O documento discute Descartes e o racionalismo. Ele aborda questões sobre a fonte do conhecimento, como podemos ter certeza do que conhecemos e não é um sonho, e apresenta Descartes como alguém que desenvolveu um método para o conhecimento científico moderno baseado na dúvida, razão e busca pela certeza.
René Descartes desenvolveu um método de dúvida radical para questionar todas as crenças e estabelecer novas certezas. Através da dúvida, ele chegou à conclusão de que só pode duvidar pensando, levando-o a afirmar "Penso, logo existo". Descartes também provou a existência de Deus e distinguiu a mente do corpo. Seu método racionalista buscava estabelecer um novo fundamento para o conhecimento.
O documento discute conceitos relacionados à crença em Deus, como teísmo, deísmo e panteísmo. Apresenta também argumentos a favor da existência de Deus, como o Argumento do Sentido da Vida, e objeções a esses argumentos.
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Sujeito e Objeto do Conheciment...Turma Olímpica
René Descartes utilizou a dúvida metódica para questionar todas as crenças e descobrir uma verdade indubitável. Ele concluiu que "penso, logo existo" é a primeira certeza, e que a existência de Deus como ser perfeito é provada pela ideia que temos dele. Isso estabeleceu o dualismo cartesiano entre mente e corpo.
Descartes duvidou de tudo após ter sonhos estranhos, questionando até a própria existência. Usando a dúvida como método, ele descobriu que ao duvidar está pensando, concluindo que "penso, logo existo". Ele também deduziu a existência de Deus como garantia de que o conhecimento construído pela razão é verdadeiro e que o mundo material existe.
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
SUPORTE ESCRITO DISPONIVEL NO LINK http://www.slideshare.net/JooBastos4/trabalho-teoria-do-conhecimento-22655989
A teoria do conhecimento procura através de múltiplas teorias, solucionar as seguintes problemáticas:
1 | Natureza do conhecimento - o conhecimento será uma representação subjetiva criada pelo ser pensante? (Idealismo) ou uma imagem objetiva criada pelo sujeito que corresponde à realidade (Realismo).
2 | Possibilidade do conhecimento: É possível adquirir um conhecimento verdadeiro, objetivo e absoluto da realidade em geral (Dogmatismo) ou apenas um conhecimento ou realidade aproximada? Será que podemos conhecer umas coisas e outras não ou o conhecimento é impossível (Ceticismo)?
3 | Origem do conhecimento - será que o conhecimento têm origem na razão (Racionalismo) ou na experiência (Empirismo).
Esta última problemática, a da origem do conhecimento será aquela que iremos explicar mais exaustivamente, com o o Racionalismo em foco.
O documento resume os principais pontos do racionalismo de Descartes. Começa explicando o que é o racionalismo e como Descartes desenvolveu seu método para alcançar certezas através da dúvida, chegando à primeira certeza "penso, logo existo". Em seguida, mostra como Descartes usa argumentos racionais para provar a existência de Deus e como isso garante a validade do conhecimento humano. Por fim, explica as três substâncias descritas por Descartes: res cogitans, res divina e res extensa.
1) O documento descreve o pensamento filosófico de René Descartes, fundador da filosofia moderna, e seu método para alcançar certeza no conhecimento através da dúvida metódica.
2) Descartes argumenta que a única coisa que não pode ser colocada em dúvida é o pensamento ("Eu penso, logo existo"), estabelecendo isso como fundamento para o conhecimento.
3) Ele tenta provar a existência de Deus a partir do cogito, embora essa demonstração seja criticada por envolver um
René Descartes desenvolveu um método de dúvida radical para questionar todas as crenças e estabelecer novas certezas. Através da dúvida, ele chegou à conclusão de que só pode duvidar pensando, levando-o a afirmar "Penso, logo existo". Descartes também provou a existência de Deus e distinguiu a mente do corpo. Seu método racionalista buscava estabelecer um novo fundamento para o conhecimento.
O documento discute conceitos relacionados à crença em Deus, como teísmo, deísmo e panteísmo. Apresenta também argumentos a favor da existência de Deus, como o Argumento do Sentido da Vida, e objeções a esses argumentos.
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Sujeito e Objeto do Conheciment...Turma Olímpica
René Descartes utilizou a dúvida metódica para questionar todas as crenças e descobrir uma verdade indubitável. Ele concluiu que "penso, logo existo" é a primeira certeza, e que a existência de Deus como ser perfeito é provada pela ideia que temos dele. Isso estabeleceu o dualismo cartesiano entre mente e corpo.
Descartes duvidou de tudo após ter sonhos estranhos, questionando até a própria existência. Usando a dúvida como método, ele descobriu que ao duvidar está pensando, concluindo que "penso, logo existo". Ele também deduziu a existência de Deus como garantia de que o conhecimento construído pela razão é verdadeiro e que o mundo material existe.
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
SUPORTE ESCRITO DISPONIVEL NO LINK http://www.slideshare.net/JooBastos4/trabalho-teoria-do-conhecimento-22655989
A teoria do conhecimento procura através de múltiplas teorias, solucionar as seguintes problemáticas:
1 | Natureza do conhecimento - o conhecimento será uma representação subjetiva criada pelo ser pensante? (Idealismo) ou uma imagem objetiva criada pelo sujeito que corresponde à realidade (Realismo).
2 | Possibilidade do conhecimento: É possível adquirir um conhecimento verdadeiro, objetivo e absoluto da realidade em geral (Dogmatismo) ou apenas um conhecimento ou realidade aproximada? Será que podemos conhecer umas coisas e outras não ou o conhecimento é impossível (Ceticismo)?
3 | Origem do conhecimento - será que o conhecimento têm origem na razão (Racionalismo) ou na experiência (Empirismo).
Esta última problemática, a da origem do conhecimento será aquela que iremos explicar mais exaustivamente, com o o Racionalismo em foco.
O documento resume os principais pontos do racionalismo de Descartes. Começa explicando o que é o racionalismo e como Descartes desenvolveu seu método para alcançar certezas através da dúvida, chegando à primeira certeza "penso, logo existo". Em seguida, mostra como Descartes usa argumentos racionais para provar a existência de Deus e como isso garante a validade do conhecimento humano. Por fim, explica as três substâncias descritas por Descartes: res cogitans, res divina e res extensa.
1) O documento descreve o pensamento filosófico de René Descartes, fundador da filosofia moderna, e seu método para alcançar certeza no conhecimento através da dúvida metódica.
2) Descartes argumenta que a única coisa que não pode ser colocada em dúvida é o pensamento ("Eu penso, logo existo"), estabelecendo isso como fundamento para o conhecimento.
3) Ele tenta provar a existência de Deus a partir do cogito, embora essa demonstração seja criticada por envolver um
1) O documento descreve a vida e obra do filósofo René Descartes, incluindo a publicação de seus Princípios da Filosofia em 1644.
2) Descartes usa a dúvida metódica para questionar todos os conhecimentos adquiridos, chegando à certeza do "cogito ergo sum" como primeira evidência.
3) Ele então prova a existência de Deus através de três argumentos, garantindo o valor de verdade das ideias inatas do Eu, Deus e Mundo.
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesJorge Barbosa
René Descartes utilizou a dúvida metódica para encontrar certezas indubitáveis. Ele duvidou de tudo, exceto de seu próprio pensamento - "Eu penso, logo existo" foi sua primeira certeza. A partir daí, Descartes deduziu a existência de Deus e do mundo material, estabelecendo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (corpo).
O documento discute os conceitos de racionalismo, método cartesiano e dúvida metódica de Descartes. Resume que Descartes usou a dúvida radical para questionar todas as crenças e chegar a uma certeza - o "penso, logo existo" - estabelecendo assim as bases do conhecimento a partir da razão.
O documento discute os conceitos fundamentais da lógica, incluindo termos, proposições e argumentos. Aristóteles é citado como um filósofo importante que estabeleceu que o pensamento pode ser expresso logicamente através da linguagem. Exemplos demonstram como proposições são combinadas em argumentos válidos ou inválidos, ilustrando conceitos como implicação, paradoxo e falácias.
O documento discute o que é conhecimento, abordando: 1) a distinção entre ato de conhecer e produto do conhecimento; 2) as formas de conhecimento como intuição e conhecimento discursivo; 3) a noção de verdade e os critérios para determiná-la.
Descartes procurava uma certeza filosófica que não pudesse ser contestada pelo ceticismo. Através do método do questionamento de todas as verdades aparentes, ele chegou à conclusão de que mesmo que nossos sentidos nos enganem, não podemos duvidar de que pensamos, e portanto existimos, resumida na frase "Penso, logo existo".
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo francês conhecido por seu método de dúvida e pela frase "Penso, logo existo". Ele propôs um método filosófico baseado na dúvida, razão e evidência para alcançar a verdade, incluindo quatro regras como analisar problemas em partes e partir do mais simples ao complexo.
1. Realidade versus aparência. O documento discute se o que experimentamos é realidade ou ilusão.
2. Cérebro e mente. Aborda-se a relação entre o cérebro físico e a mente, e as perspectivas monista e dualista.
3. Elementos constitutivos do conhecimento. Explora-se o objeto do conhecimento, o sujeito que conhece e a relação entre ambos.
O documento discute a estrutura do ato de conhecer, definindo-o como um processo intelectual no qual um sujeito apreende um objeto distinto de si. O ato envolve um sujeito que conhece e um objeto conhecido, e pode resultar em representações, conceitos ou juízos que variam entre pessoas. O conhecimento refere-se tanto ao processo de apreensão quanto aos resultados desse processo.
Teoria Explicativa do Conhecimento - R. DescartesJorge Barbosa
René Descartes utilizou a dúvida metódica para questionar todo o conhecimento adquirido através dos sentidos e experiência, visando encontrar uma verdade indubitável. Através da dúvida hiperbólica, ele concluiu que a única certeza é a existência do próprio pensamento no ato de duvidar ("penso, logo existo"). Deste ponto, Descartes deduziu a existência de Deus e do mundo material, estabelecendo o dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (corpo).
1) O texto discute a filosofia de David Hume e sua análise das capacidades do entendimento humano.
2) Hume argumenta que todo o conhecimento humano se baseia na experiência sensível através de impressões e ideias.
3) Ele propõe uma distinção entre conhecimento a priori de relações de ideias e conhecimento a posteriori de questões de fato, ambos baseados na experiência.
Platão (428-348 a.C.) foi um filósofo grego influenciado por Sócrates. Ele fundou a Academia em Atenas e desenvolveu teorias sobre o mundo das Ideias, a alma e a sociedade ideal governada por filósofos.
O documento discute a diferença entre juízos de fato e juízos de valor. Juízos de fato são descritivos e objetivos, informando sobre a realidade de maneira factual. Juízos de valor são normativos e envolvem uma avaliação ou julgamento sobre como as coisas deveriam ser, não apenas como são. Enquanto juízos de fato podem ser verdadeiros ou falsos, juízos de valor dependem mais de valores e normas subjacentes.
Rene Descartes empreendeu um exercício filosófico chamado de dúvida metódica no qual duvidou de tudo o que pensava ser verdadeiro de forma ordenada e lógica. Ele tentou duvidar até da própria existência e questionou a confiabilidade dos sentidos e da razão, levando-o a uma dúvida generalizada. No entanto, ao duvidar de tudo, Descartes descobriu que não podia duvidar de que duvidava, chegando assim à primeira certeza.
O documento discute duas correntes importantes da teoria do conhecimento: o racionalismo e o empirismo. O racionalismo defende que a razão tem um papel preponderante na aquisição de conhecimento, enquanto o empirismo sustenta que todo o conhecimento deriva da experiência. O documento também explica a diferença entre conhecimento a priori e a posteriori.
Platão desenvolveu a teoria das ideias, segundo a qual as ideias existem objetivamente e são a essência de todas as coisas. Sua filosofia passou por diferentes fases, inicialmente influenciada por Sócrates e depois apresentando suas próprias ideias em obras como A República. Ele também fundou a Academia, a primeira escola de filosofia.
O documento discute teorias sobre a compatibilidade entre livre-arbítrio e determinismo. Apresenta quatro teorias: determinismo radical, incompatibilismo, determinismo moderado (compatibilismo) e libertarismo. Resume a proposta de John Searle de que a liberdade da vontade é um fato da experiência humana, embora não possa ser explicada cientificamente.
Heráclito foi um filósofo pré-socrático, que viveu em Éfeso (atual Turquia) por volta do século VI a.C.
Acreditava que os seres e as coisas do mundo estão em permanente transformação, tudo flui, nada persiste e nem permanece o mesmo.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
ex-isto
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom
- A alegoria da caverna de Platão caracteriza a condição humana de viver na ignorância e ilusão, presos aos nossos preconceitos.
- A filosofia nos ajuda a libertar desta condição através do esforço de questionar nossas crenças e alcançar o conhecimento da verdade.
- Isso torna as pessoas mais autônomas e capazes de participar da vida pública de forma informada.
Este documento compara as éticas de Kant e Stuart Mill, discutindo dois casos concretos e os pressupostos teóricos de cada filósofo. A ética de Kant defende que uma ação só tem valor moral intrínseco, enquanto a ética de Mill defende que devemos agir de modo a maximizar a felicidade geral.
1) Descartes questiona a confiabilidade dos sentidos, já que eles podem enganar, levando-o a duvidar de tudo o que percebe através deles.
2) No entanto, Descartes percebe que mesmo duvidando de tudo, ele precisa existir para poder duvidar, levando-o a concluir que "penso, logo existo", que será seu primeiro princípio.
3) A partir daí, Descartes deduz a existência de Deus como garantia da verdade, e estabelece a razão, não os sentidos, como fonte de todo conhec
Descartes procura construir um sistema de conhecimento seguro com base em princípios indubitáveis. Ele utiliza a dúvida metódica para distinguir o verdadeiro do falso, chegando à conclusão de que a única certeza é a existência do sujeito pensante (Cógito). A partir daí, argumenta pela existência de Deus como ser perfeito, garantindo a objetividade do conhecimento.
1) O documento descreve a vida e obra do filósofo René Descartes, incluindo a publicação de seus Princípios da Filosofia em 1644.
2) Descartes usa a dúvida metódica para questionar todos os conhecimentos adquiridos, chegando à certeza do "cogito ergo sum" como primeira evidência.
3) Ele então prova a existência de Deus através de três argumentos, garantindo o valor de verdade das ideias inatas do Eu, Deus e Mundo.
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesJorge Barbosa
René Descartes utilizou a dúvida metódica para encontrar certezas indubitáveis. Ele duvidou de tudo, exceto de seu próprio pensamento - "Eu penso, logo existo" foi sua primeira certeza. A partir daí, Descartes deduziu a existência de Deus e do mundo material, estabelecendo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (corpo).
O documento discute os conceitos de racionalismo, método cartesiano e dúvida metódica de Descartes. Resume que Descartes usou a dúvida radical para questionar todas as crenças e chegar a uma certeza - o "penso, logo existo" - estabelecendo assim as bases do conhecimento a partir da razão.
O documento discute os conceitos fundamentais da lógica, incluindo termos, proposições e argumentos. Aristóteles é citado como um filósofo importante que estabeleceu que o pensamento pode ser expresso logicamente através da linguagem. Exemplos demonstram como proposições são combinadas em argumentos válidos ou inválidos, ilustrando conceitos como implicação, paradoxo e falácias.
O documento discute o que é conhecimento, abordando: 1) a distinção entre ato de conhecer e produto do conhecimento; 2) as formas de conhecimento como intuição e conhecimento discursivo; 3) a noção de verdade e os critérios para determiná-la.
Descartes procurava uma certeza filosófica que não pudesse ser contestada pelo ceticismo. Através do método do questionamento de todas as verdades aparentes, ele chegou à conclusão de que mesmo que nossos sentidos nos enganem, não podemos duvidar de que pensamos, e portanto existimos, resumida na frase "Penso, logo existo".
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo francês conhecido por seu método de dúvida e pela frase "Penso, logo existo". Ele propôs um método filosófico baseado na dúvida, razão e evidência para alcançar a verdade, incluindo quatro regras como analisar problemas em partes e partir do mais simples ao complexo.
1. Realidade versus aparência. O documento discute se o que experimentamos é realidade ou ilusão.
2. Cérebro e mente. Aborda-se a relação entre o cérebro físico e a mente, e as perspectivas monista e dualista.
3. Elementos constitutivos do conhecimento. Explora-se o objeto do conhecimento, o sujeito que conhece e a relação entre ambos.
O documento discute a estrutura do ato de conhecer, definindo-o como um processo intelectual no qual um sujeito apreende um objeto distinto de si. O ato envolve um sujeito que conhece e um objeto conhecido, e pode resultar em representações, conceitos ou juízos que variam entre pessoas. O conhecimento refere-se tanto ao processo de apreensão quanto aos resultados desse processo.
Teoria Explicativa do Conhecimento - R. DescartesJorge Barbosa
René Descartes utilizou a dúvida metódica para questionar todo o conhecimento adquirido através dos sentidos e experiência, visando encontrar uma verdade indubitável. Através da dúvida hiperbólica, ele concluiu que a única certeza é a existência do próprio pensamento no ato de duvidar ("penso, logo existo"). Deste ponto, Descartes deduziu a existência de Deus e do mundo material, estabelecendo o dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (corpo).
1) O texto discute a filosofia de David Hume e sua análise das capacidades do entendimento humano.
2) Hume argumenta que todo o conhecimento humano se baseia na experiência sensível através de impressões e ideias.
3) Ele propõe uma distinção entre conhecimento a priori de relações de ideias e conhecimento a posteriori de questões de fato, ambos baseados na experiência.
Platão (428-348 a.C.) foi um filósofo grego influenciado por Sócrates. Ele fundou a Academia em Atenas e desenvolveu teorias sobre o mundo das Ideias, a alma e a sociedade ideal governada por filósofos.
O documento discute a diferença entre juízos de fato e juízos de valor. Juízos de fato são descritivos e objetivos, informando sobre a realidade de maneira factual. Juízos de valor são normativos e envolvem uma avaliação ou julgamento sobre como as coisas deveriam ser, não apenas como são. Enquanto juízos de fato podem ser verdadeiros ou falsos, juízos de valor dependem mais de valores e normas subjacentes.
Rene Descartes empreendeu um exercício filosófico chamado de dúvida metódica no qual duvidou de tudo o que pensava ser verdadeiro de forma ordenada e lógica. Ele tentou duvidar até da própria existência e questionou a confiabilidade dos sentidos e da razão, levando-o a uma dúvida generalizada. No entanto, ao duvidar de tudo, Descartes descobriu que não podia duvidar de que duvidava, chegando assim à primeira certeza.
O documento discute duas correntes importantes da teoria do conhecimento: o racionalismo e o empirismo. O racionalismo defende que a razão tem um papel preponderante na aquisição de conhecimento, enquanto o empirismo sustenta que todo o conhecimento deriva da experiência. O documento também explica a diferença entre conhecimento a priori e a posteriori.
Platão desenvolveu a teoria das ideias, segundo a qual as ideias existem objetivamente e são a essência de todas as coisas. Sua filosofia passou por diferentes fases, inicialmente influenciada por Sócrates e depois apresentando suas próprias ideias em obras como A República. Ele também fundou a Academia, a primeira escola de filosofia.
O documento discute teorias sobre a compatibilidade entre livre-arbítrio e determinismo. Apresenta quatro teorias: determinismo radical, incompatibilismo, determinismo moderado (compatibilismo) e libertarismo. Resume a proposta de John Searle de que a liberdade da vontade é um fato da experiência humana, embora não possa ser explicada cientificamente.
Heráclito foi um filósofo pré-socrático, que viveu em Éfeso (atual Turquia) por volta do século VI a.C.
Acreditava que os seres e as coisas do mundo estão em permanente transformação, tudo flui, nada persiste e nem permanece o mesmo.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
ex-isto
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom
- A alegoria da caverna de Platão caracteriza a condição humana de viver na ignorância e ilusão, presos aos nossos preconceitos.
- A filosofia nos ajuda a libertar desta condição através do esforço de questionar nossas crenças e alcançar o conhecimento da verdade.
- Isso torna as pessoas mais autônomas e capazes de participar da vida pública de forma informada.
Este documento compara as éticas de Kant e Stuart Mill, discutindo dois casos concretos e os pressupostos teóricos de cada filósofo. A ética de Kant defende que uma ação só tem valor moral intrínseco, enquanto a ética de Mill defende que devemos agir de modo a maximizar a felicidade geral.
1) Descartes questiona a confiabilidade dos sentidos, já que eles podem enganar, levando-o a duvidar de tudo o que percebe através deles.
2) No entanto, Descartes percebe que mesmo duvidando de tudo, ele precisa existir para poder duvidar, levando-o a concluir que "penso, logo existo", que será seu primeiro princípio.
3) A partir daí, Descartes deduz a existência de Deus como garantia da verdade, e estabelece a razão, não os sentidos, como fonte de todo conhec
Descartes procura construir um sistema de conhecimento seguro com base em princípios indubitáveis. Ele utiliza a dúvida metódica para distinguir o verdadeiro do falso, chegando à conclusão de que a única certeza é a existência do sujeito pensante (Cógito). A partir daí, argumenta pela existência de Deus como ser perfeito, garantindo a objetividade do conhecimento.
O documento discute a importância do estudo das Ciências Humanas no Ensino Médio. Ele ressalta que as Ciências Humanas estudam a diversidade cultural e como as sociedades humanas se desenvolvem ao longo do tempo. Ao aprender sobre essas disciplinas, os estudantes poderão compreender melhor como a intervenção humana transforma a sociedade e pode gerar problemas. O texto também enfatiza a relevância de valores como solidariedade, respeito e democracia para a preservação do planeta.
René Descartes desenvolveu o racionalismo, defendendo que a razão é a única fonte válida de conhecimento. Ele submeteu todo o saber de sua época a uma "dúvida hiperbólica", encontrando como verdade indubitável "penso, logo existo". Isto permitiu-lhe provar a existência de Deus e fundamentar metafisicamente o conhecimento.
O documento descreve os princípios filosóficos do racionalismo de René Descartes. Descartes procura estabelecer bases sólidas para o conhecimento, submetendo todas as crenças à dúvida métodica. Isso leva-o a descobrir que a única certeza é a sua própria existência como ser pensante no famoso "penso, logo existo". A partir daí, Descartes prova a existência de Deus e usa a veracidade divina para justificar a existência do mundo material.
O documento resume os principais pontos do racionalismo de Descartes. Descartes procura construir um sistema de conhecimento com bases indubitáveis, submetendo todo o saber tradicional à dúvida. Através da dúvida hiperbólica, ele descobre que a única certeza é a afirmação "penso, logo existo". Desta verdade, Descartes prova a existência de Deus como garantia da validade do conhecimento.
Este documento resume o processo metodológico de René Descartes para chegar ao cogito através da dúvida metódica. Ele primeiro coloca em dúvida o conhecimento proveniente dos sentidos e sonhos, então estende a dúvida às essências matemáticas através da suposição de um deus enganador ou gênio maligno, esgotando todas as possibilidades de certeza exceto o pensamento.
Este documento descreve as principais ideias de Descartes que contribuíram para a filosofia moderna, incluindo: (1) Descartes questionou os conhecimentos filosóficos existentes e buscou estabelecer uma filosofia certa e duradoura; (2) Ele duvidou de tudo, incluindo os sentidos e a razão, para encontrar uma certeza indubitável, chegando à conclusão "penso, logo existo". (3) Descartes fundou a epistemologia como tema central da filosofia moderna, buscando estabelecer
Descartes - Contributo para a ModernidadeJorge Barbosa
Este documento descreve as principais ideias de Descartes que contribuíram para a filosofia moderna, incluindo: (1) Descartes questionou os conhecimentos filosóficos existentes e buscou estabelecer uma filosofia certa e duradoura; (2) Ele duvidou de tudo, incluindo os sentidos e a razão, para encontrar uma certeza inquestionável; (3) A certeza que encontrou foi o "penso, logo existo", estabelecendo a consciência como fundamento do conhecimento.
O documento descreve como Descartes supera o ceticismo através da dúvida metódica. Descartes utiliza uma dúvida cética exagerada para colocar em dúvida todas as crenças, exceto a certeza de que pensa, o "cogito ergo sum". Ele então argumenta que a existência de Deus garante a verdade das verdades matemáticas e do mundo físico.
1. O documento discute o pensamento do filósofo René Descartes e seu sistema filosófico conhecido como racionalismo.
2. Descartes propôs o princípio da dúvida, questionando o que pode ser considerado verdadeiro além da certeza de que penso, logo existo.
3. Ele acreditava que a razão humana poderia alcançar o mesmo grau de certeza das ciências naturais ao se basear na dedução lógica ao invés dos sentidos.
1) O documento discute o filósofo René Descartes e sua teoria do racionalismo, que defendia que o conhecimento vem da razão e não dos sentidos.
2) Descartes propôs o método de dúvida radical para chegar a certezas, concluindo que "penso, logo existo" é a única certeza.
3) O documento também aborda os filósofos empiristas John Locke e David Hume, que defendiam que toda experiência vem dos sentidos, não da razão.
O documento descreve a teoria do conhecimento de René Descartes. Descartes usa o método da dúvida para encontrar certezas indubitáveis. Ele descobre que pode duvidar de tudo exceto de sua própria existência como coisa pensante, levando à frase "Penso, logo existo". Ele também prova a existência de Deus como garantia do conhecimento.
René Descartes foi um filósofo e matemático francês do século XVII que revolucionou a filosofia e a ciência com seu método de dúvida sistemática e sua afirmação "penso, logo existo". Suas obras mais importantes incluem o Discurso do Método, Meditações Metafísicas e Regras para a Direção do Espírito.
O documento discute as teorias epistemológicas de Descartes, Hume e Kant. Segundo Descartes, a razão pode conhecer a realidade independentemente da experiência através da dúvida hiperbólica. Hume defende que todo o conhecimento vem da experiência sensível. Kant propõe o racionalismo crítico, onde a razão só conhece os fenômenos e não os númenos.
1. Descartes busca a certeza epistémica através da dúvida metódica, questionando tudo o que pode ser duvidoso, incluindo os sentidos. 2. A única certeza que resta é o cogito - "penso, logo existo". 3. A partir daí, Descartes argumenta pela existência de Deus e estabelece o critério da percepção clara e distinta para alcançar o conhecimento.
[1] Descartes pretende estabelecer novos fundamentos para o conhecimento humano, baseado nos primeiros princípios e verdades deduzidas deles em cada área científica. [2] Ele duvida de tudo o que pode ser duvidado para encontrar uma verdade indubitável, chegando à conclusão de que só pode duvidar de sua própria existência. [3] Hume argumenta que todo o conhecimento deriva da experiência, e que não há justificação para acreditar em conexões necessárias entre eventos.
Cap.02 A dúvida aula de filosofia 1º ano ensino medioJocelia Sousa
Sócrates questiona o significado de "ladrão" após ouvir alguém gritar para pegar um ladrão. Isso leva o soldado a perseguir o suspeito, mas faz Sócrates refletir sobre o conceito. A atitude do soldado representa o senso comum, enquanto Sócrates adota uma postura filosófica de questionamento.
O documento apresenta um trabalho de filosofia sobre a possibilidade do conhecimento. Discute-se se o conhecimento é possível à luz do ceticismo e do pensamento de Descartes, caracterizando diferentes tipos de conhecimento como o vulgar, científico e filosófico. Ainda, abordam-se temas como idealismo, os filósofos Kant, Hegel, Marx e a reação existencialista ao pensamento idealista.
O documento discute as filosofias de Descartes e Kant. Resume que Descartes desenvolveu o método da dúvida para encontrar certezas, concluindo que pode duvidar de tudo exceto de sua própria existência. Kant acreditava que tanto os racionalistas quanto os empiristas estavam parcialmente certos e errados, defendendo que o conhecimento vem tanto da razão quanto da experiência.
Semelhante a Aula 5-descartes-e-o-racionalismo (20)
2. Algumas perguntas...
Qual é a fonte de nossos conhecimentos?
É possível confiar em quem nos engana
uma vez?
Como podemos
ter certeza de que
estamos
acordados e que
tudo o que
vivemos não é um
sonho?
3. Quem é o sujeito?
Passamos agora por
mais uma virada na
história, a chegada da
filosofia moderna.
É com o francês René
Descartes (1596 – 1650)
que veremos como isso
começa. Fonte: FRATESCHI, Yara.
“Revolução Científica,
Mecanicismo e Método do
Conhecimento”. In: Curso de
Filosofia Política. São Paulo: Atlas,
2010
4. Um velho conhecido.
Descartes é (ou será) seu
conhecido pelas suas
importantes conquistas no
campo da matemática.
De onde você acha que vem o
plano cartesiano?
O filósofo também
contribuiu com a
Física (na Óptica) e
com a Astronomia
5. É preciso método para conhecer.
Descartes, contudo, é também aquele quem define o
método de investigação das ciências modernas, ou
seja, como elas procedem para conhecer a natureza.
Como podemos ser capazes de separar os
conhecimentos seguros, corretos e verdadeiros
daqueles falsos e enganosos?
Bastaria aceitar que
o conhecimento
vem de Deus e que
temos de aceitá-lo
apenas pela fé,
como diziam alguns
filósofos
medievais?
6. A busca pela certeza.
Com ele uma nova e importante forma de
se perguntar sobre o conhecimento surge:
como é possível o conhecimento da
verdade pelo homem?
O problema central não é mais saber definir o que as
coisas são (pergunta pelo OBJETO), mas antes como
nós podemos conhecê-las (pergunta pelo SUJEITO).
Como as coisas são conhecidas?
SUJEITO OBJETO
Como conhecemos as coisas?
7. Sozinho no seu quarto...
Sem mais o que fazer, Descartes inaugura a Filosofia
do Sujeito.
... Não encontrando nenhuma conversação que me
divertisse e não tendo, além disso, por felicidade,
preocupações ou paixões que me perturbassem,
ficava todo o dia fechado sozinho num cômodo
aquecido por uma estufa onde dispunha de todo o
tempo para me entreter com meus pensamentos
Veremos como no Discurso do método para
bem conduzir a razão e procurar a verdade
nas ciências (1637) Descartes se ocupa disso.
8. Entrando no Discurso
Note que este método de Descartes terá na
matemática um modelo, pois esta é capaz de
encontrar certezas fixas e imutáveis.
Descartes é influenciado pelo desenvolvimento
científico do renascimento e do surgimento de uma
concepção mecanicista do mundo e do homem.
De acordo com o método para conhecer é preciso:
1. Clareza e distinção (não tomar como
verdadeiro o que não eu não puder provar como
tal).
2. Análise (dividir um problema em quantas parte
for possível).
3. Ordem (conduzir os pensamentos a partir do
que há de mais fácil até o mais complexo).
4. Enumeração (enumerar de modo completo
para não perder nada do que se quer conhecer).
9. Da dúvida ao cogito.
Problema de partida: encontrar um caminho seguro para as
ciências (garantir que é possível o conhecimento verdadeiro)
Arma: a dúvida radical e hiperbólica (se algum
conhecimento for duvidoso, será tomado como falso. Algo
resistirá?)
Cogito, ergo sum: a condição para se duvidar é o
pensamento. Este não pode ser colocado em dúvida. O
pensar é a primeira certeza penso, logo existo
O conhecimento parte da razão: racionalismo
Garantia dos nossos conhecimentos: Deus (ele existe e é
necessário que exista)
Podemos pensar nas ideias de infinito e perfeição, mas de
onde tais ideias vem, se não vem dos sentidos e nem de nós
mesmos, que somos imperfeitos e finitos?
Se podemos saber que Deus existe, é possível o
conhecimento de objetos metafísicos.
OBS: Sobre Deus: ver 2º exercício de vestibular
10. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
Na leitura da quarta parte do
Discurso do Método a seguir
procure identificar os passos da
argumentação de Descartes. As
seguintes perguntas podem servir
como guia de leitura. Mas só pense
nelas após uma primeira leitura do
texto.
• Qual o problema colocado por
Descartes?
• O que é necessário afastar na
busca por seu objetivo? Por que
Descartes segue a ordem que
segue?
• O que Descartes consegue
alcançar de certo e seguro?
Lembre-se, a divisão do texto pode
auxiliar sua compreensão!
11. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
QUARTA PARTE
[1] Não sei se deva falar-vos das primeiras meditações que aí realizei; pois são tão
metafísicas e tão pouco comuns, que não serão, talvez, do gosto de todo mundo. E,
todavia, a fim de que se possa julgar se os fundamentos que escolhi são bastante firmes,
vejo-me, de alguma forma, compelido a falar-vos delas. De há muito observará que,
quanto aos costumes, é necessário às vezes seguir opiniões, que sabemos serem muito
incertas, tal como se fossem indubitáveis, como já foi dito acima; mas, por desejar
ocupar-me somente com a pesquisa da verdade, pensei que era necessário agir
exatamente ao contrário, e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que
pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não restaria algo em meu
crédito, que fosse inteiramente indubitável. Assim, porque os nossos sentidos nos
enganam às vezes, quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos
fazem imaginar. E, porque há homens que se equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante
às mais simples matérias de Geometria, e cometem aí paralogismos, rejeitei como falsas,
julgando que estava sujeito a falhar como qualquer outro, todas as razões que eu tomara
até então por demonstrações. E enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos
que temos quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que
haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas
que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões
de meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que
tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E,
notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as
mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que
podia aceita-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.
12. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
[2] Depois, examinado com atenção o que eu era, e vendo que
podia supor que não tinha corpo algum e que não havia
qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que
nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário,
pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das
outras coisas, seguia-se mui evidente e mui certamente que eu
existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar,
embora tudo o mais que alguma vez imaginara fosse
verdadeiro, já não teria razão alguma de crer que eu tivesse
existido; compreendi por aí que eu era uma substância cuja
essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para
ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer
coisa material. De sorte que esse eu, isto é, a alma, pela qual
sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo e, mesmo, que
é mais fácil de conhecer do que ele, e, ainda que este nada
fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é.
13. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
[3] Depois disso, considerei em geral o que é
necessário a uma proposição para ser
verdadeira e certa; pois, como acabava de
encontrar uma que eu sabia ser exatamente
assim, pensei que devia saber também em que
consiste essa certeza. E, tendo notado que nada
há no eu penso, logo existo, que me assegure de
que digo a verdade, exceto que vejo muito
claramente que, para pensar, é preciso existir,
julguei poder tomar por regra geral que as
coisas que concebemos mui clara e mui
distintamente são todas verdadeiras, havendo
apenas alguma dificuldade em notar bem quais
são as que concebemos distintamente.
14. Exercícios de vestibular
(UEL-2004)
“Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu
ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi
recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se
nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente
fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado
do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua
figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos
tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após
essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é,
pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode
ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas
que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição,
encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.” (DESCARTES, René.
Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)
Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:
a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua
aparência.
b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos
mesmos.
c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes
excede o conhecimento sensitivo.
d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a
inexistência dos mesmos.
e) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.
15. COMENTÁRIO
Nesta passagem sobre o pedaço de será nota-se que a questão central abordada por
Descartes diz respeito aos conhecimentos que os sentidos nos fornecem dos objetos. O
filósofo aponta diversas características presentes na cera que podem ser percebidas
pelos sentidos: sua doçura (paladar), seu odor (olfato), sua forma física (tato, visão),
entre outras. No entanto, uma vez que se aproxime a cera do fogo esta será submetida a
algumas transformações, de modo que todas as características inicialmente percebidas
desaparecem: “o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se
modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se,
mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá”. O
conhecimento trazido pelos sentidos é fugaz, não permanece, pois certas qualidades
sensíveis de um corpo podem se alterar ou se esvair deste.
Descartes então se pergunta se a mesma cera permanece, ao que responde que sim,
afinal, embora derretida, ainda teremos cera. Mas afinal, o que “se conhecia deste
pedaço de cera com tanta distinção”, ou seja, se todas as coisas que percebemos com
nossos sentidos antes de queimarmos a cera agora se foram, mas ainda a reconhecemos
como cera, que é esse conhecimento que permanece? Esta é a passagem fundamental,
pois a partir desta questão Descartes irá questionar os sentidos como fonte de todo o
conhecimento. O que de fato conhecemos da cera então? Descartes diz: “não pode ser
nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que
se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se
mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece”, logo, o conhecimento dos objetos
deve depender de algo que esteja para além dos sentidos. Isso nos conduz a alternativa
C.
RESP: C
16. (UEL-2005)
“E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e
dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus,
apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato
de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo
esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha
depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não
penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e
certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento
Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que
esta idéia possa ser conhecida com evidência.
b) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de
si mesmo, enquanto um ser que pensa.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao
conhecimento de Deus.
d) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é
uma conseqüência dos limites do espírito humano.
e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser
provada.
17. COMENTÁRIO
Descartes começa o fragmento lembrando do fato de que ele é um
ser que duvida (lembre-se, a dúvida radical e metódica é o caminho
seguido por Descartes para por à prova os conhecimentos); afirma
em seguida que por duvidar é algo incompleto e dependente. Pensar
nisso lhe conduz a ideia de que haja algo contrário: se há algo
incompleto, como ele, deve haver algo que seja completo; se há algo
dependente, como ele, deve haver algo independente – este ser não
será algo que tem duvidas, tal como o filósofo. A ideia de um ser
completo e independente então encontra-se no filósofo – tal como a
ideia de que ele é um ser pensante – e por pensar nisto, na ideia de
um ser como este, completamente oposto a ele, Descartes, pode
concluir que há um Deus, que é este ser. Conclui então que Deus
pode ser conhecido, sendo um ser completo e independente,
diferente do ser humano e de quem a existência humana depende:
“concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha
depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida”. Por
fim conclui que este conhecimento de Deus é aquele que o espírito
humano pode alcançar com mais certeza e clareza
RESP: D
18. UNESP 2012 – 2ª FASE
Texto 1
Segundo Descartes, a realidade é dividida em duas vertentes claramente distintas e irredutíveis
uma à outra: a res cogitans (substância pensante) no que se refere ao mundo espiritual e a res
extensa (substância material) no que concerne ao mundo material. Não existem realidades
intermediárias. A força dessa proposição é devastadora, sobretudo em relação às concepções de
matriz animista, segundo as quais tudo era permeado de espírito e vida e com as quais eram
explicadas as conexões entre os fenômenos e sua natureza mais recôndita. Não há graus
intermediários entre a res cogitans e a res extensa. A exemplo do mundo físico em geral, tanto o
corpo humano como o reino animal devem encontrar explicação suficiente no mundo da
mecânica, fora e contra qualquer doutrina mágico-ocultista.
(Giovanni Reale e Dario Antiseri. História da filosofia, 1990. Adaptado.)
Texto 2
Se você, do nada, começar a sentir enjoo, mal-estar, queda de pressão, sensação de desmaio ou
dores pelo corpo, pode ter se conectado a energias ruins. Caso decida procurar um médico, ele
possivelmente terá dificuldade para achar a origem do mal e pode até fazer um diagnóstico
errado. Nessa hora, você pode rezar e pedir ajuda espiritual. Se não conseguir, procure um
centro espírita e faça a sua renovação energética. Pode ser que encontre dificuldades para
chegar lá, pois, no primeiro momento, seu mal-estar poderá até se intensificar. No entanto, se
ficar firme e persistir, tudo desaparecerá como em um passe de mágica e você voltará ao
normal.
(Zibia Gasparetto. http://mdemulher.abril.com.br. Adaptado.)
A recomendação apresentada por Zibia Gasparetto sobre a cura espiritual é compatível com as
concepções cartesianas descritas no primeiro texto? Explique a compatibilidade ou a
incompatibilidade entre ambas as concepções, tendo em vista o mecanicismo cartesiano e a
diferença entre substância espiritual e substância material.
19. COMENTÁRIO
O exercício segue a estrutura de comparação entre textos, no caso um texto de manual de
filosofia e outro jornalístico. Analisando a questão ela exige que se avalie a
compatibilidade ou incompatibilidade entre ambos os textos tomando por base a posição
de Zíbia Gasparetto sobre a cura espiritual em comparação com as posições filosóficas de
Descartes.
O primeiro texto busca mostrar a concepção dual de mundo de Descartes, de acordo com
há um mundo material, onde se localiza a substância material e um mundo espiritual,
onde se localiza a substância pensante. Há apenas essas duas realidades, não há outras
intermediárias, e elas não podem ser reduzidas uma a outra. Ao formular esta concepção
dualista Descartes ataca as chamadas “concepções de matriz animista”, ou seja, aquelas
formas de compreender o mundo que tomam os objetos da natureza como seres
animados, que tem alma. Para aquele que se assustar com a expressão, veja que o
próprio texto a explica; estas concepções de matriz animista são aquelas “segundo as
quais tudo era permeado de espírito e vida e com as quais eram explicadas as conexões
entre os fenômenos e sua natureza mais recôndita”. Por fim, os autores expõem uma
consequência desta separação: se a alma não pode mais ser considerada como atributo do
mundo físico, este deve ser explicado de acordo com suas própria lógica e apenas através
dos objetos que contem, ou seja, não se deve recorrer a explicações de ordem espiritual
para responder a algo no mundo físico.
Assim é notável que há uma contraposição com o texto 2 de Zíbia Gasparetto. Para ela os
problemas do mundo físico como mal estar, dores, enjôos, entre outras mazelas devem
ter por causa eventos sobrenaturais, ou ainda, explicações que derivam de um mundo
espiritual. Também é este, e primordialmente este, que deve fornecer a solução para os
problemas do mundo físico. Para Zíbia então o mundo espiritual é não só a causa do que
ocorre no mundo físico ou material, mas a fonte das soluções.
A articulação da resposta deve considerar então a incompatibilidade entre os textos:
enquanto Descartes separa rigidamente o mundo físico do espiritual, dizendo que o
primeiro não pode ser explicado através do segundo, uma vez que são domínios distintos
e irredutíveis, Zíbia diz o contrário, que o mundo espiritual exerce determinações, efeitos,
sobre o físico, contrapondo-se a concepção dualista de mundo de Descartes e a sua forma
de explicação mecanicista do mundo material.