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A LUTA DO NEGRO
NO BRASIL
“Não tinha nem ideia de que estava
fazendo história. Só estava cansada de me
render” – Rosa Parks
HISTÓRICO
O movimento negro no Brasil surge, ainda de forma precária e clandestina, durante o
período escravocrata. Grandes personagens se insurgiram contra o sistema e
impulsionaram o movimento.
Dentre eles, um dos mais conhecidos é Zumbi
dos Palmares (líder do Quilombo dos
Palmares). Vale lembrar que os escravizados
utilizavam-se da quilombagem (fuga para os
quilombos e outros tipos de protestos) e do
bandoleirismo (guerrilha contra povoados e
viajantes) para rebelar-se contra a escravidão.
FIM DA ESCRAVIDÃO?
Ainda no mesmo período, o Movimento Liberal
Abolicionista passa a ganhar força, desenvolvendo
a ideia de fim da escravidão e comércio de
escravos. Como resultado, foi promulgada em 13
de Maio de 1888 a Lei Áurea, encerrando o longo
período escravagista. A população negra inicia
então um novo desafio: a luta contra o preconceito
e desigualdade social.
LEI DE TERRAS
Essa exclusão, através de muita luta, foi
aos poucos se diminuindo e o negro foi
encontrando lugar nos esportes e artes,
mas não tinha acesso à universidade,
por exemplo. O fato é que o negro teve
sua situação determinada com a criação
da Lei de Terras (1850), que impediu o
acesso dele às terras devolutas e selou
sua condição de trabalhador livre, mas
desempregado. Melhor dizendo, ficou
discriminado pela pobreza e pela
ausência de representação política.
O PÓS-ABOLIÇÃO
Ao final do século XIX e durante uma grande parte do século XX, circulam jornais e
revistas voltados aos negros. Os periódicos são fundados por associações dos mais
diversos tipos, desde carnavalescas, até literárias. As publicações começam com o
intuito de discutir a vida da população negra em geral e promover assuntos
interessantes à época. Porém, esses periódicos acabaram se tornando meios de
denúncia de atos praticados contra os negros, das dificuldades desse grupo no
período pós-escravagista, da desigualdade social entre negros e brancos e das
restrições sofridas em decorrência do preconceito racial.
O PÓS-ABOLIÇÃO
O agrupamento de todas as publicações passou a ser
conhecido como Imprensa Negra Paulista. Dentro deste
mesmo período, em 1931, é fundada a Frente Negra
Brasileira. Esse movimento viria a se transformar em
partido político, extinto com os demais na criação do
Estado Novo.
NOVAS INFLUÊNCIAS
Após o Estado Novo, esses grupos começam a se organizar, formando entidades
importantes na história pelo direito dos negros, tendo como exemplo a União dos
Homens de Cor e o Teatro Experimental do Negro. Já na década de 60, a caminhada
dos grupos no Brasil ganha novas influências e referências, como o Movimento dos
Direitos Civis nos EUA e a luta africana contra a segregação racial e libertação de
colônias. Destacam-se personalidades como:
Rosa Parks Martin Luther King Nelson Mandela Abdias do Nascimento
NOVAS INFLUÊNCIAS
O lema "Black is Beautiful" valorizava a estética
negra em detrimento do modelo branco. Dessa
forma, os negros e as negras param de alisar os
cabelos, vestem-se com motivos africanos e passam
a realçar seu fenótipo ao invés de escondê-los. Tudo
isso influenciará a moda e a percepção que os negros
brasileiros tinham de si mesmos também.
A DÉCADA DE 70
Alguns anos depois, nas décadas de 70 e 80, vários grupos são formados com o intuito
de unir os jovens negros e denunciar o preconceito. Protestos e atos públicos das mais
diversas formas passam a ser realizados, chamando a atenção da população e governo
para o problema social – como a manifestação no Teatro Municipal de São Paulo, que
resultaria na formação do Movimento Negro Unificado. Este movimento foi um marco
para as organizações negras no Brasil, pois as aglutinou em torno de uma pauta única.
Desafiando a ditadura, os negros expuseram nas ruas o preconceito racial e social, a
diferença salarial, e também demandas específicas das mulheres como o sexismo.
Ainda que muitas rupturas tenham sido registradas entre seus membros, o Movimento
Negro Unificado realizaria importantes manifestações a favor da igualdade racial.
O QUE O MOVIMENTO NEGRO BUSCA HOJE?
Após a abolição, os negros passaram a habitar guetos e comunidades, como forma de
proteção, e em razão da falta de oportunidades. Entre as reivindicações do movimento
negro hoje em dia está a compensação por todos os anos de trabalho forçado e à falta de
inclusão social após esse período; a falta de políticas públicas destinadas a maior presença
do negro no mercado de trabalho e nos campos educacionais. Também, a efetiva
aplicabilidade das leis que buscam a criminalização do racismo e a plena aceitação e
respeito à cultura e herança histórica.
LEGISLAÇÃO E A IGUALDADE RACIAL
Iniciando as batalhas jurídicas contra o racismo no Brasil, foi estabelecida a lei 1390/51
(1951), conhecida como “Lei Afonso Arinos”, proibindo qualquer tipo de discriminação
racial no país. Sua aplicabilidade não demonstrava qualquer eficácia, visto que as punições
não eram aplicadas, mesmo em casos claros de discriminação.
A “Lei Caó”, de 1989, tipificou o crime de racismo no Brasil. Hoje, esse crime é
imprescritível e inafiançável no país. Além da “Lei Caó”, há a injúria racial (Art. 150, CP),
utilizada nos casos de ofensa à honra pessoal, valendo-se de elementos ligados à cor,
raça, etnia, religião ou origem. No caso da inclusão dos negros no sistema educacional
brasileiro, foi criada a Lei 12.711/12, que determina a criação de cotas em universidades
públicas para a população negra. Para maior presença no campo de trabalho, foi
determinada, também, uma cota relacionada a concursos públicos, através da Lei
12.990/14. 20% das vagas oferecidas nos concursos são destinadas aos negros.
Lei Federal do Brasil nº 11645 de 2008
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.”
A Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003, a qual
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e
indígena”. Isso implica a necessidade de abordar a temática em questão no ensino de
todas as disciplinas do currículo da educação básica, que inclui o ensino fundamental e
médio.
Objetivo da lei
O objetivo de ambas as leis é combater o racismo no país, ao acentuar a participação de
negros e índios na construção da identidade nacional.
é o conceito que sintetiza um conjunto de
sentimentos, os quais fazem um indivíduo
sentir-se parte integrante de uma
sociedade ou nação
Portanto, compreende-se que, de todos os setores sociais básicos dos quais o negro e
indígena são excluído, a Educação é o que contribui de forma decisiva para a
mobilidade social dos indivíduos. A Educação, quando pautada nos princípios da
promoção da igualdade e do respeito às diferenças, pode influenciar nas chances de
integração dos indivíduos, de diferentes raças/etnias, na sociedade e na transformação
da situação desigual em que se encontram.

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  • 1. A LUTA DO NEGRO NO BRASIL “Não tinha nem ideia de que estava fazendo história. Só estava cansada de me render” – Rosa Parks
  • 2. HISTÓRICO O movimento negro no Brasil surge, ainda de forma precária e clandestina, durante o período escravocrata. Grandes personagens se insurgiram contra o sistema e impulsionaram o movimento. Dentre eles, um dos mais conhecidos é Zumbi dos Palmares (líder do Quilombo dos Palmares). Vale lembrar que os escravizados utilizavam-se da quilombagem (fuga para os quilombos e outros tipos de protestos) e do bandoleirismo (guerrilha contra povoados e viajantes) para rebelar-se contra a escravidão.
  • 3. FIM DA ESCRAVIDÃO? Ainda no mesmo período, o Movimento Liberal Abolicionista passa a ganhar força, desenvolvendo a ideia de fim da escravidão e comércio de escravos. Como resultado, foi promulgada em 13 de Maio de 1888 a Lei Áurea, encerrando o longo período escravagista. A população negra inicia então um novo desafio: a luta contra o preconceito e desigualdade social.
  • 4. LEI DE TERRAS Essa exclusão, através de muita luta, foi aos poucos se diminuindo e o negro foi encontrando lugar nos esportes e artes, mas não tinha acesso à universidade, por exemplo. O fato é que o negro teve sua situação determinada com a criação da Lei de Terras (1850), que impediu o acesso dele às terras devolutas e selou sua condição de trabalhador livre, mas desempregado. Melhor dizendo, ficou discriminado pela pobreza e pela ausência de representação política.
  • 5. O PÓS-ABOLIÇÃO Ao final do século XIX e durante uma grande parte do século XX, circulam jornais e revistas voltados aos negros. Os periódicos são fundados por associações dos mais diversos tipos, desde carnavalescas, até literárias. As publicações começam com o intuito de discutir a vida da população negra em geral e promover assuntos interessantes à época. Porém, esses periódicos acabaram se tornando meios de denúncia de atos praticados contra os negros, das dificuldades desse grupo no período pós-escravagista, da desigualdade social entre negros e brancos e das restrições sofridas em decorrência do preconceito racial.
  • 6. O PÓS-ABOLIÇÃO O agrupamento de todas as publicações passou a ser conhecido como Imprensa Negra Paulista. Dentro deste mesmo período, em 1931, é fundada a Frente Negra Brasileira. Esse movimento viria a se transformar em partido político, extinto com os demais na criação do Estado Novo.
  • 7. NOVAS INFLUÊNCIAS Após o Estado Novo, esses grupos começam a se organizar, formando entidades importantes na história pelo direito dos negros, tendo como exemplo a União dos Homens de Cor e o Teatro Experimental do Negro. Já na década de 60, a caminhada dos grupos no Brasil ganha novas influências e referências, como o Movimento dos Direitos Civis nos EUA e a luta africana contra a segregação racial e libertação de colônias. Destacam-se personalidades como: Rosa Parks Martin Luther King Nelson Mandela Abdias do Nascimento
  • 8. NOVAS INFLUÊNCIAS O lema "Black is Beautiful" valorizava a estética negra em detrimento do modelo branco. Dessa forma, os negros e as negras param de alisar os cabelos, vestem-se com motivos africanos e passam a realçar seu fenótipo ao invés de escondê-los. Tudo isso influenciará a moda e a percepção que os negros brasileiros tinham de si mesmos também.
  • 9. A DÉCADA DE 70 Alguns anos depois, nas décadas de 70 e 80, vários grupos são formados com o intuito de unir os jovens negros e denunciar o preconceito. Protestos e atos públicos das mais diversas formas passam a ser realizados, chamando a atenção da população e governo para o problema social – como a manifestação no Teatro Municipal de São Paulo, que resultaria na formação do Movimento Negro Unificado. Este movimento foi um marco para as organizações negras no Brasil, pois as aglutinou em torno de uma pauta única. Desafiando a ditadura, os negros expuseram nas ruas o preconceito racial e social, a diferença salarial, e também demandas específicas das mulheres como o sexismo. Ainda que muitas rupturas tenham sido registradas entre seus membros, o Movimento Negro Unificado realizaria importantes manifestações a favor da igualdade racial.
  • 10. O QUE O MOVIMENTO NEGRO BUSCA HOJE? Após a abolição, os negros passaram a habitar guetos e comunidades, como forma de proteção, e em razão da falta de oportunidades. Entre as reivindicações do movimento negro hoje em dia está a compensação por todos os anos de trabalho forçado e à falta de inclusão social após esse período; a falta de políticas públicas destinadas a maior presença do negro no mercado de trabalho e nos campos educacionais. Também, a efetiva aplicabilidade das leis que buscam a criminalização do racismo e a plena aceitação e respeito à cultura e herança histórica.
  • 11. LEGISLAÇÃO E A IGUALDADE RACIAL Iniciando as batalhas jurídicas contra o racismo no Brasil, foi estabelecida a lei 1390/51 (1951), conhecida como “Lei Afonso Arinos”, proibindo qualquer tipo de discriminação racial no país. Sua aplicabilidade não demonstrava qualquer eficácia, visto que as punições não eram aplicadas, mesmo em casos claros de discriminação. A “Lei Caó”, de 1989, tipificou o crime de racismo no Brasil. Hoje, esse crime é imprescritível e inafiançável no país. Além da “Lei Caó”, há a injúria racial (Art. 150, CP), utilizada nos casos de ofensa à honra pessoal, valendo-se de elementos ligados à cor, raça, etnia, religião ou origem. No caso da inclusão dos negros no sistema educacional brasileiro, foi criada a Lei 12.711/12, que determina a criação de cotas em universidades públicas para a população negra. Para maior presença no campo de trabalho, foi determinada, também, uma cota relacionada a concursos públicos, através da Lei 12.990/14. 20% das vagas oferecidas nos concursos são destinadas aos negros.
  • 12. Lei Federal do Brasil nº 11645 de 2008 “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.” A Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. Isso implica a necessidade de abordar a temática em questão no ensino de todas as disciplinas do currículo da educação básica, que inclui o ensino fundamental e médio.
  • 13. Objetivo da lei O objetivo de ambas as leis é combater o racismo no país, ao acentuar a participação de negros e índios na construção da identidade nacional. é o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação Portanto, compreende-se que, de todos os setores sociais básicos dos quais o negro e indígena são excluído, a Educação é o que contribui de forma decisiva para a mobilidade social dos indivíduos. A Educação, quando pautada nos princípios da promoção da igualdade e do respeito às diferenças, pode influenciar nas chances de integração dos indivíduos, de diferentes raças/etnias, na sociedade e na transformação da situação desigual em que se encontram.

Notas do Editor

  1. Um modelo para alunos criarem viagens para um local e exibir para outros alunos. Inclui instruções para alunos sobre o que incluir em cada slide e qual conteúdo deve ser considerado.