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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022
VIABILIDADE DA BIORREMEDIAÇÃO USANDO O PERIFÍTON NA PISCICULTURA,
UMA ANÁLISE EM ÂMBITO MUNDIAL - UMA REVISÃO DE LITERATURA
Daniel Pereira da Silva1
; Artur Henrique Freitas Florentino de Souza2
; Gabriel de Barros Moreira Beltrão3
RESUMO
A aquicultura consiste na reprodução e crescimento de organismos aquáticos, como plantas e animais, dentre
eles, os peixes, em ambiente aquático controlado ou semicontrolado podendo ser realizada em lagos, rio, mar
ou em tanques. Essa atividade vem crescendo a cada ano, como é o caso da piscicultura e com a sua
intensificação, vão surgindo os problemas ambientais, a exemplo da eutrofização e na tentativa de minimizar
os seus efeitos, pode-se utilizar a biorremediação baseada em perifíton, que além de permitir melhoria na
qualidade da água, serve como alternativa complementar na dieta de peixes. Diante disso, o objetivo desse
estudo foi realizar um levantamento bibliográfico para avaliar os efeitos do perifíton como biorremediador de
poluição orgânica na piscicultura de tilápias e tambaquis bem como averiguar o desempenho zootécnico das
referidas espécies e sua viabilidade comercial. As bases de dados utilizadas para realização da pesquisa foram:
Periódicos Capes, Scielo. ORG, e Scopus, sendo selecionados 21 artigos que estavam de acordo com os
critérios de seleção. A partir da análise da literatura, foi possível verificar que a utilização do perifíton em
substratos naturais e artificias permite melhoria da qualidade da água e do desempenho zootécnico em culturas
de tilápias e tambaquis, como pode ser observado em 21 estudos levantados. Desse modo, pode-se chegar à
conclusão de que a presença do perifíton aumenta a ciclagem de nutrientes e acelera a produção primária,
permitindo que parte dos nutrientes que seriam perdidos se fixem ao substrato e sirvam como alimento
adicional no cultivo, reduzindo custos e viabilizando a atividade comercial.
Palavras-chaves: Perifíton; Qualidade da água; Produtividade; Tilápia-do-Nilo; Tambaquis.
FEASIBILITY OF BIOREMEDIATION USING PERIPHYTON IN FISH FARMING, A
WORLDWIDE ANALYSIS - A LITERATURE REVIEW
ABSTRACT
Aquaculture consists of the reproduction and growth of aquatic organisms, such as plants and animals,
including fish, in a controlled or semi-controlled aquatic environment, which can be carried out in lakes, rivers,
seas or ponds. This activity has been growing every year, as is the case of fish farming and with its
intensification, environmental problems arise, such as eutrophication and in an attempt to minimize its effects,
periphyton-based bioremediation can be used, which in addition to allowing improvement in water quality, it
serves as a complementary alternative in the diet of fish. Therefore, the objective of this study was to carry out
a bibliographic survey to evaluate the effects of periphyton as a bioremediator of organic pollution in tilapia
and tambaquis fish farming, as well as to investigate the zootechnical performance of these species and their
commercial viability. The databases used to carry out the research were: Periódicos Capes, Scielo. ORG, e
Scopus, with 21 articles being selected that met the selection criteria. From the analysis of the literature, it was
possible to verify that the use of periphyton in natural and artificial substrates improves water quality and
improves the zootechnical performance of tilapias and tambaquis, as can be observed in 21 studies. In this
way, it can be concluded that the use of periphyton is a practice that allows the cycling of nutrients and
increases primary production, allowing part of the nutrients that would be lost to fix to the substrate and serve
as additional food in tilapia and tambaquis cultures, reducing costs and enabling the business activity.
Keywords: Perifiton; Water quality; Productivity; Tilápia-do-Nilo; Tambaquis.
84
INTRODUÇÃO
A aquicultura consiste na reprodução e
crescimento de organismos aquáticos, como
plantas e animais, dentre eles, os peixes,
controlado ou semicontrolado podendo ser
realizada em lagos, rio, mar ou em tanques, sendo
uma atividade praticada desde a Antiguidade, na
China e Egito, podendo ser praticada de forma
sustentável, pois trata-se de uma atividade de
baixo custo e tecnologia acessível, sendo uma
alternativa para geração de renda e emprego de
forma competitiva em regiões menos
desenvolvidas, como na Ásia, África e América
Latina (SIQUEIRA, 2017).
A Aquicultura representa um dos
importantes setores da produção alimentícia
mundial. No Brasil seu crescimento está
relacionado à disposição de recursos hídricos em
abundância, clima favorável e o fato da pesca
extrativa não ser capaz de suprir o fornecimento
adequado de pescados. Isso porque, tendo em
vista que existe uma alta demanda por peixes e
outros produtos aquáticos no mercado (LOPES et
al., 2016).
Nesse contexto, a oportunidade para a
prática da aquicultura só cresce. Entre as
modalidades de aquicultura encontra-se a
piscicultura, atividade caracterizada
especificamente pela criação de peixes de forma
intensiva, semi-intensiva, superintensiva e
extensiva (LOPES, 2012), podendo ser praticada
em reservatórios, lagos, lagoas e açudes já
existentes em propriedades ou construídos
viveiros ou tanques-redes (FRASCÁ-SCORVO;
SCORVO, 2011).
O Brasil, segundo a Agência Nacional
das Águas-ANA, é um dos países que possui a
maior disponibilidade de água doce no mundo,
distribuída em aquíferos, rios, lagos e
reservatórios. Com tamanha disponibilidade
hídrica, torna-se propícia para o crescimento
dessa atividade no país (BRASIL, 2019).
De acordo com o Anuário Peixe BR da
Piscicultura 2020, a atividade brasileira teve um
crescimento de 5,93% quando comparado ao ano
anterior, onde a produção saltou de 758.006
toneladas de 2019 para 802.930 em 2020, sendo
a tilápia o destaque na produção, atingindo
486.155 toneladas, participando em 60% do total
de peixes cultivados (BROL, 2021).
De acordo com a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura, o Brasil
possui uma vasta extensão de costa marítima e
12% da água doce disponível no planeta, com
grande volume represado em reservatórios e em
águas subterrâneas, apresentando condições
climáticas para a aquicultura. No Nordeste
brasileiro, as condições também são favoráveis,
em virtude da sua vasta costa marítima, em torno
de 3000 Km e um elevado potencial de produção
aquícola em tanques escavados com a utilização
de água de poços e reservatórios, além da
possibilidade de utilização dos canais dos
perímetros irrigados para produção de peixes
(VIDAL, 2016).
Na região Nordeste, a espécie de peixe
mais cultivada é a Tilápia-do-Nilo, Oreochromis
niloticus (Linnaeus, 1758), principalmente pela
região ter um clima mais elevado e a espécie ser
de fácil convivência com outras espécies, sendo
que a produção de tilápia na região é responsável
por 52,7% da produção do país, concentrada
principalmente na região do Ceará. A segunda
espécie mais cultivada é o tambaqui, Colossoma
macropomum (Cuvier 1816) representando
24,5% da produção do país, concentrando a
maior produção nos estados do Piauí e Maranhão
(GREGÓRIO et al., 2017).
Os maiores polos de piscicultura do
Nordeste estão localizados em volta dos grandes
açudes do Ceará (Orós e Castanhão) e do
Submédio e Baixo São Francisco (Xingó,
Itaparica e Moxotó), concentrando em 2015,
33% da produção de peixes da região, no Piauí a
atividade se destaca na bacia do Rio Parnaíba,
representando 10% da produção nordestina
(VIDAL, 2016).
O crescimento da atividade de
piscicultura dá-se por fatores de adaptação das
espécies cultivadas a parâmetros físicos,
biológicos e antrópicos, podendo ser alterado
pelo descarte inadequado dos efluentes,
produzindo desequilíbrios ambientais e
econômicos. Desse modo, à medida que há um
aumento intensificado da produção, maiores são
os impactos gerados no meio (FAVACHO et al.,
2017).
Com a utilização de rações balanceadas a
fim de aumentar a produtividade, o excesso de
nutrientes oferecido aos peixes pode desencadear
um acúmulo de matéria orgânica nos viveiros,
ficando suspensos na água e, quando associados
às fezes, podem resultar no processo de
eutrofização do meio aquático, principalmente
pela concentração de nitrogênio e fósforo,
ocasionando o crescimento de algas e plantas
aquáticas (VAZ et al., 2015), gerando
desequilíbrios ambientais, em decorrência da
baixa incidência de luz e oxigênio, aumento de
temperatura e variações acentuadas do pH,
trazendo como consequências a morte dos peixes
e inviabilidade do empreendimento (MACEDO;
SIPAÚBA-TAVARES, 2010).
Uma forma de reduzir a quantidade de
ração adicionada ao ambiente e
consequentemente o processo de eutrofização
artificial é a aquicultura baseada na comunidade
perifítica, pois esta possibilita uma criação de
forma ecológica colaborando com o
desenvolvimento sustentável dos ecossistemas
aquáticos, tendo em vista que o perifíton melhora
a qualidade da água (BERGAMINI, 2016).
O perifíton consiste em uma complexa
comunidade de microrganismos, sendo eles,
algas, bactérias, fungos e animais, detritos
orgânicos e inorgânicos aderidos a substratos
inorgânicos ou orgânicos, vivos ou mortos
(WETZEL, 1983) servindo como indicadores
biológicos dos ambientes aquáticos,
demonstrando as mudanças da qualidade da água
e da dinâmica do sistema, além de contribuir para
a produção primária de matéria orgânica.
De acordo com Tortolero (2015), o
perifíton é um importante produtor primário,
servindo como fonte de alimento, ajudando na
reciclagem efetiva dos nutrientes do sistema
aquático e retirando material particulado da
coluna de água, melhorando a qualidade desta.
Além disso, permite a conversão da produção
primária em biomassa de peixes, tornando o
sistema mais eficiente e econômico (SANZ-
LÁZARO; NAVARRETE; MARÍN, 2011).
Diante do que foi exposto, esse estudo
possibilitou uma revisão bibliográfica acerca da
utilização do perifíton como biorremediação na
cultura de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis
niloticus) e tambaquis, Colossoma macropomum
em tanques e viveiros, tendo em vista que essa
atividade é de relevância tanto para o consumo
humano quanto como uma forma de renda extra
para os habitantes do semiárido nordestino,
contribuindo dessa forma para o conhecimento
do potencial do perifíton no suporte à produção
desses peixes.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi
revisar de literatura sobre os efeitos do perifíton
como biorremediador de poluição orgânica na
piscicultura de Tilápia-do-Nilo e Tambaquis.
Concomitante, também foi realizado: a)
levantamento dos efeitos do perifíton sobre a
qualidade da água na piscicultura de Tilápia-do-
Nilo e tambaquis; b) revisão da influência do
perifíton na Biometria e na Biomassa na
piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis; c)
analise sobre a viabilidade do perifíton em
substrato artificial na piscicultura de Tilápia-do-
Nilo e tambaquis.
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão
bibliográfica que segundo Marconi e Lakatos
(1992), consiste no levantamento de toda
bibliografia já publicada, fazendo com que o
pesquisador entre em contato com direto com
todo o material de um determinado assunto,
auxiliando assim, o pesquisador a analisar sua
pesquisa.
Através da pesquisa, foram analisados os
efeitos do perifíton sobre a qualidade da água,
sua viabilidade em substrato artificial na
melhoria da qualidade da água na piscicultura de
tilápias e tambaquis bem como o desempenho
zootécnico de ambas as espécies de peixes.
Além disso, ela é de caráter exploratório,
pois tem a finalidade de melhor adequar o
instrumento à realidade do que se quer conhecer,
onde o pesquisador vai ajustando sua percepção
à medida que analisa os resultados obtidos em
outros estudos, ampliando a compreensão do
fenômeno em estudo.
Desse modo, a execução da pesquisa foi
realizada através da prospecção de artigos sobre
a Biorremediação usando o perifíton na cultura
de tilápias Oreochromis niloticus e/ou tambaqui
Colossoma macropomum em viveiros em âmbito
mundial, entre os anos de 2000 a 2022.
A busca pela literatura acerca do tema foi
realizada através da Biblioteca Virtual Periódicos
Capes e das bases de dados Scielo.ORG e Scopus
disponíveis na referida biblioteca. A pesquisa de
forma gratuita na Scopus foi realizada através da
Science Direct.
Foram utilizadas as palavras-chave
combinadas com o operador booleano AND de
acordo com os objetivos específicos da pesquisa,
da seguinte forma: 1) “periphyton” AND “fish
farming”; “biofilm” AND “fish farming”/
“water quality” AND “periphyton” AND “fish
farming” AND “Oreochromis niloticus” / “water
quality” AND “periphyton” AND “fish farming”
AND “Colossoma macropomum”; 2)
“Periphyton” AND “biomass” AND biometry”
AND “Oreochromis niloticus” / “Periphyton”
AND “biomass” AND biometry” AND
“Colossoma macropomum”e 3) “periphyton”
AND “artificial substrate” AND “Oreochromis
niloticus” / “periphyton” AND “artificial
substrate” AND “Colossoma macropomum” a
mesma busca foi realizada em português e
espanhol, sendo utilizado o recorte temporal de
2000 à 2022.
A pesquisa de forma gratuita na Science
Direct só era permitida de forma simples, com
uma caixa de texto para digitar as palavras-
chaves, mesmo assim o operador AND foi
utilizado entre as palavras-chave. No Periódicos
Capes e Scielo.ORG é permitida a busca
avançada de forma gratuita, podendo utilizar os
operadores booleanos AND, OR, NOT entre as
palavras-chave.
Segundo Saks (2005) a utilização das
palavras chaves com operadores booleanos em
bases de dados eletrônicos permite uma busca
mais enfocada, produzindo resultados mais
específicos, sendo que a utilização do operador
AND possibilita que os termos da busca estejam
presentes simultaneamente nas condições
formuladas de busca.
No processo de triagem dos artigos, os
mesmos deveriam conter em seus resumos as
palavras-chave procuradas, sendo avaliados
segundo sua real adequação ao tema e a
capacidade de responder à temática central da
pesquisa, nesse caso, a utilização do perifíton
como biorremediação na cultura de tilápias
Oreochromis niloticus e tambaquis Colossoma
macropomum, procurando garantir que os
trabalhos utilizados realmente fossem relevantes
à discussão.
Em relação aos critérios de inclusão,
foram incluídos os artigos que estavam de acordo
com a temática, que contemplasse os efeitos do
perifiton na qualidade da água, biometria e
biomassa na piscicultura das respectivas espécies
de tilápias e tambaquis já mencionadas e sua
viabilidade em substrato artificial, que
estivessem dentro do intervalo de tempo
estabelecido, na língua portuguesa, inglesa e
espanhola e disponíveis gratuitamente. Foram
excluídos os artigos incompletos, duplicados,
que estavam fora do tempo estabelecido, que não
respondiam à temática central da pesquisa e que
necessitariam ser pagos para o acesso ao texto
integral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Artigos
Na prospecção dos artigos referentes à
temática, a utilização de palavras-chave
combinadas permitiu uma maior especificidade
dos estudos. A maioria dos artigos publicados
estavam disponíveis na língua inglesa, com 798
artigos publicados e a base que mais apresentava
artigos relacionados à temática, foi a Scopus.
Após a prospecção dos artigos, 19 artigos foram
selecionados e analisados quanto aos seguintes
critérios: (1) Publicações anuais, (2) Distribuição
mundial e (3) Discussão dos artigos.
Publicações anuais
Os estudos sobre o perifíton como
biorremediador na piscicultura e melhora na
produtividade de Tilápia-do-Nilo e tambaquis
cultivadas vem sendo publicados a cada ano. No
gráfico 1 pode ser observada a quantidade de
artigos por ano de publicação.
Gráfico 1: Artigos publicados e selecionados,
por ano, que abordam biorremediação em
piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis entre
2003 a 2022.
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.
A partir da análise do Gráfico 1, pode-se
observar que nos anos de 2009 à 2012 e 2021
houveram uma maior quantidade de artigos
publicados, todos com duas publicações anuais.
Para Silva et al. (2021), os estudos dos efeitos do
perifíton acerca da qualidade da água e como
nutrição para a piscicultura vem crescendo a cada
ano, tendo em vista que ele se enquadra no
conceito de aquicultura sustentável.
Distribuição mundial
Com relação aos locais onde são
realizados esses estudos, o Gráfico 2 apresenta a
distribuição mundial das pesquisas realizadas
com utilização do perifíton na piscicultura, sendo
o Brasil, Colômbia e Bangladesh os países que
mais realizaram estudos quanto à temática, com
um total de 9, 5 e 3 estudos respectivamente.
Gráfico 2: Distribuição espacial dos artigos
publicados e selecionados que abordam
biorremediação em piscicultura de Tilápia-do-
Nilo e tambaquis entre 2000 a 2022.
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.
Os estudos acerca da utilização do
perifíton na piscicultura se concentram mais nos
países da América do Sul, sendo eles: Brasil e
Colômbia. Dos estudos encontrados em
Periódicos Capes, Scielo. ORG, e Scopus, a
maioria foram publicados em periódicos
internacionais, sendo eles: Acta Scientiarum,
Orinochia, Versita, Revista Colombiana de
Ciências Pecuárias, Revista Lasallista de
Investigación, Revista de Biología Tropical e
Aquaculture, com destaque para a Aquaculture,
com oito publicações.
O tipo de piscicultura mais utilizado pelos
autores foi o cultivo em tanques, sendo o
substrato de bambu e o substrato artificial os
mais utilizados para fixação do perifíton, com
relação à quantidade de estudos com a Tilápia-
do-Nilo Oreochromis niloticus, foram
desenvolvidos 20 estudos e com o tambaqui,
Colossoma Macropomum foi desenvolvido 1.
Efeitos do perifíton sobre a qualidade da água
na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e
tambaquis
Os estudos na aquicultura baseados em
perifíton vêm crescendo nos últimos anos,
principalmente devido os altos custos das dietas
artificiais e como o perifíton é um importante
produtor primário, ele serve como fonte
alimentar alternativa, reduzindo os custos com
insumos alimentares, além de auxiliar na
reciclagem de nutrientes nos sistemas aquáticos
(TORTOLERO, 2015).
Os estudos de Ymmi Montoya; John
Ramirez (2007), Silva et al. (2021a), Silva et al
(2021b), Duque et al. (2012), Tortolero et al
(2015) e Carrasco et al. (2014) destacaram como
resultado positivo a melhora da qualidade da
água com uso do perifíton na piscicultura.
Ao analisar os estudos de Yimmi
Montoya; John J Ramirez (2007), foi possível
compreender a importância da comunidade
perifítica nos ecossistemas aquáticos, pois o
biofilme utilizado em sistemas de cultivo permite
altas taxas de reciclagem de nutrientes e
produtividade total, permitindo assim uma
influência significativa na piscicultura, tendo em
vista que sua utilização como complementação
alimentar permite um maior ganho de massa
corporal dos peixes e melhoria na qualidade da
água.
Silva et al. (2021a) realizou um estudo
sobre o efeito do substrato artificial para
crescimento do biofilme perifítico avaliando a
qualidade da água de cultivo em tanques de
Tilápia-do-Nilo, a proteção dos mesmos contra
patógenos e o seu desempenho zootécnico. A
metodologia utilizada deu-se com a coleta após
observação visual da formação do biofilme nos
substratos artificiais, identificação da microbiota
presente e sendo medidas semanalmente o pH da
água, temperatura, oxigênio dissolvido, fósforo
reativo e nitrogênio amoniacal.
Com a pesquisa ficou evidente a
eficiência do sistema baseado em perifíton para
fixação de bactérias que participam dos
processos de nitrificação aeróbica,
desnitrificação anaeróbica e oxidação anaeróbica
de amônia, com eficiente remoção de nitrato nos
tanques e, os fungos para processamento da
matéria orgânica. Esses fatores contribuem para
manutenção da qualidade da água em tanques de
cultivo de Tilápia-do-Nilo.
Silva et al (2021b) focou seus estudos em
analisar os parâmetros da qualidade da água,
comprovando que o perifíton possui ação
antimicrobiana, permitindo assim uma melhor
qualidade de vida para as Tilápia-do-Nilo
analisadas. Já Duque et al. (2012) reforça a
importância de mais estudos quanto a utilização
do perifíton no policultivo de Tilápia-do-Nilo
com outras espécies, nesse caso o bocachio.
Carrasco et al. (2014) assim como Duque
et al. (2012) avaliou o efeito do perifíton sobre
parâmetros de qualidade da água no policultivo
de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) e
bocachio (Prochilodus magdalenae
Steindachner , 1879), destacando melhoria na
reciclagem de nutrientes e necessidade de mais
estudos, para aproveitar os benefícios potenciais
dos sistemas baseados em perifíton em outras
regiões do mundo.
A partir da análise de bactérias e fungos
realizada por Silva (2021b) para detectar
substâncias com ação antibacteriana e avaliação
dos perfis frente a antibióticos comerciais, foi
utilizado o método de contagem padrão em
placas por técnica de inoculação para quantificar
bactérias heterotróficas cultiváveis na
comunidade de perifíton fixadas em substrato
artificial (PVC- policloreto de vinila) em tanques
de polietileno para cultivo de Tilápia-do-Nilo,
sendo destacadas as bactérias quando
comparadas aos fungos, em eficiência na
ciclagem de nutrientes, influenciando na
qualidade da água para cultivo, chegando à
conclusão que o perifíton possui potencial
biotecnológico de ação antimicrobiana.
Efeitos do perifíton sobre a qualidade da água
na Biometria e na Biomassa na piscicultura de
Tilápia-do-Nilo e tambaquis
Os estudos de Scroder Rosa et al. (2022),
Silva et al. (2021a), Silva et al. (2016), Tortolero
et al. (2016), Carrasco et al. (2014), Meilnstein
et al. (2013), Garcia et al. (2011), Cavalcante et
al. (2011), Gonzalez et al. (2012), Uddin et al.
(2007), Uddin et al. (2009), Siqueira Rodrigues
(2009), Keshavanath (2004) e Azim et al. (2003)
permitiram uma avaliação acerca da utilização do
perifíton como alimentação das espécies em
estudo, trazendo resultados positivos para o
ganho de massa corporal e viabilidade comercial,
pois permite uma redução no consumo de ração
comercial.
Schroder Rosa et al. (2022) avaliou a
composição da biomassa de perifíton em
substratos de fixação (geomembrana, polietileno
teleflalato – PET e bambu) e um controle sem
substrato e sua influência na qualidade da água e
no desempenho zootécnico de alevinos de
tilápias do Nilo criados em viveiros. Com relação
à qualidade da água, todos os tratamentos
estavam em conformidade com o sistema
controle para a qualidade da água estabelecido
pela CONAMA, Resolução nº 357, de 17 de
março de 2005.
O substrato de bambu, ainda de acordo
com Rosa et al. (2022), apresentou uma maior
diversidade na quantidade de táxons observados,
o substrato geomembrana apresentou maior
crescimento perifítico com maior quantidade de
biomassa e o tratamento com PET apresentou
melhores condições de bem-estar dos peixes,
com melhor desempenho zootécnico e consumo
de algas, influenciando assim no ganho de peso
dos alevinos. Diante disso, na avaliação dos três
substratos, o tratamento com substrato de PET
foi o indicado para o ganho de peso final dos
alevinos.
No estudo de Silva et al. (2021a) foi
possível observar a melhoria da biometria de
Tilápia-do-Nilo para um estabelecimento de uma
curva de crescimento e ajuste da alimentação
através da formação do biofilme nos substratos
artificiais. Nesse caso, o perifíton trouxe
resultados positivos no ganho de massa corporal
dos peixes, mostrando que a aderência de matéria
orgânica funciona como fonte complementar de
nutrição.
Em Silva et al. (2016) foram isolados e
identificados os grupos bacterianos e fatores de
virulência e capacidade de formação do biofilme
em cultivo de juvenis de Tilápia-do-Nilo na
presença de bioflocos e/ou perifíton. A partir do
estudo foi possível chegar à conclusão que os
tratamentos que tinham a presença de bioflocos e
perifíton ou perifíton apresentaram bactérias com
menor potencial patogênico, possibilitando
maior ganho de peso nos juvenis.
Tortolero et al. (2015) apresentou os
benefícios do perifíton no policultivo de jaquari,
Semaprochilodus insignis (Jardine, 1841), e
tambaqui em tanques de alvenaria, a partir da
utilização da ração comercial e substrato natural
de macrófita (Pistia stratiotes) e substrato
artificial (tela plástica). A partir do estudo foi
possível verificar que jaquari e tambaqui
obtiveram maior desempenho zootécnico, com
ganho de peso dos peixes no tanque que possuía
substrato artificial para fixação do perifíton,
houve também a avaliação da qualidade da água,
que estava nos parâmetros aceitáveis para a
piscicultura.
Carrasco et al. (2014) avaliou o efeito do
perifíton sobre o desempenho do policultivo
semi-intensivo de Tilápia-do-nilo e bocachio e
Meilstein et al. (2013) no cultivo de tilápias
híbridas e Siqueira; Rodrigues (2009) no cultivo
de Tilápia-do-nilo, sendo possível concluir que a
utilização do perifíton em tanques de cultivo
constitui-se em uma maneira viável de reduzir a
farinha de pescado para alimentação dos peixes,
já que o perifíton aumenta a produtividade
primária e favorece a reciclagem e recirculação
de nutrientes.
Uddin et al. (2007) analisou os efeitos do
perifíton cultivado em substrato de bambu em
tanques para crescimento de Tilápia-do-Nilo em
monocultivo e policultivo de camarões de água
doce (Macrobrachium rosenbergii), destacando
seu uso como uma opção promissora para a
aquicultura ecológica de baixo custo, tendo em
vista que a utilização de perifíton como fonte
complementar na alimentação permite ganho de
massa das espécies, reduzindo o valor gasto em
ração comercial.
Uddin et al. (2009) apresentou um estudo
através da investigação dos efeitos dos substratos
e alimentação suplementar no crescimento e
produção no policultivo de Tilápia-do-Nilo e
camarão de água doce (Macrobrachium
rosenbergii) em tanques de cultivo, com fixação
do substrato de bambu para crescimento
perifítico. A maior conversão alimentar foi
observada nos tanques que possuíam tratamentos
com substrato e ração, permitindo assim,
demonstrar os aspectos positivos em utilizar
perifíton para ganho de peso das espécies quando
associado à ração.
Haque et al. (2018) também apresenta
resultados positivos quanto a utilização do
perifíton em associação à ração comercial para
ganho de peso no policultivo de Tilápia-do-Nilo,
camarão de água doce e carpa
(Hypophthalmichthys molitrix, Valenciennes,
1844), esta última bastante comum no mercado
de Bangladesh e utilizada em larga escala
principalmente pela população mais pobre. O
estudo aponta os benefícios econômicos quanto
ao uso do perifíton e melhoria da sustentabilidade
em termos ecológicos.
Cavalcante et al. (2011) avaliou um
modelo laboratorial para estudos de cultivo de
Tilápia-do-nilo em tanques baseado em perifíton,
em dois regimes alimentares, um com
alimentação integralmente adotada e outro com
taxa de 50%, todos os peixes ingeriram
ativamente o perifíton. Nos aquários que
continham perifíton e taxa de alimentação a 50%,
os peixes apresentaram maior ganho de peso
corporal, pois o perifíton permitiu a conversão
alimentar pela restrição imposta, com relação à
qualidade da água não foram identificadas
melhorias.
Viabilidade do perifíton em substrato
artificial na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e
tambaquis
No estudo de Silva et al. (2021a) foram
realizados estudos em dois sistemas de
tratamento: um com substrato artificial com
placas de cloreto de polivinila (PVC) e outro sem
substrato para crescimento de biofilme perifítico.
No sistema de tratamento contendo substrato
foram obtidos melhores resultados para
desenvolvimento da piscicultura, tendo em vista
que a adição de um substrato para
desenvolvimento perifítico estimula o
crescimento de bactérias nitrificantes e fornece
matéria orgânica dissolvida, além disso,
microrganismos presentes, como as leveduras,
podem servir como fonte de alimento proteico,
apresentando também efeitos probióticos para os
organismos cultivados.
Gonzalez et al. (2012) realizou seu estudo
avaliando a eficiência do perifíton no aumento da
produtividade primária e alimentação de Tilápia-
do-Nilo, enfatizando a eficiência do
desenvolvimento do fitoplâncton para estimular
a fixação do perifíton em substrato artificial e
melhorando o sistema de produção.
Através do policultivo de tilápia do Nilo
e camarão (Macrobrachium amazonicum),
Rodrigues et al. (2019) avaliou a eficiência
perifítica em substratos de manta geotêxtil,
bambu e sem substrato, destacando que o uso de
substrato permite a melhor fixação perifítica e
consequentemente o maior ganho de peso das
espécies, já que o perifiton é utilizado como
alimentação complementar, trazendo viabilidade
comercial.
Azim et al. (2003) avaliou a produção de
biomassa de perifíton desenvolvida em
substratos de vidro e seus efeitos no tamanho das
Tilápia-do-Nilo cultivadas e qualidade da água.
No estudo, foi quantificado a biomassa de
perifíton desenvolvida nos substratos e os efeitos
da sua quantidade no tamanho dos peixes, sendo
constatado que os peixes cultivados consumiram
70% do perifíton ofertado, sustentando assim o
crescimento das tilápias.
Keshavanath (2004) verificou o efeito o
substrato de bambu para o crescimento perifítico
em tanques e sua eficácia no aumento da
produtividade de Tilapia-do-Nilo e tilápia
vermelha híbrida. Através do estudo pode ser
verificado que o perifíton pode ser utilizado
como alternativa ou complemento à alimentação
suplementar de alevinos.
Apenas os estudos de Azim; Litle (2008),
Garcia et al. (2011) e Cavalcante et al. (2017) não
apresentaram resultados positivos com os
parâmetros utilizados para melhoria da qualidade
da água nem ganho de massa corporal para
viabilidade comercial das espécies em estudo.
No estudo de Azim; Little (2008) a
utilização de bioflocos contribui para o
crescimento de Tilápia-do-Nilo em tanques de
cultivo limitadas à luz, contudo os parâmetros da
qualidade da água foram instáveis, defendendo o
desenvolvimento demais estudos sobre a
utilização de sistemas mistos, como aqueles
associados a perifíton, pois apesar de servirem
como alimento, o crescimento geral das tilápias
não trouxeram viabilidade comercial.
Na tentativa de avaliar se há benefícios na
associação de bioflocos e perifíton, Cavalcante et
al. (2017), avalia as instalações de estruturas
submarinas para perfíton em tanques de
bioflocos para Tilápia-do-Nilo, divididas em
grupos com e sem restrição alimentar. Os
controles e tratamentos experimentais foram: (1)
BFT: tecnologia de bioflocos para aquicultura
sem restrição alimentar (controle 1); (2) BFT-30:
igual a (1) mas com restrição alimentar de 30%
(controle 2); (3) BP: tecnologia de biofíton para
aquicultura (integração entre bioflocos e
perifíton) na mesma unidade de criação, sem
restrição alimentar (tratamento 1); (4) BP-30:
igual a (3) mas com restrição alimentar de 30%
(tratamento 2).
De acordo com os resultados obtidos
pode-se concluir que não houve melhoria da
qualidade da água nem do desempenho
zootécnico dos peixes, sendo destacado que os
benefícios das instalações de estruturas
submarinas em tanques dependerão dos
parâmetros técnicos aplicados ao sistema de
cultivo, tendo em vista que a restrição alimentar
ou a concentração de bioflocos e perifíton
utilizados na pesquisa não foram suficientes para
obtenção de resultados positivos.
Garcia et al. (2011) também avaliou o
desempenho do policultivo de Tilápia-do-Nilo e
bocachio em tanques-redes com utilização de
perifíton a partir de substrato artificial de tubos
de polietileno. Com relação à produtividade,
apenas a utilização do perifíton não foi capaz de
trazer efeitos positivos no desempenho produtivo
dos peixes, mas a técnica é compatível com a
piscicultura, devendo ser realizados mais estudos
onde possa ser proporcionada uma maior zona
fótica.
CONCLUSÃO
A partir dos estudos analisados foi
possível constatar que o perifíton apresenta
efeitos positivos acerca da qualidade da água na
piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis. Por
tratar-se de um produtor primário, desempenha
um importante papel na ciclagem de nutrientes,
permitindo a manutenção dos parâmetros da
qualidade da água desejáveis para as espécies
cultivadas.
Em relação a sua influência na Biometria
e Biomassa na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e
tambaquis, só houve um crescimento
significativo das espécies cultivadas quando o
perifíton estava associado à ração comercial.
Quando utilizado como única forma de
alimentação, as espécies não apresentaram ganho
significativo viável para comercialização.
Por fim, nos sistemas de tratamento
contendo substrato foram obtidos melhores
resultados para desenvolvimento da piscicultura,
pois este permite uma melhor fixação perifítica.
Nesse caso, o uso do substrato artificial permite
a quantificação da taxa de crescimento, de
biomassa fixada e para estudos comparativos da
eficiência da dinâmica de colonização da
comunidade perifítica.
Diante disso, pode-se concluir que a
utilização de perifíton traz benefícios na
piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis,
tendo em vista que ele permite o aumento da
produção primária, fazendo com que parte dos
nutrientes que seriam perdidos se fixem ao
substrato e sirva como alimento adicional para as
espécies, reduzindo custos e viabilizando a
atividade comercial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados obtidos com a
revisão, vem a necessidade de um maior
aprofundamento em relação à utilização de
diferentes substratos artificiais e naturais em
novos experimentos para avaliar sua eficiência
na fixação perifítica e avaliar se há uma
colonização agregada, com alternância de
dominância e substituição ou adição de novas
espécies ao longo dos estudos que avaliem a
eficiência do perifíton no cultivo de Tilápia-do-
Nilo e tambaquis.
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1 - Daniel Pereira da Silva
Licenciatura em Ciências Biológicas
danielpereira120197@gmail.com
2 - Arthur Henrique Freitas Florentino de Sousa
Dr. Do Departamento de Ciências Biologias da
Universidade Federal do Piauí Campus Senador
Helvídio Nunes de Barros
ahffs79@gmail.com
3 - Gabriel de Barros Moreira Beltrão
Biólogo do Departamento de Biologia - CCA
UFPB – Campus II – Areia – PB
gabrielbeltraoictio@gmail.com
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  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022 VIABILIDADE DA BIORREMEDIAÇÃO USANDO O PERIFÍTON NA PISCICULTURA, UMA ANÁLISE EM ÂMBITO MUNDIAL - UMA REVISÃO DE LITERATURA Daniel Pereira da Silva1 ; Artur Henrique Freitas Florentino de Souza2 ; Gabriel de Barros Moreira Beltrão3 RESUMO A aquicultura consiste na reprodução e crescimento de organismos aquáticos, como plantas e animais, dentre eles, os peixes, em ambiente aquático controlado ou semicontrolado podendo ser realizada em lagos, rio, mar ou em tanques. Essa atividade vem crescendo a cada ano, como é o caso da piscicultura e com a sua intensificação, vão surgindo os problemas ambientais, a exemplo da eutrofização e na tentativa de minimizar os seus efeitos, pode-se utilizar a biorremediação baseada em perifíton, que além de permitir melhoria na qualidade da água, serve como alternativa complementar na dieta de peixes. Diante disso, o objetivo desse estudo foi realizar um levantamento bibliográfico para avaliar os efeitos do perifíton como biorremediador de poluição orgânica na piscicultura de tilápias e tambaquis bem como averiguar o desempenho zootécnico das referidas espécies e sua viabilidade comercial. As bases de dados utilizadas para realização da pesquisa foram: Periódicos Capes, Scielo. ORG, e Scopus, sendo selecionados 21 artigos que estavam de acordo com os critérios de seleção. A partir da análise da literatura, foi possível verificar que a utilização do perifíton em substratos naturais e artificias permite melhoria da qualidade da água e do desempenho zootécnico em culturas de tilápias e tambaquis, como pode ser observado em 21 estudos levantados. Desse modo, pode-se chegar à conclusão de que a presença do perifíton aumenta a ciclagem de nutrientes e acelera a produção primária, permitindo que parte dos nutrientes que seriam perdidos se fixem ao substrato e sirvam como alimento adicional no cultivo, reduzindo custos e viabilizando a atividade comercial. Palavras-chaves: Perifíton; Qualidade da água; Produtividade; Tilápia-do-Nilo; Tambaquis. FEASIBILITY OF BIOREMEDIATION USING PERIPHYTON IN FISH FARMING, A WORLDWIDE ANALYSIS - A LITERATURE REVIEW ABSTRACT Aquaculture consists of the reproduction and growth of aquatic organisms, such as plants and animals, including fish, in a controlled or semi-controlled aquatic environment, which can be carried out in lakes, rivers, seas or ponds. This activity has been growing every year, as is the case of fish farming and with its intensification, environmental problems arise, such as eutrophication and in an attempt to minimize its effects, periphyton-based bioremediation can be used, which in addition to allowing improvement in water quality, it serves as a complementary alternative in the diet of fish. Therefore, the objective of this study was to carry out a bibliographic survey to evaluate the effects of periphyton as a bioremediator of organic pollution in tilapia and tambaquis fish farming, as well as to investigate the zootechnical performance of these species and their commercial viability. The databases used to carry out the research were: Periódicos Capes, Scielo. ORG, e Scopus, with 21 articles being selected that met the selection criteria. From the analysis of the literature, it was possible to verify that the use of periphyton in natural and artificial substrates improves water quality and improves the zootechnical performance of tilapias and tambaquis, as can be observed in 21 studies. In this way, it can be concluded that the use of periphyton is a practice that allows the cycling of nutrients and increases primary production, allowing part of the nutrients that would be lost to fix to the substrate and serve as additional food in tilapia and tambaquis cultures, reducing costs and enabling the business activity. Keywords: Perifiton; Water quality; Productivity; Tilápia-do-Nilo; Tambaquis. 84
  • 2. INTRODUÇÃO A aquicultura consiste na reprodução e crescimento de organismos aquáticos, como plantas e animais, dentre eles, os peixes, controlado ou semicontrolado podendo ser realizada em lagos, rio, mar ou em tanques, sendo uma atividade praticada desde a Antiguidade, na China e Egito, podendo ser praticada de forma sustentável, pois trata-se de uma atividade de baixo custo e tecnologia acessível, sendo uma alternativa para geração de renda e emprego de forma competitiva em regiões menos desenvolvidas, como na Ásia, África e América Latina (SIQUEIRA, 2017). A Aquicultura representa um dos importantes setores da produção alimentícia mundial. No Brasil seu crescimento está relacionado à disposição de recursos hídricos em abundância, clima favorável e o fato da pesca extrativa não ser capaz de suprir o fornecimento adequado de pescados. Isso porque, tendo em vista que existe uma alta demanda por peixes e outros produtos aquáticos no mercado (LOPES et al., 2016). Nesse contexto, a oportunidade para a prática da aquicultura só cresce. Entre as modalidades de aquicultura encontra-se a piscicultura, atividade caracterizada especificamente pela criação de peixes de forma intensiva, semi-intensiva, superintensiva e extensiva (LOPES, 2012), podendo ser praticada em reservatórios, lagos, lagoas e açudes já existentes em propriedades ou construídos viveiros ou tanques-redes (FRASCÁ-SCORVO; SCORVO, 2011). O Brasil, segundo a Agência Nacional das Águas-ANA, é um dos países que possui a maior disponibilidade de água doce no mundo, distribuída em aquíferos, rios, lagos e reservatórios. Com tamanha disponibilidade hídrica, torna-se propícia para o crescimento dessa atividade no país (BRASIL, 2019). De acordo com o Anuário Peixe BR da Piscicultura 2020, a atividade brasileira teve um crescimento de 5,93% quando comparado ao ano anterior, onde a produção saltou de 758.006 toneladas de 2019 para 802.930 em 2020, sendo a tilápia o destaque na produção, atingindo 486.155 toneladas, participando em 60% do total de peixes cultivados (BROL, 2021). De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Brasil possui uma vasta extensão de costa marítima e 12% da água doce disponível no planeta, com grande volume represado em reservatórios e em águas subterrâneas, apresentando condições climáticas para a aquicultura. No Nordeste brasileiro, as condições também são favoráveis, em virtude da sua vasta costa marítima, em torno de 3000 Km e um elevado potencial de produção aquícola em tanques escavados com a utilização de água de poços e reservatórios, além da possibilidade de utilização dos canais dos perímetros irrigados para produção de peixes (VIDAL, 2016). Na região Nordeste, a espécie de peixe mais cultivada é a Tilápia-do-Nilo, Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758), principalmente pela região ter um clima mais elevado e a espécie ser de fácil convivência com outras espécies, sendo que a produção de tilápia na região é responsável por 52,7% da produção do país, concentrada principalmente na região do Ceará. A segunda espécie mais cultivada é o tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier 1816) representando 24,5% da produção do país, concentrando a maior produção nos estados do Piauí e Maranhão (GREGÓRIO et al., 2017). Os maiores polos de piscicultura do Nordeste estão localizados em volta dos grandes açudes do Ceará (Orós e Castanhão) e do Submédio e Baixo São Francisco (Xingó, Itaparica e Moxotó), concentrando em 2015, 33% da produção de peixes da região, no Piauí a atividade se destaca na bacia do Rio Parnaíba, representando 10% da produção nordestina (VIDAL, 2016). O crescimento da atividade de piscicultura dá-se por fatores de adaptação das espécies cultivadas a parâmetros físicos, biológicos e antrópicos, podendo ser alterado pelo descarte inadequado dos efluentes, produzindo desequilíbrios ambientais e econômicos. Desse modo, à medida que há um aumento intensificado da produção, maiores são os impactos gerados no meio (FAVACHO et al., 2017). Com a utilização de rações balanceadas a fim de aumentar a produtividade, o excesso de nutrientes oferecido aos peixes pode desencadear um acúmulo de matéria orgânica nos viveiros, ficando suspensos na água e, quando associados
  • 3. às fezes, podem resultar no processo de eutrofização do meio aquático, principalmente pela concentração de nitrogênio e fósforo, ocasionando o crescimento de algas e plantas aquáticas (VAZ et al., 2015), gerando desequilíbrios ambientais, em decorrência da baixa incidência de luz e oxigênio, aumento de temperatura e variações acentuadas do pH, trazendo como consequências a morte dos peixes e inviabilidade do empreendimento (MACEDO; SIPAÚBA-TAVARES, 2010). Uma forma de reduzir a quantidade de ração adicionada ao ambiente e consequentemente o processo de eutrofização artificial é a aquicultura baseada na comunidade perifítica, pois esta possibilita uma criação de forma ecológica colaborando com o desenvolvimento sustentável dos ecossistemas aquáticos, tendo em vista que o perifíton melhora a qualidade da água (BERGAMINI, 2016). O perifíton consiste em uma complexa comunidade de microrganismos, sendo eles, algas, bactérias, fungos e animais, detritos orgânicos e inorgânicos aderidos a substratos inorgânicos ou orgânicos, vivos ou mortos (WETZEL, 1983) servindo como indicadores biológicos dos ambientes aquáticos, demonstrando as mudanças da qualidade da água e da dinâmica do sistema, além de contribuir para a produção primária de matéria orgânica. De acordo com Tortolero (2015), o perifíton é um importante produtor primário, servindo como fonte de alimento, ajudando na reciclagem efetiva dos nutrientes do sistema aquático e retirando material particulado da coluna de água, melhorando a qualidade desta. Além disso, permite a conversão da produção primária em biomassa de peixes, tornando o sistema mais eficiente e econômico (SANZ- LÁZARO; NAVARRETE; MARÍN, 2011). Diante do que foi exposto, esse estudo possibilitou uma revisão bibliográfica acerca da utilização do perifíton como biorremediação na cultura de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) e tambaquis, Colossoma macropomum em tanques e viveiros, tendo em vista que essa atividade é de relevância tanto para o consumo humano quanto como uma forma de renda extra para os habitantes do semiárido nordestino, contribuindo dessa forma para o conhecimento do potencial do perifíton no suporte à produção desses peixes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi revisar de literatura sobre os efeitos do perifíton como biorremediador de poluição orgânica na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e Tambaquis. Concomitante, também foi realizado: a) levantamento dos efeitos do perifíton sobre a qualidade da água na piscicultura de Tilápia-do- Nilo e tambaquis; b) revisão da influência do perifíton na Biometria e na Biomassa na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis; c) analise sobre a viabilidade do perifíton em substrato artificial na piscicultura de Tilápia-do- Nilo e tambaquis. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica que segundo Marconi e Lakatos (1992), consiste no levantamento de toda bibliografia já publicada, fazendo com que o pesquisador entre em contato com direto com todo o material de um determinado assunto, auxiliando assim, o pesquisador a analisar sua pesquisa. Através da pesquisa, foram analisados os efeitos do perifíton sobre a qualidade da água, sua viabilidade em substrato artificial na melhoria da qualidade da água na piscicultura de tilápias e tambaquis bem como o desempenho zootécnico de ambas as espécies de peixes. Além disso, ela é de caráter exploratório, pois tem a finalidade de melhor adequar o instrumento à realidade do que se quer conhecer, onde o pesquisador vai ajustando sua percepção à medida que analisa os resultados obtidos em outros estudos, ampliando a compreensão do fenômeno em estudo. Desse modo, a execução da pesquisa foi realizada através da prospecção de artigos sobre a Biorremediação usando o perifíton na cultura de tilápias Oreochromis niloticus e/ou tambaqui Colossoma macropomum em viveiros em âmbito mundial, entre os anos de 2000 a 2022. A busca pela literatura acerca do tema foi realizada através da Biblioteca Virtual Periódicos Capes e das bases de dados Scielo.ORG e Scopus disponíveis na referida biblioteca. A pesquisa de forma gratuita na Scopus foi realizada através da Science Direct. Foram utilizadas as palavras-chave combinadas com o operador booleano AND de acordo com os objetivos específicos da pesquisa,
  • 4. da seguinte forma: 1) “periphyton” AND “fish farming”; “biofilm” AND “fish farming”/ “water quality” AND “periphyton” AND “fish farming” AND “Oreochromis niloticus” / “water quality” AND “periphyton” AND “fish farming” AND “Colossoma macropomum”; 2) “Periphyton” AND “biomass” AND biometry” AND “Oreochromis niloticus” / “Periphyton” AND “biomass” AND biometry” AND “Colossoma macropomum”e 3) “periphyton” AND “artificial substrate” AND “Oreochromis niloticus” / “periphyton” AND “artificial substrate” AND “Colossoma macropomum” a mesma busca foi realizada em português e espanhol, sendo utilizado o recorte temporal de 2000 à 2022. A pesquisa de forma gratuita na Science Direct só era permitida de forma simples, com uma caixa de texto para digitar as palavras- chaves, mesmo assim o operador AND foi utilizado entre as palavras-chave. No Periódicos Capes e Scielo.ORG é permitida a busca avançada de forma gratuita, podendo utilizar os operadores booleanos AND, OR, NOT entre as palavras-chave. Segundo Saks (2005) a utilização das palavras chaves com operadores booleanos em bases de dados eletrônicos permite uma busca mais enfocada, produzindo resultados mais específicos, sendo que a utilização do operador AND possibilita que os termos da busca estejam presentes simultaneamente nas condições formuladas de busca. No processo de triagem dos artigos, os mesmos deveriam conter em seus resumos as palavras-chave procuradas, sendo avaliados segundo sua real adequação ao tema e a capacidade de responder à temática central da pesquisa, nesse caso, a utilização do perifíton como biorremediação na cultura de tilápias Oreochromis niloticus e tambaquis Colossoma macropomum, procurando garantir que os trabalhos utilizados realmente fossem relevantes à discussão. Em relação aos critérios de inclusão, foram incluídos os artigos que estavam de acordo com a temática, que contemplasse os efeitos do perifiton na qualidade da água, biometria e biomassa na piscicultura das respectivas espécies de tilápias e tambaquis já mencionadas e sua viabilidade em substrato artificial, que estivessem dentro do intervalo de tempo estabelecido, na língua portuguesa, inglesa e espanhola e disponíveis gratuitamente. Foram excluídos os artigos incompletos, duplicados, que estavam fora do tempo estabelecido, que não respondiam à temática central da pesquisa e que necessitariam ser pagos para o acesso ao texto integral. RESULTADOS E DISCUSSÃO Artigos Na prospecção dos artigos referentes à temática, a utilização de palavras-chave combinadas permitiu uma maior especificidade dos estudos. A maioria dos artigos publicados estavam disponíveis na língua inglesa, com 798 artigos publicados e a base que mais apresentava artigos relacionados à temática, foi a Scopus. Após a prospecção dos artigos, 19 artigos foram selecionados e analisados quanto aos seguintes critérios: (1) Publicações anuais, (2) Distribuição mundial e (3) Discussão dos artigos. Publicações anuais Os estudos sobre o perifíton como biorremediador na piscicultura e melhora na produtividade de Tilápia-do-Nilo e tambaquis cultivadas vem sendo publicados a cada ano. No gráfico 1 pode ser observada a quantidade de artigos por ano de publicação. Gráfico 1: Artigos publicados e selecionados, por ano, que abordam biorremediação em piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis entre 2003 a 2022. Fonte: Dados da pesquisa, 2022. A partir da análise do Gráfico 1, pode-se observar que nos anos de 2009 à 2012 e 2021 houveram uma maior quantidade de artigos publicados, todos com duas publicações anuais.
  • 5. Para Silva et al. (2021), os estudos dos efeitos do perifíton acerca da qualidade da água e como nutrição para a piscicultura vem crescendo a cada ano, tendo em vista que ele se enquadra no conceito de aquicultura sustentável. Distribuição mundial Com relação aos locais onde são realizados esses estudos, o Gráfico 2 apresenta a distribuição mundial das pesquisas realizadas com utilização do perifíton na piscicultura, sendo o Brasil, Colômbia e Bangladesh os países que mais realizaram estudos quanto à temática, com um total de 9, 5 e 3 estudos respectivamente. Gráfico 2: Distribuição espacial dos artigos publicados e selecionados que abordam biorremediação em piscicultura de Tilápia-do- Nilo e tambaquis entre 2000 a 2022. Fonte: Dados da pesquisa, 2022. Os estudos acerca da utilização do perifíton na piscicultura se concentram mais nos países da América do Sul, sendo eles: Brasil e Colômbia. Dos estudos encontrados em Periódicos Capes, Scielo. ORG, e Scopus, a maioria foram publicados em periódicos internacionais, sendo eles: Acta Scientiarum, Orinochia, Versita, Revista Colombiana de Ciências Pecuárias, Revista Lasallista de Investigación, Revista de Biología Tropical e Aquaculture, com destaque para a Aquaculture, com oito publicações. O tipo de piscicultura mais utilizado pelos autores foi o cultivo em tanques, sendo o substrato de bambu e o substrato artificial os mais utilizados para fixação do perifíton, com relação à quantidade de estudos com a Tilápia- do-Nilo Oreochromis niloticus, foram desenvolvidos 20 estudos e com o tambaqui, Colossoma Macropomum foi desenvolvido 1. Efeitos do perifíton sobre a qualidade da água na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis Os estudos na aquicultura baseados em perifíton vêm crescendo nos últimos anos, principalmente devido os altos custos das dietas artificiais e como o perifíton é um importante produtor primário, ele serve como fonte alimentar alternativa, reduzindo os custos com insumos alimentares, além de auxiliar na reciclagem de nutrientes nos sistemas aquáticos (TORTOLERO, 2015). Os estudos de Ymmi Montoya; John Ramirez (2007), Silva et al. (2021a), Silva et al (2021b), Duque et al. (2012), Tortolero et al (2015) e Carrasco et al. (2014) destacaram como resultado positivo a melhora da qualidade da água com uso do perifíton na piscicultura. Ao analisar os estudos de Yimmi Montoya; John J Ramirez (2007), foi possível compreender a importância da comunidade perifítica nos ecossistemas aquáticos, pois o biofilme utilizado em sistemas de cultivo permite altas taxas de reciclagem de nutrientes e produtividade total, permitindo assim uma influência significativa na piscicultura, tendo em vista que sua utilização como complementação alimentar permite um maior ganho de massa corporal dos peixes e melhoria na qualidade da água. Silva et al. (2021a) realizou um estudo sobre o efeito do substrato artificial para crescimento do biofilme perifítico avaliando a qualidade da água de cultivo em tanques de Tilápia-do-Nilo, a proteção dos mesmos contra patógenos e o seu desempenho zootécnico. A metodologia utilizada deu-se com a coleta após observação visual da formação do biofilme nos substratos artificiais, identificação da microbiota presente e sendo medidas semanalmente o pH da água, temperatura, oxigênio dissolvido, fósforo reativo e nitrogênio amoniacal. Com a pesquisa ficou evidente a eficiência do sistema baseado em perifíton para fixação de bactérias que participam dos processos de nitrificação aeróbica, desnitrificação anaeróbica e oxidação anaeróbica de amônia, com eficiente remoção de nitrato nos
  • 6. tanques e, os fungos para processamento da matéria orgânica. Esses fatores contribuem para manutenção da qualidade da água em tanques de cultivo de Tilápia-do-Nilo. Silva et al (2021b) focou seus estudos em analisar os parâmetros da qualidade da água, comprovando que o perifíton possui ação antimicrobiana, permitindo assim uma melhor qualidade de vida para as Tilápia-do-Nilo analisadas. Já Duque et al. (2012) reforça a importância de mais estudos quanto a utilização do perifíton no policultivo de Tilápia-do-Nilo com outras espécies, nesse caso o bocachio. Carrasco et al. (2014) assim como Duque et al. (2012) avaliou o efeito do perifíton sobre parâmetros de qualidade da água no policultivo de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) e bocachio (Prochilodus magdalenae Steindachner , 1879), destacando melhoria na reciclagem de nutrientes e necessidade de mais estudos, para aproveitar os benefícios potenciais dos sistemas baseados em perifíton em outras regiões do mundo. A partir da análise de bactérias e fungos realizada por Silva (2021b) para detectar substâncias com ação antibacteriana e avaliação dos perfis frente a antibióticos comerciais, foi utilizado o método de contagem padrão em placas por técnica de inoculação para quantificar bactérias heterotróficas cultiváveis na comunidade de perifíton fixadas em substrato artificial (PVC- policloreto de vinila) em tanques de polietileno para cultivo de Tilápia-do-Nilo, sendo destacadas as bactérias quando comparadas aos fungos, em eficiência na ciclagem de nutrientes, influenciando na qualidade da água para cultivo, chegando à conclusão que o perifíton possui potencial biotecnológico de ação antimicrobiana. Efeitos do perifíton sobre a qualidade da água na Biometria e na Biomassa na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis Os estudos de Scroder Rosa et al. (2022), Silva et al. (2021a), Silva et al. (2016), Tortolero et al. (2016), Carrasco et al. (2014), Meilnstein et al. (2013), Garcia et al. (2011), Cavalcante et al. (2011), Gonzalez et al. (2012), Uddin et al. (2007), Uddin et al. (2009), Siqueira Rodrigues (2009), Keshavanath (2004) e Azim et al. (2003) permitiram uma avaliação acerca da utilização do perifíton como alimentação das espécies em estudo, trazendo resultados positivos para o ganho de massa corporal e viabilidade comercial, pois permite uma redução no consumo de ração comercial. Schroder Rosa et al. (2022) avaliou a composição da biomassa de perifíton em substratos de fixação (geomembrana, polietileno teleflalato – PET e bambu) e um controle sem substrato e sua influência na qualidade da água e no desempenho zootécnico de alevinos de tilápias do Nilo criados em viveiros. Com relação à qualidade da água, todos os tratamentos estavam em conformidade com o sistema controle para a qualidade da água estabelecido pela CONAMA, Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. O substrato de bambu, ainda de acordo com Rosa et al. (2022), apresentou uma maior diversidade na quantidade de táxons observados, o substrato geomembrana apresentou maior crescimento perifítico com maior quantidade de biomassa e o tratamento com PET apresentou melhores condições de bem-estar dos peixes, com melhor desempenho zootécnico e consumo de algas, influenciando assim no ganho de peso dos alevinos. Diante disso, na avaliação dos três substratos, o tratamento com substrato de PET foi o indicado para o ganho de peso final dos alevinos. No estudo de Silva et al. (2021a) foi possível observar a melhoria da biometria de Tilápia-do-Nilo para um estabelecimento de uma curva de crescimento e ajuste da alimentação através da formação do biofilme nos substratos artificiais. Nesse caso, o perifíton trouxe resultados positivos no ganho de massa corporal dos peixes, mostrando que a aderência de matéria orgânica funciona como fonte complementar de nutrição. Em Silva et al. (2016) foram isolados e identificados os grupos bacterianos e fatores de virulência e capacidade de formação do biofilme em cultivo de juvenis de Tilápia-do-Nilo na presença de bioflocos e/ou perifíton. A partir do estudo foi possível chegar à conclusão que os tratamentos que tinham a presença de bioflocos e perifíton ou perifíton apresentaram bactérias com menor potencial patogênico, possibilitando maior ganho de peso nos juvenis. Tortolero et al. (2015) apresentou os benefícios do perifíton no policultivo de jaquari,
  • 7. Semaprochilodus insignis (Jardine, 1841), e tambaqui em tanques de alvenaria, a partir da utilização da ração comercial e substrato natural de macrófita (Pistia stratiotes) e substrato artificial (tela plástica). A partir do estudo foi possível verificar que jaquari e tambaqui obtiveram maior desempenho zootécnico, com ganho de peso dos peixes no tanque que possuía substrato artificial para fixação do perifíton, houve também a avaliação da qualidade da água, que estava nos parâmetros aceitáveis para a piscicultura. Carrasco et al. (2014) avaliou o efeito do perifíton sobre o desempenho do policultivo semi-intensivo de Tilápia-do-nilo e bocachio e Meilstein et al. (2013) no cultivo de tilápias híbridas e Siqueira; Rodrigues (2009) no cultivo de Tilápia-do-nilo, sendo possível concluir que a utilização do perifíton em tanques de cultivo constitui-se em uma maneira viável de reduzir a farinha de pescado para alimentação dos peixes, já que o perifíton aumenta a produtividade primária e favorece a reciclagem e recirculação de nutrientes. Uddin et al. (2007) analisou os efeitos do perifíton cultivado em substrato de bambu em tanques para crescimento de Tilápia-do-Nilo em monocultivo e policultivo de camarões de água doce (Macrobrachium rosenbergii), destacando seu uso como uma opção promissora para a aquicultura ecológica de baixo custo, tendo em vista que a utilização de perifíton como fonte complementar na alimentação permite ganho de massa das espécies, reduzindo o valor gasto em ração comercial. Uddin et al. (2009) apresentou um estudo através da investigação dos efeitos dos substratos e alimentação suplementar no crescimento e produção no policultivo de Tilápia-do-Nilo e camarão de água doce (Macrobrachium rosenbergii) em tanques de cultivo, com fixação do substrato de bambu para crescimento perifítico. A maior conversão alimentar foi observada nos tanques que possuíam tratamentos com substrato e ração, permitindo assim, demonstrar os aspectos positivos em utilizar perifíton para ganho de peso das espécies quando associado à ração. Haque et al. (2018) também apresenta resultados positivos quanto a utilização do perifíton em associação à ração comercial para ganho de peso no policultivo de Tilápia-do-Nilo, camarão de água doce e carpa (Hypophthalmichthys molitrix, Valenciennes, 1844), esta última bastante comum no mercado de Bangladesh e utilizada em larga escala principalmente pela população mais pobre. O estudo aponta os benefícios econômicos quanto ao uso do perifíton e melhoria da sustentabilidade em termos ecológicos. Cavalcante et al. (2011) avaliou um modelo laboratorial para estudos de cultivo de Tilápia-do-nilo em tanques baseado em perifíton, em dois regimes alimentares, um com alimentação integralmente adotada e outro com taxa de 50%, todos os peixes ingeriram ativamente o perifíton. Nos aquários que continham perifíton e taxa de alimentação a 50%, os peixes apresentaram maior ganho de peso corporal, pois o perifíton permitiu a conversão alimentar pela restrição imposta, com relação à qualidade da água não foram identificadas melhorias. Viabilidade do perifíton em substrato artificial na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis No estudo de Silva et al. (2021a) foram realizados estudos em dois sistemas de tratamento: um com substrato artificial com placas de cloreto de polivinila (PVC) e outro sem substrato para crescimento de biofilme perifítico. No sistema de tratamento contendo substrato foram obtidos melhores resultados para desenvolvimento da piscicultura, tendo em vista que a adição de um substrato para desenvolvimento perifítico estimula o crescimento de bactérias nitrificantes e fornece matéria orgânica dissolvida, além disso, microrganismos presentes, como as leveduras, podem servir como fonte de alimento proteico, apresentando também efeitos probióticos para os organismos cultivados. Gonzalez et al. (2012) realizou seu estudo avaliando a eficiência do perifíton no aumento da produtividade primária e alimentação de Tilápia- do-Nilo, enfatizando a eficiência do desenvolvimento do fitoplâncton para estimular a fixação do perifíton em substrato artificial e melhorando o sistema de produção. Através do policultivo de tilápia do Nilo e camarão (Macrobrachium amazonicum), Rodrigues et al. (2019) avaliou a eficiência
  • 8. perifítica em substratos de manta geotêxtil, bambu e sem substrato, destacando que o uso de substrato permite a melhor fixação perifítica e consequentemente o maior ganho de peso das espécies, já que o perifiton é utilizado como alimentação complementar, trazendo viabilidade comercial. Azim et al. (2003) avaliou a produção de biomassa de perifíton desenvolvida em substratos de vidro e seus efeitos no tamanho das Tilápia-do-Nilo cultivadas e qualidade da água. No estudo, foi quantificado a biomassa de perifíton desenvolvida nos substratos e os efeitos da sua quantidade no tamanho dos peixes, sendo constatado que os peixes cultivados consumiram 70% do perifíton ofertado, sustentando assim o crescimento das tilápias. Keshavanath (2004) verificou o efeito o substrato de bambu para o crescimento perifítico em tanques e sua eficácia no aumento da produtividade de Tilapia-do-Nilo e tilápia vermelha híbrida. Através do estudo pode ser verificado que o perifíton pode ser utilizado como alternativa ou complemento à alimentação suplementar de alevinos. Apenas os estudos de Azim; Litle (2008), Garcia et al. (2011) e Cavalcante et al. (2017) não apresentaram resultados positivos com os parâmetros utilizados para melhoria da qualidade da água nem ganho de massa corporal para viabilidade comercial das espécies em estudo. No estudo de Azim; Little (2008) a utilização de bioflocos contribui para o crescimento de Tilápia-do-Nilo em tanques de cultivo limitadas à luz, contudo os parâmetros da qualidade da água foram instáveis, defendendo o desenvolvimento demais estudos sobre a utilização de sistemas mistos, como aqueles associados a perifíton, pois apesar de servirem como alimento, o crescimento geral das tilápias não trouxeram viabilidade comercial. Na tentativa de avaliar se há benefícios na associação de bioflocos e perifíton, Cavalcante et al. (2017), avalia as instalações de estruturas submarinas para perfíton em tanques de bioflocos para Tilápia-do-Nilo, divididas em grupos com e sem restrição alimentar. Os controles e tratamentos experimentais foram: (1) BFT: tecnologia de bioflocos para aquicultura sem restrição alimentar (controle 1); (2) BFT-30: igual a (1) mas com restrição alimentar de 30% (controle 2); (3) BP: tecnologia de biofíton para aquicultura (integração entre bioflocos e perifíton) na mesma unidade de criação, sem restrição alimentar (tratamento 1); (4) BP-30: igual a (3) mas com restrição alimentar de 30% (tratamento 2). De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que não houve melhoria da qualidade da água nem do desempenho zootécnico dos peixes, sendo destacado que os benefícios das instalações de estruturas submarinas em tanques dependerão dos parâmetros técnicos aplicados ao sistema de cultivo, tendo em vista que a restrição alimentar ou a concentração de bioflocos e perifíton utilizados na pesquisa não foram suficientes para obtenção de resultados positivos. Garcia et al. (2011) também avaliou o desempenho do policultivo de Tilápia-do-Nilo e bocachio em tanques-redes com utilização de perifíton a partir de substrato artificial de tubos de polietileno. Com relação à produtividade, apenas a utilização do perifíton não foi capaz de trazer efeitos positivos no desempenho produtivo dos peixes, mas a técnica é compatível com a piscicultura, devendo ser realizados mais estudos onde possa ser proporcionada uma maior zona fótica. CONCLUSÃO A partir dos estudos analisados foi possível constatar que o perifíton apresenta efeitos positivos acerca da qualidade da água na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis. Por tratar-se de um produtor primário, desempenha um importante papel na ciclagem de nutrientes, permitindo a manutenção dos parâmetros da qualidade da água desejáveis para as espécies cultivadas. Em relação a sua influência na Biometria e Biomassa na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis, só houve um crescimento significativo das espécies cultivadas quando o perifíton estava associado à ração comercial. Quando utilizado como única forma de alimentação, as espécies não apresentaram ganho significativo viável para comercialização. Por fim, nos sistemas de tratamento contendo substrato foram obtidos melhores resultados para desenvolvimento da piscicultura, pois este permite uma melhor fixação perifítica. Nesse caso, o uso do substrato artificial permite
  • 9. a quantificação da taxa de crescimento, de biomassa fixada e para estudos comparativos da eficiência da dinâmica de colonização da comunidade perifítica. Diante disso, pode-se concluir que a utilização de perifíton traz benefícios na piscicultura de Tilápia-do-Nilo e tambaquis, tendo em vista que ele permite o aumento da produção primária, fazendo com que parte dos nutrientes que seriam perdidos se fixem ao substrato e sirva como alimento adicional para as espécies, reduzindo custos e viabilizando a atividade comercial. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos resultados obtidos com a revisão, vem a necessidade de um maior aprofundamento em relação à utilização de diferentes substratos artificiais e naturais em novos experimentos para avaliar sua eficiência na fixação perifítica e avaliar se há uma colonização agregada, com alternância de dominância e substituição ou adição de novas espécies ao longo dos estudos que avaliem a eficiência do perifíton no cultivo de Tilápia-do- Nilo e tambaquis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, R. B. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea, estado do Piauí: diagnóstico do município de Picos. Fortaleza: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2004, 32p. AZIM, M. E. The potential of perifipyton- based aquaculture production systems. Tese (Pós Doutorado) -, Wageningen Institute of Animal Sciences, 219p., 2001. AZIM, M. E.; LITTLE, D. C. The biofloc technology (BFT) in indoor tanks: Water quality, biofloc composition, and growth and welfare of Nile tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, v. 283, p. 29-35, 2008. AZIM, M. E. et al. Ingestion and utilization of periphyton grown on artificial substrates by Nile tilapia, Oreochromis niloticus L. Aquaculture, v. 34, n. 1, p. 85-92, 2003. BERGAMIN, L. L. N., Avaliação da estrutura e dinâmica das algas perifíticas em sistema de piscicultura intensiva e sua contribuição para o manejo sustentável. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) - Universidade Federal do Espírito Santo, 70p., 2016. BRATVOLD, D.; BROWDY, C. L. Effects of sand sediment and vertical surfaces (AquaMats) on production, water quality, and microbial ecology in an intensive Litopenaeus vannamei culture system. Aquaculture, v. 195, p. 81-94, 2001. BRASIL. Agência Nacional de Águas - ANA. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2019: informe anual. Brasília: ANA, 2019, 100p. BROL, J. Cultivo de peixes. Anuário 2020. Aquaculture Brasil. Disponível em: http://www.aquaculturebrasil.com/noticia/101/s aiu-novo-anuario-brasileiro-da-piscicultura-ja- esta-disponivel-para-download. Acesso 10 jul. 2022. CAVALCANTE, D. H. et al. Sistema laboratorial baseado em perifíton para piscicultura. Ciência Rural, v. 41, n. 12, p. 2177- 2182, 2011. CONAMA, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Classificação das águas doces, salobras e salinas do território Nacional. Resolução n.357, de 17 de março de 2005. Disponível em: https://www.pesca.agricultura.sp.gov.br/36_2_ 149-163rev.pdf. Acesso 30 out. 2022. CRISPIM, M. C.; ANTÃO-GERALDES, A. M.; OLIVEIRA, F. M. F.; MARINHO, R. S.; MORAIS, M. M... Potencialidades da Implementação de Biorremediação na Reabilitação de rios: Dados Iniciais e Considerações In: ROQUE, A. C.; PAULA, D. P.; DIAS, J. A.; FONSECA, L. C.; RODRIGUES, M. A. C.; ALBUQUERQUE, M. G.; PEREIRA, S. D.. Saindo da zona de conforto:
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