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• A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva que
baseia-se na absorção diferenciada da radiação penetrante pela
peça que está sendo inspecionada. Devido às diferenças na
densidade e variações na espessura do material, ou mesmo
diferenças nas características de absorção causadas por variações
na composição do material, diferentes regiões de uma peça
absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. Essa
absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de
um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por
detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de
radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar,
entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no
material.
• A radiografia industrial é então usada para detectar
variação de uma região de um determinado material que
apresenta uma diferença em espessura ou densidade
comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a
radiografia é um método capaz de detectar com boas
sensibilidade defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a
capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas
espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como
trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos
volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma
espessura variável em todas direções, serão facilmente
detectadas desde que não sejam muito pequenos em
relação à espessura da peça.
• Com a descoberta dos Raios X pelo físico W. C. Roentgen em 1895,
imediatamente iniciaram-se os estudos sobre as emissões de
partículas, provenientes de corpos radioativos, observando suas
propriedades e interpretando os resultados. Nesta época,
destacaram-se dois cientistas, Pierre e Marie Curie, pela descoberta
do polônio e o rádium e ainda deve-se a eles a denominação
“Radioatividade” (propriedade de emissão de radiações por
diversas substâncias). No começo do século X, 1903, Rutherford,
após profundos estudos formulou hipóteses sobre as emissões
radioativas, pois convém frisar, que naquela época ainda não se
conhecia o átomo e os núcleos atômicos e coube a este cientista a
formulação do primeiro modelo atômico criado e que até hoje
permanecem suas características.
• O nome “Radiação Penetrante” se originou da
propriedade de que certas formas de energia
radiante possue de atravessar materiais opacos à
luz visível. Podemos distinguir dois tipos de
radiação penetrante usados em radiografia
industrial: os Raios X e os Raios Gama. Eles se
distinguem da luz visível por possuírem um
comprimento de onda extremamente curto, o
que lhes dá a capacidade de atravessarem
materiais que absorvem ou refletem a luz visível.
• Raios X são produzidos em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas
ou tubos são em função da tensão máxima de operação do aparelho.
Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois
componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora.
• O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados todos os
controles, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o
equipamento do circuito gerador de alta voltagem. E através do painel de
controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de
comando de acionamento do aparelho.
• No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A
conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos
especiais de alta tensão.
• Os equipamentos considerados portáteis, com voltagens até 400 kV,
possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os
modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos
refrigerados a óleo.
• As fontes usadas em gamagrafia (radiografia com raios gama), requerem
cuidados especiais de segurança pois, uma vez ativadas, emitem radiação,
constantemente.
• Deste modo, é necessário um equipamento que forneça uma blindagem,
contra as radiações emitidas da fonte quando a mesma não está sendo
usada. De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um sistema
que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja
feita. Esse equipamento denomina-se Irradiador.
• Os irradiadores compõe-se, basicamente, de três componentes
fundamentais: Uma blindagem, uma fonte radioativa e um dispositivo
para expor a fonte.
• As blindagens podem ser construídas com diversos tipos de materiais.
Geralmente são construídos com a blindagem, feita com um elemento
(chumbo ou urânio exaurido), sendo contida dentro de um recipiente
externo de aço, que tem a finalidade de proteger a blindagem contra
choques mecânicos.
• Uma característica importante dos irradiadores, que diz respeito à
blindagem, é a sua capacidade. Como sabemos, as fontes de
radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada
elemento radioativo possui uma energia de radiação própria. Assim
cada blindagem é dimensionada para conter um elemento
radioativo específico, com uma certa atividade máxima
determinada.
• Portanto, é sempre desaconselhável usar um irradiador projetado
para determinado radioisótopo, com fontes radioativas de
elementos diferentes e com outras atividades.
• Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais
especializados e nunca pelo pessoal que opera o equipamento.
•
• As fontes radioativas para uso
industrial, são encapsuladas
em material austenítico, de
maneira tal que não há
dispersão ou fuga do material
radioativo para o exterior.
• Um dispositivo de contenção, transporte e fixação por
meio do qual a cápsula que contém a fonte selada, está
solidamente fixada em uma ponta de uma cabo de aço
flexível, e na outra ponta um engate, que permite o
uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta
fonte”. Devido a uma grande variedade de fabricantes
e fornecedores existem diversos tipos de engates de
porta-fontes.
• Embora apenas poucas fontes radiativas seladas sejam
atualmente utilizadas pela indústria moderna, daremos
a seguir as principais que podem ser utilizadas assim
como as suas características físico-químicas.
• (a) Cobalto - 60 (Co-60, Z=27)
• (b) Irídio - 192 (Ir-192, Z=77)
• (c) Túlio - 170 (Tu-170, Z=69)
• (d) Césio - 137 (Cs-137, Z=55)*
• (e) Selênio - 75 (Se-75)**
• A fonte de Césio-137 É uma fonte de radiação
quase sem utilidade no momento, em razão
das dificuldades de obtenção e da má
qualidade do filme radiográfico.
• E a de Selênio-175 É um radioisótopo de uso
recente na indústria, proporcionando uma
qualidade muito boa de
imagem, assemelhando-se à qualidade dos
Raios-X.
• Os irradiadores gama são equipamentos
dotados de partes mecânicas que permitem
expor com segurança a fonte radioativa. A
principal parte do irradiador é a blindagem
interna , que permite proteção ao operador a
níveis aceitáveis para o trabalho, porém com
risco de exposição radiológica se armazenado
em locais não adequados ou protegidos.
• O que mais diferencia um tipo de irradiador de outro são
os dispositivos usados para se expor a fonte. Esses
dispositivos podem ser mecânicos, com acionamento
manual ou elétrico, ou pneumático. A única característica
que apresentam em comum é o fato de permitirem ao
operador trabalhar sempre a uma distância segura da
fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação.
• Os irradiadores gama são construídos através de rígidos
controles e testes estabelecidos por normas
internacionais, pois o mesmo deve suportar choques
mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estrutura e
blindagem sofram rupturas capazes de deixar vazar
radiação em qualquer ponto mais do que os máximos
exigidos.
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Biossegurança

  • 1.
  • 2. • A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva que baseia-se na absorção diferenciada da radiação penetrante pela peça que está sendo inspecionada. Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material.
  • 3. • A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boas sensibilidade defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável em todas direções, serão facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça.
  • 4. • Com a descoberta dos Raios X pelo físico W. C. Roentgen em 1895, imediatamente iniciaram-se os estudos sobre as emissões de partículas, provenientes de corpos radioativos, observando suas propriedades e interpretando os resultados. Nesta época, destacaram-se dois cientistas, Pierre e Marie Curie, pela descoberta do polônio e o rádium e ainda deve-se a eles a denominação “Radioatividade” (propriedade de emissão de radiações por diversas substâncias). No começo do século X, 1903, Rutherford, após profundos estudos formulou hipóteses sobre as emissões radioativas, pois convém frisar, que naquela época ainda não se conhecia o átomo e os núcleos atômicos e coube a este cientista a formulação do primeiro modelo atômico criado e que até hoje permanecem suas características.
  • 5. • O nome “Radiação Penetrante” se originou da propriedade de que certas formas de energia radiante possue de atravessar materiais opacos à luz visível. Podemos distinguir dois tipos de radiação penetrante usados em radiografia industrial: os Raios X e os Raios Gama. Eles se distinguem da luz visível por possuírem um comprimento de onda extremamente curto, o que lhes dá a capacidade de atravessarem materiais que absorvem ou refletem a luz visível.
  • 6. • Raios X são produzidos em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas ou tubos são em função da tensão máxima de operação do aparelho. Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora. • O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados todos os controles, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o equipamento do circuito gerador de alta voltagem. E através do painel de controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de comando de acionamento do aparelho. • No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos especiais de alta tensão. • Os equipamentos considerados portáteis, com voltagens até 400 kV, possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo.
  • 7. • As fontes usadas em gamagrafia (radiografia com raios gama), requerem cuidados especiais de segurança pois, uma vez ativadas, emitem radiação, constantemente. • Deste modo, é necessário um equipamento que forneça uma blindagem, contra as radiações emitidas da fonte quando a mesma não está sendo usada. De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um sistema que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita. Esse equipamento denomina-se Irradiador. • Os irradiadores compõe-se, basicamente, de três componentes fundamentais: Uma blindagem, uma fonte radioativa e um dispositivo para expor a fonte. • As blindagens podem ser construídas com diversos tipos de materiais. Geralmente são construídos com a blindagem, feita com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), sendo contida dentro de um recipiente externo de aço, que tem a finalidade de proteger a blindagem contra choques mecânicos.
  • 8. • Uma característica importante dos irradiadores, que diz respeito à blindagem, é a sua capacidade. Como sabemos, as fontes de radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma energia de radiação própria. Assim cada blindagem é dimensionada para conter um elemento radioativo específico, com uma certa atividade máxima determinada. • Portanto, é sempre desaconselhável usar um irradiador projetado para determinado radioisótopo, com fontes radioativas de elementos diferentes e com outras atividades. • Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais especializados e nunca pelo pessoal que opera o equipamento. •
  • 9. • As fontes radioativas para uso industrial, são encapsuladas em material austenítico, de maneira tal que não há dispersão ou fuga do material radioativo para o exterior.
  • 10.
  • 11. • Um dispositivo de contenção, transporte e fixação por meio do qual a cápsula que contém a fonte selada, está solidamente fixada em uma ponta de uma cabo de aço flexível, e na outra ponta um engate, que permite o uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta fonte”. Devido a uma grande variedade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de engates de porta-fontes. • Embora apenas poucas fontes radiativas seladas sejam atualmente utilizadas pela indústria moderna, daremos a seguir as principais que podem ser utilizadas assim como as suas características físico-químicas.
  • 12.
  • 13. • (a) Cobalto - 60 (Co-60, Z=27) • (b) Irídio - 192 (Ir-192, Z=77) • (c) Túlio - 170 (Tu-170, Z=69) • (d) Césio - 137 (Cs-137, Z=55)* • (e) Selênio - 75 (Se-75)**
  • 14. • A fonte de Césio-137 É uma fonte de radiação quase sem utilidade no momento, em razão das dificuldades de obtenção e da má qualidade do filme radiográfico. • E a de Selênio-175 É um radioisótopo de uso recente na indústria, proporcionando uma qualidade muito boa de imagem, assemelhando-se à qualidade dos Raios-X.
  • 15. • Os irradiadores gama são equipamentos dotados de partes mecânicas que permitem expor com segurança a fonte radioativa. A principal parte do irradiador é a blindagem interna , que permite proteção ao operador a níveis aceitáveis para o trabalho, porém com risco de exposição radiológica se armazenado em locais não adequados ou protegidos.
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  • 17. • O que mais diferencia um tipo de irradiador de outro são os dispositivos usados para se expor a fonte. Esses dispositivos podem ser mecânicos, com acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única característica que apresentam em comum é o fato de permitirem ao operador trabalhar sempre a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação. • Os irradiadores gama são construídos através de rígidos controles e testes estabelecidos por normas internacionais, pois o mesmo deve suportar choques mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estrutura e blindagem sofram rupturas capazes de deixar vazar radiação em qualquer ponto mais do que os máximos exigidos.