O documento discute o desenvolvimento de fitoterápicos sob uma perspectiva interdisciplinar, envolvendo áreas como antropologia botânica, botânica, agronomia, fitoquímica, farmacologia e toxicologia. Destaca a importância de estudos prévios sobre as plantas medicinais e da criação de monografias nacionais para regulamentar a produção e uso seguro de fitoterápicos no Brasil.
O documento discute o comércio e controle de qualidade de plantas medicinais no Brasil. Apresenta o cenário atual de uso de fitoterápicos no país e os esforços regulatórios para estruturar a fitoterapia no SUS. No entanto, aponta que ainda há desafios como a falta de estudos de qualidade sobre muitas plantas e riscos na compra de produtos sem controle em feiras. Defende maior investimento em pesquisa e farmacovigilância para garantir uso seguro.
1) O documento discute o potencial fitoterápico de espécies da família Asteraceae no Brasil. 2) Ele analisa o perfil fitoquímico de 12 espécies distribuídas em 10 gêneros da família e encontra parâmetros que qualificam seu potencial para produção de fitoterápicos. 3) No entanto, espécies do gênero Baccharis demonstraram alta toxicidade e estudos adicionais sobre o gênero Cousina são necessários para certificar sua viabilidade.
Este documento discute a produção de medicamentos fitoterápicos, formas farmacêuticas e vias de administração. Apresenta conceitos como planta medicinal, droga vegetal e derivado vegetal. Detalha processos de obtenção de fitoterápicos e seus principais tipos de acordo com a formulação. Explora formas farmacêuticas como xaropes, cápsulas e pomadas, além de vias de administração como oral e tópica. Por fim, aborda a regulamentação destes produtos no Brasil.
Este documento resume os principais aspectos da validação científica de plantas medicinais e fitoterápicos, incluindo:
1) Estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos para identificar plantas usadas na medicina popular e tradicional.
2) Estudos pré-clínicos para determinar as propriedades farmacológicas e toxicidade das plantas.
3) Estudos clínicos em 4 fases para avaliar a eficácia e segurança das plantas no tratamento de doenças.
Este documento fornece uma introdução aos conceitos e histórico do uso de plantas medicinais e fitoterápicos. Aborda a estratégia da OMS para implementar a medicina tradicional nos sistemas de saúde, assim como as políticas públicas brasileiras sobre o tema. Explica termos como fitoterapia, medicina tradicional e complementar, e detalha a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Brasil.
O documento descreve o processo de elaboração de monografias sobre plantas medicinais de interesse ao Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Apresenta o histórico da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus) e explica que as monografias têm como objetivo sistematizar as informações científicas disponíveis sobre essas espécies para orientar pesquisas futuras. Detalha também o processo de consulta pública para revisão das primeiras monografias produzidas.
O documento aborda os principais conceitos sobre o cultivo, colheita e certificação de plantas medicinais, incluindo a importância da identificação correta da planta e dos fatores que afetam os princípios ativos. Também discute as boas práticas agrícolas para o cultivo sustentável dessas plantas e a necessidade de um trabalho integrado entre diferentes profissionais.
Este documento fornece uma introdução à farmacologia de fitoterápicos em 3 frases:
Apresenta os principais conceitos e informações sobre fitofarmacologia de forma esquemática para subsidiar a atuação de profissionais de saúde na indicação de plantas medicinais. Discute aspectos como princípios ativos, vias de administração, ação biológica, aplicações terapêuticas e formulação de fitoterápicos.
O documento discute o comércio e controle de qualidade de plantas medicinais no Brasil. Apresenta o cenário atual de uso de fitoterápicos no país e os esforços regulatórios para estruturar a fitoterapia no SUS. No entanto, aponta que ainda há desafios como a falta de estudos de qualidade sobre muitas plantas e riscos na compra de produtos sem controle em feiras. Defende maior investimento em pesquisa e farmacovigilância para garantir uso seguro.
1) O documento discute o potencial fitoterápico de espécies da família Asteraceae no Brasil. 2) Ele analisa o perfil fitoquímico de 12 espécies distribuídas em 10 gêneros da família e encontra parâmetros que qualificam seu potencial para produção de fitoterápicos. 3) No entanto, espécies do gênero Baccharis demonstraram alta toxicidade e estudos adicionais sobre o gênero Cousina são necessários para certificar sua viabilidade.
Este documento discute a produção de medicamentos fitoterápicos, formas farmacêuticas e vias de administração. Apresenta conceitos como planta medicinal, droga vegetal e derivado vegetal. Detalha processos de obtenção de fitoterápicos e seus principais tipos de acordo com a formulação. Explora formas farmacêuticas como xaropes, cápsulas e pomadas, além de vias de administração como oral e tópica. Por fim, aborda a regulamentação destes produtos no Brasil.
Este documento resume os principais aspectos da validação científica de plantas medicinais e fitoterápicos, incluindo:
1) Estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos para identificar plantas usadas na medicina popular e tradicional.
2) Estudos pré-clínicos para determinar as propriedades farmacológicas e toxicidade das plantas.
3) Estudos clínicos em 4 fases para avaliar a eficácia e segurança das plantas no tratamento de doenças.
Este documento fornece uma introdução aos conceitos e histórico do uso de plantas medicinais e fitoterápicos. Aborda a estratégia da OMS para implementar a medicina tradicional nos sistemas de saúde, assim como as políticas públicas brasileiras sobre o tema. Explica termos como fitoterapia, medicina tradicional e complementar, e detalha a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Brasil.
O documento descreve o processo de elaboração de monografias sobre plantas medicinais de interesse ao Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Apresenta o histórico da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus) e explica que as monografias têm como objetivo sistematizar as informações científicas disponíveis sobre essas espécies para orientar pesquisas futuras. Detalha também o processo de consulta pública para revisão das primeiras monografias produzidas.
O documento aborda os principais conceitos sobre o cultivo, colheita e certificação de plantas medicinais, incluindo a importância da identificação correta da planta e dos fatores que afetam os princípios ativos. Também discute as boas práticas agrícolas para o cultivo sustentável dessas plantas e a necessidade de um trabalho integrado entre diferentes profissionais.
Este documento fornece uma introdução à farmacologia de fitoterápicos em 3 frases:
Apresenta os principais conceitos e informações sobre fitofarmacologia de forma esquemática para subsidiar a atuação de profissionais de saúde na indicação de plantas medicinais. Discute aspectos como princípios ativos, vias de administração, ação biológica, aplicações terapêuticas e formulação de fitoterápicos.
O documento discute a Farmácia Viva no SUS, incluindo os modelos de Farmácia Viva, plantas medicinais de interesse ao SUS, princípios ativos de plantas, formas de uso de fitoterápicos e cuidados com o uso de plantas medicinais.
O documento discute os aspectos da preparação da droga vegetal, incluindo a propagação de plantas, coleta, secagem, armazenamento e embalagem. A propagação pode ocorrer por via sexuada, como sementes, ou assexuada, por exemplo estacas. A coleta deve considerar a parte da planta, época e outros fatores. A secagem elimina a água e a estabilização destrói enzimas. A droga deve ser armazenada em local seco, arejado e embalada corretamente.
1) As plantas desenvolveram defesas químicas ao longo de milhões de anos de evolução para sobreviver e competir por recursos.
2) Os humanos aprenderam a usar plantas medicinais ao longo dos séculos para tratar doenças, e extratos de plantas contêm misturas de substâncias ativas que podem ter efeitos terapêuticos.
3) Embora plantas medicinais tenham sido usadas tradicionalmente, é importante regulamentar a indústria fitoterápica e fornecer informações confiáveis
O documento apresenta um mini-curso sobre farmacotécnica de fitoterápicos, abordando tópicos como o contexto histórico, definições, matérias-primas vegetais, desenvolvimento farmacotécnico, formas farmacêuticas e a regulamentação de fitoterápicos no Brasil.
O documento discute a importância dos estudos sobre o uso de medicamentos, como a farmacoeconomia e a farmacoepidemiologia. Essas áreas analisam os custos e consequências dos tratamentos para melhorar o uso racional de medicamentos. O documento também descreve problemas relacionados ao uso irracional de medicamentos, como escolhas inadequadas e efeitos adversos.
Estudo do consumo de plantas medicinais na região centro norte e aceitação pe...Nayara Dávilla
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso de plantas medicinais na região centro-norte do Rio de Janeiro, Brasil. A pesquisa mostrou que as plantas medicinais são a principal forma de tratamento para 63% dos entrevistados, apesar da disponibilidade de medicamentos convencionais. As plantas são frequentemente usadas como automedicação antes ou junto com medicamentos, sem o conhecimento do médico. Além disso, os profissionais de saúde demonstraram falta de conhecimento sobre o uso cultural de plantas medicinais pela popula
Este documento descreve um estudo etnobotânico realizado com raizeiros no município de Esperança, Paraíba. Os raizeiros forneceram informações sobre 32 espécies de plantas medicinais comercializadas, incluindo nome, parte utilizada e indicações. Quando comparadas à literatura, a maioria das informações dos raizeiros sobre forma de preparo, parte da planta e indicações terapêuticas foram consistentes, mostrando seu conhecimento. Entretanto, algumas plantas com potencial toxicidade ou risco de extin
Este documento discute o uso de plantas medicinais em diferentes sistemas de medicina tradicional como a Medicina Tradicional Chinesa, Antroposofia, Homeopatia e Ayurveda. Apresenta os conceitos-chave de cada sistema e como as plantas são usadas no diagnóstico e tratamento de acordo com os princípios de cada um.
Este documento aborda os aspectos botânicos das plantas medicinais, incluindo a classificação, identificação e coleta de amostras botânicas. Discute procedimentos como herborização, secagem, montagem de exsicatas e incorporação em herbários para identificação correta das espécies. Também explica a nomenclatura botânica e a classificação taxonômica das plantas.
O documento discute a problemática do uso de agrotóxicos no Brasil e a necessidade de construir uma visão compartilhada entre os atores sociais. Apresenta como o uso intensivo de agrotóxicos traz custos ambientais e sociais elevados. Argumenta que é necessário envolver todos os atores, incluindo indústria, governo, produtores e sociedade civil, para entender as diferentes percepções e racionalidades e desenvolver soluções integradas.
1) As culturas agrícolas são ameaçadas por pragas e doenças que prejudicam as colheitas;
2) Cabe aos agricultores utilizar medidas de proteção como controle de pragas, fertilização adequada e cuidados fitossanitários;
3) A proteção integrada utiliza diferentes métodos de controle como luta genética, cultural, física, biológica, biotécnica e química de forma sustentável.
O documento discute conceitos importantes relacionados a medicamentos, incluindo: 1) medicamento de referência, genérico e similar; 2) insumo farmacêutico ativo; 3) biodisponibilidade e bioequivalência. O documento também fornece exemplos históricos do desenvolvimento de medicamentos como a aspirina.
O documento discute a promoção do uso racional de medicamentos no Brasil, definindo o conceito, as causas do uso irracional e suas consequências. Ele também descreve medidas educativas implementadas no país para melhorar o uso de medicamentos, incluindo cursos, publicações e pesquisas.
Formulário de fitoterapicos da farmacopeia brasileiravisacamacan
Este documento apresenta o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1a edição. Ele contém 47 monografias de plantas medicinais para infusos e decoctos, 17 de tinturas, uma de xarope, cinco de geis, cinco de pomadas, uma de sabonete, duas de cremes e quatro de bases farmacêuticas. O objetivo é padronizar as formulações de fitoterápicos manipulados nos serviços públicos de saúde no Brasil.
O documento descreve as funções e responsabilidades dos farmacêuticos e profissionais da saúde relacionados a medicamentos, incluindo a dispensação, prescrição, validade de receitas e uso racional de medicamentos.
Este documento discute aspectos históricos, legais e éticos da fitoterapia médica no Brasil. Apresenta as credenciais acadêmicas e experiência profissional do professor Niraldo Paulino, que é especialista em fitoterapia. Também fornece breves resumos sobre tópicos como a história da fitoterapia, conceitos e regulamentações relacionadas a medicamentos fitoterápicos no Brasil.
O documento descreve 8 princípios gerais da proteção integrada de culturas. Estes princípios enfatizam o monitoramento e controle de pragas com métodos não químicos sempre que possível, a tomada de decisões baseadas em limiares científicos, e o uso preferencial de métodos de controle biológicos, físicos e outros métodos não químicos sustentáveis.
O documento discute a importância da elaboração de monografias de plantas medicinais. O autor é um professor e pesquisador da área de farmacologia de plantas medicinais. As monografias devem estabelecer padrões de qualidade para as plantas medicinais, incluindo identificação botânica, características físico-químicas, conteúdo de princípios ativos e propriedades farmacológicas. Publicações internacionais sobre o tema também são citadas.
O documento apresenta uma introdução sobre fitocosméticos, abordando sua definição e origem a partir do uso de plantas medicinais ao longo da história. Destaca o crescimento do interesse pelo uso de produtos naturais e de origem vegetal na cosmética, apesar do desenvolvimento inicial de cosméticos sintéticos. Aponta a revalorização das plantas medicinais nas últimas décadas associada à busca por produção em escala industrial diferentemente dos métodos artesanais originais.
Este capítulo descreve a evolução das políticas públicas brasileiras relacionadas à fitoterapia e plantas medicinais no SUS. Inicialmente, apresenta o uso histórico das plantas medicinais no Brasil e sua importância econômica. Também aborda resoluções da OMS que reconhecem o valor das práticas tradicionais. Finalmente, detalha as principais políticas implementadas no Brasil desde a década de 1990, incluindo a proposta de uma Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a Política
1) O documento discute a indústria farmacêutica e de fitoterápicos no Brasil.
2) A indústria farmacêutica mundial vem sofrendo pressão para reduzir preços de medicamentos e custos de P&D tem aumentado.
3) No Brasil, a produção de fitoterápicos é pequena e precisa de mais pesquisa científica e ações governamentais para se desenvolver.
1) O documento discute a legislação brasileira sobre medicamentos fitoterápicos, incluindo os requisitos para registro desses produtos na ANVISA.
2) A ANVISA exige requisitos de qualidade, segurança e eficácia similares aos de medicamentos convencionais para garantir que fitoterápicos sejam seguros para os consumidores.
3) Atualmente, cerca de 400 fitoterápicos possuem registro válido na ANVISA.
O documento discute a Farmácia Viva no SUS, incluindo os modelos de Farmácia Viva, plantas medicinais de interesse ao SUS, princípios ativos de plantas, formas de uso de fitoterápicos e cuidados com o uso de plantas medicinais.
O documento discute os aspectos da preparação da droga vegetal, incluindo a propagação de plantas, coleta, secagem, armazenamento e embalagem. A propagação pode ocorrer por via sexuada, como sementes, ou assexuada, por exemplo estacas. A coleta deve considerar a parte da planta, época e outros fatores. A secagem elimina a água e a estabilização destrói enzimas. A droga deve ser armazenada em local seco, arejado e embalada corretamente.
1) As plantas desenvolveram defesas químicas ao longo de milhões de anos de evolução para sobreviver e competir por recursos.
2) Os humanos aprenderam a usar plantas medicinais ao longo dos séculos para tratar doenças, e extratos de plantas contêm misturas de substâncias ativas que podem ter efeitos terapêuticos.
3) Embora plantas medicinais tenham sido usadas tradicionalmente, é importante regulamentar a indústria fitoterápica e fornecer informações confiáveis
O documento apresenta um mini-curso sobre farmacotécnica de fitoterápicos, abordando tópicos como o contexto histórico, definições, matérias-primas vegetais, desenvolvimento farmacotécnico, formas farmacêuticas e a regulamentação de fitoterápicos no Brasil.
O documento discute a importância dos estudos sobre o uso de medicamentos, como a farmacoeconomia e a farmacoepidemiologia. Essas áreas analisam os custos e consequências dos tratamentos para melhorar o uso racional de medicamentos. O documento também descreve problemas relacionados ao uso irracional de medicamentos, como escolhas inadequadas e efeitos adversos.
Estudo do consumo de plantas medicinais na região centro norte e aceitação pe...Nayara Dávilla
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso de plantas medicinais na região centro-norte do Rio de Janeiro, Brasil. A pesquisa mostrou que as plantas medicinais são a principal forma de tratamento para 63% dos entrevistados, apesar da disponibilidade de medicamentos convencionais. As plantas são frequentemente usadas como automedicação antes ou junto com medicamentos, sem o conhecimento do médico. Além disso, os profissionais de saúde demonstraram falta de conhecimento sobre o uso cultural de plantas medicinais pela popula
Este documento descreve um estudo etnobotânico realizado com raizeiros no município de Esperança, Paraíba. Os raizeiros forneceram informações sobre 32 espécies de plantas medicinais comercializadas, incluindo nome, parte utilizada e indicações. Quando comparadas à literatura, a maioria das informações dos raizeiros sobre forma de preparo, parte da planta e indicações terapêuticas foram consistentes, mostrando seu conhecimento. Entretanto, algumas plantas com potencial toxicidade ou risco de extin
Este documento discute o uso de plantas medicinais em diferentes sistemas de medicina tradicional como a Medicina Tradicional Chinesa, Antroposofia, Homeopatia e Ayurveda. Apresenta os conceitos-chave de cada sistema e como as plantas são usadas no diagnóstico e tratamento de acordo com os princípios de cada um.
Este documento aborda os aspectos botânicos das plantas medicinais, incluindo a classificação, identificação e coleta de amostras botânicas. Discute procedimentos como herborização, secagem, montagem de exsicatas e incorporação em herbários para identificação correta das espécies. Também explica a nomenclatura botânica e a classificação taxonômica das plantas.
O documento discute a problemática do uso de agrotóxicos no Brasil e a necessidade de construir uma visão compartilhada entre os atores sociais. Apresenta como o uso intensivo de agrotóxicos traz custos ambientais e sociais elevados. Argumenta que é necessário envolver todos os atores, incluindo indústria, governo, produtores e sociedade civil, para entender as diferentes percepções e racionalidades e desenvolver soluções integradas.
1) As culturas agrícolas são ameaçadas por pragas e doenças que prejudicam as colheitas;
2) Cabe aos agricultores utilizar medidas de proteção como controle de pragas, fertilização adequada e cuidados fitossanitários;
3) A proteção integrada utiliza diferentes métodos de controle como luta genética, cultural, física, biológica, biotécnica e química de forma sustentável.
O documento discute conceitos importantes relacionados a medicamentos, incluindo: 1) medicamento de referência, genérico e similar; 2) insumo farmacêutico ativo; 3) biodisponibilidade e bioequivalência. O documento também fornece exemplos históricos do desenvolvimento de medicamentos como a aspirina.
O documento discute a promoção do uso racional de medicamentos no Brasil, definindo o conceito, as causas do uso irracional e suas consequências. Ele também descreve medidas educativas implementadas no país para melhorar o uso de medicamentos, incluindo cursos, publicações e pesquisas.
Formulário de fitoterapicos da farmacopeia brasileiravisacamacan
Este documento apresenta o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1a edição. Ele contém 47 monografias de plantas medicinais para infusos e decoctos, 17 de tinturas, uma de xarope, cinco de geis, cinco de pomadas, uma de sabonete, duas de cremes e quatro de bases farmacêuticas. O objetivo é padronizar as formulações de fitoterápicos manipulados nos serviços públicos de saúde no Brasil.
O documento descreve as funções e responsabilidades dos farmacêuticos e profissionais da saúde relacionados a medicamentos, incluindo a dispensação, prescrição, validade de receitas e uso racional de medicamentos.
Este documento discute aspectos históricos, legais e éticos da fitoterapia médica no Brasil. Apresenta as credenciais acadêmicas e experiência profissional do professor Niraldo Paulino, que é especialista em fitoterapia. Também fornece breves resumos sobre tópicos como a história da fitoterapia, conceitos e regulamentações relacionadas a medicamentos fitoterápicos no Brasil.
O documento descreve 8 princípios gerais da proteção integrada de culturas. Estes princípios enfatizam o monitoramento e controle de pragas com métodos não químicos sempre que possível, a tomada de decisões baseadas em limiares científicos, e o uso preferencial de métodos de controle biológicos, físicos e outros métodos não químicos sustentáveis.
O documento discute a importância da elaboração de monografias de plantas medicinais. O autor é um professor e pesquisador da área de farmacologia de plantas medicinais. As monografias devem estabelecer padrões de qualidade para as plantas medicinais, incluindo identificação botânica, características físico-químicas, conteúdo de princípios ativos e propriedades farmacológicas. Publicações internacionais sobre o tema também são citadas.
O documento apresenta uma introdução sobre fitocosméticos, abordando sua definição e origem a partir do uso de plantas medicinais ao longo da história. Destaca o crescimento do interesse pelo uso de produtos naturais e de origem vegetal na cosmética, apesar do desenvolvimento inicial de cosméticos sintéticos. Aponta a revalorização das plantas medicinais nas últimas décadas associada à busca por produção em escala industrial diferentemente dos métodos artesanais originais.
Este capítulo descreve a evolução das políticas públicas brasileiras relacionadas à fitoterapia e plantas medicinais no SUS. Inicialmente, apresenta o uso histórico das plantas medicinais no Brasil e sua importância econômica. Também aborda resoluções da OMS que reconhecem o valor das práticas tradicionais. Finalmente, detalha as principais políticas implementadas no Brasil desde a década de 1990, incluindo a proposta de uma Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a Política
1) O documento discute a indústria farmacêutica e de fitoterápicos no Brasil.
2) A indústria farmacêutica mundial vem sofrendo pressão para reduzir preços de medicamentos e custos de P&D tem aumentado.
3) No Brasil, a produção de fitoterápicos é pequena e precisa de mais pesquisa científica e ações governamentais para se desenvolver.
1) O documento discute a legislação brasileira sobre medicamentos fitoterápicos, incluindo os requisitos para registro desses produtos na ANVISA.
2) A ANVISA exige requisitos de qualidade, segurança e eficácia similares aos de medicamentos convencionais para garantir que fitoterápicos sejam seguros para os consumidores.
3) Atualmente, cerca de 400 fitoterápicos possuem registro válido na ANVISA.
657 -programas-de-fitoterapia-na-atencao--primaria existem-experiencias-exitosasNemésio Carlos Silva
Este artigo descreve experiências de programas de fitoterapia em unidades básicas de saúde no Brasil. Muitos programas são organizados por equipes multiprofissionais e estruturam-se com hortas medicinais e farmácias de manipulação. Os programas tiveram resultados positivos como uso racional de plantas medicinais, viabilidade econômica e valorização do saber popular, mas enfrentaram resistência de gestores e profissionais devido ao desconhecimento sobre o tema.
O documento apresenta uma revisão integrativa sobre o uso irracional de plantas medicinais. Foram identificadas várias plantas usadas de forma irracional que podem oferecer riscos à saúde, como doses elevadas ou associação indevida com medicamentos. O estudo conclui destacando o papel dos profissionais de saúde, principalmente farmacêuticos, na orientação sobre o uso adequado de fitoterápicos.
1) O documento descreve a implantação de uma horta orgânica de ervas medicinais na comunidade da Barra em Muriaé/MG com o objetivo de inclusão social através do acesso à fitoterapia.
2) A horta cultiva 170 espécies de ervas medicinais sob manejo agroecológico para tratar os principais problemas de saúde da comunidade.
3) O projeto permitiu a inclusão social de pessoas carentes através de 32.400 atendimentos entre 2006 e 2012, uma média de 385 pessoas/mês
1. O documento descreve uma pesquisa sobre o uso popular de plantas medicinais para tratar infecções parasitárias em Aracaju-SE. 2. 33% dos entrevistados usam plantas medicinais para esse fim, sendo a hortelã (69,7%) e a erva-de-santa-maria (33,3%) as mais comuns. 3. As partes de planta mais usadas são folhas (87,8%) e raiz (21,2%), adquiridas principalmente no quintal (42,5%) ou feiras (24,2%).
Análise sobre a fitoterapia como prática integrativa no susNayara Dávilla
O documento discute a fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele destaca que o uso de plantas medicinais vem crescendo no Brasil e em outros países, facilitado pela grande diversidade vegetal brasileira e baixo custo. Além disso, vários estados e municípios vêm implementando programas de fitoterapia na atenção primária para atender às carências medicamentosas das comunidades. Entretanto, estudos sobre a fitoterapia ainda são limitados no Brasil.
Formulario de fitoterapicos_da_farmacopeia_brasileiraPaulo Almeida
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira / Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011.
1. O documento apresenta o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1a edição, que fornece formulações padronizadas de fitoterápicos para manipulação em farmácias.
2. O formulário foi elaborado pelo Comitê Técnico Temático de Apoio a Políticas de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Comissão da Farmacopeia Brasileira para apoiar a Política Nacional de Plantas Medicinais.
3. Contém monografias sobre preparações fitoterápicas como infusos,
Formulario de fitoterapicos da farmacopeia brasileiraCencap
1. O documento apresenta o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1a edição, que fornece padrões para a manipulação de fitoterápicos no Brasil.
2. O formulário contém monografias sobre preparações fitoterápicas como infusos, decoctos, tinturas, geis, pomadas e xarope, baseadas em plantas medicinais reconhecidas no país.
3. A elaboração do formulário teve como objetivo padronizar as formulações fitoterápicas manipuladas nos programas
Plantas medicinais e fitoterápicos na atenção primária à saúdehenriquetabosa
O documento discute o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção primária à saúde. Ele descreve a história do uso de plantas medicinais, como a quina para tratar a malária, e discute a situação atual da fitoterapia no Brasil e em Pernambuco, incluindo o potencial do estado para o cultivo e produção de plantas medicinais.
O documento fornece uma introdução sobre plantas medicinais, incluindo seu uso histórico, principais grupos de plantas, identificação, implantação de farmácias verdes e casos de sucesso, preparação de remédios caseiros, ações terapêuticas de plantas e plantas medicinais condimentares.
O documento fornece informações básicas sobre fitoterapia para agentes comunitários de saúde, definindo termos como droga vegetal, fitoterápico e planta medicinal. Também discute nomes populares e científicos de plantas, cuidados no uso e colheita delas, e as políticas públicas de fitoterapia no Brasil.
O documento discute os conceitos e interfaces da assistência farmacêutica. A assistência farmacêutica envolve vários campos como farmacologia, medicina, psicologia e administração. Ela inclui a orientação sobre prescrição e uso de medicamentos, disponibilidade e gerenciamento de medicamentos, farmacovigilância e estudos de utilização. A obtenção de medicamentos depende do sistema de saúde e das condições socioeconômicas do paciente.
Diagnostico situacional farmaceutico a respeito de fitoterapicosNayara Dávilla
Este documento apresenta um diagnóstico situacional da cadeia produtiva de fitoterápicos e plantas medicinais no estado de Mato Grosso. Analisa o mercado e consumo, políticas públicas, saúde, acesso a medicamentos e o ciclo da assistência farmacêutica. Conclui que a regularização desta cadeia produtiva pode aumentar o acesso a medicamentos fitoterápicos, respeitar a escolha terapêutica dos cidadãos e incentivar a agricultura familiar de forma sustentável.
O documento discute as prioridades da Política Nacional de Medicamentos no Brasil e as atribuições dos farmacêuticos nelas, incluindo: (1) participar na elaboração e revisão das listas de medicamentos essenciais; (2) fornecer informações sobre medicamentos aos pacientes; (3) incentivar o uso de genéricos. Isso melhoraria o acesso a medicamentos seguros e a saúde pública.
Este documento descreve a Política Nacional de Medicamentos no Brasil, incluindo suas diretrizes e responsabilidades das esferas governamentais. A política tem como objetivo garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos e promover o acesso da população aos medicamentos essenciais. Ela orienta o planejamento do governo e define prioridades como a revisão da lista de medicamentos essenciais e a promoção do uso racional de medicamentos.
Este documento descreve uma pesquisa sobre plantas medicinais comercializadas em Bacabal, Maranhão, Brasil. A pesquisa identificou 31 tipos de plantas medicinais de 22 famílias vendidas na região. Muitas dessas plantas não são nativas da flora local. Os vendedores aprenderam sobre as plantas principalmente por meio de familiares. Mais estudos são necessários sobre as propriedades das plantas para garantir seu uso seguro.
O documento discute o potencial da fitoterapia no tratamento da obesidade, apresentando: 1) A importância do sinergismo entre compostos de plantas medicinais; 2) Estratégias de associação de fitoterápicos visando potencializar efeitos com plantas de mecanismos complementares; 3) Grupos de fitoterápicos que atuam na obesidade e sugestões de associações.
aula introdutória de controle de qualidade inovação e tecnologia em farmácia.
Essa aula explica aos alunos o que é essa cadeira/ disciplina e como iremos abordar os contéudos importantes. A farmácia está em alteração constante no seu quadro discilplinar e para isso é necessário uma nova abordagem e metodologia para apresentar essas mudanças
A #farmácia é uma #busca #contante de #saber e a #inovação sempre está presente
Semelhante a Artigo fitoterápicos toledo - 2003 (20)
1. Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 7-13, jan./dez. 2003
7
Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica
Ana Cristina Oltramari Toledo 1
Lilian Lúcio Hirata1
Marilene da Cruz M. Buffon 2, 3
Marilis Dallarmi Miguel 4
Obdulio Gomes Miguel 4
Resumo: O artigo, de cunho informativo e crítico, propõe uma perspectiva do desenvolvimento de
fitoterápicos sob a ótica da interdisciplinaridade, que envolve as inúmeras especificidades das diversas áreas
que compõem o referido tema. Enumera-se a pesquisa de acordo com a antropologia botânica, a botânica, a
agronomia, a fitoquímica, a farmacologia, a toxicologia, os aspectos de desenvolvimento e de estudo clínico do
fitoterápico. Nesta perspectiva discute-se o fitoterápico inserido em uma proposta de construção de
monografias nacionais de modo a contribuir com a indústria, com os centros estaduais, municipais de
produção e distribuição de medicamentos, proporcionando dentre as opções da terapêutica um medicamento
ético, seguro e eficiente.
Palavras-chave: Fitoterápico; Plantas medicinais; Desenvolvimento.
Herbal medicines: Pharmacotechnique approach
Abstract: The article, informative and critical in nature, proposes an overview on the development of herbal
medicines from an interdisciplinary standpoint, involving the countless specifics of the various areas pertaining
to the above-mentioned theme. The research work is described in accordance with Botanical Anthropology,
Botany, Agronomy, Phytochemistry, Farmacology, Toxicology, and the aspects of development and clinical
assessment of herbal medicines. In this perspective, herbal medicines are discussed within a proposition of
creating national monographs to contribute with the industry and state and municipal centers of production
and distribution of medicines, providing an ethical, safe and effective medicine among the therapeutic options.
Keywords: Herbal medicine; Medicinal plants; Development.
A fitoterapia na prática da saúde pública
A saúde, entendida como direito do cidadão e
dever do Estado, leva todos os profissionais da área de
saúde a refletir sobre as ações e ferramentas que possam
ser usadas com vistas à promoção e manutenção da
saúde primária e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida. Ainda, considera-se que cada vez mais
têm-se voltado os olhos à busca das plantas medicinais
e/ou seus derivados como agentes terapêuticos naturais.
O estímulo ao uso destes fitoterápicos tem como
objetivo: prevenir, curar ou minimizar os sintomas das
doenças, com um custo mais acessível à população e
aos serviços públicos de saúde, comparativamente
àqueles obtidos por síntese química, que são, em geral,
mais caros, devido às patentes tecnológicas envolvidas.
1 Mestrandas
Estes produtos naturais podem ser tão eficientes quanto os produzidos pela síntese química, contudo
a transformação de uma planta em um medicamento
deve visar à preservação da integridade química e
farmacológica do vegetal, garantindo a constância de
sua ação biológica e a sua segurança de utilização, além de
valorizar seu potencial terapêutico. Para atingir esses objetivos, a produção de fitoterápicos requer, necessariamente,
estudos prévios relativos a aspectos botânicos, agronômicos, fitoquímicos, farmacológicos, toxicológicos, de
desenvolvimento de metodologias analíticas e
tecnológicas (Miguel e Miguel, 1999).
Busca-se aliar o conhecimento científico à
aplicação destes no desenvolvimento de fitopreparados.
Entretanto, tem-se que perpassar inúmeros limites, os
quais permeiam a produção do fitoterápico enquanto
do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Paraná.
assistente do Depto. de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Paraná.
3 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da Universidade Federal do Paraná
4 Professores adjuntos do Depto. de Farmácia da Universidade Federal do Paraná – Curso de Farmácia/UFPR
R. Lothário Meissner no 3.400 – Curitiba-PR
E-mail: dallarmi@onda.com.br
2 Professora
2. 8
Ana Cristina Oltramari Toledo, Lilian Lúcio Hirata, Marilene da Cruz M. Buffon, Marilis Dallarmi Miguel, Obdulio Gomes Miguel
medicamento. Para que se viabilize a inserção da fitoterapia nos pequenos centros de produção, bem como
nas farmácias de manipulação, deve haver investimentos
na elaboração de documentos oficiais para tal fim.
Um grande fator limitante é que a maioria das
plantas em uso não se encontra descrita em códigos
oficiais (formulários e farmacopéias), não havendo
inclusive estudos sobre as mesmas. Pode-se citar que
dentre as inúmeras espécies de plantas, apenas 324 estão
descritas na Farmacopéia Alemã, 60 na Cooperativa
Européia Científica de Fitoterapia, 13 na Farmacopéia
Americana, 60 na Organização Mundial da Saúde e 34
na Farmacopéia Brasileira (Evans, 2002; United States
Pharmacopeia – USP XXIV, 2000). Deve-se destacar
ainda, que o desenvolvimento de um novo medicamento envolve um processo complexo de alto custo,
onde se requer investimentos em torno de 100-360
milhões dólares em um período de 10-12 anos para que
um fármaco seja desenvolvido. (Yunes, 2001)
A legislação em vigor, ainda incipiente, visa
regulamentar e oficializar o desenvolvimento e o uso de
fitoterápicos, de modo a contrapor a expressão que
comumente se ouve tanto dos usuários quanto dos
profissionais da saúde que, no momento da prescrição e
dispensação, referem “...o que é natural não possui
efeitos colaterais...”. Tal afirmação é enganosa e remete
a inúmeros riscos à saúde da população. Diversos autores
têm demonstrado que as plantas medicinais possuem
efeitos indesejáveis e muitas vezes tóxicos (Brasil, 1996;
Brasil, 2000) e consideram-se ainda as Resoluções da
Anvisa, que regulamentam a coleta, o estudo farmacológico e toxicológico de drogas, incluindo a Resolução
que regulamenta o registro dos fitoterápicos (Brasil,
2000). Também a polêmica lei de patentes (Lei no 9.279,
de 14 de maio de 1996), onde infelizmente as comunidades nativas possuem seu conhecimento explorado e
discutido, mas não possuem direito ao lucro obtido
dele. A menos que providenciem o registro em cartório
da planta e do seu uso pela própria comunidade, para
que esta, mesmo que indiretamente, possa ser
beneficiada pelos resultados obtidos a partir da
exploração de seu conhecimento.
Por outro lado, somam-se a estas limitações o
grande número de pesquisas desvinculadas umas das
outras, onde as especialidades se sobrepõem às reais
necessidades da Fitoterapia enquanto medicina tradicional
aplicada. Constatam-se inúmeras plantas cujos estudos
fitoquímicos e farmacológicos são potencialmente satisfatórios, contudo a espécie em questão não possui sequer
pesquisas agronômicas e ecológicas que se preocupam
com reprodução do vegetal ou sequer o extrativismo
sustentável. Nesta perspectiva, investir nos códigos
oficiais cuja finalidade é a construção de monografias
que privilegiem desde o cultivo, perpassando pelo
manejo adequado, até chegar à determinação de doses
clínicas poderá representar a saída para a indústria
nacional e para os centros de produção institucionais,
como aqueles programas mantidos por governos,
prefeituras e demais organizações; além de atender às
necessidades básicas em saúde, podem gerar trabalho
no campo e nos centros industriais.
Atualmente existem muitas pesquisas com
inúmeras espécies vegetais, as quais são objeto de
estudos nos programas de pós-graduação em todo o país.
Das espécies Phyllanthus sellowianus e Phyllantus fraternus
foram isolados e identificados inúmeros compostos de
natureza química diferente, incluindo alguns taninos,
esteróides e flavonóides com potente ação analgésica
em diferentes modelos de dor de origem neurogênica e
inflamatória em camundongos (Cechinel Filho, V. et al.,
1998; Miguel, O. G. et al., 1994; Miguel, O. G. et al.,
1995; Trentin, A. P. et al., 1997).
Por outro lado, a indústria nacional de fitoterápicos possui inúmeras drogas comercializadas ao longo
de décadas com base somente no uso popular, sendo
atualmente alvo de interesse da indústria. Remete
esforços na busca e isolamento de marcadores e estudos
farmacológicos, pré-clínicos e clínicos, como o caso do
xarope de guaco (Mikania glomerata), xarope de agrião
(Nasturtium officinale) e tintura de agoniada Plumeria lancifolia,
entre inúmeros outros, cujo uso pela população pode ser
considerado quase secular (Miguel, O. G. et al., 1992).
As interfaces da fitoterapia
O desenvolvimento de fitoterápicos inclui
várias etapas e envolve um processo interdisciplinar,
multidisciplinar e interinstitucional. As áreas de conhecimento envolvidas vão desde a antropologia botânica,
botânica, agronomia, ecologia, química, fitoquímica,
farmacologia, toxicologia, biotecnologia, química
orgânica até a tecnologia farmacêutica.
A pesquisa tem início pelo levantamento em
literatura científica e catálogos internacionais nas áreas
específicas do referido conhecimento, seguindo em
paralelo a pesquisa etnobotânica, a qual trata da
observação do uso popular de plantas nas diferentes
culturas (Camargo, 1999). Pode-se também selecionar
uma planta por meio de pesquisa quimiotaxonômica
(onde o aspecto morfológico pode revelar a presença de
determinados grupos químicos que tenham atividade
farmacológica).
Seqüencialmente,
coleta-se
um
espécime da planta, prepara-se uma exsicata e faz-se a
identificação botânica e o registro em um museu ou
herbário. (Di Stasi, 1996; Miguel & Miguel, 1999;
Simões et al., 2001).
A seguir remete-se o vegetal aos estudos
botânicos, que têm como objetivo a identificação
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 7-13, jan./dez. 2003
3. Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica
inequívoca de uma espécie vegetal, por meio da análise
de características anatômicas, procurando destacar
aquelas consideradas peculiares de uma determinada
espécie e que, em última instância, estejam presentes na
matéria-prima vegetal. Da mesma forma, é importante o
estabelecimento de características botânicas comparativas que permitam detectar, no controle de qualidade, a
presença de uma ou mais espécies adulterantes.
Quanto ao encaminhamento aos estudos
agronômicos; objetiva-se à produção abundante e
homogênea de matéria-prima, preservando, ao mesmo
tempo, a espécie e a biodiversidade. Os principais
aspectos a serem investigados visam à otimização da
produção de biomassa e de constituintes ativos, por
meio de estudos edafo-climáticos, de micropropagação,
inter-relações ecológicas, densidade de plantio, de
melhoramento genético da espécie, além dos aspectos
sanitários de manejo e beneficiamento da espécie
(Dallacosta & Miguel, 2001; Schefer, 1992).
Os estudos fitoquímicos compreendem as etapas
de isolamento, elucidação estrutural e identificação dos
constituintes mais importantes do vegetal, principalmente
de substâncias originárias do metabolismo secundário,
responsáveis, ou não, pela ação biológica. Esses
conhecimentos permitem identificar a espécie vegetal,
conjuntamente com ensaios de atividade biológica,
analisar e caracterizar frações ou substâncias bioativas.
Ressalta-se ainda a importância para o desenvolvimento
de fitoterápicos do estabelecimento de marcadores
químicos, que são indispensáveis para o planejamento e
monitoramento das ações de transformação tecnológicas
aliado a estudos de estabilidade dos produtos intermediário e final. Para isso, o conhecimento da estrutura
química tem especial relevância no caso de substâncias
facilmente degradáveis por fatores tais como luz, calor e
solventes, atrelados ao processo tecnológico.
A avaliação da atividade biológica inclui a
investigação da atividade farmacológica e toxicológica
das substâncias isoladas, de frações obtidas ou extratos
totais da droga vegetal. A necessidade de constatar e
verificar a atividade biológica de uma planta e dos
produtos derivados pode ser abordada sob dois pontos
de vista. O primeiro, é investigar uma seqüência de
aspectos, iniciando pela seleção das ações farmacológicas
atribuídas à planta. Seleciona-se a atividade farmacológica
específica a ser explorada, identificando-se o farmacógeno,
e quais respectivas substâncias podem apresentar a atividade farmacológica propriamente dita. Seqüencialmente
identifica-se a concentração e potência da substância
ativa em questão, buscando inclusive a presença ou não
de substâncias tóxicas na fração de interesse.
O segundo diz respeito ao estabelecimento de
estratégias de desenvolvimento tecnológico, no qual a
sua validação exige a conservação da composição
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 7-13, jan./dez. 2003
9
química e, sobretudo, da atividade farmacológica a ser
explorada.
O conhecimento dos aspectos de atividade
biológica do vegetal é requisito essencial para a
transformação da planta medicinal no produto
fitoterápico, havendo também interesse em estudos de
desenvolvimento de metodologias analíticas.
Esses métodos permitem a avaliação da qualidade do produto fitoterápico, promovem a garantia da
constância da ação terapêutica, a segurança de
utilização, sendo a eles atribuídas funções diferenciadas.
Nesta ótica destaca-se a avaliação do teor de
substância ou grupo de substâncias ativas e do perfil
qualitativo dos constituintes químicos de interesse,
presentes na matéria-prima vegetal, produtos intermediários e produto final; por meio de métodos
espectrofotométricos, cromatográficos, físicos, físicoquímicos ou químicos, devendo possuir especificidade,
exatidão, precisão e tempo de rotina analítica, viabilizando-se que o mesmo possa ser utilizado em estudos
de estabilidade, permitindo, inclusive, a detecção de
produtos oriundos da degradação das substâncias ativas
ou dos marcadores químicos.
Inclui-se a avaliação das características físicas e
físico-químicas dos produtos tecnologicamente transformados, em razão de que estas características podem
interferir sobre o perfil biofarmacêutico do produto
fitoterápico. Além disso, a utilização de métodos
analíticos visando à quantificação de substâncias ativas
ou de referência bem como de aspectos relativos à
forma farmacêutica são essenciais para a obtenção da
homogeneidade dos lotes de produção.
Produção e controle de qualidade de fitoterápicos
A produção de fitoterápicos pressupõe que
estudos de desenvolvimento tenham sido realizados
anteriormente, estando os procedimentos e etapas de
processamento devidamente estabelecidos. Cumprindo
esse quesito, a obtenção de produtos fitoterápicos, quer
seja em escala oficinal, hospitalar ou industrial, requer
conhecimentos e habilidades específicas dos três pontos
do ciclo de produção de medicamentos. Tais conhecimentos e habilidades devem relacionar-se, objetivando a
produção de produtos farmacêuticos adequados, de
acordo com os conceitos atuais de qualidade, que são o
nível de satisfação do produtor e usuário do medicamento e o cumprimento de requisitos pré-fixados que
conduzam à sua total adequabilidade ao fim a que se
destinam. Portanto, o conhecimento do que se pretende
fazer deve ser aliado às normas que permitam alcançar
o objetivo traçado, para alcançar a qualidade total.
O insumo é o conjunto de bens e serviços que
permite, por meio das ações de transformação, a
4. 10
Ana Cristina Oltramari Toledo, Lilian Lúcio Hirata, Marilene da Cruz M. Buffon, Marilis Dallarmi Miguel, Obdulio Gomes Miguel
obtenção do medicamento.
É indispensável que o produtor conheça
profundamente as matérias-primas empregadas a fim de
estabelecer, para cada uma delas, uma monografia
completa, que vai servir como documento básico para o
estabelecimento da ficha de especificações para
aquisição, dos protocolos de controle de qualidade, das
instruções para suas transformações, entre outras.
De acordo com o tipo de matéria-prima,
deverão ser deliniados os controles de qualidade e
tomados os cuidados de conservação e manipulação.
O conhecimento dos adjuvantes empregados
deverá abranger, em primeiro lugar, as especificações
adequadas de conservação e manipulação.
A especificação correta do material de embalagem primária pressupõe, por sua vez, o completo
domínio do material a ser acondicionado e da
composição dos continentes. A sua reatividade,
representada pela capacidade de absorver substâncias,
de ser permeável a gases ou vapores no sentido do
ambiente ou do interior da embalagem ou de ceder
componentes para o produto, pode comprometer a
qualidade do produto final.
As técnicas de produção e de controle de
qualidade devem ser precedidas de parâmetros para que
as operações ocorram sob completo domínio.
A área física da empresa, atendendo à escala de
produção, objetiva a adequação de cada área ao tipo de
ação que será desenvolvida.
Na produção de produtos fitoterápicos, grande
atenção deve ser dada no planejamento das áreas à
preservação da qualidade físico-química e microbiológica, quer da matéria-prima ativa, quer dos produtos
intermediários e final.
A validação dos equipamentos, aqui entendida
como o conjunto das ações que procuram verificar o
correto funcionamento dos mesmos, e a manutenção
preventiva complementam as atitudes necessárias de
conformidade às boas práticas de produção.
Nesta perspectiva se estabelece a montagem do
Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual deve
fixar os parâmetros de operação a serem mantidos e
determinar as técnicas de controle de qualidade a serem
executadas.
A obtenção de formas farmacêuticas derivadas
de matéria-prima vegetal necessita de um planejamento
inicial, com a finalidade de planejar o manejo da
matéria-prima vegetal e demais adjuvantes de acordo
com as especificações dos mesmos, além da determinação
seqüencial das ações de transformação e monitoramento
dos pontos e metodologias de controle mais apropriados.
Normalmente o produto intermediário que
inicia o processamento da forma farmacêutica classificase como preparação complexa, trata-se de um produto
oriundo da transformação da planta ou do farmacógeno. Dependendo da disponibilidade de mercado, a
matéria-prima pode ser um extrato ou produto
derivado, contendo adjuvantes farmacêuticos ou não.
Este requer uma série de operações de transformação.
A transformação do material vegetal para um
produto tecnicamente elaborado, que pode ser
intermediário ou acabado, implica a utilização de
operações de transformação tecnológica.
A complexidade do processo e o número de
operações envolvidas estão determinados pelo grau de
transformação tecnológica requerido, que pode ser
mínimo, como é o caso de pós e drogas rasuradas
destinados à preparação de chás; ou bem maior, quando
o objetivo é obter frações purificadas ou fórmulas
sólidas revestidas. Para cada uma das etapas do
processo tecnológico, a escolha de uma operação
específica é determinada pelas características físicas e
físico-químicas do produto a ser obtido, pela natureza
da matéria-prima a ser transformada e pelo volume de
produção exigido.
A garantia de qualidade do material vegetal a
ser processado é fundamental na preparação de
fitoterápicos, devendo considerar-se aspectos botânicos,
químicos, farmacológicos e de pureza. Por esse motivo,
além do teor de substância ativa e intensidade das
atividades farmacológica e toxicológica, outros aspectos
de qualidade a serem avaliados são a carga microbiana,
contaminação química por metais pesados, pesticidas e
outros defensivos agrícolas, e presença de matéria
estranha, como terra, areia, partes vegetais, insetos e
pequenos vertebrados ou de produtos oriundos destes
(Brasil, 2000).
Formas farmacêuticas
A administração de agentes terapêuticos necessita
da sua incorporação em uma forma farmacêutica,
caracterizada normalmente pelo estado físico de apresentação, constituída de componentes farmacologicamente
ativos e de adjuvantes farmacêuticos. A escolha da
forma farmacêutica mais apropriada para um produto
fitoterápico deve considerar a eficácia e a segurança do
componente ativo e assegurar sua qualidade; facilitar a
aplicação do medicamento, por meio da via de
administração mais apropriada; permitir a administração
de dose efetiva do componente ativo, com precisão
adequada ao seu emprego seguro e sua adequação a
casos específicos; contornar problemas de estabilidade,
por meio da adição de adjuvantes primários conservadores, como conservantes, antioxidantes, tamponantes,
etc.; adequar as propriedades da forma farmacêutica às
necessidades fisiológicas da via de administração;
direcionar a cedência dos componentes ativos, seja
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 7-13, jan./dez. 2003
5. Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica
quanto ao local mais apropriado de absorção ou quanto
ao perfil de liberação e aumentar o nível de aderência ao
tratamento, tais como os adequadores organolépticos,
que conferem características sensoriais (gustativas,
olfativas e visuais) aceitáveis ao produto.
Dentre as necessidades de adequar-se a forma
farmacêutica à via de administração com vistas à mais
efetiva biodisponibilidade, tem-se as formas sólidas, onde
se destacam os pós destinados a preparações extemporâneas, constituídos por drogas vegetais pulverizadas
empregadas na obtenção de preparações medicinais
aquosas extrativas, normalmente por infusão, ou preparações medicinais alcóolicas extrativas e/ou produtos secos
para a dissolução, a quente ou a frio, em líquido
adequado (água, misturas hidroalcoólicas, óleos, etc.).
Os extratos secos são preparações obtidas pela
eliminação de aproximadamente 96,5% – 99% da fase
líquida, por meio de operação de secagem em pressão
atmosférica ou reduzida, por liofilização ou, ainda, pela
incorporação de solução extrativa em matriz sólida,
com posterior secagem.
Os granulados são obtidos pela aglomeração de
matérias-primas em forma de pó e de outros adjuvantes
farmacêuticos por meio de emprego de aglutinantes, são
destinados a preparações extemporâneas, tais como
soluções ou suspensões, preparadas a quente ou a frio,
ou utilizados como preparações intermediárias para
obtenção de comprimidos.
As cápsulas, as quais representam 60% das
formulações comercializadas nas farmácias de
manipulação, são uma das formas farmacêuticas de
maior aceitação. São destinadas à administração oral,
vaginal ou retal (Miguel, M. D. et al., 2002).
Os comprimidos, caracterizados por conter a dose
de componentes ativos individualizada na própria forma,
são obtidos pela compactação de matérias-primas sólidas.
Em paralelo tem-se os comprimidos revestidos
(drágeas), caracterizados pelo revestimento em camadas
múltiplas, de composições heterogêneas, constituídos
principalmente por sacarose, ou comprimidos peliculados
(film tablets) em que o revestimento é de composição
homogênea, de baixa espessura, formado por agentes
filmógenos poliméricos sintéticos.
Ao se considerarem as formas farmacêuticas
semi-sólidas, têm-se os extratos espessos, que se
apresentam com preparações viscosas em temperatura
ambiente, obtidas por meio do esgotamento e
concentração de soluções extrativas até o ponto de
formar uma massa maleável contendo quantidades
variáveis de umidade residual, quase que completamente
substituída por extratos secos.
As pomadas ou cremes de consistência elevada
são destinados à aplicação sobre a pele. As matérias-primas
vegetais incorporadas abrangem desde as sólidas, como
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 7-13, jan./dez. 2003
11
extratos secos e pós, até as líquidas, como soluções
extrativas nos mais diversos sistemas de solventes.
As emulsões contendo extratos vegetais e óleos
são obtidas por meios das metodologias usuais de
emulsificação, da dissolução ou suspensão de extratos
líquidos, concentrados ou secos na fase mais adequada.
Os supositórios podem ser preparados pela
incorporação, dissolução, emulsionamento ou suspensão de
extratos líquidos, concentrados ou secos na massa de base.
As suspensões integrais de plantas frescas são
obtidas pela moagem fina de plantas frescas congeladas
a -50ºC, suspensas em etanol a 36º, em concentrações
que variam de 30 a 35% (m/V) da droga. São destinadas
à administração por via oral ou cutânea, geralmente
após diluídas em água.
Quanto às formas farmacêuticas líquidas, têm-se
resinas, óleos e o sumo das partes frescas do vegetal, os
quais são utilizados para uma ampla variedade de preparações fitoterápicas aquosas obtidas por diversos métodos.
Os extratos podem apresentar-se líquidos,
moles, espessos ou secos. Os aquosos devem ser preparados para uso imediato, em virtude de sua suscetibilidade de degradação e de contaminação microbiana,
inerente à presença de água como solvente.
As alcoolaturas são preparadas de plantas
frescas, excepcionalmente de plantas secas ou de
drogas, por maceração em temperatura ambiente com
etanol. Os alcoolatos são obtidos por destilação da
matéria-prima fresca em etanol.
As tinturas, soluções extrativas alcoólicas ou
hidroalcoólicas, são preparadas com base em drogas
vegetais ou, ainda, como extratos de plantas, são
preparadas com etanol, misturas hidroalcoólicas em
várias concentrações, éter ou misturas destes, de tal
modo que uma parte da droga é extraída com mais de
duas partes, mas menos de dez partes de líquido
extrator, isto é 10 ml de tintura devem corresponder aos
componentes solúveis de 1 g de droga.
Os extratos fluidos, que se caracterizam como
preparações líquidas e diferenciam-se das tinturas por
serem mais concentrados e por possuírem métodos diferenciados de obtenção do menstruo, normalmente são
misturas hidroetanólicas em que 1 ml de extrato contém
os constituintes ativos correspondentes a 1 g da droga.
Os elixires, preparações líquidas, límpidas,
hidroalcoólicas, apresentando teor alcoólico na faixa de
20 a 50% (V/V), os quais são preparados por dissolução
ou diluição simples de extratos secos ou concentrados,
atualmente foram retirados do mercado em razão de
portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), que proíbe formulações com alto teor alcoólico.
E os xaropes, considerados preparações
medicinais aquosas açucaradas, apresentam alta concentração de sacarose, normalmente superior a 40% (m/V).
6. 12
Ana Cristina Oltramari Toledo, Lilian Lúcio Hirata, Marilene da Cruz M. Buffon, Marilis Dallarmi Miguel, Obdulio Gomes Miguel
Conclusão
A escassa fonte de informações que contemplam
a industrialização e/ou manipulação de plantas medicinais é muito restrita. A fundamentação teórica sobre
inúmeras espécies já comercializadas no país é muito
limitada. Sem apoio dos institutos e fundações de
fomento, as universidades e institutos de pesquisa
seguem suas buscas de maneira disciplinar compartimentalizada dentro de especialidades. A informação que
se tem, em boa parte compreende plantas européias e
de uso universal. Existem muito poucas pesquisas agronômicas, farmacológicas, toxicológicas, de desenvolvimento
de formas farmacêuticas e de estudos clínicos na
fabricação de produtos fitoterápicos. Contudo, as feiras
livres e ervanários, algumas pequenas indústrias e
farmácias comercializam tais espécies mesmo havendo a
Resolução – RDC 17 que propõe o estudo das mesmas
para comercialização. Constata-se a ausência de políticas
regionais e nacionais, sobre medicamentos fitoterápicos,
em particular aqueles considerados essenciais.
Falta por parte das indústrias maior colaboração junto às universidades tendo em vista financiar
pesquisas nas diferentes áreas que compõem a fitoterapia.
Há ausência de uma política de conservação
que implemente o cultivo e manejo racional de espécies
medicinais, atrelando-se financiamentos específicos para
agricultura destas.
Deve-se considerar inclusive a falta de
qualidade do material vegetal, principalmente no que se
refere a composição química, sendo esta totalmente
irregular, sobretudo com a contaminação microbiológica, além da presença de herbicidas e agrotóxicos, os
quais são provenientes de um manejo inadequado da
matéria-prima destinada à produção de medicamentos.
Para a investigação científica é importante
lembrar que a associação e a inter-relação entre os mais
variados profissionais tornam-se atualmente uma prioridade diante das necessidades nacionais de terapêutica
em atendimento à saúde primária. Deve-se ainda
considerar os aspectos de preservação das reservas
naturais dentro da perspectiva do desenvolvimento
sustentável, pois o desmatamento indiscriminado e o
extrativismo predatório podem acarretar o desaparecimento de plantas que têm um potencial medicamentoso
e que ainda não foram pesquisadas sob o ponto de vista
botânico, agronômico, fitoquímico e farmacológico.
Falta apoio governamental com o objetivo de
aproximar os grupos de pesquisa e privilegiar aquelas
pesquisas que compreendem toda a cadeia de produção
de determinada espécie de interesse até a determinação
de doses e ensaios clínicos.
Quanto às instituições de fomento à pesquisa
em plantas medicinais, cabe viabilizar programas que
privilegiem o estudo desde as questões agronômicas,
perpassando a fitoquímica, a farmacológica e o desenvolvimento, até os estudos clínicos. De modo que possamos
agregar grupos de pesquisadores interdisciplinares,
multiprofissionais e interinstitucionais para contribuir
com o desenvolvimento de novos fitoterápicos, de
acordo com as exigências da legislação em vigor,
possibilitando a construção de monografias que venham
compor a nossa Farmacopéia. Falta apoio da classe
médica no reconhecimento da importância de nossa
Farmacopéia e na criação de um Formulário nacional,
com as quais muito poderia beneficiar-se.
Faltam ações administrativas efetivas que
garantam a confecção e a regularidade desses códigos
oficiais, podendo viabilizar-se, nesta perspectiva,
políticas públicas efetivas de produção e distribuição de
medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
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