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Curso: Artes Visuais – Turma 4
            Disciplina: Arte e Sociedade
        Docente: Elke Pereira Coelho Santana
         Acadêmica: Daniela Farago de Lima




Análise crítica de uma obra de Andy Warhol




                     Londrina
                       2011
Análise crítica de uma obra de Andy Warhol


             Os Embreantes, texto de Anne Cauquelin, faz um paralelo entre a arte
moderna e contemporânea. Moderna no sentido de expressar o consumismo em
massa, característica do “movimento” e, contemporânea, pois as obras são “criadas
e expressas” através da comunicação.

             Um artista da época, que chama atenção e foi muito criticado por suas
obras é Andy Warhol. Fazendo uma comparação entre as obras e estilo de
Duchamp e de Warhol, Cauquelin afirma que em relação às obras de difícil acesso
de Marcel:



                                 “... a obra de Warhol é, em compensação, tão pública, e toma
                                 emprestado de maneira tão notória as vias e os meios da
                                 publicidade mercantil, que torna difícil a avaliação de sua
                                 contemporaneidade.”



             Isso mencionado faz-se pensar em que estilo este artista se enquadra: é
moderno ou contemporâneo? Suas obras são verdadeiras manifestações críticas do
mundo do consumismo, ao mesmo tempo, expostas nos meios de comunicação.
Assim, Anne define alguns termos que caracterizam Warhol:



                                 “Certamente, os termos que são em geral adotados a seu
                                 respeito são aqueles que caracterizam uma saciedade de
                                 consumo „moderna‟: máquina-ferramenta, sistema de
                                 publicidade, máquina de consumo. Suas séries, suas
                                 repetições estereotipadas de produtos de consumo, sua
                                 empresa (...) concebida como um verdadeiro consórcio, a
                                 declarações que as acompanham, em forma de slogans
                                 publicitários, tudo parece indicar que ele é o porta voz lúcido
                                 dessa sociedade de consumo”.



             Porta voz lúcido, pelo fato do artista saber o que move o consumismo
descontrolado do mundo moderno e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com a
publicação de suas obras (releituras estereotipadas) em diversos meios de
comunicação.
A citação de Anne é refletida na obra Cinco garrafas de Coca-Cola, 1962,
de Warhol, onde o artista busca expressar o consumo excessivo da sociedade,
através de um signo comum, algo conhecido e apreciado pela maioria das pessoas.
Assim, Andy se apropria de um objeto do cotidiano, ready-made onde “opõe a
repetição    em     série,   a    saturação      das    imagens      e   o    paradoxo      de    uma
despersonalização hiperpersonalizada” (Cauquelin 2005, p.110).




                                            Andy Warhol

 Cinco garrafas de Coca-Cola, 1962. Tinta de serigrafia sobre tinta pulmerizada sintética sobre tela /
                                          40,6 x 50,8 cm.




            Uma das marcas de Warhol é não utilizar espaços artísticos – galerias
entre outros – para expor suas obras, ele as publica nos espaços de comunicação,
de grande circulação, sem querer se preservar assim, se opondo a outros artistas da
época. Ele utiliza de serigrafia em suas obras, cores fortes, marcantes para causar
impacto nas pessoas. Observando esses preceitos do artista, Cauquelin diz que os
conceitos que regem a comunicação são:



                               “a rede, com a redundância e a saturação; o paradoxo, com o
                               bloqueio em torno de si mesmo; a auto-proclamação com o
                               nominalismo; a circulação dos signos dentro da rede sem autor
                               nem   receptor,   e   finalmente   o   totalitarismo,   com   a
                               internacionalização do sistema de comunicação”.




          Como é o impacto perante o público que importa em relação às suas
obras, Andy costuma retratar a morte em seus “projetos”, o que causa mais espanto
e intriga nas pessoas. Embora não seja este o tema da obra citada acima. O que
vem representado nesta obra seria o consumo excessivo da sociedade moderna.

          As obras de Warhol são críticas e, acima de tudo, inspiradas em objetos
comuns. Sua marca é simplesmente sua assinatura. Ao contrário de Duchamp, Andy
se expõe, sua assinatura é a obra em si, onde o signo Warhol marca uma série de
obras da comunicação. Suas produções são impessoais, pois, segundo Cauquelin,
em seu re-made não há criação, toque especial, nem transformação do objeto
escolhido, ele só é produzido em sua forma original e assinado, se tornando sua
obra nos meios de comunicação.

          Em relação à obra “Cinco garrafas de Coca-Cola”, penso que Warhol
procurou retratar e criticar o consumismo incontrolável da sociedade. Porém, o que o
artista pretendeu ao serigrafar garrafas vazias do refrigerante? Será que o objetivo
era mostrar a futilidade, o vazio interior em que as pessoas modernas possuem com
a obsessão pelo consumo? Mostrar que a época é repleta de pessoas insatisfeitas,
que buscam uma satisfação no descartável, no modismo?

          Essas e outras questões são o que moviam e promoviam as obras de
Warhol, deixando este artista de negócios mais prósperos em seus “investimentos”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.

Disponível em: http://6aarteband2101e6.blogspot.com/2010/11/liliana-no-21-andy-
warhol-biografia.html. Acesso em 24/10/2011.

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Andy warhol

  • 1. Curso: Artes Visuais – Turma 4 Disciplina: Arte e Sociedade Docente: Elke Pereira Coelho Santana Acadêmica: Daniela Farago de Lima Análise crítica de uma obra de Andy Warhol Londrina 2011
  • 2. Análise crítica de uma obra de Andy Warhol Os Embreantes, texto de Anne Cauquelin, faz um paralelo entre a arte moderna e contemporânea. Moderna no sentido de expressar o consumismo em massa, característica do “movimento” e, contemporânea, pois as obras são “criadas e expressas” através da comunicação. Um artista da época, que chama atenção e foi muito criticado por suas obras é Andy Warhol. Fazendo uma comparação entre as obras e estilo de Duchamp e de Warhol, Cauquelin afirma que em relação às obras de difícil acesso de Marcel: “... a obra de Warhol é, em compensação, tão pública, e toma emprestado de maneira tão notória as vias e os meios da publicidade mercantil, que torna difícil a avaliação de sua contemporaneidade.” Isso mencionado faz-se pensar em que estilo este artista se enquadra: é moderno ou contemporâneo? Suas obras são verdadeiras manifestações críticas do mundo do consumismo, ao mesmo tempo, expostas nos meios de comunicação. Assim, Anne define alguns termos que caracterizam Warhol: “Certamente, os termos que são em geral adotados a seu respeito são aqueles que caracterizam uma saciedade de consumo „moderna‟: máquina-ferramenta, sistema de publicidade, máquina de consumo. Suas séries, suas repetições estereotipadas de produtos de consumo, sua empresa (...) concebida como um verdadeiro consórcio, a declarações que as acompanham, em forma de slogans publicitários, tudo parece indicar que ele é o porta voz lúcido dessa sociedade de consumo”. Porta voz lúcido, pelo fato do artista saber o que move o consumismo descontrolado do mundo moderno e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com a publicação de suas obras (releituras estereotipadas) em diversos meios de comunicação.
  • 3. A citação de Anne é refletida na obra Cinco garrafas de Coca-Cola, 1962, de Warhol, onde o artista busca expressar o consumo excessivo da sociedade, através de um signo comum, algo conhecido e apreciado pela maioria das pessoas. Assim, Andy se apropria de um objeto do cotidiano, ready-made onde “opõe a repetição em série, a saturação das imagens e o paradoxo de uma despersonalização hiperpersonalizada” (Cauquelin 2005, p.110). Andy Warhol Cinco garrafas de Coca-Cola, 1962. Tinta de serigrafia sobre tinta pulmerizada sintética sobre tela / 40,6 x 50,8 cm. Uma das marcas de Warhol é não utilizar espaços artísticos – galerias entre outros – para expor suas obras, ele as publica nos espaços de comunicação, de grande circulação, sem querer se preservar assim, se opondo a outros artistas da
  • 4. época. Ele utiliza de serigrafia em suas obras, cores fortes, marcantes para causar impacto nas pessoas. Observando esses preceitos do artista, Cauquelin diz que os conceitos que regem a comunicação são: “a rede, com a redundância e a saturação; o paradoxo, com o bloqueio em torno de si mesmo; a auto-proclamação com o nominalismo; a circulação dos signos dentro da rede sem autor nem receptor, e finalmente o totalitarismo, com a internacionalização do sistema de comunicação”. Como é o impacto perante o público que importa em relação às suas obras, Andy costuma retratar a morte em seus “projetos”, o que causa mais espanto e intriga nas pessoas. Embora não seja este o tema da obra citada acima. O que vem representado nesta obra seria o consumo excessivo da sociedade moderna. As obras de Warhol são críticas e, acima de tudo, inspiradas em objetos comuns. Sua marca é simplesmente sua assinatura. Ao contrário de Duchamp, Andy se expõe, sua assinatura é a obra em si, onde o signo Warhol marca uma série de obras da comunicação. Suas produções são impessoais, pois, segundo Cauquelin, em seu re-made não há criação, toque especial, nem transformação do objeto escolhido, ele só é produzido em sua forma original e assinado, se tornando sua obra nos meios de comunicação. Em relação à obra “Cinco garrafas de Coca-Cola”, penso que Warhol procurou retratar e criticar o consumismo incontrolável da sociedade. Porém, o que o artista pretendeu ao serigrafar garrafas vazias do refrigerante? Será que o objetivo era mostrar a futilidade, o vazio interior em que as pessoas modernas possuem com a obsessão pelo consumo? Mostrar que a época é repleta de pessoas insatisfeitas, que buscam uma satisfação no descartável, no modismo? Essas e outras questões são o que moviam e promoviam as obras de Warhol, deixando este artista de negócios mais prósperos em seus “investimentos”.
  • 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Disponível em: http://6aarteband2101e6.blogspot.com/2010/11/liliana-no-21-andy- warhol-biografia.html. Acesso em 24/10/2011.