2. Você professor, se depara diariamente com um
grupo de crianças, adolescentes ou jovens, que
foram reunidos aleatoriamente, não por vontade
dos indivíduos. Então você vê alunos com
dificuldade de assumir tarefas, outros que não
conseguem dividir o poder ou ainda subsidiam o
grupo, não deixando os colegas produzirem. E
para piorar, ainda ouve pais que reclamam que o
filho teve que fazer todo o trabalho sozinho
porque os colegas não ajudaram ou que foi
prejudicado na avaliação. Vê ainda alunos
sempre preteridos pelos grupos...ou protegidos
de alguma maneira...
3. Como transformar este grupo de indivíduos em
um grupo que explicita sua dinâmica interna
(diferenças e conflitos), estabelece metas
comuns, reúne-se para aprender e crescer com
os outros? Existe alguma fórmula mágica para
que isso ocorra?
Que práticas e atitudes do educador são
operativas, farão os indivíduos pensar e agir,
produzindo mudanças significativas? Que
práticas farão os indivíduos administrarem com
criatividade e espontaneidade as suas
aprendizagens nos grupos em que convivem?
4. ATITUDES OPERATIVAS
Ter uma ação que gere
ação no outro. Então a
operatividade deve gerar
uma ação em quem precisa
realizar a tarefa
5. As atitudes operativas são intervenções verbais ou
gestuais que promovem movimento do grupo quando
o mesmo paralisa, ex: na pré-tarefa, na tarefa
subjetiva, na vivência de papéis.
Desta forma, as intervenções possibilitam ao grupo
retomar o foco na solução de impasses, situações e
conclusão da tarefa.
6. A escolha da intervenção a
ser utilizada depende do
contexto grupal,
considerando sua tarefa,
suas inter-relações e sua
dinâmica. As intervenções
não são receitas que
podem ser utilizadas
aleatoriamente.
O que funciona num grupo
pode não ser eficaz em
outro.
9. PEDAGOGIA
INFORMAÇÃO: não faz pelo grupo mas informa, dá
elementos novos.
INFORMAÇÃO COM REDUNDÂNCIA: reforça informações de várias maneiras:
gestos, tom de voz diferente, sempre com a repetição.
MOSTRA: corta a fala e coloca o gesto no lugar, apontar, mostrar no livro,
não faz pelo grupo mas mostra sem palavras.
MUDANÇA DE SITUAÇÃO: mudar de lugar na sala, mudar enquadramento, mudar
os materiais.
MODELO DE ALTERNATIVAS MÚLTIPLAS: dar alternativas
possíveis do grupo realizar.
ACRÉSCIMO DE MODELO: encontrar e sinalizar referências que o grupo já viveu.
PROBLEMATIZAÇÃO: retorna a pergunta para o grupo, transformar o dilema
em um problema.
10. PSICOLOGIA
VIVÊNCIA DO CONFLITO: deixar o grupo viver o
conflito e aguardar ele se autorregular.
PROPOSIÇÃO DO CONFLITO: explicita o conflito. “Quem pode te impedir”
EXPLICAÇÃO INTRAPSÍQUICA: conseguir explicitar o que o grupo está vivendo,
ler o que se passa na tarefa subjetiva.
DESEMPENHO DE PAPÉIS: propõe ao grupo viver o papel de quem
dará as instruções, só que isso não pode vir como um castigo, punição.
ASSINALAMENTO: apenas relatar o que está acontecendo
INTERPRETAÇÃO: diz ao grupo aquilo que o grupo está passando com sentido de
interpretação e não apenas de relatar o que se vê.
12. ATITUDES OPERATIVAS NO FILME
ESCRITORES DA LIBERDADE
Qual foi a impressão do
grupo sobre o filme e quais
as relações que podemos
estabelecer a partir do que já
aprendemos sobre grupo e
atitude operativa até aqui
13. CONSIGNAS...
Instrumento para aprender e ensinar
Como as informações
sobre as tarefas a serem
realizadas são dadas?
Tem a ver com a maneira como nos dirigimos aos nossos
interlocutores, como formulamos um pedido, como fazemos com que
o outro (grupo) mova-se para aprender e, nesse momento amplie a
compreensão sobre um determinado assunto.
14. Oferecemos consignas que libertam os alunos
ou aprisionam em um único modo de fazer as
coisas?
Oferecemos consignas que organizam as tarefas?
Oferecemos consignas que esclarecem o
modo de fazer as coisas?
CONSIGNAS precisam libertar e incluir a
possibilidade do ECRO individual
15. Consignas
fazem o papel do 3º na
relação de aprendizagem e
por isso podem ser
operativas e mobilizar o
sujeito
GORDON, 1998
DESAFIO ACADÊMICO
Problemas correspondentes a uma área do conhecimento;
Focaliza uma determinada área;
Se ocupa de um problema que deriva diretamente de um
único campo disciplinar
Contexto autêntico é mínimo
16. DESAFIO CÊNICO
Jogos de papéis (de forma imaginária)
Focaliza uma ou várias áreas do conhecimento
Problemas similares ao da vida cotidiana
Contexto autêntico médio
17. DESAFIO AUTÊNTICO
Resolver situações verdadeiras que exigem soluções reais
Interdisciplinar
Problemas complexos da vida cotidiana
Contexto autêntico máximo
Acontecer humano
18. Como identificar uma
consigna Autêntica?
Focaliza o principal aspecto a ser aprendido?
Requer a resolução de um problema?
Estabelece relações com os conhecimentos prévios dos alunos?
Articula conhecimentos, vivências e interesses pessoais e
grupais de modo que interesse aos alunos?
Admite mais de uma resposta?
Permite diferentes soluções e uso de diferentes recursos?
Quando compostas, seus elementos se inter-relacionam?
Oferecem possibilidades de outras relações?
Deixa claro o que os alunos devem fazer?
Favorece a diversificada interação social?
Determina os tempos de solução?
Alimenta a generalização e transferências de conhecimentos?
Estimula a auto avaliação por parte do aluno e a reflexão sobre
processo de aprendizagem?
19. TAREFA:
Em grupo analisar as
consignas dos livros
didáticos debatendo e
identificando se são
desafios: acadêmicos,
cênicos ou autênticos.
30 minutos
20. ATITUDE DIRETIVA ATITUDE OPERATIVA
• O comando é autoritário e unidirecional;
• Espera uma só resposta;
• A razão de aprender está fora do aprendiz;
(prêmios e castigos)
• Trabalha com a certeza;
• A organização é previamente estabelecida;
• O caminho a ser percorrido já está
traçado;
• O resultado esperado é o mesmo para
todos que realizam a mesma ação;
• A avaliação é um instrumento que busca
classificar os resultados obtidos, em uma
escala do melhor para o pior.
• Desenvolve a heteronomia.
• O comando envolve o sujeito que aprende;
• A resposta esperada é a resposta do sujeito,
e vários sujeitos podem apresentar respostas
diferentes;
• A razão para aprender é interna;
• Propõe questionamentos;
• A organização é resultado de um
enquadramento;
• O caminho a ser percorrido faz-se
caminhando;
• O resultado esperado é diferente para cada
aprendiz;
• A avaliação é realizada para proporcionar a
readequação da ação do aprendiz e do
coordenador;
• Desenvolve a autonomia.
21. ATITUDE NÃO DIRETIVA ATITUDE OPERATIVA
• Não há comando;
• Trabalha com muitas possibilidades;
• Cada um faz como quer, da forma que
deseja, no momento que acreditar melhor;
• A razão do aprender é interna, sem direção
e questionamento do outro;
• Não há limite e nem caminho a ser
seguido;
• Cada um faz o seu caminho;
• Não há cobrança de resultados, tudo é
aceito;
• Não há organização prévia;
• A avaliação compara cada sujeito consigo
mesmo;
• Não desenvolve nem heteronomia e nem a
autonomia;
• Faz o sujeito permanecer indiferenciado.
• O comando envolve o sujeito que
aprende;
• A resposta esperada é a resposta do
sujeito, e vários sujeitos podem
apresentar respostas diferentes;
• A razão para aprender é interna;
• Propõe questionamentos;
• A organização é resultado de um
enquadramento;
• O caminho a ser percorrido faz-se
caminhando;
• O resultado esperado é diferente para
cada aprendiz;
• A avaliação é realizada para proporcionar
a readequação da ação do aprendiz e do
coordenador;
• Desenvolve a autonomia.
22. Nenhum grupo nasce
pronto, não é imediato.
Passa por diversos
momentos antes de se
tornar operativo.
Momentos de estruturação,
desestruturação e
reestruturação. Momentos
confusionais, que o
coordenador ou monitor
deve estar atento para não
sucumbir com o grupo.
23. Tarefa:
Identificar em si mesmo o que já foi
possível exercitar de atitudes operativas
no seu cotidiano e compartilhar com o
grupo
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