Este documento descreve uma mesa redonda sobre as representações do demônio para católicos, evangélicos e espíritas kardecistas com base nas experiências de pesquisa de três mestrandos e um debatedor. A proposta é discutir como esses grupos religiosos pensam sobre o demônio e como essa percepção influencia suas vidas. A representação do mal é uma constante nas explicações que as pessoas encontram para definir o mal e sua interferência em suas existências.
Edital mesas redondas II jornada do nerp prazo prorrogado
As faces do demônio representações do mau para católicos evangélicos e espíritas
1. AS FACES DO DEMÔNIO: representações do mal para católicos, evangélicos e
espíritas kardecistas.
Muito já nos foi dito sobre as formas de classificação. Autores como Marcel Mauss,
Émile Durkheim e Claude Lévi-Strauss, defenderam que os sistemas classificatórios
foram essenciais para a formação das mais diversas culturas. Ainda que a maior parte
desses estudos nos remeta ao passado da disciplina antropológica, acreditamos que os
sentidos que atribuímos ao mundo, continuam sendo baseados nesse mesmo princípio
classificatório. Mesmo que essas formas de classificação tenham se tornado complexas
na contemporaneidade, e que isso exija mais de nossas investigações; a nossa
organização de mundo está, ainda, situada em polos opostos: direita e esquerda, no alto
e em baixo, ao norte e ao sul, a leste ou a oeste, ocidente e oriente, sagrado e profano,
teoria e prática, antropólogos e nativos etc. No âmbito das religiões, o bem e o mal
representam polos importantes para compreensão do universo religioso dos indivíduos.
A representação do demônio para católicos, evangélicos e espíritas kardecistas pode nos
revelar onde o mal está situado e como essa dimensão influencia na vida cotidiana dos
indivíduos.
A proposta da mesa é colocar em evidência as experiências de campo vivenciadas por
pesquisadores que atuam nesses três grupos religiosos (católicos, evangélicos e espíritas
kardecistas). O foco será a percepção dos pesquisadores em relação ao que seus
interlocutores pensam sobre o demônio e a representação do mal. Ainda que esse tema
não seja central nos trabalhos de cada expositor, ele é evidente nos diálogos construídos
em campo. A representação do demônio é uma constante nas explicações que os
indivíduos encontram para definirem o mal e sua interferência em suas próprias
existências.
JOAQUIM IZIDRO DO NASCIMENTO JR (coordenador e expositor)
Doutorando do PPGA/UFPE e integrante do NERP
EMANOEL MAGNO ATANÁSIO DE OLIVEIRA (Expositor)
Mestrando do PPGA/UFPE e integrante do NERP
EMMANUELLE VIEIRA DE MELO LEITE (Expositora)
Mestranda do PPGA/UFPE e integrante do NERP
BARTOLOMEU TITO FIGUEIROA DE MEDEIROS (Debatedor)
Professor Colaborador Permanente da UFPE e integrante do NERP
E-mail: bartotito333@gmail.com
Breve Apresentação: Possui Doutorado em Antropologia pelo Museu Nacional - UFRJ
e Pós-Doutorado pela Universidade de Brasília (2009). Atualmente é Professor
Colaborador Permanente da Universidade Federal de Pernambuco e Sócio-Efetivo da
Associação Brasileira de Antropologia. Tem experiência na área de Antropologia, com
ênfase em Antropologia da Religião, Patrimônio Cultural e Antropologia Urbana,
atuando principalmente nos seguintes temas: Catolicismo, Nova Era, Religiões de
Matriz Africana, Dinâmicas do Espaço Urbano, Cura e Saúde. Possui experiência em
Antropologia das Populações Afrobrasileiras.