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ANÁLISE INTERNA RECURSOS DA EMPRESA
 Efectua-se relativamente aos recursos organização
- Engloba uma análise genérica de recursos e
capacidades e uma análise funcional (funções
empresariais)
- Existem três categorias básicas de recursos numa
empresa:
 Humanos (n° de trabalhadores, qualificações,
motivação,...)
 Financeiros (capitalização, endividamento,
liquidez,...)
 Organizacionais (sistemas de gestão, controlo de
gestão,...)
- Na análise funcional, é importante considerar,
principalmente, as áreas da produção, do marketing,
financeira e da organização em geral
AVALIAÇAO
Os recursos básicos da empresa devem ser avaliados
de acordo com as suas especificidades
Cont.
ECONOMIAS
Economias de escala - Custos médios diminuem com o
aumento da quantidade de produção
- Aumento da dimensão operacional reduz os custos
Economias de gama - Produção de um conjunto de
produtos por uma única empresa é feita de forma mais
eficiente do que a produção das mesmas quantidades
dos mesmos produtos por empresas diferentes
- Derivam do aproveitamento de sinergias entre
recursos ou actividades
Economias de experiência/escala dinâmicas
- Derivam da aprendizagem relacionada com o volume
de produção acumulada
Principais Modelos Estratégicos Utilizados
 A escolha da estratégia a adoptar não é
fácil nem de resultado assegurado
 Relembremos que um dado objectivo
pode ser atingido através de estratégias
distintas e que a mesma estratégia não
produz necessariamente sempre os
mesmos resultados (alterações
ambientais, características
diferenciadas das empresas)
MODELOS ESTRATÉGICOS MAIS UTILIZADOS
 Os modelos estratégicos mais
utilizados são os seguintes:
 Do Ciclo de Vida do Produto
 Matriz de Expansão Produto/Mercado
 Da Vantagem Competitiva
 Da Atitude face à Concorrência
 Existem outros modelos estratégicos
de aplicação menos generalizada e
mais complexa:
 Matriz BCG.
 Matriz A. D. Little (ADL)
 Matriz McKinsey
O modelo de Porter
MODELO DA VANTAGEM
COMPETITIVA –MICHAEL PORTER
CLASSIFICA AS ESTRATÉGIAS EM
FUNÇAO:
 Da vantagem competitiva perseguida
(custo/diferenciação)
 Da amplitude do mercado a que a empresa
se dirige (largo/estreito)
 Das cinco forças competitivas do mercado
MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA -
MICHAELPORTER
CINCO FORÇAS DETERMINAM O INTERESSE DE
QUALQUER SECTOR E A SUA RENTABILIDADE,
CONDICIONANDO OS PREÇOS, OS CUSTOS E O
NÍVEL DE INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS:
1. O grau de rivalidade da concorrência
2. O poder negocial dos fornecedores
3 O poder negocial dos clientes
4. A ameaça de novos concorrentes
5. A ameaça de produtos substitutos
MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA -
MICHAELPORTER
Existem três tipos de estratégias
possíveis:
A — Domínio concorrencial largo:
1. Estratégias baseadas em custos
2. Estratégias baseadas na diferenciação
B — Domínio concorrencial estreito:
3. Estratégias baseadas na focalização
Domínio concorrencial largo
 Estratégias baseadas em custos
Alcance do mais baixo nível de custos
possível, mediante a produção em larga
escala de produtos indiferenciados (liderança
global em custos)
 Estratégias baseadas na diferenciação
Especialização da empresa nalgum aspecto
que, perante os mercados de actuação, a
percepcione como única e que, como tal, seja
valorizado pelo mercado (diferenciação global)
Domínio concorrencial estreito
 Estratégias baseadas na focalização
- Concentração da empresa em
determinados segmentos de mercado,
onde possa desfrutar de alguma
vantagem competitiva, seja pelos custos,
seja pela diferenciação
- Pode revestir, por isso, duas “nuances”:
concentração com vantagens em custos
e concentração com diferenciação
MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA -
MICHAELPORTER
Concentração com vantagens em custos
 Pressupõe a escolha de um segmento pouco
exigente, com necessidades específicas; a
empresa opta por servir exclusivamente esse
segmento de mercado, de que se torna
especialista
Concentração com diferenciação
 Traduz-se numa aposta arriscada, concentrada
num segmento com necessidades sofisticadas,
através da criação de valor para o cliente que
justifique um preço necessariamente elevado
O modelo de Ygor Ansoff
MODELO DE EXPANSÃO PRODUTO /
MERCADO
 Revela-se particularmente adequado
quando objectivos estratégicos da
empresa são de expansão ou de
crescimento
 As estratégias possíveis são
classificadas em função do produto
oferecido (actual ou novo) e do
mercado de actuação (actual ou novo)
MODELO DE YGOR ANSOFF
MODELO DE YGOR ANSOFF
 Penetração no mercado
- A empresa procura ampliar as vendas dos
mesmos produtos para o mesmo mercado;
 Extensão do produto
- A empresa pretende vender novos produtos
para o mesmo mercado
 Extensão do mercado
- A empresa procura servir novos mercados
com os mesmos produtos;
 Diversificação
- A empresa procura introduzir novos produtos
em novos mercados
MODELO DE YGOR ANSOFF
 Penetração de mercados
- Aumento da participação, com os mesmos produtos, nos
mercados de actuação, através de um esforço de marketing
mais agressivo
 Extensão de mercados
- Procura de novas aplicações para os actuais produtos,
através da extensão a novos mercados, utilização de novos
canais de distribuição, comunicação em novos media,..
 Extensão de produtos
- Procura de novas aplicações para os actuais produtos,
através da extensão a novos mercados, utilização de novos
canais de distribuição, comunicação em novos media,...
 Diversificação
- Desenvolvimento simultâneo de novos produtos em novos
mercados, com abandono gradual do actual sistema central de
marketing (microambiente)
Outros modelos estratégicos
 MODELO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO
 O comportamento do mercado, a situação ambiental e a concorrência
mudam ao longo do tempo em que um dado produto é
comercializado
 Assim sendo, essas alterações condicionam tanto a concepção do
próprio produto como afectam o desenvolvimento da estratégia de
marketing
 Este modelo parte do princípio de que o prévio conhecimento dos
principais problemas que, de um modo geral, afectam o produto ao
longo da sua vida pode contribuir para um traçado mais correcto da
estratégia comercial
 É caracterizado por uma evolução crescente das vendas e dos
lucros, ao principio diminuindo posteriormente, de progressiva
 Este comportamento é ideal e corresponde a um produto
genericamente definido
MODELO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Considera que, à semelhança da vida
humana e em termos gerais, todo o produto
passa por quatro fases, ao longo do tempo
que permanece no mercado — o designado
ciclo de vida:
 Lançamento / Introdução
 Crescimento / Desenvolvimento
 Maturidade
 Declínio
CICLO DE VIDA DO PRODUTO
FASE DE LANÇAMENTO
Caracterização - o produto é desconhecido, pelo que importa desenvolver
esforços para o dar a conhecer aos consumidores e fazê-lo aceitar pelos
distribuidores
Objectivo - captar uma procura que é necessário caracterizar para tornar o
produto vendável
Ênfase - comunicação e distribuição
Comunicação - agir nos campos da publicidade e da promoção de vendas,
para:
- Divulgar o produto aos potenciais consumidores e induzir à sua compra;
- Fazer aceitar o produto pelos distribuidores, mediante preços especiais de
lançamento, distribuição de amostras,..
Distribuição - de tipo selectivo (número limitado de distribuidores
especializados)
Preço - quatro alternativas estratégicas possíveis, conforme a matriz seguinte
FASE DE CRESCIMENTO
Caracterização - rápida aceitação do produto pelo
mercado, grande crescimento das vendas, lucros elevados
pelos efeitos cumulativos da comunicação e da distribuição
Objectivo - manutenção e reforço da procura
Ênfase - distribuição, que passará progressivamente do
tipo selectivo ao extensivo; este esforço deve ser
conjugado com o da comunicação, que passará também
progressivamente a ser feita pelos distribuidores
Restantes variáveis - sem grandes alterações
FASE DE MATURIDADE
Caracterização - menor crescimento das vendas, que atingem o seu
nível máximo (procura de simples substituição); fase de maior duração
no tempo e de maiores problemas para o gestor do produto
Objectivo - manter o esforço de fidelidade à marca
Ênfase - o preço, cujas alterações se destinam a actuar sobre a
concorrência e a atrair novos segmentos de mercado
Distribuição - concessão de condições especiais a alguns distribuidores
para travar a concorrência
Comunicação - grande redução dos investimentos nesta área, havendo
acima de tudo um esforço de manutenção do mercado, nomeadamente
através da
publicidade
FASE DE MATURIDADE
Esta fase costuma subdividir-se em três
sub-fases:
 Maturidade inicial
 Maturidade sustentada ou de saturação
 Maturidade de pré-declínio
FASE DE MATURIDADE
 São possíveis várias estratégias para prolongar o ciclo de vida
do produto, que se podem resumir a dois tipos: Estratégias
centradas no produto e estratégias centradas no mercado
Centradas no produto
- Melhoria da qualidade
- Melhoria das características ou das prestações
- Mudança no design
Centradas no mercado
- Promover uma utilização mais frequente do produto entre os
clientes habituais
- Diversificar a utilização do produto entre os clientes habituais
- Alargar o uso do produto a novos utilizadores
- Encontrar novas utilizações para o produto
FASE DE DECLÍNIO
Caracterização - as vendas caem, o produto sofre as investidas de novos
e melhores produtos, que o vão substituindo, até que é tomada a decisão
de o retirar do mercado
Tarefas:
- identificar os produtos que se encontram nesta fase;
- determinar as estratégias de marketing em conformidade ou decidir o
abandono do produto
Estratégias a desenvolver:
Não modificar nada
Alterar a estratégia de marketing
- Concentração estratégica (canalizar todos os recursos para os mercados
e canais mais fortes e rentáveis)
- Estratégia de contracção (redução drástica das despesas de marketing)
Abandono do produto:
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Análise interna recursos empresa

  • 1. ANÁLISE INTERNA RECURSOS DA EMPRESA  Efectua-se relativamente aos recursos organização - Engloba uma análise genérica de recursos e capacidades e uma análise funcional (funções empresariais) - Existem três categorias básicas de recursos numa empresa:  Humanos (n° de trabalhadores, qualificações, motivação,...)  Financeiros (capitalização, endividamento, liquidez,...)  Organizacionais (sistemas de gestão, controlo de gestão,...) - Na análise funcional, é importante considerar, principalmente, as áreas da produção, do marketing, financeira e da organização em geral
  • 2. AVALIAÇAO Os recursos básicos da empresa devem ser avaliados de acordo com as suas especificidades
  • 4. ECONOMIAS Economias de escala - Custos médios diminuem com o aumento da quantidade de produção - Aumento da dimensão operacional reduz os custos Economias de gama - Produção de um conjunto de produtos por uma única empresa é feita de forma mais eficiente do que a produção das mesmas quantidades dos mesmos produtos por empresas diferentes - Derivam do aproveitamento de sinergias entre recursos ou actividades Economias de experiência/escala dinâmicas - Derivam da aprendizagem relacionada com o volume de produção acumulada
  • 5. Principais Modelos Estratégicos Utilizados  A escolha da estratégia a adoptar não é fácil nem de resultado assegurado  Relembremos que um dado objectivo pode ser atingido através de estratégias distintas e que a mesma estratégia não produz necessariamente sempre os mesmos resultados (alterações ambientais, características diferenciadas das empresas)
  • 6. MODELOS ESTRATÉGICOS MAIS UTILIZADOS  Os modelos estratégicos mais utilizados são os seguintes:  Do Ciclo de Vida do Produto  Matriz de Expansão Produto/Mercado  Da Vantagem Competitiva  Da Atitude face à Concorrência  Existem outros modelos estratégicos de aplicação menos generalizada e mais complexa:  Matriz BCG.  Matriz A. D. Little (ADL)  Matriz McKinsey
  • 7. O modelo de Porter MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA –MICHAEL PORTER CLASSIFICA AS ESTRATÉGIAS EM FUNÇAO:  Da vantagem competitiva perseguida (custo/diferenciação)  Da amplitude do mercado a que a empresa se dirige (largo/estreito)  Das cinco forças competitivas do mercado
  • 8. MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA - MICHAELPORTER CINCO FORÇAS DETERMINAM O INTERESSE DE QUALQUER SECTOR E A SUA RENTABILIDADE, CONDICIONANDO OS PREÇOS, OS CUSTOS E O NÍVEL DE INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS: 1. O grau de rivalidade da concorrência 2. O poder negocial dos fornecedores 3 O poder negocial dos clientes 4. A ameaça de novos concorrentes 5. A ameaça de produtos substitutos
  • 9. MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA - MICHAELPORTER Existem três tipos de estratégias possíveis: A — Domínio concorrencial largo: 1. Estratégias baseadas em custos 2. Estratégias baseadas na diferenciação B — Domínio concorrencial estreito: 3. Estratégias baseadas na focalização
  • 10. Domínio concorrencial largo  Estratégias baseadas em custos Alcance do mais baixo nível de custos possível, mediante a produção em larga escala de produtos indiferenciados (liderança global em custos)  Estratégias baseadas na diferenciação Especialização da empresa nalgum aspecto que, perante os mercados de actuação, a percepcione como única e que, como tal, seja valorizado pelo mercado (diferenciação global)
  • 11. Domínio concorrencial estreito  Estratégias baseadas na focalização - Concentração da empresa em determinados segmentos de mercado, onde possa desfrutar de alguma vantagem competitiva, seja pelos custos, seja pela diferenciação - Pode revestir, por isso, duas “nuances”: concentração com vantagens em custos e concentração com diferenciação
  • 12. MODELO DA VANTAGEM COMPETITIVA - MICHAELPORTER Concentração com vantagens em custos  Pressupõe a escolha de um segmento pouco exigente, com necessidades específicas; a empresa opta por servir exclusivamente esse segmento de mercado, de que se torna especialista Concentração com diferenciação  Traduz-se numa aposta arriscada, concentrada num segmento com necessidades sofisticadas, através da criação de valor para o cliente que justifique um preço necessariamente elevado
  • 13. O modelo de Ygor Ansoff MODELO DE EXPANSÃO PRODUTO / MERCADO  Revela-se particularmente adequado quando objectivos estratégicos da empresa são de expansão ou de crescimento  As estratégias possíveis são classificadas em função do produto oferecido (actual ou novo) e do mercado de actuação (actual ou novo)
  • 14. MODELO DE YGOR ANSOFF
  • 15. MODELO DE YGOR ANSOFF  Penetração no mercado - A empresa procura ampliar as vendas dos mesmos produtos para o mesmo mercado;  Extensão do produto - A empresa pretende vender novos produtos para o mesmo mercado  Extensão do mercado - A empresa procura servir novos mercados com os mesmos produtos;  Diversificação - A empresa procura introduzir novos produtos em novos mercados
  • 16. MODELO DE YGOR ANSOFF  Penetração de mercados - Aumento da participação, com os mesmos produtos, nos mercados de actuação, através de um esforço de marketing mais agressivo  Extensão de mercados - Procura de novas aplicações para os actuais produtos, através da extensão a novos mercados, utilização de novos canais de distribuição, comunicação em novos media,..  Extensão de produtos - Procura de novas aplicações para os actuais produtos, através da extensão a novos mercados, utilização de novos canais de distribuição, comunicação em novos media,...  Diversificação - Desenvolvimento simultâneo de novos produtos em novos mercados, com abandono gradual do actual sistema central de marketing (microambiente)
  • 17. Outros modelos estratégicos  MODELO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO  O comportamento do mercado, a situação ambiental e a concorrência mudam ao longo do tempo em que um dado produto é comercializado  Assim sendo, essas alterações condicionam tanto a concepção do próprio produto como afectam o desenvolvimento da estratégia de marketing  Este modelo parte do princípio de que o prévio conhecimento dos principais problemas que, de um modo geral, afectam o produto ao longo da sua vida pode contribuir para um traçado mais correcto da estratégia comercial  É caracterizado por uma evolução crescente das vendas e dos lucros, ao principio diminuindo posteriormente, de progressiva  Este comportamento é ideal e corresponde a um produto genericamente definido
  • 18. MODELO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO Considera que, à semelhança da vida humana e em termos gerais, todo o produto passa por quatro fases, ao longo do tempo que permanece no mercado — o designado ciclo de vida:  Lançamento / Introdução  Crescimento / Desenvolvimento  Maturidade  Declínio
  • 19. CICLO DE VIDA DO PRODUTO
  • 20. FASE DE LANÇAMENTO Caracterização - o produto é desconhecido, pelo que importa desenvolver esforços para o dar a conhecer aos consumidores e fazê-lo aceitar pelos distribuidores Objectivo - captar uma procura que é necessário caracterizar para tornar o produto vendável Ênfase - comunicação e distribuição Comunicação - agir nos campos da publicidade e da promoção de vendas, para: - Divulgar o produto aos potenciais consumidores e induzir à sua compra; - Fazer aceitar o produto pelos distribuidores, mediante preços especiais de lançamento, distribuição de amostras,.. Distribuição - de tipo selectivo (número limitado de distribuidores especializados) Preço - quatro alternativas estratégicas possíveis, conforme a matriz seguinte
  • 21. FASE DE CRESCIMENTO Caracterização - rápida aceitação do produto pelo mercado, grande crescimento das vendas, lucros elevados pelos efeitos cumulativos da comunicação e da distribuição Objectivo - manutenção e reforço da procura Ênfase - distribuição, que passará progressivamente do tipo selectivo ao extensivo; este esforço deve ser conjugado com o da comunicação, que passará também progressivamente a ser feita pelos distribuidores Restantes variáveis - sem grandes alterações
  • 22. FASE DE MATURIDADE Caracterização - menor crescimento das vendas, que atingem o seu nível máximo (procura de simples substituição); fase de maior duração no tempo e de maiores problemas para o gestor do produto Objectivo - manter o esforço de fidelidade à marca Ênfase - o preço, cujas alterações se destinam a actuar sobre a concorrência e a atrair novos segmentos de mercado Distribuição - concessão de condições especiais a alguns distribuidores para travar a concorrência Comunicação - grande redução dos investimentos nesta área, havendo acima de tudo um esforço de manutenção do mercado, nomeadamente através da publicidade
  • 23. FASE DE MATURIDADE Esta fase costuma subdividir-se em três sub-fases:  Maturidade inicial  Maturidade sustentada ou de saturação  Maturidade de pré-declínio
  • 24. FASE DE MATURIDADE  São possíveis várias estratégias para prolongar o ciclo de vida do produto, que se podem resumir a dois tipos: Estratégias centradas no produto e estratégias centradas no mercado Centradas no produto - Melhoria da qualidade - Melhoria das características ou das prestações - Mudança no design Centradas no mercado - Promover uma utilização mais frequente do produto entre os clientes habituais - Diversificar a utilização do produto entre os clientes habituais - Alargar o uso do produto a novos utilizadores - Encontrar novas utilizações para o produto
  • 25. FASE DE DECLÍNIO Caracterização - as vendas caem, o produto sofre as investidas de novos e melhores produtos, que o vão substituindo, até que é tomada a decisão de o retirar do mercado Tarefas: - identificar os produtos que se encontram nesta fase; - determinar as estratégias de marketing em conformidade ou decidir o abandono do produto Estratégias a desenvolver: Não modificar nada Alterar a estratégia de marketing - Concentração estratégica (canalizar todos os recursos para os mercados e canais mais fortes e rentáveis) - Estratégia de contracção (redução drástica das despesas de marketing) Abandono do produto: - Abandono completo, sem quaisquer benefícios para a empresa - Trespasse ou venda, realizando algum retorno