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LGN0114 – Biologia Celular
MÉTODOS DE ESTUDO DAS CÉLULAS
E DIFERENÇAS NA ARQUITETURA
CELULAR
Aula prática 2
Maria Carolina Quecine
Departamento de Genética
mquecine@usp.br
Fixação: consiste no tratamento de células
com soluções específicas que causam sua
morte, conservando-se suas propriedades
físicas e químicas.
Coloração: visa corar determinados
componentes celulares, não corando os
demais, possibilitando seu estudo pelo
contraste de regiões “escuras” (coradas) e
“claras” (não coradas).
CONCEITOS IMPORTANTES
Uredosporos de Puccinia psidii,
agente causal da ferrugem do
eucalipto, durante o processo de
diferenciação morfológica.
por A.P.B.
Células de hepatócitos.
• Evitar a autólise (degradação) das amostras;
• Impedir a contaminação por bactérias e fungos;
• Endurecer as células para o corte pelo micrótomo;
• Aumentar a afinidade dos componentes por corantes;
Tratamento com:
– Microscopia óptica -> formol e glutaraldeído
– Microscopia eletrônica -> tetróxido de ósmio e glutaraldeído.
POR QUE FIXAR AMOSTRAS?
 Melhor distinção de estruturas internas e contrastes em amostras celulares;
 Estudo de componentes específico dentro das células;
 Técnicas de coloração consistem em mergulhar a célula numa substância
denominada corante, capaz de tingir diferencialmente uma ou mais partes
celulares.
No microscópio eletrônico a coloração é feita com sais de metais pesado, por isso a
imagem obtida é sempre em preto e branco.
TÉCNICAS DE COLORAÇÃO
 Não existe uma técnica de coloração que evidencie todas as estruturas celulares;
 Afinidade depende de carga elétrica e pH;
Podem matar ou não as células.
CORANTES BÁSICOS OU CATIÔNICOS
(liga-se à moléculas carregadas
negativamente)
ESTRUTURAS EVIDENCIADAS
Azul de metileno Cora o núcleo de azul (DNA e RNA)
Giensa Cromossomos e células do sangue
Vermelho neutro Acumula-se em vacúolos
Azul de toluidina Fosfatos do DNA e RNA; carboxila e
sulfato presentes nos polissacarídeos
ácidos
Água iodada Cora o núcleo e amiloplastos
Hematoxilina Cora o núcleo
CORANTES ÁCIDOS OU ANIÔNICOS
(liga-se à moléculas carregadas
positivamente)
ESTRUTURAS EVIDENCIADAS
Eosina Citoplasma
Fucsina básica Citoplasma
Xilydine Ponceau Cora grupamentos ácidos de proteínas
citoplasmáticas
EXEMPLOS DE CORANTES
CORANTES NEUTROS ESTRUTURAS EVIDENCIADAS
Violeta de Genciana Cromossomas de células vivas em divisão
Solução de lugol Grãos de amido, paredes celulósicas
Os corantes também podem ser classificados como naturais ou sintéticos de acordo
com a origem:
CORANTE NATURAL ORIGEM
Carmim Ovários de um inseto - Cochonilha
Hematoxilina Leguminosa
Anil Anileira – papilionácea
Orceína Líquen
Açafrão Estames de Crocus sativus
MICRÓTOMO
Movimento do braço
do micrótomo
Objeto embebido
em resina plástica
Faca de aço
Sequência de
cortes
Coloração
Cortes dispostos entre
lâmina e lamínula
Cortes histológicos para observação
em microscópio óptico
• Corte em fatias finas pelo MICRÓTOMO;
• Amostra incluída e protegida por matriz ou resina
(facilitar o corte e proteger tecido);
• Microscopia óptica: parafina ou resina plástica:
– espessura 1 a 6 micrômetros (μm)
– micrótomo com navalha de aço
• Microscopia eletrônica: resina dura tipo Epóxi :
– espessura 0,02 a 0,1 micrômetros (μm)
– micrótomo com navalha de vidro ou diamante
DESVENDANDO O INTERIOR DAS CÉLULAS…
A imagem depende do plano de
corte!
MICROSCOPIA ÓPTICA (MO) MICROSCOPIA ELETRÔNICA (ME)
X
MICROSCOPIA DE LUZ (ÓPTICA) X
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
MO = utiliza a luz visível para iluminar o
espécime.
 ME = utiliza feixes de elétrons, em vez de
fótons, para a visualização de células ou
estruturas celulares.
Microscópio de luz: C.O. = ~500 nm (as menores
células e as maiores organelas)
Microscópio eletrônico: C.O. = ~0,005 nm
(ultraestruturas – 0,2 nm)
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA - MEV
bactéria
estômato
fecundação
inseto
hemácias
MICROSCOPIA DE VARREDURA
 Emprega feixes de elétrons;
 Complementar à microscopia de transmissão (transmissão tem maior poder de
resolução, varredura tem a vantagem de fornecer imagens tridimensionais);
 O trajeto do feixe de elétrons é modificado fazendo com que percorra a superfície do
espécime, ponto por ponto, e ao longo de linhas paralelas (varredura);
 Os espécimes não precisam ser cortados para serem examinados (objetos de 1 cm ou
mais podem ser examinados);
 O material deve ser fixado, dessecado, e recoberto por uma delgada camada condutora
de eletricidade, em geral ouro ou platina depositados à vácuo.
MEV: amostras grossas podem ser utilizadas.
Neste caso, amostras fixadas quimicamente são desidratadas, secas no aparelho de ponto
crítico de secagem e cobertas como um metal condutor (Ex: ouro).
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO - MET
mitocôndria
citoplasma
vírus
MICROSCOPIA DE TRANSMISSÃO:
 Não se pode examinar células vivas, apenas fixadas e completamente
secas;
 Os cortes histológicos precisam ser realmente finos, sendo necessária a
utilização de micrótomos com navalha de vidro fraturado ou diamante;
 Os estudos de microscopia eletrônica transmissão são feitos
principalmente em ampliações em papel fotográfico, mais do que
diretamente no microscópio.
MET: seções ultrafinas do espécime são necessárias para que o feixe de elétrons
atravesse a amostra e uma imagem seja formada.
Microscópio eletrônico
de varredura (UniFeSP)
Microscópio eletrônico
de transmissão (UniFeSP)
MICROSCOPIA ELETRÔNICA (ME)
http://www.esalq.usp.br/napmepa/
MEV
Núcleo de Apoio à Pesquisa/
Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária
MET
Prof. Dr. Elliot Watanabe Kitajima
Microscopia Eletrônica de Varredura
Microscopia Eletrônica de Transmissão
Hemácias de galinha
(com núcleo)
Hemácias de humano
(sem núcleo)
Leucócitos neutrófilos
EXERCÍCIO 1.1
b) Observar células fixadas do sangue
humano e de galinhas
Colocar o aumento utilizado!
Corte transversal do
ovário de lírio
EXERCÍCIOS 1.2.
 Observar cortes transversais feito por micrótono
Monocotiledônea ou
dicotiledônea?
EXERCÍCIO 2a
a) Observar células da mucosa bucal.
 Entre a lâmina e a lamínula:
 lâmina sem riscos e sem gordura;
 solução aquosa (água, soro fisiológico, tampões);
 material biológico;
 lamínula.
Lamínula
Lâmina
Solução aquosa
Material
biológico
Células da mucosa bucal
Colocar o aumento utilizado!
EXERCÍCIO 2b
a) Observação de fungo
Placa de Petri com hifas de fungo Visualização por microscopia
Colocar o aumento utilizado!
Meridion sp.
Copyright 1995-2014 Protistt Information Server
Asterionella sp.
Diatoma vulgaris
Tabellaria sp.
EXERCÍCIOS 3b
 Observar células de protistas
Colônia de Eudorina
Colocar o aumento utilizado!
EXERCÍCIO EXTRA - Imagens de MET
Célula eucariótica
Célula procariótica
Célula infectada com vírus
EXERCÍCIO EXTRA - Imagens de MEV
Corte transversal de vasos xilemáticos
infectados por Xylella fastidiosa, agente
causal da CVC (gentilmente cedida por
Lacava, P.T.)
Esporos do fungo causador da ferrugem em
Eucalipto (Crédito Tiago Falda Leite)
ESTUDO DIRIGIDO
1. Técnicas de preparação citológica;
2. Planos de corte;
3. Diferenças entre o preparo de amostras para
observação via microscopia óptica (MO) e
microscopia eletrônica (ME);
4. Diferenças entre MET e MEV.
5. Reconhecimento de microfotografias de MET e
MEV.
Bom trabalho!!!
Entregar na próxima Aula Prática:
1. Os exercícios respondidos das páginas 14 a 16.
Sugestão de leitura:
Capítulo 1 – Célula
De Robertis, E.M.F.; Hib, J. 2014. Biologia Celular e Molecular. 16ª Edição.
Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.
EXERCÍCIO EXTRA 1

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  • 1. LGN0114 – Biologia Celular MÉTODOS DE ESTUDO DAS CÉLULAS E DIFERENÇAS NA ARQUITETURA CELULAR Aula prática 2 Maria Carolina Quecine Departamento de Genética mquecine@usp.br
  • 2. Fixação: consiste no tratamento de células com soluções específicas que causam sua morte, conservando-se suas propriedades físicas e químicas. Coloração: visa corar determinados componentes celulares, não corando os demais, possibilitando seu estudo pelo contraste de regiões “escuras” (coradas) e “claras” (não coradas). CONCEITOS IMPORTANTES Uredosporos de Puccinia psidii, agente causal da ferrugem do eucalipto, durante o processo de diferenciação morfológica. por A.P.B. Células de hepatócitos.
  • 3. • Evitar a autólise (degradação) das amostras; • Impedir a contaminação por bactérias e fungos; • Endurecer as células para o corte pelo micrótomo; • Aumentar a afinidade dos componentes por corantes; Tratamento com: – Microscopia óptica -> formol e glutaraldeído – Microscopia eletrônica -> tetróxido de ósmio e glutaraldeído. POR QUE FIXAR AMOSTRAS?
  • 4.  Melhor distinção de estruturas internas e contrastes em amostras celulares;  Estudo de componentes específico dentro das células;  Técnicas de coloração consistem em mergulhar a célula numa substância denominada corante, capaz de tingir diferencialmente uma ou mais partes celulares. No microscópio eletrônico a coloração é feita com sais de metais pesado, por isso a imagem obtida é sempre em preto e branco. TÉCNICAS DE COLORAÇÃO  Não existe uma técnica de coloração que evidencie todas as estruturas celulares;  Afinidade depende de carga elétrica e pH; Podem matar ou não as células.
  • 5. CORANTES BÁSICOS OU CATIÔNICOS (liga-se à moléculas carregadas negativamente) ESTRUTURAS EVIDENCIADAS Azul de metileno Cora o núcleo de azul (DNA e RNA) Giensa Cromossomos e células do sangue Vermelho neutro Acumula-se em vacúolos Azul de toluidina Fosfatos do DNA e RNA; carboxila e sulfato presentes nos polissacarídeos ácidos Água iodada Cora o núcleo e amiloplastos Hematoxilina Cora o núcleo CORANTES ÁCIDOS OU ANIÔNICOS (liga-se à moléculas carregadas positivamente) ESTRUTURAS EVIDENCIADAS Eosina Citoplasma Fucsina básica Citoplasma Xilydine Ponceau Cora grupamentos ácidos de proteínas citoplasmáticas EXEMPLOS DE CORANTES
  • 6. CORANTES NEUTROS ESTRUTURAS EVIDENCIADAS Violeta de Genciana Cromossomas de células vivas em divisão Solução de lugol Grãos de amido, paredes celulósicas Os corantes também podem ser classificados como naturais ou sintéticos de acordo com a origem: CORANTE NATURAL ORIGEM Carmim Ovários de um inseto - Cochonilha Hematoxilina Leguminosa Anil Anileira – papilionácea Orceína Líquen Açafrão Estames de Crocus sativus
  • 7. MICRÓTOMO Movimento do braço do micrótomo Objeto embebido em resina plástica Faca de aço Sequência de cortes Coloração Cortes dispostos entre lâmina e lamínula Cortes histológicos para observação em microscópio óptico
  • 8. • Corte em fatias finas pelo MICRÓTOMO; • Amostra incluída e protegida por matriz ou resina (facilitar o corte e proteger tecido); • Microscopia óptica: parafina ou resina plástica: – espessura 1 a 6 micrômetros (μm) – micrótomo com navalha de aço • Microscopia eletrônica: resina dura tipo Epóxi : – espessura 0,02 a 0,1 micrômetros (μm) – micrótomo com navalha de vidro ou diamante DESVENDANDO O INTERIOR DAS CÉLULAS…
  • 9. A imagem depende do plano de corte!
  • 10. MICROSCOPIA ÓPTICA (MO) MICROSCOPIA ELETRÔNICA (ME) X
  • 11. MICROSCOPIA DE LUZ (ÓPTICA) X MICROSCOPIA ELETRÔNICA MO = utiliza a luz visível para iluminar o espécime.  ME = utiliza feixes de elétrons, em vez de fótons, para a visualização de células ou estruturas celulares. Microscópio de luz: C.O. = ~500 nm (as menores células e as maiores organelas) Microscópio eletrônico: C.O. = ~0,005 nm (ultraestruturas – 0,2 nm)
  • 12. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA - MEV bactéria estômato fecundação inseto hemácias
  • 13. MICROSCOPIA DE VARREDURA  Emprega feixes de elétrons;  Complementar à microscopia de transmissão (transmissão tem maior poder de resolução, varredura tem a vantagem de fornecer imagens tridimensionais);  O trajeto do feixe de elétrons é modificado fazendo com que percorra a superfície do espécime, ponto por ponto, e ao longo de linhas paralelas (varredura);  Os espécimes não precisam ser cortados para serem examinados (objetos de 1 cm ou mais podem ser examinados);  O material deve ser fixado, dessecado, e recoberto por uma delgada camada condutora de eletricidade, em geral ouro ou platina depositados à vácuo. MEV: amostras grossas podem ser utilizadas. Neste caso, amostras fixadas quimicamente são desidratadas, secas no aparelho de ponto crítico de secagem e cobertas como um metal condutor (Ex: ouro).
  • 14. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO - MET mitocôndria citoplasma vírus
  • 15. MICROSCOPIA DE TRANSMISSÃO:  Não se pode examinar células vivas, apenas fixadas e completamente secas;  Os cortes histológicos precisam ser realmente finos, sendo necessária a utilização de micrótomos com navalha de vidro fraturado ou diamante;  Os estudos de microscopia eletrônica transmissão são feitos principalmente em ampliações em papel fotográfico, mais do que diretamente no microscópio. MET: seções ultrafinas do espécime são necessárias para que o feixe de elétrons atravesse a amostra e uma imagem seja formada.
  • 16. Microscópio eletrônico de varredura (UniFeSP) Microscópio eletrônico de transmissão (UniFeSP) MICROSCOPIA ELETRÔNICA (ME)
  • 17. http://www.esalq.usp.br/napmepa/ MEV Núcleo de Apoio à Pesquisa/ Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária MET Prof. Dr. Elliot Watanabe Kitajima Microscopia Eletrônica de Varredura Microscopia Eletrônica de Transmissão
  • 18. Hemácias de galinha (com núcleo) Hemácias de humano (sem núcleo) Leucócitos neutrófilos EXERCÍCIO 1.1 b) Observar células fixadas do sangue humano e de galinhas Colocar o aumento utilizado!
  • 19. Corte transversal do ovário de lírio EXERCÍCIOS 1.2.  Observar cortes transversais feito por micrótono Monocotiledônea ou dicotiledônea?
  • 20. EXERCÍCIO 2a a) Observar células da mucosa bucal.  Entre a lâmina e a lamínula:  lâmina sem riscos e sem gordura;  solução aquosa (água, soro fisiológico, tampões);  material biológico;  lamínula. Lamínula Lâmina Solução aquosa Material biológico Células da mucosa bucal Colocar o aumento utilizado!
  • 21. EXERCÍCIO 2b a) Observação de fungo Placa de Petri com hifas de fungo Visualização por microscopia Colocar o aumento utilizado!
  • 22. Meridion sp. Copyright 1995-2014 Protistt Information Server Asterionella sp. Diatoma vulgaris Tabellaria sp. EXERCÍCIOS 3b  Observar células de protistas Colônia de Eudorina Colocar o aumento utilizado!
  • 23. EXERCÍCIO EXTRA - Imagens de MET Célula eucariótica Célula procariótica Célula infectada com vírus
  • 24. EXERCÍCIO EXTRA - Imagens de MEV Corte transversal de vasos xilemáticos infectados por Xylella fastidiosa, agente causal da CVC (gentilmente cedida por Lacava, P.T.) Esporos do fungo causador da ferrugem em Eucalipto (Crédito Tiago Falda Leite)
  • 25. ESTUDO DIRIGIDO 1. Técnicas de preparação citológica; 2. Planos de corte; 3. Diferenças entre o preparo de amostras para observação via microscopia óptica (MO) e microscopia eletrônica (ME); 4. Diferenças entre MET e MEV. 5. Reconhecimento de microfotografias de MET e MEV. Bom trabalho!!!
  • 26. Entregar na próxima Aula Prática: 1. Os exercícios respondidos das páginas 14 a 16. Sugestão de leitura: Capítulo 1 – Célula De Robertis, E.M.F.; Hib, J. 2014. Biologia Celular e Molecular. 16ª Edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. EXERCÍCIO EXTRA 1