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SEMINÁRIO DE SOCIOLOGIA
MOVIMENTO
NEGRO NO
BRASIL
Por
:
Fabrine da Silva
Gabrielly Ferreira
Isabela Gaspio
João Vitor Alves
Mariane dos Santos
Prof Elaine Arantes
Introdução O Movimento Negro no Brasil surgiu durante o período
colonial como forma de resistência contra o modelo
escravagista da época. Além disso, ele não é compreendido
apenas como uma luta singular, mas sim como um
conjunto de lutas raciais que aconteceram e ainda
acontecem no Brasil, sendo, portanto, um movimento
presente em toda história brasileira.
Movimento Negro
• No Brasil colônia e
império
• Pós Lei Áurea e durante
a ditadura militar
• Pós ditadura militar e no
Brasil contemporâneo
Esse movimento não é exclusivo do Brasil!!!
Em diversos lugares do mundo houve o surgimento de
causas sociais e raciais semelhantes, principalmente no
ocidente.
Movimento Negro no Brasil colônia e
império
Durante esse período, houve o surgimento do que seria,
posteriormente, conhecido como Movimento Negro, com as
diversas REVOLTAS de escravizados. E, inicialmente, os
principais objetivos do movimento eram lutar e resistir contra
a violência cometida contra os negros escravizados e seus
descendentes e conquistar a abolição da escravidão.
O início do movimento negro durante a escravidão
representa uma luta extremamente importante por
DIGNIDADE HUMANA
Os quilombos foram comunidades formadas
por africanos escravizados e seus descendentes
(além de outros povos oprimidos) que
representaram espaços de resistência contra a
opressão colonial, preservando a cultura
africana e oferecendo proteção aos escravos
fugitivos.
Houveram diversas tentativas de destruição
contra eles por parte das autoridades coloniais,
porém diversos quilombos e seus legados
resistiram até os dias de hoje. Por conta disso, e
por ter sido uma forma eficaz e radical de
revolta, os quilombos se tornaram importantes
símbolos da luta do movimento negro.
Quilombos
São algumas outras revoltas
envolvendo a participação de pessoas
negras no período colonial/imperial a
conjuração baiana, a revolta dos
malês e a balaiada
Movimento Abolicionista
O movimento abolicionista foi um
processo que reuniu diferentes
grupos e pessoas da sociedade para
defender o fim da escravidão dos
negros. Através das leis
abolicionistas, os escravos foram
gradualmente conquistando sua
liberdade; isso, consequentemente,
foi um marco para as pessoas negras
da época e para a história do
movimento negro.
Lei do Sexagenário (1885):
Concedeu liberdade aos escravos que
possuíam 60 anos ou mais
Lei Áurea (1888):
Lei definitiva que extinguiu o trabalho
escravo no Brasil, libertando cerca de 700
mil escravos.
Lei do Ventre Livre (1871):
Libertou condicionalmente, a partir da
data que foi promulgada, as crianças
nascidas de mulheres escravas.
Lei Eusébio de Queirós (1850):
Pôs fim ao tráfico de escravos
transportados da África ao Brasil
através do navios negreiros.
Tereza de Benguela
Foi líder do quilombo de Quariterê, e
uniu negros, brancos e indígenas
para defender o território, que se
encontrava no Mato Grosso. Tereza
também foi responsável pelo
desenvolvimento do quilombo,
implantando novos modelos de
desenvolvimento, como o uso do
ferro na agricultura.
Devido a sua importância para esse
quilombo e na resistência contra os
bandeirantes, teve o dia 25 de julho,
data de sua morte, proclamado
como Dia da Mulher Negra.
Zumbi dos Palmares
Foi o último líder do quilombo de
Palmares, sendo conhecido por ser
um exímio guerreiro que lutava pela
liberdade de culto e religião, bem
como pelo fim da escravidão
colonial no Brasil.
Por ter se tornado o maior símbolo
da luta pela liberdade dos negros no
Brasil, teve o dia 20 de novembro,
data em que morreu, escolhido para
representar o Dia da Consciência
Negra.
André Rebouças
Foi um dos representantes da
pequena classe média negra no
Segundo Reinado e uma das vozes
mais importantes em prol do
abolicionismo, sendo responsável por
ajudar a criar a Sociedade Brasileira
Contra a Escravidão e também
participar da Confederação
Abolicionista, organização que
defendia uma abolição irrestrita e
imediata, sem indenização para os
senhores de escravos, atuando na
coordenação da campanha
abolicionista no Brasil.
Movimento Negro pós Lei Áurea e durante a
ditadura militar
Após a promulgação da Lei Áurea em 1888, todos aqueles que eram
escravizados no Brasil se tornaram livres. Entretanto, essa libertação teve um
problema crucial: não foi tomada nenhuma medida para reinseri-los na
sociedade.
Dessa forma, com a liberdade veio também uma acentuação do
preconceito e das desigualdades socias e uma marginalização dos afro-
brasileiros, problemas que o movimento negro passaria a lutar a partir de
agora.
Frente Negra Brasileira Associação Cultural do Negro
A Frente Negra Brasileira (FNB) foi a entidade
mais importante do movimento negro
brasileiro no início do século XX, e tinha como
missão integrar os afro-descendentes à
sociedade. Sua importância era tamanha que
até mesmo se tornou um partido político em
1936, sendo este dissolvido em 1937
juntamente com todos os outros partidos
devido início do Estado Novo.
Primeiro e único partido negro do Brasil
A Associação Cultural do Negro (ACN) foi um
grupo de ativismo negro brasileiro criado após
a invisibilização do negro nas comemorações
dos 400 anos da fundação de São Paulo.
Diferentes grupos sociais, como os
bandeirantes e jesuítas, foram exaltados como
contribuintes para o desenvolvimento da
cidade, porém os negros e indígenas foram
praticamente omitidos. Sendo assim, a ACN
veio como uma precursora do debate sobre
preconceito e da reivindicação da cultura
afro-brasileira.
O surgimento de debate e entidades em prol
de causas raciais foram influenciadas por
outras lutas raciais ao redor do mundo, como o
movimento dos direitos civis dos negros nos
Estados Unido e a luta contra a segregação
racial (apartheid) na África do Sul.
Movimento e ditadura
Durante o período da ditadura militar (1964 – 1985), houve a criminalização
de diversos movimentos considerados de oposição no Brasil. O movimento
negro foi um deles, sendo, então, inviabilizado a partir da ideia utópica de
democracia racial (existência de vivência harmônica entre brancos, negros e
indígenas), já que o regime militar criminalizou qualquer articulação
acerca do debate das relações raciais.
A existência da Lei de Segurança Nacional contribuía para isso, pois ela
considerava qualquer denúncia ao racismo como perturbação da ordem e
incitação de ódio contra os demais grupos raciais. Dessa forma, houve uma
perda na força do movimento negro.
Movimento Negro Unificado
• O Movimento Negro Unificado (MNU) surgiu em 1978 em represália
aos diversos episódios racistas que aconteciam na cidade de São
Paulo.
• Representou o surgimento do termo “movimento negro”
• Luta em “defesa do povo negro em todos os aspectos políticos,
econômicos, sociais e culturais”
• Tinha a premissa de que na sociedade brasileira o negro era deixando
a mercê da sorte, sofrendo cotidianamente, o que contrariava a
democracia racial do regime militar
• Uma das forças fundamentais para a contestação dos atos
inconstitucionais e enfraquecimento da ditadura
Movimento Negro no
Brasil contemporâneo
Assim como no século passado, o Movimento negro tem
desempenhado atualmente um importante papel contra o
racismo e na promoção da igualdade racial. Nas últimas
décadas, por exemplo, houve uma ressignificação da
identidade nacional e uma valorização da identidade negra.
Além disso, o surgimento de forças como o Movimento Negro
Unificado, existente até hoje, contribuiu para um maior diálogo
com o Estado brasileiro. Um desses reflexos foi a criação do
Conselho de Participação e Desenvolvimento da
Comunidade Negra como resposta governamental às diversas
lutas organizadas por entidades de cunho racial ao longo do
século XX e a criminalização da discriminação racial.
Conferência mundial de Durban
Em 2001, a ONU organizou em Durban a Conferência Mundial
das Nações Unidas de 2001 contra o Racismo, a Discriminação
Racial, a Xenofobia e a Intolerância, a fim de instituir mudanças
contra qualquer forma de racismo para toda comunidade
internacional. Tal episódio influenciou o Brasil a tomar algumas
ações quanto as causas raciais.
• O Estado brasileiro passou a reconhecer o impacto do
preconceito racial na estruturação das desigualdades
sociais
• Elevação da luta e debate sobre o racismo
• Utilização do critério de cor/raça nos censos
demográficos do IBGE
• Criação da Secretaria de Políticas de Promoção de
Igualdade Racial
• Aprovação do Estatuto da Igualdade Racial
Luta
contra toda
forma de racismo
Combate a
intolerância contra as
religiões de matriz africana
Ampliação
do acesso a educação
para as populações negras
Combate a
violência policial
Principais objetivos
do movimento negro
atual
Conquistas do Movimento
Negro
Criação das cotas raciais para universidades públicas
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Demarcação e proteção de terras quilombolas por meio da Constituição
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Injúria racial é considerado crime de racismo com
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Apresentação de Sociologia – História do Movimento Negro Brasileiro

  • 1. SEMINÁRIO DE SOCIOLOGIA MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL Por : Fabrine da Silva Gabrielly Ferreira Isabela Gaspio João Vitor Alves Mariane dos Santos Prof Elaine Arantes
  • 2. Introdução O Movimento Negro no Brasil surgiu durante o período colonial como forma de resistência contra o modelo escravagista da época. Além disso, ele não é compreendido apenas como uma luta singular, mas sim como um conjunto de lutas raciais que aconteceram e ainda acontecem no Brasil, sendo, portanto, um movimento presente em toda história brasileira. Movimento Negro • No Brasil colônia e império • Pós Lei Áurea e durante a ditadura militar • Pós ditadura militar e no Brasil contemporâneo Esse movimento não é exclusivo do Brasil!!! Em diversos lugares do mundo houve o surgimento de causas sociais e raciais semelhantes, principalmente no ocidente.
  • 3. Movimento Negro no Brasil colônia e império Durante esse período, houve o surgimento do que seria, posteriormente, conhecido como Movimento Negro, com as diversas REVOLTAS de escravizados. E, inicialmente, os principais objetivos do movimento eram lutar e resistir contra a violência cometida contra os negros escravizados e seus descendentes e conquistar a abolição da escravidão. O início do movimento negro durante a escravidão representa uma luta extremamente importante por DIGNIDADE HUMANA
  • 4. Os quilombos foram comunidades formadas por africanos escravizados e seus descendentes (além de outros povos oprimidos) que representaram espaços de resistência contra a opressão colonial, preservando a cultura africana e oferecendo proteção aos escravos fugitivos. Houveram diversas tentativas de destruição contra eles por parte das autoridades coloniais, porém diversos quilombos e seus legados resistiram até os dias de hoje. Por conta disso, e por ter sido uma forma eficaz e radical de revolta, os quilombos se tornaram importantes símbolos da luta do movimento negro. Quilombos São algumas outras revoltas envolvendo a participação de pessoas negras no período colonial/imperial a conjuração baiana, a revolta dos malês e a balaiada
  • 5. Movimento Abolicionista O movimento abolicionista foi um processo que reuniu diferentes grupos e pessoas da sociedade para defender o fim da escravidão dos negros. Através das leis abolicionistas, os escravos foram gradualmente conquistando sua liberdade; isso, consequentemente, foi um marco para as pessoas negras da época e para a história do movimento negro. Lei do Sexagenário (1885): Concedeu liberdade aos escravos que possuíam 60 anos ou mais Lei Áurea (1888): Lei definitiva que extinguiu o trabalho escravo no Brasil, libertando cerca de 700 mil escravos. Lei do Ventre Livre (1871): Libertou condicionalmente, a partir da data que foi promulgada, as crianças nascidas de mulheres escravas. Lei Eusébio de Queirós (1850): Pôs fim ao tráfico de escravos transportados da África ao Brasil através do navios negreiros.
  • 6. Tereza de Benguela Foi líder do quilombo de Quariterê, e uniu negros, brancos e indígenas para defender o território, que se encontrava no Mato Grosso. Tereza também foi responsável pelo desenvolvimento do quilombo, implantando novos modelos de desenvolvimento, como o uso do ferro na agricultura. Devido a sua importância para esse quilombo e na resistência contra os bandeirantes, teve o dia 25 de julho, data de sua morte, proclamado como Dia da Mulher Negra. Zumbi dos Palmares Foi o último líder do quilombo de Palmares, sendo conhecido por ser um exímio guerreiro que lutava pela liberdade de culto e religião, bem como pelo fim da escravidão colonial no Brasil. Por ter se tornado o maior símbolo da luta pela liberdade dos negros no Brasil, teve o dia 20 de novembro, data em que morreu, escolhido para representar o Dia da Consciência Negra. André Rebouças Foi um dos representantes da pequena classe média negra no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol do abolicionismo, sendo responsável por ajudar a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e também participar da Confederação Abolicionista, organização que defendia uma abolição irrestrita e imediata, sem indenização para os senhores de escravos, atuando na coordenação da campanha abolicionista no Brasil.
  • 7. Movimento Negro pós Lei Áurea e durante a ditadura militar Após a promulgação da Lei Áurea em 1888, todos aqueles que eram escravizados no Brasil se tornaram livres. Entretanto, essa libertação teve um problema crucial: não foi tomada nenhuma medida para reinseri-los na sociedade. Dessa forma, com a liberdade veio também uma acentuação do preconceito e das desigualdades socias e uma marginalização dos afro- brasileiros, problemas que o movimento negro passaria a lutar a partir de agora.
  • 8. Frente Negra Brasileira Associação Cultural do Negro A Frente Negra Brasileira (FNB) foi a entidade mais importante do movimento negro brasileiro no início do século XX, e tinha como missão integrar os afro-descendentes à sociedade. Sua importância era tamanha que até mesmo se tornou um partido político em 1936, sendo este dissolvido em 1937 juntamente com todos os outros partidos devido início do Estado Novo. Primeiro e único partido negro do Brasil A Associação Cultural do Negro (ACN) foi um grupo de ativismo negro brasileiro criado após a invisibilização do negro nas comemorações dos 400 anos da fundação de São Paulo. Diferentes grupos sociais, como os bandeirantes e jesuítas, foram exaltados como contribuintes para o desenvolvimento da cidade, porém os negros e indígenas foram praticamente omitidos. Sendo assim, a ACN veio como uma precursora do debate sobre preconceito e da reivindicação da cultura afro-brasileira. O surgimento de debate e entidades em prol de causas raciais foram influenciadas por outras lutas raciais ao redor do mundo, como o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unido e a luta contra a segregação racial (apartheid) na África do Sul.
  • 9. Movimento e ditadura Durante o período da ditadura militar (1964 – 1985), houve a criminalização de diversos movimentos considerados de oposição no Brasil. O movimento negro foi um deles, sendo, então, inviabilizado a partir da ideia utópica de democracia racial (existência de vivência harmônica entre brancos, negros e indígenas), já que o regime militar criminalizou qualquer articulação acerca do debate das relações raciais. A existência da Lei de Segurança Nacional contribuía para isso, pois ela considerava qualquer denúncia ao racismo como perturbação da ordem e incitação de ódio contra os demais grupos raciais. Dessa forma, houve uma perda na força do movimento negro.
  • 10. Movimento Negro Unificado • O Movimento Negro Unificado (MNU) surgiu em 1978 em represália aos diversos episódios racistas que aconteciam na cidade de São Paulo. • Representou o surgimento do termo “movimento negro” • Luta em “defesa do povo negro em todos os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais” • Tinha a premissa de que na sociedade brasileira o negro era deixando a mercê da sorte, sofrendo cotidianamente, o que contrariava a democracia racial do regime militar • Uma das forças fundamentais para a contestação dos atos inconstitucionais e enfraquecimento da ditadura
  • 11. Movimento Negro no Brasil contemporâneo Assim como no século passado, o Movimento negro tem desempenhado atualmente um importante papel contra o racismo e na promoção da igualdade racial. Nas últimas décadas, por exemplo, houve uma ressignificação da identidade nacional e uma valorização da identidade negra. Além disso, o surgimento de forças como o Movimento Negro Unificado, existente até hoje, contribuiu para um maior diálogo com o Estado brasileiro. Um desses reflexos foi a criação do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra como resposta governamental às diversas lutas organizadas por entidades de cunho racial ao longo do século XX e a criminalização da discriminação racial.
  • 12. Conferência mundial de Durban Em 2001, a ONU organizou em Durban a Conferência Mundial das Nações Unidas de 2001 contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância, a fim de instituir mudanças contra qualquer forma de racismo para toda comunidade internacional. Tal episódio influenciou o Brasil a tomar algumas ações quanto as causas raciais. • O Estado brasileiro passou a reconhecer o impacto do preconceito racial na estruturação das desigualdades sociais • Elevação da luta e debate sobre o racismo • Utilização do critério de cor/raça nos censos demográficos do IBGE • Criação da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial • Aprovação do Estatuto da Igualdade Racial
  • 13. Luta contra toda forma de racismo Combate a intolerância contra as religiões de matriz africana Ampliação do acesso a educação para as populações negras Combate a violência policial Principais objetivos do movimento negro atual
  • 14. Conquistas do Movimento Negro Criação das cotas raciais para universidades públicas Transformação do racismo em crime Demarcação e proteção de terras quilombolas por meio da Constituição Federal de 1988 Injúria racial é considerado crime de racismo com maior punição Obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira na educação básica