a como mercadoria e utilizando o
próprio capital como pedagogia, é mais que
uma obrigação.
É necessária a quebra da ideologia dominante
regendo a educação. É necessário que a edu-
cação popular tome conta das práticas peda-
gógicas. É necessária a quebra da clássica
divisão das que realmente trabalham e das
que pensam. É necessário vincular a educa-
ção ao modo vida, a real necessidade do po-
vo. É necessário quebrar a política representa-
tiva aparelhada e viciada que transformam as
lutas em meras pautas a favor das instituições!
Sabemos que só os que realmente estão so-
frendo com todos esses retrocessos é que po-
dem mudar o panorama e criar na Unicap um
espaço de junção e fortalecimento das diver-
sas lutas. Não recuaremos um passo, não es-
peraremos nem mais um segundo, afinal, se
não for agora, quando será?
2
ais uma matrícula chegou. Junto com
ela mais um aumento de mensalidade.
Ainda tenho dívidas do ano anterior.
Vou no 1º andar do bloco G: protocolo,
renegociações, cheques e cartões se transfor-
mam em dívidas. Dívidas que não sei quando
irei pagar. Meu corpo implora para comer. Só
na tesouraria perdi 2 horas numa fila pra assi-
nar um papel. Só o meu nome no papel. Mas,
comprar um lanche, ou pagar a passagem de
volta para casa? Dúvidas: E se for mãe, com
quem deixo a criança? Ou deveria pôr em uma
creche? Xerox, livros, gastos, mais uma men-
salidade. Neste semestre só paguei a matrícu-
la. Consigo um estágio. São 7 horas traba-
lhando, 3 horas diariamente dentro do trans-
porte público. Aulas de manhã e de noite.
Chego em casa depois das 23h. Uma rotina
confusa e cansativa. Utilizo paliativos como
alívio para o peso que o dia carrega. Passa
um policial, me observa distante. Sofro um ba-
culejo. O segurança observa tudo atrás de
mim, do outro lado da grade. Nada faz. Nem
existo. Acho graça em como "atrás das gra-
des" é relativo. Humilhação. Me liberam. Como
se eu merecesse ser presa/o. Sigo para a mi-
nha casa. Não sei o que fazer. Estudo ou dur-
mo? Trabalho ou estudo? Queria mesmo era
ver um filme. Acabo dormindo com a roupa do
corpo no sofá. Tá cada vez mais difícil, tá cada
vez mais distante aquele futuro promissor. Na
verdade, nunca nem o vi. Mas escuto falar so-
bre ele desde a minha infância. Não posso de-
sistir. O que será da minha vida sem essa gra-
duação? Mas, o que será da minha gradua-
ção, sem a minha vida?
Ampliação do programa de bolsa monitoria,
pesquisa e criação do programa de bolsa
para extensão;
Luta constante contra o aumento das mensa-
lidades;
Atuar nos conselhos e instâncias deliberati-
vas da universidade pela assistência estu-
dantil;
Lutar pela criação do restaurante universitá-
rio a preço mínimo;
Lutar pela criação de vestiários e disponibili-
zar banheiros com chuveiros no prédio do
DCE;
Regime especial de estudo para mães e pais;
Escolinha e creche para auxiliar os estudan-
tes que são pais e mães;
Programa de atendimento psicológico social
para as estudantes;
Promover espaços de discussões sobre a
nossa saúde mental;
Adquirir uma fotocopiadora para que o DCE
tenha xerox a preço mínimo;
Criação de mecanismo para a denúncia e fis-
calização de estágios que não cumprem o
contrato e exploram a estagiária;
Auditoria nas contas da Unicap.
s estudantes e os estudantes precisam sentir-se
parte da gestão do Diretório Central dos Estudan-
tes (DCE) e não somente representadas ou repre-
sentados. Nossa Chapa critica o modelo dominan-
te de representatividade por cargos, uma vez que
esse modelo não traduz a dinâmica da luta social.
Precisamos quebrar a hierarquia para nos sentir-
mos partes do processo de transformação. E esse
processo não pode ser transferido ou delegado,
precisando de protagonismo da própria organiza-
ção, não de funções engessadas que monopoli-
zam e inibem as decisões. Acreditamos que sujei-
tos políticos não podem se sujeitar ao voto de uma
figura presidencial.
Quando não se acredita no espaço em que se está
inserido, e no qual falam por nós sem a oportuni-
dade de fazermos isso por nós mesmas, não é
possível que essa luta seja efetiva .
Construir uma gestão horizontal, a partir de co-
missões e grupos de trabalho, sem as hierarquias
burocratizadas e centralização de cargos;
Debater e modificar o estatuto do DCE para que
possa ser atualizado e contemplar as mais diver-
sas formas de organização.
3
Lutar por bolsas para funcio-
nárias terceirizadas e funcio-
nários terceirizados, assim
como para suas filhas e filhos;
Criação de uma ouvidoria no
DCE que atenda denúncias de
ivemos uma era marcada por
retrocessos e fortes retiradas de
direitos, em especial para os gru-
pos mais vulneráveis: mulheres,
negros e negras e pessoas LGB-
TQI.
Além disso, vivemos também
uma guerra às drogas sem fim,
que serve para o encarceramen-
to em massa da população negra
e extermínio da sua juventude.
Quando analisamos a universi-
dade e nossa base frente a essa
conjuntura, mostra-se fundamen-
tal que o Movimento Estudantil
se organize e volte a ser comba-
tivo para um enfrentamento con-
junto dessas violações de direi-
tos.
violências relacionadas às
opressões;
Criação de espaço de debates
sobre a legalização e denún-
cia contínua da guerra às dro-
gas.
Lutar por um maior ingresso
de estudantes negras, negros
e indígenas na universidade,
seja por programas estatais
ou providos pela própria Uni-
cap;
Manutenção do nosso campus
aberto sem catracas;
Lutar pela redução do preço
das multas da biblioteca, prin-
cipalmente dos finais de se-
mana, quando a multa é do-
brada;
Lutar por uma maior acessibili-
dade do campus e do entorno
do campus para idosas, ido-
sos e pessoas com deficiên-
cia;
Oferecer capacitação integra-
da com as funcionárias e os
funcionários para com as de-
mandas de minorias e opres-
sões;
Discussão e promulgação de
um instrumento que regulamen-
te a permanência das pessoas
trans na Universidade;
Promover o debate da liberda-
de religiosa, visando a quebra
dos estigmas em torno das reli-
giões de matrizes africanas e
incluindo-as no calendário aca-
dêmico;
Fomento para grupos de deba-
tes sobre raça e gênero;
Ampliação do pré-vestibular Fé
e Alegria e cotas específicas
para pessoas negras e trans;
Articulação instrucional acerca
do Programa Nacional de Edu-
cação na Reforma Agrária
(PRONERA) para a inclusão da
juventude rural e campesina no
ensino superior;
Debate sobre os indicadores de
desempenho educacionais, co-
mo o Enade.
sala de aula, a pesquisa e
extensão formam o que a peda-
gogia chama de “tripé educacio-
nal universitário”. Para que o en-
sino não seja alienante e restrito
somente ao conhecimento em
sala de aula, não podemos nos
afastar da pesquisa e da exten-
são. Mas quantas pessoas na
Unicap já participaram de uma
extensão? Infelizmente a pesqui-
sa também é limitada somente a
bolsas e não há meios alternati-
vos além do PIBIC e PIBID. São
raros os grupos autônomos de
pesquisa. Desta forma, a Unicap
acaba fazendo com que sua ba-
se educacional, muitas vezes,
seja bastante desconexa da rea-
lidade.
 Incentivar e divulgar os proje-
tos de extensão populares as-
sim como a criação de novos;
 Criação de uma cartilha com
informações básicas sobre a
iniciação e publicação científi-
ca;
 Maior valorização dos cursos
de licenciatura;
 Promover espaços de debate
fora da universidade para uma
maior vivência das/dos estu-
dantes;
 Lutar para que as inscrições
das/dos monitores não sejam
feitas na mesma sala dos con-
cluintes, isso prejudica os
dois;
 Rediscutir o procedimento de
matrícula e troca de professo-
res,
 Pela denúncia de professores
machistas, racistas e LGBTQfó-
bicos;
 Lutar pela ampliação, divulga-
ção e barateio do preço do pro-
grama de intercâmbio;
 Criações de comissões por
área de conhecimento: repre-
sentantes de cada curso para
propor as respectivas deman-
das;
 Vistoria e melhoramento dos
nossos laboratórios;
 Disponibilização de transportes
para aulas de campo;
 Inserção do DCE nos conse-
lhos deliberativos dos progra-
mas de pós-graduação lato
sensu e stricto sensu;
 Ampliação de bolsas raciais e
sociais para os programas de
pós-graduação.
4
s decisões que a Universidade
toma sobre a promoção de um
programa esportivo já diz muito
seu compromisso com a temáti-
ca: há dois anos nossa principal
quadra foi demolida para a am-
pliação do estacionamento. E o
que a aparelhada atual gestão
do DCE fez? Simplesmente ob-
servou calada os muros caírem.
Acreditamos que o incentivo à
prática de esportes contribui mui-
to para o aprendizado e o desen-
volvimento das estudantes e dos
estudantes. É um pilar enrique-
cedor de vínculo, compartimen-
to, sanidade, aprimoramento e
desenvolvimento de habilida-
des. Observamos que importan-
tes centros de ensinos compro-
metidos com uma educação
transversal tratam o esporte
com devida importância, que
não é o caso da nossa institui-
ção.
Bolsa atleta como meio de
ação social, mecanismo de
permanência e promoção uni-
versitária;
Lutar por estrutura para as
diversas modalidades;
Calendário de campeonatos
integrado com os campeonatos
locais e nacionais;
Fortalecimento das nossas
equipes para a disputa dos jo-
gos universitários estaduais e
do JUBS - principal campeona-
to universitário do país.;
eatro, dança, arte popular, cul-
tura regional, cinema e diversas
formas de lazer não são elemen-
tos que podem ser encontrados
em completude na nossa Univer-
sidade, não é mesmo? Para não
passar em branco e cumprir ta-
bela, a instituição oferece um
pequeno show uma vez ao mês.
Mas nos tornar espectadores e
espectadoras desses shows ou
exibir um filme no gramado uma
vez perdida não é colocar em
prática a transversalidade que
diversas atividades culturais po-
dem nos proporcionar.
O que falar dos grupos de teatro
da PUC Minas, da PUC Goiás e
da PUC Campinas? E sobre os
grupos musicais oferecidos em
outros centros acadêmicos com-
prometidos com o poder transfor-
mador e empoderador da arte?
É preciso que haja mais atenção
e comprometimento com a pro-
moção de atividades culturais e
artísticas na nossa instituição,
não se limitando apenas a even-
tos esporádicos.
Cobrar da Universidade ações
e mais incentivos à cultura;
Mudança nas grades curricula-
res para a inserção da cultura
nas diversas formas de conhe-
cimento, em eixos transver-
sais, ajudando, assim, na sua
preservação, promoção e con-
servação;
Oferecimento de grupos cultu-
rais;
Calendário Cultural;
Inclusão da Universidade co-
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Carta Programa Chapa 3 - Eleições DCE Unicap 2017

  • 1. 1 ruptura é o momento exato em que ocorre o rompimento, interrupção ou anulação de qual- quer processo. Vemos na Unicap sucessivas gestões de DCE que não nos levaram a lugar algum. Mesmo assim, vimos sua política fortalecer dentro do campus, com grupos conser- vadores e reacionários. Desta forma, montamos um programa que possa caminhar lado a lado na luta das estudantes e dos estudantes que precisam de assistência estudantil, das mães, das terceirizadas e dos terceirizados que trabalham de forma desgastante e não têm direito ao ingresso na universidade, de estudantes LGBTQ, das estudantes e dos estudantes negras e ne- gros, de nossas e nossos atletas, de estudantes criminalizadas e criminalizados no entorno do campus pela polícia. Além disso, também estamos ao lado de mulheres e homens em situação de rua nos arredores da Universidade, que não possuem nenhum tipo de aparato. E, por fim, que possamos lembrar que ainda temos força para lutar mesmo com o tempo correndo contra nós, então, vamos lá! Diretório Central dos Estudantes repre- senta a classe estudantil frente às de- mandas sociais e institucionais. Desem- penha o papel de representante de to- dos os cursos e todas as alunas de uma uni- versidade. As organizações têm o poder de canalizar e ampliar essas vozes insurgentes. Elas são frutos de pressão, luta e resistência da classe frente a hegemonia institucional e classista da representatividade. Lutar contra a poderosa máquina empresarial que ditam os rumos e moldes da educação, vendendo-a como mercadoria e utilizando o próprio capital como pedagogia, é mais que uma obrigação. É necessária a quebra da ideologia dominante regendo a educação. É necessário que a edu- cação popular tome conta das práticas peda- gógicas. É necessária a quebra da clássica divisão das que realmente trabalham e das que pensam. É necessário vincular a educa- ção ao modo vida, a real necessidade do po- vo. É necessário quebrar a política representa- tiva aparelhada e viciada que transformam as lutas em meras pautas a favor das instituições! Sabemos que só os que realmente estão so- frendo com todos esses retrocessos é que po- dem mudar o panorama e criar na Unicap um espaço de junção e fortalecimento das diver- sas lutas. Não recuaremos um passo, não es- peraremos nem mais um segundo, afinal, se não for agora, quando será?
  • 2. 2 ais uma matrícula chegou. Junto com ela mais um aumento de mensalidade. Ainda tenho dívidas do ano anterior. Vou no 1º andar do bloco G: protocolo, renegociações, cheques e cartões se transfor- mam em dívidas. Dívidas que não sei quando irei pagar. Meu corpo implora para comer. Só na tesouraria perdi 2 horas numa fila pra assi- nar um papel. Só o meu nome no papel. Mas, comprar um lanche, ou pagar a passagem de volta para casa? Dúvidas: E se for mãe, com quem deixo a criança? Ou deveria pôr em uma creche? Xerox, livros, gastos, mais uma men- salidade. Neste semestre só paguei a matrícu- la. Consigo um estágio. São 7 horas traba- lhando, 3 horas diariamente dentro do trans- porte público. Aulas de manhã e de noite. Chego em casa depois das 23h. Uma rotina confusa e cansativa. Utilizo paliativos como alívio para o peso que o dia carrega. Passa um policial, me observa distante. Sofro um ba- culejo. O segurança observa tudo atrás de mim, do outro lado da grade. Nada faz. Nem existo. Acho graça em como "atrás das gra- des" é relativo. Humilhação. Me liberam. Como se eu merecesse ser presa/o. Sigo para a mi- nha casa. Não sei o que fazer. Estudo ou dur- mo? Trabalho ou estudo? Queria mesmo era ver um filme. Acabo dormindo com a roupa do corpo no sofá. Tá cada vez mais difícil, tá cada vez mais distante aquele futuro promissor. Na verdade, nunca nem o vi. Mas escuto falar so- bre ele desde a minha infância. Não posso de- sistir. O que será da minha vida sem essa gra- duação? Mas, o que será da minha gradua- ção, sem a minha vida? Ampliação do programa de bolsa monitoria, pesquisa e criação do programa de bolsa para extensão; Luta constante contra o aumento das mensa- lidades; Atuar nos conselhos e instâncias deliberati- vas da universidade pela assistência estu- dantil; Lutar pela criação do restaurante universitá- rio a preço mínimo; Lutar pela criação de vestiários e disponibili- zar banheiros com chuveiros no prédio do DCE; Regime especial de estudo para mães e pais; Escolinha e creche para auxiliar os estudan- tes que são pais e mães; Programa de atendimento psicológico social para as estudantes; Promover espaços de discussões sobre a nossa saúde mental; Adquirir uma fotocopiadora para que o DCE tenha xerox a preço mínimo; Criação de mecanismo para a denúncia e fis- calização de estágios que não cumprem o contrato e exploram a estagiária; Auditoria nas contas da Unicap. s estudantes e os estudantes precisam sentir-se parte da gestão do Diretório Central dos Estudan- tes (DCE) e não somente representadas ou repre- sentados. Nossa Chapa critica o modelo dominan- te de representatividade por cargos, uma vez que esse modelo não traduz a dinâmica da luta social. Precisamos quebrar a hierarquia para nos sentir- mos partes do processo de transformação. E esse processo não pode ser transferido ou delegado, precisando de protagonismo da própria organiza- ção, não de funções engessadas que monopoli- zam e inibem as decisões. Acreditamos que sujei- tos políticos não podem se sujeitar ao voto de uma figura presidencial. Quando não se acredita no espaço em que se está inserido, e no qual falam por nós sem a oportuni- dade de fazermos isso por nós mesmas, não é possível que essa luta seja efetiva . Construir uma gestão horizontal, a partir de co- missões e grupos de trabalho, sem as hierarquias burocratizadas e centralização de cargos; Debater e modificar o estatuto do DCE para que possa ser atualizado e contemplar as mais diver- sas formas de organização.
  • 3. 3 Lutar por bolsas para funcio- nárias terceirizadas e funcio- nários terceirizados, assim como para suas filhas e filhos; Criação de uma ouvidoria no DCE que atenda denúncias de ivemos uma era marcada por retrocessos e fortes retiradas de direitos, em especial para os gru- pos mais vulneráveis: mulheres, negros e negras e pessoas LGB- TQI. Além disso, vivemos também uma guerra às drogas sem fim, que serve para o encarceramen- to em massa da população negra e extermínio da sua juventude. Quando analisamos a universi- dade e nossa base frente a essa conjuntura, mostra-se fundamen- tal que o Movimento Estudantil se organize e volte a ser comba- tivo para um enfrentamento con- junto dessas violações de direi- tos. violências relacionadas às opressões; Criação de espaço de debates sobre a legalização e denún- cia contínua da guerra às dro- gas. Lutar por um maior ingresso de estudantes negras, negros e indígenas na universidade, seja por programas estatais ou providos pela própria Uni- cap; Manutenção do nosso campus aberto sem catracas; Lutar pela redução do preço das multas da biblioteca, prin- cipalmente dos finais de se- mana, quando a multa é do- brada; Lutar por uma maior acessibili- dade do campus e do entorno do campus para idosas, ido- sos e pessoas com deficiên- cia; Oferecer capacitação integra- da com as funcionárias e os funcionários para com as de- mandas de minorias e opres- sões; Discussão e promulgação de um instrumento que regulamen- te a permanência das pessoas trans na Universidade; Promover o debate da liberda- de religiosa, visando a quebra dos estigmas em torno das reli- giões de matrizes africanas e incluindo-as no calendário aca- dêmico; Fomento para grupos de deba- tes sobre raça e gênero; Ampliação do pré-vestibular Fé e Alegria e cotas específicas para pessoas negras e trans; Articulação instrucional acerca do Programa Nacional de Edu- cação na Reforma Agrária (PRONERA) para a inclusão da juventude rural e campesina no ensino superior; Debate sobre os indicadores de desempenho educacionais, co- mo o Enade. sala de aula, a pesquisa e extensão formam o que a peda- gogia chama de “tripé educacio- nal universitário”. Para que o en- sino não seja alienante e restrito somente ao conhecimento em sala de aula, não podemos nos afastar da pesquisa e da exten- são. Mas quantas pessoas na Unicap já participaram de uma extensão? Infelizmente a pesqui- sa também é limitada somente a bolsas e não há meios alternati- vos além do PIBIC e PIBID. São raros os grupos autônomos de pesquisa. Desta forma, a Unicap acaba fazendo com que sua ba- se educacional, muitas vezes, seja bastante desconexa da rea- lidade.  Incentivar e divulgar os proje- tos de extensão populares as- sim como a criação de novos;  Criação de uma cartilha com informações básicas sobre a iniciação e publicação científi- ca;  Maior valorização dos cursos de licenciatura;  Promover espaços de debate fora da universidade para uma maior vivência das/dos estu- dantes;  Lutar para que as inscrições das/dos monitores não sejam feitas na mesma sala dos con- cluintes, isso prejudica os dois;  Rediscutir o procedimento de matrícula e troca de professo- res,  Pela denúncia de professores machistas, racistas e LGBTQfó- bicos;  Lutar pela ampliação, divulga- ção e barateio do preço do pro- grama de intercâmbio;  Criações de comissões por área de conhecimento: repre- sentantes de cada curso para propor as respectivas deman- das;  Vistoria e melhoramento dos nossos laboratórios;  Disponibilização de transportes para aulas de campo;  Inserção do DCE nos conse- lhos deliberativos dos progra- mas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu;  Ampliação de bolsas raciais e sociais para os programas de pós-graduação.
  • 4. 4 s decisões que a Universidade toma sobre a promoção de um programa esportivo já diz muito seu compromisso com a temáti- ca: há dois anos nossa principal quadra foi demolida para a am- pliação do estacionamento. E o que a aparelhada atual gestão do DCE fez? Simplesmente ob- servou calada os muros caírem. Acreditamos que o incentivo à prática de esportes contribui mui- to para o aprendizado e o desen- volvimento das estudantes e dos estudantes. É um pilar enrique- cedor de vínculo, compartimen- to, sanidade, aprimoramento e desenvolvimento de habilida- des. Observamos que importan- tes centros de ensinos compro- metidos com uma educação transversal tratam o esporte com devida importância, que não é o caso da nossa institui- ção. Bolsa atleta como meio de ação social, mecanismo de permanência e promoção uni- versitária; Lutar por estrutura para as diversas modalidades; Calendário de campeonatos integrado com os campeonatos locais e nacionais; Fortalecimento das nossas equipes para a disputa dos jo- gos universitários estaduais e do JUBS - principal campeona- to universitário do país.; eatro, dança, arte popular, cul- tura regional, cinema e diversas formas de lazer não são elemen- tos que podem ser encontrados em completude na nossa Univer- sidade, não é mesmo? Para não passar em branco e cumprir ta- bela, a instituição oferece um pequeno show uma vez ao mês. Mas nos tornar espectadores e espectadoras desses shows ou exibir um filme no gramado uma vez perdida não é colocar em prática a transversalidade que diversas atividades culturais po- dem nos proporcionar. O que falar dos grupos de teatro da PUC Minas, da PUC Goiás e da PUC Campinas? E sobre os grupos musicais oferecidos em outros centros acadêmicos com- prometidos com o poder transfor- mador e empoderador da arte? É preciso que haja mais atenção e comprometimento com a pro- moção de atividades culturais e artísticas na nossa instituição, não se limitando apenas a even- tos esporádicos. Cobrar da Universidade ações e mais incentivos à cultura; Mudança nas grades curricula- res para a inserção da cultura nas diversas formas de conhe- cimento, em eixos transver- sais, ajudando, assim, na sua preservação, promoção e con- servação; Oferecimento de grupos cultu- rais; Calendário Cultural; Inclusão da Universidade co- mo um polo no circuito de es- petáculos regionais;