2. História Do movimento Negro No Brasil.
A história do movimento negro brasileiro se iniciou já no período
colonial, com a resistência dos africanos escravizados aqui. Revoltas,
fugas, formação de quilombos, recusa a trabalhar e até o suicídio são
vistos como formas de resistência. A luta dos escravizados contra a
escravidão foi fundamental para que o movimento abolicionista tivesse
sucesso em 1888. Com a abolição, a luta negra entrou em uma nova
fase, uma vez que os negros continuavam marginalizados, pois não
receberam nenhum tipo de auxílio para se integrarem no pós-abolição.
Na verdade, a condição dos negros continuou precária, pois não
receberam terras nem educação, e eram obrigados a aceitar as piores
condições de trabalho possíveis.
3. Essa situação contribuiu para perpetuar a exclusão dos
negros, condenando-os a permanecerem em condições
de vida degradantes. Além da exclusão social, os
negros viam suas manifestações culturais, como o
samba, e suas práticas religiosas sofrendo intensa
discriminação no Brasil. Por conta disso, surgiram
diversos clubes negros que procuravam combater o
racismo. Esses clubes atuavam como locais de
recreação e assistencialismo aos negros, mas, aos
poucos, neles foram formados jornais e revistas
voltados para a população afro-brasileira. Esses
impressos acabaram se tornando meios de denúncia
do racismo no Brasil, e, como se concentravam em São
Paulo, ficaram conhecidos pelos historiadores como
Imprensa Negra Paulista.
4. O que é o movimento negro?
O movimento negro é como definimos o conjunto de
movimentos sociais que lutam contra o racismo e a
segregação racial, defendendo os direitos da
população negra e a equiparação das condições
entre negros e brancos na sociedade. Além disso, o
movimento negro brasileiro procura resgatar o
legado cultural dos afro-brasileiros, lutando pela
valorização dessa cultura aqui. O movimento negro
não é um movimento social presente unicamente no
Brasil, podendo ser encontrado em todos os locais
onde a população de origem africana é significativa.
5. Países como Brasil e os Estados Unidos
têm grandes e importantes movimentos
negros, por conta do grande número de
pessoas negras nesses países e por
possuírem um extenso histórico de
discriminação racial. Como demonstração
de que o movimento negro está presente
em outros países, podemos destacar que
nos Estados Unidos existiu o movimento
pelos direitos civis dos negros na década
de 1960, além dos Panteras Negras, e,
mais recentemente o Black Lives Matter
(Vidas Negras Importam).
6. Objetivos do movimento negro :
O movimento negro no Brasil não é homogêneo,
mas sim um conjunto de diferentes movimentos
sociais que lutam por diversas pautas e que são
influenciados por diversas correntes ideológicas.
Em geral, o movimento negro no Brasil luta por:
7. • Combate ao Racismo.
• Ampliação do acesso à educação de
qualidade para as populações negras;
• Combate à desigualdade social, que afeta
mais fortemente as populações negras;
• Valorização da história e cultura afro-
brasileiras;
• Valorização da saúde;
• Igualdade na remuneração recebida;
• Reconhecimento das grandes personalidades
negras;
• Combate à intolerância contra as religiões
de matriz africana etc.
8. Zumbi dos palmares:
Zumbi dos Palmares é um dos grandes
nomes da história do Brasil. Ele foi um dos
líderes do Quilombo dos Palmares, o maior
e mais longevo quilombo da história de
nosso país. Zumbi assumiu a liderança do
quilombo, em 1678, e resistiu, durante
quase 20 anos, contra as investidas dos
portugueses.
9. Foi morto após ter seu esconderijo
denunciado, no dia 20 de novembro
de 1695. Zumbi é, atualmente, um
dos grandes símbolos da luta dos
negros e dos africanos contra a
escravidão no Brasil. Sua memória
também é utilizada, nos dias de
hoje, como símbolo de luta dos
negros contra o racismo presente
na sociedade brasileira.
10. LDB Referente a consciência
negra:
Na década de 1990, foi aprovada a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) da Educação
Nacional. Em sua Lei 9.394/1996, o Artigo
26, parágrafo 4º, diz que “o ensino da
História do Brasil levará em conta as
contribuições das diferentes culturas e
etnias para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígena,
africana e europeia”.
11. Em 2003, essa diretriz foi alterada pela Lei
10.639/2003, que estabeleceu a obrigatoriedade do
ensino de história e cultura afro-brasileiras e
africanas. “A alteração da LDB, que foi a 10.639,
vem para tornar complexa essa discussão. Quando
o texto é obrigatório, o povo dá um aspecto mais
sério”, afirma a professora Míghian Danae,
pesquisadora em Educação da USP e professora
da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), instituição
federal que integra as nações formadoras da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), como alguns do continente africano.
13. Quando os portugueses desembarcaram no Brasil em
1500 eles encontraram um povo nativo, que
nomearam de índios ( pois acharam que tinham
chegado as Índias). Durante o período de colonização,
os índios no Brasil enfrentaram significativas
mudanças em suas vidas devido à chegada dos
colonizadores europeus. Muitas tribos foram afetadas
por conflitos, doenças introduzidas pelos colonizadores
e deslocamento de suas terras. O contato com os
europeus também resultou em trocas culturais, onde
os índios muitas vezes adaptaram elementos da
cultura europeia.
14. Ainda que os portugueses tenham
generalizado os índios, eles não se
viam como povos unificados, pois eram
divididos em uma variedade de etnias
sem qualquer identificação entre si.
Formação das tribos : As tribos eram
formadas por um grau de parentesco ou
afinidades. Eles mantinham contatos
com outras tribos por relação de
comércio, casamentos, alianças e
também por guerras.
15. Catequização:
A catequização dos índios foi uma
prática comum durante o período
de colonização, especialmente por
missionários cristãos. Os jesuítas
desempenharam um papel
significativo nesse processo,
buscando converter os indígenas
ao cristianismo.
16. Curiosidade sobre os índios nesse
período Colonial.
Moradias: Suas moradias eram
conhecidas como Ocas e variavam de
tamanho e forma de acordo com as
tribos. Normalmente eram
organizadas em torno uma das outras
formando um espaço cerimonial.
Educação: A Educação das crianças
eram tarefa de toda a tribo.
17. Conhecimento Astrológico:
Se orientavam a partir das
fases da lua, entendiam as
mudanças climáticas e se
baseavam nisso para o seu
plantio e sua colheita
Divisão de Tarefas:
Homens: Guerra, Caça,
pesca, produção das aldeias
e pelo plantio. Mulheres:
preparação de alimento,
Colheita e a fabricação de
utensílios e adornos.
18. Pintura corporal e
Nudes: Em festejos
eles pintavam os
corpos com pinturas e
plumas e durante o dia
o nudes era comum.
Suas lendas: Muitas de suas
lendas tornaram-se populares
entre os não-índio,
enriquecendo assim o nosso
FOLCLORE BRASILEIRO.
Produção artística:
Eles tinham uma
variedade, porém se
destaca: A dança,
cerâmica, tecelagem,
cestaria, a pintura corporal
e a arte plumaria e
principalmente a música.
Comunicação com
os antepassados:
Eles acreditavam que
os espíritos e os
antepassados se
comunicavam através
dos : Animais, visões
e sonhos.
19. Xamanismo: Eles mantinham muitos mitos e
crenças religiosas, porém não tinham uma
doutrina, tendo assim o xamã ou Pajé como
seu elo com o mundo divino.
Três armas foram fundamentais para o
domínio dos colonizadores sobre os nativos.
20. Em 1910 foi criado o SPI (Serviço de Proteção aos
Índios), cuja missão era dar assistência às tribos
indígenas. Mas em um caso notório conhecido como
“o massacre do paralelo 11”, um barão da borracha
ordenou que seus homens arremessassem dinamite
em uma aldeia indígena do povo Cinta Larga. Aqueles
que sobreviveram ao ataque foram assassinados por
seringueiros que os atacaram com facões.
Prof. Lidinês
21. O relatório estampou manchetes
internacionais e o Brasil foi
publicamente acusado de
massacre aos índios, o SPI já
vinha passando por algumas
acusações de corrupções, má
gestão e através desse massacre
também foi acusado de genocídio.
Oque levou à dissolução do
Serviço de Proteção ao Índio. O
SPI, foi então substituído pela
Fundação Nacional do índio
(Funai).
22. FUNAI:
É o órgão indigenista oficial do Estado
brasileiro,criado em 1967 que tem como principal
função a proteção e a promoção dos direitos dos
povos indígenas do país.Atua também na
preservação ambiental e no desenvolvimento
sustentável dos povos indígenas por meio da
elaboração, aplicação e fiscalização de políticas
públicas.
Auxilia no acesso aos direitos sociais básicos
dos indígenas, como: registro de nascimento,
documentação básica, título de eleitor, atenção
integral à saúde e inclusão em programas
previdenciários e de assistência social.
23. Na época em que foi fundada a FUNAI era chamada de
Fundação Nacional do Índio, nome esse que foi alterado
no ano de 2023, para Fundação Nacional Dos Povos
Indígenas. A Funai permanece, até os dias atuais, como
órgão indigenista oficial do Estado brasileiro.
Porém, o sucateamento pode inviabilizar a Funai.
Ela opera hoje com 46% dos cargos ocupados. Dos
servidores na ativa, um terço tem idade para pedir
aposentadoria. O sindicato da categoria teme que a
situação poderá inviabilizar a continuidade da execução
das políticas indigenistas, sobretudo em áreas mais
isoladas da Amazônia.
24. Cenário atual dos povos indígenas :
Muito ainda precisa ser feito para amenizar as
lutas dos povos indígenas no Brasil. Os direitos
dos povos indígenas ainda são desrespeitados e
ignorados pelas forças do Estado. O que abre
margem para grandes indústrias hidrelétricas, de
mineração e do agronegócio explorarem terras
que não as pertencem, reduzindo ainda mais as
possibilidades de moradia e alimentação de
milhares de indígenas.
Prof. Adriana.
25. A importância Dos Indígenas Na Política
Brasileira.
Em 1983, o primeiro deputado federal
indígena foi eleito no país, reforçando a ideia
de que, para evoluir em sua luta, os povos
indígenas precisariam ser representados por
quem conhecia de fato suas necessidades.
Nos anos seguintes, os indígenas fizeram-se
presentes no Congresso Nacional e na
política de forma geral.
Nos anos seguintes, os indígenas fizeram-se
presentes no Congresso Nacional e na
política de forma geral.
26. Em 2022 foi criado o Ministério
dos Povos Indígenas, o qual
representa um passo importante
na inclusão da pauta indígena na
discussão política do país.
(Classificado como algo "inédito
e histórico", a pasta tem como
ministra Sonia Guajajara, eleita
deputada federal pelo PSOL e a
primeira indigena na história a
ocupar um ministério.
28. “ Ninguém nasce odiando outra
pessoa pela cor de sua pele, por sua
origem, ou ainda por sua religião.
Para odiar as pessoas precisam
aprender, e se podem aprender a
odiar, podem ser ensinadas a amar.”
-Nelson Mandela.