O documento discute as bases conceituais para projetos sustentáveis e biofílicos. Apresenta a visão da complexidade e da vida como referência para o design, enfatizando a importância de incorporar os ciclos biogeoquímicos e a organização da vida nos projetos. Também define o design ecológico como aquele que minimiza impactos e integra o projeto aos processos vivos, apresentando cinco princípios como soluções emergentes do lugar, integração dos sistemas naturais, uso de recursos renováveis e conservação da
1) O documento discute conceitos de ecologia como população, comunidade e ecossistema, dando exemplos de cada um.
2) Ele diferencia sucessão primária de secundária, explicando que primária ocorre em locais estéreis e secundária em locais já habitados que sofreram alterações.
3) A comunidade clímax é definida como aquela no final da sucessão, em equilíbrio com o ambiente e com pouca substituição de espécies.
O documento descreve um projeto de construção de um terrário sustentável realizado por estudantes. O terrário continha plantas, animais e componentes como cascalho e areia para representar o solo e os ciclos biogeoquímicos da Terra em miniatura. O documento explica como o terrário ilustra conceitos ecológicos como a sucessão, interdependência das espécies, reciclagem de nutrientes e manutenção do equilíbrio através de mecanismos como a fotossíntese.
O documento discute expectativas de aprendizagem e conteúdos para o 5o e 6o semestres do ensino fundamental, incluindo: 1) estrutura e função celular, hereditariedade e evolução; 2) meio ambiente, qualidade de vida e ciclos naturais; 3) eletricidade, solo e energia.
O cronograma planeja 12 aulas sobre genética, ecologia e meio ambiente. As aulas abordarão tópicos como as leis de Mendel, cromossomos sexuais, cadeias alimentares, sucessão ecológica, degradação ambiental e desenvolvimento sustentável. Atividades como exposições dialogadas, filmes, pesquisas e construção de cartazes serão realizadas.
O documento discute a vida como um fenômeno material complexo que se distingue pelo seu comportamento, não por seus componentes químicos. A vida na Terra mantém a si mesma através do metabolismo e da autopoese, produzindo continuamente sua própria estrutura e identidade. A biosfera como um todo também é autopóetica, sustentando condições que permitem a vida, como a composição da atmosfera.
[1] O documento apresenta uma apostila introdutória sobre química destinada a estudantes do ensino médio, abordando conceitos básicos da ciência como matéria, energia e tipos de substâncias. [2] Inclui instruções para os alunos realizarem as atividades e exercícios propostos. [3] Apresenta de forma resumida a história da química desde os primórdios da humanidade até os dias atuais.
BIOLOGIA | SEMANA 35 | 1ª SÉRIE |Ecologia /Desequilíbrios ambientaisGoisBemnoEnem
O documento discute conceitos básicos de ecologia como organismos, populações, comunidades e ecossistemas. Também aborda desequilíbrios ambientais, suas causas como poluição, desmatamento e espécies exóticas, e formas de minimizá-los, como uso de filtros em incineradores.
O documento apresenta um resumo dos principais tópicos e habilidades do conteúdo de Ciências do 8o ano, incluindo temas sobre ambiente e vida, corpo humano, construindo modelos e interação do corpo com estímulos ambientais. Os tópicos abordam desde decomposição de materiais e diversidade dos materiais até reprodução humana, obtenção de energia pelos seres vivos, produção de energia elétrica e regulação de temperatura.
1) O documento discute conceitos de ecologia como população, comunidade e ecossistema, dando exemplos de cada um.
2) Ele diferencia sucessão primária de secundária, explicando que primária ocorre em locais estéreis e secundária em locais já habitados que sofreram alterações.
3) A comunidade clímax é definida como aquela no final da sucessão, em equilíbrio com o ambiente e com pouca substituição de espécies.
O documento descreve um projeto de construção de um terrário sustentável realizado por estudantes. O terrário continha plantas, animais e componentes como cascalho e areia para representar o solo e os ciclos biogeoquímicos da Terra em miniatura. O documento explica como o terrário ilustra conceitos ecológicos como a sucessão, interdependência das espécies, reciclagem de nutrientes e manutenção do equilíbrio através de mecanismos como a fotossíntese.
O documento discute expectativas de aprendizagem e conteúdos para o 5o e 6o semestres do ensino fundamental, incluindo: 1) estrutura e função celular, hereditariedade e evolução; 2) meio ambiente, qualidade de vida e ciclos naturais; 3) eletricidade, solo e energia.
O cronograma planeja 12 aulas sobre genética, ecologia e meio ambiente. As aulas abordarão tópicos como as leis de Mendel, cromossomos sexuais, cadeias alimentares, sucessão ecológica, degradação ambiental e desenvolvimento sustentável. Atividades como exposições dialogadas, filmes, pesquisas e construção de cartazes serão realizadas.
O documento discute a vida como um fenômeno material complexo que se distingue pelo seu comportamento, não por seus componentes químicos. A vida na Terra mantém a si mesma através do metabolismo e da autopoese, produzindo continuamente sua própria estrutura e identidade. A biosfera como um todo também é autopóetica, sustentando condições que permitem a vida, como a composição da atmosfera.
[1] O documento apresenta uma apostila introdutória sobre química destinada a estudantes do ensino médio, abordando conceitos básicos da ciência como matéria, energia e tipos de substâncias. [2] Inclui instruções para os alunos realizarem as atividades e exercícios propostos. [3] Apresenta de forma resumida a história da química desde os primórdios da humanidade até os dias atuais.
BIOLOGIA | SEMANA 35 | 1ª SÉRIE |Ecologia /Desequilíbrios ambientaisGoisBemnoEnem
O documento discute conceitos básicos de ecologia como organismos, populações, comunidades e ecossistemas. Também aborda desequilíbrios ambientais, suas causas como poluição, desmatamento e espécies exóticas, e formas de minimizá-los, como uso de filtros em incineradores.
O documento apresenta um resumo dos principais tópicos e habilidades do conteúdo de Ciências do 8o ano, incluindo temas sobre ambiente e vida, corpo humano, construindo modelos e interação do corpo com estímulos ambientais. Os tópicos abordam desde decomposição de materiais e diversidade dos materiais até reprodução humana, obtenção de energia pelos seres vivos, produção de energia elétrica e regulação de temperatura.
I. O documento apresenta os conteúdos básicos comuns de Ciências para o Ensino Fundamental dos 6o ao 9o ano, organizados em três eixos temáticos: Ambiente e Vida, Corpo Humano e Saúde, e Construindo Modelos. II. Os eixos são divididos em temas com tópicos relacionados, como a diversidade da vida, materiais, solos, energia, evolução, sistema humano, sexualidade, entre outros. III. O objetivo é fornecer as informações essenciais sobre esses assuntos para os al
1) O capítulo introduz os conceitos fundamentais da Ecologia, incluindo os diferentes níveis de sistemas ecológicos, desde organismos individuais até a biosfera como um todo.
2) A hierarquia natural dos sistemas ecológicos inclui organismos, populações, comunidades, ecossistemas e a biosfera global.
3) Todos os sistemas ecológicos estão interligados através do fluxo de energia e matéria, conectando diferentes regiões do planeta.
Ecologia ( Historia E Relevancia Da Ecologia)RAFAELA BARBOSA
O documento discute as diferenças entre ecologia e economia, com ecologia focada nas relações entre organismos e ambiente e buscando sustentabilidade, enquanto a economia lida com capital e exploração. Também discute como humanos dependem menos do ambiente natural hoje, apesar das mesmas ou maiores dependências, e estabelece uma correlação entre ecologia e engenharia ambiental, com ecologia fornecendo diagnósticos qualitativos e engenharia ambiental soluções quantitativas aos problemas ecológicos.
O documento discute o problema do lixo moderno, desde as sociedades primitivas até a era dos descartáveis. Apresenta a classificação do lixo de acordo com a origem, os materiais mais comuns encontrados no lixo e seus tempos de decomposição na natureza, as formas de destinação do lixo e os benefícios da reciclagem.
O documento discute três pontos principais da crise ambiental: 1) o crescimento populacional está ocorrendo de forma exponencial, levando a sérios problemas de manutenção da população no médio e longo prazo; 2) a taxa de crescimento populacional e de consumo está resultando na insustentabilidade dos recursos naturais, com a retirada de recursos em taxa maior que a taxa de reposição ambiental; 3) a concentração populacional na Ásia, com a China e Índia abrigando 38% da população mundial, também contrib
Este documento apresenta um roteiro para o 9o ano do ensino fundamental, abordando diversos temas relacionados a ciências. Os tópicos incluem diversidade da vida nos ambientes, interação do corpo com estímulos ambientais, energia, sistema nervoso, Terra no espaço, modelo cinético molecular e herança genética. O roteiro lista habilidades que os alunos devem desenvolver em cada tema.
O documento descreve conceitos básicos de ecologia, incluindo leis de conservação de matéria e energia, ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Aborda definições de espécie, população, comunidade, nicho ecológico, habitat e outros conceitos-chave. Explica como a energia solar é transformada e reciclada através dos seres vivos em um ecossistema.
Este documento apresenta informações sobre os autores e editores responsáveis pelo livro "Ecossistemas Brasileiros". Ele lista os nomes dos autores, editores, ilustradores, diagramadores e revisores que contribuíram para a publicação.
O documento discute os direitos ambientais de terceira geração e os princípios do direito ambiental brasileiro, incluindo: (1) o direito ambiental trata-se de um direito difuso com titularidade indeterminada; (2) os princípios incluem prevenção, precaução, informação e participação; (3) o Sistema Nacional do Meio Ambiente estrutura os órgãos responsáveis pela proteção ambiental no Brasil.
O documento discute os conceitos de biodiversidade, geodiversidade e vida. Apresenta três critérios para definir o que é vida: 1) existência de um limite físico, 2) apresentar metabolismo interno e 3) aumento de complexidade contrariando a segunda lei da termodinâmica. Também aborda a geodiversidade e como ela impõe limites para a vida, além de discutir os conceitos de poluição, degradação ambiental e impacto ambiental.
O documento descreve um projeto interdisciplinar sobre energia atômica conduzido por professores de diferentes disciplinas. O projeto aborda a história da energia nuclear, suas aplicações e implicações éticas por meio de pesquisas, debates e atividades em grupo.
A inobservância do princípio da precaução no direito no direito ambiental est...Jodelse Duarte
Monografia sobre Princípio da Precaução no Direito Ambiental. Estudo de caso da Implantação de um Aterro Sanitário em Valença - Bahia, apontando as variantes negativas de implantação de tal empreendimento, e a passividade do Poder Público Municipal ante o fato.
Este documento apresenta um capítulo sobre química ambiental que discute vários tópicos relacionados à água, incluindo sua composição, importância, ciclo, poluição e situação atual. O capítulo também aborda questões como desperdício de água, cobrança pelo recurso, água e saúde, aqüífero Guarani e curiosidades sobre a água. Reflexões e atividades são propostas ao leitor no final da seção.
O documento descreve um curso de Ciências do Ambiente ministrado para estudantes de engenharia civil. O curso aborda noções básicas de ecologia, o papel do engenheiro na preservação ambiental e tem como objetivo facilitar o entendimento dos alunos sobre dinâmica ambiental e solução de problemas ambientais.
Vulnerabilidade ambiental: desastres naturais ou fenômenos induzidosEduardo Lando Bernardo
1. O documento discute como desastres naturais no Brasil podem ser induzidos por intervenções humanas que alteram a dinâmica das paisagens.
2. É explicado que as decisões sobre uso da terra devem considerar como certas atividades podem contribuir para transformações ambientais indesejáveis, como erosão e deslizamentos.
3. A vulnerabilidade ambiental depende de múltiplos fatores e uma abordagem interdisciplinar é necessária para planejamento que evite desastres considerando tanto aspectos naturais quanto humanos
1) O documento discute a história da ecologia, desde a criação do termo por Haeckel em 1866 até as definições atuais. 2) É explicado que um ecossistema é composto por componentes bióticos e abióticos que interagem através do fluxo de matéria e energia. 3) Os principais componentes de um ecossistema são discutidos, incluindo produtores, consumidores e decompositores.
Introduçao a Ciência do Ambiente - Engenharia Civil 2015Clovis Gurski
Este documento apresenta detalhes sobre a disciplina Ciências do Ambiente ministrada para estudantes de engenharia civil, incluindo objetivos, procedimentos de ensino, avaliação e bibliografia. A disciplina aborda noções básicas de ecologia, histórico da consciência ambiental e o papel do engenheiro na solução de problemas ambientais.
Fritjof capra o que é sustentabilidadeCarol Daemon
O documento discute os princípios da sustentabilidade segundo a visão do físico Fritjof Capra, incluindo interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade e diversidade. Estes princípios são encontrados em ecossistemas e, se aplicados às sociedades humanas, podem levá-las à sustentabilidade.
Fritjof capra o que é sustentabilidadeCarol Daemon
O documento discute os princípios da sustentabilidade segundo a visão do físico Fritjof Capra. Ele argumenta que sustentabilidade significa aplicar as características dos ecossistemas, como interdependência, reciclagem e diversidade, às sociedades humanas. Estas características formam um padrão complexo de organização que permite a sustentabilidade a longo prazo.
O documento descreve um projeto de construção de um ecossistema sustentável em um terrário. O terrário foi observado ao longo de várias semanas para monitorar processos como o ciclo da água, fotossíntese e decomposição. Embora alguns insetos e plantas tenham morrido, o terrário demonstrou características de um ecossistema aberto, como desenvolvimento de novas plantas.
Arquitetura da complexidade design à serviço da vida - ed02 art05-evandroEvandro Sanguinetto
Este artigo propõe uma nova abordagem para a arquitetura chamada de "Arquitetura da Complexidade" que incorpore princípios da biosfera como inspiração. O autor descreve um caso de estudo chamado Gaia Terranova no sul de Minas Gerais que aplica esses princípios biofílicos e de complexidade na arquitetura de uma casa. O objetivo é criar estruturas que se integrem melhor aos ecossistemas naturais ao redor.
Este documento discute competências, habilidades e objetos de conhecimento relacionados ao ensino de Ciências da Natureza no Ensino Médio. A competência 2 trata da análise e discussão de modelos sobre a origem da vida, Terra e Universo, enquanto a competência 3 lida com a avaliação de impactos de intervenções em ecossistemas. A habilidade de analisar manifestações de vida em diferentes níveis de organização é discutida, assim como a importância dos ciclos da matéria e energia nos ecossistemas.
I. O documento apresenta os conteúdos básicos comuns de Ciências para o Ensino Fundamental dos 6o ao 9o ano, organizados em três eixos temáticos: Ambiente e Vida, Corpo Humano e Saúde, e Construindo Modelos. II. Os eixos são divididos em temas com tópicos relacionados, como a diversidade da vida, materiais, solos, energia, evolução, sistema humano, sexualidade, entre outros. III. O objetivo é fornecer as informações essenciais sobre esses assuntos para os al
1) O capítulo introduz os conceitos fundamentais da Ecologia, incluindo os diferentes níveis de sistemas ecológicos, desde organismos individuais até a biosfera como um todo.
2) A hierarquia natural dos sistemas ecológicos inclui organismos, populações, comunidades, ecossistemas e a biosfera global.
3) Todos os sistemas ecológicos estão interligados através do fluxo de energia e matéria, conectando diferentes regiões do planeta.
Ecologia ( Historia E Relevancia Da Ecologia)RAFAELA BARBOSA
O documento discute as diferenças entre ecologia e economia, com ecologia focada nas relações entre organismos e ambiente e buscando sustentabilidade, enquanto a economia lida com capital e exploração. Também discute como humanos dependem menos do ambiente natural hoje, apesar das mesmas ou maiores dependências, e estabelece uma correlação entre ecologia e engenharia ambiental, com ecologia fornecendo diagnósticos qualitativos e engenharia ambiental soluções quantitativas aos problemas ecológicos.
O documento discute o problema do lixo moderno, desde as sociedades primitivas até a era dos descartáveis. Apresenta a classificação do lixo de acordo com a origem, os materiais mais comuns encontrados no lixo e seus tempos de decomposição na natureza, as formas de destinação do lixo e os benefícios da reciclagem.
O documento discute três pontos principais da crise ambiental: 1) o crescimento populacional está ocorrendo de forma exponencial, levando a sérios problemas de manutenção da população no médio e longo prazo; 2) a taxa de crescimento populacional e de consumo está resultando na insustentabilidade dos recursos naturais, com a retirada de recursos em taxa maior que a taxa de reposição ambiental; 3) a concentração populacional na Ásia, com a China e Índia abrigando 38% da população mundial, também contrib
Este documento apresenta um roteiro para o 9o ano do ensino fundamental, abordando diversos temas relacionados a ciências. Os tópicos incluem diversidade da vida nos ambientes, interação do corpo com estímulos ambientais, energia, sistema nervoso, Terra no espaço, modelo cinético molecular e herança genética. O roteiro lista habilidades que os alunos devem desenvolver em cada tema.
O documento descreve conceitos básicos de ecologia, incluindo leis de conservação de matéria e energia, ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Aborda definições de espécie, população, comunidade, nicho ecológico, habitat e outros conceitos-chave. Explica como a energia solar é transformada e reciclada através dos seres vivos em um ecossistema.
Este documento apresenta informações sobre os autores e editores responsáveis pelo livro "Ecossistemas Brasileiros". Ele lista os nomes dos autores, editores, ilustradores, diagramadores e revisores que contribuíram para a publicação.
O documento discute os direitos ambientais de terceira geração e os princípios do direito ambiental brasileiro, incluindo: (1) o direito ambiental trata-se de um direito difuso com titularidade indeterminada; (2) os princípios incluem prevenção, precaução, informação e participação; (3) o Sistema Nacional do Meio Ambiente estrutura os órgãos responsáveis pela proteção ambiental no Brasil.
O documento discute os conceitos de biodiversidade, geodiversidade e vida. Apresenta três critérios para definir o que é vida: 1) existência de um limite físico, 2) apresentar metabolismo interno e 3) aumento de complexidade contrariando a segunda lei da termodinâmica. Também aborda a geodiversidade e como ela impõe limites para a vida, além de discutir os conceitos de poluição, degradação ambiental e impacto ambiental.
O documento descreve um projeto interdisciplinar sobre energia atômica conduzido por professores de diferentes disciplinas. O projeto aborda a história da energia nuclear, suas aplicações e implicações éticas por meio de pesquisas, debates e atividades em grupo.
A inobservância do princípio da precaução no direito no direito ambiental est...Jodelse Duarte
Monografia sobre Princípio da Precaução no Direito Ambiental. Estudo de caso da Implantação de um Aterro Sanitário em Valença - Bahia, apontando as variantes negativas de implantação de tal empreendimento, e a passividade do Poder Público Municipal ante o fato.
Este documento apresenta um capítulo sobre química ambiental que discute vários tópicos relacionados à água, incluindo sua composição, importância, ciclo, poluição e situação atual. O capítulo também aborda questões como desperdício de água, cobrança pelo recurso, água e saúde, aqüífero Guarani e curiosidades sobre a água. Reflexões e atividades são propostas ao leitor no final da seção.
O documento descreve um curso de Ciências do Ambiente ministrado para estudantes de engenharia civil. O curso aborda noções básicas de ecologia, o papel do engenheiro na preservação ambiental e tem como objetivo facilitar o entendimento dos alunos sobre dinâmica ambiental e solução de problemas ambientais.
Vulnerabilidade ambiental: desastres naturais ou fenômenos induzidosEduardo Lando Bernardo
1. O documento discute como desastres naturais no Brasil podem ser induzidos por intervenções humanas que alteram a dinâmica das paisagens.
2. É explicado que as decisões sobre uso da terra devem considerar como certas atividades podem contribuir para transformações ambientais indesejáveis, como erosão e deslizamentos.
3. A vulnerabilidade ambiental depende de múltiplos fatores e uma abordagem interdisciplinar é necessária para planejamento que evite desastres considerando tanto aspectos naturais quanto humanos
1) O documento discute a história da ecologia, desde a criação do termo por Haeckel em 1866 até as definições atuais. 2) É explicado que um ecossistema é composto por componentes bióticos e abióticos que interagem através do fluxo de matéria e energia. 3) Os principais componentes de um ecossistema são discutidos, incluindo produtores, consumidores e decompositores.
Introduçao a Ciência do Ambiente - Engenharia Civil 2015Clovis Gurski
Este documento apresenta detalhes sobre a disciplina Ciências do Ambiente ministrada para estudantes de engenharia civil, incluindo objetivos, procedimentos de ensino, avaliação e bibliografia. A disciplina aborda noções básicas de ecologia, histórico da consciência ambiental e o papel do engenheiro na solução de problemas ambientais.
Fritjof capra o que é sustentabilidadeCarol Daemon
O documento discute os princípios da sustentabilidade segundo a visão do físico Fritjof Capra, incluindo interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade e diversidade. Estes princípios são encontrados em ecossistemas e, se aplicados às sociedades humanas, podem levá-las à sustentabilidade.
Fritjof capra o que é sustentabilidadeCarol Daemon
O documento discute os princípios da sustentabilidade segundo a visão do físico Fritjof Capra. Ele argumenta que sustentabilidade significa aplicar as características dos ecossistemas, como interdependência, reciclagem e diversidade, às sociedades humanas. Estas características formam um padrão complexo de organização que permite a sustentabilidade a longo prazo.
O documento descreve um projeto de construção de um ecossistema sustentável em um terrário. O terrário foi observado ao longo de várias semanas para monitorar processos como o ciclo da água, fotossíntese e decomposição. Embora alguns insetos e plantas tenham morrido, o terrário demonstrou características de um ecossistema aberto, como desenvolvimento de novas plantas.
Arquitetura da complexidade design à serviço da vida - ed02 art05-evandroEvandro Sanguinetto
Este artigo propõe uma nova abordagem para a arquitetura chamada de "Arquitetura da Complexidade" que incorpore princípios da biosfera como inspiração. O autor descreve um caso de estudo chamado Gaia Terranova no sul de Minas Gerais que aplica esses princípios biofílicos e de complexidade na arquitetura de uma casa. O objetivo é criar estruturas que se integrem melhor aos ecossistemas naturais ao redor.
Este documento discute competências, habilidades e objetos de conhecimento relacionados ao ensino de Ciências da Natureza no Ensino Médio. A competência 2 trata da análise e discussão de modelos sobre a origem da vida, Terra e Universo, enquanto a competência 3 lida com a avaliação de impactos de intervenções em ecossistemas. A habilidade de analisar manifestações de vida em diferentes níveis de organização é discutida, assim como a importância dos ciclos da matéria e energia nos ecossistemas.
Este documento discute barreiras arquitetônicas e ambientais que dificultam o uso do espaço construído por pessoas com deficiência. Também aborda a noção de "Barrier-free Design" e a importância de se projetar ambientes que desafiem ao invés de intimidarem os usuários, desenvolvendo sua competência ambiental.
Matriz de referencia_de_ciencias_da_natureza_do_saebNailton Oliveira
Este documento apresenta a Matriz de Referência de Ciências da Natureza do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), definindo três eixos do conhecimento (Matéria e Energia, Vida e Evolução, Terra e Universo), três eixos cognitivos de complexidade crescente e habilidades avaliadas em cada ano de escolaridade.
Este documento discute o significado de sustentabilidade e como ele foi reduzido pelo ambientalismo a uma questão ambiental, ignorando os aspectos sociais. Argumenta-se que para as sociedades humanas, elementos como cooperação, voluntariado, redes e democracia são tão importantes quanto a vida biológica e devem ser preservados para garantir a sustentabilidade das organizações e da sociedade. A sustentabilidade não é sobre permanecer inalterado, mas sim sobre mudança contínua em congruência com as circunstâncias, aprend
O documento discute o diálogo entre ecologia e sociologia. Argumenta que o desenvolvimento sustentável requer compatibilizar dimensões potencialmente antinômicas, como crescimento dinâmico e conservação. Também requer novas normas e valores internalizados, pensar globalmente e agir localmente, e mobilização participativa. Finalmente, propõe pressupostos para um diálogo frutífero entre as disciplinas, como reconhecer a necessidade de novas relações entre sociedade e natureza.
O documento discute o diálogo entre ecologia e sociologia. Argumenta que o desenvolvimento sustentável requer compatibilizar dimensões potencialmente antinômicas, como crescimento dinâmico e conservação. Também requer novas normas e valores internalizados, pensar globalmente e agir localmente, e mobilização participativa. Finalmente, propõe pressupostos para um diálogo frutífero entre as disciplinas, como reconhecer a necessidade de novas relações entre sociedade e natureza.
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre sustentabilidade urbana sob a perspectiva ecológica e da permacultura. O trabalho discute conceitos de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, princípios ecológicos, ecologia profunda e permacultura. Também analisa aspectos de assentamentos e edificações urbanas sustentáveis.
Este documento discute os fundamentos da engenharia ambiental. Apresenta cinco unidades que cobrem tópicos como ecossistemas, ciclos biogeoquímicos, poluição ambiental, meio aquático e dimensões da engenharia. A unidade 2 discute conceitos-chave como cadeias alimentares, sucessão ecológica e os principais ciclos biogeoquímicos do carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre.
Planejamento de biologia 1º ano antonio carlos carneiro barrosoAntonio Carneiro
Este documento apresenta o planejamento anual de um professor de biologia para o 1o ano do ensino médio. O plano inclui os conteúdos de ecologia, citologia e gametogênese que serão ensinados, seus objetivos, metodologias e formas de avaliação.
A Engenharia Ambiental é ramo da engenharia que visa evitar e controlar a poluição e contaminação com recurso a tecnologias limpas.
Estes problemas ambientais são causados pelas actividades humanas desenvolvidas pelo homem no seu dia-a-dia.
O presente ensaio faz abordagem dos principais conceitos abordados na Engenharia Ambiental. E também procura relacionar os seres vivos, não vivos e meio ambiente.
As três frases são:
1) O documento apresenta o plano de unidade de um curso de biologia sobre ecologia para o 3o ano do ensino médio.
2) O plano inclui os objetivos de aprendizagem, conteúdos conceituais e procedimentais, e estratégias de ensino e avaliação.
3) Os temas incluem fundamentos da ecologia, energia e matéria nos ecossistemas, relações ecológicas e impactos humanos no meio ambiente.
O documento discute a evolução da vida no planeta Terra ao longo do tempo geológico, comparando a escala de tempo humana com a escala de tempo planetária. Também aborda os impactos ambientais causados pelas revoluções industriais e pelo desenvolvimento tecnológico, bem como os modelos de crescimento e as questões ambientais atuais como poluição e mudanças climáticas.
O documento apresenta uma disciplina sobre noções de meio ambiente. A disciplina objetiva desenvolver capacidades para participação na gestão ambiental e discussão de questões como reciclagem e produção limpa. A aula abordará conceitos básicos de preservação e princípios para inserção de critérios ambientais no ambiente de trabalho.
Interdisciplinaridade no Ensino de Ciencias da Naturezacasifufrgs
Palestra apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Tecnologia da UTFPR, Campus Ponta Grossa.
Trata-se de uma proposta de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências da Natureza.
O documento discute a técnica do cultivo integrado de animais e algas para promover um ecossistema mais equilibrado, onde as algas usam os resíduos dos animais para crescer e os animais se beneficiam dos subprodutos das algas.
Semelhante a Bases conceituais para projetos sustentáveis e biofílicos ed03 art09-evandro (20)
O documento descreve as ideias centrais do livro Biophilia de Edward O. Wilson sobre a tendência inata dos seres humanos se conectarem com a natureza. O autor também apresenta os conceitos de cidades biofílicas e estudos de caso como Birmingham no Reino Unido e Portland nos EUA, que promovem a conexão entre as pessoas e a natureza por meio de elementos como parques, árvores e espaços verdes.
Os primeiros seres vivos foram procariotas, células sem núcleo como bactérias. Posteriormente evoluíram os eucariotas, com células que possuem núcleo como animais e plantas. A endossimbiose, quando algumas bactérias passaram a viver dentro de outras células, foi fundamental na evolução dos eucariotas.
O documento discute a evolução histórica do entendimento sobre a origem da vida, desde as ideias de geração espontânea de Aristóteles até os experimentos de Pasteur que refutaram essa teoria. Também apresenta as principais hipóteses sobre como surgiu a primeira forma de vida: criacionismo, panspermia e evolução química.
O documento resume os principais conceitos da genética de Mendel, incluindo suas três leis e experimentos com ervilhas. Apresenta os conceitos de alelos, genótipo, fenótipo, monohibridismo, dihibridismo e herança ligada ao sexo.
Este documento resume conceitos básicos de genética como nucleotídeos, DNA, cromossomos, divisão celular, mitose e meiose. Aborda os diferentes tipos de cromatina e ciclos de vida celular, além de fornecer referências para aprendizado adicional.
Aula 1.1. reprodução humana métodos anticoncepcionais e ds tsEvandro Sanguinetto
Este documento fornece um resumo dos principais métodos anticoncepcionais reversíveis e irreversíveis, assim como das principais doenças sexualmente transmissíveis. Ele descreve os métodos anticoncepcionais reversíveis como coito interrompido, abstinência periódica, camisinha, diafragma e espermicidas. Também aborda os métodos irreversíveis como laqueadura tubária e vasectomia, além da pílula do dia seguinte. Finalmente, resume as principais DSTs incluindo sífil
O documento descreve a anatomia e fisiologia do sistema nervoso central e periférico em humanos. Explica que o sistema nervoso é dividido em central e periférico, sendo o central formado pelo encéfalo e medula espinal e o periférico por nervos, gânglios e receptores. Também descreve as partes do encéfalo, o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, e os principais componentes e funções dos neurônios.
Mestrado design ecológico - projetando e construindo com a natureza - versã...Evandro Sanguinetto
Este documento descreve uma dissertação de mestrado sobre o uso de tecnologias vivas para tratamento de esgotos domésticos e reúso da água na comunidade Gaia Terranova. As tecnologias vivas instaladas, como lagoas e banhados, trataram as águas cinzas e pretas de forma eficaz e sustentável. Os resultados mostraram que o sistema atende aos padrões legais e é viável ambiental e economicamente ao longo de 25 anos. A dissertação avalia como o design ecológico pode promover
1. O documento descreve o processo de implantação de horários em bloco em duas escolas rurais no Brasil, substituindo os horários seriados tradicionais. 2. Os novos horários em blocos de 100 a 250 minutos visavam dar mais flexibilidade aos professores e estudantes. 3. Resultados iniciais após um período experimental foram promissores, sugerindo que a mudança pode facilitar práticas pedagógicas mais inovadoras e alinhadas com as necessidades atuais.
Design agroecológico de pequena propriedade na região da serra da mantiqueira...Evandro Sanguinetto
O documento descreve um projeto de design agroecológico em uma pequena propriedade rural na região da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais. O projeto visa desenvolver práticas sustentáveis que possam ser adotadas por pequenos produtores rurais para resolver conflitos com legislação ambiental e promover a sustentabilidade econômica, social e ecológica da região. O projeto se baseia nos conceitos de design ecológico, permacultura e agroecologia.
060727 artigo - planejamento participativo na transição de conteúdos progra...Evandro Sanguinetto
Este documento propõe uma metodologia para professores superarem o ensino linear baseado em livros didáticos e adotarem os Ciclos de Aprendizagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A metodologia envolve planejamento participativo de projetos ecopedagógicos e temáticos culturais utilizando cartões com objetivos, conteúdos e avaliação dos PCNs. Isso permitiria contextualizar os conteúdos, dar sentido à aprendizagem e enfrentar os desafios da sustentabilidade.
O documento discute a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) em Minas Gerais. A AIA tem limitações ao não considerar impactos cumulativos e sinérgicos, enquanto a AAE avalia impactos de políticas, planos e programas de forma mais abrangente. O ZEE em Minas Gerais busca equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Monografia de especialização ecotecnologia de tratamento biológico de eflue...Evandro Sanguinetto
Este documento apresenta uma monografia sobre ecotecnologias de tratamento biológico de efluentes domésticos visando o reuso das águas. O trabalho revisa a literatura sobre o assunto, integrando conhecimentos tradicionais, científicos e de engenharia ecológica. Também dimensiona sistemas de tratamento de águas cinzas e pretas para permitir o reuso, considerando normas brasileiras. O objetivo é propor soluções de baixo custo e alta eficiência socioambiental.
2014 dimensões da sustentabilidade - Casa Ecológica Gaia TerranovaEvandro Sanguinetto
O documento discute os princípios e práticas de sustentabilidade e design ecológico. Ele apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável e economia ecológica, e descreve o projeto "Gaia Terranova" como um exemplo de assentamento humano sustentável baseado em padrões naturais como ciclos de nutrientes, policultivos, captação de água e reaproveitamento de materiais.
O documento fornece informações sobre biologia celular, abordando os seguintes tópicos:
1) A diferença entre procariotas e eucariotas e suas estruturas celulares;
2) A teoria da endossimbiose, que explica a origem das organelas eucariotas;
3) As principais características e diferenças entre células procariotas, vegetais e animais;
4) Detalhes sobre estruturas nucleares como DNA, cromossomos e ácidos nucleicos.
Este documento resume os primeiros seres vivos, divididos em procariotas e eucariotas. Discute as características dos procariotas, com destaque para as cianobactérias e estromatólitos. Também aborda a endossimbiose e a evolução dos eucariotas, além das hipóteses sobre a origem do metabolismo energético.
Origem do universo, formação da Terra e início da vida. O documento discute a origem do universo a partir do Big Bang, a formação da Terra e o surgimento da vida no planeta. Também aborda trabalhos em grupo, a origem dos seres vivos e a evolução histórica do conhecimento sobre a origem da vida.
O documento apresenta um resumo sobre bioquímica celular para o ensino médio, abordando tópicos como água e sais minerais, carbono, carboidratos, proteínas, lipídios, enzimas e ácidos nucleicos. O autor é o professor Evandro Sanguinetto do Instituto Federal do Sul de Minas.
Origem do universo, formação da Terra e início da vida. O documento discute a origem do universo a partir do Big Bang, a formação da Terra e o surgimento da vida no planeta. É apresentado um exercício em grupo para relacionar esses temas com objetos do cotidiano.
Jornada da Sustentabilidade - Encontro ESG - SETCESP
Bases conceituais para projetos sustentáveis e biofílicos ed03 art09-evandro
1. ARTIGO Nº9
BASES CONCEITUAIS PARA PROJETOS SUSTENTÁVEIS E BIOFÍLICOS
Conceptual basis for sustainable and biophilic designs
Evandro de Castro Sanguinetto
2. 201
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
BASES CONCEITUAIS PARA PROJETOS SUSTENTÁVEIS E BIOFÍLICOS
Evandro de Castro Sanguinetto
Biólogo (Licenciatura), Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos, MSc em Ciências do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Vice-Presidente do Circuito Turístico Caminhos do Sul de Minas
- CTCSM e Conselheiro do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Sapucaí - CBH-Sapucaí.
E-mails: evandro@gaiaterranova.com.br e evandrosanguinetto@hotmail.com
Resumo
A visão herdada de design e projeto baseados em conceitos mecânicos, lineares,
reducionistas, cartesianos, já não responde à complexidade e necessidades atuais e
não tem como solucionar os problemas criados por sua implementação ao longo dos
últimos poucos séculos. Uma nova visão emerge, trazendo soluções e orientando as
velhas concepções para um design e projeto mais leves, complexos, multiescalares,
includentes, incorporadores de conhecimentos desenvolvidos, testados e aprovados
pela vida planetária ao longo de seus quase 4 bilhões de anos no planeta. Mudanças
climáticas, destruição de espécies animais e vegetais, desperdícios de materiais e
energia, poluição e contaminação de solos, ar, água, aumento das disparidades en-
tre ricos e pobres, desertificação crescente, diminuição da qualidade das águas em
escala global e de quantidade em escalas menores, dentre outros, são apenas sinto-
mas de um design que já não responde aos nossos tempos. Fazer diferente torna-se
um imperativo e para isso é preciso pensar, conceber, visualizar, sonhar, estabelecer
relações e realizar diferente. Este artigo propõe refletirmos e avaliarmos algumas al-
ternativas a serem incorporadas ao design e planejamento multiescalares de modo a
nos aproximarmos da construção de uma sociedade sustentável e biofílica.
Palavras-chave: vida, sustentabilidade, design biofíco, design ecológico, projeto sus-
tentável, mudanças climáticas.
3. 202
Revista LABVERDE
CONCEPTUAL BASIS FOR SUSTAINABLE AND BIOPHILIC DESIGNS
Abstract
The inherited vision of design and projects based on mechanic, linear, reductionist and
Cartesian concepts no longer meets the needs of current complexity and demands; nei-
ther solves problems caused by its implementation throughout the last few centuries.
A new line of vision arises, proposing solutions and offering guidelines to old concepts
for a lighter, complex and multiscale design incorporating knowledge already acquired,
tested and approved by planetary life through its nearly 4 billion years. Climate chan-
ge, extinction of animal and vegetable species, waste of material and energy, pollution
and contamination of soil, air, water, increase of disparities between the rich and the
poor, galloping desertification, decrease of water quality and quantity worldwide and
locally, among others, are only indications of a design that does not cope with our ti-
mes. Being different is crucial and to do so we have to think, conceive, visualize and
dream differently, therefore establishing relationships and performing accordingly. This
paper aims at a reflection and evaluation of alternatives to be incorporated to design
and multiscale planning with a view to approach us to the development of a sustainable
and biophilic society.
Key words: life, sustainability, biophilic design, ecological design, sustainable project,
climate change.
VIDA, SUSTENTABILIDADE E DESIGN
Atualmente muitos projetistas tendem a conceber o meio ambiente como uma zona
exclusivamente física e espacial, omitindo quaisquer considerações sobre os compo-
nentes biológicos do ecossistema do terreno sobre o qual se projeta, como a transfor-
mação, circulação e acumulação de matéria e energia pela intervenção de organismos
vivos e processos físico-químico naturais. Na biosfera, o fluxo de matéria e energia
tende a ser cíclico, trazendo amplas consequências ao projeto, uma vez que toda edi-
ficação se faz com matéria e energia retiradas do ambiente, reorganizadas de acordo
com o pretendido e, posteriormente, descartadas ao término de sua vida útil. Ciclos
dentro de ciclos formando redes de interações entre seres vivos e ambiente natural
deveriam ser considerados nos projetos, já que o ambiente construído passa a ser
4. 203
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
parte do ambiente natural modificado, estabelecendo entre ambos múltiplas relações
de interdependência. O acesso e permanência de pessoas no ambiente construído
gera demandas constantes de matéria e energia, supridas por infraestruturas (vias de
acesso, saneamento, energia, comunicação, etc.) que interagem com o ecossistema
de em torno, que por sua vez interagem com a bacia hidrográfica mais próxima e desta
com outras bacias, ecossistemas, biomas e biosfera. O projeto demanda, então, uma
visão holista e global da gestão de recursos materiais e energéticos, que inicia com os
impactos de implantação, segue ao longo de toda vida útil das estruturas construídas
e inclui sua demolição, ciclagem, reaproveitamento ou disposição no ambiente e/ou
áreas controladas (YEANG, 2007).
Ao tecerem a teoria da autopoiese, Maturana e Varela (2001) propõem que os
seres vivos se caracterizam pela produção contínua de si mesmos. Partindo das rea-
ções químicas que ocorrem no interior de células e que resultam em circuitos fecha-
dos que reproduzem as mesmas reações: um comando do ácido desoxirribonucléico
- DNA, repassado pelo ácido ribonucléico – RNA para a produção de uma determi-
nada proteína no ribossomo, retorna para o núcleo auxiliando o DNA a formular novo
comando para o RNA. Os autores propõem uma visão de seres vivos como unidades
autônomas, delimitadas por fronteiras bem definidas (membrana celular ou organis-
mo, p.ex.), organizacionalmente fechados e estruturalmente abertos, caracterizados
pela autopoiese, ou seja, pela produção contínua de si mesmos, não havendo sepa-
ração entre produtor e produto. A organização diz respeito às relações que ocorrem
entre componentes no interior de uma fronteira, de modo a serem reconhecidos como
membros de uma dada classe (célula ou organismo, p.ex.). A estrutura diz respeito
aos componentes e relações que determinam uma unidade particular (bactéria ou ser
humano, p.ex.). Enquanto a organização define uma unidade autônoma, sua estrutura
determina como irá operar, podendo a estrutura variar, sem que a organização mude.
Na relação entre unidade autônoma (célula ou indivíduo, p.ex.) e o ambiente em que
se insere, acontecem trocas e perturbações constantes, de tal modo que a unidade
perturba o meio, que responde de acordo com sua própria estrutura, e é perturbada
por este, de modo que a unidade responde de acordo com sua estrutura. O meio não
muda a unidade, nem a unidade muda o meio. Mas ambos promovem perturbações
recíprocas, que são respondidas de acordo com suas estruturas próprias. Os autores
chamam a essa conjunção de acoplamento estrutural, defendendo que é este acopla-
mento que permite a mutabilidade da unidade autônoma, apesar de seu determinismo
estrutural. Esse acoplamento estrutural leva a mudanças recíprocas entre unidade e
ambiente, permitindo a evolução de ambos e a adaptação, seleção ou derivação (de
5. 204
Revista LABVERDE
espécies, p.ex.) e, no limite, à desorganização e morte de um ou outro. Em um campo
expandido, a unicidade do ser humano está num acoplamento estrutural social, com
a linguagem permitindo, por um lado, gerar regularidades que incluem a identidade
pessoal de cada um em meio à sociedade; e, por outro lado, a ação do meio social
sobre o indivíduo, provocando neste a reflexão e o olhar sobre uma perspectiva mais
ampla, que leva à consciência do outro como um igual (embora distinto, diferente). A
aceitação dessa igualdade na diferença, ou da diferença na igualdade, leva à legitimi-
dade do outro e a isto os autores chamam Amor. Sem amor, sem aceitação do outro
junto a nós, não há humanidade, não há sociedade. A competição, a monocultura, a
exclusão, a intolerância, levam à desagregação do elo amoroso que dá aos homens a
dimensão social e humana e, numa visão expandida, coloca em risco toda esfera de
vida no planeta.
Sistemas autopoiéticos, vivos ou não, são aqueles capazes de autogerar-se, sendo
abertos para o fluxo de matéria e energia e fechados em sua estrutura de modo a po-
derem realizar as reações necessárias ao seu crescimento. Com o crescimento, esses
sistemas podem chegar a um ponto a partir do qual o desdobramento é a replicação.
Os padrões subjacentes aos sistemas estão na base de sua organização e relações,
de modo que refletindo ou reproduzindo um determinado padrão, “naturalmente” se
desenvolverão estruturas por eles determinados. O padrão humano nos permite reco-
nhecer humanos em todo planeta, embora a estrutura de cada indivíduo se modifique
em função do ambiente e das relações tecidas com o mesmo.
Um sistema vivo é um sistema complexo. Nossa sociedade vai-se tornando a cada dia
mais e mais complexa, não necessariamente mais viva. Daí a certeza de que, no cam-
po da complexidade, visões e soluções mecânicas, lineares e reducionistas não terão
como dar respostas adequadas à crescente complexidade da sociedade humana. Ni-
colescu (1999) diz da complexidade que, sendo uma complexidade desordenada, seu
conhecimento não faria sentido. Por outro lado, como apontam as teorias quânticas
ou cosmológicas mais recentes, o caos aparente guarda algo de ordenação, nos co-
locando diante de uma complexidade ordenada, de padrões até então não percebidos
e mensurados, carregando uma ordem e simplicidade de uma nova natureza, sendo
este, justamente, o objeto de estudo e compreensão de um novo conhecimento, dito
complexo.
O termo complexidade, do latim complexus, significando o que é tecido em conjunto,
tem em Edgar Morin talvez seu maior teórico, defensor e disseminador. A escola filo-
6. 205
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
sófica da complexidade, ao contrário da visão cartesiana de fracionar e reduzir para
compreender, vê o mundo de forma indissociada, fruto de interações, alimentações,
retroalimentações, processos e ligações que não podem ser compreendidos de ma-
neira isolada. Para Morin (2002), o humano, como unidade complexa, é ao mesmo
tempo biológico, social, afetivo e racional, assim como a sociedade é ao mesmo tem-
po histórica, econômica, sociológica, religiosa, etc. Unidades complexas são multi-
dimensionais, formadas por texturas e interligações, tecidas em conjunto, que não
podem ser compreendidas isoladamente, o que nos leva ao conhecimento pertinente,
que reconhece este caráter multidimensional e busca integrar não apenas as partes
entre si, mas também as partes e o todo.
No curso da evolução de nosso planeta a vida como a conhecemos se estabeleceu,
baseada principalmente em seis elementos químicos: carbono, nitrogênio, oxigênio,
fósforo, enxofre e hidrogênio. Esses elementos circulam pela biosfera transportados
por ciclos biogeoquímicos (ciclo de nutrientes, ciclo da água, ciclo do carbono, ciclo do
nitrogênio, etc), de modo que esses e os demais elementos químicos se organizam
nas mais diversas estruturas, de rochas, solos, águas e atmosfera (abióticas) a micror-
ganismos, vegetais, animais e humanos (bióticas). É o entendimento, incorporação e
promoção desses ciclos contínuos de matéria e energia, de sua complexidade, de sua
ordem em meio ao caos aparente, de seus padrões definidos por sua organização e
estrutura em diferentes escalas que permitiram o estabelecimentos de redes, teias,
células, tecidos, órgãos, sistemas, organismos, populações, comunidades, ecossis-
temas e biosfera, garantindo grande resiliência, adaptação contínua e permanência
– em outras palavras: sustentabilidade.
Dito de outra forma, se quisermos aprender sobre sustentabilidade, é na vida, em
seus processos, teias, ciclos, redes, organização, que podemos buscar conhecimen-
tos para o design e planejamento de empreendimentos humanos sustentáveis e mais:
amigos da vida, biofílicos. Não mais a máquina como ícone, como metáfora das rela-
ções, mas a vida como a grande metáfora a ser entendida, compreendida e reprodu-
zida na escala das construções e empreendimentos humanos. O ambiente construído
necessita de um fluxo constante de matéria e energia para sua construção e manu-
tenção, mas dificilmente é desenhado e planejado de modo a reproduzir em escalas
menores os mesmos ciclos biogeoquímicos presentes no planeta e dentro dos quais,
inevitavelmente, se insere e nos quais a vida se desenvolveu e passou a fazer parte
indissociável.
7. 206
Revista LABVERDE
DESIGN ECOLÓGICO
Mas como incorporar esse conhecimento ao design e projeto de habitações, empre-
sas, bairros, cidades e regiões mais sustentáveis e amigáveis à vida, biofílicas?
Em Ecological Design, Ryn e Cowan (2007) trazem algumas considerações de espe-
cial interesse para este trabalho: É tempo de parar de desenhar/projetar (designing)
tendo máquinas por imagem e começar a desenhar/projetar de modo a honrar a com-
plexidade e diversidade da vida (pag. x), para logo após definir o design ecológico
como qualquer forma de design que minimize impactos ambientais destrutivos, inte-
grando o próprio design com os processos vivos. A publicação apresenta, na concep-
ção dos autores, os cinco princípios do Design Ecológico:
a) Primeiro Princípio: As soluções emergem do lugar – as soluções emergem de onde
vem o problema, sendo imprescindível conhecer o espaço, o lugar onde se deseja
construir uma solução: clima, ventos, chuvas, sazonalidades, história, vegetação, to-
pografia, conhecimentos tradicionais, materiais construtivos, população, plantas, ani-
mais, solos, etc. A sustentabilidade inicia em atos modestos de responsabilidade e
continua com a valoração dos conhecimentos e a complexidade dos ecossistemas
locais. O tratamento de efluentes, por exemplo, pode se utilizar das wetlands ou ba-
nhados construídos para ciclar os nutrientes dos esgotos, ao tempo em que evita a
contaminação de corpos d’água e propicia habitat para novas espécies, gerando ci-
clos positivos de embelezamento, saúde e prosperidade.
b)Segundo Princípio: Design orientado pela contabilidade ecológica – um processo
cuidadoso de contabilidade e valoração ambiental orienta de modo produtivo e provei-
toso o design, considerando e incorporando as externalidades ao processo produtivo
de bens e serviços, e orientando para uma produção mais limpa, segura e eficiente.
Diferentes níveis de precisão deveriam refletir, ao menos qualitativamente, os princi-
pais impactos, como por exemplo:
- Agricultura: quantidade de energia, água, nutrientes, solo, paisagem;
- Construção: materiais, energia, água, toxinas;
- Produtos diversos: materiais, energia, resíduos, etc.
Os ciclos de vida dos produtos deveriam ser estudados e incorporados a todo proces-
so, desde sua concepção até o descarte final, assim como o fluxo de energia neces-
8. 207
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
sária, tanto na produção como na manutenção e disposição final, levando em conta
o consumo de energias fósseis e renováveis, lixo, reciclagem, resíduos, água, etc.,
permitindo a otimização de toda cadeia produtiva.
c) Terceiro Princípio: Design com a Natureza – no processo evolutivo a vida planetária
criou soluções simples e elegantes para muitos dos problemas que enfrenta, gerando
padrões saudáveis que permitem sua manutenção há quase 4 bilhões de anos. De-
senhando/planejando (designing) tendo por base padrões saudáveis nos coloca em
sintonia e compatibilidade com o mundo vivo. Aqui se tem algumas premissas como:
- Resíduos são recursos – no ambiente natural não existe lixo e nas teias de vida os
resíduos de uns são o alimento de outros, orientando para a construção de sistemas
sociais e produtivos que reproduzam esse padrão. Os processos produtivos estão ain-
da no princípio de ecossistemas industriais que otimizem energia, insumos, resíduos;
- Paisagens ativas – observar a paisagem, os padrões, as soluções criadas por e em
diferentes ecossistemas auxilia a desenvolver uma percepção diferenciada, que refle-
te no design de maneira inovadora;
- Autodesign – o núcleo de uma rede inteligente se baseia em um sistema auto-orga-
nizado, auto-desenhado (self-designing), uma dança na qual os elementos do sistema
podem ressonar juntos, compartilhando informações localmente, de modo a produzir
integração em escalas mais amplas. Semeando diversidade, basta deixar que uma
rede inteligente se desdobre e o sistema espontaneamente responderá, exibindo no-
vos e inusitados comportamentos.
d) Quarto Princípio: Todos somos designers – todos os dias as pessoas fazem es-
colhas que determinam seu futuro: onde e como viver, como gastar suas energias e
recursos, em que investir seu tempo. Todas essas questões envolvem dimensões do
design. As escolhas no nível pessoal e coletivo determinam como serão os produtos e
serviços no futuro, como viveremos e como viverão os que vierem depois de nós. Cul-
tivar uma inteligência do design amplia a participação e influência pessoal e coletiva
no mundo. A palavra design vem do latim signare, significando “traçar, definir, indicar”,
que, frequentemente, tem sido usado para excluir mais que incluir. O design ecológi-
co, ao mergulhar na fonte de vida ao redor, chama a uma participação inclusiva, na
qual todos têm voz ativa.
9. 208
Revista LABVERDE
e) Quinto Princípio: Tornar a Natureza visível – enquanto os sistemas de produção
de alimentos, água, energia e resíduos se tornam mais e mais intrincados e distantes
do cotidiano das pessoas, mais difícil fica entendê-los e questioná-los. Ao colocar a
natureza longe do cotidiano, a ética em relação à vida se distancia também. Tornando
a tecnologia e suas consequências visíveis, dando visibilidade aos ciclos naturais do
nascer e por do sol e da lua, do regime de chuvas, dos ventos e brisas, das plantas
e animais, o design ecológico pode redesenhar a presença humana no planeta, cum-
prindo uma função ética, estética, cultural, evolutiva e espiritual.
Outro autor, Orr (2002), defende o design ecológico como um entrelaçamento cuida-
doso dos propósitos humanos com os grandes padrões e fluxos do mundo natural e
o estudo desses padrões e fluxos de modo a direcionar as ações humanas. Segundo
o autor, os pioneiros do design ecológico começaram com a observação de que a
natureza vem desenvolvendo estratégias de sucesso para a vida planetária por mais
de 3,8 bilhões de anos, sendo assim, um modelo adequado para a sociedade humana
planejar:
- Fazendas que trabalhem como florestas e pradarias;
- Edifícios que incorporem capital natural como árvores;
- Sistemas de tratamento de efluentes que trabalhem como banhados (wetlands);
- Materiais que imitem a elegância de plantas e animais;
- Industrias que trabalhem como ecossistemas;
- Produtos que se tornem parte de ciclos como o fluxo de matéria no ambiente natural.
Para o autor, nossas intenções são o produto de muitos fatores, dos quais quatro se
destacam em relação ao panorama ecológico. O primeiro diz respeito à religiosidade
humana, que nos leva a criar ou descobrir significados que nos colocam como parte
de algo maior que nós mesmos. Numa sociedade científica, o capitalismo, comunis-
mo, consumismo, ambientalismo, cientificismo e vários outros –ismos, substituiram a
religiosidade, a espiritualidade, como algo antagônico à crescente racionalidade. No
entanto, sociedades com muito menos informações científicas e tecnológicas tem feito
muito melhores escolhas em termos ambientais. Crenças miticas e religiosas, tidas
como errôneas, pouco evoluídas ou primitivas, tem muitas vezes se relacionado com
o ambiente natural de forma mais adequada do que as decisões tomadas com base
em informações científicas e presumida racionalidade. Dessa forma, soluções para
problemas ambientais devem ser concebidos em ressonância com nossas camadas
10. 209
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
emocionais mais profundas e ecologicamente saudáveis1
. Segundo, como Homo sa-
piens, somos seres limitados e nossa história de guerras e conflitos não nos coloca
em posição de muita sabedoria perante o mundo natural, indicando a necessidade de
uma abordagem mais humilde, precavida e conscia para o design ecológico. Terceiro,
nossa evolução incorpora toda cadeia de processos físicos e bioquímicos que vão de
criaturas unicelulares a seres humanos. Como parte dessa longa cadeia viva, nossa
natureza é biofílica, sugerindo que somos mais saudáveis com mais e não menos
natureza: trabalhamos melhor com luz solar, no contato com animais, com ar limpo e
vivendo em lugares que incluem árvores, flores e água corrente, do que em lugares
desprovidos dessas redes. Como consequência, precisamos criar lugares que resso-
nem com nosso passado evolutivo e pelo qual tenhamos profunda afeição. Um quarto
ponto nos alerta em relação a todo conhecimento humano acumulado e que, no en-
tanto, é uma fração minúscula de tudo que ainda não sabemos: para cada pergunta
respondida pela ciência e tecnologia, dez outras se apresentam. Pela perspectiva
evolutiva, somos seres recém chegados à ecosfera, com um futuro ainda bastante
incerto, e alvo de piadas dos deuses e deusas dos antigos mitos. O design ecológico
não é tanto como fazer as coisas, mas como faze-las de modo gracioso e integrado
a um determinado contexto ecológico, social e cultural, com o intuito de perdurar por
um longo período. A intenção embasada por essa mentalidade cria espaços biológi-
cos e culturais diversificados, integrados de maneira harmoniosa, utilizando o fluxo de
energia solar, gerando pouco ou nenhum resíduo, contabilizando todos os custos e
respeitando padrões culturais e sociais mais amplos. Isso requer uma nova maneira
de pensar, ser, estar e agir, superando a velha mentalidade de como fazer as mesmas
coisas de sempre com maior eficiência e aprofundar as perguntas que se tornam a
base do design ecológico:
- A sociedade precisa disso?
- Isso é ético?
- Qual impacto isso gera na comunidade? Esses impactos são desejáveis, mitigáveis,
aceitáveis?
- Sua produção e uso são seguros?
- É justo?
- Pode ser consertado, reutilizado ou reciclado?
1 A Ecologia Profunda é um conceito filosófico que vê a humanidade como mais um fio na teia da
vida, conectada e interconectada com toda existência, fazendo parte e não estando acima ou além
desta.
11. 210
Revista LABVERDE
- Qual seu custo total ao longo de sua vida útil?
- Há um jeito melhor de fazê-lo?
Ou ainda: quem decide sobre os impactos em um determinado local, ecossistema ou
comunidade?, implicando em que o design ecológico não é um procedimento individu-
al, isolado e excludente, mas com implicações culturais, políticas, sociais, espaciais,
ecológicas, requerendo soluções negociadas entre designers e interessados diretos e
indiretos (stakeholders). O modelo deixa de ser a eficiência e produtividade e passa a
ser a saúde e o bem-estar de todos, iniciando com microorganismos e passando pelo
solo, água, ar, plantas, animais e seres humanos. E uma vez que o ser humano é fa-
lível e não tem como permanecer consciente da totalidade de relações, interrelações,
conexões e redes que se estabelecem dentro e entre os diferentes níveis desse novo
design, o caminho da precaução, humildade e abertura deveria permear todo proces-
so. Por fim, defende que o objetivo maior do design ecológico não é o de uma jornada
para algum destino utópico, mas antes uma jornada de volta para casa, uma ferra-
menta de navegação que nos orienta a reassumirmos nosso papel principal sobre o
planeta, que honra a vida, a ecologia, a evolução, a diversidade, a dignidade humana,
o espírito e as necessidades humanas de pertencimento e conexão (ORR, 2002).
BASES CONCEITUAIS
Ao refletirmos sobre como a sustentabilidade e biofilia podem ser incorporados ao de-
sign e projetos arquitetônicos e urbanos multiescalares e entendendo que estudos e
pesquisas aprofundadas são necessárias, propõe-se aqui que se considere a adoção
de ao menos 5 eixos estruturadores, conectores e transversais de modo a integrarem
diferentes escalas (local, microbacia ou setorial, municipal e regional):
1 Organização ou Design – eixo do design que caracteriza uma unidade autônoma
(casa, vila, bairro, condomínio, cidade), concebida segundo padrões desenvolvidos
e evoluídos pela vida planetária, como ciclos, teias e redes formando padrões biofí-
licos. Quer-se com isso que o processo de organização do pensamento, concepção
e design de um dado elemento ou unidade autônoma se faça não mais sob a óptica
de leis mecânicas, reducionistas, cartesianas, mas que se estabeleça a partir de uma
visão biológica (ver Figura 1), da multiplicidade e complexidade de diversas áreas do
conhecimento, formando um design como expressão da complexidade, da inter, multi
e transdisciplinaridade (NICOLESCU, 1999; MORIN, 2002; MORIN, 2003).
12. 211
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
Nesse nível pode-se citar alguns elementos a serem considerados: posição do terre-
no, tipo de solo, microbacia hidrográfica, drenagem, ecossistemas associados, vias
de acesso, ambiente construído, estágio de urbanização, insolação, variação de lumi-
nosidade e umidade ao longo do ano, direção predominante de brisas, ventos e tem-
pestades, deslocamento do sol ao longo do ano, iluminação passiva, conforto termo-
acústico, fortalecimento e ampliação da biodiversidade local, respeito e incorporação
da cultura local, opções e disponibilidade de materiais construtivos locais, avaliação
de impactos ambientais e sócio-culturais, futuro desejável (moradores, empreendedo-
res, comunidade, etc.), dentre outros.
2 Estrutura – eixo de planejamento que estabelece as vias de acesso, saneamento,
energia, comunicação, transportes, etc., determinadas ou direcionadas pela organi-
zação, pelo design, que pré-definiu rotas ou sistemas de dupla via, reproduzindo o
conhecimento vivo de estruturas biológicas (Figura 1) e biosféricas maiores, que se
vão capilarizando nos menores níveis das unidades autônomas à partir das quais
toma o caminho inverso. Tome-se como exemplo o sistema circulatório, que transporta
o sangue arterial por grandes artérias que vão diminuindo a bitola até o nível capilar,
onde entrega oxigênio para as células e recolhe gás carbônico, transportando-o ago-
ra por veias paulatinamente maiores até os pulmões onde ocorre nova troca, desta
vez liberando o gás carbônico e incorporando oxigênio para recomeçar novamente o
processo. Algo semelhante se dá com o ciclo da água que, evaporada dos oceânos
e continentes é transportada por imensos corredores aéreos até cair como chuva,
penetrar no solo por seus capilares, abastecer os lençóis freáticos, brotar como uma
nascente e ser drenada por córregos, ribeirões e rios até novamente o oceâno onde
o ciclo recomeça.
Esse conhecimento, incorporado pelo design, orienta a construção de estruturas que
superam a simples conexão entre partes dissociadas do ambiente construído e passa
a interligar e conectar ambientes concebidos com funções determinadas, organizados
em sistemas tais que possam atuar em ciclos fechados, retroalimentando o próprio
sistema. Assim, do nível macro, uma rodovia se ramifica em estradas menores até
a rua ou caminho que chega a uma casa ou indústria, levando alimento, materiais
construtivos, matéria-prima, etc, e dela recolhendo resíduos em uma rota deterninada
de modo que sejam corretamente recuperados e transformados em novos insumos,
produtos e serviços úteis ao conjunto; ou recolhendo alimentos, matéria-prima, insu-
mos produzidos localmente, cujos excedentes são distribuídos para outras unidades
e escalas. Ou um linhão de energia, que se ramifica até um ponto de luz ou tomada
13. 212
Revista LABVERDE
em uma casa, indústria ou bairro, entregando energia produzida em uma escala mais
ampla e recolhendo dos mesmos eventual excedente de energia produzida naquela
unidade autônoma por meio de microturbinas eólicas, micro e pequenas hidrelétricas,
painéis solares, biodigestores, etc. Unem-se assim o micro e o macro, sendo a menor
unidade autônoma uma potencial produtora de energia (solar, eólica, biomassa, etc)
e/ou matéria (alimentos, materiais construtivos, matéria-prima), a ser distribuída para
outros locais pelos mesmos caminhos, estabelecendo rotas de comunicação entre
diferentes escalas.
Aqui poder-se-ia considerar: produção de alimentos, disponibilidade de matérias-pri-
mas, indústrias de transformação, alinhamento das estruturas de modo a facilitar o
fechamento de ciclos de matéria e energia, tratamento de esgotos e resíduos o mais
próximo possível de sua origem, construção de conexões e infraestrutura de modo
que diferentes escalas mimetizem ou incorporem padrões naturais, etc.
Figura 1: Exemplo de organização e estrutura celular. Fonte: http://portaldoprofessor.
mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1772/imagens/celulanimal3.jpg
14. 213
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
3 Energia – realização de trabalho e manutenção da organização e estrutura das uni-
dades e suas múltiplas conexões. A energia movimenta os sistemas e subsistemas,
atendendo às necessidades dos diferentes níveis de organização em suas diferentes
escalas. Sua produção pode-se dar tanto na escala macro, centralizada, grande pro-
dutora, quanto na escala micro, pulverizada, descentralizada no nível das menores
unidades autônomas. Os processos biológicos de captura e utilização de energia po-
dem aqui ser novamente inspiradores. A fonte primeira de energia para a vida na Ter-
ra, bem como para boa parte da produção humana vem ou veio do Sol. Parte dessa
energia solar é refletida pela Terra e parte é absorvida pela atmosfera, solo e água e
transformada em calor, que faz movimentar as massas de ar e água na biosfera. Essa
energia, limpa e renovável, pode ser captada por geradores eólicos, painéis solares e
usinas hidrelétricas e utilizada na produção de bens e serviços necessários à socieda-
de humana. Do total de energia solar que chega à Terra, uma pequena parte é capta-
da por organismos fotossintetizantes, transformada e armazenada na forma química
de açúcares e outras substâncias. No nível celular esses açúcares são transformados
em ATP (adenosina tri-fosfato) nas mitocôndrias e utilizado na realização de trabalhos,
como produção de proteínas e substâncias diversas (metabolismo) e eliminação de
substâncias que já cumpriram sua função celular e não podem mais ser cicladas inter-
namente, sendo então dispensadas para o meio extracelular (catabolismo). Na escala
do organismo, a energia solar transformada em energia bioquímica é a fonte de cres-
cimento, manutenção e transformação das estruturas orgânicas, evoluídas à partir de
um design (organização) experimentado, testado e evoluído ao longo de bilhões de
anos de expressão da vida planetária em sua interação com o meio.
A fotossíntese (Figura 2) é um processo que se utiliza de gás carbônico, água, sais
minerais e energia solar, que agrega esses elementos em substâncias mais ou me-
nos complexas, que formarão a estrutura dos seres vivos ao fornecerem energia para
a síntese de outras substâncias que se utilizarão de diferentes elementos químicos,
complexificando toda a estrutura e formando diferentes organismos. A partir da fo-
tossíntese, estabelecem-se teias e redes de circulação de matéria e energia entre
diferentes escalas, com o estabelecimento da teia alimentar, tendo os produtores pri-
mários (fotossintetizantes) na base do sistema, seguidos dos herbívoros e carnívoros
(consumidores). A todos, os decompositores se encarregam de ciclar os componentes
materiais e aproveitar a energia presente em seus diferentes compostos por ocasião
da morte do organismo.
15. 214
Revista LABVERDE
Parte da energia solar fixada em compostos de carbono pode se acumular como le-
nha, petróleo, gás natural, turfa e carvão e ser utilizada como fonte de energia, por
meio da queima, para os processos produtivos da sociedade humana. Essa queima,
em quantidades cada vez maiores ao longo dos últimos 200 anos, vem liberando gás
carbônico acima da capacidade de reabsorção pelo planeta, acarretando em seu acú-
mulo na atmosfera e incrementando um processo natural de efeito estufa, que mostra
agora uma face perversa de mudanças climáticas cujas consequências não sabemos
prever com exatidão. A reversão dessa tendência exige um novo design, de modo a
superarmos a utilização de energias “sujas” baseadas em combustíveis fósseis, ado-
tando energias “limpas”, de baixo carbono, renováveis.
Elementos de design e projeto podem incorporar: captação, produção e utilização de
energias renováveis de maneira centralizada ou pulverizada, ampliação da eficiência
no uso e diminuição na utilização de energias não-renováveis, iluminação passiva,
ventilação cruzada, aquecimento passivo, ampliação da captação e fixação de carbo-
no, transformação de energia solar em bioquímica via fotossíntese, produção de ali-
mentos de base orgânica com técnicas permaculturais e agroecológicas, captação de
energia das chuvas via bacias de contenção e curvas de nível (evitando assim que a
energia cinética presente na água que cai rompa e desagregue solos carreando seus
nutrientes e assoreando corpos d’água ao tempo que repõe reservas hídricas), etc.
Figura 2: Fotossíntese. Transformação de energia solar em bioquímica. Fonte: http://
portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1668/imagens/FOTOSSIN-
TESE.jpg
16. 215
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
4 Recursos Materiais – eixo que engloba minerais, nutrientes, matérias-primas e in-
sumos necessários para a construção, manutenção, reposição, renovação e evolução
das unidades autônomas, obtidos diretamente do planeta (minerais, matérias-primas)
e/ou transformados pela biosfera. Em um sistema como a Terra, a quantidade de
matéria permanece virtualmente a mesma há milhões de anos, salvo por pequenas
trocas promovidas por acidentes cósmicos como a queda de meteoritos (que traz
matéria do espaço e pode lançar porções de matéria de volta ao espaço), a perda
de gases na alta atmosfera, o lançamento de artefatos humanos para além da órbita
planetária ou explosões catastróficas de vulcões. Não se pode confundir, portanto, a
aparente grande quantidade de algum recurso (ferro, petróleo, madeira, etc) como
se o mesmo fosse infinito. Vivemos em um planeta finito e os recursos materiais nele
presentes são finitos. Tratar esses recursos de forma linear, com captação em uma
ponta e eliminação na outra sem que se fechem os ciclos de reaproveitamento levará,
inevitavelmente, ao esgotamento em algum momento no espaço-tempo. E acreditar
que novas jazidas serão descobertas, que a ciência e tecnologia resolverão a ques-
tão sem que se modifique a ideia inicial de exploração à exaustão não resolverá o
problema que já se mostra no horizonte, qual seja, o da indisponibilidade de determi-
nados recursos no médio e longo prazos na quantidade e qualidade exigidas para a
manutenção da sociedade humana atual, caso, por exemplo, do petróleo ou da água
limpa. Esse é, eminentemente, um problema de design, um problema de Organização
antes de Estrutura. Em outras palavras, simplesmente não é possível obter milho se
continuamos plantando feijão, mesmo que este seja geneticamente modificado, que
incorpore novas técnicas de produção, que resulte de novos processos industriais. A
questão de fundo é que, para se obter milho é preciso plantar milho. Assim como para
se obter uma sociedade sustentável é preciso pensar, planejar, desenhar de modo
sustentável (Figura 3), o que requer, por sua vez, que novas formas de pensar emer-
jam, relacionadas agora – essa é a proposta deste artigo -, não mais ao mecânico,
mas ao biológico.
Se na concepção mecânica, resíduos são tratados como lixo e esgotos que devem
ser eliminados e levados para longe dos processos produtivos, das unidades autôno-
mas (casas, bairros, cidades), com visão ampliada e conscientes de que nosso pla-
neta é um ponto minúsculo em um universo inconcebivelmente mais amplo, hoje nos
perguntamos: longe para onde? Longe quanto? Pois em um planeta finito, o longe é
aqui mesmo, não em outro lugar qualquer! Com uma visão biológica de mundo, lixo e
esgotos são nutrientes que cumpriram sua função em uma dada unidade autônoma
(casa, bairro, etc), devendo ser tratados o mais próximo possível de sua origem, de
17. 216
Revista LABVERDE
modo a ser reaproveitado como insumo, ou recuperado, reutilizado na mesma escala
ou em escala o mais próximo possível da origem. Lixo e esgotos domésticos, tratados
na escala das residências (local) ou das microbacias (bairros, setorial), deixam de
contaminar escalas locais e outras mais amplas, disponibilizando para as mesmas
água, nutrientes e matérias-primas de modo a serem (re)utilizados no mesmo espaço,
na mesma unidade autônoma ou em escala imediatamente contígua.
Figura 3: Ecossistema industrial de Kalundborg, fechando ciclos de matéria e ener-
gia. Fonte: http://www.lampidex.com/wp-content/uploads/Kulundborg-Symbiosis.jpg
Alguns elementos a serem considerados: proximidade de matérias-primas, indústrias
de transformação, produtos e serviços, produção de alimentos saudáveis e nutritivos
(garantindo qualidade e segurança nutricional), fechamento de ciclos de reaproveita-
mento de materiais, diminuição de desperdícios, eficiência no uso, durabilidade, ade-
quação da produção às reais necessidades de bem-estar, conforto, qualidade de vida
e adequação biosférica de produtos e serviços tanto para as sociedades humanas
quanto para as demais formas de vida.
5 Recursos Hídricos – fundamentais para os processos biológicos e produtivos, a
água vem tendo sua quantidade e qualidade comprometidas em nível global. Não
há vida como a conhecemos sem a presença de água, responsável pela mediação
das mais diversas reações químicas e bioquímicas, que permitiram o surgimento e
mantém a vida no planeta – a dos seres humanos e de seus processos produtivos,
18. 217
nº 03 | São Paulo, Novembro de 2011
diga-se de passagem, já que não raro nos percebemos alheios tanto à vida quanto ao
planeta que nos alimenta e sustenta. A mesma mentalidade linear, fracionada e me-
cânica tem orientado o design de processos, produtos e serviços que desconsideram
a necessidade de tratarmos os recursos hídricos dentro dos mesmos critérios e pro-
cessos cíclicos estabelecidos planetaria e biosfericamente. Só recentemente (último
século) iniciamos o tratamento das águas por nós poluídas e contaminadas e ainda
mais recentemente, iniciamos um processo de revisão das bases do design de modo
a diminuirmos o consumo excessivo, as perdas e os danos causados aos recursos
hídricos, aprendendo a fechar ciclos em escalas mais próximas, tratando os efluentes
em seu local de origem e evitando expandir os danos para escalas mais amplas, onde
seu adequado tratamento implica no aumento da complexidade e recursos financei-
ros, humanos, técnicos e científicos necessários para resolver problemas gerados em
escalas menores.
Elementos a considerar: manutenção da qualidade e quantidade de água nas micro-
bacias, tratamento biológico e não químico de esgotos e água para consumo, manu-
tenção dos serviços ambientais nas diversas escalas, tratamento local de esgotos
deixando de poluir e contaminar corpos d’água, incorporação e/ou mimetização do
ciclo hidrológico (Figura 4) no design e projetos, recomposição dos níveis dos lençóis
freáticos, utilização de ecossistemas naturais como fonte de inspiração para a manu-
tenção da qualidade e quantidade de água disponível nas diversas escalas, etc.
Figura 4: Ciclo da água. Fonte: http://www.saaeamparo.com.br/contas/dicas/imagem/
ciclo_da_agua.png
19. 218
Revista LABVERDE
APLICAÇÃO
Tomando por base os conceitos acima delineados, pode-se propor uma unidade estrutural
(casa, sítio, edifício) mais fortalecida e resiliente, que se comunica e troca com outras uni-
dades estruturais próximas, formando assim, em uma mesma microbacia hidrográfica, um
adensado de unidades constituindo um bairro ecológico, uma comunidade mais sustentável
e biofílica, como células semelhantes (casas) formando tecidos (bairros) e estes formando
órgãos (diferetes bairros em uma mesma microbacia), sistemas (conjunto urbano-rural em
uma dada área), indivíduos (cidades sustentáveis e biofílicas), populações (biorregiões),
ecossistemas e biosfera, fortalecendo a permanência e integração do humano à base co-
mum de vida planetária.
Agindo como componentes e catalisadores desse processo, os seres humanos podem am-
pliar e fortalecer a qualidade, quantidade e velocidade dessas junções mediante o uso da
ciência e tecnologia, optando por uma nova forma de ser, estar, viver e conviver no e com o
planeta. A visão fundamental aqui não é a de maximizar o lucro, mas a de otimizar a Vida,
sem romper o frágil equilíbrio que a sustenta e nos sustenta, como parte da mesma teia,
elevando-a a patamares cada vez mais amplos, diversificados, enriquecidos e complexos.
Adotada essa visão, o ser humano supera a ação predatória no ambiente, recursos e re-
lações e assume um novo papel, em um nível de Realidade mais elevado de co-criador e
co-evolucionador da vida planetária e por conseguinte, da presença humana no planeta.
REFERÊNCIAS
LABVERDE. Projeto Selo LABVerde. Disponível em <http://www.fau.usp.br/depprojeto/lab-
verde/projetos_04.html>. Acesso em 06 nov 2011.
MATURANA, Humberto R. e VARELA, Francisco J.. A árvore do conhecimento: as bases
biológicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8ª edição.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 6ª edição. São Paulo:
Cortez. Brasília, DF: UNESCO, 2002.