Este artigo analisa a controvérsia entre a preservação de terras e a partilha de terras para produção agrícola e conservação da biodiversidade. Os autores mapearam as redes de atores que promovem cada conceito e analisaram um grande corpus científico sobre o tema. Eles concluem que a controvérsia destaca a necessidade de uma "política do conhecimento" que ainda não foi explorada nessa discussão.
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1. A ECONOMIA DE TERRAS – CONTROVÉRSIA
SOBRE A PARTILHA DE TERRAS: TRAÇANDO
A POLÍTICA DO CONHECIMENTO
Autor: Allison Loconto, et al.
Ano de publicação: 2018
2. INTRODUÇÃO
Alimentar mais de 9 bilhões de pessoas até 2050 e preservar a biodiversidade são duas
metas políticas globais compartilhadas.
Política de “Preservação de terras” (LSP) e Política de “Partilha de terras” (LSH)
Um ano crucial para a discussão controvérsia foi 2005, quando artigos influentes foram
publicados nos periódicos científicos:
Artigo 1: Agricultura e o destino da natureza selvagem. Revista Science (Green et al.,
2005).
Artigo 2: O impacto potencial das mudanças no rendimento agrícola na área necessária
para a produção agrícola. Revista Global change biology (Balmford et al., 2005).
3. OBJETIVO
O objetivo deste artigo é realizar um debate sobre o
uso 'produtivo' da terra e a conservação da
biodiversidade através da análise crítica da
controvérsia entre a preservação e a partilha de terras
pela abordagem sociotécnica.
4. PERGUNTAS CHAVE DO ARTIGO:
Por que e como o conceito de preservação da terra
dominou o debate e como isso se traduziu na
prática?
Os pontos de tensão entre a incerteza científica e os
interesses privados interagem para contestar ou
confirmar o status quo a favor do agronegócio ?
5. METODOLOGIA
Os autores realizaram como metodologia as análises bibliométricas e lexicais
Passo 1: os autores analisaram normas científicas, normas políticas, documentos
corporativos de responsabilidade social e sustentáveis, além dos fundamentos éticos e as
redes sociais que sustentam os lados opostos da ideologia controvérsia apresentada no
artigo.
Passo 2: A partir deste estudo aprofundado eles buscaram explicar como o conceito de
economia de terra alcançou o domínio na literatura científica e como o conceito foi adotado na
política internacional, empresarial e na sociedade civil.
Passo 3: Examinaram as convergências e divergências e mapearam como os atores
específicos promoveram o conceito de economia de terra e qual a melhor forma de usar a
terra para a biodiversidade e produção de alimentos.
Passo 4: Por fim eles construíram corporas científicos e os analisaram com a plataforma
CorTexT.
6. RESULTADOS
O grande corpus científico
resultante consistia em 104.272
artigos publicados entre 1956 e
2016.
10. CONCLUSÃO
Dez anos após a publicação do artigo por Green e seus colegas a
controvérsia sobre a “Preservação e Partilha de Terras (LSS)” permanece um
tópico de debate dentro e fora dos círculos científicos.
Os autores chegam a conclusão que a controvérsia sobre a Preservação e
partilhas de Terras destaca um tipo diferente de política que ainda não foi
explorado na política de uso da terra: a política do conhecimento, que pode
contribuir para a literatura emergente em torno do conhecimento e da política
da terra.