1. O ORGANISMO DO INDIVÍDUO QUE APRESENTA
DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA ESTÁ
COMPROMETIDO COM ATEROSCLEROSE
SISTÊMICA, OU SEJA, ATEROSCLEROSE
GENERALIZADA.
A doença arterial periférica é um sinalizador de
aterosclerose sistêmica. A maioria dos pacientes que
apresentam doença arterial periférica, geralmente
também apresenta doença arterial coronariana. Já os
que têm doença arterial obstrutiva periférica podem
também apresentar infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral isquêmico e morte cardiovascular.
Pacientes com doença arterial periférica, sem
evidências clínicas de doença arterial coronariana têm
o mesmo risco relativo de morte por causas cardíacas ou cerebrovasculares como aqueles com
diagnóstico de doença arterial coronariana prévia, de acordo com a natureza sistêmica da
doença.
Os mesmos fatores de risco que contribuem para doença arterial coronariana e doença
cerebrovascular também podem levar ao desenvolvimento da doença arterial obstrutiva
periférica. Devido à alta prevalência da falta de sintomas da doença arterial periférica e porque
apenas uma pequena percentagem de pacientes com doença arterial obstrutiva periférica
apresenta a clássica claudicação (mancar), a doença arterial periférica é subdiagnosticada e,
portanto, não tratada. Os profissionais de saúde podem ter dificuldade em distinguir doença
arterial obstrutiva periférica de outras doenças que afetam os membros inferiores, tais como a
artrite, a estenose espinal ou a doença venosa. Para essa avaliação, a definição de doença
arterial periférica é a aterosclerose da aorta e das artérias ilíacas e das artérias dos membros
inferiores.