O documento discute a história do movimento negro no Brasil desde a época colonial, quando os negros foram trazidos como escravos. A mobilização do povo negro ocorreu após a abolição da escravatura em 1888 para lutar contra a segregação e marginalização. Líderes como Zumbi e Martin Luther King Jr. lideraram revoltas e movimentos por direitos civis. Políticas de cotas e ações afirmativas foram implementadas no Brasil e nos EUA a partir dos anos 1980 para promover a igualdade racial.
1. O B J E T I V O S ;
I N F O R M A Ç Õ E S ;
C A R A C T E R Í S T I C A S ;
S E G R E G A Ç Ã O R A C I A L ;
P R I N C I P A I S L Í D E R E S N E G R O S ;
MOVIMENTO NEGRO
2. PRECEDENTES HISTÓRICOS
A história do movimento negro começa
quando eles chegaram ao Brasil na época
colonial; os negros foram trazidos como
mercadoria pelos portugueses. A mão de
obra era utilizada nos canaviais e, como o
açúcar estava em alta, cultivou-se a cana-
de-açúcar na colônia, o que gerou
bastante lucro, uma vez que a mão de
obra era barata. O transporte se fazia por
meio dos navios negreiros e as condições
precárias resultavam na morte dos
escravos. Eles ficavam amontoados e no
mesmo lugar em que dormiam, era o
próprio banheiro. As fezes e urina em local
fechado e em contato com crianças,
jovens e adultos, geravam contaminações.
3. MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL
Os movimentos negros são uma série de movimentos realizados por pessoas que
lutam contra os preconceitos e a escravidão. Eles tem o objetivo de resgatar a memória
de um povo que batalhou por sua liberdade.
A mobilização do povo negro se deu um ano após a abolição da escravatura, em 1888.
Antes disso, os movimentos eram clandestinos e tinha como principal objetivo libertar os
negros, como as revoltas que aconteciam e a fuga para os quilombos. Eram negros que
resistiam contra o racismo, a escravidão e a opressão que passavam. Apesar do ano da
Proclamação da República, em 1889, quando o Brasil se tornou soberano, o povo
chegou ao poder, a democracia se estabeleceu, mas a situação dos negros não mudou,
deu continuidade a prática da marginalização deles.
Principais revoltas negras: Inconfidência Baiana (1798);
Revolta dos Malês (1835);
Revolta da Chibata (1910)
5. Eugenia no Brasil
No ano de 1929(Estado Novo-Governo Getúlio Vargas) teve
o primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia e o líder era o
cientista Roquete Pinto. A previsão, embora depois
posteriormente criticada era que teríamos um país cada
vez mais branco. Em 2012 teríamos uma composição de 80
% branco e 20 % mestiço. Não haveria nenhum negro e
nenhum índio,tal era a previsão do cientista e
antropólogo.O médico Renato Khel, do RJ defendia a
esterilização completa dos mestiços.Ou seja, havia uma
série de teorias negativas sobre a miscigenação racial e na
construção do mestiço como Símbolo Nacional.
6. A Negação da questão racial-A miscigenação
O positivismo( Ordem e
Progresso) Doutrina
Social Francesa e
Seguida no Brasil,tinha
entre suas “Hipóteses”
,que o Brasil sumiria em
200 anos por causa da
degeneração racial.
O quadro “O mestiço” de
Portinari de 1934 tenta
mostrar uma visão mais
positiva.
7. Frente Negra Brasileira
A Frente Negra foi um movimento social que ajudou muito nas lutas pelas
posições do negro aqui em São Paulo. Existiam diversas entidades negras.
Todas essas entidades cuidavam da parte recreativa e social, mas a Frente
veio com um programa de luta para conquistar posições para o negro em
todos os setores da vida brasileira. Um dos seus departamentos, inclusive,
enveredou pela questão política, porque nós chegamos à conclusão de que,
para conquistar o que desejávamos, teríamos de lutar no campo político,
teríamos de ter um partido que verdadeiramente nos representasse. A
consciência que existia na época eu acho que era muito mais forte que a
que existe agora. Quando o negro sente uma pressão, quando qualquer
agrupamento humano sente uma pressão, procura um meio de defesa. A
pressão era tão forte que muitos jornais publicavam: “Precisa-se de
empregado, mas não queremos de cor”. Havia alguns movimentos também
no interior, principalmente nos lugares em que os negros não passeavam
nos jardins, mas na calçada. Muitas famílias não aceitavam, inclusive,
empregadas domésticas negras; começaram a aceitar quando se criou a
Frente Negra Brasileira.
8. Cultura
O negro e o índio deram inúmeras contribuições à
Cultura Brasileira. A capoeira-reprimida pela Polícia
no final do século passado e já considerada crime –é
oficializada em 1937. Também o samba, passou a
exaltação, de “dança de preto” à criação brasileira
para exportação.Em 1938,o Candomblé não sofre
mais perseguição policial.Getúlio Vargas,também
cria o dia da “ Raça” ,30 de maio e a sociedade
Brasileira escolhe “ Nossa Senhora Aparecida” como
padroeira do Brasil.A tese social passa a ser
“Harmonia Racial”.
9. A Representação do Negros-Preconceito
Por meio de análises diversas- fica especificado o
preconceito no Brasil- pouco formalizado e
privado. O resultado é uma miscigenação com
ausência de estratificação, além de uma construção
social voltada ao branqueamento.Chegamos então,
não só “ quanto mais branco melhor” ,quanto ao
tradicional “ negro de alma branca”. Na década de
1970, era o negro fiel ao patrão e a família. O Brasil
combinou uma mobilidade social pequena e
concentrada com dificuldades de ultrapassarem
formalmente o preconceito.
10. PROJETO POLÍTICO SOCIAL
Como resposta as pressões dos movimentos negros e outros setores
que
trabalham pelo promoção da igualdade racial , o Estado e a sociedade
brasileira em geral tem buscado dar respostas já desde o início do anos
oitenta, quando (1984) o Governo Franco Montoro criou o Conselho de
Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.
Este tipo de Conselho, posteriormente, seria criado também, nos estados
da Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal e, ainda nos municípios do Rio de Janeiro, Belém, Santos e
Uberaba.
Em 1988, o Governo Sarney, instituiu a Fundação Cultural Palmares.
O governador do estado do Rio de Janeiro, em 1991, criou a Secretaria de
Defesa e Promoção das Populações Negras .
No bojo dessas políticas, foram criadas as Delegacias Especializadas em
Crimes Raciais, Coordenadorias do Negro e outras ações similares.
11. IDEOLOGIA
Defende a igualdade entre as
diversas raças existentes no Brasil.
Igualdade civil entre as pessoas,
independentemente de sua ascendência
racial.
O Movimento Social surge em prol
da equiparação da diferença
sociocultural existente entre brancos e
negros no Brasil, na luta pela afirmação
da identidade negra e no
reconhecimento do processo de
escravidão para a situação difícil em que
essa população durante 3 séculos
vivencia.
Historicamente, o MN surge como o
espaço de obtenção de valorização de
uma identidade, que mesmo após a
abolição continua a ser reprimida. É um
espaço onde membros marginalizados
no processo social construíam suas
significações e manifestavam seu
pertencimento.
Tem como luta a inclusão de sua
população na sociedade ou por
empregos dignos, educação e geração
de políticas afirmativas que promovam
esse grupo.
12. ZUMBI MARTIN LUTHER KING
PRINCIPAIS LIDERES NEGROS
Descendente de guerreiros
angolanos, Zumbi foi capturado
ainda quando criança e entregue ao
Padre Antônio Melo para ser criado
sob os costumes católicos. Com 15
anos, fugiu para suas origens e
retornou ao Quilombo dos
Palmares, onde combateu por 14
anos as investidas portuguesas
contra a captura de negros para
levá-los à escravidão. Destacou-se
entre outros por sua inteligência –
escrevia português e latim já aos 10
anos. Em 1965, reuniu mais de dois
mil palmarinos (nativos do quilombo
dos Palmares) e invadiu povoados
em busca de alimentos e armas.
Morreu depois que um dos líderes
da tropa de Palmares foi capturado
e entregou seu esconderijo.
Em 1954 assume as funções
como pastor em Montgomery,
Alabama, foco dos maiores
conflitos raciais do país. Nos
estados do sul, a segregação
racial era amparada pela lei.
Nos ônibus de Montgomery,
por exemplo, o motorista tinha
de ser branco e só os últimos
bancos ficavam disponíveis
aos negros.
Em 1955, por causa da prisão
de uma negra que se recusara
a ceder o lugar para um
branco, King lidera um boicote
contra a segregação nos
ônibus. O movimento dura 381
dias e termina com a decisão
da Suprema Corte americana
de proibir a discriminação.
13. Abdias do Nascimento-Político,escritor e Ativista
Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914 —
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011[1]) foi
um poeta, ator, escritor, dramaturgo, artista
plástico, professor universitário, político e ativista dos
direitos civis e humanos das populações negras.
Foi professor emérito na Universidade do Estado de Nova
York, em Buffalo, NY e professor titular de 1971 a 1981,
fundando a cadeira de Cultura Africana no Novo Mundo no
Centro de Estudos Porto Riquenhos; atuou como
conferencista visitante na Escola de Artes Dramáticas
da Universidade Yale; foi professor convidado do
departamento de Línguas e Literaturas Africanas da
Universidade de Ife, em Ile Ife, Nigéria.
Considerado um dos maiores expoentes da cultura negra no
Brasil e no mundo, fundou entidades pioneiras como
o Teatro Experimental do Negro (TEN), o Museu da Arte
Negra (MAN) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-
Brasileiros (IPEAFRO). Foi um idealizador do Memorial
Zumbi e do Movimento Negro Unificado (MNU) e atuou
em movimentos nacionais e internacionais como a Frente
Negra Brasileira, a Negritude e o Pan-Africanismo.
14. Políticas de Cotas
A história das ações afirmativas teve seu início nos EUA, durante a época das lutas
pelos direitos civis, em meados da década de 1960, como forma de promover a igualdade
social entre os negros e brancos norte-americanos.
A partir de então, o presidente John Kennedy passou a validar ações que tinham como
objetivo auxiliar as pessoas pobres e diminuir a desigualdade entre classes.
O que poucas pessoas sabem, é que os sistemas adotados pelo governo dos EUA
beneficiaram à classe média negra, ao invés de todas as classes mais baixas da população
do país.
Esse percentual de crescimento dos Estados Unidos explica-se por meio da pesquisa que
o economista americano Thomas Sowell conduziu pela Universidade Stanford. De acordo
com o estudo, é incorreto atribuir às ações afirmativas, o progresso dos grupos
beneficiados, já que esses, cresceram no período anterior à implantação das mesmas.
No início, o que se pretendia com estas políticas, era diminuir a discriminação social,
advinda da diferença de pigmentação da pele e dos combates entre o norte e sul do país.
Mas, o que ficou evidente, foi a insuficiência de tais ações para incluir toda a população
negra.
A liderança do movimento de direitos civis tinha em mente, propor reformas
econômicas, além da execução de leis antidiscriminativas. Mas, o declínio da
economia na década de 1970, não permitiu que estas ideias fossem colocadas em prática.