O documento discute os cuidados a indivíduos com feridas, incluindo a avaliação clínica da ferida, terapia tópica, curativos, coberturas farmacológicas e o processo de cicatrização. Aborda fatores que influenciam a cicatrização, tipos de curativos, desbridamento e referências bibliográficas.
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1. CENTRO UNIVERSITÁRIO
AVANTIS- UNIAVAN
Curso de Enfermagem
• Avaliação clínica e avaliação da ferida
• Terapia tópica: curativo e coberturas farmacológicas
CUIDADOS A
INDIVÍDUOS COM
FERIDAS
Profº Diogo da Rosa Viana
Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Coordenador do Curso de Enfermagem da
UNIAVAN.
2. INDIVÍDUO PORTADOR DE FERIDA:
Indivíduo que apresenta uma interrupção
da continuidade de um tecido corpóreo,
em maior ou em menor extensão, causada
por qualquer tipo de trauma físico,
químico, mecânico ou desencadeado por
uma afecção clínica
(SILVA et al., 2011)
3. Há algum tempo, o tratamento das lesões
tissulares deixou de ser apenas enfocado na realização
da TÉCNICA DE CURATIVO, para incorporar uma nova
metodologia assistencial
• Avaliação do estado geral do paciente;
• Exame físico, com ênfase na etiologia da lesão;
• Escolha do tratamento e da cobertura a ser
utilizada.
• Registro e projeção prognóstica
(SILVA et al., 2011)
4. PROCESSO CICATRIZAÇÃO
É um processo sistêmico caracterizado por uma série
de eventos que tem por objetivo restaurar a ferida.
Estancar a perda de sangue;
Remover patógenos e restos celulares da
ferida;
Regenerar a cobertura epidérmica natural;
Reparar o tecido mais profundo danificado;
(SILVA et al., 2011)
Processos diferentes em feridas
epidérmicas e feridas dérmicas
5. CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS DE EXPESSURA TOTAL:
DÉRMICAS FORMAÇÃO DE UM NOVO TECIDO
(SILVA et al., 2011)
6. • Fase Inflamatória: Caracterizada pelos
sinais típicos do processo inflamatório
localizado: dor, rubor, calor, tumor(edema).
Frequentemente, perda da função local. Começa no
momento em que ocorre a lesão tecidual e se estende
por um período de 3 a 6 dias.
(SILVA et al., 2011)
7. (SILVA et al., 2011)
Fase Proliferativa: atividade predominante neste
período é a mitose celular, e se estende por
aproximadamente 3 semanas.
Tecido de granulação composto por capilares e a
reconstituição da matriz extracelular, com a deposição de
colágeno e outros componentes protéicos.
8. (SILVA et al., 2011)
Fase Reparadora: Tem início por volta da 3ª semana, e
se estende por até dois anos, dependendo do grau,
extensão e local da lesão.
Diminuição progressiva da vascularização, dos fibroblastos,
o aumento da força tênsil e reorientação das fibras do
colágeno.
10. (SILVA et al., 2011)
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
FATORES
LOCAIS
FATORES
SISTÊMICOS
11. FATORES SISTÊMICOS QUE INFLUENCIAM
NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
• Idade: alteração vascular, imunológica e
nutricional;
resposta reparadora mais lenta.
• Vascularização: oxigenação e perfusão tissular; a
insuficiência venosa e arterial.
• Tabagismo: diminui a quantidade de hemoglobina
funcional no sangue, reduzindo a oxigenação
tecidual. Aumenta a agregação plaquetária.
(DEALEY, 2008; SILVA et al., 2011)
12. FATORES SISTÊMICOS QUE
INFLUENCIAM
NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
• Corticóides (diminuem a resistência da tensão da
feridas cicatrizadas, suprimem a imunidade, maior
risco de infecção);
• Anti-inflamatórios não esteróides (suprimem a
resposta inflamatória e provocam vasoconstrição);
• Quimioterápicos, drogas antineoplásicas e
imunossupressoras;
(DEALEY, 2008; SILVA et al., 2011)
13. FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA
FERIDAS DE
ESPESSURA TOTAL:
feridas dérmicas.
FERIDAS DE
ESPESSURA
PARCIAL:
feridas epidérmicas
(SILVA et al., 2011)
14. .
PRIMEIRA INTENÇÃO:
• Fechamento primário;
• Perda mínima de tecido;
• Bordas aproximadas e
suturadas;
• PC com evolução normal
(SILVA et al., 2011)
SEGUNDA INTENÇÃO:
• Fechamento secundário;
• Perda celular e tecidual;
• Bordas não passiveis de
aproximação;
• Probabilidade de infecção
15. RESPOSTA CICATRICIAL
AGUDAS: reconstituem por meio de processo
cicatricial fisiológico, cujas fases obedecem a
uma sequência esperada de tempo, aparência e
resposta a um tratamento.
CRÔNICAS: causada por uma fisiopatologia
subjacente, que ultrapassa a sequência e tempo
de cicatrização fisiológico.
(SILVA et al., 2011)
16. (SILVA et al., 2011)
AVALIAÇÃO DA FERIDA
• AVALIAÇÃO DA FERIDA:
A “história da ferida”;
Tecidos lesados e dimensões da
lesão (diâmetro e profundidade);
17. GRANULAÇÃO: Rosa e/ou vermelho
(pálido-vivo);
FIBRINA: Amarelo e/ou marrom;
NECROSE: Cinza, marrom e/ou preta;
AVALIAÇÃO DA FERIDA
(SILVA et al., 2011)
• Aspecto da borda: tipo de
tecido, edema,ressecamento,
isquemia, contaminação.
• Característica do exsudato:
presença ou ausência, aspecto,
volume, coloração, odor e tipo
(seroso, serosanguinolento,
sanguinolento e purulento).
18.
19.
20. TIPO DE TECIDO NO LEITO DA
FERIDA
Tecidos viáveis:
Granulação e epitelização
Tecidos inviáveis:
Fibrina desvitalizada e
tecidos
necróticos
(SILVA et al., 2011)
21. (SILVA et al., 2011)
Ativação do coagulação, de desbridamento da ferida
e de defesa imunológica. Fase defensiva, nos
primeiros 3 dias.
22. (SILVA et al., 2011)
Formação de um tecido novo (tecido de
granulação), colágeno e epitelização. Fase
fibroblástica, após o 10º dia.
23. (SILVA et al., 2011)
Remodelação do colágeno e redução da
capilarização, com retração da ferida e
formação da cicatriz. Fase remodelagem,
após 3 meses/anos.
24.
25.
26. Cuidados diretamente na lesão tecidual: TERAPIA
TÓPICA
(DEALEY, 2008)
LIMPEZA: uso de fluidos, preferencialmente aquecidos,
para, suavemente remover bactérias, fragmentos,
exsudato, corpos estranhos, resíduos de agentes tópicos.
DESBRIDAMENTO: remoção de tecidos necrosados
aderidos ou de corpos estranhos do leito da ferida, usando
técnicas mecânica e/ou química.
27. TÉCNICA ESTÉRIL- pacote de curativo estéril,
solução para a limpeza e cobertura estéreis.
TÉCNICAS CURATIVO
TÉCNICA LIMPA- limpeza da lesão pode ser com
água corrente, cobertura limpa.
Soluções biocompatíveis:
Soro fisiológico 0,9%
Água
ANTISSÉPTICOS – são substâncias
de ação bactericida e
bacteriostáticas indicados para
pele e mucosas ÍNTEGRAS.
(SILVA et al., 2011)
28. TIPOS DE CURATIVO
(SILVA et al., 2011)
CURATIVO OCLUSIVO: não permite a entrada de
fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda
de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida.
CURATIVO COMPRESSIVO: reduz o fluxo
sanguíneo, promover a estase e ajudar na
aproximação das extremidades da lesão.
CURATIVOS ABERTOS: feridas cirúrgicas limpas
após 24 horas, cortes pequenos, suturas, e
escoriações.
29. TIPO DE DESBRIDAMENTO
AUTOLÍTICO:
Utiliza os próprios leucócitos e enzimas do paciente para a degradação do tecido
necrótico. Lento, porém confortável. Necessidade de meio úmido.
QUÍMICO ou ENZIMÁTICO
Utiliza enzimas proteolíticas que estimulam a degradação do tecido necrótico.
Pouco agressivo. Necessidade de meio úmido.
MECÂNICO
Remoção do tecido necrótico com o uso de força física (fricção com gazes ou esponja ou
remoção de gazes secas previamente aderidas na lesão). Sem dor ou sangramento.
CIRÚRGICO
Realizado com tesoura ou lâmina de bisturi (à beira do leito, em ambulatório ou em centro
cirúrgico). O mais eficaz, embora possa haver dor ou sangramento.
(SILVA et al., 2011)
31. REFERÊNCIAS
SILVA, R.C.L. et al. Feridas: fundamentos e
atualizações em enfermagem. 3ª edição. São
Caetano do Sul – SP: Yendis Editora, 2011.
32. CENTRO UNIVERSITÁRIO
AVANTIS- UNIAVAN
Curso de Enfermagem
diogoviana@uniavan.edu.br
CUIDADOS A
INDIVÍDUOS COM
FERIDAS
Profº Diogo da Rosa Viana
Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Coordenador do Curso de Enfermagem da
UNIAVAN.