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Prof. Sabrina Sakamoto
O tratamento de feridas sempre variou com o objetivo de
melhores resultados cicatriciais em menor tempo possível;
 Pré-história - extratos de plantas, água, neve, gelo, frutas e
lama - aplicados sobre as feridas;
 Mesopotâmia - feridas lavadas com água ou leite, curativos
com mel ou resina. Lã de carneiro, folhas e cascas de árvores
para cobertura;
 Egípcios - feridas fechadas cicatrizava mais rápido e passaram
a usar tiras de pano para unir as margens da lesão.
Blanes, L. Tratamento de feridas. Baptista-Silva JCC, editora Cirurgia vascular: guia ilustrado. São Paulo: 2004. URL: http://www.bapbaptista.com
Pele:
 Maior órgão - recobre toda a superfície do corpo;
 Aprox. 5% do seu peso total;
 Envoltório de proteção ao meio externo controlando a perda
de fluidos corporais;
 Atua como uma capa protetora e uma barreira impermeável
a muitas substâncias.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Pele:
 Dividida em camadas distintas: epiderme, derme e
hipoderme , firmemente unidas entre si;
 Epiderme: é a mais externa e principal barreira de defesa;
 Derme: intermediária e vascularizada;
 Hipoderme / tecido subcutâneo: é a mais profunda,
constituída de tecido gorduroso.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Torres HF. Noções de anátomo-fisiologia da pele. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABqeEAC/02-anatomo-fisiologia-pele
Interrupção da continuidade de um tecido
corpóreo, em maior ou em menor extensão,
ocorrida por diversas causas
Ferreira AM, Bogamil DDD, Tormena PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomia do cuidado. Arq ciênc saúde [Internet]. 2008
LESÃO
Traumáticas
Agentes
químicos e
físicos
Doenças
de base
LP*
*Terminologia atualizada em 2016 pela
National Pressure Ulcer Advisory
Panel (NPUAP), publicou mudança na
terminologia de “Úlcera por pressão”, após
uma conferência realizada em Rosemont
(Chicago).
Saraiva IL, Carvalho R De. Úlcera por pressão no período transoperatório : ocorrência e fatores associados. 2011;19(11):207-213.
*(NPUAP). National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) announces a change in terminology from pressure ulcer to pressure injury and updates the
stages of pressure injury. 2016.
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Parte fundamental e
indispensável do processo de
tratamento
Permite tomada de
decisões correta
Condutas terapêuticas
visando uma cicatrização
eficaz e que promova
conforto ao paciente
Plano de cuidados
com estratégias de
tratamentos mais
adequados
Mandelbaum MHS, Mandelbaum SH, Santis EP. Cicatrização: Conceitos Atuais e Recursos Auxiliares – Parte I. Anais Bras Dermatol. 2003
Soares MJGO, Oliveira SHS, Morais GFC. Avaliação de Feridas pelos Enfermeiros de Instituições Hospitalares da Rede Pública. Rev Enfermagem. 2002
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
Importante fazer a avaliação da ferida, considerando os
fatores que podem influenciar de maneira positiva ou
negativa a evolução durante as fases de cicatrização
- Edemas;
- Perfusão tissular;
- Corpo Estranho;
- Tecido Necrótico;
- Ressecamento;
- Estado Nutricional;
- Doenças Crônicas;
- Tabagismo;
- Drogas e Medicamentos;
- Idade avançada;
- Mobilidade;
- Pressão contínua sobre uma
determinada área ou lesão;
- Complicações vasculares;
- Infecção...
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
LOCALIZAÇÃO
ETIOLOGIA
TECIDO
CONTEÚDO
MICROBIANO
EXSUDATO
PELE
ADJACENTE
MENSURAÇÃO
DOR
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
T = tissue (tecido)
I = infection (infecção/inflamação)
M = moisture (umidade)
E = edge (bordas)
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
Observar esses quatro princípios, pois cada um deles
influenciará no processo de cicatrização
MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004.
Baseado em trabalhos científicos, foi criado um acrônimo usando
os nomes de componentes da língua inglesa denominado TIME
T
Tissue (tecido): Diferentes tipos de tecidos
presentes na ferida;
MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004.
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
I
Infection (infecção/inflamação): Presença ou
ausência;
COLONIZAÇÃO:
Microbiota da pele, mantém um
equilíbrio com o hospedeiro, sendo
caracterizadas pela presença de
múltiplos microorganismos, que
não provocam danos na ferida nem
interrompem o processo de
cicatrização
INFECÇÃO:
Carga bacteriológica elevada,
provoca danos nos tecidos e
alterações no sistema imunitário
da ferida. Afeta o processo de
cicatrização, pode apresentar
mudança de cor do leito da ferida,
mau odor, edema, febre e
exsudado abundante e purulento
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
M
Moisture (umidade): Equilíbrio da umidade;
EXSUDATO:
Líquido inflamatório extravascular com concentração protéica
elevada e grande quantidade de restos celulares
COR, VOLUME, CONSISTÊNCIA e ODOR
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
E
Edge (bordas): Característica da borda da ferida;
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
MACERADA
FIBROSA
DESNIVELADA
TIME AÇÕES PROPOSTAS
T = Tecido não viável ou deficiente Gestão do tecido não viável
I = Inflamação ou infecção Controlar inflamação e infecção
M = Exsudato em desequilíbrio Controlar exsudato
E = Bordas da lesão, não avançam Estimulação do epitélio
Tabela 1: Evolução da técnica de avaliação TIME
Fonte: Adaptação: European Wound Management Association (EWMA). 2004.
MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004.
TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
 Mensuração da ferida:
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
Escala de avaliação de dor:
 Escala Numérica (0-10)
Oliveira, PFT et al. Avaliação da dor durante a troca de curativo de úlceras de perna. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2012 Out-Dez; 21(4): 862-9
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
Fonte: Cicatrização de feridas. http://www.misodor.com/CICATRIZACAO.html
 Técnica utilizada para favorecer a cicatrização,
promovendo um meio terapêutico ideal para cada
tipo e fase , eliminando os fatores que possam retardar
sua cura
CURATIVO
Auxiliar o organismo a promover a
cicatrização
Promove conforto e elimina os
fatores desfavoráveis que retardam a
cicatrização
Diminuir infecções cruzadas, através
de técnicas e procedimentos adequados
Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
GAZE:
• Absorve o fluído;
• Ferida exsudativa: barreira
inadequada à contaminação;
• Pode liberar fragmentos que agirá
como corpo estranho retardando
a cicatrização;
CURATIVOS CONVENCIONAIS
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
CURATIVOS CONVENCIONAIS
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS – AGE
 Composição: óleo vegetal composto por
ácido linoleico, ácido caprílico, vitamina
A, E e lecitina de soja;
 Aplicado no leito da ferida ou em gazes;
 Troca no máximo a cada 24 horas.
Ferreira AM, de Souza BM, Rigotti MA, Loureiro MR. Utilização dos ácidos graxos no tratamento de feridas: uma revisão integrativa da literatura nacional.
Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(3):752-60
Não há ensaios clínicos que comprovem sua ação
CURATIVOS OCLUSIVOS
Colagenase - Kollagenase  Ulcerase
• Composta por enzimas proteolíticas;
• Age seletivamente degradando o colágeno nativo da ferida,
promovendo o desbridamento de forma suave sob os tecidos
desvitalizados;
• Não aderente (requer curativo secundário);
• Troca: diária.
 Indicações: feridas com tecidos desvitalizados
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
 Espuma de poliuretano externa, gel hidrocolóide,
fina camada adesiva;
 Fácil aplicação, prova d’água, não requer curativo
secundário;
 Absorve exsudado e forma um gel viscoso que
permite aderência do curativo na base da ferida e
mantém o meio úmido;
 Troca: 3 a 7 dias (quantidade de exsudado).
CURATIVOS OCLUSIVOS
Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
 Indicações: feridas com pouco ou médio exsudato
CURATIVOS OCLUSIVOS
Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb
Desvantagens:
- Maceração da pele adjacente
- Trocas frequentes em feridas com grande exsudação
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb
CURATIVOS OCLUSIVOS
Hidrogéis - Saf-gel/Debrigel / Vigilon / Nu-gel / Duoderm gel
• Rede de polímeros hidrofílicos (géis ou placas);
• Amolece e remove tecidos desvitalizados através do
desbridamento autolítico;
• Não aderente (requer curativo secundário);
• Troca: 2 dias.
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
 Indicações: feridas secas ou com pouco exsudato, com
necrose, remoção de crostas e tecidos desvitalizados
CURATIVOS OCLUSIVOS
Hidrogéis - Saf-gel/Debrigel / Vigilon / Nu-gel / Duoderm gel
Desvantagens:
- Trocas frequentes
 Complexo de enzimas proteolíticas retiradas do latex
do mamão papaia (Carica papaia);
 Indicação: feridas com tecido necrótico e desvitalizado
 Desbridamento químico, bactericida e bacteriostático;
- 2% - feridas com tecido de granulação;
- 4% a 6% - necrose úmida;
- 8% a 10% - necrose de coagulação
 Troca: 12 a 24 horas
CURATIVOS OCLUSIVOS
Papaína
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Papaína
LP Trocânter E
CURATIVOS OCLUSIVOS
Alginato de cálcio - Kaltostat, Sorbsan 
• Polissacárides preparado dos sais de alginato de
cálcio (derivado de algas marinhas marrons);
• O sódio do exsudado e o cálcio das fibras fazem
uma troca formando o gel solúvel.
• Alta capacidade de absorção, induz à hemostasia;
• Indicações: feridas infectadas ou não,
exsudativas e sangrantes.
• Troca: 24 a 72 horas. Não aderente (curativo secundário)
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Alginato com cálcio - Kaltostat, Sorbsan 
 Absorve o exsudato e filtra o odor;
 A prata exerce ação bacterisostática;
 Troca: até 7 dias (de acordo com a
saturação);
 Alguns curativos não podem ser cortado para
não haver liberação do carvão ou da prata na
lesão
CURATIVOS OCLUSIVOS
Carvão ativado - Actisorb plus (com prata)/ Carboflex (com alginato)
Indicações: Úlcera com mau odor, colonizadas e exsudativas
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Carvão ativado - Actisorb plus (com prata)/ Carboflex (com alginato)
CURATIVOS OCLUSIVOS
Hidrofibra- Aquacel
Indicações: Ferida colonizada e exsudativa
 Composta por fibras de carboxometilcelulose sódica, formando
um gel que interage com o exsudato da ferida, mantendo o meio
úmido;
 Troca: 3 a 5 dias.
Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
Hidrofibra- Aquacel
Grau de exsudato da ferida
Presença de infecção
e colonização
• Hidrogéis
• Colagenase
• Hidrocoloide
Moderado
• Hidrogéis
• Alginato de
cálcio
• Hidrocoloide
• Alginato de
cálcio
• Hidrofibra
• Carvão ativado
Sim
• Carvão ativado
• Hidrofibra
Leve
ESCOLHA DO CURATIVO OCLUSIVOS
Intenso Não
Maia LCM, Monteiro MLG. Prevenção e tratamento de úlceras de pressão. In: Silva RCL, Figueiredo NMA, Meireles IB. Feridas fundamentos e atualizações em
enfermagem. 1ª ed. São Caetano do Sul SP: Yendis; 2007. p.365-79.
ENFERMEIRO
 Estar em constante processo de atualização, apropriar-se
de conhecimentos relacionados à assistência;
 Motivar na busca da melhoria da qualidade;
 Limpeza, desbridamento e curativos são importantes
para preparo do leito da ferida;
 A escolha do curativo depende de vários fatores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O melhor
curativo é o
feito com amor
Obrigada!
Hidrocolóide
B
C
E
Hidrofibra
Carvão
Ativado
(com prata)
Alginato
de cálcio
Papaína
A D
Obs. exsudativa Obs. Pouco exsudativa
Obs. Mau odor / exsudativa
F
Hidrogel
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Tratamentos para cicatrização de feridas ao longo da história

  • 2. O tratamento de feridas sempre variou com o objetivo de melhores resultados cicatriciais em menor tempo possível;  Pré-história - extratos de plantas, água, neve, gelo, frutas e lama - aplicados sobre as feridas;  Mesopotâmia - feridas lavadas com água ou leite, curativos com mel ou resina. Lã de carneiro, folhas e cascas de árvores para cobertura;  Egípcios - feridas fechadas cicatrizava mais rápido e passaram a usar tiras de pano para unir as margens da lesão. Blanes, L. Tratamento de feridas. Baptista-Silva JCC, editora Cirurgia vascular: guia ilustrado. São Paulo: 2004. URL: http://www.bapbaptista.com
  • 3. Pele:  Maior órgão - recobre toda a superfície do corpo;  Aprox. 5% do seu peso total;  Envoltório de proteção ao meio externo controlando a perda de fluidos corporais;  Atua como uma capa protetora e uma barreira impermeável a muitas substâncias. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 4. Pele:  Dividida em camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme , firmemente unidas entre si;  Epiderme: é a mais externa e principal barreira de defesa;  Derme: intermediária e vascularizada;  Hipoderme / tecido subcutâneo: é a mais profunda, constituída de tecido gorduroso. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 5. Torres HF. Noções de anátomo-fisiologia da pele. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABqeEAC/02-anatomo-fisiologia-pele
  • 6. Interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão, ocorrida por diversas causas Ferreira AM, Bogamil DDD, Tormena PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomia do cuidado. Arq ciênc saúde [Internet]. 2008
  • 7. LESÃO Traumáticas Agentes químicos e físicos Doenças de base LP* *Terminologia atualizada em 2016 pela National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), publicou mudança na terminologia de “Úlcera por pressão”, após uma conferência realizada em Rosemont (Chicago). Saraiva IL, Carvalho R De. Úlcera por pressão no período transoperatório : ocorrência e fatores associados. 2011;19(11):207-213. *(NPUAP). National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) announces a change in terminology from pressure ulcer to pressure injury and updates the stages of pressure injury. 2016.
  • 8.
  • 9. AVALIAÇÃO DE FERIDAS Parte fundamental e indispensável do processo de tratamento Permite tomada de decisões correta Condutas terapêuticas visando uma cicatrização eficaz e que promova conforto ao paciente Plano de cuidados com estratégias de tratamentos mais adequados Mandelbaum MHS, Mandelbaum SH, Santis EP. Cicatrização: Conceitos Atuais e Recursos Auxiliares – Parte I. Anais Bras Dermatol. 2003 Soares MJGO, Oliveira SHS, Morais GFC. Avaliação de Feridas pelos Enfermeiros de Instituições Hospitalares da Rede Pública. Rev Enfermagem. 2002 Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 10. Importante fazer a avaliação da ferida, considerando os fatores que podem influenciar de maneira positiva ou negativa a evolução durante as fases de cicatrização - Edemas; - Perfusão tissular; - Corpo Estranho; - Tecido Necrótico; - Ressecamento; - Estado Nutricional; - Doenças Crônicas; - Tabagismo; - Drogas e Medicamentos; - Idade avançada; - Mobilidade; - Pressão contínua sobre uma determinada área ou lesão; - Complicações vasculares; - Infecção... AVALIAÇÃO DE FERIDAS Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 11. AVALIAÇÃO DE FERIDAS LOCALIZAÇÃO ETIOLOGIA TECIDO CONTEÚDO MICROBIANO EXSUDATO PELE ADJACENTE MENSURAÇÃO DOR Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 12.
  • 13. T = tissue (tecido) I = infection (infecção/inflamação) M = moisture (umidade) E = edge (bordas) TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME Observar esses quatro princípios, pois cada um deles influenciará no processo de cicatrização MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004. Baseado em trabalhos científicos, foi criado um acrônimo usando os nomes de componentes da língua inglesa denominado TIME
  • 14. T Tissue (tecido): Diferentes tipos de tecidos presentes na ferida; MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
  • 15. I Infection (infecção/inflamação): Presença ou ausência; COLONIZAÇÃO: Microbiota da pele, mantém um equilíbrio com o hospedeiro, sendo caracterizadas pela presença de múltiplos microorganismos, que não provocam danos na ferida nem interrompem o processo de cicatrização INFECÇÃO: Carga bacteriológica elevada, provoca danos nos tecidos e alterações no sistema imunitário da ferida. Afeta o processo de cicatrização, pode apresentar mudança de cor do leito da ferida, mau odor, edema, febre e exsudado abundante e purulento TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
  • 16. M Moisture (umidade): Equilíbrio da umidade; EXSUDATO: Líquido inflamatório extravascular com concentração protéica elevada e grande quantidade de restos celulares COR, VOLUME, CONSISTÊNCIA e ODOR TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
  • 17. E Edge (bordas): Característica da borda da ferida; TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME MACERADA FIBROSA DESNIVELADA
  • 18. TIME AÇÕES PROPOSTAS T = Tecido não viável ou deficiente Gestão do tecido não viável I = Inflamação ou infecção Controlar inflamação e infecção M = Exsudato em desequilíbrio Controlar exsudato E = Bordas da lesão, não avançam Estimulação do epitélio Tabela 1: Evolução da técnica de avaliação TIME Fonte: Adaptação: European Wound Management Association (EWMA). 2004. MOFFATT, C.J. Wound bed preparation in practice. European Wound Management Association (EWMA). 2004. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO: TIME
  • 19.  Mensuração da ferida: AVALIAÇÃO DE FERIDAS Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 20. Escala de avaliação de dor:  Escala Numérica (0-10) Oliveira, PFT et al. Avaliação da dor durante a troca de curativo de úlceras de perna. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2012 Out-Dez; 21(4): 862-9 AVALIAÇÃO DE FERIDAS Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 21.
  • 22. Fonte: Cicatrização de feridas. http://www.misodor.com/CICATRIZACAO.html
  • 23.  Técnica utilizada para favorecer a cicatrização, promovendo um meio terapêutico ideal para cada tipo e fase , eliminando os fatores que possam retardar sua cura CURATIVO Auxiliar o organismo a promover a cicatrização Promove conforto e elimina os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização Diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos adequados Nascimento AR, Namba M. Aspecto da ferida: avaliação de enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2009
  • 24. GAZE: • Absorve o fluído; • Ferida exsudativa: barreira inadequada à contaminação; • Pode liberar fragmentos que agirá como corpo estranho retardando a cicatrização; CURATIVOS CONVENCIONAIS Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 25. CURATIVOS CONVENCIONAIS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS – AGE  Composição: óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido caprílico, vitamina A, E e lecitina de soja;  Aplicado no leito da ferida ou em gazes;  Troca no máximo a cada 24 horas. Ferreira AM, de Souza BM, Rigotti MA, Loureiro MR. Utilização dos ácidos graxos no tratamento de feridas: uma revisão integrativa da literatura nacional. Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(3):752-60 Não há ensaios clínicos que comprovem sua ação
  • 26. CURATIVOS OCLUSIVOS Colagenase - Kollagenase  Ulcerase • Composta por enzimas proteolíticas; • Age seletivamente degradando o colágeno nativo da ferida, promovendo o desbridamento de forma suave sob os tecidos desvitalizados; • Não aderente (requer curativo secundário); • Troca: diária.  Indicações: feridas com tecidos desvitalizados Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 27.  Espuma de poliuretano externa, gel hidrocolóide, fina camada adesiva;  Fácil aplicação, prova d’água, não requer curativo secundário;  Absorve exsudado e forma um gel viscoso que permite aderência do curativo na base da ferida e mantém o meio úmido;  Troca: 3 a 7 dias (quantidade de exsudado). CURATIVOS OCLUSIVOS Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 28.  Indicações: feridas com pouco ou médio exsudato CURATIVOS OCLUSIVOS Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb Desvantagens: - Maceração da pele adjacente - Trocas frequentes em feridas com grande exsudação Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 29. Hidrocoloides - Nuderm  Duoderm Comfeel Tegasorb
  • 30. CURATIVOS OCLUSIVOS Hidrogéis - Saf-gel/Debrigel / Vigilon / Nu-gel / Duoderm gel • Rede de polímeros hidrofílicos (géis ou placas); • Amolece e remove tecidos desvitalizados através do desbridamento autolítico; • Não aderente (requer curativo secundário); • Troca: 2 dias. Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 31.  Indicações: feridas secas ou com pouco exsudato, com necrose, remoção de crostas e tecidos desvitalizados CURATIVOS OCLUSIVOS Hidrogéis - Saf-gel/Debrigel / Vigilon / Nu-gel / Duoderm gel Desvantagens: - Trocas frequentes
  • 32.  Complexo de enzimas proteolíticas retiradas do latex do mamão papaia (Carica papaia);  Indicação: feridas com tecido necrótico e desvitalizado  Desbridamento químico, bactericida e bacteriostático; - 2% - feridas com tecido de granulação; - 4% a 6% - necrose úmida; - 8% a 10% - necrose de coagulação  Troca: 12 a 24 horas CURATIVOS OCLUSIVOS Papaína Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 34. CURATIVOS OCLUSIVOS Alginato de cálcio - Kaltostat, Sorbsan  • Polissacárides preparado dos sais de alginato de cálcio (derivado de algas marinhas marrons); • O sódio do exsudado e o cálcio das fibras fazem uma troca formando o gel solúvel. • Alta capacidade de absorção, induz à hemostasia; • Indicações: feridas infectadas ou não, exsudativas e sangrantes. • Troca: 24 a 72 horas. Não aderente (curativo secundário) Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 35. Alginato com cálcio - Kaltostat, Sorbsan 
  • 36.  Absorve o exsudato e filtra o odor;  A prata exerce ação bacterisostática;  Troca: até 7 dias (de acordo com a saturação);  Alguns curativos não podem ser cortado para não haver liberação do carvão ou da prata na lesão CURATIVOS OCLUSIVOS Carvão ativado - Actisorb plus (com prata)/ Carboflex (com alginato) Indicações: Úlcera com mau odor, colonizadas e exsudativas Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 37. Carvão ativado - Actisorb plus (com prata)/ Carboflex (com alginato)
  • 38. CURATIVOS OCLUSIVOS Hidrofibra- Aquacel Indicações: Ferida colonizada e exsudativa  Composta por fibras de carboxometilcelulose sódica, formando um gel que interage com o exsudato da ferida, mantendo o meio úmido;  Troca: 3 a 5 dias. Santos, JB et al. Avaliação e tratamento de feridas: orientações aos profissionais da saúde. HC Porto Alegre – RS
  • 40. Grau de exsudato da ferida Presença de infecção e colonização • Hidrogéis • Colagenase • Hidrocoloide Moderado • Hidrogéis • Alginato de cálcio • Hidrocoloide • Alginato de cálcio • Hidrofibra • Carvão ativado Sim • Carvão ativado • Hidrofibra Leve ESCOLHA DO CURATIVO OCLUSIVOS Intenso Não
  • 41. Maia LCM, Monteiro MLG. Prevenção e tratamento de úlceras de pressão. In: Silva RCL, Figueiredo NMA, Meireles IB. Feridas fundamentos e atualizações em enfermagem. 1ª ed. São Caetano do Sul SP: Yendis; 2007. p.365-79. ENFERMEIRO  Estar em constante processo de atualização, apropriar-se de conhecimentos relacionados à assistência;  Motivar na busca da melhoria da qualidade;  Limpeza, desbridamento e curativos são importantes para preparo do leito da ferida;  A escolha do curativo depende de vários fatores. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 42. O melhor curativo é o feito com amor Obrigada!
  • 43.
  • 44. Hidrocolóide B C E Hidrofibra Carvão Ativado (com prata) Alginato de cálcio Papaína A D Obs. exsudativa Obs. Pouco exsudativa Obs. Mau odor / exsudativa F Hidrogel Obs. Pouco exsudativa