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Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Apenas
Sobre os
Meus Cacos
e Restos
Vidros Rusgat Niccus
2002
1
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“O meu caminho sem você, era como todos os outros, sem você por lá, eu via
apenas terra, mais terras, pedras, outras pedras, uma estrada, algumas de
asfaltos, outras de terra batida, outras feitas pedra, outras de terra, um vazio e
nada mais, assim era o meu caminho sem você, um caminho e meio e nada
mais...”
Diegho Courtenbitter
2
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Livro: Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Ano: 2002
Autor: Rusgat Niccus
Gênero: Poesia
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Publicação Independente
Coletânea: Rusgat Niccus
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras , n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luis - Maranhão
Cep.: 65081-494 – São Luis – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8507-1326
WhatSapp.: (98) 9 9907-9243
E-mail.: roosevelt_abrantes@hotmail.com
Redes Sociais:
Facebook.: Roosevelt F. Abrantes
Twitter.: @rooseveltabrant
Linkendin.: Roosevelt F. Abrantes
Instagran.: rooseveltfabrantes
Hotmail.: rusgat_niccus@hotmail.com
Site.: Rusgat Niccus
3
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“As minhas temporas soerguem em tuas mãos tremulas, o meu amor padeçe sem
a tua direção, o teu amor caotico me adoece, retira de mim aqueles pensamentos
lascivios, aonde escondes a real ternura do seu amor, faça em mim dias de sol
em meu leito, e quando enfim morrer, escreve em mim, se assim for, enfim amou
com força um raio de sol no anonimato de minha dor, aquela que se chamava
flor...”
Diegho Courtenbitter
4
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Prefacio
Os atuais rumos da historia da espécie humana coloca a poesia como
ator coadjuvante do pensamento critico de nossa sociedade, ou mesmo a excluir
de seu papel de formador de opinião, a poesia neste nicho parece ter outra
conotação, conduz a idéia de que esta possui uma responsabilidade relapsa, um
compromisso desnecessário, uma missão sem objetivos, uma utilidade
dispensável; o mundo no entanto, em sua fase contemporânea que apesar de ter
percorrido as suas inúmeras mudanças sociais, em vez de agrega esta ferramenta
tão importante, resolveu excretá-la, destituí-la de sua função, alguns escritores
modernista, suplantaram a idéia que o exercício desta arte no mundo digitalizado
não teria qualquer viabilidade, seu consumo seria desnecessário, principalmente
onde a rapidez das informações acabaria por descartá-la, justamente pelo fato que
as pessoas desprovidas de tempo, não parariam o mundo para entender as suas
mensagens em as entrelinhas subliminares de um texto poético.
Todos querem informações rápidas, curtas e de fácil compreensão,
mas o quadro real e que muitos intelectuais esqueceram e que a poesia nos
prestigiou com diversos favores, e que os poetas emprestaram ao sentimento do
homem o entendimento de si mesmos, a poesia infelizmente é enxergada
atualmente como um livro desatualizado e sem serventia, mais o que se percebe
no uso do convívio popular, e que as mensagens instantâneas, paginas
eletrônicas de sites, redes sócias, torpedos enviados por celulares e inúmeras
outras portas virtuais, só ampliaram o leque do universo da poesia, o que
realmente está acontecendo é que o mundo virtual apenas modulou os novos
poetas a criarem seus textos em um canal de superexposição de proporções
gigantesca, sendo alvo de uma visão critica e mais poderosa, que traz tanto
redenção como condenação quase que instantânea, no meu ponto de vista os
torpedos viraram poesia e a poesia virou instantaneamente algo virtual, os
torpedos na comunicação do sentimento se tornaram algo excepcional, é claro
que os textos curtos não são mais vistos como antigamente, não têm mais a
expressão romântica do passado, a tecnologia não encarcerou a arte, pelo
contrario a popularizou, mesmo que sofrendo modificações em suas estruturas,
mais ainda assim é e sempre será poesia uma extensão da arte.
O que se precisa no mundo atual, em vez de condenarmos á extinção
uma velha ferramenta de expressão social, é tentar renová-la, recriá-la, dando-lhe
um novo sentido, um novo aspecto e importância para as gerações vindouras, de
uma maneira ou de outra esta ferramenta tão singela sempre nos proporcionara
uma releitura da vida, nos influenciando em nossa conotação para com a célula da
existência, fazendo dos textos literários um novo campo, uma nova casa, um novo
espaço a ser explorado e habitado, esta arte deve direcionar a humanidade para o
caminho do entendimento, do esclarecimento, e o da expressão de nossos
sentidos.
Roosevelt F Abrantes
5
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“Uma Locomotiva em Chamas”
A vida
É como um trem
Desgovernado...
Uma locomotiva
Em chamas....
Descarrilando
Em labaredas
Completamente
Turbulento....
E em alta velocidade
Num astral vertiginal....
As plataformas esperam
Uma imensidão de pessoas
Que anseiam embarcar....
Uma vez embarcado
Não há a mínima chance
Para um desembarque....
Há vida naquela estação
E morte naqueles vagões...
Os trilhos retos
Nunca se curvam
Não existe Frenagem
E a viajem e sempre
Muito intranqüila....
Seu arquiteto
Não os planejou
Para este feito....
Não se sabe
Nem do inicio
Nem do fim
Desta ferrovia....
Mas a plataforma
Esta pronta e perfeita
Cheia de rostos estranhos
Que desejam embarcar....
6
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Uma vez dentro
Destes vagões
O trem simplesmente
Não para, não cessa ...
Pois o dono da ferrovia
Não implantou freios
Esperando que os
Viajantes ignorem
Este caractere sem
Muita função...
Enquanto o trem correr
A entrada fica
Cada vez menor
E o fim enorme
De repente....
Eu o vejo sinceramente
Como um trem fantasma
Ou como um trem comum
Um trem repleto de pessoas...
Que nunca sabem
O que querem
Nem mesmo
Para onde querem ir...
Algumas querem
Um trem para
As estrelas...
Dentro de um
Túnel sem odor....
Mais nada disso
Importa...
Nada disso tem
Coesão...
Viajar sozinho
Ou acompanhado...
Não importa com
Com quem
Ou com quantas
Pessoas nos
7
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Fazem este passeio....
Afinal, no final
Não se sabe
Quando acaba
Esta viagem....
E mesmo
Incrível
O trem
Que sair
A meia noite....
Sem destino certo
Sem rumo a tomar....
Dormir ou acordar
Realidade ou sonho
No fim se estamos
Certo ou errados
Ninguém sair sai vivo
Destes trens desgovernado....
“Sozinho”
Um salto no vazio
É quase morrer...
Não ter alguém
Para amar
É o mesmo
Que não viver...
Entre quase viver
E viver de verdade
É preferível viver
Em risco completo de vida
Sobre a linha e a navalha...
Queria poder dizer
Enfim a sós...
Mas minha vida
Me propôs somente
Em ficar sozinho
Eu e o meu algoz...
8
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“Sala de estar”
Antes havia aqui
Um radio na minha sala
Zoava o silencio da minha
Mente mórbida...
Um ventilador carente
Soava frios os seus ventos
Na minha direção...
As paredes pareciam
Ora me proteger
Ora me sufocar....
Sobre furos e quadros
Pintados sobre mãos
Estranhas, esganavam
As minhas visagens
Esganavam principalmente
As minhas imagens e os sons
Da tela do meu televisor...
Um DVD danificado
Constrangia aquele
Pequenino rack...
Que às vezes
Era de madeira
Outras, no entanto
Era de marfim....
O telhado recobria
Os meus sofás
Meio azuis
Que há muito descansei
A minha carcaça tênue....
Uma vez ou outra reparava
Que as teias de aranhas
Não enfeavam
Só as minhas paredes
E os meus tetos....
Minha mente
E os meus hábitos
Estavam sobre
Cacos e vidros
9
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Revirados no
Cárcere de minha
Alma débil
E nula....
“Completamente Debilitado”
Eu sei que você
Vive se aproveitando
De nós dois...
Nossos pulsos amarados
Com uma corda barata
Prever tanto a minha
Quanto as suas fragilidades
Todas usadas contra mim...
Você e o seu descuido
Põem em risco um amor
Quase débil e anacrônico...
Meu corpo esta totalmente
Fragmentado, debilitado
Nas juras de um amor
Que te favorecia...
Queira eu curar
Estas dores
Intermináveis
Que se alojaram
Nas minhas
Febris e congeladas
Costas, uma dor
Que parece não ter fim....
Ora e outra eu as escuto
Estalar, quebrantasse
As dores físicas
São realmente
Um algoz com
Vários chicotes....
Mas a dor crônica
Que tenho no meu
Lado esquerdo do peito
10
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Alem de ferir-me
Acorrenta-me
Despedaça-me-i-a
Ao longo da minha
Trajetória de vida...
Será que existe
Dor pior...
Talvez a dor do abandono
A dor de não receber
O mesmo amor que
Você doou...
A dor de vê-la
Nos braços de outro
A dor de querer
Não querendo....
Mas caminha não
Significa apenas
Dar alguns passos....
Um dia tenho certeza
Serei eu que me aproveitarei
De você.....
“Sexo Explicito”
Gosto da maneira
Que você me cheira...
Sinto-me seguro
Quando as minhas
Mãos são amaradas
Assim tão fortes
Pelo seu desejo
De ter desejos
Comigo.........
Gosto do jeito
Você me pega....
Arde-me um fogo
Intenso de lhe ferir
Os seus seios róseos
Depois de tê-los lambidos
11
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Freneticamente sobre
Aquela sua blusa azul
Em estado de frenesi....
Adoro o seu jeito
Com que entras
Em mim..........
A minha língua seca
Enche d´gua quando
Navego sobre sua vulva
Bem vermelha
Molhada de prazer....
A sua boca é perfeita
Eu quero que você
Me engula... me cuspa...
Me sugue... me devore....
E que com carinho
Coloque-me
Garganta a baixo
Ate sufocar......
Quero esta
Em todo lugar
Que você for....
Fazer com você
O que você quer
No elevador
No avião
No seu colchão....
Adoro o jeito
Que você
Faz sexo
Comigo....
Não tem hora
Nem lugar certo
Cavalga comigo
Lati pra mim
Estou por cima
Depois por baixo...
12
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Se lhe agrado
Ou ignoro
Não sei
Ao certo
Explicitar....
“Palavras que não dizem nada”
Uma poesia
Repleta de palavras
Que não dizem nada...
Sentado solitariamente
Com a cara virada
Para aquela parede muda...
São apenas palavras
Que não dizem nada...
São apenas fumaça
O que virou o teu
Sorriso murcho...
Só ainda hoje
Por meia hora
Eu queria te ter
Só pra mim...
Como um vaso vazio
Ou uma rosa despetalada
Esquecida sobre sua janela....
Ainda assim sua
Querendo ser
Cheirada....
“Amor que Manipula o Sexo”
Como citou
Um velho
E distinto
Amigo meu
O amor pode ate
Ser cômico....
13
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Mais o sexo
Age com seriedade
Custa recompensar...
O amor costuma
Ser mesmo
Uma lastima.....
Sexo é mesmo
Na verdade um
Mosaico de aço.....
Quais as possibilidades
De entra em um transe
Completamente lúcido....
Entra um em transe
Que viabilize um estado
Intenso de trabalho
De gozo eterno.....
Este ato inteiro
Em si lembra
As estrofes
De uma poesia gutural...
De trabalho de gozo
Quase multilateral......
O amor quase se parece
Como uma prosa
No fim de uma tarde
Sem o sol poente....
Tenho como dialogar
Com esse êxtase
Dentro e sobre mim
Como contra lutar....
O meu estado critico
Refuta a um frenesi
Narcisista e curta.....
Certa vez este
Bom e velho amigo
Achou que o texto
Café com pão
14
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
De Manuel Bandeira
Tinha tudo haver
Com sacanagem
E corpos em frenesi....
Relação a sexo e ao amor
Misturadas com a prosa
E própria a poesia....
Sugerir que tomássemos
Vinho tinto e seco
Em compassos virginais.....
Imaginem o trem na estação
Com a sua fornalha
E sua sonoridade
Mais o recitar do poeta...
Um entra e sai de palavras
Um entra e sair desgovernado
De emoções, de erupções
De vaginas e pênis....
Interrupções de gramática
De assonâncias, de pleonasmos....
Que mais se assemelha
Aos atos libidinosos.....
Café com pão
Ou galinha assada
O que mais mata
A fome de um homem....
Percebo um trem
Um trem desgovernado
E completamente
Em chamas longitudinais
Repleto de genitálias
Em ritmo frenético
Um golpear de alucinações
Rápidas e tênues......
Quentes como o fogo
Como as chamas dos infernos
Que mais se parecem
Bola de bilhar.....
15
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Raparigas sozinhas
Naquele asfalto
Toma meu raciocinar
Num ligeiro vacilar
Como a que vem
De uma bebedeira....
Surte efeito
Como aquém
Usa drogas alucinógenas
Não quero rapariga alguma
Ainda mais neste momento....
Vir nas mentes
De duas virgens
Sendo defloradas
A força....
O lampejo de sua agonia
Tímida e vil....
O sexo se mantém
Como um quadro
Que todos
Querem observar....
Depois querendo tê-lo
Mais sem entender
O motivo de possuí-lo
Muitos o perdem
Se ao menos ejacular...
Mais só depois
De ter olhado muito
O que perderam
E perceberem
Que aquele
Estranho quadro
Podem representar
O amor, o amor purista....
Porem respira-se isso
Como uma longa
E estreita conversa
Como a quem prosa
Um dos versos
De Guimarães rosa
Feita sobre medida
Para encantar, alentar
16
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
O olhar do espectador....
No entanto
a algo similar...
Entre estas duas vertentes
Soar a Maquiavel
Qual o verdadeiro mistério
Que esta subliminar
Entre o amor e o sexo....
Por que este mistério
Ofuscam-nos tanto....
O que dizem
É que o amor
E o sexo está junto....
Ambas realmente
Estão andando próximas
São semelhantes....
Mais seus significados
Não são ainda audíveis....
Vez ou outra
Se completa
E uma vez juntas
Tornam-se inseparáveis
Separando e dividindo
Os corações mais tímidos....
Coagulando os mártires
Que por causa dela
Deixou varias
Vidas sem vida alguma.....
“Dançando com Ninfas”
Por mil demônios
Há dias que não
Vejo a ela....
Pela luz transpasso
As escuras trevas
17
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Um ofusca
Outra me espera.....
A tristeza que parece
Querer me falecer
Com tanta pressa....
Os ritmos miocárdios
De amor que deixei
Naquela janela crepita.....
Eu que por muitas vezes
Andei culpando-a
Colocando outrora
No lugar que doravante
Era de outra ninfa
Um pouco rude
Mais mesmo assim bela....
Antes que eu morra
Se não a tiveras
Por meio da força
Calarei o meu biltre
Carpe diem....
Sim sei que a perdi
Mais seu sentimento
Por direito ainda
Julgo ser meu.....
Mesmo vendo o desprezo
Da minha pobre virgem
Com um coração
Envolvido, incrustado
Com aços e pedras....
Por mil demônios
Ela há de ser minha
Que mil raios se rasguem
Naqueles céus de chuva.....
Nem mil virgens me querendo
Consolaria o meu pobre peito
Sedento de gozo a ela....
Eu jamais ousaria
Usurpar o desejo de amá-la...
18
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Aquela pequena
Margarida desfolhada
Ainda ascende o meu voar....
No entanto eu ainda
Prefiro o vil sofre
O cárcere do meu sonho
Sem ser seu
Ainda pertenço a ela...
Provocarei os terremotos
Que por gosto me convir
Abrirei clareira nas matas
Que o homem jamais viu....
Saquearei os corações
Das jovens que assim
Dispuseram-se a mim....
Enquanto espero
Aguardando a decisão
Que por ventura sugerir.....
Vou Provocar
Enormes tsunames
Mesmo que a era glacial
Nos congele os pulmões.....
Mesmo que os rios do Nilo
Do Mississipi e da Amazônia
Nos falte para mata a sede
Da minha infame garganta....
Os seus oásis
Que geram
Sede e nevoa
Abrem crateras
Nos corações
Mais rasos....
Eu no entanto
Tenho certeza
Eu hei de ser dela....
19
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“Bombas vazias”
No meio daquela multidão
Sobraram restos de consciência
Há milhares de cabeças repetidas...
Carros e motos da policia
Tentam desarmar sorrateiramente
Aquela bomba, aquela trama.....
Do lado de muitas bicicletas
Ao lado de inúmeros bancos
Cheias de escolas primarias
Cobertas com os seus museus
Que simplesmente não fala nada...
Há mentes chuviscadas
Entre outras varias co-iguais
Cheias de nada, rabiscadas.....
Com corpos pulando
Freneticamente afins
Na frente da televisão
Mentes programas
Mentes simultâneas....
Registradas para um fim
Uma possível coalizão
Uma deterioração niilista....
Cheias de crenças inúteis
Mecanicamente ignorantes
Oscilam entre dois ternos
Quase singularmente ético
De ser de quem quer o ter....
Alguns até preferem
Viver na penumbra
Dançando com lobos
O ritmo frenesi dos canhões...
Esquecendo os tiros com fuzis
Trama vivenciada do vicio
Na aquarela intrusa do ócio
Duplicidade que só os órfãos tem...
20
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
É no enlouquecer eterno
Que produzem as sinas
De quem foi um dia mãe
Mãe de um desastre biltre...
Lembre-se do que é real
Fuja das coisas casuais...
Não comporte-se
Como as toupeiras....
Possua dentro de você
Uma mente desigual....
Há milhares de crânios
Exatamente iguais
Completamente vazias
Repleta de ratos malhados
Corroídas pelos joelhos....
Enclausuradas na mesmice
De dias completamente iguais....
“Saudades Minha São Luis”
Por ventura estava cintilante
Terra de imensas palmeiras
Dos viris poetas caboclos
Chão de muitos homens fortes....
Daqueles que de vê-los
Não tem na veia o fracasso
Não abrem mão da luta....
Ai das mulheres atrevidas
Que se fazem de fingidas...
E dos que maltratam
Esta prosa de terra
Que vivem a enchem
Seus bigodes rasos
Com a dor e o suor
Dos mais humildes...
Os seus bolsos gélidos
Acumula o poder
Que tem sobre
21
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Os pobres ébrios
Da ganância árdua
Que vem de ares
Cruel deus das guerras...
Corrompida juro eu
Pelos bigodes finos
Das idéias narcisistas
Em caldo regado
De lama e tramas...
Que controlam a vida
E o ritmo dos nascidos
Que nesta ilha finita
Sobrevivem maltrapilhas
Os que Fazem selo postal
Corpos de raparigas...
Velhaco decrépito
Demônio das pinhas
Vá de retro para trás
Satanás de pinha...
Deixa a minha cidade
Deixa o meu lar santo
Minha ilha mortífera
Na mais completa paz
Que quarenta anos atrás
Ela possuía, ela ainda tinha...
Deixa-a absorta, lontra
Deixa-a frenesi, mutua
Freneticamente lúcida
Solta e revolucionaria...
Não quero nada piegas
Nem melindrosa demais
Muito menos biltre...
Há anos a vejo
Em teu abandono
De menino de rua
No meio das praças
Nas Baladas rítmicas
Meio que clamado
Praça dos Deodoros
Ilha dos amores
22
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Dos raggueiros
Dos guerreiros....
Enfrente sempre ficou
A rua dos grandes
A da rua grande
Sobre os braços
Entreabertos e laicos
Da rua do passeio...
Na rua do sol
Que não faz sol
Congelam-se todos
Sobre os prédios
Da rua do giz...
Que de longe inebriava
A praça que devia ser
A de muitos e de todos
Que muitos a chamavam
De a praça da alegria
Ou seu semblante
Só tem o descaso da tristeza...
Que abandonada entristecia
Ate os moradores que da rua
Fazia uma enorme moradia...
Dei adeus a praça do poeta
Que dele sentia saudade
Meu colega Gonçalves Dias
O outro era Nauro Machado
E de dia Aluisio de Azevedo...
Aos viajantes
Que de São Luis
Indo embora
Corria, corria
Sorria , sorria
Na direção inerte
Daquele vento...
Sem ver realmente
Deixando para trás
O que dentro sentia
Uma dor de saudade
Uma dor de boemia...
23
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Adeus minha querida
Parto para Recife
Um dia Pernambuco
Há de Abandona-me
E de novo pra você
Hei de correr sorrindo
Para dentro de seus braços...
Indo atrás do rio bacanga
Não sorria, não sentia
Que do pior revia o leme
Não deixe que os bigodes
Destrua-te a beleza derme
Que é somente tua a sé....
Uma semente minha fica
Para que um dia eu possa
De te colhê-la um frio ramo...
Que de noite toda ela
Eu percebi, se contraia....
Esta vale mais que o ouro
Mais que o meu infortúnio
Infarto do meu miocárdio...
Guarde com seus braços
As saudades que de você
Sair dela chorando....
Da semente fina e nobre
Que deixei crescendo
Mais um dia dela
Voltarei um homem
Um homem grande.....
“Vidros despedaçados”
Ela era dura como rocha
Ressecada, fraturada, inerte
Não se curvava diante dele....
Seu amor era obscuro
Manipulava os seus ais....
24
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
O mês de maio ébrio
Estava despedaçado
Eram todos exatamente
Quase muito iguais....
Despedaçava-se vidro
Como a quem jogar dados
Sobre a própria vida....
Feito um a cão feroz
Tentava a qualquer custo
Sentir a brisa das pedras
Do mar de pedras lá embaixo....
No meio dos prédios
Cobertos com concreto
Meu rosto e só mais um...
As faces do amor
Não se explica
Apenas se sentir
Sugiro que minta.....
Um tolo e a sua rudez
Logo se separam da tez
Martirizam minhas lagrimas
Sabotam as suas vitórias
Compilam o meu espírito....
Viver e fazer parte
De um culto a si
E ser demasiado
E muito Pequena
A sua essência magistral
E Minúscula na grandiosidade
Do poder de se sentir....
Vaidoso como sempre foi
Rude as vezes como é o amor
Mais claro como vidros
Vidros despedaçados
Não podem ser colados...
25
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“Os Campos Congelados de Campinas”
Há inúmeras
Camadas de gelo
Sobrepondo-se
E adormecendo
Meio que nulo
E vagarosamente
Tolo e ensurdecido.....
Escorrega pelos
Talos e os galhos
A seiva das arvores
Que brota o desgaste
Das pálidas meninas....
Bane jaz podre a rebenta
Sobre aqueles braços
Todos ininterruptos
De um ser qualquer
Metido a mandriam
Fanfarrão e inútil....
Bane jaz este frio vil e biltre
Este que se faz onipotente....
Logra este vento frio e tardio
O gelo frio sobre as folhas vãs...
Que corta os dedos
E que feri as narinas
E as sangram de repente...
Os dedos do curioso
Do curioso amante
Com as suas folhas
Que se Congelam
Durante a madruga...
Beijam as volúpias
Cristais embalsamados...
Que de contar mentiras
Fecha-se envergonhada
São gélidas as mãos
Das meninas amantes
De tão brancas as veias
26
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
O sangue se sobressalta...
Como são verdes
Os verdes capins
Daquela campinas...
Sei de um olhar
Que se esgueira
A perseguir o vigia
O vigia que a dama
Ele tanto cuida...
Em meio á noite
O amor se esconde
Querendo alguém
Que sempre o ame....
O orvalho molha
As suas silhuetas
Mas o nevoeiro
Enfrente o asfalto
Requenta o trajeto
Incestuoso de fim
De um fim de tarde...
Pobre da minha alma
Da minha miserável alma
Que por você ainda chora...
Congelam as minhas
Pobres pálpebras
As minhas secas
Lagrimas viscerais...
São tão verdejantes
Os capins que brotam
Deste chão tão tênue
Como são os de campinas...
Vira gelo o ar que sobra
Vindo das bandas de campinas
Sei que há capins verdes
Neste imenso campo do sul...
Sei das moças que ainda
vertem de anis e azuis
das moçoilas verdes
27
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Verdes como as frutas
Brancas como o orvalho
Como aquela neblina tísica
Como aquele nevoeiro mórbido...
Que se espalham
Que mata os corações
Dos desavisados
E congela o amor
Dos apaixonados....
E comum sobre a estrada
Ver as bocas frigidas
A pele Ressecada
Os olhos inebriantes
De uma bela campinense...
A friagem não lhes tira o brilho
Não lhes rasga a carne frágil
Rachadas do imenso frio de maio...
Tão violentos como os ventos
Que sobram durante a madruga
Resvalado na pequena campina...
Sobre a pele frágil
Que se esparsa...
Que se fragmenta
Partindo como vidro
Mesmo fino se agita
Mesmo quieto se modela....
As mulheres deste chão
Possuem uma pele pálida
Atrevi-se a ser serias
Com veias ébrias
Que não se calam...
Seus corpos no prazer
Não podem produzir suor
Que compensam os guris
Em frenéticas astúcias triviais...
E de suar o ar seco
De seca a boca
Dos mais molhados
28
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
De rasga os verbos
Mais coloquiais....
Campinas eu sei
Dos seus diversos
E lindos campos...
Eu sei das suas mulheres
Dos seus lindos escampados
Que não se encontram
Em nenhum vinhedo...
Oh! Vinhedo sabe goza
Dos mais belos vinhos
Aos quais eu, já balbuciei
Dos muitos nesta terra...
Valinhos e as suas ruas gélidas
Contornam e amam os campos
Campos limpos de campinas
Que se envolvem no vento frio
Dos mais de mil campineiros...
A rua luzitana me cantou
Logrou-me com o seu charme
Com a suas deusas de neve
Branquinhas, leves, limpas....
Enxovalhado entre as capas
Entre os rótulos de guaranás
De frutas, gás, açúcar .....
“O Marco Zero de Recife”
Marca no marco zero
Marco em Olinda
Marco em Guararapes
Marco em Capivaribe
Marco em Caruaru
Marco em Garanhuns
Marca no marco zero..........
As ruas de recife
Possuem nomes
Estranhos
Estrambóticos
29
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
A rua da moeda
Que mais me lembra
Na insistência
Chamá-la de moela...
O marco zero
Uma praça
Bem singela
Disponibiliza
Ver os gigantes
Monumentos
De Brennan
Quebrando
Bem ao fundo
O mar cinzento
Dos recifes....
Não é sempre
Que vejo recifes
Tão bonitos
Mais ás vezes
Tenho o privilegio
De ficar a olhá-los
Mesmo que de longe
Defronte ao mar.
Não pode ser
Qualquer mar
Mais o mar
Daquela praia
A de boa viagem...
Prazeres também
Tem uma bela praia
Mais em nenhuma
Das duas se pode
Nem titubear, banhar
Nem lograr, pestanejar
Além do quebra mar...
Mas quando vou lá
Tento em vista
Uma obra que só
Ela pode brotar...
Refiro-me arduamente
As mulheres daqui
30
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Que são monumentais
Eloqüentemente ébrias
Por viver, sentir viver...
Talvez por isso
Eu não marque
Tanto onde estou
Marco no marco zero.....
Marca no marco zero
Marco em Olinda
Marco em Guararapes
Marco em Capivaribe
Marco em Caruaru
Marco em Garanhuns
Marca no marco zero
Seu frevo nos anestesia
Os bonecos altos de Olinda
São sempre motivos de alegria...
E os maracatus envaidassem
Seus brincantes onerosamente
Sinto cheiro de mandacaru....
Do fubá de milho quentinho
E o ritmo do pé de serra arretado
Dos pernambucanos tanajuras....
Seu folclore, sua cultura
Difere-se, se mútua....
Nos alenta enquanto
O a flauta de pífano
Assobia em tom alto.....
Marca no marco zero
Marco em Olinda
Marco em Guararapes
Marco em Capivaribe
Marco em Caruaru
Marco em Garanhuns
Marca no marco zero........
31
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
“Amor Plastificado”
E como envolver
O próprio coração
Sobre uma redoma
De vidro fragilizado....
E como colocar
O próprio coração
Enfiado em um espeto
Rechiado de nabos....
Envolta a plásticos
E sopa de letrinhas
Regurgitado por muitas
Muitas crianças órfãs...
E como ter e ver
O coração rejeitado
Enrustido, fragmentado....
“Os Ouriços do Mar no rio Grande do Norte”
Contemplo as terras
Do rio grande do norte...
Por milhares de anos nos darem
Os mais belos ouriços do mar...
O mais sinceros de seus ouriços
Cabem todas as conchas do mar...
Como cabe o infinito
Todo ele imerso no mar....
Cadê os meus ouriços
Cadê os meus espinhos...
Por onde andam os meus tentáculos
Recostados, mergulhados e inertes...
Quero abraçar
Inúmeros navios
Calejar o cais
Destruir portos
E afundar jangadas....
32
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Quero a fenda das esmeraldas
Os cactos roxos dos oceanos...
O berço mais fundo
De qualquer beira
Ou mesmo a eira
Bem próximo a esgueira
Nas profundezas inóspitas
De um corpo celeste
Dentro de dois oceanos...
Ouriços das suas praias de sal
Ouriços de suas praias de mar
De um imenso sol
De um eterno mar...
Não vão mergulhar
Longes de mim
Não vá meu amor
Pra esse imenso mar....
“Ruas Feitas de Giz”
Do alto do mirante
Em algum casario...
Próximo ao cais
Da praia grande....
Eu em inúmeras vezes
Revivo-me no presente...
As palmeiras imperiais
Sombreia as luminárias....
As ruas transversais
Em seu imenso cortejo...
Abrigam segredos
Que só os orvalhos
Em sua pequenez
Exalam perfumes
Metodicamente vis....
33
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
As sacadas coloniais
Antigas e imponentes....
Confluem no horizonte
Mergulhado o solitário
Os seus raios tremulantes
De suas águas perenes
Cheias de luzes mortas....
Enquanto a noite parece cair
Um chuviscado tênue apaga
Todos os meus desenhos tímidos
Feitos de giz a beira do meio fio...
O paralelepípedo translúcido
É um imenso quartzo eterno
Cheio de lembranças do passado...
Reflete os amores e as aflições
Dos pés dos mais românticos
Que por ventura haviam se perdido....
Dentro dos corações nobres
De donzelas Ludovisenses
Na margem do século passado...
Estas senhoras porém
Nunca as vi exaustas...
Pisar em corações calejados
Não lhes parece um lamento....
Navegar nesta ilha de emoções
Saudosa dos poetas desta terra...
É querer atracar barcos de vela
Em um mar agitado durante o verão...
Destes de pinga tempestades
De naufraga homens inteiros...
No cais da praia grande
Próximo ao mirante ermitão....
A rua inerte do giz rejeita-me
Desvanece o amor que almejei...
34
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Encarece sentido a essa cidade
Que muito antes das oligarquias
Era livre e suntuosa por excelência.....
Não tinha pinche na minha rua
A poeira não me causava dor....
Minha rua era toda feita de giz
Empilhadas de meninos risonhos...
Se possível tragam as meninas
Todas de vestes e chapéus rosas...
O desenho que fiz da minha cidade
Continua no alto daquele mirante
Bem no alto, na sacada de seu José
Onde ele, eu e muitos outros amigos
Imaginávamos ter inúmeras amantes....
“Corpos Desatentos”
Não há cumplicidade
Que nos deslumbra...
Ou mesmo corpos que se entendam
Ainda que se encontrem desatentos
Os beijos apresados se atropelam
Enquanto você me devora por dentro...
Denuncias de inúmeros afetos
Viram noticia na beira do cais...
O boqueirão nos desafia
Suspenso na praia grande
Que um dia foi das Marias....
A minha alma se refaz
Próximo ao seu leito....
Onde muitos moços
Tornaram-se homens...
Debaixo daquele veludo
Ela relia, eu te encontro...
35
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Completamente desnudos
A messe da sorte e o do dia...
Há quem queira de qualquer jeito
Eu na espera, rejeitado me entrego...
Como os romances nunca lidos
Encaixotados sobre qualquer balcão
Eu lacrava os seus prazos de validade...
Na fabrica imunda o amor
Tinha selo e data de saída
Conferida pelos amantes
Aceitos nos lotes de entrada
Repleta de toda mordomia....
Próximo do correio central
Eu relia o pedido na caixa...
Nunca espere que eu
Um enorme errante
Ame-te minha querida
Para o amor somos cobaias
Jamais espere que alguém
Possa te amar, se você enclausurada
Pode amar este alguém primeiro....
“Carpen Dien”
Dormir é como morrer
Viver é está acordado
É respirar pelos olhos
É alimentar-se sem comer....
Quem muito dorme morre
Desfalece os olhos aos poucos
E sem que perceba fecha-se à vida
As janelas tão comuns das almas...
Assim como a própria vida
O sol se apaga dentro do mar...
A luz dar intensidade a vida
Sobressaltada sobre os minutos...
36
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Qual e a verdadeira fonte
Que rejuvelhece a calmaria...
Alegrando os corpos
Dos mais imperativos
Dos que se dizem
Humanos altruístas....
Prefiro o mundo isolado
Incomum dos autistas....
Viver todo dia a dia
Como se fosse o ultimo
É agarra todas lagrimas
Que escorre dos olhos....
É mesmo medíocre a morte
Onde os sonolentos abutres
Distraídos abusão da sorte
Consumidos pela embriagues
Dos que anda a consorte...
Com certeza a cama emadeirada
Servira para todos os corpos......
Muitos dormiram com os pés
Completamente descalçados
Outros com os pés ávidos e limpos.....
Alguns amarados pelos pulsos
Outros beijados pelos calcanhares
Ou pela sua admirável fronte vil...
Não há escolhas mecânicas
Neste mar de rolimãs frigidos
Que nos livrem deste fardo
Séqüito e Tenório da alma....
Nem remédio que cure
Esta dor intermitente
Dissoluta e branda.......
Um mal talvez trivial
Um descanso inerente
Uma doença febril
E de muita psicopatia....
37
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Sempre fui de muitas mulheres
De dormir em variadas camas
Envolvidos a cada esquinas
Em novos e belos braços.......
Muitas damas me querem
Poucas porém me possuem...
Prefiro a cama ávida de casal
Do que a fria, febril e solitária
Cama dos eternos solteiros....
Viver a realidade acordada
Agrada-me muito mais....
Dormir um sono sonhado
Dos que sonham vivendo
Não me traz realização
E nem me traz conforto...
Viver é está muito sublime
É está iníquo a eternidade....
Viver um carpem dien
É viver cada mulher
É saborear cada beijo
É percebe-se vivo...
É sentir todos os perfumes
É degustar cada pele aromada
É inflamar todos os desejos...
Beijar, sorrir e viver
São quase sinônimos
É contrario de morrer
É sentir a felicidade.....
“A Teoria do Beijo”
Sou quase tudo perto de você
E quase nada quando acordo...
Você é aproximadamente
Tudo que eu jamais vir...
38
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Você e o amor são essências
Que eu ainda não entendo bem...
Mas inquestionáveis
Na compreensão......
Você! eu só posso sentir
Mas não posso explicá-la...
Você! uma vez e outra
Tenta me entender.....
Em outras oportunidades
Eu já sei, você tenta me imitar....
Tenta ao Maximo me possuir
Seqüestra a minha inocência....
Até tenta o impossível
E conseguir me amar....
Você sem o meu amor é tudo
Eu sem você, ainda sou o nada...
Em um mundo em que tudo
Vai se tornando um quase...
Sentir amor sem ter você em mim
É completamente sentir o nada.....
Amor sem sexo, ainda é amor
Sexo sem amor, não seria nada....
Um passaro próximo a uma flor
É quase um beija flor................
Sua respiração colada a minha
É quase uma dor de paixão.....
Duas bocas pairadas
Suspensas no ar.......
Aniquila o ensejo
É quase um beijo.....
Sinto uma ligeira e talvez tímida
Aperto de mãos sobre os dedos...
39
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Se eu soubesse meu amor
Que eram as suas mãos....
Eu simplesmente voaria até você
Sem ter medo algum da queda
Ou mesmo do abismo chão.........
Não renegaria se por ventura meu amor
Caíssemos do alto de qualquer nuvem....
Eu não lhe renegaria
Um só único beijo...
Se eu louco soubesse
Que a boca que me toca
Fora o seu lábio lânguido
Perto da minha narina...
Eu não hesitaria
Em viver você..
Homens e as mulheres
Iguais ou são diferentes...
Eloqüentes sobre as formas nuas
Dependentes de todos os beijos....
Não sou de pensar mal
De mulher alguma.......
Mas não há mulher no mundo
Que resista a uma cena épica
De um beijo bem dado ou roubado...
Não há sentimento bem explorado
Que não saia pelo céu da boca......
Não há mulher do universo
Que não se corroa de inveja
Ou consuma-se de ciúmes...
Quando se vê desprezada
Invisivelmente anulada
Pelos olhares dos homens....
Elas sabem que é no beijo
Que estão guardados
40
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
As informações mais
Intimas de cada homem....
Sabem que basta um único beijo
Para terem a certeza que ele será
Seu par perfeito e indissolúvel....
É no beijo que guardamos
As informações mais íntimas
De nossas vidas particulares...
Traços de personalidade
Rastros de sexualidade
De comportamento social
E de sentimento sócio afetivo....
Intrinsecamente ligados
A um genoma lascivo
Onde DNA do beijo
É mas do que sacana....
E na troca de nossos beijos
Que detectamos as informações
Espécie de códigos digitais
Do genoma amor, paixão
Entrelaçados na nossa pele....
O amor guarda interiormente
A subliminar manifestação
Do nosso desejo animalesco....
E neste código binário
Que estão as informações....
Necessárias para conhecermos
Um ao outro em estado verdadeiro
O verdadeiro estado do seu amor....
E no primeiro beijo por exemplo
Que cada um de nós, saberá em noto
Se a pessoa beijada é exatamente
O que tanto procurávamos...........
O beijo nos trará informações
Extremamente importantes
Sobre o sexo, o amor, a libido
E sobre a vida sentimental
41
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Da pessoa que se escolhe...
Para amar melhor, basta beijar
Para sentisse bem, basta tentar...
O amor certamente carrega
Diretrizes fundamentais.....
Trás as suas digitais no beijo
E é no beijo que positivamente
Carrega o amor em forma de dna
Selado e lacrado em seus códigos
Sejam eles binários na forma
De um simples e eloqüente beijo...
“Homens são Profanos, Mulheres são Divinas”
Homens são demoníacos
Mulheres são divinas...
Às vezes uma ou outra
Despencam dos céus...
Eles pelo extremo contrario
Tentam escalar as montanhas...
Homens fazem sexo
Pensando neles mesmo...
Mulheres fazem amor
Por que querem se sentir
Realizadas com esta pratica
Com esse ato, com essa dádiva...
Homens fazem muito sexo
Pensando em outras mulheres...
Mulheres pensam nos homens
Mesmos que eles a chamem
Pelo nome de outras mulheres...
Eles se vestem, se perfumam
Cortam os cabelos, lavam o carro
Bebem cervejas em diversos bares
Tudo para se mostrarem às mulheres...
42
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
As mulheres fazem tudo isso
E muito mais para se mostrarem
Para outras inúmeras mulheres...
Homens querem goza
Mulheres querem sentir
Um prazer frenesi.........
Os homens beijam
Mordendo os lábios
Da sua fêmea..........
Mulheres dão beijinhos
Acompanhados de pequenas
E suculentas chupadas..........
Delicadas no canto da boca
De seu único e preferido amor...
Elas ficam contentes
Em ter um único homem
Um parceiro para amar...
Eles preferem um time inteiro
De mulheres lindas, jogando
Uma boa partida de futebol
Usando mini saias e shorts jeans..
De preferência existencial
Em sua longa cama d´água
Em um motel bem barato
De qualquer rua da cidade...
Mulheres querem sexo oral
Homens preferem sexo anal...
Eles a querem de quatro
Elas os querem embaixo...
Elas desejam um sussurro
Ao pé de seu ouvido fino...
Eles as querem esperneando
Em gritos e doloridos ataques
De dor, prazer, êxtase e gozo....
43
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Eles sempre elogiam
A sua formidável bunda...
Elas realmente preferem
A sua boca carnuda.......
Mulheres realmente
São oriundas do Brasil...
Os homens vieram
de verdade do nordeste..
Elas reparam naquela
Marca de batom
No canto dobrado
De sua camisa branca...
Eles com certeza
Não vão notar
Caso você seja
Morena e pintar
O cabelo de loiro...
Mulheres querem conversar
Sobre o relacionamento atual...
Ou comentar coisas do seu dia
Enquanto estão fazendo amor..
Homens detestam esta iniciativa
Nem prestaram a atenção devida
Sobre o que elas andam dizendo....
Eles simplesmente em seu astral
Quebram o gelo com um assunto
Pedem logo uma lata de cerveja
Ficam enfrente a sua televisão
E esquecem que há minutos atrás
Estavam fazendo aquele sexo trivial....
Homens são freudianamente práticos
Mulheres são chatas marxistas dialéticas...
Mulheres pedem com jeitinho
Para fazer com amor e gostoso...
44
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Homens são diretos e tênues
Eles apenas abrem as suas pernas
E convidam você para transar.....
E ir logo para os finalmente
Para as mulheres é um tédio
Um fim em qualquer relação...
Os homens às vezes
São uma contradição
Uma equação inexata...
Do próprio senhor cosmo
Uma intemperança do divino...
Mulheres nasceram puras
Elas sempre fazem amor...
Mas a sua natureza as transforma
Em vis eloqüentes demônios.......
Causando verdadeiras catástrofes
Derrubam imensas montanhas.....
Elas convidam os homens
Desde o jardim do éden
A cometerem pecados
Seja um aqui ou outra ali...
Uns a chamam de sexo
Outros a chamam de amor
O que ou a que se direciona
O desejo, a malicia ou a paixão
Existentes nestes seres promíscuos...
“Pensamentos Sacanas”
Não há nada de mal
Quando a Masturbação
É um bem solicito......
Gratuito deveria ser em suma
Todos os toques mais íntimos...
Pensando eu, ele e você
Ou mesmo uma multidão
45
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Extremamente insanas
Nas curvas e linhas da alma
Das mulheres femininas......
Tenho sempre em mente
Pensamentos sacanas....
Mesmo aqueles impróprios
Que não são de minha dama...
Vir outro dia nos olhos
De um frenesi de menina
Um trivial de beleza.......
Ela com aquele ar de garotinha
Já possuía seus vinte e três anos
Mas ainda tinha cara de menina...
Aquele pedaço
De mau caminho
Desencaminhando
Os meus sentidos
As nossas mãos
Os meus pensares
E os meus devaneios
Mais que lascivos...
Não há bem maior
Mais agradável e tênue
Do que jorra paixão...
Exatos, meio quilo
De esperma em uma
Duas, três ou trezentas
Revistas pornôs..........
Uma alegria inusitada
De menino muito novo
Lidas cada uma literalmente
Mais com o sentido sacana
De muitas de minhas palavras...
Escrever sacanagem
Com o seu próprio
Pênis em estado ereto...
46
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
E fazer das vaginas
Solitárias um gutural
De volúpias modernas...
Uma festa a beira
De uma lua nova....
Não há mal algum
Neste nosso mundo
Que não tenha no desejo
Um pedaço entrelaçado
De sexo e promiscuidade....
O melhor sentido do bom
Do gostoso e agradável
É Quando misturamos a alma
As essências da malicia dos corpos....
Homens são muito previsíveis
Quando eles estão pensando
Naqueles enormes trazeiros
Naqueles seios, e naquelas pernas...
Persegui-nos a sórdida idéia
Das mini saias, dos shorts jeans
E das calças lycra apertadíssimas...
É um ritual sex, quase sacro
Mistura de profano e divino...
Aquele corpanzil volumoso
Grande, largo e muito suscito...
Cheio e repleto de curvas
De inúmeras imagens absurdas
De um corpo que remete a um Egídio....
Eu sei que as noites de frio
Tenha-lhe trago um algoz....
Aqueles pensamentos íngremes
Todos eles, carregados de sordidez...
Eu sei que aquela vizinha
Extremamente gostosa
Nocauteia-me rapidamente...
47
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Aquela sua prima cheirosa
Ou aquela desconhecida
De traços bem picantes
Mexe com a sua insanidade....
Sacanagem não tem idade
Tezão é uma questão pratica
Que junta devaneios lascivos...
Quantas milhões de vezes
Você andou transando voluptuoso
Dentro de um micro segundo
Com uma qualquer desconhecida...
E de variadas formas possíveis
Que sua mente nem conseguia
Conte-se de tanta adrenalina....
Esses incríveis experimentos
De cunho mental ou presencial
Nos trazem um êxtase compulsivo...
Nossas mentes criam
Espaços novos, mágicos...
Os motéis improvisados
Pelo nosso pensamento
Viram opções de prazer...
Seja um elevador social
Ou num lavabo publico
Ou em um banheiro sujo
De uma rodoviária local
Ou mesmo em uma casa
Abandonada e solitária....
Sentir o coração se apagar
E acender instintivamente
Nos revitaliza nas perdas
De fôlegos que nos foram
Rapidamente retiradas......
Sentir a cavidade da vulva
Penetra até esgotasse inteiro
Tremer o balançar de pernas...
48
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Luzir beijos sufocantes
Empinar duros desejos
Ter muitos tezões sacanas
Submetê-la as mais cruéis
Fantasias insanas da mente...
De você devo manter-me
Calmo a espera do gozo
Mulheres tentem goza......
Homens permitam este
Enorme prazer a elas........
“Terras Quentes do Meu Piauí”
O Deus como é quente
Estas terras do meu Piauí...
Se o inferno é mesmo aqui na terra
Não deixe que ele se instale aqui...
Mas quente que o rio de janeiro
Que no verão chega aos 40 graus....
Nem seus rios caudalosos
Nem o seu mar ou o seu delta
Fazem esfriar o este chão...
Oh! Deus dos deprimidos
Como é quente aquele chão
Quando do alto vê-se a paisagem
Não parece-me tão quente
Quando de baixo se anda
Ninguém consegue fica contente...
Como é difícil conter-se aquela sede
De beber da água que as mulheres
Do Piauí bebem e se molham...
Se todas as mulheres forem
Tão quentes como aquele chão
Quem me dera ter uma bruta dessas
Bem debaixo do meu cochão...
Fim
49
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Notas do Autor
Este livro tende a surpreender o comportamento de alguns literatos,
primeiro pela arte contextualizada que aplico, fator que disponibilizou uma corrida
pessoal contra o mundo vigente e contemporâneo de alguns amigos e colegas
letrados, que costumeiramente apoiavam um modo de escrever ditatorial da
indústria moderna, sua influencia e toda baseada na lascívia, no erotismo, na
construção do pensamento individualista, centrada no eu lírico competidor, fonte
de inspiração e de duras controvérsias, sobre tudo pesa o forte apego de suas
convivências sociais, entre elas o forte sistema capitalizado do século vinte, este
estilo de vida baseado no consumo desregrado, deixou-lhe muitos traços em sua
personalidade, algumas com um nível altíssimo de peculiaridade, isso deu um
rumo definitivo em toda poesia aplicada dentro de seu contexto literário, onde o
poeta excreta a irracionalidade do sistema em que vive através da palavra escrita
e direcionada, seus textos exprimem uma completa neutralização de sua
influencia caótica, não é por acaso que algumas de suas alíneas possuem um
exagero em palavras irracionais, a sexualidade permeia a lógica do
comportamento lascivo, construída por outros poetas no passado.
O que se ver de diferente em seus escritos em primeiro plano é a
estética rebuscada de seus poemas, segundo que nos redobra a atenção é como
são construídas as estrofes e as rimas de cada poema e por ultimo e talvez a não
mais inusitada característica, e de onde este autor busca as suas inspirações, as
principais referencias são, os utensílios domésticos, objetos de uso de trabalho
industrial, do campo e serviços, historias da vida sexual de pessoas de seu
convívio, sobre os sentimentos refratários da paixão, vista pelo aspecto novo da
vida urbana, que nos ligam essencialmente ao amor pervertido, pensamentos
desordenados advindos da convivência urbana, além de momentos de muita
reflexão após um dia ou varias noites de bebedeiras sobre um bar e outro, a
importância deste gênero literário possui um diagnostico baseado na loucura de
seus atos e nas experiências vividas ao longo de seu trajeto.
Rusgat Niccus
50
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado
Ao amor de minha vida...
Ainda que este amor não seja
Por mim publico como devia o ser
Tanto a mim quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em seu dignifico nome
Oh! Minha amada bendita...
E mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você Alecram
Ainda continuara no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
51
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este livro antes de sua
impressão, que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas, que deram muitas
sugestões para sua finalização, as vezes até compactuaram comigo em recitações
ao ar livre na embriaguez da companhia de um bom e sóbrio vinho.
Dedicado á Cauã Carvalho Abrantes
52
Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros
Sobre o Autor
Sua alma no universo imaginativo perambula, seu gosto pelo vinho
revitalizar sua emoção desconhecida, inebria o coração dos mais atarraxados e
vulgariza os de sensibilidade escassa, nascido em São Luis do Maranhão no dia
26 de fevereiro de 1981, sua vida literária foi marcada sempre pela paixão
descomunal que possuía pela arte teatral, musical, cinematografia, artes plásticas
e historia geral da humanidade, isso talvez explique sua fascinação eterna e
magnética que este escritor tem pelos livros, desde muito novo teve amor pela
escrita, ainda completamente apaixonado por esta arte se propôs inicialmente a
escrever peças teatrais, pensamentos soltos, crônicas e por ultimo poesias, esta,
no entanto é a sua grande e essencial maior paixão de sua vida.
Este livro que ousei chamar de “Apenas sobres os meus Cacos e
Restos de Vidros” apenas resumisse como as poesias podem tomar um lugar
impar de destaque diante da escrita, posso concluir que este livro, tem seus
escritos grafados literalmente sobre pensamentos em branco, igualmente
parecidos com as folhas de papel que raramente rabisco, a primavera e o outono
na sua completa Repetição de flores e frio, me possibilitou fazer as minhas
poesias intercaladas dentro de suas harmonias, foram àquelas flores sobre a
chuva que me deram a inspiração que eu tanto queria; esta é a minha terceira
obra prima, expressa em um livro quase ambíguo, sem duvida ouso e dizer que
ele é muito romântico, de frases inteligentes, conflituoso, lascivo e encantador,
mais ao mesmo tempo possui características tempestuosas e muito tenebrosas,
os papeis em branco ai tingidos sobre cacos de vidros e a cinzas de um forno
velho, não me deixam desconfortável, porém fica ao cargo do leitor colori-los com
as suas interpretações contextuais, não se admirem caso vocês amigos leitores,
se por acaso alguns de vos, encontrar seus pedaços sentimentais nas entrelinhas
desta vida de papel, escondidas por entre as orelhas deste livro, colidindo com a
forma e o pensar de alguns, por favor não se aflija, apenas goze o ato de lê-lo,
consumam meus pensamentos como a quem bebe vinho, aconselho que se deve
manter o estado de embriaguez lírico de seus corpos, os que se entendem em
envolvimentos tenaz, calem-se em seu sono febril, neste caso caros amigos antes
que se embriaguem com o que vão ler bebam um bom e velho vinho primeiro,
depois divirtam-se.
Roosevelt F Abrantes
53

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Apenas sobre os meus cacos e restos de vidros(poesia)

  • 1. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Apenas Sobre os Meus Cacos e Restos Vidros Rusgat Niccus 2002 1
  • 2. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “O meu caminho sem você, era como todos os outros, sem você por lá, eu via apenas terra, mais terras, pedras, outras pedras, uma estrada, algumas de asfaltos, outras de terra batida, outras feitas pedra, outras de terra, um vazio e nada mais, assim era o meu caminho sem você, um caminho e meio e nada mais...” Diegho Courtenbitter 2
  • 3. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Livro: Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Ano: 2002 Autor: Rusgat Niccus Gênero: Poesia Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes Editora: Publicação Independente Coletânea: Rusgat Niccus Contatos: End.: Rua das Palmeiras , n° 09 Residencial Parque das Palmeiras Vila Embratel – São Luis - Maranhão Cep.: 65081-494 – São Luis – Ma País.: Brasil / Região.: Nordeste Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8507-1326 WhatSapp.: (98) 9 9907-9243 E-mail.: roosevelt_abrantes@hotmail.com Redes Sociais: Facebook.: Roosevelt F. Abrantes Twitter.: @rooseveltabrant Linkendin.: Roosevelt F. Abrantes Instagran.: rooseveltfabrantes Hotmail.: rusgat_niccus@hotmail.com Site.: Rusgat Niccus 3
  • 4. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “As minhas temporas soerguem em tuas mãos tremulas, o meu amor padeçe sem a tua direção, o teu amor caotico me adoece, retira de mim aqueles pensamentos lascivios, aonde escondes a real ternura do seu amor, faça em mim dias de sol em meu leito, e quando enfim morrer, escreve em mim, se assim for, enfim amou com força um raio de sol no anonimato de minha dor, aquela que se chamava flor...” Diegho Courtenbitter 4
  • 5. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Prefacio Os atuais rumos da historia da espécie humana coloca a poesia como ator coadjuvante do pensamento critico de nossa sociedade, ou mesmo a excluir de seu papel de formador de opinião, a poesia neste nicho parece ter outra conotação, conduz a idéia de que esta possui uma responsabilidade relapsa, um compromisso desnecessário, uma missão sem objetivos, uma utilidade dispensável; o mundo no entanto, em sua fase contemporânea que apesar de ter percorrido as suas inúmeras mudanças sociais, em vez de agrega esta ferramenta tão importante, resolveu excretá-la, destituí-la de sua função, alguns escritores modernista, suplantaram a idéia que o exercício desta arte no mundo digitalizado não teria qualquer viabilidade, seu consumo seria desnecessário, principalmente onde a rapidez das informações acabaria por descartá-la, justamente pelo fato que as pessoas desprovidas de tempo, não parariam o mundo para entender as suas mensagens em as entrelinhas subliminares de um texto poético. Todos querem informações rápidas, curtas e de fácil compreensão, mas o quadro real e que muitos intelectuais esqueceram e que a poesia nos prestigiou com diversos favores, e que os poetas emprestaram ao sentimento do homem o entendimento de si mesmos, a poesia infelizmente é enxergada atualmente como um livro desatualizado e sem serventia, mais o que se percebe no uso do convívio popular, e que as mensagens instantâneas, paginas eletrônicas de sites, redes sócias, torpedos enviados por celulares e inúmeras outras portas virtuais, só ampliaram o leque do universo da poesia, o que realmente está acontecendo é que o mundo virtual apenas modulou os novos poetas a criarem seus textos em um canal de superexposição de proporções gigantesca, sendo alvo de uma visão critica e mais poderosa, que traz tanto redenção como condenação quase que instantânea, no meu ponto de vista os torpedos viraram poesia e a poesia virou instantaneamente algo virtual, os torpedos na comunicação do sentimento se tornaram algo excepcional, é claro que os textos curtos não são mais vistos como antigamente, não têm mais a expressão romântica do passado, a tecnologia não encarcerou a arte, pelo contrario a popularizou, mesmo que sofrendo modificações em suas estruturas, mais ainda assim é e sempre será poesia uma extensão da arte. O que se precisa no mundo atual, em vez de condenarmos á extinção uma velha ferramenta de expressão social, é tentar renová-la, recriá-la, dando-lhe um novo sentido, um novo aspecto e importância para as gerações vindouras, de uma maneira ou de outra esta ferramenta tão singela sempre nos proporcionara uma releitura da vida, nos influenciando em nossa conotação para com a célula da existência, fazendo dos textos literários um novo campo, uma nova casa, um novo espaço a ser explorado e habitado, esta arte deve direcionar a humanidade para o caminho do entendimento, do esclarecimento, e o da expressão de nossos sentidos. Roosevelt F Abrantes 5
  • 6. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “Uma Locomotiva em Chamas” A vida É como um trem Desgovernado... Uma locomotiva Em chamas.... Descarrilando Em labaredas Completamente Turbulento.... E em alta velocidade Num astral vertiginal.... As plataformas esperam Uma imensidão de pessoas Que anseiam embarcar.... Uma vez embarcado Não há a mínima chance Para um desembarque.... Há vida naquela estação E morte naqueles vagões... Os trilhos retos Nunca se curvam Não existe Frenagem E a viajem e sempre Muito intranqüila.... Seu arquiteto Não os planejou Para este feito.... Não se sabe Nem do inicio Nem do fim Desta ferrovia.... Mas a plataforma Esta pronta e perfeita Cheia de rostos estranhos Que desejam embarcar.... 6
  • 7. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Uma vez dentro Destes vagões O trem simplesmente Não para, não cessa ... Pois o dono da ferrovia Não implantou freios Esperando que os Viajantes ignorem Este caractere sem Muita função... Enquanto o trem correr A entrada fica Cada vez menor E o fim enorme De repente.... Eu o vejo sinceramente Como um trem fantasma Ou como um trem comum Um trem repleto de pessoas... Que nunca sabem O que querem Nem mesmo Para onde querem ir... Algumas querem Um trem para As estrelas... Dentro de um Túnel sem odor.... Mais nada disso Importa... Nada disso tem Coesão... Viajar sozinho Ou acompanhado... Não importa com Com quem Ou com quantas Pessoas nos 7
  • 8. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Fazem este passeio.... Afinal, no final Não se sabe Quando acaba Esta viagem.... E mesmo Incrível O trem Que sair A meia noite.... Sem destino certo Sem rumo a tomar.... Dormir ou acordar Realidade ou sonho No fim se estamos Certo ou errados Ninguém sair sai vivo Destes trens desgovernado.... “Sozinho” Um salto no vazio É quase morrer... Não ter alguém Para amar É o mesmo Que não viver... Entre quase viver E viver de verdade É preferível viver Em risco completo de vida Sobre a linha e a navalha... Queria poder dizer Enfim a sós... Mas minha vida Me propôs somente Em ficar sozinho Eu e o meu algoz... 8
  • 9. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “Sala de estar” Antes havia aqui Um radio na minha sala Zoava o silencio da minha Mente mórbida... Um ventilador carente Soava frios os seus ventos Na minha direção... As paredes pareciam Ora me proteger Ora me sufocar.... Sobre furos e quadros Pintados sobre mãos Estranhas, esganavam As minhas visagens Esganavam principalmente As minhas imagens e os sons Da tela do meu televisor... Um DVD danificado Constrangia aquele Pequenino rack... Que às vezes Era de madeira Outras, no entanto Era de marfim.... O telhado recobria Os meus sofás Meio azuis Que há muito descansei A minha carcaça tênue.... Uma vez ou outra reparava Que as teias de aranhas Não enfeavam Só as minhas paredes E os meus tetos.... Minha mente E os meus hábitos Estavam sobre Cacos e vidros 9
  • 10. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Revirados no Cárcere de minha Alma débil E nula.... “Completamente Debilitado” Eu sei que você Vive se aproveitando De nós dois... Nossos pulsos amarados Com uma corda barata Prever tanto a minha Quanto as suas fragilidades Todas usadas contra mim... Você e o seu descuido Põem em risco um amor Quase débil e anacrônico... Meu corpo esta totalmente Fragmentado, debilitado Nas juras de um amor Que te favorecia... Queira eu curar Estas dores Intermináveis Que se alojaram Nas minhas Febris e congeladas Costas, uma dor Que parece não ter fim.... Ora e outra eu as escuto Estalar, quebrantasse As dores físicas São realmente Um algoz com Vários chicotes.... Mas a dor crônica Que tenho no meu Lado esquerdo do peito 10
  • 11. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Alem de ferir-me Acorrenta-me Despedaça-me-i-a Ao longo da minha Trajetória de vida... Será que existe Dor pior... Talvez a dor do abandono A dor de não receber O mesmo amor que Você doou... A dor de vê-la Nos braços de outro A dor de querer Não querendo.... Mas caminha não Significa apenas Dar alguns passos.... Um dia tenho certeza Serei eu que me aproveitarei De você..... “Sexo Explicito” Gosto da maneira Que você me cheira... Sinto-me seguro Quando as minhas Mãos são amaradas Assim tão fortes Pelo seu desejo De ter desejos Comigo......... Gosto do jeito Você me pega.... Arde-me um fogo Intenso de lhe ferir Os seus seios róseos Depois de tê-los lambidos 11
  • 12. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Freneticamente sobre Aquela sua blusa azul Em estado de frenesi.... Adoro o seu jeito Com que entras Em mim.......... A minha língua seca Enche d´gua quando Navego sobre sua vulva Bem vermelha Molhada de prazer.... A sua boca é perfeita Eu quero que você Me engula... me cuspa... Me sugue... me devore.... E que com carinho Coloque-me Garganta a baixo Ate sufocar...... Quero esta Em todo lugar Que você for.... Fazer com você O que você quer No elevador No avião No seu colchão.... Adoro o jeito Que você Faz sexo Comigo.... Não tem hora Nem lugar certo Cavalga comigo Lati pra mim Estou por cima Depois por baixo... 12
  • 13. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Se lhe agrado Ou ignoro Não sei Ao certo Explicitar.... “Palavras que não dizem nada” Uma poesia Repleta de palavras Que não dizem nada... Sentado solitariamente Com a cara virada Para aquela parede muda... São apenas palavras Que não dizem nada... São apenas fumaça O que virou o teu Sorriso murcho... Só ainda hoje Por meia hora Eu queria te ter Só pra mim... Como um vaso vazio Ou uma rosa despetalada Esquecida sobre sua janela.... Ainda assim sua Querendo ser Cheirada.... “Amor que Manipula o Sexo” Como citou Um velho E distinto Amigo meu O amor pode ate Ser cômico.... 13
  • 14. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Mais o sexo Age com seriedade Custa recompensar... O amor costuma Ser mesmo Uma lastima..... Sexo é mesmo Na verdade um Mosaico de aço..... Quais as possibilidades De entra em um transe Completamente lúcido.... Entra um em transe Que viabilize um estado Intenso de trabalho De gozo eterno..... Este ato inteiro Em si lembra As estrofes De uma poesia gutural... De trabalho de gozo Quase multilateral...... O amor quase se parece Como uma prosa No fim de uma tarde Sem o sol poente.... Tenho como dialogar Com esse êxtase Dentro e sobre mim Como contra lutar.... O meu estado critico Refuta a um frenesi Narcisista e curta..... Certa vez este Bom e velho amigo Achou que o texto Café com pão 14
  • 15. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros De Manuel Bandeira Tinha tudo haver Com sacanagem E corpos em frenesi.... Relação a sexo e ao amor Misturadas com a prosa E própria a poesia.... Sugerir que tomássemos Vinho tinto e seco Em compassos virginais..... Imaginem o trem na estação Com a sua fornalha E sua sonoridade Mais o recitar do poeta... Um entra e sai de palavras Um entra e sair desgovernado De emoções, de erupções De vaginas e pênis.... Interrupções de gramática De assonâncias, de pleonasmos.... Que mais se assemelha Aos atos libidinosos..... Café com pão Ou galinha assada O que mais mata A fome de um homem.... Percebo um trem Um trem desgovernado E completamente Em chamas longitudinais Repleto de genitálias Em ritmo frenético Um golpear de alucinações Rápidas e tênues...... Quentes como o fogo Como as chamas dos infernos Que mais se parecem Bola de bilhar..... 15
  • 16. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Raparigas sozinhas Naquele asfalto Toma meu raciocinar Num ligeiro vacilar Como a que vem De uma bebedeira.... Surte efeito Como aquém Usa drogas alucinógenas Não quero rapariga alguma Ainda mais neste momento.... Vir nas mentes De duas virgens Sendo defloradas A força.... O lampejo de sua agonia Tímida e vil.... O sexo se mantém Como um quadro Que todos Querem observar.... Depois querendo tê-lo Mais sem entender O motivo de possuí-lo Muitos o perdem Se ao menos ejacular... Mais só depois De ter olhado muito O que perderam E perceberem Que aquele Estranho quadro Podem representar O amor, o amor purista.... Porem respira-se isso Como uma longa E estreita conversa Como a quem prosa Um dos versos De Guimarães rosa Feita sobre medida Para encantar, alentar 16
  • 17. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros O olhar do espectador.... No entanto a algo similar... Entre estas duas vertentes Soar a Maquiavel Qual o verdadeiro mistério Que esta subliminar Entre o amor e o sexo.... Por que este mistério Ofuscam-nos tanto.... O que dizem É que o amor E o sexo está junto.... Ambas realmente Estão andando próximas São semelhantes.... Mais seus significados Não são ainda audíveis.... Vez ou outra Se completa E uma vez juntas Tornam-se inseparáveis Separando e dividindo Os corações mais tímidos.... Coagulando os mártires Que por causa dela Deixou varias Vidas sem vida alguma..... “Dançando com Ninfas” Por mil demônios Há dias que não Vejo a ela.... Pela luz transpasso As escuras trevas 17
  • 18. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Um ofusca Outra me espera..... A tristeza que parece Querer me falecer Com tanta pressa.... Os ritmos miocárdios De amor que deixei Naquela janela crepita..... Eu que por muitas vezes Andei culpando-a Colocando outrora No lugar que doravante Era de outra ninfa Um pouco rude Mais mesmo assim bela.... Antes que eu morra Se não a tiveras Por meio da força Calarei o meu biltre Carpe diem.... Sim sei que a perdi Mais seu sentimento Por direito ainda Julgo ser meu..... Mesmo vendo o desprezo Da minha pobre virgem Com um coração Envolvido, incrustado Com aços e pedras.... Por mil demônios Ela há de ser minha Que mil raios se rasguem Naqueles céus de chuva..... Nem mil virgens me querendo Consolaria o meu pobre peito Sedento de gozo a ela.... Eu jamais ousaria Usurpar o desejo de amá-la... 18
  • 19. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Aquela pequena Margarida desfolhada Ainda ascende o meu voar.... No entanto eu ainda Prefiro o vil sofre O cárcere do meu sonho Sem ser seu Ainda pertenço a ela... Provocarei os terremotos Que por gosto me convir Abrirei clareira nas matas Que o homem jamais viu.... Saquearei os corações Das jovens que assim Dispuseram-se a mim.... Enquanto espero Aguardando a decisão Que por ventura sugerir..... Vou Provocar Enormes tsunames Mesmo que a era glacial Nos congele os pulmões..... Mesmo que os rios do Nilo Do Mississipi e da Amazônia Nos falte para mata a sede Da minha infame garganta.... Os seus oásis Que geram Sede e nevoa Abrem crateras Nos corações Mais rasos.... Eu no entanto Tenho certeza Eu hei de ser dela.... 19
  • 20. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “Bombas vazias” No meio daquela multidão Sobraram restos de consciência Há milhares de cabeças repetidas... Carros e motos da policia Tentam desarmar sorrateiramente Aquela bomba, aquela trama..... Do lado de muitas bicicletas Ao lado de inúmeros bancos Cheias de escolas primarias Cobertas com os seus museus Que simplesmente não fala nada... Há mentes chuviscadas Entre outras varias co-iguais Cheias de nada, rabiscadas..... Com corpos pulando Freneticamente afins Na frente da televisão Mentes programas Mentes simultâneas.... Registradas para um fim Uma possível coalizão Uma deterioração niilista.... Cheias de crenças inúteis Mecanicamente ignorantes Oscilam entre dois ternos Quase singularmente ético De ser de quem quer o ter.... Alguns até preferem Viver na penumbra Dançando com lobos O ritmo frenesi dos canhões... Esquecendo os tiros com fuzis Trama vivenciada do vicio Na aquarela intrusa do ócio Duplicidade que só os órfãos tem... 20
  • 21. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros É no enlouquecer eterno Que produzem as sinas De quem foi um dia mãe Mãe de um desastre biltre... Lembre-se do que é real Fuja das coisas casuais... Não comporte-se Como as toupeiras.... Possua dentro de você Uma mente desigual.... Há milhares de crânios Exatamente iguais Completamente vazias Repleta de ratos malhados Corroídas pelos joelhos.... Enclausuradas na mesmice De dias completamente iguais.... “Saudades Minha São Luis” Por ventura estava cintilante Terra de imensas palmeiras Dos viris poetas caboclos Chão de muitos homens fortes.... Daqueles que de vê-los Não tem na veia o fracasso Não abrem mão da luta.... Ai das mulheres atrevidas Que se fazem de fingidas... E dos que maltratam Esta prosa de terra Que vivem a enchem Seus bigodes rasos Com a dor e o suor Dos mais humildes... Os seus bolsos gélidos Acumula o poder Que tem sobre 21
  • 22. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Os pobres ébrios Da ganância árdua Que vem de ares Cruel deus das guerras... Corrompida juro eu Pelos bigodes finos Das idéias narcisistas Em caldo regado De lama e tramas... Que controlam a vida E o ritmo dos nascidos Que nesta ilha finita Sobrevivem maltrapilhas Os que Fazem selo postal Corpos de raparigas... Velhaco decrépito Demônio das pinhas Vá de retro para trás Satanás de pinha... Deixa a minha cidade Deixa o meu lar santo Minha ilha mortífera Na mais completa paz Que quarenta anos atrás Ela possuía, ela ainda tinha... Deixa-a absorta, lontra Deixa-a frenesi, mutua Freneticamente lúcida Solta e revolucionaria... Não quero nada piegas Nem melindrosa demais Muito menos biltre... Há anos a vejo Em teu abandono De menino de rua No meio das praças Nas Baladas rítmicas Meio que clamado Praça dos Deodoros Ilha dos amores 22
  • 23. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Dos raggueiros Dos guerreiros.... Enfrente sempre ficou A rua dos grandes A da rua grande Sobre os braços Entreabertos e laicos Da rua do passeio... Na rua do sol Que não faz sol Congelam-se todos Sobre os prédios Da rua do giz... Que de longe inebriava A praça que devia ser A de muitos e de todos Que muitos a chamavam De a praça da alegria Ou seu semblante Só tem o descaso da tristeza... Que abandonada entristecia Ate os moradores que da rua Fazia uma enorme moradia... Dei adeus a praça do poeta Que dele sentia saudade Meu colega Gonçalves Dias O outro era Nauro Machado E de dia Aluisio de Azevedo... Aos viajantes Que de São Luis Indo embora Corria, corria Sorria , sorria Na direção inerte Daquele vento... Sem ver realmente Deixando para trás O que dentro sentia Uma dor de saudade Uma dor de boemia... 23
  • 24. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Adeus minha querida Parto para Recife Um dia Pernambuco Há de Abandona-me E de novo pra você Hei de correr sorrindo Para dentro de seus braços... Indo atrás do rio bacanga Não sorria, não sentia Que do pior revia o leme Não deixe que os bigodes Destrua-te a beleza derme Que é somente tua a sé.... Uma semente minha fica Para que um dia eu possa De te colhê-la um frio ramo... Que de noite toda ela Eu percebi, se contraia.... Esta vale mais que o ouro Mais que o meu infortúnio Infarto do meu miocárdio... Guarde com seus braços As saudades que de você Sair dela chorando.... Da semente fina e nobre Que deixei crescendo Mais um dia dela Voltarei um homem Um homem grande..... “Vidros despedaçados” Ela era dura como rocha Ressecada, fraturada, inerte Não se curvava diante dele.... Seu amor era obscuro Manipulava os seus ais.... 24
  • 25. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros O mês de maio ébrio Estava despedaçado Eram todos exatamente Quase muito iguais.... Despedaçava-se vidro Como a quem jogar dados Sobre a própria vida.... Feito um a cão feroz Tentava a qualquer custo Sentir a brisa das pedras Do mar de pedras lá embaixo.... No meio dos prédios Cobertos com concreto Meu rosto e só mais um... As faces do amor Não se explica Apenas se sentir Sugiro que minta..... Um tolo e a sua rudez Logo se separam da tez Martirizam minhas lagrimas Sabotam as suas vitórias Compilam o meu espírito.... Viver e fazer parte De um culto a si E ser demasiado E muito Pequena A sua essência magistral E Minúscula na grandiosidade Do poder de se sentir.... Vaidoso como sempre foi Rude as vezes como é o amor Mais claro como vidros Vidros despedaçados Não podem ser colados... 25
  • 26. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “Os Campos Congelados de Campinas” Há inúmeras Camadas de gelo Sobrepondo-se E adormecendo Meio que nulo E vagarosamente Tolo e ensurdecido..... Escorrega pelos Talos e os galhos A seiva das arvores Que brota o desgaste Das pálidas meninas.... Bane jaz podre a rebenta Sobre aqueles braços Todos ininterruptos De um ser qualquer Metido a mandriam Fanfarrão e inútil.... Bane jaz este frio vil e biltre Este que se faz onipotente.... Logra este vento frio e tardio O gelo frio sobre as folhas vãs... Que corta os dedos E que feri as narinas E as sangram de repente... Os dedos do curioso Do curioso amante Com as suas folhas Que se Congelam Durante a madruga... Beijam as volúpias Cristais embalsamados... Que de contar mentiras Fecha-se envergonhada São gélidas as mãos Das meninas amantes De tão brancas as veias 26
  • 27. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros O sangue se sobressalta... Como são verdes Os verdes capins Daquela campinas... Sei de um olhar Que se esgueira A perseguir o vigia O vigia que a dama Ele tanto cuida... Em meio á noite O amor se esconde Querendo alguém Que sempre o ame.... O orvalho molha As suas silhuetas Mas o nevoeiro Enfrente o asfalto Requenta o trajeto Incestuoso de fim De um fim de tarde... Pobre da minha alma Da minha miserável alma Que por você ainda chora... Congelam as minhas Pobres pálpebras As minhas secas Lagrimas viscerais... São tão verdejantes Os capins que brotam Deste chão tão tênue Como são os de campinas... Vira gelo o ar que sobra Vindo das bandas de campinas Sei que há capins verdes Neste imenso campo do sul... Sei das moças que ainda vertem de anis e azuis das moçoilas verdes 27
  • 28. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Verdes como as frutas Brancas como o orvalho Como aquela neblina tísica Como aquele nevoeiro mórbido... Que se espalham Que mata os corações Dos desavisados E congela o amor Dos apaixonados.... E comum sobre a estrada Ver as bocas frigidas A pele Ressecada Os olhos inebriantes De uma bela campinense... A friagem não lhes tira o brilho Não lhes rasga a carne frágil Rachadas do imenso frio de maio... Tão violentos como os ventos Que sobram durante a madruga Resvalado na pequena campina... Sobre a pele frágil Que se esparsa... Que se fragmenta Partindo como vidro Mesmo fino se agita Mesmo quieto se modela.... As mulheres deste chão Possuem uma pele pálida Atrevi-se a ser serias Com veias ébrias Que não se calam... Seus corpos no prazer Não podem produzir suor Que compensam os guris Em frenéticas astúcias triviais... E de suar o ar seco De seca a boca Dos mais molhados 28
  • 29. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros De rasga os verbos Mais coloquiais.... Campinas eu sei Dos seus diversos E lindos campos... Eu sei das suas mulheres Dos seus lindos escampados Que não se encontram Em nenhum vinhedo... Oh! Vinhedo sabe goza Dos mais belos vinhos Aos quais eu, já balbuciei Dos muitos nesta terra... Valinhos e as suas ruas gélidas Contornam e amam os campos Campos limpos de campinas Que se envolvem no vento frio Dos mais de mil campineiros... A rua luzitana me cantou Logrou-me com o seu charme Com a suas deusas de neve Branquinhas, leves, limpas.... Enxovalhado entre as capas Entre os rótulos de guaranás De frutas, gás, açúcar ..... “O Marco Zero de Recife” Marca no marco zero Marco em Olinda Marco em Guararapes Marco em Capivaribe Marco em Caruaru Marco em Garanhuns Marca no marco zero.......... As ruas de recife Possuem nomes Estranhos Estrambóticos 29
  • 30. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros A rua da moeda Que mais me lembra Na insistência Chamá-la de moela... O marco zero Uma praça Bem singela Disponibiliza Ver os gigantes Monumentos De Brennan Quebrando Bem ao fundo O mar cinzento Dos recifes.... Não é sempre Que vejo recifes Tão bonitos Mais ás vezes Tenho o privilegio De ficar a olhá-los Mesmo que de longe Defronte ao mar. Não pode ser Qualquer mar Mais o mar Daquela praia A de boa viagem... Prazeres também Tem uma bela praia Mais em nenhuma Das duas se pode Nem titubear, banhar Nem lograr, pestanejar Além do quebra mar... Mas quando vou lá Tento em vista Uma obra que só Ela pode brotar... Refiro-me arduamente As mulheres daqui 30
  • 31. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Que são monumentais Eloqüentemente ébrias Por viver, sentir viver... Talvez por isso Eu não marque Tanto onde estou Marco no marco zero..... Marca no marco zero Marco em Olinda Marco em Guararapes Marco em Capivaribe Marco em Caruaru Marco em Garanhuns Marca no marco zero Seu frevo nos anestesia Os bonecos altos de Olinda São sempre motivos de alegria... E os maracatus envaidassem Seus brincantes onerosamente Sinto cheiro de mandacaru.... Do fubá de milho quentinho E o ritmo do pé de serra arretado Dos pernambucanos tanajuras.... Seu folclore, sua cultura Difere-se, se mútua.... Nos alenta enquanto O a flauta de pífano Assobia em tom alto..... Marca no marco zero Marco em Olinda Marco em Guararapes Marco em Capivaribe Marco em Caruaru Marco em Garanhuns Marca no marco zero........ 31
  • 32. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros “Amor Plastificado” E como envolver O próprio coração Sobre uma redoma De vidro fragilizado.... E como colocar O próprio coração Enfiado em um espeto Rechiado de nabos.... Envolta a plásticos E sopa de letrinhas Regurgitado por muitas Muitas crianças órfãs... E como ter e ver O coração rejeitado Enrustido, fragmentado.... “Os Ouriços do Mar no rio Grande do Norte” Contemplo as terras Do rio grande do norte... Por milhares de anos nos darem Os mais belos ouriços do mar... O mais sinceros de seus ouriços Cabem todas as conchas do mar... Como cabe o infinito Todo ele imerso no mar.... Cadê os meus ouriços Cadê os meus espinhos... Por onde andam os meus tentáculos Recostados, mergulhados e inertes... Quero abraçar Inúmeros navios Calejar o cais Destruir portos E afundar jangadas.... 32
  • 33. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Quero a fenda das esmeraldas Os cactos roxos dos oceanos... O berço mais fundo De qualquer beira Ou mesmo a eira Bem próximo a esgueira Nas profundezas inóspitas De um corpo celeste Dentro de dois oceanos... Ouriços das suas praias de sal Ouriços de suas praias de mar De um imenso sol De um eterno mar... Não vão mergulhar Longes de mim Não vá meu amor Pra esse imenso mar.... “Ruas Feitas de Giz” Do alto do mirante Em algum casario... Próximo ao cais Da praia grande.... Eu em inúmeras vezes Revivo-me no presente... As palmeiras imperiais Sombreia as luminárias.... As ruas transversais Em seu imenso cortejo... Abrigam segredos Que só os orvalhos Em sua pequenez Exalam perfumes Metodicamente vis.... 33
  • 34. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros As sacadas coloniais Antigas e imponentes.... Confluem no horizonte Mergulhado o solitário Os seus raios tremulantes De suas águas perenes Cheias de luzes mortas.... Enquanto a noite parece cair Um chuviscado tênue apaga Todos os meus desenhos tímidos Feitos de giz a beira do meio fio... O paralelepípedo translúcido É um imenso quartzo eterno Cheio de lembranças do passado... Reflete os amores e as aflições Dos pés dos mais românticos Que por ventura haviam se perdido.... Dentro dos corações nobres De donzelas Ludovisenses Na margem do século passado... Estas senhoras porém Nunca as vi exaustas... Pisar em corações calejados Não lhes parece um lamento.... Navegar nesta ilha de emoções Saudosa dos poetas desta terra... É querer atracar barcos de vela Em um mar agitado durante o verão... Destes de pinga tempestades De naufraga homens inteiros... No cais da praia grande Próximo ao mirante ermitão.... A rua inerte do giz rejeita-me Desvanece o amor que almejei... 34
  • 35. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Encarece sentido a essa cidade Que muito antes das oligarquias Era livre e suntuosa por excelência..... Não tinha pinche na minha rua A poeira não me causava dor.... Minha rua era toda feita de giz Empilhadas de meninos risonhos... Se possível tragam as meninas Todas de vestes e chapéus rosas... O desenho que fiz da minha cidade Continua no alto daquele mirante Bem no alto, na sacada de seu José Onde ele, eu e muitos outros amigos Imaginávamos ter inúmeras amantes.... “Corpos Desatentos” Não há cumplicidade Que nos deslumbra... Ou mesmo corpos que se entendam Ainda que se encontrem desatentos Os beijos apresados se atropelam Enquanto você me devora por dentro... Denuncias de inúmeros afetos Viram noticia na beira do cais... O boqueirão nos desafia Suspenso na praia grande Que um dia foi das Marias.... A minha alma se refaz Próximo ao seu leito.... Onde muitos moços Tornaram-se homens... Debaixo daquele veludo Ela relia, eu te encontro... 35
  • 36. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Completamente desnudos A messe da sorte e o do dia... Há quem queira de qualquer jeito Eu na espera, rejeitado me entrego... Como os romances nunca lidos Encaixotados sobre qualquer balcão Eu lacrava os seus prazos de validade... Na fabrica imunda o amor Tinha selo e data de saída Conferida pelos amantes Aceitos nos lotes de entrada Repleta de toda mordomia.... Próximo do correio central Eu relia o pedido na caixa... Nunca espere que eu Um enorme errante Ame-te minha querida Para o amor somos cobaias Jamais espere que alguém Possa te amar, se você enclausurada Pode amar este alguém primeiro.... “Carpen Dien” Dormir é como morrer Viver é está acordado É respirar pelos olhos É alimentar-se sem comer.... Quem muito dorme morre Desfalece os olhos aos poucos E sem que perceba fecha-se à vida As janelas tão comuns das almas... Assim como a própria vida O sol se apaga dentro do mar... A luz dar intensidade a vida Sobressaltada sobre os minutos... 36
  • 37. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Qual e a verdadeira fonte Que rejuvelhece a calmaria... Alegrando os corpos Dos mais imperativos Dos que se dizem Humanos altruístas.... Prefiro o mundo isolado Incomum dos autistas.... Viver todo dia a dia Como se fosse o ultimo É agarra todas lagrimas Que escorre dos olhos.... É mesmo medíocre a morte Onde os sonolentos abutres Distraídos abusão da sorte Consumidos pela embriagues Dos que anda a consorte... Com certeza a cama emadeirada Servira para todos os corpos...... Muitos dormiram com os pés Completamente descalçados Outros com os pés ávidos e limpos..... Alguns amarados pelos pulsos Outros beijados pelos calcanhares Ou pela sua admirável fronte vil... Não há escolhas mecânicas Neste mar de rolimãs frigidos Que nos livrem deste fardo Séqüito e Tenório da alma.... Nem remédio que cure Esta dor intermitente Dissoluta e branda....... Um mal talvez trivial Um descanso inerente Uma doença febril E de muita psicopatia.... 37
  • 38. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Sempre fui de muitas mulheres De dormir em variadas camas Envolvidos a cada esquinas Em novos e belos braços....... Muitas damas me querem Poucas porém me possuem... Prefiro a cama ávida de casal Do que a fria, febril e solitária Cama dos eternos solteiros.... Viver a realidade acordada Agrada-me muito mais.... Dormir um sono sonhado Dos que sonham vivendo Não me traz realização E nem me traz conforto... Viver é está muito sublime É está iníquo a eternidade.... Viver um carpem dien É viver cada mulher É saborear cada beijo É percebe-se vivo... É sentir todos os perfumes É degustar cada pele aromada É inflamar todos os desejos... Beijar, sorrir e viver São quase sinônimos É contrario de morrer É sentir a felicidade..... “A Teoria do Beijo” Sou quase tudo perto de você E quase nada quando acordo... Você é aproximadamente Tudo que eu jamais vir... 38
  • 39. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Você e o amor são essências Que eu ainda não entendo bem... Mas inquestionáveis Na compreensão...... Você! eu só posso sentir Mas não posso explicá-la... Você! uma vez e outra Tenta me entender..... Em outras oportunidades Eu já sei, você tenta me imitar.... Tenta ao Maximo me possuir Seqüestra a minha inocência.... Até tenta o impossível E conseguir me amar.... Você sem o meu amor é tudo Eu sem você, ainda sou o nada... Em um mundo em que tudo Vai se tornando um quase... Sentir amor sem ter você em mim É completamente sentir o nada..... Amor sem sexo, ainda é amor Sexo sem amor, não seria nada.... Um passaro próximo a uma flor É quase um beija flor................ Sua respiração colada a minha É quase uma dor de paixão..... Duas bocas pairadas Suspensas no ar....... Aniquila o ensejo É quase um beijo..... Sinto uma ligeira e talvez tímida Aperto de mãos sobre os dedos... 39
  • 40. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Se eu soubesse meu amor Que eram as suas mãos.... Eu simplesmente voaria até você Sem ter medo algum da queda Ou mesmo do abismo chão......... Não renegaria se por ventura meu amor Caíssemos do alto de qualquer nuvem.... Eu não lhe renegaria Um só único beijo... Se eu louco soubesse Que a boca que me toca Fora o seu lábio lânguido Perto da minha narina... Eu não hesitaria Em viver você.. Homens e as mulheres Iguais ou são diferentes... Eloqüentes sobre as formas nuas Dependentes de todos os beijos.... Não sou de pensar mal De mulher alguma....... Mas não há mulher no mundo Que resista a uma cena épica De um beijo bem dado ou roubado... Não há sentimento bem explorado Que não saia pelo céu da boca...... Não há mulher do universo Que não se corroa de inveja Ou consuma-se de ciúmes... Quando se vê desprezada Invisivelmente anulada Pelos olhares dos homens.... Elas sabem que é no beijo Que estão guardados 40
  • 41. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros As informações mais Intimas de cada homem.... Sabem que basta um único beijo Para terem a certeza que ele será Seu par perfeito e indissolúvel.... É no beijo que guardamos As informações mais íntimas De nossas vidas particulares... Traços de personalidade Rastros de sexualidade De comportamento social E de sentimento sócio afetivo.... Intrinsecamente ligados A um genoma lascivo Onde DNA do beijo É mas do que sacana.... E na troca de nossos beijos Que detectamos as informações Espécie de códigos digitais Do genoma amor, paixão Entrelaçados na nossa pele.... O amor guarda interiormente A subliminar manifestação Do nosso desejo animalesco.... E neste código binário Que estão as informações.... Necessárias para conhecermos Um ao outro em estado verdadeiro O verdadeiro estado do seu amor.... E no primeiro beijo por exemplo Que cada um de nós, saberá em noto Se a pessoa beijada é exatamente O que tanto procurávamos........... O beijo nos trará informações Extremamente importantes Sobre o sexo, o amor, a libido E sobre a vida sentimental 41
  • 42. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Da pessoa que se escolhe... Para amar melhor, basta beijar Para sentisse bem, basta tentar... O amor certamente carrega Diretrizes fundamentais..... Trás as suas digitais no beijo E é no beijo que positivamente Carrega o amor em forma de dna Selado e lacrado em seus códigos Sejam eles binários na forma De um simples e eloqüente beijo... “Homens são Profanos, Mulheres são Divinas” Homens são demoníacos Mulheres são divinas... Às vezes uma ou outra Despencam dos céus... Eles pelo extremo contrario Tentam escalar as montanhas... Homens fazem sexo Pensando neles mesmo... Mulheres fazem amor Por que querem se sentir Realizadas com esta pratica Com esse ato, com essa dádiva... Homens fazem muito sexo Pensando em outras mulheres... Mulheres pensam nos homens Mesmos que eles a chamem Pelo nome de outras mulheres... Eles se vestem, se perfumam Cortam os cabelos, lavam o carro Bebem cervejas em diversos bares Tudo para se mostrarem às mulheres... 42
  • 43. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros As mulheres fazem tudo isso E muito mais para se mostrarem Para outras inúmeras mulheres... Homens querem goza Mulheres querem sentir Um prazer frenesi......... Os homens beijam Mordendo os lábios Da sua fêmea.......... Mulheres dão beijinhos Acompanhados de pequenas E suculentas chupadas.......... Delicadas no canto da boca De seu único e preferido amor... Elas ficam contentes Em ter um único homem Um parceiro para amar... Eles preferem um time inteiro De mulheres lindas, jogando Uma boa partida de futebol Usando mini saias e shorts jeans.. De preferência existencial Em sua longa cama d´água Em um motel bem barato De qualquer rua da cidade... Mulheres querem sexo oral Homens preferem sexo anal... Eles a querem de quatro Elas os querem embaixo... Elas desejam um sussurro Ao pé de seu ouvido fino... Eles as querem esperneando Em gritos e doloridos ataques De dor, prazer, êxtase e gozo.... 43
  • 44. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Eles sempre elogiam A sua formidável bunda... Elas realmente preferem A sua boca carnuda....... Mulheres realmente São oriundas do Brasil... Os homens vieram de verdade do nordeste.. Elas reparam naquela Marca de batom No canto dobrado De sua camisa branca... Eles com certeza Não vão notar Caso você seja Morena e pintar O cabelo de loiro... Mulheres querem conversar Sobre o relacionamento atual... Ou comentar coisas do seu dia Enquanto estão fazendo amor.. Homens detestam esta iniciativa Nem prestaram a atenção devida Sobre o que elas andam dizendo.... Eles simplesmente em seu astral Quebram o gelo com um assunto Pedem logo uma lata de cerveja Ficam enfrente a sua televisão E esquecem que há minutos atrás Estavam fazendo aquele sexo trivial.... Homens são freudianamente práticos Mulheres são chatas marxistas dialéticas... Mulheres pedem com jeitinho Para fazer com amor e gostoso... 44
  • 45. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Homens são diretos e tênues Eles apenas abrem as suas pernas E convidam você para transar..... E ir logo para os finalmente Para as mulheres é um tédio Um fim em qualquer relação... Os homens às vezes São uma contradição Uma equação inexata... Do próprio senhor cosmo Uma intemperança do divino... Mulheres nasceram puras Elas sempre fazem amor... Mas a sua natureza as transforma Em vis eloqüentes demônios....... Causando verdadeiras catástrofes Derrubam imensas montanhas..... Elas convidam os homens Desde o jardim do éden A cometerem pecados Seja um aqui ou outra ali... Uns a chamam de sexo Outros a chamam de amor O que ou a que se direciona O desejo, a malicia ou a paixão Existentes nestes seres promíscuos... “Pensamentos Sacanas” Não há nada de mal Quando a Masturbação É um bem solicito...... Gratuito deveria ser em suma Todos os toques mais íntimos... Pensando eu, ele e você Ou mesmo uma multidão 45
  • 46. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Extremamente insanas Nas curvas e linhas da alma Das mulheres femininas...... Tenho sempre em mente Pensamentos sacanas.... Mesmo aqueles impróprios Que não são de minha dama... Vir outro dia nos olhos De um frenesi de menina Um trivial de beleza....... Ela com aquele ar de garotinha Já possuía seus vinte e três anos Mas ainda tinha cara de menina... Aquele pedaço De mau caminho Desencaminhando Os meus sentidos As nossas mãos Os meus pensares E os meus devaneios Mais que lascivos... Não há bem maior Mais agradável e tênue Do que jorra paixão... Exatos, meio quilo De esperma em uma Duas, três ou trezentas Revistas pornôs.......... Uma alegria inusitada De menino muito novo Lidas cada uma literalmente Mais com o sentido sacana De muitas de minhas palavras... Escrever sacanagem Com o seu próprio Pênis em estado ereto... 46
  • 47. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros E fazer das vaginas Solitárias um gutural De volúpias modernas... Uma festa a beira De uma lua nova.... Não há mal algum Neste nosso mundo Que não tenha no desejo Um pedaço entrelaçado De sexo e promiscuidade.... O melhor sentido do bom Do gostoso e agradável É Quando misturamos a alma As essências da malicia dos corpos.... Homens são muito previsíveis Quando eles estão pensando Naqueles enormes trazeiros Naqueles seios, e naquelas pernas... Persegui-nos a sórdida idéia Das mini saias, dos shorts jeans E das calças lycra apertadíssimas... É um ritual sex, quase sacro Mistura de profano e divino... Aquele corpanzil volumoso Grande, largo e muito suscito... Cheio e repleto de curvas De inúmeras imagens absurdas De um corpo que remete a um Egídio.... Eu sei que as noites de frio Tenha-lhe trago um algoz.... Aqueles pensamentos íngremes Todos eles, carregados de sordidez... Eu sei que aquela vizinha Extremamente gostosa Nocauteia-me rapidamente... 47
  • 48. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Aquela sua prima cheirosa Ou aquela desconhecida De traços bem picantes Mexe com a sua insanidade.... Sacanagem não tem idade Tezão é uma questão pratica Que junta devaneios lascivos... Quantas milhões de vezes Você andou transando voluptuoso Dentro de um micro segundo Com uma qualquer desconhecida... E de variadas formas possíveis Que sua mente nem conseguia Conte-se de tanta adrenalina.... Esses incríveis experimentos De cunho mental ou presencial Nos trazem um êxtase compulsivo... Nossas mentes criam Espaços novos, mágicos... Os motéis improvisados Pelo nosso pensamento Viram opções de prazer... Seja um elevador social Ou num lavabo publico Ou em um banheiro sujo De uma rodoviária local Ou mesmo em uma casa Abandonada e solitária.... Sentir o coração se apagar E acender instintivamente Nos revitaliza nas perdas De fôlegos que nos foram Rapidamente retiradas...... Sentir a cavidade da vulva Penetra até esgotasse inteiro Tremer o balançar de pernas... 48
  • 49. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Luzir beijos sufocantes Empinar duros desejos Ter muitos tezões sacanas Submetê-la as mais cruéis Fantasias insanas da mente... De você devo manter-me Calmo a espera do gozo Mulheres tentem goza...... Homens permitam este Enorme prazer a elas........ “Terras Quentes do Meu Piauí” O Deus como é quente Estas terras do meu Piauí... Se o inferno é mesmo aqui na terra Não deixe que ele se instale aqui... Mas quente que o rio de janeiro Que no verão chega aos 40 graus.... Nem seus rios caudalosos Nem o seu mar ou o seu delta Fazem esfriar o este chão... Oh! Deus dos deprimidos Como é quente aquele chão Quando do alto vê-se a paisagem Não parece-me tão quente Quando de baixo se anda Ninguém consegue fica contente... Como é difícil conter-se aquela sede De beber da água que as mulheres Do Piauí bebem e se molham... Se todas as mulheres forem Tão quentes como aquele chão Quem me dera ter uma bruta dessas Bem debaixo do meu cochão... Fim 49
  • 50. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Notas do Autor Este livro tende a surpreender o comportamento de alguns literatos, primeiro pela arte contextualizada que aplico, fator que disponibilizou uma corrida pessoal contra o mundo vigente e contemporâneo de alguns amigos e colegas letrados, que costumeiramente apoiavam um modo de escrever ditatorial da indústria moderna, sua influencia e toda baseada na lascívia, no erotismo, na construção do pensamento individualista, centrada no eu lírico competidor, fonte de inspiração e de duras controvérsias, sobre tudo pesa o forte apego de suas convivências sociais, entre elas o forte sistema capitalizado do século vinte, este estilo de vida baseado no consumo desregrado, deixou-lhe muitos traços em sua personalidade, algumas com um nível altíssimo de peculiaridade, isso deu um rumo definitivo em toda poesia aplicada dentro de seu contexto literário, onde o poeta excreta a irracionalidade do sistema em que vive através da palavra escrita e direcionada, seus textos exprimem uma completa neutralização de sua influencia caótica, não é por acaso que algumas de suas alíneas possuem um exagero em palavras irracionais, a sexualidade permeia a lógica do comportamento lascivo, construída por outros poetas no passado. O que se ver de diferente em seus escritos em primeiro plano é a estética rebuscada de seus poemas, segundo que nos redobra a atenção é como são construídas as estrofes e as rimas de cada poema e por ultimo e talvez a não mais inusitada característica, e de onde este autor busca as suas inspirações, as principais referencias são, os utensílios domésticos, objetos de uso de trabalho industrial, do campo e serviços, historias da vida sexual de pessoas de seu convívio, sobre os sentimentos refratários da paixão, vista pelo aspecto novo da vida urbana, que nos ligam essencialmente ao amor pervertido, pensamentos desordenados advindos da convivência urbana, além de momentos de muita reflexão após um dia ou varias noites de bebedeiras sobre um bar e outro, a importância deste gênero literário possui um diagnostico baseado na loucura de seus atos e nas experiências vividas ao longo de seu trajeto. Rusgat Niccus 50
  • 51. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Memorial Em memória de um amor Que ficou no passado Ao amor de minha vida... Ainda que este amor não seja Por mim publico como devia o ser Tanto a mim quanto a ela... Esteja aqui está declaração Em seu dignifico nome Oh! Minha amada bendita... E mesmo que ainda esteja No anonimato completo Meu amor por você Alecram Ainda continuara no espaço... Percorrendo o infinito Como o brilho de bilhões De estrelas mortas nos céus Que insistem em te focalizar... Isto sim meu amor É apenas amar-te.... 51
  • 52. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Agradecimentos A todos os meus amigos e colegas que leram este livro antes de sua impressão, que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas, que deram muitas sugestões para sua finalização, as vezes até compactuaram comigo em recitações ao ar livre na embriaguez da companhia de um bom e sóbrio vinho. Dedicado á Cauã Carvalho Abrantes 52
  • 53. Apenas sobre os Meus Cacos e Restos de Vidros Sobre o Autor Sua alma no universo imaginativo perambula, seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção desconhecida, inebria o coração dos mais atarraxados e vulgariza os de sensibilidade escassa, nascido em São Luis do Maranhão no dia 26 de fevereiro de 1981, sua vida literária foi marcada sempre pela paixão descomunal que possuía pela arte teatral, musical, cinematografia, artes plásticas e historia geral da humanidade, isso talvez explique sua fascinação eterna e magnética que este escritor tem pelos livros, desde muito novo teve amor pela escrita, ainda completamente apaixonado por esta arte se propôs inicialmente a escrever peças teatrais, pensamentos soltos, crônicas e por ultimo poesias, esta, no entanto é a sua grande e essencial maior paixão de sua vida. Este livro que ousei chamar de “Apenas sobres os meus Cacos e Restos de Vidros” apenas resumisse como as poesias podem tomar um lugar impar de destaque diante da escrita, posso concluir que este livro, tem seus escritos grafados literalmente sobre pensamentos em branco, igualmente parecidos com as folhas de papel que raramente rabisco, a primavera e o outono na sua completa Repetição de flores e frio, me possibilitou fazer as minhas poesias intercaladas dentro de suas harmonias, foram àquelas flores sobre a chuva que me deram a inspiração que eu tanto queria; esta é a minha terceira obra prima, expressa em um livro quase ambíguo, sem duvida ouso e dizer que ele é muito romântico, de frases inteligentes, conflituoso, lascivo e encantador, mais ao mesmo tempo possui características tempestuosas e muito tenebrosas, os papeis em branco ai tingidos sobre cacos de vidros e a cinzas de um forno velho, não me deixam desconfortável, porém fica ao cargo do leitor colori-los com as suas interpretações contextuais, não se admirem caso vocês amigos leitores, se por acaso alguns de vos, encontrar seus pedaços sentimentais nas entrelinhas desta vida de papel, escondidas por entre as orelhas deste livro, colidindo com a forma e o pensar de alguns, por favor não se aflija, apenas goze o ato de lê-lo, consumam meus pensamentos como a quem bebe vinho, aconselho que se deve manter o estado de embriaguez lírico de seus corpos, os que se entendem em envolvimentos tenaz, calem-se em seu sono febril, neste caso caros amigos antes que se embriaguem com o que vão ler bebam um bom e velho vinho primeiro, depois divirtam-se. Roosevelt F Abrantes 53