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Anhanguera Educacional Ltda.
Correspondência/Contato
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pic.ipade@unianhanguera.edu.br
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicação: 30 de junho de 2011
Trabalho realizado com o incentivo e
fomento da Anhanguera Educacional
Priscila Oliveira de Godoy
Katiucia Oliskovicz
Vânia Maria Bernardino
Wellington R.Chaves
Carla Dal Piva
Ana Silvia Nalevaiko Rigo
Curso:
Tecnologia em Produção
Sucroalcooleira
CENTRO UNIVERSITÁRIO
ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE -
UNIDADE 2
Trabalho apresentado em formato de
pôster no I Evento Interno de Iniciação
Científica do Centro Universitário
Anhanguera de Campo Grande
realizado em 27 de outubro de 2010.
Publicado no I Congresso de Iniciação
Científica Instituto Sustentar-2010
RESUMO
O resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares,
indústrias e estabelecimentos, acaba sendo despejado
diretamente nas águas, como em rios e riachos ou simplesmente
em pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto
causando danos, como entupimento dos canos e o encarecimento
dos processos das estações de tratamento, além de contribuir para
a poluição do meio aquático, ou, ainda, no lixo doméstico. Desta
forma, torna-se viável à necessidade de promover a
conscientização dos estabelecimentos e da sociedade, sobre o óleo
de cozinha descartado de forma inadequada que pode causar
danos ao meio ambiente. Assim, o presente trabalho teve como
objetivo investigar o destino dado ao óleo de cozinha dos
domicílios situados no município de Bandeirantes – MS e
verificar os problemas encontrados pela comunidade (duas sala
do ensino fundamental de uma escola Estadual) para o descarte e
pesquisar no bairro ou no município a existência da coleta
seletiva para este tipo de resíduo. Para a atividade prática desse
projeto, foi distribuído um questionário, contendo sete perguntas
buscando evidenciar o grau de consciência ambiental de cada
aluno sobre o tema abordado. Pela observação dos aspectos
mencionados pode-se concluir que a reciclagem do óleo de
cozinha é um dos meios de preservação do meio ambiente. Desta
forma, o trabalho alcançou as expectativas, mostrando que é
possível preservar o meio ambiente, mesmo através de técnicas
simples, desde que com o apoio correto.
Palavras-Chave: conscientização ambiental; reciclagem; meio
ambiente.
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 17, Ano 2010
CONSCIÊNCIA LIMPA: RECICLANDO O ÓLEO DE COZINHA
206 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
1. INTRODUÇÃO
Segundo Castellanelli et al. (2007), o resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos
lares, indústrias e estabelecimentos do país, devido à falta de informação da população,
acaba sendo despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos ou simplesmente
em pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto causando danos, como
entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das estações de tratamento, além
de contribuir para a poluição do meio aquático, ou, ainda, no lixo doméstico –
contribuindo para o aumento das áreas dos aterros sanitários.
Sendo assim, o óleo de cozinha usado pode servir como matéria-prima na
fabricação de diversos produtos, tais como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens,
sabão, detergentes, entre outros (PITTA JUNIOR et al., 2009). Segundo os mesmos
autores, o ciclo reverso do produto pode trazer vantagens competitivas e evitar a
degradação ambiental e problemas no sistema de tratamento de água e esgotos.
Para Reis et al. (2007), o óleo de cozinha usado retornado à produção, além de
evitar a degradação do meio ambiente e os consequentes custos sócio-econômicos,
também cumpre o papel de evitar o gasto de recursos escassos, tais como os ambientais,
humanos, financeiros e econômicos - terra, água, fertilizantes, defensivos agrícolas,
maquinário, combustível, mão-de-obra, financiamento bancário, fator tempo, entre outros.
Conforme D'Avignon (2007) defende, quanto mais o cidadão evitar o descarte do
óleo no lixo comum, mais estará contribuindo para preservar o meio ambiente. Segundo
ele, uma das soluções é entregar o óleo usado a um catador de material reciclável ou
diretamente a associações que façam à reciclagem do produto.
2. OBJETIVO
Assim, o presente trabalho teve como objetivos:
a) Investigar o destino dado ao óleo de cozinha dos domicílios situados no
município de Bandeirantes – MS.
b) Verificar os problemas encontrados pela comunidade (duas sala do ensino
fundamental de uma escola Estadual) para o descarte.
c) Pesquisar a existência da coleta seletiva para este tipo de material no
município de Bandeirantes - MS.
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 207
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
3. METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho de natureza qualitativa sócio-ambiental, que permitiu a troca de
conhecimento entre os acadêmicos e a sociedade. Onde na primeira etapa, os
pesquisadores realizaram levantamento bibliográfico e revisão da literatura acerca do
assunto.
Na segunda etapa foi realizada uma visita à escola estadual do município de
Bandeirantes – MS para apresentação do projeto “Consciência Limpa: Reciclando o Óleo
de Cozinha” ao diretor que em seguida, indicou as séries que poderiam participar do
projeto, alunos do 7º e 8º ano do ensino fundamental.
Após a escolha das turmas que participariam do projeto, os alunos das turmas
foram motivados a coletar o óleo de cozinha nos seus respectivos bairros e nas suas
residências. O material coletado foi utilizado para demonstrar a produção do sabão aos
alunos participantes do projeto, após a realização das palestras.
Na terceira fase, os pesquisadores (acadêmicos) seguindo o agendamento prévio
realizado com a direção da escola, ministraram a palestra “Projeto Consciência Limpa:
Reciclando o Óleo de Cozinha”. Ao final da palestra foi aplicado um questionário aos
participantes para verificar o conhecimento dos mesmos sobre o assunto tema da palestra.
Na quarta etapa, coube aos pesquisadores (acadêmicos), identificar a existência
ou não de cooperativa de catadores no município ou qualquer outro estabelecimento que
poderia receber esse material. Havendo o estabelecimento no Município, entrariam em
contato para maiores informações para os procedimentos realizados pela empresa.
3.1. Participantes do projeto e realização da atividade prática
Participaram da palestra “Consciência Limpa – Reciclando o Óleo de Cozinha”, 41 alunos
de uma sala do sétimo ano e 20 alunos de uma sala do oitavo ano, conforme demonstra a
Figura 1, do ensino fundamental de uma escola estadual da cidade de Bandeirantes – MS.
208 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
Figura 1. Alunos que participaram atividade.
Para a atividade prática desse projeto, além da palestra supracitada, foi
distribuído um questionário (Figura 2), contendo sete perguntas referentes ao tema
abordado no projeto.
Figura 2. Modelo de questionário utilizado durante a pesquisa.
O formulário em questão teve como objetivo obter informações sobre o nível de
conscientização dos alunos em relação ao descarte do óleo de cozinha, uma vez que esse
resíduo é gerado nas suas residências após o preparo de frituras.
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 209
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
3.2. Ingredientes e preparo do sabão
Dentre as várias receitas que existem para se produzir o sabão encontrado na literatura, a
equipe do projeto, optou por uma receita simples e prática, descrita a seguir:
a) 4 litros de água;
b) 4 litros de óleo de cozinha usado;
c) 1 litro de sebo derretido;
d) 2 copos de sabão em pó;
e) 2 copos de detergente;
f) 2 copos de desinfetante ( pinho sol);
g) 1 kg de soda cáustica.
Neste trabalho empregou-se óleo comestível usado (óleo de soja) obtido por meio
da coleta realizada pelos próprios alunos.
Quanto ao preparo do sabão, vale ressaltar, que foi recomendado o cuidado no
manuseio, uma vez que são utilizados alguns ingredientes tóxicos que não devem em
qualquer hipótese serem manipulados por crianças ou por pessoas que não detenham o
conhecimento prévio.
Para o preparo do sabão foi seguida a receita descrita e realizados os seguintes
passos:
a) Em um recipiente (Figura 3) foram adicionados: a água, o óleo, o sebo
previamente derretido, o sabão em pó, o detergente, o desinfetante e por
último a soda cáustica nas proporções indicadas;
b) Essa mistura foi mexida sem parar por aproximadamente 1 hora e 20 min;
c) A mistura ficou em repouso por 24 horas, após esse período a mistura já
endurecida, foi retirada da forma, cortada em pequenos pedaços dando
origem as barras de sabão que foram dispostas em uma prateleira para
secar por seis dias (Figura 4).
Figura 3. Vista do recipiente contendo os ingredientes.
210 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
Figura 4. À direita, vista do sabão após a retirada da forma e a esquerda,
vista das barras de sabão prontas para o consumo.
Salienta-se que a receita caseira de transformar óleo de cozinha em sabão, contém
soda cáustica e outras químicas, portanto, foram seguidas todas as normas de segurança
preconizadas pelo Conselho Regional de Química e a atividade prática de preparar o
sabão foi realizada pelos próprios pesquisadores. Essa atividade prática foi demonstrativa
para os participantes e serviu também para a produção de um vídeo. Com este vídeo
pretende-se dar continuidade ao projeto com a sua apresentação em outras escolas.
3.3. Tabulação dos dados e interpretação dos resultados
A tabulação dos dados foi realizada pelos acadêmicos após a análise dos questionários
respondidos pelos alunos que participaram do projeto.
E a partir da interpretação dos dados, puderam originar os gráficos
representados nas figuras que estão expostas no item 5 – Resultados.
4. DESENVOLVIMENTO
Dentre os resíduos gerados que representam riscos de poluição ambiental considerável
estão os óleos vegetais usados em processos de fritura. Segundo Reis et al. (2007), esses
óleos são largamente consumidos para a preparação de alimentos tanto nas residências
domiciliares quanto nos estabelecimentos industriais e comerciais de produção de
alimentos. Devido à falta de informação da população e dos empresários, o resíduo do
óleo de cozinha gerado acaba sendo despejado em corpos aquáticos – como rios ou
riachos –, causando a sua contaminação, ou nas pias e vasos sanitários, indo parar nos
sistemas de esgoto e causando o entupimento dos canos, encarecendo os processos das
Estações de Tratamento de Efluentes.
Segundo Rebouças (2010), o óleo de cozinha representa um fator nocivo à
natureza, cada litro de óleo que vai para o esgoto possui a capacidade de poluir até 1
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 211
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
milhão de litros de água. Além da poluição na água, o óleo fica retido nos encanamentos e
nas estruturas dos esgotos provocando entupimentos e rompimentos das redes de esgoto.
O óleo descartado no ralo da pia da cozinha, além de causar mau cheiro,
aumenta consideravelmente às dificuldades referentes ao tratamento de esgoto. Este óleo
descartado acaba chegando aos rios e até mesmo ao oceano, através das tubulações. A
presença do óleo na água é facilmente perceptível. Por ser mais leve e menos denso que a
água ele flutua, não se misturando, permanecendo na superfície. Cria-se assim uma
barreira que dificulta a entrada de luz e bloqueia a oxigenação da água. Esse fato pode
comprometer a base da cadeia alimentar aquática (fitoplânctons), causando um
desequilíbrio ambiental, comprometendo a vida (PARAÍSO, 2008).
Do ponto de vista da Legislação Ambiental, o tema “óleo de cozinha usado” está
sendo abordado pelo Projeto de Lei nº 2.074 de 19 de setembro de 2007 – em tramitação no
Congresso Federal Brasileiro –, que dispõe sobre “a obrigação dos postos de gasolina,
hipermercados, empresas vendedoras ou distribuidoras de óleo de cozinha e
estabelecimentos similares de manter estruturas destinadas à coleta de óleo de cozinha
usado” (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2007). Isto irá fazer com que as empresas
produtoras de óleo de cozinha devem informar em seus rótulos sobre a possibilidade de
reciclagem do produto e de manter estruturas adequadas para a coleta de óleo
dispensado.
A coleta seletiva domiciliar, embora seja mais complexa do ponto de vista da sua
operacionalização, consegue incorporar questões mais amplas, como a preocupação com a
preservação do meio ambiente, o reaproveitamento dos recursos, a geração de emprego e
renda e o envolvimento da sociedade (GALBIATI, 2005).
Para que o retorno do óleo vegetal como matéria-prima seja possível, é preciso a
adoção de uma série de procedimentos inter-relacionados, entre eles: acondicionamento,
coleta, armazenagem e movimentação até o local de produção. De acordo com Pitta Jr. et
al. (2009), é recomendável que o acondicionamento do óleo seja feito em embalagens com
capacidades entre 500 ml a 2 litros, no caso das habitações, e de 20 a 50 litros nos pontos
comerciais. Na coleta, o veículo adaptado para receber caçamba, tanque ou com uma
mangueira de sucção, faz uma rota pré-definida calculada habitualmente por um sistema
informatizado. Quanto ao armazenamento, o óleo é estocado até atingir determinada
quantidade antes de retornar à produção, podendo passar pelo processo de filtragem para
a remoção das impurezas.
O descarte do óleo é apenas uma pequena parte do grande problema relacionado
à geração de lixo no mundo. Tratar lixo é caro e, quando não tratado, há um forte impacto
212 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
ambiental. No caso do óleo de cozinha usado em frituras, a possibilidade mais concreta
para evitar seu despejo na natureza é reaproveitá-lo fazendo sabão (MARTINS, 2010).
Para Santana et al. (2010), o ciclo reverso do produto, quando adotado, pode
evitar e/ou minimizar a degradação ambiental, trazendo, conseqüentemente, vantagens
competitivas para as empresas. Em relação ao óleo de cozinha usado, objeto de enfoque, o
uso da ferramenta Logística Reversa – ou seja, o retorno do produto para servir de
matéria-prima para a fabricação do mesmo ou de outro – pode evitar problemas nos
sistemas de tratamento de água e esgotos por despejo inadequado do mesmo. Não lançar
óleo em fontes de água, na rede de esgoto ou no solo é uma questão de responsabilidade
social e, por isso, deve ser uma idéia propagada.
Depois de reciclado, o óleo de fritura usado pode ser utilizado como matéria-
prima na produção de resina para tintas, sabão, detergente, amaciante, sabonete, glicerina,
ração para animais, biodiesel, lubrificante para carros e máquinas agrícolas e outros.
(PORTO ALEGRE, 2008). Mas a alternativa de reaproveitamento do óleo para fazer sabão
tem sido considerada a mais simples produção tecnológica de reciclagem fazendo com
que haja um ciclo de vida desse produto.
De acordo com uma antiga lenda romana, a palavra saponificação tem a sua
origem no Monte Sapo, onde eram realizados sacrifícios de animais. A chuva levava uma
mistura de gordura animal derretida, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre.
Essa mistura resultava numa borra (sabão). As mulheres descobriram que usando essa
borra, as suas roupas ficavam mais limpas. Os romanos passaram a chamar essa mistura
de sabão e à reação de obtenção do sabão de saponificação (MUNDO VERTICAL, 2008).
A reciclagem de óleos vegetais industriais vem ganhando espaço cada vez maior,
não simplesmente porque os resíduos representam matérias primas de baixo custo, mas
principalmente porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades
industriais e urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes (FIGUEIREDO,
1995).
Desta forma, torna-se viável à necessidade de promover a conscientização dos
estabelecimentos e da sociedade, sobre o óleo de cozinha descartado de forma inadequada
que pode causar danos ao meio ambiente, sendo que ele pode ser reutilizado em
diferentes formas, sendo uma delas, a produção de sabão em escala industrial ou
artesanal (PEZZINI, 2009).
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 213
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Figura 5 mostra que a maioria dos alunos envolvidos (98,4%) no projeto reconhece a
importância do meio ambiente para a sua vida e a necessidade da sua preservação. Na
Figura 6, ficou evidente que o óleo de cozinha é muito utilizado nas residências, uma vez
que 93,4% dos alunos confirmaram que sim.
98,4
1,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Alunos
sim não
Respostas
Você sabedaimportânciadomeioambienteparaa
suavida?
Figura 5. Relacionado à seguinte pergunta: Você sabe da importância do meio ambiente para sua vida?
93,4
4,9 1,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Alunos
sim não não respondeu
Respostas
Vocêutilizaoóleodecozinhacomfrequência?
Figura 6. Relacionado à seguinte pergunta: Você utiliza o óleo de cozinha com frequência?
Na Figura 7, muitos alunos (55,7%), confirmaram que o óleo de cozinha nas suas
casas após o uso, é armazenado, porém, conforme o que demonstra o gráfico, algumas
famílias ainda descartam esse resíduo no meio ambiente de uma maneira incorreta, como
podemos observar: no quintal (6,6%), no lixo (21,3%) e na pia (11,5%). Apenas uma
pequena porcentagem (4,9%) dos envolvidos no questionário, responderam que levam
para um centro de coleta na cidade.
214 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
55,7
6,6
11,5
21,3
4,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Alunos
armazenado pia da
cozinha
centro de
coleta
Respostas
Comoédescartadooóleodecozinhanasua
residência?
Figura 7. Relacionado à seguinte pergunta: Como é descartado o óleo de cozinha em sua residência?
Quando a pergunta foi o conhecimento de alternativas para reciclar o óleo,
observa-se que 5,8% dos entrevistados souberam responder sobre a existência de alguma
maneira de se reciclar o óleo de cozinha, porém, 42,6% não tinham nenhum conhecido
sobre outras alternativas de reciclagem (Figura 8).
50,8
42,6
6,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Alunos
sim não não respondeu
Respostas
Vocêconhecealgumamaneiradereciclar oóleode
cozinha?
Figura 8. Relacionado à seguinte pergunta: Você conhece alguma maneira de reciclar o óleo de cozinha?
Quando foram entrevistados a respeito da reutilização do óleo de cozinha,
muitos alunos confirmaram que sim, cerca de 67,2%, e apenas uma pequena parcela,
32,8% dos envolvidos responderam que não, conforme esta exposto na Figura 9.
67,2
32,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Alunos
sim não
Respostas
Nasuaresidênciavocêreutilizaoóleodecozinha?
Figura 9. Relacionado à seguinte pergunta: Na sua residência você reutiliza o óleo de cozinha?
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 215
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
Apesar de muitos alunos reutilizarem o óleo de cozinha, conforme o que foi
mostrado na Figura 9, muitos alunos (68,9%) não conhecem quais são os danos que o
descarte desse resíduo causa quando descartado de maneira incorreta (Figura 10).
31,1
68,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
Alunos
sim não
Respostas
Vocêsabeosdanoscausadosasuasaúdecomo
descarteincorretodoóleodecozinha?
Figura 10. Relacionado à seguinte pergunta: Você sabe quais os danos causados a sua saúde com o descarte
incorreto do óleo de cozinha?
Após a realização da palestra, a equipe do projeto, distribuiu pedaços de sabão
para os participantes, ente eles: alunos e professores, conforme demonstra a Figura 11.
Figura 11. Momento registrado no final da palestra.
Quanto à existência ou não de uma cooperativa para receber o óleo de cozinha, o
Município de Bandeirantes apresenta um único ponto de coleta que é a rádio FM Cidade,
localizada na Rua Rocha Xavier, 2255 no centro da cidade, tendo como responsável o Sr.
Adevaldo F. de Souza. Segundo o responsável, o óleo coletado pela população está sem
destino, por enquanto, só existe a coleta e o armazenamento na própria rádio, uma vez
que não estão encontrando apoio para a reciclagem desse produto.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo como idéia inicial falar sobre os problemas que envolvem toda a sociedade,
buscou-se mostrar que a reciclagem é uma forma muito atrativa de gerenciamento de
216 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
resíduos, pois transforma o lixo doméstico em insumos que podem ser reutilizados,
trazendo com isso, diversas vantagens ambientais.
Além disso, pode contribuir também, para a economia dos recursos naturais,
assim como para o bem estar da comunidade, uma vez que a tecnologia atual já permite
reciclar com eficiência diversos materiais amplamente consumidos. Porém, é uma pena
que a reciclagem não é ainda um hábito comum entre os brasileiros.
No caso do óleo de cozinha, uma das alternativas e até uma das mais simples
como reciclagens, é a fabricação de sabão caseiro.
Muitos estabelecimentos comerciais e residenciais jogam o óleo comestível (de
cozinha) usado na rede de esgoto. Além de gerar graves problemas de higiene e mau
cheiro, a presença de óleos e gorduras na rede de esgoto, causa o entupimento da mesma,
bem como o mau funcionamento das estações de tratamento.
Desta forma, para retirar o óleo e desentupir são empregados produtos químicos
altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia perniciosa. Além de causar danos
irreparáveis ao meio ambiente constitui uma prática ilegal punível por lei.
Pela observação dos aspectos mencionados pode-se concluir que a reciclagem do
óleo de cozinha é um dos meios de preservação do meio ambiente. Desta forma, o
trabalho alcançou as expectativas, mostrando que é possível preservar o meio ambiente,
mesmo através de técnicas simples, desde que com o apoio correto.
Uma vez que, o óleo de cozinha usado e arrecadado pelos alunos e levados a um
centro coletor do município pode gerar emprego e renda para quem for reutilizar desse
resíduo.
REFERÊNCIAS
CASTELLANELLI, C.; MELLO, C. I.; RUPPENTHAL, J. E.; HOFFMANN, R. Óleos comestíveis: o
rótulo das embalagens como ferramenta informativa. In: I Encontro de Sustentabilidade em Projeto
do Vale do Itajaí. 2007.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei: coleta do óleo de cozinha. 2007 Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_ Detalhe.asp? id=368364> Acesso em: 13 dez. 2010.
D’AVIGNON, A. L. de A. Uso do óleo de cozinha para produção de biodiesel. 2007. (Programa
de rádio ou TV/Mesa redonda).
FIGUEIREDO, P. M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise ambiental. 2.
ed. São Paulo: Unimep, 1995.
GALBIATI, A. F. O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e a reciclagem. Minas Gerais,
jun. 2005. Disponível em: <http://www.redeaguape.org.br/desc_artigo.php?cod=92>. Acesso em:
13 dez. 2010.
Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 217
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217
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<http://www.martinsreciclagem.com/new/?p=813>. Acesso em: 2 nov. 2010.
MUNDO VERTICAL. Utilidades reciclagem. 2008. Disponível em: <http://www.mundo
vertical.com>. Acesso em: 13 dez. 2010.
REBOUÇAS, F. Reciclagem do óleo de cozinha. 2010. Disponível em:
http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-de-oleo-de-cozinha/. Acesso em: 2 novembro
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REIS, M. F. P.; ELLWANGER, R. M.; FLECK, E. Destinação de óleos de fritura. 2007.
SANTANA, G.; SENA, P. A.; SILVA, L.; SILVA, D. B.; PIMENTA, H. C. D. O papel dos
supermercados no canal reverso do óleo de cozinha: um estudo na cidade de Natal, RN. 2010.
Disponível em: <http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010
/paper/view/919/644>. Acesso em: dez. 2010.
PARAÍSO. Programa de coleta seletiva de óleo de cozinha usado. 2008. Disponível em:
<http://www.paraiso.mg.gov.br>. Acesso em: 13 dez. 2010.
PEZZINI, E. Plano de negócio: viabilidade de instalação da empresa de reciclagem e coleta de
óleo vegetal usado na cidade de Passo Fundo. Trabalho de conclusão de curso ao curso de
administração da Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, Faplan - Anhanguera Educacional
S.A. Orientada pela Prof.ª Alba Valéria Oliveira Ficagna. Passo Fundo, 2009.
PITTA JUNIOR, O. S. R.; NOGUEIRA NETO, M. S.; SACOMANO, J. B.; LIMA, A. Reciclagem do
óleo de cozinha usado: uma contribuição para aumentar a produtividade do processo. Key
elements for a sustainable world: Energy, water and climate change. 2ns International Workshop –
Advences in Cleaner Production. São Paulo, Brasil , maio 2009. Disponível em:
<http://www.advancesincleaner production.net/second/ files/
sessoes/4b/2/M.%20S.%20Nogueira%20-%20Resumo%20Exp.pdf> Acesso em: 13 dez. 2010.
PORTO ALEGRE. Meio ambiente. 2008. Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br>.
Acesso em: 13 dez. 2010.

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Artigo 15

  • 1. 205 Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br pic.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Publicação: 30 de junho de 2011 Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional Priscila Oliveira de Godoy Katiucia Oliskovicz Vânia Maria Bernardino Wellington R.Chaves Carla Dal Piva Ana Silvia Nalevaiko Rigo Curso: Tecnologia em Produção Sucroalcooleira CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE - UNIDADE 2 Trabalho apresentado em formato de pôster no I Evento Interno de Iniciação Científica do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande realizado em 27 de outubro de 2010. Publicado no I Congresso de Iniciação Científica Instituto Sustentar-2010 RESUMO O resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares, indústrias e estabelecimentos, acaba sendo despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos ou simplesmente em pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto causando danos, como entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das estações de tratamento, além de contribuir para a poluição do meio aquático, ou, ainda, no lixo doméstico. Desta forma, torna-se viável à necessidade de promover a conscientização dos estabelecimentos e da sociedade, sobre o óleo de cozinha descartado de forma inadequada que pode causar danos ao meio ambiente. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar o destino dado ao óleo de cozinha dos domicílios situados no município de Bandeirantes – MS e verificar os problemas encontrados pela comunidade (duas sala do ensino fundamental de uma escola Estadual) para o descarte e pesquisar no bairro ou no município a existência da coleta seletiva para este tipo de resíduo. Para a atividade prática desse projeto, foi distribuído um questionário, contendo sete perguntas buscando evidenciar o grau de consciência ambiental de cada aluno sobre o tema abordado. Pela observação dos aspectos mencionados pode-se concluir que a reciclagem do óleo de cozinha é um dos meios de preservação do meio ambiente. Desta forma, o trabalho alcançou as expectativas, mostrando que é possível preservar o meio ambiente, mesmo através de técnicas simples, desde que com o apoio correto. Palavras-Chave: conscientização ambiental; reciclagem; meio ambiente. ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 13, N. 17, Ano 2010 CONSCIÊNCIA LIMPA: RECICLANDO O ÓLEO DE COZINHA
  • 2. 206 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 1. INTRODUÇÃO Segundo Castellanelli et al. (2007), o resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares, indústrias e estabelecimentos do país, devido à falta de informação da população, acaba sendo despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos ou simplesmente em pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto causando danos, como entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das estações de tratamento, além de contribuir para a poluição do meio aquático, ou, ainda, no lixo doméstico – contribuindo para o aumento das áreas dos aterros sanitários. Sendo assim, o óleo de cozinha usado pode servir como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros (PITTA JUNIOR et al., 2009). Segundo os mesmos autores, o ciclo reverso do produto pode trazer vantagens competitivas e evitar a degradação ambiental e problemas no sistema de tratamento de água e esgotos. Para Reis et al. (2007), o óleo de cozinha usado retornado à produção, além de evitar a degradação do meio ambiente e os consequentes custos sócio-econômicos, também cumpre o papel de evitar o gasto de recursos escassos, tais como os ambientais, humanos, financeiros e econômicos - terra, água, fertilizantes, defensivos agrícolas, maquinário, combustível, mão-de-obra, financiamento bancário, fator tempo, entre outros. Conforme D'Avignon (2007) defende, quanto mais o cidadão evitar o descarte do óleo no lixo comum, mais estará contribuindo para preservar o meio ambiente. Segundo ele, uma das soluções é entregar o óleo usado a um catador de material reciclável ou diretamente a associações que façam à reciclagem do produto. 2. OBJETIVO Assim, o presente trabalho teve como objetivos: a) Investigar o destino dado ao óleo de cozinha dos domicílios situados no município de Bandeirantes – MS. b) Verificar os problemas encontrados pela comunidade (duas sala do ensino fundamental de uma escola Estadual) para o descarte. c) Pesquisar a existência da coleta seletiva para este tipo de material no município de Bandeirantes - MS.
  • 3. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 207 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 3. METODOLOGIA Trata-se de um trabalho de natureza qualitativa sócio-ambiental, que permitiu a troca de conhecimento entre os acadêmicos e a sociedade. Onde na primeira etapa, os pesquisadores realizaram levantamento bibliográfico e revisão da literatura acerca do assunto. Na segunda etapa foi realizada uma visita à escola estadual do município de Bandeirantes – MS para apresentação do projeto “Consciência Limpa: Reciclando o Óleo de Cozinha” ao diretor que em seguida, indicou as séries que poderiam participar do projeto, alunos do 7º e 8º ano do ensino fundamental. Após a escolha das turmas que participariam do projeto, os alunos das turmas foram motivados a coletar o óleo de cozinha nos seus respectivos bairros e nas suas residências. O material coletado foi utilizado para demonstrar a produção do sabão aos alunos participantes do projeto, após a realização das palestras. Na terceira fase, os pesquisadores (acadêmicos) seguindo o agendamento prévio realizado com a direção da escola, ministraram a palestra “Projeto Consciência Limpa: Reciclando o Óleo de Cozinha”. Ao final da palestra foi aplicado um questionário aos participantes para verificar o conhecimento dos mesmos sobre o assunto tema da palestra. Na quarta etapa, coube aos pesquisadores (acadêmicos), identificar a existência ou não de cooperativa de catadores no município ou qualquer outro estabelecimento que poderia receber esse material. Havendo o estabelecimento no Município, entrariam em contato para maiores informações para os procedimentos realizados pela empresa. 3.1. Participantes do projeto e realização da atividade prática Participaram da palestra “Consciência Limpa – Reciclando o Óleo de Cozinha”, 41 alunos de uma sala do sétimo ano e 20 alunos de uma sala do oitavo ano, conforme demonstra a Figura 1, do ensino fundamental de uma escola estadual da cidade de Bandeirantes – MS.
  • 4. 208 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 Figura 1. Alunos que participaram atividade. Para a atividade prática desse projeto, além da palestra supracitada, foi distribuído um questionário (Figura 2), contendo sete perguntas referentes ao tema abordado no projeto. Figura 2. Modelo de questionário utilizado durante a pesquisa. O formulário em questão teve como objetivo obter informações sobre o nível de conscientização dos alunos em relação ao descarte do óleo de cozinha, uma vez que esse resíduo é gerado nas suas residências após o preparo de frituras.
  • 5. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 209 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 3.2. Ingredientes e preparo do sabão Dentre as várias receitas que existem para se produzir o sabão encontrado na literatura, a equipe do projeto, optou por uma receita simples e prática, descrita a seguir: a) 4 litros de água; b) 4 litros de óleo de cozinha usado; c) 1 litro de sebo derretido; d) 2 copos de sabão em pó; e) 2 copos de detergente; f) 2 copos de desinfetante ( pinho sol); g) 1 kg de soda cáustica. Neste trabalho empregou-se óleo comestível usado (óleo de soja) obtido por meio da coleta realizada pelos próprios alunos. Quanto ao preparo do sabão, vale ressaltar, que foi recomendado o cuidado no manuseio, uma vez que são utilizados alguns ingredientes tóxicos que não devem em qualquer hipótese serem manipulados por crianças ou por pessoas que não detenham o conhecimento prévio. Para o preparo do sabão foi seguida a receita descrita e realizados os seguintes passos: a) Em um recipiente (Figura 3) foram adicionados: a água, o óleo, o sebo previamente derretido, o sabão em pó, o detergente, o desinfetante e por último a soda cáustica nas proporções indicadas; b) Essa mistura foi mexida sem parar por aproximadamente 1 hora e 20 min; c) A mistura ficou em repouso por 24 horas, após esse período a mistura já endurecida, foi retirada da forma, cortada em pequenos pedaços dando origem as barras de sabão que foram dispostas em uma prateleira para secar por seis dias (Figura 4). Figura 3. Vista do recipiente contendo os ingredientes.
  • 6. 210 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 Figura 4. À direita, vista do sabão após a retirada da forma e a esquerda, vista das barras de sabão prontas para o consumo. Salienta-se que a receita caseira de transformar óleo de cozinha em sabão, contém soda cáustica e outras químicas, portanto, foram seguidas todas as normas de segurança preconizadas pelo Conselho Regional de Química e a atividade prática de preparar o sabão foi realizada pelos próprios pesquisadores. Essa atividade prática foi demonstrativa para os participantes e serviu também para a produção de um vídeo. Com este vídeo pretende-se dar continuidade ao projeto com a sua apresentação em outras escolas. 3.3. Tabulação dos dados e interpretação dos resultados A tabulação dos dados foi realizada pelos acadêmicos após a análise dos questionários respondidos pelos alunos que participaram do projeto. E a partir da interpretação dos dados, puderam originar os gráficos representados nas figuras que estão expostas no item 5 – Resultados. 4. DESENVOLVIMENTO Dentre os resíduos gerados que representam riscos de poluição ambiental considerável estão os óleos vegetais usados em processos de fritura. Segundo Reis et al. (2007), esses óleos são largamente consumidos para a preparação de alimentos tanto nas residências domiciliares quanto nos estabelecimentos industriais e comerciais de produção de alimentos. Devido à falta de informação da população e dos empresários, o resíduo do óleo de cozinha gerado acaba sendo despejado em corpos aquáticos – como rios ou riachos –, causando a sua contaminação, ou nas pias e vasos sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto e causando o entupimento dos canos, encarecendo os processos das Estações de Tratamento de Efluentes. Segundo Rebouças (2010), o óleo de cozinha representa um fator nocivo à natureza, cada litro de óleo que vai para o esgoto possui a capacidade de poluir até 1
  • 7. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 211 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 milhão de litros de água. Além da poluição na água, o óleo fica retido nos encanamentos e nas estruturas dos esgotos provocando entupimentos e rompimentos das redes de esgoto. O óleo descartado no ralo da pia da cozinha, além de causar mau cheiro, aumenta consideravelmente às dificuldades referentes ao tratamento de esgoto. Este óleo descartado acaba chegando aos rios e até mesmo ao oceano, através das tubulações. A presença do óleo na água é facilmente perceptível. Por ser mais leve e menos denso que a água ele flutua, não se misturando, permanecendo na superfície. Cria-se assim uma barreira que dificulta a entrada de luz e bloqueia a oxigenação da água. Esse fato pode comprometer a base da cadeia alimentar aquática (fitoplânctons), causando um desequilíbrio ambiental, comprometendo a vida (PARAÍSO, 2008). Do ponto de vista da Legislação Ambiental, o tema “óleo de cozinha usado” está sendo abordado pelo Projeto de Lei nº 2.074 de 19 de setembro de 2007 – em tramitação no Congresso Federal Brasileiro –, que dispõe sobre “a obrigação dos postos de gasolina, hipermercados, empresas vendedoras ou distribuidoras de óleo de cozinha e estabelecimentos similares de manter estruturas destinadas à coleta de óleo de cozinha usado” (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2007). Isto irá fazer com que as empresas produtoras de óleo de cozinha devem informar em seus rótulos sobre a possibilidade de reciclagem do produto e de manter estruturas adequadas para a coleta de óleo dispensado. A coleta seletiva domiciliar, embora seja mais complexa do ponto de vista da sua operacionalização, consegue incorporar questões mais amplas, como a preocupação com a preservação do meio ambiente, o reaproveitamento dos recursos, a geração de emprego e renda e o envolvimento da sociedade (GALBIATI, 2005). Para que o retorno do óleo vegetal como matéria-prima seja possível, é preciso a adoção de uma série de procedimentos inter-relacionados, entre eles: acondicionamento, coleta, armazenagem e movimentação até o local de produção. De acordo com Pitta Jr. et al. (2009), é recomendável que o acondicionamento do óleo seja feito em embalagens com capacidades entre 500 ml a 2 litros, no caso das habitações, e de 20 a 50 litros nos pontos comerciais. Na coleta, o veículo adaptado para receber caçamba, tanque ou com uma mangueira de sucção, faz uma rota pré-definida calculada habitualmente por um sistema informatizado. Quanto ao armazenamento, o óleo é estocado até atingir determinada quantidade antes de retornar à produção, podendo passar pelo processo de filtragem para a remoção das impurezas. O descarte do óleo é apenas uma pequena parte do grande problema relacionado à geração de lixo no mundo. Tratar lixo é caro e, quando não tratado, há um forte impacto
  • 8. 212 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 ambiental. No caso do óleo de cozinha usado em frituras, a possibilidade mais concreta para evitar seu despejo na natureza é reaproveitá-lo fazendo sabão (MARTINS, 2010). Para Santana et al. (2010), o ciclo reverso do produto, quando adotado, pode evitar e/ou minimizar a degradação ambiental, trazendo, conseqüentemente, vantagens competitivas para as empresas. Em relação ao óleo de cozinha usado, objeto de enfoque, o uso da ferramenta Logística Reversa – ou seja, o retorno do produto para servir de matéria-prima para a fabricação do mesmo ou de outro – pode evitar problemas nos sistemas de tratamento de água e esgotos por despejo inadequado do mesmo. Não lançar óleo em fontes de água, na rede de esgoto ou no solo é uma questão de responsabilidade social e, por isso, deve ser uma idéia propagada. Depois de reciclado, o óleo de fritura usado pode ser utilizado como matéria- prima na produção de resina para tintas, sabão, detergente, amaciante, sabonete, glicerina, ração para animais, biodiesel, lubrificante para carros e máquinas agrícolas e outros. (PORTO ALEGRE, 2008). Mas a alternativa de reaproveitamento do óleo para fazer sabão tem sido considerada a mais simples produção tecnológica de reciclagem fazendo com que haja um ciclo de vida desse produto. De acordo com uma antiga lenda romana, a palavra saponificação tem a sua origem no Monte Sapo, onde eram realizados sacrifícios de animais. A chuva levava uma mistura de gordura animal derretida, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava numa borra (sabão). As mulheres descobriram que usando essa borra, as suas roupas ficavam mais limpas. Os romanos passaram a chamar essa mistura de sabão e à reação de obtenção do sabão de saponificação (MUNDO VERTICAL, 2008). A reciclagem de óleos vegetais industriais vem ganhando espaço cada vez maior, não simplesmente porque os resíduos representam matérias primas de baixo custo, mas principalmente porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades industriais e urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes (FIGUEIREDO, 1995). Desta forma, torna-se viável à necessidade de promover a conscientização dos estabelecimentos e da sociedade, sobre o óleo de cozinha descartado de forma inadequada que pode causar danos ao meio ambiente, sendo que ele pode ser reutilizado em diferentes formas, sendo uma delas, a produção de sabão em escala industrial ou artesanal (PEZZINI, 2009).
  • 9. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 213 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Figura 5 mostra que a maioria dos alunos envolvidos (98,4%) no projeto reconhece a importância do meio ambiente para a sua vida e a necessidade da sua preservação. Na Figura 6, ficou evidente que o óleo de cozinha é muito utilizado nas residências, uma vez que 93,4% dos alunos confirmaram que sim. 98,4 1,6 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 Alunos sim não Respostas Você sabedaimportânciadomeioambienteparaa suavida? Figura 5. Relacionado à seguinte pergunta: Você sabe da importância do meio ambiente para sua vida? 93,4 4,9 1,6 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 Alunos sim não não respondeu Respostas Vocêutilizaoóleodecozinhacomfrequência? Figura 6. Relacionado à seguinte pergunta: Você utiliza o óleo de cozinha com frequência? Na Figura 7, muitos alunos (55,7%), confirmaram que o óleo de cozinha nas suas casas após o uso, é armazenado, porém, conforme o que demonstra o gráfico, algumas famílias ainda descartam esse resíduo no meio ambiente de uma maneira incorreta, como podemos observar: no quintal (6,6%), no lixo (21,3%) e na pia (11,5%). Apenas uma pequena porcentagem (4,9%) dos envolvidos no questionário, responderam que levam para um centro de coleta na cidade.
  • 10. 214 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 55,7 6,6 11,5 21,3 4,9 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 Alunos armazenado pia da cozinha centro de coleta Respostas Comoédescartadooóleodecozinhanasua residência? Figura 7. Relacionado à seguinte pergunta: Como é descartado o óleo de cozinha em sua residência? Quando a pergunta foi o conhecimento de alternativas para reciclar o óleo, observa-se que 5,8% dos entrevistados souberam responder sobre a existência de alguma maneira de se reciclar o óleo de cozinha, porém, 42,6% não tinham nenhum conhecido sobre outras alternativas de reciclagem (Figura 8). 50,8 42,6 6,6 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 Alunos sim não não respondeu Respostas Vocêconhecealgumamaneiradereciclar oóleode cozinha? Figura 8. Relacionado à seguinte pergunta: Você conhece alguma maneira de reciclar o óleo de cozinha? Quando foram entrevistados a respeito da reutilização do óleo de cozinha, muitos alunos confirmaram que sim, cerca de 67,2%, e apenas uma pequena parcela, 32,8% dos envolvidos responderam que não, conforme esta exposto na Figura 9. 67,2 32,8 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 Alunos sim não Respostas Nasuaresidênciavocêreutilizaoóleodecozinha? Figura 9. Relacionado à seguinte pergunta: Na sua residência você reutiliza o óleo de cozinha?
  • 11. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 215 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 Apesar de muitos alunos reutilizarem o óleo de cozinha, conforme o que foi mostrado na Figura 9, muitos alunos (68,9%) não conhecem quais são os danos que o descarte desse resíduo causa quando descartado de maneira incorreta (Figura 10). 31,1 68,9 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 Alunos sim não Respostas Vocêsabeosdanoscausadosasuasaúdecomo descarteincorretodoóleodecozinha? Figura 10. Relacionado à seguinte pergunta: Você sabe quais os danos causados a sua saúde com o descarte incorreto do óleo de cozinha? Após a realização da palestra, a equipe do projeto, distribuiu pedaços de sabão para os participantes, ente eles: alunos e professores, conforme demonstra a Figura 11. Figura 11. Momento registrado no final da palestra. Quanto à existência ou não de uma cooperativa para receber o óleo de cozinha, o Município de Bandeirantes apresenta um único ponto de coleta que é a rádio FM Cidade, localizada na Rua Rocha Xavier, 2255 no centro da cidade, tendo como responsável o Sr. Adevaldo F. de Souza. Segundo o responsável, o óleo coletado pela população está sem destino, por enquanto, só existe a coleta e o armazenamento na própria rádio, uma vez que não estão encontrando apoio para a reciclagem desse produto. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo como idéia inicial falar sobre os problemas que envolvem toda a sociedade, buscou-se mostrar que a reciclagem é uma forma muito atrativa de gerenciamento de
  • 12. 216 Consciência limpa: reciclando o óleo de cozinha Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 resíduos, pois transforma o lixo doméstico em insumos que podem ser reutilizados, trazendo com isso, diversas vantagens ambientais. Além disso, pode contribuir também, para a economia dos recursos naturais, assim como para o bem estar da comunidade, uma vez que a tecnologia atual já permite reciclar com eficiência diversos materiais amplamente consumidos. Porém, é uma pena que a reciclagem não é ainda um hábito comum entre os brasileiros. No caso do óleo de cozinha, uma das alternativas e até uma das mais simples como reciclagens, é a fabricação de sabão caseiro. Muitos estabelecimentos comerciais e residenciais jogam o óleo comestível (de cozinha) usado na rede de esgoto. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleos e gorduras na rede de esgoto, causa o entupimento da mesma, bem como o mau funcionamento das estações de tratamento. Desta forma, para retirar o óleo e desentupir são empregados produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia perniciosa. Além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente constitui uma prática ilegal punível por lei. Pela observação dos aspectos mencionados pode-se concluir que a reciclagem do óleo de cozinha é um dos meios de preservação do meio ambiente. Desta forma, o trabalho alcançou as expectativas, mostrando que é possível preservar o meio ambiente, mesmo através de técnicas simples, desde que com o apoio correto. Uma vez que, o óleo de cozinha usado e arrecadado pelos alunos e levados a um centro coletor do município pode gerar emprego e renda para quem for reutilizar desse resíduo. REFERÊNCIAS CASTELLANELLI, C.; MELLO, C. I.; RUPPENTHAL, J. E.; HOFFMANN, R. Óleos comestíveis: o rótulo das embalagens como ferramenta informativa. In: I Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí. 2007. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei: coleta do óleo de cozinha. 2007 Disponível em: <http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_ Detalhe.asp? id=368364> Acesso em: 13 dez. 2010. D’AVIGNON, A. L. de A. Uso do óleo de cozinha para produção de biodiesel. 2007. (Programa de rádio ou TV/Mesa redonda). FIGUEIREDO, P. M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise ambiental. 2. ed. São Paulo: Unimep, 1995. GALBIATI, A. F. O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e a reciclagem. Minas Gerais, jun. 2005. Disponível em: <http://www.redeaguape.org.br/desc_artigo.php?cod=92>. Acesso em: 13 dez. 2010.
  • 13. Priscila Oliveira de Godoy, Katiucia Oliskovicz, Vânia Maria Bernardino, Wellington Rodrigues Chaves, Carla Dal Piva, Ana Silvia Nalevaiko Rigo 217 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 205-217 MARTINS, M. Receita de sabão caseiro com óleo de cozinha usado. 2010. Disponível em: <http://www.martinsreciclagem.com/new/?p=813>. Acesso em: 2 nov. 2010. MUNDO VERTICAL. Utilidades reciclagem. 2008. Disponível em: <http://www.mundo vertical.com>. Acesso em: 13 dez. 2010. REBOUÇAS, F. Reciclagem do óleo de cozinha. 2010. Disponível em: http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-de-oleo-de-cozinha/. Acesso em: 2 novembro de 2010. REIS, M. F. P.; ELLWANGER, R. M.; FLECK, E. Destinação de óleos de fritura. 2007. SANTANA, G.; SENA, P. A.; SILVA, L.; SILVA, D. B.; PIMENTA, H. C. D. O papel dos supermercados no canal reverso do óleo de cozinha: um estudo na cidade de Natal, RN. 2010. Disponível em: <http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010 /paper/view/919/644>. Acesso em: dez. 2010. PARAÍSO. Programa de coleta seletiva de óleo de cozinha usado. 2008. Disponível em: <http://www.paraiso.mg.gov.br>. Acesso em: 13 dez. 2010. PEZZINI, E. Plano de negócio: viabilidade de instalação da empresa de reciclagem e coleta de óleo vegetal usado na cidade de Passo Fundo. Trabalho de conclusão de curso ao curso de administração da Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, Faplan - Anhanguera Educacional S.A. Orientada pela Prof.ª Alba Valéria Oliveira Ficagna. Passo Fundo, 2009. PITTA JUNIOR, O. S. R.; NOGUEIRA NETO, M. S.; SACOMANO, J. B.; LIMA, A. Reciclagem do óleo de cozinha usado: uma contribuição para aumentar a produtividade do processo. Key elements for a sustainable world: Energy, water and climate change. 2ns International Workshop – Advences in Cleaner Production. São Paulo, Brasil , maio 2009. Disponível em: <http://www.advancesincleaner production.net/second/ files/ sessoes/4b/2/M.%20S.%20Nogueira%20-%20Resumo%20Exp.pdf> Acesso em: 13 dez. 2010. PORTO ALEGRE. Meio ambiente. 2008. Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br>. Acesso em: 13 dez. 2010.