2. Lélia Gonzalez
Lélia Gonzalez foi uma intelectual, autora, política, professora,
filósofa e antropóloga brasileira. Pioneira nos estudos sobre
Cultura Negra no Brasil e co-fundadora do Instituto de Pesquisas
das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro
Unificado e do Olodum.
1. Nascimento: 1 de fevereiro de 1935, Belo Horizonte,
Minas Gerais;
2. Falecimento: 10 de julho de 1994, Rio de Janeiro, RJ;
3. Cônjuge: Luiz Carlos González (de 1964 a 1965);
4. Formação: Escola Municipal Rivadavia, Colégio Pedro II –
Campus Centro; Universidade do Estado da Guanabara,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
5. Pais: Acácio Joaquim de Almeida, Urcinda Serafim de
Almeida.
3. "Eu sinto que estou sendo escolhida para representar o
feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar
essa referência nos Estados Unidos? Acho que aprendi mais com
Lélia Gonzalez do que vocês aprenderão comigo. "
—ANGELA DAVIS
4. Ação do Nzinga no Morro do Andaraí, Rio de Janeiro, 1988. Foto: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Memória.
5. Carta Aberta ao Público:
“(...) No dia 28 de abril, numa delegacia Guaianazes, mais um negro foi morto por causa das
torturas policiais. Esse negro era Robson Silveira da Luz, trabalhador, casado e pai de filhos. No
Clube de Regatas Tietê, quatro garotos foram barrados do time infantil de voleibol pelo fato de
serem negros. O diretor do clube deu entrevistas nas quais afirma as suas atitudes racistas, tal a
confiança de que não será punido por seu ato.
Nós também sabemos que os processos esses casos não darão em nada. Como todos os outros
casos de discriminação racial, serão apenas mais dois processos abafados e a arquivados pelas
autoridades deste país, embora um dos casos tenha a agravante da tortura e consequente morte
de um cidadão.
Mas o Ato Público Contra o Racismo marcará fundo nosso repúdio, e convidamos todos os setores
democráticos que lutam contra o desrespeito e as injustiças aos direitos humanos a engrossarem
fileiras com a comunidade afro-brasileira nesse ato contra o racismo.
6. Fazemos um convite especial a todas as entidades negras do país para ampliarem nosso
movimento. As entidades negras devem desempenhar o seu papel histórico em defesa da
comunidade afro-brasileira; e, lembramos, quem silencia consente.
Não podemos mais aceitar as condições em que vive o homem negro, sendo discriminado
da vida social do país, vivendo no desemprego, subemprego e nas favelas. Não podemos
mais consentir que o negro sofra as perseguições constantes da polícia sem dar uma
resposta.
TODOS AO ATO PÚBLICO CONTRA O RACISMO.
TODOS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
CONTRA A OPRESSÃO POLICIAL.
PELO FORTALECIMENTO E UNIÃO DAS ENTIDADES AFRO-BRASILEIRAS.”
7. Apresentação da Obra
FONTS A obra literária está subdividida em três partes: A primeira de autoria de Lélia Gonzalez
e as duas últimas de autoria de Carlos Hasenbalg;
USED AND ALTERNATIVE
RESOURCES Traz estudos das relações entre desigualdades e raça;
THANKS SLIDE Contribui para fortalecer uma luta fundamental do movimento negro da época;
COLORS Apresenta reivindicações políticas institucionais;
ICONS AND INFOGRAPHIC
RESOURCES Interpreta a formação sociocultural do país;
EDITABLE PRESENTATION THEME Movimento Negro Brasileiro pela perspectiva de um de suas lideranças.
8. Sobre o livro
“Potente e emblemático, Lugar de Negro traça um panorama sucinto de um dos
problemas sociais mais candentes do nosso país. Passadas quatro décadas de
sua publicação original, sua leitura permanece atual e obrigatória para entender as
dinâmicas de raça e classe no Brasil.”
(Sinopse de apresentação/divulgação do livro)
9. O movimento
negro na última
década, por Lélia
Gonzales
01
O golpe de 1964, o novo modelo
econômico e a população negra
10. Lugar de Negro
O golpe militar e a instauração de
um novo modelo econômico;
Pacificação;
A teoria do lugar natural/lugar de
negro;
Mito da democracia.
11. O movimento negro
na última década, por
Lélia Gonzales
Movimento ou movimentos negros
02
12. ❑ A diversidade cultural dos
negros trazidos como
escravizados;
❑ As formas distintas de
organização/articulação;
❑ A especificidade do
movimento: o significante
negro;
13.
14. As divergências:
Deve o negro assimilar e reproduzir tudo o que é eurobranco?
Ou só transar o que é afronegro? Ou somar os dois? Ou ter
uma visão crítica de ambos?
Deve o negro lutar pra vencer na vida através do seu esforço
pessoal para, desse modo, provar que é tão capaz quanto o
branco? Ou lutar com e pelo conjunto da população negra?
Juntamente com não negros também oprimidos? Ou não? Por
um espaço nesta sociedade? Ou pela transformação da
mesma? Etc.
15. O movimento negro
na última década, por
Lélia Gonzales
Experiências e tentativas
03
16. O período pós-abolição:
As associações/entidades nas
quais os negros se
organizavam, a fim de legitimar
sua existência dentro da
sociedade.
17. A criação do Movimento
Negro Unificado Contra
a Discriminação Racial
18. Hamilton Cardoso, militante, jornalista e intelectual, no ato de 7 de julho de 1978,
organizado pelo Movimento Negro Contra a Discriminação Racial (MNU). Fonte:
Memorial da Democracia.
19. Ato de 7 de julho de 1978, organizado pelo Movimento Negro Contra a
Discriminação Racial (MNU). Fonte: Memorial da Democracia.
20. Ato de 7 de julho de 1978, organizado pelo Movimento Negro Contra a
Discriminação Racial (MNU). Fonte: Memorial da Democracia.
21. Ato de 7 de julho de 1978, organizado pelo Movimento Negro Contra a
Discriminação Racial (MNU). Fonte: Memorial da Democracia.
22. O movimento negro na
última década, por
Lélia Gonzales
A retomada político-ideológica
04
23. A retomada político-ideológica
● Período após o golpe de 1964 – perseguição
às lideranças políticas e intelectuais;
● Luta pelos direitos civis nos EUA e
movimentos de libertação de países africanos
lusófonos;
● Movimentos Negros no Rio de Janeiro (abre
alas): Bailes Black Rio.
24. A retomada político-ideológica
Breve Histórico das Entidades dos Movimentos
Negros, de 1974 a 1978:
● Semanas Afro-Brasileiras (maio/junho, 1974):
- Centro de Estudos Afro-Asiáticos (RJ) e
Sociedade de Estudos da Cultura Negra no
Brasil (BA) => “Bahia, África, Oropoa”
(GONZALEZ, 2022, p. 29).
25. A retomada político-ideológica
Breve Histórico das Entidades dos Movimentos
Negros, de 1974 a 1978:
● Formação da Sociedade de Intercâmbio Brasil-
África (Sinba), em setembro de 1974;
● Dissidentes do Sinba fundam o Instituto de
Pesquisa das Culturas Negras (IPCN);
● Dissidentes do IPCN fundam Centros de Estudos
Brasil-África (Ceba), em 1976.
26. A retomada político-ideológica
Breve Histórico das Entidades dos Movimentos
Negros, de 1974 a 1978:
● Grupo de Trabalho André Rebouças, na
Universidade Federal Fluminense (GTAR),
1975;
● Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de
Samba Quilombo, em 8 de dezembro de 1975;
27. A retomada político-ideológica
Breve Histórico das Entidades dos Movimentos
Negros, de 1974 a 1978:
● Primeiro curso de Cultura Negra no Brasil, na
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em
1976;
● Ciclo do Negro - Homenagem a Zumbi, em
1978;
● Primeiros contatos entre RJ e SP, em 1976.
28. A retomada político-ideológica
Breve Histórico das Entidades dos Movimentos
Negros, de 1974 a 1978:
● “Negros anônimos” (GONZALEZ,
2022, p. 35);
● Especificidade das mulheres negras.