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DATAS IMPORTANTES
 Em 1920, na Europa, são iniciados estudos relativos à aplicação dos
 “Raios-X” na inspeção dos materiais.

 Em 1954, explosão em pleno ar do Comet. Criação de sistemas de
 inspeção periódicas obrigatórias para todas as aeronaves comerciais,
 impulsionando o desenvolvimento dos ensaios não destrutivos,
 como o Ultra-Som.

 Em 1905, explosão da caldeira da fábrica de sapatos Brockton, USA,
 morreram 58 pessoas. Os Estados Unidos adotam o Código ASME
 (American Society of Mechenical Engineers).

 Em 1943, preocupação brasileira – foi elaborada a NR-13, norma
 sobre caldeira e vasos de pressão, que em 1994 recebeu um novo
 texto, publicado pela Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho
 (SSST).
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Objetivo

 A radiografia industrial é usada para detectar variação de uma
 região de um determinado material que apresenta uma
 diferença em espessura ou densidade comparada com uma
 região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método
 capaz de detectar com boas sensibilidade defeitos
 volumétricos.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar
 defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares
 ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio
 realizado.

 Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que
 apresentam uma espessura variável em todas direções, serão
 facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos
 em relação à espessura da peça.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Introdução
 Raios X e Gama (ondas eletromagnéticas) penetram nos materiais.
 Capacidade de penetração depende de:
  • Comprimento de onda
  • Tipo e espessura do material


 Quanto menor o comprimento de onda maior a penetração.
 Parte da radiação atravessa o material e parte é absorvida.
 Quantidade de radiação absorvida depende da espessura do
 material (menor espessura – menor quantidade de radiação
 absorvida).

 A radiação ao atravessar o material irá impressionar o filme
 radiográfico (radiografia).
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Conceito

A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva
que baseia-se na absorção diferenciada da radiação
penetrante pela peça que está sendo inspecionada.

Devido às diferenças na densidade e variações na espessura
do material, ou mesmo diferenças nas características de
absorção causadas por variações na composição do material,
diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades
diferentes da radiação penetrante.
Ensaio Radiográfico
Conceito

 Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser
 detectada através de um filme, ou através de um tubo de
 imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de
 radiação.

 Essa variação na quantidade de radiação absorvida,
 detectada através de um meio, irá nos indicar, entre
 outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito
 no material.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Conceito
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Raios X
 Os Raios X, destinados ao uso industrial, são gerados numa ampola
 de vidro, denominada tubo de Coolidge, que possui duas partes
 distintas: o ânodo e o cátodo.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da
 ordem de milhares de Volts, sendo o pólo positivo ligado ao
 anodo e o negativo no cátodo.

 O ânodo é constituído de uma pequena parte fabricada em
 tungstênio, também denominado de alvo, e o cátodo de um
 pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente, por
 onde passa uma corrente elétrica da ordem de mA.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento, se aquece e
passa a emitir espontaneamente elétrons que são atraídos e acelerados
em direção ao alvo. Nesta interação, dos elétrons com os átomos de
tungstênio, ocorre a desaceleração repentina dos elétrons,
transformando a energia cinética adquirida em Raios X.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Unidade Geradora, Painel de Comando
 Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em
 dois componentes:
 o painel de controle e o cabeçote (unidade geradora).
 O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados
 todos os controles, indicadores, chaves e medidores, além de conter
 todo o equipamento do circuito gerador de alta tensão.
                              A foto representa uma unidade de comando
                              de um aparelho de Raios X industrial
                              moderno. O painel, digital, resume uma série
                              de informações técnicas sobre a exposição,
                              tais como distância fonte-filme, kV, mA,
                              tempo de exposição. As informações no
                              display poderão ser memorizadas e
                              recuperadas quando necessário.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 É através do painel de controle que se fazem os ajustes de
 tensão e corrente, além de comando de acionamento do
 aparelho.

 No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de
 refrigeração.

 A conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz
 através de cabos especiais de alta tensão.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Esses dados determinam a capacidade de operação do
 equipamento, pois estão diretamente ligados ao que o
 equipamento pode ou não fazer. Isso se deve ao fato dessas
 grandezas determinarem as características da radiação gerada
 no equipamento.


 A tensão se refere à diferença de potencial entre o ânodo e o
 cátodo e é expressa em quilovolts (kV). A corrente se refere à
 corrente elétrica do tubo e é expressa em miliamperes (mA).
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Outro dado importante se refere à forma geométrica do ânodo
 no tubo. Quando em forma plana, e angulada, propicia um
 feixe de radiação direcional, e quando em forma de cone,
 propicia um feixe de radiação panorâmico, isto é, irradiação a
 360°, com abertura determinada.

 Os equipamentos considerados portáteis, com tensões até 400
 kV, possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do
 modelo. Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais
 leves ao contrário dos refrigerados a óleo.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Acessórios do Aparelho de Raios X

Cabos de energia:
O aparelho de Raios X composto pela mesa de comando e unidade
geradora, são ligadas entre si através do cabo de energia. A distância
entre a unidade geradora e a mesa de comando deve ser tal que o
operador esteja protegido no momento da operação dos controles,
segundo as normas básicas de segurança.

Para tanto os fabricantes de aparelhos de Raios X fornecem cabos de
ligação com comprimento de 20 a 30 metros dependendo da potência
máxima do tubo gerador.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Blindagem de Proteção

O início da operação do aparelho deve ser feita com
aquecimento lento do tubo de Raios X, conforme as
recomendações do fabricante.

Neste processo o operador deve utilizar as cintas ou blindagens
especiais que são colocadas na região de saída da radiação,
sobre a carcaça da unidade geradora. Este acessório fornecido
pelo fabricante permite maior segurança durante o
procedimento de aquecimento do aparelho.
Ensaio Radiográfico




Raios X industrial, de até 300 kV   Inspeção radiográfica de soldas
(portáteis)                         em tubos
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Raios X

 Gerados na interação de elétrons em alta velocidade com a matéria.

 Quando elétrons com suficiente energia interagem com elétrons de um
   átomo, são gerados raios-X.

 Cada elemento quando atingido por um elétrons em alta velocidade emite
   o seu Raio-X característico.

 Quando elétrons de suficiente energia interagem com o núcleo de átomos,
   são gerados Raios-X contínuos, assim chamados porque o espectro de
   energia é contínuo.

 Condições para geração de Raios-C:
      Fonte de elétrons
      Alvo para ser atingido pelos elétrons (foco)
      Acelerador de elétrons na direção desejada.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Raios Gama

 Os isótopos de alguns elementos têm seus núcleos em estado
 de desequilíbrio, devido ao excesso de nêutrons, e tendem a
 evoluir espontaneamente para uma configuração mais estável,
 de menor energia.

 As transformações nucleares são sempre acompanhadas de
 uma emissão intensa de ondas eletromagnéticas, chamadas
 raios-.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Os raios- são ondas eletromagnéticas de baixo comprimento
 de onda e com as mesmas propriedades dos raios-X.

 Dos isótopos radioativos, o Cobalto 60 e o Irídio 192 são os
 mais utilizados em radiografia industrial.

 Por causa do perigo da radiação sempre presente, as fontes
 radioativas devem ser manejadas com muito cuidado e são
 necessários aparelhos que permitam guardá-las, transportá-
 las e utilizá-las em condições de segurança total.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Estes aparelhos consistem em uma blindagem ou carcaça
protetora de chumbo, tungstênio ou urânio 238. Esta carcaça
apresenta um furo axial no interior, do qual existe um estojo
metálico, chamado porta-isótopo, fixado a um comando
mecânico flexível, munido de um pequeno volante ou manivela
para manobra à distância.
                   Bobina de
                   mangueiras
                                             Irradiador




                Manivela para                                   Mangueira
               controle remoto

                                 Chaves de
                                 segurança

                         Mangueiras

                                                          Porta isótopo
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Raios Gama
   Isótopos com núcleo em desequilibro (excesso de nêutrons)
     tendem a evoluir para situação mais estável (menor
     energia), liberando ondas eletromagnéticas (Raios Gama).
   Raios Gama são ondas eletromagnéticas de baixo
     comprimento de onda e com as mesmas propriedades
     que os Raios-X.
   Principais isótopos radioativos:
     Co60
     Ir192
   Fontes radioativas devem ser manuseadas com muito
     cuidado pelo perigo da radiação.
ENSAIO RADIOGRÁFICO




 Aparelho usando Fonte Radioativa de Cobalto-60, pesando 122 Kg.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Comparação entre Raios-X e Raios Gama

Raios-X pode regular a tensão anódica e por isso pode ser controlado o
  poder de penetração (varia o comprimento de onda).

Raios Gama não pode modificar o comprimento de onda (é
  característica do isótopo).

Do ponto de vista da qualidade radiográfica os Raios-X são melhores.

Raios Gama são emitidos espontaneamente. Não necessitar de
  corrente elétrica.

Para grandes espessuras (acima de 90 mm) o poder de penetração dos
  Raios-X não é suficiente.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Equipamentos de Raios Gama tem mais facilidade de uso.

 Instalações de Raios Gama são mais baratas.

 Certos casos particulares apresentam problemas de acesso,
 tornando o uso de raios- mais indicado. Para estes casos, as fontes
 radioativas são mais maleáveis e tornam possíveis posicionamentos
 corretos.

 Uma grande vantagem dos raios- é a sua emissão esférica a partir
 da fonte, permitindo efetuar radiografias circunferenciais em uma
 única exposição (exposição panorâmica).
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Absorção da radiação em função do tipo de material
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Absorção da radiação em função da espessura
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Técnica Parede Simples – Vista Simples
ENSAIO RADIOGRÁFICO
Filme
 O filme radiográfico consiste de uma fina chapa de plástico
 transparente, revestida de um ou ambos os lados com uma
 emulsão de gelatina, de aproximadamente 0,03 mm de
 espessura, contendo finos grãos de brometo de prata.

 Quando exposto aos raios-X, raios- ou luz visível, os cristais de
 brometo de prata sofrem uma reação que os torna mais
 sensíveis ao processo químico (revelação), que os converte em
 depósitos negros de prata metálica.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Em resumo, a exposição à radiação cria uma imagem implícita no
 filme, e a revelação torna a imagem visível.

 Quando o inspetor interpreta uma radiografia, ele está vendo os
 detalhes da imagem da peça em termos da quantidade de luz que
 passa através do filme revelado.

 Áreas de alta densidade (expostas a grandes quantidades de
 radiação) aparecem cinza escuro; áreas de baixa densidade (áreas
 expostas a menos radiação) aparecem cinza claro.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
A densidade é o grau de enegrecimento do filme. A densidade é medida
por meio de densitômetros eletrônicos. A medição da densidade é feita no
negatoscópio, que é o aparelho usado para a interpretação de radiografias.

É uma caixa contendo lâmpadas, com luminosidade variável, e um suporte
de plástico ou vidro leitoso, onde o filme é colocado.




 Negatoscópio alta intensidade
 para radiografia industrial.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 INDICADORES DE QUALIDADE DE IMAGEM (IQI)

 O IQI é um dispositivo, cuja imagem na radiografia é usada
 para determinar o nível de qualidade radiográfica
 (sensibilidade). Não é usado para julgar o tamanho das
 descontinuidades ou estabelecer limites de aceitação das
 mesmas.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
O IQI padrão adotado
pelo código ASME é um
prisma retangular de
metal com três furos de
determinados diâmetros,
e       a      sensibilidade
radiográfica é definida em
função do menor furo
visível na radiografia.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 O IQI padrão adotado pela norma
 DIN (Deutsche Industrie Normen)
 é composto de uma série de sete
 arames de metal e de diâmetros
 padronizados.

 A sensibilidade radiográfica é
 definida em função do menor
 arame visível na radiografia.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Os penetrômetros devem ser de material idêntico, ou radiograficamente
 similar, ao material radiográfico.
 Obs.:Recentemente foram introduzidos no código ASME V, os IQI's de
 arame na norma ASTM.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Preparação do Filme

 Preparação dos banhos: a preparação dos banhos devem
 seguir a recomendação dos fabricantes, e preparados dentro
 dos tanques que devem ser de aço inoxidável ou da matéria
 sintética, sendo preferível o primeiro material.

 É importante providenciar agitação dos banhos, utilizando pás
 de borracha dura ou aço inoxidável ou ainda de material que
 não absorva e nem reaja com as soluções do processamento.
 As pás devem ser separadas, uma para cada banho, para evitar
 a contaminação das soluções.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Manuseio: após a exposição do filme, o mesmo ainda se
 encontra dentro do portafilmes plástico, e portanto deverá ser
 retirado na câmara escura, somente com a luz de segurança
 acionada.

 Nesta etapa os filmes deverão ser fixados nas presilhas de aço
 inoxidável para não pressionar o filme com o dedo, que
 poderá manchá-lo permanentemente.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Revelação: Quando imergimos um filme exposto no tanque
 contendo o revelador, esta solução age sobre os cristais de brometo
 de prata metálica, por ação do revelador.

 Esta seletividade está na capacidade de discriminar os grãos
 expostos dos não expostos.

 A revelação deve ser feita com agitação permanente do filme no
 revelador, afim de que se obtenha uma distribuição homogênea do
 líquido em ambos os lados da emulsão, evitando-se a sedimentação
 do brometo e outros sais que podem provocar manchas susceptíveis
 de mascarar possíveis descontinuidades.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Em princípio, o revelador deveria somente reduzir os cristais
 de haletos de prata que sofrem exposição durante a formação
 da imagem latente. Na realidade, os outros cristais, embora
 lentamente, também sofrem redução.

 Chama-se “Véu de fundo” o enegrecimento geral resultante,
 que deve ser sempre mínimo para otimizar a qualidade da
 imagem radiográfica.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Os filmes devem ser agitados na solução reveladora para que
 não haja formação de bolhas grudadas no filme que possam
 causar falta de ação do revelador nestes pontos, formando
 assim um ponto claro.

 Deixar escorrer por alguns segundos o filmes.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Banho interruptor ou banho de parada: O banho interruptor
 pode ser composto, na sua mistura, de água com ácido acético
 ou ácido glacial.

 Neste último caso, deve-se ter cuidado especial, prevendo-se
 uma ventilação adequada e evitando-se tocá-lo com as mãos.
 Quando se fizer a mistura com água e não ao contrário, pois
 poderá respingar sobre as mãos e face causando queimaduras.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Fixação: Após o banho interruptor, o filme é colocado em um
 terceiro tanque, que contém uma solução chamada de
 “fixador”.

 A função da fixação é remover o brometo de prata das porções
 não expostas do filme, sem afetar os que foram expostos à
 radiação.

 O fixador tem também a função de endurecer a emulsão
 gelatinosa, permitindo a secagem ao ar aquecido.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Lavagem dos Filmes: Após a fixação, os filmes seguem para o
 processo de lavagem para remover o fixador da emulsão.

 O filme é imergido em água corrente de modo que toda
 superfície fique em contato constante com a água corrente.

 Cada filme deve ser lavado por, aproximadamente, 30
 minutos.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Vantagens

 Registro permanente dos resultados;

 Detecta facilmente defeitos volumétricos, tais como
 porosidades, inclusões, falta de penetração, excesso de
 penetração.
ENSAIO RADIOGRÁFICO
 Desvantagens
 Descontinuidades bi-planares (Tr, DL, FF), somente
   detectadas se estiverem no mesmo plano da radiação;
 Acesso em ambas as superfícies;
 Geometria complexa dificulta o ensaio;
 Radiação afeta a saúde dos operadores e público;
 Necessário interromper trabalhos próximos;
 Custo elevado;
 Ensaio demorado – Resultado não é imediato;
 Treinamento demorado dos inspetores.
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Datas e desenvolvimento da inspeção não destrutiva

  • 1.
  • 2. DATAS IMPORTANTES Em 1920, na Europa, são iniciados estudos relativos à aplicação dos “Raios-X” na inspeção dos materiais. Em 1954, explosão em pleno ar do Comet. Criação de sistemas de inspeção periódicas obrigatórias para todas as aeronaves comerciais, impulsionando o desenvolvimento dos ensaios não destrutivos, como o Ultra-Som. Em 1905, explosão da caldeira da fábrica de sapatos Brockton, USA, morreram 58 pessoas. Os Estados Unidos adotam o Código ASME (American Society of Mechenical Engineers). Em 1943, preocupação brasileira – foi elaborada a NR-13, norma sobre caldeira e vasos de pressão, que em 1994 recebeu um novo texto, publicado pela Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST).
  • 3. ENSAIO RADIOGRÁFICO Objetivo A radiografia industrial é usada para detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boas sensibilidade defeitos volumétricos.
  • 4. ENSAIO RADIOGRÁFICO Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável em todas direções, serão facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça.
  • 5. ENSAIO RADIOGRÁFICO Introdução Raios X e Gama (ondas eletromagnéticas) penetram nos materiais. Capacidade de penetração depende de: • Comprimento de onda • Tipo e espessura do material Quanto menor o comprimento de onda maior a penetração. Parte da radiação atravessa o material e parte é absorvida. Quantidade de radiação absorvida depende da espessura do material (menor espessura – menor quantidade de radiação absorvida). A radiação ao atravessar o material irá impressionar o filme radiográfico (radiografia).
  • 6. ENSAIO RADIOGRÁFICO Conceito A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva que baseia-se na absorção diferenciada da radiação penetrante pela peça que está sendo inspecionada. Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante.
  • 7. Ensaio Radiográfico Conceito Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material.
  • 9. ENSAIO RADIOGRÁFICO Raios X Os Raios X, destinados ao uso industrial, são gerados numa ampola de vidro, denominada tubo de Coolidge, que possui duas partes distintas: o ânodo e o cátodo.
  • 10. ENSAIO RADIOGRÁFICO O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de milhares de Volts, sendo o pólo positivo ligado ao anodo e o negativo no cátodo. O ânodo é constituído de uma pequena parte fabricada em tungstênio, também denominado de alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem de mA.
  • 11. ENSAIO RADIOGRÁFICO Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento, se aquece e passa a emitir espontaneamente elétrons que são atraídos e acelerados em direção ao alvo. Nesta interação, dos elétrons com os átomos de tungstênio, ocorre a desaceleração repentina dos elétrons, transformando a energia cinética adquirida em Raios X.
  • 12. ENSAIO RADIOGRÁFICO Unidade Geradora, Painel de Comando Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote (unidade geradora). O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados todos os controles, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o equipamento do circuito gerador de alta tensão. A foto representa uma unidade de comando de um aparelho de Raios X industrial moderno. O painel, digital, resume uma série de informações técnicas sobre a exposição, tais como distância fonte-filme, kV, mA, tempo de exposição. As informações no display poderão ser memorizadas e recuperadas quando necessário.
  • 13. ENSAIO RADIOGRÁFICO É através do painel de controle que se fazem os ajustes de tensão e corrente, além de comando de acionamento do aparelho. No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos especiais de alta tensão.
  • 14. ENSAIO RADIOGRÁFICO Esses dados determinam a capacidade de operação do equipamento, pois estão diretamente ligados ao que o equipamento pode ou não fazer. Isso se deve ao fato dessas grandezas determinarem as características da radiação gerada no equipamento. A tensão se refere à diferença de potencial entre o ânodo e o cátodo e é expressa em quilovolts (kV). A corrente se refere à corrente elétrica do tubo e é expressa em miliamperes (mA).
  • 15. ENSAIO RADIOGRÁFICO Outro dado importante se refere à forma geométrica do ânodo no tubo. Quando em forma plana, e angulada, propicia um feixe de radiação direcional, e quando em forma de cone, propicia um feixe de radiação panorâmico, isto é, irradiação a 360°, com abertura determinada. Os equipamentos considerados portáteis, com tensões até 400 kV, possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo.
  • 16. ENSAIO RADIOGRÁFICO Acessórios do Aparelho de Raios X Cabos de energia: O aparelho de Raios X composto pela mesa de comando e unidade geradora, são ligadas entre si através do cabo de energia. A distância entre a unidade geradora e a mesa de comando deve ser tal que o operador esteja protegido no momento da operação dos controles, segundo as normas básicas de segurança. Para tanto os fabricantes de aparelhos de Raios X fornecem cabos de ligação com comprimento de 20 a 30 metros dependendo da potência máxima do tubo gerador.
  • 17. ENSAIO RADIOGRÁFICO Blindagem de Proteção O início da operação do aparelho deve ser feita com aquecimento lento do tubo de Raios X, conforme as recomendações do fabricante. Neste processo o operador deve utilizar as cintas ou blindagens especiais que são colocadas na região de saída da radiação, sobre a carcaça da unidade geradora. Este acessório fornecido pelo fabricante permite maior segurança durante o procedimento de aquecimento do aparelho.
  • 18. Ensaio Radiográfico Raios X industrial, de até 300 kV Inspeção radiográfica de soldas (portáteis) em tubos
  • 19. ENSAIO RADIOGRÁFICO Raios X Gerados na interação de elétrons em alta velocidade com a matéria. Quando elétrons com suficiente energia interagem com elétrons de um átomo, são gerados raios-X. Cada elemento quando atingido por um elétrons em alta velocidade emite o seu Raio-X característico. Quando elétrons de suficiente energia interagem com o núcleo de átomos, são gerados Raios-X contínuos, assim chamados porque o espectro de energia é contínuo. Condições para geração de Raios-C: Fonte de elétrons Alvo para ser atingido pelos elétrons (foco) Acelerador de elétrons na direção desejada.
  • 20. ENSAIO RADIOGRÁFICO Raios Gama Os isótopos de alguns elementos têm seus núcleos em estado de desequilíbrio, devido ao excesso de nêutrons, e tendem a evoluir espontaneamente para uma configuração mais estável, de menor energia. As transformações nucleares são sempre acompanhadas de uma emissão intensa de ondas eletromagnéticas, chamadas raios-.
  • 21. ENSAIO RADIOGRÁFICO Os raios- são ondas eletromagnéticas de baixo comprimento de onda e com as mesmas propriedades dos raios-X. Dos isótopos radioativos, o Cobalto 60 e o Irídio 192 são os mais utilizados em radiografia industrial. Por causa do perigo da radiação sempre presente, as fontes radioativas devem ser manejadas com muito cuidado e são necessários aparelhos que permitam guardá-las, transportá- las e utilizá-las em condições de segurança total.
  • 22. ENSAIO RADIOGRÁFICO Estes aparelhos consistem em uma blindagem ou carcaça protetora de chumbo, tungstênio ou urânio 238. Esta carcaça apresenta um furo axial no interior, do qual existe um estojo metálico, chamado porta-isótopo, fixado a um comando mecânico flexível, munido de um pequeno volante ou manivela para manobra à distância. Bobina de mangueiras Irradiador Manivela para Mangueira controle remoto Chaves de segurança Mangueiras Porta isótopo
  • 23. ENSAIO RADIOGRÁFICO Raios Gama Isótopos com núcleo em desequilibro (excesso de nêutrons) tendem a evoluir para situação mais estável (menor energia), liberando ondas eletromagnéticas (Raios Gama). Raios Gama são ondas eletromagnéticas de baixo comprimento de onda e com as mesmas propriedades que os Raios-X. Principais isótopos radioativos: Co60 Ir192 Fontes radioativas devem ser manuseadas com muito cuidado pelo perigo da radiação.
  • 24. ENSAIO RADIOGRÁFICO Aparelho usando Fonte Radioativa de Cobalto-60, pesando 122 Kg.
  • 25. ENSAIO RADIOGRÁFICO Comparação entre Raios-X e Raios Gama Raios-X pode regular a tensão anódica e por isso pode ser controlado o poder de penetração (varia o comprimento de onda). Raios Gama não pode modificar o comprimento de onda (é característica do isótopo). Do ponto de vista da qualidade radiográfica os Raios-X são melhores. Raios Gama são emitidos espontaneamente. Não necessitar de corrente elétrica. Para grandes espessuras (acima de 90 mm) o poder de penetração dos Raios-X não é suficiente.
  • 26. ENSAIO RADIOGRÁFICO Equipamentos de Raios Gama tem mais facilidade de uso. Instalações de Raios Gama são mais baratas. Certos casos particulares apresentam problemas de acesso, tornando o uso de raios- mais indicado. Para estes casos, as fontes radioativas são mais maleáveis e tornam possíveis posicionamentos corretos. Uma grande vantagem dos raios- é a sua emissão esférica a partir da fonte, permitindo efetuar radiografias circunferenciais em uma única exposição (exposição panorâmica).
  • 27. ENSAIO RADIOGRÁFICO Absorção da radiação em função do tipo de material
  • 28. ENSAIO RADIOGRÁFICO Absorção da radiação em função da espessura
  • 29. ENSAIO RADIOGRÁFICO Técnica Parede Simples – Vista Simples
  • 30. ENSAIO RADIOGRÁFICO Filme O filme radiográfico consiste de uma fina chapa de plástico transparente, revestida de um ou ambos os lados com uma emulsão de gelatina, de aproximadamente 0,03 mm de espessura, contendo finos grãos de brometo de prata. Quando exposto aos raios-X, raios- ou luz visível, os cristais de brometo de prata sofrem uma reação que os torna mais sensíveis ao processo químico (revelação), que os converte em depósitos negros de prata metálica.
  • 31. ENSAIO RADIOGRÁFICO Em resumo, a exposição à radiação cria uma imagem implícita no filme, e a revelação torna a imagem visível. Quando o inspetor interpreta uma radiografia, ele está vendo os detalhes da imagem da peça em termos da quantidade de luz que passa através do filme revelado. Áreas de alta densidade (expostas a grandes quantidades de radiação) aparecem cinza escuro; áreas de baixa densidade (áreas expostas a menos radiação) aparecem cinza claro.
  • 32. ENSAIO RADIOGRÁFICO A densidade é o grau de enegrecimento do filme. A densidade é medida por meio de densitômetros eletrônicos. A medição da densidade é feita no negatoscópio, que é o aparelho usado para a interpretação de radiografias. É uma caixa contendo lâmpadas, com luminosidade variável, e um suporte de plástico ou vidro leitoso, onde o filme é colocado. Negatoscópio alta intensidade para radiografia industrial.
  • 33. ENSAIO RADIOGRÁFICO INDICADORES DE QUALIDADE DE IMAGEM (IQI) O IQI é um dispositivo, cuja imagem na radiografia é usada para determinar o nível de qualidade radiográfica (sensibilidade). Não é usado para julgar o tamanho das descontinuidades ou estabelecer limites de aceitação das mesmas.
  • 34. ENSAIO RADIOGRÁFICO O IQI padrão adotado pelo código ASME é um prisma retangular de metal com três furos de determinados diâmetros, e a sensibilidade radiográfica é definida em função do menor furo visível na radiografia.
  • 35. ENSAIO RADIOGRÁFICO O IQI padrão adotado pela norma DIN (Deutsche Industrie Normen) é composto de uma série de sete arames de metal e de diâmetros padronizados. A sensibilidade radiográfica é definida em função do menor arame visível na radiografia.
  • 36. ENSAIO RADIOGRÁFICO Os penetrômetros devem ser de material idêntico, ou radiograficamente similar, ao material radiográfico. Obs.:Recentemente foram introduzidos no código ASME V, os IQI's de arame na norma ASTM.
  • 37. ENSAIO RADIOGRÁFICO Preparação do Filme Preparação dos banhos: a preparação dos banhos devem seguir a recomendação dos fabricantes, e preparados dentro dos tanques que devem ser de aço inoxidável ou da matéria sintética, sendo preferível o primeiro material. É importante providenciar agitação dos banhos, utilizando pás de borracha dura ou aço inoxidável ou ainda de material que não absorva e nem reaja com as soluções do processamento. As pás devem ser separadas, uma para cada banho, para evitar a contaminação das soluções.
  • 38. ENSAIO RADIOGRÁFICO Manuseio: após a exposição do filme, o mesmo ainda se encontra dentro do portafilmes plástico, e portanto deverá ser retirado na câmara escura, somente com a luz de segurança acionada. Nesta etapa os filmes deverão ser fixados nas presilhas de aço inoxidável para não pressionar o filme com o dedo, que poderá manchá-lo permanentemente.
  • 39. ENSAIO RADIOGRÁFICO Revelação: Quando imergimos um filme exposto no tanque contendo o revelador, esta solução age sobre os cristais de brometo de prata metálica, por ação do revelador. Esta seletividade está na capacidade de discriminar os grãos expostos dos não expostos. A revelação deve ser feita com agitação permanente do filme no revelador, afim de que se obtenha uma distribuição homogênea do líquido em ambos os lados da emulsão, evitando-se a sedimentação do brometo e outros sais que podem provocar manchas susceptíveis de mascarar possíveis descontinuidades.
  • 40. ENSAIO RADIOGRÁFICO Em princípio, o revelador deveria somente reduzir os cristais de haletos de prata que sofrem exposição durante a formação da imagem latente. Na realidade, os outros cristais, embora lentamente, também sofrem redução. Chama-se “Véu de fundo” o enegrecimento geral resultante, que deve ser sempre mínimo para otimizar a qualidade da imagem radiográfica.
  • 41. ENSAIO RADIOGRÁFICO Os filmes devem ser agitados na solução reveladora para que não haja formação de bolhas grudadas no filme que possam causar falta de ação do revelador nestes pontos, formando assim um ponto claro. Deixar escorrer por alguns segundos o filmes.
  • 42. ENSAIO RADIOGRÁFICO Banho interruptor ou banho de parada: O banho interruptor pode ser composto, na sua mistura, de água com ácido acético ou ácido glacial. Neste último caso, deve-se ter cuidado especial, prevendo-se uma ventilação adequada e evitando-se tocá-lo com as mãos. Quando se fizer a mistura com água e não ao contrário, pois poderá respingar sobre as mãos e face causando queimaduras.
  • 43. ENSAIO RADIOGRÁFICO Fixação: Após o banho interruptor, o filme é colocado em um terceiro tanque, que contém uma solução chamada de “fixador”. A função da fixação é remover o brometo de prata das porções não expostas do filme, sem afetar os que foram expostos à radiação. O fixador tem também a função de endurecer a emulsão gelatinosa, permitindo a secagem ao ar aquecido.
  • 44. ENSAIO RADIOGRÁFICO Lavagem dos Filmes: Após a fixação, os filmes seguem para o processo de lavagem para remover o fixador da emulsão. O filme é imergido em água corrente de modo que toda superfície fique em contato constante com a água corrente. Cada filme deve ser lavado por, aproximadamente, 30 minutos.
  • 45. ENSAIO RADIOGRÁFICO Vantagens Registro permanente dos resultados; Detecta facilmente defeitos volumétricos, tais como porosidades, inclusões, falta de penetração, excesso de penetração.
  • 46. ENSAIO RADIOGRÁFICO Desvantagens Descontinuidades bi-planares (Tr, DL, FF), somente detectadas se estiverem no mesmo plano da radiação; Acesso em ambas as superfícies; Geometria complexa dificulta o ensaio; Radiação afeta a saúde dos operadores e público; Necessário interromper trabalhos próximos; Custo elevado; Ensaio demorado – Resultado não é imediato; Treinamento demorado dos inspetores.