SlideShare uma empresa Scribd logo
Todos os Mundos. Um só Mundo.
Arquitetura 21
João Pessoa
28/03/2015
Pedro da Luz Moreira
Arquiteto e Urbanista Professor Adjunto da Eau-Uff
Presidente do IAB-RJ
Planejamento e Projeto - Participação e Transparência
Democracia
Objetivos:
Todos os Mundos. Um só Mundo.
O que queremos com esse tema?
Como a arquitetura e o urbanismo se inserem na sociedade contemporânea e na brasileira?
Como esses ofícios estão inseridos na cultura do nosso tempo?
Qual a relevância do plano e do projeto na sociedade contemporânea e brasileira?
O enfrentamento da moderna cidade industrial, cenário da vida da maioria da humanidade
nos últimos 150 anos.
Parque Olímpico e Favela
Vila Autódromo Barra RJ
As cidades no mundo:
Em 2030, seis entre dez pessoas viverão em cidades.
Hoje em dia 1 bilhão de pessoas vivem em favelas ou em loteamentos irregulares.
Em 2030 serão 2 bilhões de pessoas na informalidade.
E, em 2050 3 bilhões de pessoas estarão na informalidade.
Há um desenvolvimento explosivo da população urbana no mundo, um processo que
se acelera de forma definitiva com a industrialização.
Cidade Industrial - salubridade
Na Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX,
a cidade de Manchester tinha no ano de
1760 doze mil habitantes, em 1850 ela
atinge quatrocentos mil habitantes.
No Brasil a cidade de São Paulo tinha em
1930 novecentos mil habitantes,
chegando em 2011 a vinte milhões de
habitantes.
Nos próximos dez anos está previsto um
êxodo rural da ordem de 200 milhões de
pessoas na China
Cidade Industrial - pluralidade
Cidade Pré-Industrial - unidade
Contexto histórico - modernismo
O modernismo é fruto da grande cidade industrial.
A cidade de Chicago na passagem do século XIX para o século XX assiste um debate
entre o Movimento do City Beatiful de Burnham - academicista e eclético - e as
tendências organicistas e modernistas de Sullivan e de Wright que se antecipam em
vários anos aos debates das vanguardas centro-européias.
A Escola de Chicago anuncia a hegemonia americana, que se materializará de forma
definitiva no segundo pós-guerra.
Flatiron Building
Burnham
Nova York 1903
Robbie House
Wright
Chicago 1908
Contexto histórico - modernismo
As vanguardas centro-européias seguindo preceitos da Escola de Chicago, fundaram o
modernismo com a pretensão de instituir uma nova objetividade, na qual os
monumentos eram a morte da arquitetura, onde se buscava uma nova essência que
estava na grande cidade industrial.
Basta lermos Loos ou Wagner, arquitetos da Secessão Vienense que afirmavam a
emergência de uma nova ética do construir, onde o que lhes interessava não era mais;
os organismos governamentais, o teatro de ópera ou o parlamento, a arquitetura da
exceção, mas a habitação extensiva das periferias intermináveis da cidade industrial
européia.
Metrô de Viena
Oto Wagner
1901
Contexto histórico - modernismo
A casa do operário ou da classe média, que se constituia na grande massa edificada da
cidade industrial, as periferias desse fenômeno inusitado que também explodia na Europa
na sua escala e tamanho, determinando um contínuo construído rápido, feio e inadequado.
As infraestruturas urbanas e a habitação produzida em massa são os temas eleitos pelas
vanguardas centro-européias.
Karl Liegen Stadt – Bruno Taut – 1.148
unidades – 1929/30 - Berlim
Contexto histórico - modernismo
Não há como negar que o modernismo conquistou corações e mentes em todas as partes
do mundo, com diferentes nuances e formulações ele encarnou um desejo na sociedade de
ampliação da autonomia dos povos na definição de seu futuro, de seu vir a ser.
Karl Marx Hof – Karl Ehn –
1.382 unidades – 1930 -
Viena
Contexto histórico – modernismo
brasileiro
Conjunto da Pampulha
Niemyer – 1940 –
Belo Horizonte
Contexto histórico - modernismo
Ser moderno no Brasil era romper com um arcaismo agrário, com o patriarcado e adotar
um comportamento urbano.
O modernismo carioca explode a caixa da arquitetura se expandindo em direção a natureza
e ao meio natural.
Conjunto Pedregulho
Reidy– 328 unidades
1947 – Rio de Janeiro
Contexto histórico - modernismo
Num cenário natural generoso pontuado de ícones geológicos como o Pão de Açúcar,
Corcovado, Morro Dois Irmãos, Pedra da Gávea, a arquitetura modernista valoriza a fluidez
entre exterior e interior e se dedica a criação de espaços públicos notáveis.
Aterro do Flamengo – Reidy e
Burle Marx – 1,2 milhão M2
1965 – Rio de Janeiro
Crítica ao Movimento Moderno
No final da Segunda Guerra Mundial, as bombas de Hiroshima e Nagasaki demonstram uma
imensa capacidade destrutiva e acabam vinculando fortemente tecnologia e destruição.
O poderio industrial e militar americano e soviético ganham uma lógica particular, que se
torna independente das aspirações comuns, se envolvendo numa espiral competitiva
interminável.
A crença na industrialização, padronização e repetição intermináveis como uma promessa
de redenção das misérias da humanidade sofre um abalo definitivo, passando a ser
encarada com desconfiança.
1945 - Bombas de Hiroshima e Nagasaki
Crítica ao Movimento Moderno
Emerge uma hegemonia da diversidade entre os seres humanos, que passam a
ser vistos como especificidades culturais, raciais, de gênero, ou de qualquer outra
natureza.
Crítica ao Movimento Moderno
Nos anos 1950 o arquiteto Loui I. Khan retoma o tema da monumentalidade e
quebra a unidirecionalidade tecnológica dos materiais, retomando o tijolo como
elemento pré-moldado mais potente.
Em 1947 Khan assume a cadeira de arquitetura em Yale, fazendo reflexões
fundamentais: “O que o lugar quer ser?” “ Programa morto e vivo” “Espaços que
servem e os que são servidos”
1951 - Yale Art Galery – New Heaven
Khan - Neutralidade do espaço do
abrigo da arte
1973 - Performing Arts Theater - Indiana
Khan – O tijolo e o concreto
1974 - Indian Institute of Management – Khan
Crítica ao Movimento Moderno
No começo da década de 60, Jane Jacobs decreta a perda da vitalidade das
cidades americanas em função de um rodoviarismo exacerbado, presente no
modernismo nos projetos de Le Corbusier como o Plano Voisin para Paris.
"As cidades tem a capacidade de prover algo para alguém, somente porque, e
apenas quando, são criadas por todos... Não existe melhor expert na cidade do
que aqueles que vivem e experimentam seu dia a dia."
1961 – Publicação de Morte e Vida
das Grandes Cidades Americanas
Crítica ao Movimento Moderno
As intervenções de Robert Moses em Nova York elegem o rodoviarismo e
destroem relações de vizinhança e de comunidades, a hegemonia do automóvel
determina um certo isolamento do indivíduo na grande metrópole, reduzindo o
espírito de participação na cidadania.
Los Angeles emerge como paradigma do bem viver, onde o automóvel se articula
com a baixa densidade, surgindo um modelo de baixa interação social e
isolamento do ser humano na cidade.
Los Angeles – paradigma do rodoviarismo e da baixa densidade
Crítica ao Movimento Moderno
A década de 60, explode com a emergência de um mundo que decreta o fim das
vanguardas e a presença de uma grande massificação.
O mundo elitizado da primeira modernidade dá lugar a uma imensa massificação,
que está espelhada nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna, que
começam em
La Sarraz no ano de 1928 com vinte e oito arquitetos e terminam em Dubrovnick
no ano de 1956 com uma multidão de estudantes.
1928 – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna
(CIAM) La Sarraz 1968 – Protesto pelo fim da
Guerra do Vietnã Washington
Crítica ao Movimento Moderno
Filósofos como Lyotard e Fukuyama decretam o fim dos discursos explicadores da
modernidade como o marxismo e o iluminismo, que construiam uma ética do agir e do
pensar.
Emerge uma lógica localista, que se rebela contra o pensamento sistêmico e
estruturador do modernismo.
Desenvolve-se a consciência de que a utopia modernista era autoritária e congelava as
aspirações de realização das futuras gerações.
1992 – Fukuyama
Fim da História Local e Global
1979 – Lyotard Fim
das Grandes
Narrativas
Crítica ao Movimento Moderno
Em 1979 Margareth Thatcher assume como primeira ministra britânica.
Em 1980 Ronald Reagan assume a presidência dos EUA, desenvolvendo-se uma enorme
desregulamentação do capital.
O wellfare state ou estado de bem estar social desmorona.
Uma transformação que esvaziou o uso industrial e fez emergir um contínuo de serviços
financeiros principalmente.
As empresas de serviços financeiros e seguros passaram a representar no mundo anglo saxão, um
terço do emprego disponível. Inicia-se uma forte hegemonia do capital financeiro no mundo.
Ronald Reagan 1980Margareth Thatcher 1979
Crítica ao Movimento Moderno
Em meados dos anos 1990 o advento da Internet e das Tecnologias de Informação
e Comunicação lançam para a humanidade a possibilidade de acessar um amplo
acervo de informações, que determinam uma imensa dispersão de energias,
parecendo inviabilizar a possibilidade de construção de prioridades e consensos.
A política se fragmenta numa infinidade de interesses que parecem
irreconciliáveis, apontando para a impossibilidade da construção de consensos.
1990 – TICs e a incapacidade de síntese
Fragmentação Política
Incompletude do Projeto Moderno
Também em meados dos anos 1990 o filósofo Habermas decreta num texto no qual ironiza
a tendência contemporânea de se utilizar do prefixo pós para caracterização do nosso
tempo.
O texto de Habermas distingue a modernidade do modernismo, dizendo que a pretensão
humana de desígnio do seu futuro, que as revoluções americana e francesa tinham
expressado permanecia inalcançado.
Habermas constroe sua teoria da racionalidade comunicativa, que se contrapõe a
racionalidade meramente instrumental, determinando que a razão não deve estar
carregada de personalismos, mas construída a partir de consensos.
Abre-se uma nova perspectiva utópica, que não mais condena as gerações futuras a uma
construção congelada e fixa, mas que celebra o processo de auto-construção e de auto-
determinação.
1990 – Texto Arquitetura Moderna
e Pós moderna e a Incompletude da
Modernidade
Incompletude do Projeto Moderno
No campo específico da arquitetura e do urbanismo, nos anos 60, Kevin Linch e Aldo Rossi
apontam para a processualidade da construção da cidade, reforçando conceitos como o da
Legibilidade, e o da História.
Nos anos 70, Manfredo Tafuri elabora a idéia do arquiteto como ideólogo do habitar, um
formulador de conceitos e proposições que propõe o Bem viver e possuem a capacidade
de contaminar a sociedade para suas formas de operação e de prática.
1979 – Teatro del Mondo – Aldo Rossi
1960 – A Imagem da
Cidade – Kevin Lynch
Incompletude do Projeto Moderno
Nos mesmos anos, Christopher Alexander se propõe a mapear a gênese da evolução da
forma no processo de desenvolvimento do projeto, com o claro interesse de impulsionar a
participação do usuário na elaboração do seu ambiente construído.
Desenvolve-se nos EUA o advocacy planning ou projeto participativo, no qual o processo
de construção do vir a ser de comunidades específicas é celebrado como a verdadeira
pulverização da democracia.
1977 – Uma
Linguagem
de padrões
Christopher
Alexander
1964 – Ensaio
sobre a Síntese
da Forma
Christopher
Alexander
1993 – Planejamento Participativo Postdamer Platz Berlim
Incompletude do Projeto Moderno
No Brasil, Carlos Nelson dos Santos lança o livro A cidade como jogo de cartas, no qual celebra
uma certa neutralidade do desenho da grelha, que impulsiona sua apropriação por diferentes
agentes no longo prazo da cidade.
O Plano de NY de 1811 decreta uma imensa homogenização do território baseado na malha
xadrez. Os elementos celebrados são a rua, a quadra e o lote como unidades em torno dos
quais o jogo da cidade é jogado.
Num paradoxo, Carlos Nelsom dos Santos aponta que apesar desse inicio homogenizador a ilha
de Manhattan apresenta hoje grande diversidade de tipologias, usos e contínuos diferenciados.
Se restabelece a possibilidade da construção utópica, que deixa de ser um objetivo fixo e
congelado, mas a celebração de uma processualidade que restabelece a necessidade da
presença contínua da criatividade das futuras gerações.
O jogo pressupõe agentes e atores igualmente empoderados, que declaram suas intenções e
negociam objetivos, a racionalidade abandona a subjetividade isolada e se aproxima da inter-
subjetividade.
Plano 1811 de Nova York – Estrutura quadra, lote e rua – Desenho aberto
1988 – A Cidade como jogo de
cartas – Carlos Nelson
Incompletude do Projeto Moderno
Em 2002, Kenneth Frampton lança o livro Studies on Tectonic Culture, no qual identifica a
saturação do problema do símbolo e da representação no campo da arquitetura,
apontando como saída o desenvolvimento da tectônica. O compromisso com o construído.
As obras de grandes arquitetos são analisadas a partir da escolha de diferenciados modos
de construção, que recolocam a complexa relação entre custo e benefício no projeto.
Avaliação do sistema de decisões que o projeto opera: Custo
e Benefício
2002 – Studies in Tectonic
Culture – Kenneth Frampton
Incompletude do Projeto Moderno
O arquiteto Rafael Moneo lança em 2008 Inquietação Teórica e Estratégias Projetuais, no
qual rejeita a adoção de um personalismo de linguagem por parte dos arquitetos,
celebrando a idéia da reinvenção do arquiteto a cada novo projeto.
Cada novo projeto representa uma oportunidade, que demanda do arquiteto uma leitura
específica de cada lugar.
1999 – Kursaal San
Sebastian
Rafael Moneo
1985 – Museu de Arte Romana
de Mérida – Rafael Moneo
Projeto Concurso da Obra do Berço - 1982
A creche de longa permanência das crianças demanda um espaço da diversidade.
O programa é fragmentado numa série de edifícios, que reproduzem a estrutura de uma
minicidade.
Os ambientes habitação, os monumentos, a continuidade e a exceção.
1982 – Concurso IAB-RJ Creche Obra do Berço – Barra da Tijuca – Archi 5 arquitetos associados
TFG Favela de Araticum - 1983
Metodologia participativa de urbanização de favelas.
A partir da apresentação do diagnóstico se elegem um conjunto de princípios
estruturantes(partners), que são consensuados, e que também norteam a elaboração do
desenho.
Celebra-se a idéia de que o planejamento e o projeto são ações sofisticadas, que
demandam tempo e investimento pensado.
1983 – Trabalho Final de Graduação – Metodologia de Urbanização de Favelas
Residências Unifamiliares – 1984/90
Residência em Caeté MG - hierarquia de espaços
Residência em Laranjeiras, Rua Alice – desenvolvimento em altura
Horizontalidade e Verticalidade.
1987 – Residência em Caeté MG 1992 – Residência em Laranjeiras Rua Alice
Hospital Jacarepaguá – 1990
Unidades de paciente externos (UPE). Utilização de peças pré moldadas. Processo de
projeto com ampla discussão com especialidades médicas. Estrutura racional e livre para
expansões e retrações dos serviços médicos
1990 – UPE de atendimento ambulatorial – 8.100 M2
Concurso Público Anexo da Pref. RJ – 1991
Resolução da plataforma elevada onde se insere o edifício do Marcos Konder Neto da prefeitura
do Rio de Janeiro. Maior articulação entre cidade e edificação. Hierarquia das edificações.
Fachadas amigáveis para a cidade
1991 – Concurso Público de Projetos do lAB-RJ – 6.500 M2
Rio Cidade Vila Isabel – 1993
Valorização dos eixos de comércio de rua da cidade (CBD) em contraposição ao comércio
de shopping centers. Hegemonia do local, frente ao sistêmico na cidade. Estratégia de
contaminação. Inauguração e Manutenção
1993 – Concurso Público de Metodologias de Projetos Urbanos do lAB-RJ – 6,7 Ha
Favela Bairro – Favela Parque Royal - 1994
Valorização das pré-existência e da auto estima das comunidades. Hegemonia do local, frente
ao sistêmico na cidade. Estratégia local, acaba abordando um problema sistêmico da cidade.
Inauguração e Manutenção. A frente marítima como logradouro público para gestão do auto-
controle
1994 – Concurso Público de Metodologias de Projetos de Urbanização de Favelas dolAB-RJ – Parque Royal 7,1 Ha
Parque Royal – Ilha do Governador
1.400 habitações
4.150 habitantes
Favela Bairro – 1998
Em 1998 o programa Favela Bairro recebe a visita do Presidente da República Fernando
Henrique Cardoso na Favela de Parque Royal. O programa é reconhecido
internacionalmente e ganha abrangência na cidade.
Favela Parque Royal:
Creche – 100 crianças
Edifício Multifamiliar
Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998
Em 1998, a Secretaria de Habitação adota a estratégia de enfrentar os aglomerados de
favelas. No Complexo do Sapê pretendia-se gerar um parque de grande qualidade, que
tivesse um impacto positivo no bairro de Madureira.
Complexo do Sapê:
5 Favelas; Sossego,
Buriti Congonhas,
Moisés Santana,
Faz quem quer,
E Sapê
2.985 habitações
8.000 habitantes
21,7 Ha
Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998
Edifício Multi Familiar e Creche Edifício Profissionalizante e Creche
Habitações no Morro da Conceição - 2000
Em 2000, a Secretaria de Habitação e a Secretaria de Urbanismo adotam estratégia de ocupar
os vazios do Morro da Conceição com unidades habitacionais. Habitação no centro em área
preservada para preenchimento de vazios.
Centro de Pesquisas Jardim Botânico - 2001
Centro de Pesquisas Jardim Botânico -2001
Herbário, Sala Pesquisadores, Biblioteca e Administração – 5mil M2
Parque da Cidade - 2004
Atuar na parte antrópica do Parque requalificando equipamentos, como:
quiosques, churrasquiras, pérgulas, sanitários, etc...
1.ACESSO GUARITA
2.ESTACIONAMENTO EXISTENTE
3.EXPANSÃO DO ESTACIONAMENTO
4.QUIOSQUE DE INFORMAÇÕES
5.QUIOSQUE DE VENDAS
6.BICA D´ÁGUA
7.SANITÁRIOS
8.PONTES
9.ILHA
10.PÉRGOLA
11.ANFITEATRO
12.PISCINA
13.CHURRASQUEIRA I
14.CHURRASQUEIRA II
15. CONTENÇÃO
16. RUÍNA
17. CACHOEIRA
Programa Penso Cidade–Ilha do Fundão RJ– 2007
Em 2008, o Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro convoca alguns arquitetos para
explicitar projetos para a cidade do Rio de Janeiro.
A Archi 5 escolhe a Ilha do Fundão, onde está a cidade universitária projetada por Jorge
Machado Moreira.
Proposição de malha a 45º preservando o desenho modernista, mas densificando com 8
andares de altura.
No entrocamento de um intermodal de transportes públicos é proposto uma torre.
Horto e Vale dos Contos – Ouro Preto - 2008
Melhorias habitacionais no Santo Amaro - 2011
Todos os Mundos. Um só mundo...
Há um valor imaterial na cultura brasileira, que nós não damos conta;
Não existe um Brasil puro sangue.
Não existe um povo brasileiro, mas existe uma idéia de Brasil.
Desde cedo somos acostumados à diversidade, somos na verdade mineiros, paulistas,
cariocas, paraibanos, baianos, pernambucanos, paraenses, etc..
Somos localistas e, muitas vezes como em Minas Gerais somos na verdade da Zona da
Mata, do Triângulo, do Sul, do Centro ou do Jequitinhonha.
Há um dito, que define o Brasil;
“Perco o amigo mas não perco a piada”
Talvez a nossa constante auto ironia, o nosso complexo de vira latas seja o valor imaterial
maior da cultura brasileira.
Uma cultura cosmopolita, pois está sempre interessada em ouvir o outro.
O Brasil está cansado da verticalização de suas instituições, quer se transformar numa
diversidade horizontal, igualmente empoderada.
O Plano e o Projeto desempenham papel fundamental nesse novo Brasil.
Obrigado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ana Barreiros
 
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ana Barreiros
 
A cultura do cinema
A cultura do cinema   A cultura do cinema
A cultura do cinema
Ana Barreiros
 
Reflexão sobre a condição humana nas artes
Reflexão sobre a condição humana nas artesReflexão sobre a condição humana nas artes
Reflexão sobre a condição humana nas artes
Carlos Vieira
 

Mais procurados (19)

Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoRevisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
 
Cultura da gare
Cultura da gareCultura da gare
Cultura da gare
 
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
 
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
 
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós modernoApresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
Apresentação CBD0282 - Moderno e pós moderno
 
A circulação das idéias do urbanismo Aridson Andrade - 2011
A circulação das idéias do urbanismo   Aridson Andrade - 2011A circulação das idéias do urbanismo   Aridson Andrade - 2011
A circulação das idéias do urbanismo Aridson Andrade - 2011
 
Vanguarda europeia
Vanguarda europeiaVanguarda europeia
Vanguarda europeia
 
T1 ad alunamayramartinssilva
T1 ad alunamayramartinssilvaT1 ad alunamayramartinssilva
T1 ad alunamayramartinssilva
 
07 arte portuguesa
07 arte portuguesa07 arte portuguesa
07 arte portuguesa
 
Aula 2 objetivo
Aula 2 objetivoAula 2 objetivo
Aula 2 objetivo
 
Apostila Projeto Urbano para o curso de Arquitetura e Urbanismo
Apostila Projeto Urbano para o curso de Arquitetura e UrbanismoApostila Projeto Urbano para o curso de Arquitetura e Urbanismo
Apostila Projeto Urbano para o curso de Arquitetura e Urbanismo
 
A cultura do cinema
A cultura do cinema   A cultura do cinema
A cultura do cinema
 
Apostila Metodologia Cientifica para curso de Arquitetura e Urbanismo
Apostila Metodologia Cientifica para curso de Arquitetura e UrbanismoApostila Metodologia Cientifica para curso de Arquitetura e Urbanismo
Apostila Metodologia Cientifica para curso de Arquitetura e Urbanismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
M8
M8M8
M8
 
Aula 2 Novo Colégio
Aula 2 Novo ColégioAula 2 Novo Colégio
Aula 2 Novo Colégio
 
Reflexão sobre a condição humana nas artes
Reflexão sobre a condição humana nas artesReflexão sobre a condição humana nas artes
Reflexão sobre a condição humana nas artes
 
Ruptura e inovações da arte e literatura- História 9ano
Ruptura e inovações da arte e literatura- História 9ano Ruptura e inovações da arte e literatura- História 9ano
Ruptura e inovações da arte e literatura- História 9ano
 

Destaque

A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo nettoA construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
deyselfreire
 
Apresentação powerpoint projeto escola 25 anos
Apresentação powerpoint  projeto escola 25 anosApresentação powerpoint  projeto escola 25 anos
Apresentação powerpoint projeto escola 25 anos
Claudia Cordeiro
 
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúdeProjeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
rogeriodias77
 

Destaque (20)

MELHORIAS URBANAS
MELHORIAS URBANASMELHORIAS URBANAS
MELHORIAS URBANAS
 
Afinal, O que é Favela?
Afinal, O que é Favela?Afinal, O que é Favela?
Afinal, O que é Favela?
 
Projeto Porto Maravilha
Projeto Porto MaravilhaProjeto Porto Maravilha
Projeto Porto Maravilha
 
Brasil: "O Espétáculo (?) do Crescimento" e Arquitetura
Brasil: "O Espétáculo (?) do Crescimento" e ArquiteturaBrasil: "O Espétáculo (?) do Crescimento" e Arquitetura
Brasil: "O Espétáculo (?) do Crescimento" e Arquitetura
 
Favelas
FavelasFavelas
Favelas
 
Arquitetura e Projeto - Todos os mundos: um só mundo, arquitetura 21
Arquitetura e Projeto - Todos os mundos: um só mundo, arquitetura 21Arquitetura e Projeto - Todos os mundos: um só mundo, arquitetura 21
Arquitetura e Projeto - Todos os mundos: um só mundo, arquitetura 21
 
Favela da Rocinha - RJ
Favela da Rocinha - RJFavela da Rocinha - RJ
Favela da Rocinha - RJ
 
urbanismo contemporâneo redes sistemas processos
urbanismo contemporâneo redes sistemas processosurbanismo contemporâneo redes sistemas processos
urbanismo contemporâneo redes sistemas processos
 
Apresentação - Projeto de Mestrado
Apresentação - Projeto de MestradoApresentação - Projeto de Mestrado
Apresentação - Projeto de Mestrado
 
Habitação de Interesse Social
Habitação de Interesse SocialHabitação de Interesse Social
Habitação de Interesse Social
 
A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo nettoA construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
A construção do projeto ético político do serviço social - josé paulo netto
 
Apresentação powerpoint projeto escola 25 anos
Apresentação powerpoint  projeto escola 25 anosApresentação powerpoint  projeto escola 25 anos
Apresentação powerpoint projeto escola 25 anos
 
Fases de projeto segundo pmbok
Fases de projeto segundo pmbokFases de projeto segundo pmbok
Fases de projeto segundo pmbok
 
Projeto politico pedagogico PPP
Projeto politico pedagogico PPPProjeto politico pedagogico PPP
Projeto politico pedagogico PPP
 
Urbanização e problemas urbanos
Urbanização e problemas urbanosUrbanização e problemas urbanos
Urbanização e problemas urbanos
 
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúdeProjeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
Projeto escola e comunidade de mãos dadas com a saúde
 
modelo-de-projeto-politico-pedagogico
modelo-de-projeto-politico-pedagogicomodelo-de-projeto-politico-pedagogico
modelo-de-projeto-politico-pedagogico
 
Slide pronto
Slide prontoSlide pronto
Slide pronto
 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOPROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
 
Apresentação de slides pronto
Apresentação de slides prontoApresentação de slides pronto
Apresentação de slides pronto
 

Semelhante a Planejamento e Projeto - Pariticpação, Transparência e Democracia

Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologiaIntervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
Daniela José
 
Hs arquitetura moderna
Hs arquitetura modernaHs arquitetura moderna
Hs arquitetura moderna
Marcele Matos
 
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
Bruno Agustini
 
6. cidade barroca e industrial
6. cidade barroca e industrial6. cidade barroca e industrial
6. cidade barroca e industrial
Ana Cunha
 
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
Kerol Brombal
 
Stg slide 1
Stg slide 1Stg slide 1
Stg slide 1
Zetler
 

Semelhante a Planejamento e Projeto - Pariticpação, Transparência e Democracia (20)

Brutalismo
BrutalismoBrutalismo
Brutalismo
 
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologiaIntervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
 
Hs arquitetura moderna
Hs arquitetura modernaHs arquitetura moderna
Hs arquitetura moderna
 
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
Harvey, david passagem da modernidade à pós modernidade-capítulo de condição ...
 
Sociologia apresentacao
Sociologia apresentacaoSociologia apresentacao
Sociologia apresentacao
 
Lista teorias-do-sc3a9c-xix-ho
Lista teorias-do-sc3a9c-xix-hoLista teorias-do-sc3a9c-xix-ho
Lista teorias-do-sc3a9c-xix-ho
 
Fundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IVFundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IV
 
O descarte do ser humano na era pós moderna
O descarte do ser humano na era pós modernaO descarte do ser humano na era pós moderna
O descarte do ser humano na era pós moderna
 
6. cidade barroca e industrial
6. cidade barroca e industrial6. cidade barroca e industrial
6. cidade barroca e industrial
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
 
Luis Barragan
Luis BarraganLuis Barragan
Luis Barragan
 
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
2 lista iluminismo_rev industrial e napoleao
 
Stg slide 1
Stg slide 1Stg slide 1
Stg slide 1
 
Experienciando a modernidade na américa latina
Experienciando a modernidade na américa latinaExperienciando a modernidade na américa latina
Experienciando a modernidade na américa latina
 
Projeto de Restauração da Casa Modernista-SP
Projeto de Restauração da Casa Modernista-SPProjeto de Restauração da Casa Modernista-SP
Projeto de Restauração da Casa Modernista-SP
 
História Contemporânea - Larissa Costard - PUC-Rio
História Contemporânea - Larissa Costard - PUC-RioHistória Contemporânea - Larissa Costard - PUC-Rio
História Contemporânea - Larissa Costard - PUC-Rio
 
Ficha técnica
Ficha técnicaFicha técnica
Ficha técnica
 
Monografia Casa Modernista-Santa Cruz-SP
Monografia Casa Modernista-Santa Cruz-SPMonografia Casa Modernista-Santa Cruz-SP
Monografia Casa Modernista-Santa Cruz-SP
 
Sociologia
Sociologia Sociologia
Sociologia
 
2-2020 art Cult pop.pdf
2-2020 art Cult pop.pdf2-2020 art Cult pop.pdf
2-2020 art Cult pop.pdf
 

Mais de Instituto_Arquitetos

“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
Instituto_Arquitetos
 

Mais de Instituto_Arquitetos (20)

Arquitetos em Maringá
Arquitetos em MaringáArquitetos em Maringá
Arquitetos em Maringá
 
Corredor Verde do Recreio
Corredor Verde do RecreioCorredor Verde do Recreio
Corredor Verde do Recreio
 
Programação do Fórum Internacional “A metrópole contemporânea. Os mundos da l...
Programação do Fórum Internacional “A metrópole contemporânea. Os mundos da l...Programação do Fórum Internacional “A metrópole contemporânea. Os mundos da l...
Programação do Fórum Internacional “A metrópole contemporânea. Os mundos da l...
 
Plano de Habitação de Interesse Social do Porto do Rio de Janeiro
Plano de Habitação de Interesse Social do Porto do Rio de JaneiroPlano de Habitação de Interesse Social do Porto do Rio de Janeiro
Plano de Habitação de Interesse Social do Porto do Rio de Janeiro
 
Lançamento concurso
Lançamento concursoLançamento concurso
Lançamento concurso
 
A paisagem da Baía de Guanabara como patrimônio compartilhado
A paisagem da Baía de Guanabara como patrimônio compartilhadoA paisagem da Baía de Guanabara como patrimônio compartilhado
A paisagem da Baía de Guanabara como patrimônio compartilhado
 
NIEMEYER: ENTRE O PAÇO E A BAÍA - Bruno Tropia
NIEMEYER: ENTRE O PAÇO E A BAÍA - Bruno TropiaNIEMEYER: ENTRE O PAÇO E A BAÍA - Bruno Tropia
NIEMEYER: ENTRE O PAÇO E A BAÍA - Bruno Tropia
 
Desenvolvimento, patrimônio e Baía de Guanabara
Desenvolvimento, patrimônio e Baía de GuanabaraDesenvolvimento, patrimônio e Baía de Guanabara
Desenvolvimento, patrimônio e Baía de Guanabara
 
Apresentação - Museu da Maré
Apresentação - Museu da MaréApresentação - Museu da Maré
Apresentação - Museu da Maré
 
Paisagem como patrimônio – terra como recurso
Paisagem como patrimônio – terra como recursoPaisagem como patrimônio – terra como recurso
Paisagem como patrimônio – terra como recurso
 
Apresentação - Cidade do Amanhã
Apresentação - Cidade do AmanhãApresentação - Cidade do Amanhã
Apresentação - Cidade do Amanhã
 
Apresentação da palestra "Cidade do Amanhã"
Apresentação da palestra "Cidade do Amanhã"Apresentação da palestra "Cidade do Amanhã"
Apresentação da palestra "Cidade do Amanhã"
 
Apresentação sobre padronização das calçadas do Rio de Janeiro
Apresentação sobre padronização das calçadas do Rio de JaneiroApresentação sobre padronização das calçadas do Rio de Janeiro
Apresentação sobre padronização das calçadas do Rio de Janeiro
 
Um projeto urbano para a Zona Sul carioca
Um projeto urbano para a Zona Sul cariocaUm projeto urbano para a Zona Sul carioca
Um projeto urbano para a Zona Sul carioca
 
Sérgio Magalhães - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
Sérgio Magalhães - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia? Sérgio Magalhães - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
Sérgio Magalhães - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
 
Demetre Anastassakis - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
Demetre Anastassakis - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia? Demetre Anastassakis - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
Demetre Anastassakis - Pode o MCMV fazer cidade e prover moradia?
 
“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
“Otra Ciudad”, por Juan Carlos Rico
 
Apresentação - Desenho urbano e arquitetura para habitação de interesse social
Apresentação - Desenho urbano e arquitetura para habitação de interesse socialApresentação - Desenho urbano e arquitetura para habitação de interesse social
Apresentação - Desenho urbano e arquitetura para habitação de interesse social
 
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (EN)
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (EN)Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (EN)
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (EN)
 
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (PT)
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (PT)Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (PT)
Apresentação do Prof. Richard de Dear sobre conforto térmico residencial (PT)
 

Planejamento e Projeto - Pariticpação, Transparência e Democracia

  • 1. Todos os Mundos. Um só Mundo. Arquitetura 21 João Pessoa 28/03/2015 Pedro da Luz Moreira Arquiteto e Urbanista Professor Adjunto da Eau-Uff Presidente do IAB-RJ Planejamento e Projeto - Participação e Transparência Democracia
  • 2. Objetivos: Todos os Mundos. Um só Mundo. O que queremos com esse tema? Como a arquitetura e o urbanismo se inserem na sociedade contemporânea e na brasileira? Como esses ofícios estão inseridos na cultura do nosso tempo? Qual a relevância do plano e do projeto na sociedade contemporânea e brasileira? O enfrentamento da moderna cidade industrial, cenário da vida da maioria da humanidade nos últimos 150 anos. Parque Olímpico e Favela Vila Autódromo Barra RJ
  • 3. As cidades no mundo: Em 2030, seis entre dez pessoas viverão em cidades. Hoje em dia 1 bilhão de pessoas vivem em favelas ou em loteamentos irregulares. Em 2030 serão 2 bilhões de pessoas na informalidade. E, em 2050 3 bilhões de pessoas estarão na informalidade. Há um desenvolvimento explosivo da população urbana no mundo, um processo que se acelera de forma definitiva com a industrialização.
  • 4. Cidade Industrial - salubridade Na Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX, a cidade de Manchester tinha no ano de 1760 doze mil habitantes, em 1850 ela atinge quatrocentos mil habitantes. No Brasil a cidade de São Paulo tinha em 1930 novecentos mil habitantes, chegando em 2011 a vinte milhões de habitantes. Nos próximos dez anos está previsto um êxodo rural da ordem de 200 milhões de pessoas na China Cidade Industrial - pluralidade Cidade Pré-Industrial - unidade
  • 5. Contexto histórico - modernismo O modernismo é fruto da grande cidade industrial. A cidade de Chicago na passagem do século XIX para o século XX assiste um debate entre o Movimento do City Beatiful de Burnham - academicista e eclético - e as tendências organicistas e modernistas de Sullivan e de Wright que se antecipam em vários anos aos debates das vanguardas centro-européias. A Escola de Chicago anuncia a hegemonia americana, que se materializará de forma definitiva no segundo pós-guerra. Flatiron Building Burnham Nova York 1903 Robbie House Wright Chicago 1908
  • 6. Contexto histórico - modernismo As vanguardas centro-européias seguindo preceitos da Escola de Chicago, fundaram o modernismo com a pretensão de instituir uma nova objetividade, na qual os monumentos eram a morte da arquitetura, onde se buscava uma nova essência que estava na grande cidade industrial. Basta lermos Loos ou Wagner, arquitetos da Secessão Vienense que afirmavam a emergência de uma nova ética do construir, onde o que lhes interessava não era mais; os organismos governamentais, o teatro de ópera ou o parlamento, a arquitetura da exceção, mas a habitação extensiva das periferias intermináveis da cidade industrial européia. Metrô de Viena Oto Wagner 1901
  • 7. Contexto histórico - modernismo A casa do operário ou da classe média, que se constituia na grande massa edificada da cidade industrial, as periferias desse fenômeno inusitado que também explodia na Europa na sua escala e tamanho, determinando um contínuo construído rápido, feio e inadequado. As infraestruturas urbanas e a habitação produzida em massa são os temas eleitos pelas vanguardas centro-européias. Karl Liegen Stadt – Bruno Taut – 1.148 unidades – 1929/30 - Berlim
  • 8. Contexto histórico - modernismo Não há como negar que o modernismo conquistou corações e mentes em todas as partes do mundo, com diferentes nuances e formulações ele encarnou um desejo na sociedade de ampliação da autonomia dos povos na definição de seu futuro, de seu vir a ser. Karl Marx Hof – Karl Ehn – 1.382 unidades – 1930 - Viena
  • 9. Contexto histórico – modernismo brasileiro Conjunto da Pampulha Niemyer – 1940 – Belo Horizonte
  • 10. Contexto histórico - modernismo Ser moderno no Brasil era romper com um arcaismo agrário, com o patriarcado e adotar um comportamento urbano. O modernismo carioca explode a caixa da arquitetura se expandindo em direção a natureza e ao meio natural. Conjunto Pedregulho Reidy– 328 unidades 1947 – Rio de Janeiro
  • 11. Contexto histórico - modernismo Num cenário natural generoso pontuado de ícones geológicos como o Pão de Açúcar, Corcovado, Morro Dois Irmãos, Pedra da Gávea, a arquitetura modernista valoriza a fluidez entre exterior e interior e se dedica a criação de espaços públicos notáveis. Aterro do Flamengo – Reidy e Burle Marx – 1,2 milhão M2 1965 – Rio de Janeiro
  • 12. Crítica ao Movimento Moderno No final da Segunda Guerra Mundial, as bombas de Hiroshima e Nagasaki demonstram uma imensa capacidade destrutiva e acabam vinculando fortemente tecnologia e destruição. O poderio industrial e militar americano e soviético ganham uma lógica particular, que se torna independente das aspirações comuns, se envolvendo numa espiral competitiva interminável. A crença na industrialização, padronização e repetição intermináveis como uma promessa de redenção das misérias da humanidade sofre um abalo definitivo, passando a ser encarada com desconfiança. 1945 - Bombas de Hiroshima e Nagasaki
  • 13. Crítica ao Movimento Moderno Emerge uma hegemonia da diversidade entre os seres humanos, que passam a ser vistos como especificidades culturais, raciais, de gênero, ou de qualquer outra natureza.
  • 14. Crítica ao Movimento Moderno Nos anos 1950 o arquiteto Loui I. Khan retoma o tema da monumentalidade e quebra a unidirecionalidade tecnológica dos materiais, retomando o tijolo como elemento pré-moldado mais potente. Em 1947 Khan assume a cadeira de arquitetura em Yale, fazendo reflexões fundamentais: “O que o lugar quer ser?” “ Programa morto e vivo” “Espaços que servem e os que são servidos” 1951 - Yale Art Galery – New Heaven Khan - Neutralidade do espaço do abrigo da arte 1973 - Performing Arts Theater - Indiana Khan – O tijolo e o concreto 1974 - Indian Institute of Management – Khan
  • 15. Crítica ao Movimento Moderno No começo da década de 60, Jane Jacobs decreta a perda da vitalidade das cidades americanas em função de um rodoviarismo exacerbado, presente no modernismo nos projetos de Le Corbusier como o Plano Voisin para Paris. "As cidades tem a capacidade de prover algo para alguém, somente porque, e apenas quando, são criadas por todos... Não existe melhor expert na cidade do que aqueles que vivem e experimentam seu dia a dia." 1961 – Publicação de Morte e Vida das Grandes Cidades Americanas
  • 16. Crítica ao Movimento Moderno As intervenções de Robert Moses em Nova York elegem o rodoviarismo e destroem relações de vizinhança e de comunidades, a hegemonia do automóvel determina um certo isolamento do indivíduo na grande metrópole, reduzindo o espírito de participação na cidadania. Los Angeles emerge como paradigma do bem viver, onde o automóvel se articula com a baixa densidade, surgindo um modelo de baixa interação social e isolamento do ser humano na cidade. Los Angeles – paradigma do rodoviarismo e da baixa densidade
  • 17. Crítica ao Movimento Moderno A década de 60, explode com a emergência de um mundo que decreta o fim das vanguardas e a presença de uma grande massificação. O mundo elitizado da primeira modernidade dá lugar a uma imensa massificação, que está espelhada nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna, que começam em La Sarraz no ano de 1928 com vinte e oito arquitetos e terminam em Dubrovnick no ano de 1956 com uma multidão de estudantes. 1928 – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM) La Sarraz 1968 – Protesto pelo fim da Guerra do Vietnã Washington
  • 18. Crítica ao Movimento Moderno Filósofos como Lyotard e Fukuyama decretam o fim dos discursos explicadores da modernidade como o marxismo e o iluminismo, que construiam uma ética do agir e do pensar. Emerge uma lógica localista, que se rebela contra o pensamento sistêmico e estruturador do modernismo. Desenvolve-se a consciência de que a utopia modernista era autoritária e congelava as aspirações de realização das futuras gerações. 1992 – Fukuyama Fim da História Local e Global 1979 – Lyotard Fim das Grandes Narrativas
  • 19. Crítica ao Movimento Moderno Em 1979 Margareth Thatcher assume como primeira ministra britânica. Em 1980 Ronald Reagan assume a presidência dos EUA, desenvolvendo-se uma enorme desregulamentação do capital. O wellfare state ou estado de bem estar social desmorona. Uma transformação que esvaziou o uso industrial e fez emergir um contínuo de serviços financeiros principalmente. As empresas de serviços financeiros e seguros passaram a representar no mundo anglo saxão, um terço do emprego disponível. Inicia-se uma forte hegemonia do capital financeiro no mundo. Ronald Reagan 1980Margareth Thatcher 1979
  • 20. Crítica ao Movimento Moderno Em meados dos anos 1990 o advento da Internet e das Tecnologias de Informação e Comunicação lançam para a humanidade a possibilidade de acessar um amplo acervo de informações, que determinam uma imensa dispersão de energias, parecendo inviabilizar a possibilidade de construção de prioridades e consensos. A política se fragmenta numa infinidade de interesses que parecem irreconciliáveis, apontando para a impossibilidade da construção de consensos. 1990 – TICs e a incapacidade de síntese Fragmentação Política
  • 21. Incompletude do Projeto Moderno Também em meados dos anos 1990 o filósofo Habermas decreta num texto no qual ironiza a tendência contemporânea de se utilizar do prefixo pós para caracterização do nosso tempo. O texto de Habermas distingue a modernidade do modernismo, dizendo que a pretensão humana de desígnio do seu futuro, que as revoluções americana e francesa tinham expressado permanecia inalcançado. Habermas constroe sua teoria da racionalidade comunicativa, que se contrapõe a racionalidade meramente instrumental, determinando que a razão não deve estar carregada de personalismos, mas construída a partir de consensos. Abre-se uma nova perspectiva utópica, que não mais condena as gerações futuras a uma construção congelada e fixa, mas que celebra o processo de auto-construção e de auto- determinação. 1990 – Texto Arquitetura Moderna e Pós moderna e a Incompletude da Modernidade
  • 22. Incompletude do Projeto Moderno No campo específico da arquitetura e do urbanismo, nos anos 60, Kevin Linch e Aldo Rossi apontam para a processualidade da construção da cidade, reforçando conceitos como o da Legibilidade, e o da História. Nos anos 70, Manfredo Tafuri elabora a idéia do arquiteto como ideólogo do habitar, um formulador de conceitos e proposições que propõe o Bem viver e possuem a capacidade de contaminar a sociedade para suas formas de operação e de prática. 1979 – Teatro del Mondo – Aldo Rossi 1960 – A Imagem da Cidade – Kevin Lynch
  • 23. Incompletude do Projeto Moderno Nos mesmos anos, Christopher Alexander se propõe a mapear a gênese da evolução da forma no processo de desenvolvimento do projeto, com o claro interesse de impulsionar a participação do usuário na elaboração do seu ambiente construído. Desenvolve-se nos EUA o advocacy planning ou projeto participativo, no qual o processo de construção do vir a ser de comunidades específicas é celebrado como a verdadeira pulverização da democracia. 1977 – Uma Linguagem de padrões Christopher Alexander 1964 – Ensaio sobre a Síntese da Forma Christopher Alexander 1993 – Planejamento Participativo Postdamer Platz Berlim
  • 24. Incompletude do Projeto Moderno No Brasil, Carlos Nelson dos Santos lança o livro A cidade como jogo de cartas, no qual celebra uma certa neutralidade do desenho da grelha, que impulsiona sua apropriação por diferentes agentes no longo prazo da cidade. O Plano de NY de 1811 decreta uma imensa homogenização do território baseado na malha xadrez. Os elementos celebrados são a rua, a quadra e o lote como unidades em torno dos quais o jogo da cidade é jogado. Num paradoxo, Carlos Nelsom dos Santos aponta que apesar desse inicio homogenizador a ilha de Manhattan apresenta hoje grande diversidade de tipologias, usos e contínuos diferenciados. Se restabelece a possibilidade da construção utópica, que deixa de ser um objetivo fixo e congelado, mas a celebração de uma processualidade que restabelece a necessidade da presença contínua da criatividade das futuras gerações. O jogo pressupõe agentes e atores igualmente empoderados, que declaram suas intenções e negociam objetivos, a racionalidade abandona a subjetividade isolada e se aproxima da inter- subjetividade. Plano 1811 de Nova York – Estrutura quadra, lote e rua – Desenho aberto 1988 – A Cidade como jogo de cartas – Carlos Nelson
  • 25. Incompletude do Projeto Moderno Em 2002, Kenneth Frampton lança o livro Studies on Tectonic Culture, no qual identifica a saturação do problema do símbolo e da representação no campo da arquitetura, apontando como saída o desenvolvimento da tectônica. O compromisso com o construído. As obras de grandes arquitetos são analisadas a partir da escolha de diferenciados modos de construção, que recolocam a complexa relação entre custo e benefício no projeto. Avaliação do sistema de decisões que o projeto opera: Custo e Benefício 2002 – Studies in Tectonic Culture – Kenneth Frampton
  • 26. Incompletude do Projeto Moderno O arquiteto Rafael Moneo lança em 2008 Inquietação Teórica e Estratégias Projetuais, no qual rejeita a adoção de um personalismo de linguagem por parte dos arquitetos, celebrando a idéia da reinvenção do arquiteto a cada novo projeto. Cada novo projeto representa uma oportunidade, que demanda do arquiteto uma leitura específica de cada lugar. 1999 – Kursaal San Sebastian Rafael Moneo 1985 – Museu de Arte Romana de Mérida – Rafael Moneo
  • 27. Projeto Concurso da Obra do Berço - 1982 A creche de longa permanência das crianças demanda um espaço da diversidade. O programa é fragmentado numa série de edifícios, que reproduzem a estrutura de uma minicidade. Os ambientes habitação, os monumentos, a continuidade e a exceção. 1982 – Concurso IAB-RJ Creche Obra do Berço – Barra da Tijuca – Archi 5 arquitetos associados
  • 28. TFG Favela de Araticum - 1983 Metodologia participativa de urbanização de favelas. A partir da apresentação do diagnóstico se elegem um conjunto de princípios estruturantes(partners), que são consensuados, e que também norteam a elaboração do desenho. Celebra-se a idéia de que o planejamento e o projeto são ações sofisticadas, que demandam tempo e investimento pensado. 1983 – Trabalho Final de Graduação – Metodologia de Urbanização de Favelas
  • 29. Residências Unifamiliares – 1984/90 Residência em Caeté MG - hierarquia de espaços Residência em Laranjeiras, Rua Alice – desenvolvimento em altura Horizontalidade e Verticalidade. 1987 – Residência em Caeté MG 1992 – Residência em Laranjeiras Rua Alice
  • 30. Hospital Jacarepaguá – 1990 Unidades de paciente externos (UPE). Utilização de peças pré moldadas. Processo de projeto com ampla discussão com especialidades médicas. Estrutura racional e livre para expansões e retrações dos serviços médicos 1990 – UPE de atendimento ambulatorial – 8.100 M2
  • 31. Concurso Público Anexo da Pref. RJ – 1991 Resolução da plataforma elevada onde se insere o edifício do Marcos Konder Neto da prefeitura do Rio de Janeiro. Maior articulação entre cidade e edificação. Hierarquia das edificações. Fachadas amigáveis para a cidade 1991 – Concurso Público de Projetos do lAB-RJ – 6.500 M2
  • 32. Rio Cidade Vila Isabel – 1993 Valorização dos eixos de comércio de rua da cidade (CBD) em contraposição ao comércio de shopping centers. Hegemonia do local, frente ao sistêmico na cidade. Estratégia de contaminação. Inauguração e Manutenção 1993 – Concurso Público de Metodologias de Projetos Urbanos do lAB-RJ – 6,7 Ha
  • 33. Favela Bairro – Favela Parque Royal - 1994 Valorização das pré-existência e da auto estima das comunidades. Hegemonia do local, frente ao sistêmico na cidade. Estratégia local, acaba abordando um problema sistêmico da cidade. Inauguração e Manutenção. A frente marítima como logradouro público para gestão do auto- controle 1994 – Concurso Público de Metodologias de Projetos de Urbanização de Favelas dolAB-RJ – Parque Royal 7,1 Ha Parque Royal – Ilha do Governador 1.400 habitações 4.150 habitantes
  • 34. Favela Bairro – 1998 Em 1998 o programa Favela Bairro recebe a visita do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso na Favela de Parque Royal. O programa é reconhecido internacionalmente e ganha abrangência na cidade. Favela Parque Royal: Creche – 100 crianças Edifício Multifamiliar
  • 35. Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998 Em 1998, a Secretaria de Habitação adota a estratégia de enfrentar os aglomerados de favelas. No Complexo do Sapê pretendia-se gerar um parque de grande qualidade, que tivesse um impacto positivo no bairro de Madureira. Complexo do Sapê: 5 Favelas; Sossego, Buriti Congonhas, Moisés Santana, Faz quem quer, E Sapê 2.985 habitações 8.000 habitantes 21,7 Ha
  • 36. Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998 Edifício Multi Familiar e Creche Edifício Profissionalizante e Creche
  • 37. Habitações no Morro da Conceição - 2000 Em 2000, a Secretaria de Habitação e a Secretaria de Urbanismo adotam estratégia de ocupar os vazios do Morro da Conceição com unidades habitacionais. Habitação no centro em área preservada para preenchimento de vazios.
  • 38. Centro de Pesquisas Jardim Botânico - 2001 Centro de Pesquisas Jardim Botânico -2001 Herbário, Sala Pesquisadores, Biblioteca e Administração – 5mil M2
  • 39. Parque da Cidade - 2004 Atuar na parte antrópica do Parque requalificando equipamentos, como: quiosques, churrasquiras, pérgulas, sanitários, etc... 1.ACESSO GUARITA 2.ESTACIONAMENTO EXISTENTE 3.EXPANSÃO DO ESTACIONAMENTO 4.QUIOSQUE DE INFORMAÇÕES 5.QUIOSQUE DE VENDAS 6.BICA D´ÁGUA 7.SANITÁRIOS 8.PONTES 9.ILHA 10.PÉRGOLA 11.ANFITEATRO 12.PISCINA 13.CHURRASQUEIRA I 14.CHURRASQUEIRA II 15. CONTENÇÃO 16. RUÍNA 17. CACHOEIRA
  • 40. Programa Penso Cidade–Ilha do Fundão RJ– 2007 Em 2008, o Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro convoca alguns arquitetos para explicitar projetos para a cidade do Rio de Janeiro. A Archi 5 escolhe a Ilha do Fundão, onde está a cidade universitária projetada por Jorge Machado Moreira. Proposição de malha a 45º preservando o desenho modernista, mas densificando com 8 andares de altura. No entrocamento de um intermodal de transportes públicos é proposto uma torre.
  • 41. Horto e Vale dos Contos – Ouro Preto - 2008
  • 42. Melhorias habitacionais no Santo Amaro - 2011
  • 43. Todos os Mundos. Um só mundo... Há um valor imaterial na cultura brasileira, que nós não damos conta; Não existe um Brasil puro sangue. Não existe um povo brasileiro, mas existe uma idéia de Brasil. Desde cedo somos acostumados à diversidade, somos na verdade mineiros, paulistas, cariocas, paraibanos, baianos, pernambucanos, paraenses, etc.. Somos localistas e, muitas vezes como em Minas Gerais somos na verdade da Zona da Mata, do Triângulo, do Sul, do Centro ou do Jequitinhonha. Há um dito, que define o Brasil; “Perco o amigo mas não perco a piada” Talvez a nossa constante auto ironia, o nosso complexo de vira latas seja o valor imaterial maior da cultura brasileira. Uma cultura cosmopolita, pois está sempre interessada em ouvir o outro. O Brasil está cansado da verticalização de suas instituições, quer se transformar numa diversidade horizontal, igualmente empoderada. O Plano e o Projeto desempenham papel fundamental nesse novo Brasil. Obrigado