O documento discute o agronegócio da ovinocultura no Brasil. Ele destaca que a ovinocultura tem potencial de crescimento, mas ocorre de forma desordenada, concentrada em pequenas propriedades. Também enfatiza a necessidade de modelos associativos para que os pequenos produtores possam competir no mercado. Finalmente, discute aspectos da produção e comercialização de carne ovina no país.
Descrever o agronegócio no Brasil,
Os seguimentos de suas cadeias produtivas
A importância para o mercado consumidor com os principais produtos, fazendo uma perspectiva para o futuro do agronegócio Brasileiro.
A suinocultura brasileira possui 1,65 milhão de matrizes tecnificadas, produz 3,49 milhões de toneladas de carne por ano e é o 4o maior produtor e exportador mundial de carne suína. O Brasil possui mais de 40.000 produtores espalhados pelo país, com destaque para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Apresentação do agronegócio brasileiro senadora Kátia Abreu - português 05.08...Juliano Hoffmann
O documento descreve a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representa cerca de 5 milhões de produtores rurais brasileiros. A CNA defende os interesses do setor agropecuário e promove o desenvolvimento rural através de programas de treinamento e pesquisa. O documento também fornece estatísticas e projeções sobre a importância do agronegócio brasileiro.
O documento fornece uma introdução ao agronegócio, discutindo conceitos, características, divisões e histórico. Ele também aborda tendências, potencial e previsões para o setor no Brasil.
1) O documento analisa o abate de fêmeas no rebanho bovino de São Paulo e como isso afeta o ciclo pecuário e os preços da arroba bovina.
2) O abate de fêmeas serve como um indicador antecipado de períodos de falta ou excesso de animais para abate, influenciando os preços da arroba.
3) A produtividade baixa do rebanho brasileiro, com índices de rendimento, lotação e idade de abate menores que países desenvolvidos, contribui para o long
Frente aos desafios futuros, o agronegócio brasileiro está preparado para entregar o que dele se espera?
Marcos Jank
Presidente da Aliança Agro Ásia-Brasil (Asia-Brazil Agro Alliance – ABAA), que reúne as associações exportadoras do agronegócio brasileiro na Ásia, e fundador do Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE). Foi presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e vice-presidente da BRF Ásia-Pacífico. Atuou como professor associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP).
Roberto Rodrigues - UMA AGENDA PARA O AGRONEGÓCIO NO SÉCULO XXI.Revista Cafeicultura
O documento discute as tendências e desafios do agronegócio brasileiro no século 21. Apresenta dados sobre o crescimento da produção agrícola brasileira, discussões sobre sustentabilidade, tecnologia, investimento e programas sociais. Defende que o agronegócio precisa ser competitivo de forma sustentável.
Descrever o agronegócio no Brasil,
Os seguimentos de suas cadeias produtivas
A importância para o mercado consumidor com os principais produtos, fazendo uma perspectiva para o futuro do agronegócio Brasileiro.
A suinocultura brasileira possui 1,65 milhão de matrizes tecnificadas, produz 3,49 milhões de toneladas de carne por ano e é o 4o maior produtor e exportador mundial de carne suína. O Brasil possui mais de 40.000 produtores espalhados pelo país, com destaque para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Apresentação do agronegócio brasileiro senadora Kátia Abreu - português 05.08...Juliano Hoffmann
O documento descreve a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representa cerca de 5 milhões de produtores rurais brasileiros. A CNA defende os interesses do setor agropecuário e promove o desenvolvimento rural através de programas de treinamento e pesquisa. O documento também fornece estatísticas e projeções sobre a importância do agronegócio brasileiro.
O documento fornece uma introdução ao agronegócio, discutindo conceitos, características, divisões e histórico. Ele também aborda tendências, potencial e previsões para o setor no Brasil.
1) O documento analisa o abate de fêmeas no rebanho bovino de São Paulo e como isso afeta o ciclo pecuário e os preços da arroba bovina.
2) O abate de fêmeas serve como um indicador antecipado de períodos de falta ou excesso de animais para abate, influenciando os preços da arroba.
3) A produtividade baixa do rebanho brasileiro, com índices de rendimento, lotação e idade de abate menores que países desenvolvidos, contribui para o long
Frente aos desafios futuros, o agronegócio brasileiro está preparado para entregar o que dele se espera?
Marcos Jank
Presidente da Aliança Agro Ásia-Brasil (Asia-Brazil Agro Alliance – ABAA), que reúne as associações exportadoras do agronegócio brasileiro na Ásia, e fundador do Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE). Foi presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e vice-presidente da BRF Ásia-Pacífico. Atuou como professor associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP).
Roberto Rodrigues - UMA AGENDA PARA O AGRONEGÓCIO NO SÉCULO XXI.Revista Cafeicultura
O documento discute as tendências e desafios do agronegócio brasileiro no século 21. Apresenta dados sobre o crescimento da produção agrícola brasileira, discussões sobre sustentabilidade, tecnologia, investimento e programas sociais. Defende que o agronegócio precisa ser competitivo de forma sustentável.
Agrocafé Runos do Agronegócio Brasileiro - palestra Roberto RodriguesRevista Cafeicultura
O documento discute as perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2014. Apresenta o cenário internacional e nacional, com projeções de crescimento econômico e indicadores macroeconômicos. Destaca as vantagens comparativas do Brasil no setor, como tecnologia tropical, disponibilidade de terra e água. Por fim, analisa especificamente a safra de café, esperando-se uma colheita menor devido à estiagem, poda intensa e estresse das plantas.
Kátia Abreu apresentou dados que mostram a força agronegócio, que responde por 46% das exportações, 25% dos empregos e 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja, além de ser o maior exportador de etanol, carnes bovina e de frango.
1) O documento discute vários conceitos relacionados ao agronegócio, como cadeia produtiva, sistema agroindustrial, complexo agroindustrial e commodities.
2) Apresenta dados sobre a importância econômica do agronegócio no Brasil e sua participação nas exportações.
3) Discutem conceitos como agricultura familiar e estrutura fundiária no Brasil.
O documento discute a avicultura no Brasil, incluindo a produção de pintos de 1 dia, frangos de corte e galinhas poedeiras. Ele fornece estatísticas sobre a produção e exportação brasileira de carne de frango e ovos, mostrando que o Brasil é o maior produtor mundial de soja e o terceiro maior produtor de milho. O documento também analisa as séries históricas da produção avícola brasileira e de alguns estados-chave.
Projeções do Agronegócio 2014/2015 a 2024/2025Rural Pecuária
1. O documento apresenta projeções para o agronegócio brasileiro entre 2014/2015 a 2024/2025, considerando cenários de oferta, demanda e preços de commodities agrícolas.
2. As projeções indicam que os preços agrícolas devem permanecer abaixo da média histórica, porém acima dos níveis anteriores a 2007. Os preços da soja devem ser os mais altos.
3. O documento analisa as tendências de preços no Brasil para diversos produtos como grãos, carnes e
O documento discute as perspectivas das commodities agrícolas no mercado globalizado, apresentando dados sobre a produção e exportação de principais commodities brasileiras como soja, milho, carne bovina e suco de laranja. Apresenta projeções de oferta e demanda destes produtos até 2023, indicando expectativa de crescimento contínuo, principalmente nas exportações.
O documento apresenta projeções para a produção e consumo de alimentos mundial e brasileiro entre 2016-2026, destacando:
- Haverá um aumento significativo na demanda global por arroz, milho, soja, trigo, carne bovina e leite;
- O Brasil terá um papel importante no atendimento desse crescimento da demanda, com aumentos projetados de 16-48% na produção de grãos entre 2015-2026.
Inserção Internacional do Agronegócio BrasileiroVerônica Muccini
- O documento discute a inserção internacional do agronegócio brasileiro, apresentando seu conceito, histórico dos ciclos agrícolas no Brasil, dados recentes de comércio exterior e os principais importadores e exportadores. Também aborda as perspectivas e problemas para o Brasil.
O documento discute a transformação da agricultura brasileira desde os anos 1970, analisando as políticas agrícolas implementadas e seus resultados. Apesar de erros iniciais, como diagnósticos equivocados sobre a reforma agrária, as melhorias na agricultura coincidem com o fortalecimento institucional a partir de 1994, com democracia, freios e contrapesos no presidencialismo. Lições apontam que o desenvolvimento agrícola depende de intervenção governamental, mas é preciso assegurar que as políticas visem o bem maior de
Análise e Perspectivas para os mercados de arroz e soja set15Sistema FARSUL
Avaliação dos mercados de Arroz e Soja, nos níveis mundial e brasileiro, traçando cenários e perspectivas. Apresenta também os levantamentos de custos de produção da safra 2015 e orçamentação para safra 2016.
Alerta aos produtores brasileiros para os baixos preços da soja em dólares o que não está sendo percebido devido à apreciação da taxa de câmbio. Sugerimos que os produtores travem os preços de soja e taxa de câmbio para evitar riscos de preço muito elevados para a colheita de 2016
MAPA disponibiliza projeção do Agronegócio 2016/2026Rural Pecuária
O documento apresenta projeções para o agronegócio brasileiro entre 2015/2016 e 2025/2026, considerando variáveis como oferta, demanda, comércio e preços de commodities agrícolas. É uma atualização de estudo anterior do Ministério da Agricultura sobre tendências do setor e busca subsidiar políticas públicas. O cenário atual é de safra menor de grãos no Brasil em 2016, com alta nos preços agrícolas, devido a eventos climáticos.
O documento discute as principais políticas públicas e desafios que impactam o agronegócio brasileiro, incluindo a eficiência e produtividade, sanidade e qualidade, investimentos, carga tributária, infraestrutura de transporte, mudanças geográficas de produção, barreiras técnicas, sustentabilidade e marketing.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a edição 2012 do estudo Comércio Exterior da Agropecuária Brasileira: Principais Produtos e Mercados. A publicação foi elaborada pelo Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio (DPI) do Mapa - Canal Rural - RuralBR -
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 4º Levantamento - Dezembro 2018Luiz Valeriano
1. O documento apresenta o quarto levantamento da safra brasileira de café de 2018, com estimativas de área cultivada, produtividade e produção total.
2. A estimativa para a produção total de café em 2018 é de 61,7 milhões de sacas, um crescimento de 37,1% em relação à safra anterior.
3. Os principais estados produtores deverão ser Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, que deverão responder por mais de 50% da produção nacional.
Este documento apresenta os resultados da rede InterPIG sobre os custos de produção de suínos em diversos países em 2011. A rede envolve instituições de 15 países e tem como objetivos comparar índices técnicos, preços e custos entre os países para apoiar estudos de competitividade. São apresentados os coeficientes técnicos que caracterizam a produção nos países participantes, como produtividade, conversão alimentar e mão de obra.
Divulgação dos Indicadores Econômicos do Agronegócio gaúcho. Para conferir a análise completa, acesse http://goo.gl/xHHtj3
Data: 11/02/2016 - Local: FEE
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018Luiz Valeriano
1. Este relatório apresenta a segunda estimativa da safra brasileira de café de 2018, com previsão de produção de 58 milhões de sacas e crescimento de 29,1%.
2. As estimativas indicam aumento da produção de arábica para 44,3 milhões de sacas e de conilon para 13,7 milhões de sacas, devido ao ciclo de alta bienalidade e condições climáticas favoráveis.
3. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo devem liderar a produção n
Perspectivas Agrícolas no Brasil:desafios da agricultura brasileira 2015-2024Revista Cafeicultura
Este documento resume o capítulo sobre a agricultura brasileira no relatório "Perspectivas Agrícolas 2015-2024" da OCDE-FAO. O relatório analisa as perspectivas e desafios da agricultura brasileira na próxima década, projetando forte crescimento da produção impulsionado pela produtividade. Entre os desafios estão garantir que os avanços reduzam a pobreza e a desigualdade de forma sustentável.
O documento apresenta informações sobre autores de trabalhos publicados sobre o agronegócio brasileiro, fontes de dados utilizadas e fatos marcantes sobre o setor. Alguns pontos destacados são a expansão da demanda por alimentos, queda na taxa de natalidade e restrições de oferta de terra, concentração da produção agrícola, dominância da tecnologia e declínio do emprego no campo.
Agrocafé Runos do Agronegócio Brasileiro - palestra Roberto RodriguesRevista Cafeicultura
O documento discute as perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2014. Apresenta o cenário internacional e nacional, com projeções de crescimento econômico e indicadores macroeconômicos. Destaca as vantagens comparativas do Brasil no setor, como tecnologia tropical, disponibilidade de terra e água. Por fim, analisa especificamente a safra de café, esperando-se uma colheita menor devido à estiagem, poda intensa e estresse das plantas.
Kátia Abreu apresentou dados que mostram a força agronegócio, que responde por 46% das exportações, 25% dos empregos e 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja, além de ser o maior exportador de etanol, carnes bovina e de frango.
1) O documento discute vários conceitos relacionados ao agronegócio, como cadeia produtiva, sistema agroindustrial, complexo agroindustrial e commodities.
2) Apresenta dados sobre a importância econômica do agronegócio no Brasil e sua participação nas exportações.
3) Discutem conceitos como agricultura familiar e estrutura fundiária no Brasil.
O documento discute a avicultura no Brasil, incluindo a produção de pintos de 1 dia, frangos de corte e galinhas poedeiras. Ele fornece estatísticas sobre a produção e exportação brasileira de carne de frango e ovos, mostrando que o Brasil é o maior produtor mundial de soja e o terceiro maior produtor de milho. O documento também analisa as séries históricas da produção avícola brasileira e de alguns estados-chave.
Projeções do Agronegócio 2014/2015 a 2024/2025Rural Pecuária
1. O documento apresenta projeções para o agronegócio brasileiro entre 2014/2015 a 2024/2025, considerando cenários de oferta, demanda e preços de commodities agrícolas.
2. As projeções indicam que os preços agrícolas devem permanecer abaixo da média histórica, porém acima dos níveis anteriores a 2007. Os preços da soja devem ser os mais altos.
3. O documento analisa as tendências de preços no Brasil para diversos produtos como grãos, carnes e
O documento discute as perspectivas das commodities agrícolas no mercado globalizado, apresentando dados sobre a produção e exportação de principais commodities brasileiras como soja, milho, carne bovina e suco de laranja. Apresenta projeções de oferta e demanda destes produtos até 2023, indicando expectativa de crescimento contínuo, principalmente nas exportações.
O documento apresenta projeções para a produção e consumo de alimentos mundial e brasileiro entre 2016-2026, destacando:
- Haverá um aumento significativo na demanda global por arroz, milho, soja, trigo, carne bovina e leite;
- O Brasil terá um papel importante no atendimento desse crescimento da demanda, com aumentos projetados de 16-48% na produção de grãos entre 2015-2026.
Inserção Internacional do Agronegócio BrasileiroVerônica Muccini
- O documento discute a inserção internacional do agronegócio brasileiro, apresentando seu conceito, histórico dos ciclos agrícolas no Brasil, dados recentes de comércio exterior e os principais importadores e exportadores. Também aborda as perspectivas e problemas para o Brasil.
O documento discute a transformação da agricultura brasileira desde os anos 1970, analisando as políticas agrícolas implementadas e seus resultados. Apesar de erros iniciais, como diagnósticos equivocados sobre a reforma agrária, as melhorias na agricultura coincidem com o fortalecimento institucional a partir de 1994, com democracia, freios e contrapesos no presidencialismo. Lições apontam que o desenvolvimento agrícola depende de intervenção governamental, mas é preciso assegurar que as políticas visem o bem maior de
Análise e Perspectivas para os mercados de arroz e soja set15Sistema FARSUL
Avaliação dos mercados de Arroz e Soja, nos níveis mundial e brasileiro, traçando cenários e perspectivas. Apresenta também os levantamentos de custos de produção da safra 2015 e orçamentação para safra 2016.
Alerta aos produtores brasileiros para os baixos preços da soja em dólares o que não está sendo percebido devido à apreciação da taxa de câmbio. Sugerimos que os produtores travem os preços de soja e taxa de câmbio para evitar riscos de preço muito elevados para a colheita de 2016
MAPA disponibiliza projeção do Agronegócio 2016/2026Rural Pecuária
O documento apresenta projeções para o agronegócio brasileiro entre 2015/2016 e 2025/2026, considerando variáveis como oferta, demanda, comércio e preços de commodities agrícolas. É uma atualização de estudo anterior do Ministério da Agricultura sobre tendências do setor e busca subsidiar políticas públicas. O cenário atual é de safra menor de grãos no Brasil em 2016, com alta nos preços agrícolas, devido a eventos climáticos.
O documento discute as principais políticas públicas e desafios que impactam o agronegócio brasileiro, incluindo a eficiência e produtividade, sanidade e qualidade, investimentos, carga tributária, infraestrutura de transporte, mudanças geográficas de produção, barreiras técnicas, sustentabilidade e marketing.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a edição 2012 do estudo Comércio Exterior da Agropecuária Brasileira: Principais Produtos e Mercados. A publicação foi elaborada pelo Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio (DPI) do Mapa - Canal Rural - RuralBR -
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 4º Levantamento - Dezembro 2018Luiz Valeriano
1. O documento apresenta o quarto levantamento da safra brasileira de café de 2018, com estimativas de área cultivada, produtividade e produção total.
2. A estimativa para a produção total de café em 2018 é de 61,7 milhões de sacas, um crescimento de 37,1% em relação à safra anterior.
3. Os principais estados produtores deverão ser Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, que deverão responder por mais de 50% da produção nacional.
Este documento apresenta os resultados da rede InterPIG sobre os custos de produção de suínos em diversos países em 2011. A rede envolve instituições de 15 países e tem como objetivos comparar índices técnicos, preços e custos entre os países para apoiar estudos de competitividade. São apresentados os coeficientes técnicos que caracterizam a produção nos países participantes, como produtividade, conversão alimentar e mão de obra.
Divulgação dos Indicadores Econômicos do Agronegócio gaúcho. Para conferir a análise completa, acesse http://goo.gl/xHHtj3
Data: 11/02/2016 - Local: FEE
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018Luiz Valeriano
1. Este relatório apresenta a segunda estimativa da safra brasileira de café de 2018, com previsão de produção de 58 milhões de sacas e crescimento de 29,1%.
2. As estimativas indicam aumento da produção de arábica para 44,3 milhões de sacas e de conilon para 13,7 milhões de sacas, devido ao ciclo de alta bienalidade e condições climáticas favoráveis.
3. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo devem liderar a produção n
Perspectivas Agrícolas no Brasil:desafios da agricultura brasileira 2015-2024Revista Cafeicultura
Este documento resume o capítulo sobre a agricultura brasileira no relatório "Perspectivas Agrícolas 2015-2024" da OCDE-FAO. O relatório analisa as perspectivas e desafios da agricultura brasileira na próxima década, projetando forte crescimento da produção impulsionado pela produtividade. Entre os desafios estão garantir que os avanços reduzam a pobreza e a desigualdade de forma sustentável.
O documento apresenta informações sobre autores de trabalhos publicados sobre o agronegócio brasileiro, fontes de dados utilizadas e fatos marcantes sobre o setor. Alguns pontos destacados são a expansão da demanda por alimentos, queda na taxa de natalidade e restrições de oferta de terra, concentração da produção agrícola, dominância da tecnologia e declínio do emprego no campo.
O documento discute a importância da publicidade e propaganda na gestão estratégica de empresas para obtenção de resultados. Apresenta como as empresas precisam se comunicar eficazmente com o público para se diferenciar da concorrência e obter lucro. Também destaca que as empresas devem acompanhar as mudanças na sociedade para encontrar novas oportunidades de negócio.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando a educação e a necessidade de capacitação dos professores para utilizar ferramentas tecnológicas em sala de classe. Também reflete sobre como a tecnologia pode ser usada para promover situações de aprendizagem interativa e colaborativa.
1) O texto discute as tecnologias da informação e comunicação (TIC) e seu impacto na educação e aprendizagem. 2) Aprendizagem é um processo complexo de construção de conhecimento através da interação entre o sujeito e o objeto, segundo Piaget, e é influenciada pelo contexto social e cultural, de acordo com Vygotsky. 3) O uso de computadores na educação pode melhorar a aprendizagem através da colaboração entre pares e da construção de conhecimento dentro de ambientes computacionais.
O documento descreve um projeto para resgatar valores como paz, justiça e respeito entre estudantes. O projeto usa atividades como leituras, filmes e dinâmicas em grupo para ensinar estudantes sobre boa convivência e solução de conflitos de forma pacífica. O objetivo é criar um ambiente escolar agradável por meio do desenvolvimento de bons modos e compreensão mútua entre os alunos.
Flávio Coelho é um fotógrafo brasileiro nascido em 1967 que se formou em Arquitetura em 1990, mas nunca exerceu essa profissão. Ele é um fotógrafo autodidata que busca inspiração em ambientes domésticos e urbanos para fotos simples e ecléticas.
"A Força da Mídia em Articulação com a Voz do Paciente" - Sobre o Oncoguia e ...Oncoguia
O Instituto Oncoguia tem como missão promover o acesso à informação, prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer para acabar com o preconceito e sofrimento causado pela doença. Em 2011, mais de um milhão de pessoas tiveram acesso à informações de qualidade do Instituto e mais de 2000 pacientes tiveram suas dúvidas esclarecidas. O Instituto defende maior investimento no diagnóstico precoce e no tratamento de qualidade para os pacientes com câncer no Brasil.
O documento fornece informações sobre a missão, estratégias, gestão administrativa, infraestrutura, gestão técnica e gestão estratégica do Cereal Chocotec. Resume as seguintes informações essenciais: 1) A missão do Cereal Chocotec é pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de conhecimento para os setores de chocolate, balas e cereais; 2) A gestão técnica inclui linhas de pesquisa em desenvolvimento de produtos, engenharia de processos e propriedades físicas
O documento discute a história e evolução dos videogames, desde os primeiros jogos em 1947 até as gerações atuais de consoles. Ele explica como os videogames surgiram e foram se desenvolvendo ao longo dos anos, com diferentes gerações de consoles como Atari, NES, Super Nintendo, PlayStation e mais. Também descreve os principais profissionais envolvidos na produção de jogos, como programadores, artistas, testadores e diretores.
1) O documento descreve 17 brincadeiras tradicionais para crianças, incluindo jogos como adivinhação rimada, abobrinha, amarelinha e gatinha parda. 2) As brincadeiras variam em nível de atividade física, desde calmas até ativas, e envolvem elementos como objetos, contagem e perseguição. 3) Os jogos promovem habilidades motoras, linguísticas e sociais entre as crianças.
[1] O documento discute a importância da colaboração entre a escola, a família e a comunidade para promover o sucesso educativo das crianças.
[2] A teoria das esferas de influência argumenta que estas três instituições compartilham objetivos comuns e que uma maior colaboração entre elas é mais eficaz para atingir esses objetivos.
[3] A colaboração traz benefícios para os alunos, famílias e escola, incluindo melhores resultados escolares e maior motivação dos alunos.
O documento fornece informações sobre o Centro de Aprendizado Desportivo (CAD), incluindo sua estrutura, histórico, profissionais, turmas, objetivos, regras e contatos. O CAD atende cerca de 860 associados de 3 a 11 anos com atividades esportivas e de lazer.
O documento descreve os principais componentes internos de um computador, incluindo o processador, memória RAM e ROM, disco rígido, placas de expansão, barramento e periféricos de entrada e saída. Explica que o hardware constitui a parte física do computador enquanto o software refere-se aos programas.
Este documento fornece conselhos sobre como manter uma postura saudável e evitar problemas de saúde ao trabalhar em frente ao computador por longos períodos. Ele recomenda fazer pequenas mudanças na configuração do posto de trabalho, como ajustar a altura da cadeira e do monitor, e fazer exercícios de alongamento regularmente para descansar os músculos.
Los piojos se transmiten por contacto directo de cabeza a cabeza o indirecto a través de objetos personales. Para tratarlos, se aplica un champú de permetrina en el cabello y se peina para eliminar los huevos, repitiendo la aplicación a la semana. Es importante mantener una buena higiene del cabello para prevenirlos. Se debe consultar al servicio de urgencias si hay resistencia a tratamientos anteriores, lesiones cutáneas sin piojos, o presencia de alopecia.
DWF WP2: Apresentação Low Cust Lap Top Osvaldo MackenzieRon Burger
O documento discute os desafios atuais da educação, como a dispersão da atenção de estudantes urbanos com acesso à internet e a falta de acesso de estudantes rurais. Argumenta que apenas introduzir nova tecnologia não melhora a educação, sendo necessário mudar os processos educacionais. Questiona como preparar educadores e estudantes para um novo paradigma educacional que melhore a assimilação do conhecimento.
1) O documento apresenta um panorama atual do mercado brasileiro de suinocultura, coletando informações secundárias sobre a história, raças, regiões de criação, mercado, consumidor, produtos, cadeia produtiva e preços relacionados à suinocultura no Brasil.
2) Analisa a estrutura da indústria suinícola brasileira, identificando suas forças competitivas, e realiza uma análise PFOA do setor.
3) Discute tendências do mercado e ações para minimizar problemas
O documento discute a tendência das empresas brasileiras de proteína animal expandirem suas operações
globalmente para diversificar entre espécies e estar presentes nos principais mercados mundiais. Isso ocorre
devido à crescente demanda por proteínas animais e escassez de recursos naturais, tornando a carne bovina menos
eficiente em comparação com aves e suínos. Para ser uma empresa global sustentável, é necessário estar presente
nos 15 principais mercados que representam mais de 75% do comércio de cada espéc
Palestra apresentada na "Feira do Agronegócio", durante a realização da 23ª Festa do Frango de Pereiras - SP, dia 05 de junho de 2015. O palestrante Rafael Santos, zootecnista e chefe-executivo da CordeiroBIZ, levantou questionamentos sobre o desenvolvimento regional da ovinocultura e apontou soluções para os produtores se organizarem de forma sólida para atender o mercado.
El estado actual de la ganaderia nacional BrasilFAO
Presentación de Marcio Antonio Portocarrero, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, durante la IX Reunión de la CODEGALAC, Capítulo Cono Sur, realizada en Santiago de Chile el 11 al 12 de diciembre de 2007.
Este artigo analisa a produção da avicultura de corte na Agrosul Agroavícola no Rio Grande do Sul a partir da perspectiva da Nova Economia Institucional. A pesquisa observou os processos produtivos e transações da empresa para identificar as estruturas de governança estabelecidas. A agroavícola opera em uma cadeia produtiva importante com baixos custos de transação, e a verticalização está fortemente presente em muitas operações para reduzir custos.
O documento discute o mercado da carne bovina no Brasil. Apresenta como o Brasil se tornou o maior exportador mundial de carne bovina, apesar de enfrentar desafios como sanidade animal, rastreabilidade e qualidade do produto. Também destaca a necessidade de melhor integração entre produtores e indústrias para aumentar a qualidade e confiança no produto brasileiro.
1) O documento analisa as cadeias produtivas de carne de frango e bovina no Brasil sob a perspectiva da economia institucional, comparando suas estruturas e organizações.
2) A cadeia de frango é altamente integrada e organizada, liderada por grandes processadoras, enquanto a cadeia bovina carece de coordenação e sofre com intermediários.
3) O autor sugere que uma estrutura de governança semelhante à da cadeia de frango, com maior coordenação entre setor público e priv
A extensão rural é fundamental para a competitividade do agronegócio brasileiro ao promover a adoção eficiente de novas tecnologias. A assistência técnica aumenta a produtividade e o valor bruto da produção em 430% para produtores médios e grandes. No entanto, há lacunas na difusão e gestão do conhecimento que limitam os ganhos de produtividade, requerendo esforços conjuntos de universidades, órgãos públicos e produtores rurais.
A extensão rural é fundamental para a competitividade do agronegócio brasileiro ao promover a adoção eficiente de novas tecnologias. A assistência técnica aumenta a produtividade e o valor bruto da produção em 430% para produtores médios e grandes. No entanto, há lacunas na difusão e gestão do conhecimento que limitam os ganhos de produtividade, e iniciativas como a criação da ANATER podem ajudar a integrar pesquisa, extensão e produtores.
A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável entre os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma específica. Informações sobre a produção de suínos sobre cama poderão ser obtidas em várias publicações da Embrapa Suínos e Aves.
Cap. Livro - Zootecnia: Pesquisas e Práticas Contemporâneas.Gioto Ghiarone Terto
O documento caracteriza o perfil da pecuária de corte no estado do Piauí, Brasil. A pesquisa constatou a prevalência de pequenas propriedades com até 50 bovinos e 50 hectares, sem identificação individual dos animais. Os produtores são, em sua maioria, idosos sem perspectivas de inovação tecnológica. Esses resultados indicam a baixa capacidade da atividade pecuária familiar de se inserir em um sistema de rastreabilidade e registro zootécnico no estado.
Chamamento Público do MAPA - Projetos para o Desenvolvimento das Cadeias Prod...DenizecomZ
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Chamamento Público
Edital de Chamamento Público no 001/2013
OBJETO: Chamamento público para fins
de seleção de projetos de extensão rural e
de aplicação prática nas áreas de
melhoramento genético, boas práticas
pecuárias e bem estar animal das cadeias
pecuárias para apoio ao Programa -
Agropecuária Sustentável, Abastecimento
e Comercialização, nas linhas de ações -
Apoio ao Desenvolvimento das Cadeias
Produtivas Pecuárias e Assistência
Financeira às Associações de Criadores de
Equinos e Entidades Turfísticas.
1) A produção brasileira de hortaliças aumentou 33% nos últimos 10 anos, enquanto a área cultivada foi reduzida em 5% e a produtividade aumentou 38%.
2) As hortaliças são uma importante fonte de micronutrientes para a dieta, porém o consumo brasileiro está abaixo das recomendações da OMS.
3) Novas tecnologias e novas áreas de cultivo têm expandido a produção brasileira de hortaliças nas últimas décadas.
1) O documento descreve a produção intensiva de frangos de corte no Brasil, especialmente no sul do país, desde a década de 1950.
2) Ele analisa os riscos ambientais e de saúde pública causados pelos dejetos de frangos, incluindo a disseminação de genes de resistência a antimicrobianos.
3) A produção brasileira se tornou a terceira maior do mundo e é importante para a economia e segurança alimentar do país.
projeto de suinocultura (trabalho do curso de técnico agrícola)Luis Deleprane
Este documento apresenta um projeto de suinocultura comercial de corte em um assentamento no sul da Bahia. O objetivo é implantar a criação de suínos para produzir carne de qualidade a preços acessíveis para a comunidade local e gerar renda e empregos para agricultores familiares. O projeto descreve os detalhes da construção das instalações de criação, o planejamento da produção e a metodologia a ser utilizada.
O documento descreve um projeto de suinocultura de corte em um assentamento no sul da Bahia. Ele inclui detalhes sobre a construção de baias e instalações para gestação, maternidade, creche e terminação dos suínos, visando produzir 400 animais por ano para venda.
O documento descreve a renda e produção agrícola no Brasil entre 2000-2011, destacando que: (1) o PIB da agropecuária cresceu continuamente até 2008, com queda em 2009 devido à crise, recuperando-se em 2010-2011; (2) o agronegócio representou entre 21-29% do PIB brasileiro no período; (3) o Valor Bruto da Produção agrícola aumentou de R$142,8 bilhões em 2006 para R$204,9 bilhões em 2011, puxado por safra rec
Estudo sobre comércio exterior do agronegócio 2012 - Ministerio da AgriculturaRevista Cafeicultura
O documento descreve a renda e produção agrícola no Brasil entre 2000-2011, destacando que: (1) o PIB da agropecuária cresceu continuamente até 2008, com queda em 2009 devido à crise, recuperando-se em 2010-2011; (2) o agronegócio representou entre 21-29% do PIB brasileiro no período; (3) o valor bruto da produção agrícola aumentou de R$142 bilhões em 2006 para R$205 bilhões em 2011, puxado por soja, cana-de
Estudo sobre comércio exterior do agronegócio 2012 - Ministerio da Agricultura
Agroneg ov nutrir
1. AGRONEGÓCIO DA OVINOCULTURA
Iran Borges1, André Guimarães Maciel e Silva2, Rodrigo Orzil3
RESUMO
O agronegócio da ovinocultura tem-se mostrado altamente viável, muito embora alguns
aspectos porteira adentro e pós-fazenda merecem especial atenção, pois muitas fezes alguns
preceitos técnicos tem sido negligenciados, da mesma forma como aspectos ligados à
comercialização, publicidade e propaganda, gestão do agronegócio além das porteiras, e
também pela existência de muitos mitos, crendices e falsos conceitos. Apesar do grande
potencial de crescimento observado no setor, deve-se atentar ao fato de que o mesmo dá-se de
forma desordenada, por vezes pontual, concentrando-se muito mais em pequenas
propriedades, onde os rebanhos têm em média 100 a 150 cabeças. Denotando-se a
necessidade de modelos associativistas de atuação no mercado, pois somente assim os
ovinocultores desse porte poderão fazer frente à concorrência, seja na produção de carne e
derivados, leite e seus produtos, pele, lã ou outros produtos advindos da criação de ovinos.
Sabe-se que uma propriedade pode explorar vários produtos ou categorias de produtos ovinos,
e que o mercado apresenta-se de modo também estratificado, assim cabe ao produtor de
ovinos vislumbrar-se, sem paixões, preconceitos ou idéias pré-concebidas, nessa cadeia
produtiva, estudando suas possibilidades em participar de fatia do mercado, como também
determinar de forma segura quais são suas potencialidades produtivas. Estudar as relações
produtores - segmentos intermediários - consumidores deve ser o eixo central do planejamento
da propriedade e sua produção, assim sendo, um estudo do padrão e tendências do mercado
devem nortear a ovinocultura, mas sempre calcada em princípios da técnica, da ética e da
moral que a atividade e sociedade exigem.
ABSTRACT
Sheep agrobusiness has been shown high viability, some aspects in the farm and out of the
farm needs attention, because generaly some technical aspects are negligenciated., in a same
way, many comercial, mercadological and administrative aspects, out of the farm, and by the
existence of false concepts. Althought the high potencial that sheep agrobusinness shows, it is
important to note that this development occur desordened, in low properties with low number
of animals, 100-150 animals in average. Showig the need of associative models to lead on the
market, because that is the only way to be competitive against other products, as beef, dairy,
wool and others. In a same property many kinds of sheep products can be explored, and there
is a wery extractified market, so the productor needs to find in this market his possibilities of
make a product that can be included in a market site, and, in a same time know his productive
potencialities. Study the relationships betwen productors, intermediary segments and
consummers is a central planning point of study in the property, and a market study needs to
guide the activity, but always based in technical and ethical aspects.
1
Zootecnista e Professor Adjunto do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG – iran@vet.ufmg.br
2
Médico Veterinário e Doutorando do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG –
andre_vet@bol.com.br
3
Médico Veterinário e Mestrando do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG – rodrigo-
orzil@uol.com.br
2. INTRODUÇÃO
O efetivo nacional dos rebanhos de ovinos tem demonstrado determinadas tendências nos
últimos anos, de sorte que os números estatísticos apresentados, principalmente pelo IBGE
(1996), como por quaisquer outras agências ou agentes, devem receber análise referentes à
tais tendências, muito mais que aos números em si. Nesse sentido, é possível denotar uma
movimentação nacional no rebanho ovino, com um ligeiro declínio do tradicional reduto sulista
(RS) e visível crescimento na região nordeste; não obstante, também tem sido óbvio que as
regiões sudeste e centro-oeste vêm apresentando, nos últimos cinco ou seis anos uma sensível
elevação no número de cabeças, cujos valores oscilam entre 0,5 e 5% ao ano, dependendo da
época e estado a ser avaliado. Muito embora sejam esses os dados oficiais utilizados na maioria
das avaliações nacionais, é bom que se registre, que estudo sobre a cadeia produtiva de
caprinos e ovinos, levada a efeito em 2001 (Couto, 2001) deu conta que o rebanho nacional
atingiu cifras de crescimento na ordem de mais de 35% nas regiões Norte e Centro-Oeste até a
presente aquela data. Assim, muitas outras fontes estatísticas (EMATER, BANCO DO
NORDESTE, BANCO DO BRASIL, etc.) apresentam seus próprios números, que apesar de
constarem sempre com mesma tendência das acima citadas, apresentam números
discrepantes.
Em razão dessa constatação acima, é oportuno registrar que urge maior mobilização por parte
de Associações de Criadores, Secretarias de Agricultura Estaduais e seus órgãos responsáveis
pelos levantamentos dos rebanhos, Instituições de Pesquisa e Extensão, Universidades, como
também dos próprios Institutos que geram dados estatísticos, venham a somar esforços para
que haja maior fidelidade desses indicativos, haja visto que basta um rápida pesquisa desses
índices para verificar que há uma grande discrepância, e que passa necessariamente, pela fonte
que levantou e tabulou tais dados.
PRODUÇÃO DE CARNE OVINA
O consumo de carnes e derivados no país é altamente favorável à bovinocultura, avicultura e
suinocultura, não obstante, o mercado para pequenos ruminantes seja altamente comprador
(Mizuta et al, 2001). O consumo médio de carne/pessoa/ano no Brasil é muitíssimo baixo.
Enquanto as estatísticas oficiais mostram um consumo de 0,70 kg/pessoa/ano, o consumo em
países do primeiro mundo varia de 20 a 28 kg/pessoa/ano (Silva Sobrinho, 1990 e Couto,
2001).
Segundo Couto (2001) o mercado de carne ovina é altamente comprador, fato que deve ser
entendido sob o ponto de vista da oferta e procura, não deixando, no entanto, perder-se no
horizonte, a questão da qualidade do produto, juntamente com oferta perene e características
diferenciadas. Essas características, segundo Dantas (2001), podem ser determinadas pela
oferta de cortes de carnes a preços mais acessíveis ou pela elaboração de novos e exclusivos
produtos. O autor assinala ainda que o consumidor atual de carne ovina possui alta renda e
busca consumir um produto alternativo e diferenciado pelo sabor e qualidade, seja para
consumo no lar seja nos restaurantes, hotéis e similares.
No levantamento de Couto (2001), o efetivo Brasileiro de ovinos no momento é de 18,6
milhões de cabeças. O Rio Grande do Sul tem atualmente o maior rebanho, com 54,4%
desse efetivo, seguido pelo Nordeste com 38,7% (Quadro 1). No rebanho ovino nacional houve
uma evolução entre 1989 e 1998, sendo que para os ovinos houve um aumento de 38,7% no
Norte e 35,7% no Centro Oeste enquanto nas demais regiões verificou-se queda do efetivo,
sendo a maior no Rio Grande do Sul em conseqüência da perda do valor da lã no mercado
internacional, muito embora o que se verifica como tendência nessa região é a gradual
substituição de animais laneiros para aqueles de corte.
3. Quadro 1. Efetivo de ovinos no Brasil (milhões de cabeças), distribuição do efetivo pelas
Regiões Geográficas e Possível Evolução dos Rebanhos (%)
Entidade geográfica Ovinos Evolução
Brasil – milhões de cabeças 18,6 -
Regiões geográficas
Norte 2,05% Mais de 38,7%
Nordeste 38,7% Menos de 4,7%
Sudeste 2,1% Menos de 2,7%
Sul 54,4% Menos de 9,5%
Centro Oeste 2,6% Mais de 35,7%
Couto (2001)
Pelos dados nota-se significativo crescimento nas regiões Norte e Centro Oeste, muito embora
haja crescimento vegetativo expressivo nas outras regiões, é importante que os produtores não
desprezem tais mercados, mesmo porque já possuem alguma tradição no consumo de carnes
caprinas e ovinas. Qualquer estratégia que priorize apenas as regiões com maiores demandas
futuras, parece, em primeira instância, uma tomada de decisão desajustada.
Um ponto fundamental para entender como encontra-se a produção de caprinos e ovinos no
Nordeste brasileiro, é conhecer o tipo de propriedades envolvidas nesse agronegócio. Cerca de
50% dos rebanhos caprino e ovino no nordeste concentram-se em propriedades com menos de
30 hectares, sendo que 28,9% possuem entre 31 e 200 ha e 21,1% são produzidos em
propriedades com mais de 200 ha (Couto, 2001). Isso conduz a uma nova necessidade, muitas
vezes carente no Brasil, qual seja, malha rodo-ferro-hidroviária adequada não só para o
escoamento da produção, mas também para que se seja possível a distribuição de insumos e
material de investimentos junto às propriedades. Tal consideração aumenta seu impacto na
cadeia produtiva a partir do momento em que as propriedades mostram-se distribuídas de
forma mais diluída por toda a região.
Esse aspecto de infra estrutura, que em primeira instância parece recair sobre os órgãos
oficiais, apresenta algumas soluções criativas entre alguns grupos de produtores (entre si ou
em parceria com governos locais ou federal).
Tal como a produção de leite, mas agora por fatores de manejo com interveniência de aspectos
climatológicos, a produção de carne dos pequenos ruminantes também apresenta-se com
flutuações que devem ser evitadas dentro da cadeia produtiva, mais especificamente no âmbito
da fazenda. Para tal, basta aos produtores optarem por prática de estações de monta
escalonadas, sincronização e/ou indução de cios, formação de grupos de produtores que
produzirão cordeiros em determinadas épocas do ano e atendimento às necessidades do
mercado local (cooperativas, condomínios, corporações, etc). Outra estratégia muito simples e
que deve ser implementada junto às anteriores, é a separação dos animais por lotes, seja por
tamanho (peso) ou por idade (época de nascimento). Toda e qualquer forma de estratificação
da produção também poderá ser adotada nesse sentido.
Quanto aos animais para abate, pode-se classificá-los nas seguintes categorias:
a) CORDEIRO: Animais de 3 a 6 meses de idade. São os preferidos pelos gourmets, por
terem ossos finos, peso vivo entre 15 e 25 Kg, rendimento de carcaça entre 40 e 50%.
Sua carne é rosada e lisa, apresentando-se bem enxuta e (± 22% gordura), sua
gordura é branca. Pode-se considerar como subclasse o cordeiro mamão (alimentado
com leite). Os cordeiros representam a principal classe ou categoria dos animais
abatidos, devido às qualidades acima, mas também por ser mais estudada, ter melhor
aceitação popular, melhores carcaças e apresentarem o melhor custo-benefício.
b) BORREGO: Animais com 1 a 1,5 anos. Têm ossatura mais desenvolvida, contribuindo
para que seu rendimento caia para 38 a 43%. Seu peso vivo está entre 30 e 50 Kg. Sua
carne é mais vermelha que a anterior e com ± 35% de gordura na carcaça. Sua
aceitação pelo consumidor ainda é boa, devido em grande parte ao maior peso final ao
abate que dos cordeiros (transporte, comercialização).
4. c) CAPÃO: Por serem machos adultos, apresentam-se com maiores pesos (45 a 50 Kg de
PV) e o rendimento médio de 41%. Carne vermelha intensa e com maior teor de
gordura de cobertura, chegando a ser excessiva. Talvez sua vantagem sobre os
borregos seja seu rendimento de carcaça, que pode ultrapassar 44%. Mas esta deve-se
em boa parte à maior deposição de gordura, fato que limita a aceitação pelo
consumidor.
d) OVELHA: Geralmente de animais com idade avançada. É uma carcaça maior, com ossos
mais pesados, excessiva cobertura de gordura, musculatura rígida e com baixa
palatabilidade. Carne de coloração vermelho bem escura. Seu rendimento de carcaça é
de 40%. Por tudo isto é mais consumida na propriedade ou por consumidores menos
exigentes. Pode ser emprega na fabricação de derivados da carne que têm maior
aceitação pelo público consumidor além de agregar valor ao produto primário.
e) CARNEIRO: São todos os machos que não se servem mais à reprodução. Têm baixo
valor comercial, musculatura bem escura, ossos mais pesados e excessiva cobertura de
gordura. Este último confere-lhe um sabor atípico, a ponto de ser comercializado
beneficiado (charques, guisado, carneiro no buraco, embutidos, defumados ou
lingüiças).
Fica claro que uma mesma propriedade terá todas as categorias mencionadas; e explorar uma
delas como o “carro chefe” parece ser uma das saídas que se tem encontrado (Ex: cordeiros –
mamão ou precoce, borregos ou borregões, ou ainda capões). Ovelhas e carneiros serão tidos
como animais de descarte e necessariamente deverão sofrer processos de transformação
industrial para chegarem à mesa dos consumidores. Assim, qualquer propriedade terá
possibilidades de explorar a produção de animais precoces, jovens, adultos e descartes de
matrizes e reprodutores, nesses casos, o produtor deverá ficar atento ao destino que dará a tais
produtos. Para isso deve-se observar alguns princípios que têm muito a ver com o quesito
qualidade da carne: vender todo e qualquer animal pelo mesmo valor significa um erro, pois
estará dando um tiro no pé; uma vez que cordeiro mamão ou precoce são mais procurados e
possuem maior aceitação e procura no mercado, daí devem ser tidos como mais caros, já
animais de descarte, como geralmente têm menor procura, pelas características intrínsecas
dessa carne, devem receber preços menores, ou sofrer processamentos adequados. Qualquer
propriedade terá possibilidades de explorar a produção de animais precoces, jovens, adultos e
descartes de matrizes e reprodutores, nesses casos, o produtor deverá ficar atento ao destino
que dará a tais produtos. Animais mais novos significam sempre maiores giros de capital e
suportam maior elasticidade de preços no sistema como um todo. Nesses casos, uma planilha
de custos de produção muito bem elaborada é que ditará os preços, os quais, necessariamente
serão diferenciados.
Salvo raras exceções o mercado tem pago pelo peso vivo, fato que pode não estimular a
produção de produtos diferenciados, mas surge aqui a possibilidade de se traçar junto aos
frigoríficos os contratos de parceria, objetivando melhorar a qualidade do produto de acordo
como a preferência do consumidor. Nesse sentido o produtor tem que mostrar aos empresários
do setor cárneo a importância de se trabalhar com produtos diferenciados (cordeiro, borregos,
processados em geral vindos dos animais descartados). Evitar-se de comercializar animais
adultos para fornecimento de corte pode ser uma atitude louvável, visto que tais animais
possuem composição de carne que não agrada à maioria dos paladares.
Com isso o produtor estará organizando seus “centros” de custos, mas também beneficiando
aos potenciais consumidores, pois abrirá o leque para que camadas até então excluídas do
consumo dessas carnes e/ou produtos, possam vir a dar sustentação à ponta final da cadeia
produtiva. Exemplos bem claros são vistos na avicultura com a comercialização de pés e
pescoços, como também de matrizes; ou ainda na bovino e suinocultura com a comercialização
de seus não componentes da carcaça (miúdos). Esse último tipo de segmento ainda é
insignificante na caprinovinocultura, e tudo indica que possui um bom mercado a ser explorado,
haja visto que algumas empresas frigoríficas já iniciaram a produção de derivados desses
produtos e estão aos poucos conquistando mercados dos semi-prontos.
5. PRODUÇÃO E BENEFICIAMENTO DA PELE OVINA
Ao se considerar que o Brasil possui em seu rebanho ovinos lanados e deslanados e caprinos,
constata-se que o mercado interno de peles e mesmo o externo é bastante grande,
concordando com o postulado por Padilha e Siqueira (1981), Silva Sobrinho e Jacinto (1992).
Esses últimos enfatizaram que a pele de ovinos lanados fornecem matéria-prima importante
para a fabricação de couros cobiçados pelas indústrias peleteiras, usados na fabricação de
casacos de peles onde a cobertura de lã natural fornece revestimento adequado ao isolamento
e, consequentemente, aquecimento nas baixas temperaturas e que os ovinos deslanados
fornecem a melhor pele do mundo, muito valorizada no exterior.
Esse alto valor de mercado da pele de ovinos deslanados deve-se à sua maior elasticidade e
resistência, associadas a uma textura fina, prestando-se para maior gama de aplicações na
indústria de vestuário (inclusive alta costura, hoje denominada fashion) e calçadista.
Recentemente, Roura (2000) postulou que o Brasil deveria a partir de agora evitar a exportação
de peles caprinas e ovinas para a Europa, redirecionando a produção local para a indústria
calçadista nacional, devido ao enorme prestígio que a mesma possui na Europa e América do
Norte, e exportar os produtos acabados, elevando em muito o superávit na sua balança
internacional do comércio; assim ganha o país, a indústria, os produtores, e não sendo ufanista,
os consumidores estrangeiros de calçados brasileiros.
Com essa mesma linha de raciocínio, só que na vertente da exportação de produtos semi-
elaborados, Furlaneto e Silva (1994) salientaram que cerca de 40% da produção nacional de
peles caprinas e ovinas é exportada para países da Europa, enfatizando que o mercado só não
é maior porque as peles nacionais são portadoras de muitos defeitos. Sugerem que a formação
de cooperativas por parte dos produtores dessa pele pode ser instrumento poderoso no
momento da comercialização com os industriais estrangeiros. Aqui é importante ressaltar que
além do modelo cooperativista, há ainda os condomínios, associações mistas (produtores,
artesãos, empregados de indústrias de tecelagem – algumas com massa falida interessante
para ingressarem em programas de geração de emprego e renda patrocinados pelo governo
federal), e mesmo para se praticar a famosa parceria ou terceirização de tarefas na cadeia
produtiva.
Couto (2001) relatou que o mercado mundial de peles é também muito grande e comprador
(Quadro 2). Segundo a FAO foram comercializadas em 1992 um total de 756 milhões de peles
num valor de US$ 1,65 bilhões.
Quadro 2. Importação e exportação de peles de ovinos e caprinos pelo Brasil, entre os anos de
1992 e 20001.
Item 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Exportações
Ovinos 13,3 13,2 9,7 9,9 13,0 12,0 8,9 7,1 7,1
Caprinos 8,0 5,9 4,2 3,3 3,7 0,3 0,2 0,3 0,3
Importações
Ovinos 4,0 5,0 5,8 11,4 10,2 9,6 5,8 2,8 6,1
Caprinos 12,6 9,8 11,4 9,3 3,1 9,6 3,1 1,6 8,9
Couto (2001) .
1
. Dados em US$ milhões
Dados relativos aos preços praticados no mercado de peles ovinas em wet blue (tratadas
quimicamente com cromo) têm oscilado entre R$10,00 e R$30,00 reais, há no entanto alguns
mercados pontuais que estão pagando cerca de R$45,00 por unidade, como também alguns
atravessadores “bonificando” produtores nordestinos com R$3,00 a R$5,00 por peça. Muito
embora Alves (2003) tenha relatado preços ao produtor entre R$7,00 e R$9,00 e após o
processamento o mesmo atinge cifras entre R$120,00 e R$150,00. Tal fato é típico de um
6. segmento produtivo desestruturado e/ou mesmo mal informado do potencial de capitalização
que possui em mãos. Resta então aos caprinovinocultores agirem mais atentamente no
segmento de “obtenção de peles de boa qualidade” (Alves, 2003), pois sem dúvida trata-se de
excelente forma de aumentar o retorno líquido na atividade.
Pelos dados de Jacinto (2003) na caprinocultura de corte explorada na região Sudeste a pele
pode representar ganhos adicionais entre 7,3 e 8,7% em relação ao preço da carcaça e tais
números podem ser a diferença entre o lucro e o prejuízo da atividade, isso considerando o
preço pago na região de Fanca – SP.
Com o acima exposto, resta aos ovinocultores agirem mais atentamente no segmento
“obtenção de pele de boa qualidade”, pois sem dúvida trata-se de excelente forma de aumentar
o retorno líquido na atividade.
SITUAÇÃO DO SETOR LÁCTEO E A PRODUÇÃO DO LEITE OVINO
Com o advento da globalização nos últimos anos os produtores, de todas as áreas, para
conseguirem manter-se no mercado estão adotando modernas tecnologias. No entanto a
situação do setor lácteo no pais é de certa forma delicada, devido a custos altos de produção, e
preços baixos pagos ao produtor.
Esta situação deve se agravar principalmente quando se refere ao pequeno produtor, devido ao
instante político atual. Desta forma as propriedades, principalmente as pequenas, terão que
investir em algo que lhes dê retorno mais rápido e com menor custo. Uma das alternativas é a
criação de pequenos ruminantes e dentre eles a cabra e a ovelhas leiteiras. Muitos foram os
produtores de leite na região Sudeste que realizaram tal migração nos anos 90, seja para a
caprinocultura leiteira, seja para a ovinocultura de corte; infelizmente, muitas das vezes sem a
devida orientação técnica, fato que pode estar induzindo ao mesmo destino que tiveram na
cadeia produtiva anterior. É sempre oportuno lembrar, vaca é vaca, cabra é cabra e ovelha é
ovelha, como tal devem e necessitam de práticas de manejo adequadas. Infelizmente, parte
dos produtores que saíram da atividade do agronegócio da bovinocultura leiteira, em função
desses aspectos da conjuntura econômica nacional e estrangeira, entraram na caprinocultura
ou em menor número na ovinocultura leiteira, mas continuam a insistirem nos mesmos erros do
passado; não bastasse esse comportamento do produtor, por vezes, profissionais com grande
experiências nessas outras atividades do agronegócio, também trazem para a ovinocultura
leiteira, cujo conteúdo técnico é pouco ou quase nada explorado nos currículos de Zootecnia e
demais profissões das ciências agrárias, também tem dado uma contribuição ligeiramente
desviada do norte verdadeiro que a atividade necessita para atingir o sucesso pleno, pois
também confundem as ovelhas leiteiras e o agronegócio desse leite e seus derivados com
aqueles das vacas leiteiras, salienta-se nesse sentido, que apesar de tratarem de leite, há
enorme diferença, não só quanto ao produto em si, mas principalmente nas nuanças da cadeia
produtiva.
PRODUÇÃO DE LÃ E SUA EXPLORAÇÃO COMERCIAL
Tradicionalmente produzida no sul do país, essa fibra industrial apresenta-se como outra opção
para alguns sistemas de criação. Podendo ser a atividade complementar em alguns criatórios da
região sudeste, em Minas Gerais, especialmente agredando-se aos trabalhos artesanais já
tradicionais, como tapetes e quadros de decoração, sem contar com as tradicionais peças do
vestuário confeccionados em lã (pura ou mistas) do sul Minas.
Almeida (1990) já aludia ao fiel mercado que a pura lã possui no Brasil e no mundo, apontando
além de suas características peculiares (antialérgica; isolante térmico; não inflamável; com
textura, maciez e elasticidade excepcionais para a indústria têxtil) alguns de se seus usos no
cotidiano da humanidade (52% dos casacos masculinos possuem lã, da mesma forma 22% das
saias femininas, 60% do mercado dos ternos, 38% do mercado de paletós, 35% das malhas e
59% do mercado de carpetes), poder-se-ia ainda acrescentar todo acabamento têxtil da
indústria aeronáutica, como também da automobilística que usam da lã de qualidade inferior
para confecção de feltros empregados no isolamento termo-acústico dos veículos. Almeida
7. (1990) reforça ainda a possibilidade de se explorar um mercado presente em todo o mundo,
mas com maior intensidade na Europa, no qual os consumidores estão privilegiando produtos
mais naturais.
Atentos a aspectos como esses, produtores de ovinos, cooperativas de costureiras, artesãos e
similares poderiam tirar proveito desse filão, que até melhor juízo, em Minas Gerais encontra-se
mal explorado.
Sistemas de produção de carne ovina baseados em cruzamento industrial, podem facilmente
desenvolver um novo setor, seja na fazenda, seja junto a outros segmentos interessados, capaz
de tornar a produção da lã um ponto a mais para se capitalizar na ovinocultura.
Ovelhas de raças especializadas para produção de lã podem produzir entre 4 e 6 kg de pura lã
por ano (ciclo produtivo), considerando que os tradicionais rebanhos gaúchos possuem
números superiores a 10 mil fêmeas, espera-se produção que ultrapasse 40.000 kg de pura lã;
já para um propriedade que explore cerca de 100 matrizes, é possível produzir algo próximo a
400 - 600 kg de lã, a qual pode ser destinada mais especificamente para a indústria do
artesanato, pois não teria escala para uma sustentabilidade junto à indústria têxtil, muito
embora, se houvessem uns 30 produtores com mesmo perfil, tal contingente seria capaz de
produzir algo entre 12.000 a 18.000 kg de lã, e desse modo já poderiam estar ingressando de
forma fortalecida junto à indústria para o beneficiamento da lã. Aqui a palavra chave é
associativismo, independente de tratar-se de uma cooperativa, corporação, condomínio,
associação, ou quaisquer outras formas de se somar esforços para obter vantagens e atender
às exigências do mercado.
PRODUÇÃO DE MATRIZES E REPRODUTORES
Esse é sem dúvida o segmento da ovinocultura que mais exige tecnologia, capital e supervisão
de técnicos com a devida competência na ovinocultura. Paradoxalmente não se tem observado
muitos desses pressupostos em um considerável número de criatórios tidos como “matrizeiros”.
Na infinita maioria do casos tem-se selecionado pelas características raciais, desprezando-se os
atributos econômicos e funcionais. Não se tem dada a devida importância aos programas de
melhoramento e nutrição, privilegiando-se mais sanidade e reprodução. Ao pontuar que não se
tem enfocado o melhoramento como deve ser, é importante reportar-se ao fato de que a
imensa maioria dos criadores têm o falso conceito de que adquirindo, e portanto, mantendo
seus animais “registrados” indica garantia segura de melhoramento animal; fato que os
postulados da genética, juntamente com os índices zootécnicos e as práticas gerais de manejo
demonstram de forma científica que pautando-se somente no quesito “animais registrados”,
não pode o produtor atingir, com segurança e eficácia, o ganho genético desejado em seu
plantel, pelo menos no tempo tão curto com a zootecnia possibilitaria. Para tal deveria estar
utilizando de provas zootécnicas como teste de progênie, velocidade de ganho de peso,
qualidade da lã, produção e qualidade do leite (características físico-químicas), além de
empregar modelos matemáticos complexos, a cargo de melhoristas especializados, capazes de
mensurar a habilidade materna, a conversão alimentar, o desempenho produtivo e reprodutivo,
além de adoção de programas mais sólidos para o verdadeiro melhoramento genético dos
rebanhos. No que se refere à nutrição salienta-se que existem programas de nutrição, mas que
visam única e exclusivamente a produção de super animais – como se fossem fora de série,
empregando técnicas nutricionais para que os animais expressem seu potencial máximo de
desempenho (animais super alimentados). Nesse sentido incorre-se no risco de artificializar
suas respostas, e ao adquirir tais animais para sua propriedade, se o novo proprietário não
fornecer a mesma super dieta, constatará, muito a contra gosto de que comprou uma coisa e
levou outra. Isso ocorre muito ao colocar os reprodutores em serviço junto das ovelhas. Em
alguns casos constatados na prática é possível verificar queda na condição corporal (animais
perdem peso e ficam com aspecto de “sentidos”), piora significativa no desempenho
reprodutivo.
Valorizando excessivamente o aspecto racial e físico, principalmente de ovinos para corte,
alguns matrizeiros têm adotado técnicas que para humanos seria puro exercício de
halterofilismo. Tal como esses atletas, ao procriarem, os ovinos assim tratados não transmitirão
8. à seus descendentes tais características, pois as mesmas foram impostas pelo meio artificial
que tiveram. Assim, ao buscar cabanhas para aquisição de matrizes e/ou reprodutores os
produtores devem ter em mente que antes de realizar a compra, seria prudente observar o
desempenho de animais que saíram dessa propriedade e esteja em serviço em outras,
verificando a resposta de sua progênie no próprio campo, de preferência que as condições
dessas propriedades seja similares às de sua própria fazenda.
Atualmente o preço de animais destinados a esse propósito está muito elevado, e muitos tem-
se aventurado nessa empreitada esperando que o mercado continue mantendo-se dessa forma
por muito tempo. No entanto, o que diz o bom senso , é que tal situação dos preços é pontual
e tende a voltar para a normalidade. Outro aspecto que faz boa parte dos técnicos acreditarem
a uma volta dos preços à normalidade, é o fato de que com os atuais preços pagos fica
impraticável obter lucratividade significativa na ovinocultura. Morais (2000) deixa isso muito
claro, para um cenário otimista ele postulou que “caso se consiga identificar os problemas e
que os mesmos sejam corrigidos a tempo de se evitar que tornem-se crônicos ou irreversíveis”,
já sob um cenário ruim “se persistirem as tentativas em avançar sem o conhecimento do
terreno e ignorando os reais obstáculos a serem vencidos.”
É bom que se registre que nem todo animal que nasce em um plantel (palavra que designa
rebanho melhorador, assim como cabanha para os sulistas) é por esse simples fato um
melhorador de rebanhos, pois apenas uma parcela desses animais assim o será. Pelo menos é o
que ditam as leis da genética, postuladas a muitas décadas atrás e validadas até hoje. O que se
verifica é uma tendência de que todos animais dos plantéis serem considerados melhoradores,
isso mostra novamente a ausência de técnicos especializados em melhoramento genético
animal. O que pode ocorrer é que, em graus variados, esses animais podem servir para dar
impulso qualitativo naqueles rebanhos que se encontram muito abaixo dos índices zootécnicos
tidos como ideais. Mas assim sendo, tais animais, caso sejam vendidos como melhoradores, por
questão de mérito devem ter preços inferiores aos animais destaques (animais de ponta) do
rebanho matrizeiro.
Por fim, todo produtor de material genético deve possuir antes de mais nada um planejamento
esmerado de toda sua atividade; um controle zootécnico de primeira ordem e assistência de
melhoristas (zootecnistas, veterinários, agrônomos, biólogos); programas sanitários muito bem
estabelecidos e conduzidos, com a constante supervisão de um médico veterinário; programas
nutricionais elaborados para cada categoria nas várias épocas dos ano e que se destinem a
suprir as exigências nutricionais fisiológicas dos animais e não como desafio biológico de
respostas astronômicas, também sob orientação técnica; ter sempre em mente que a qualidade
de seus produtos é que lhe trará sustentação e credibilidade no mercado.
No sentido de servir como referência constará a seguir o quadro 3 com índices de produtividade
para ovinos, que segundo Oliveira e Lima (1994) são dados preconizados pelo Banco do
Nordeste e pela EMBRAPA-Caprinos, e assim sendo, servirão aos técnicos e produtores que
lidam com ovinos.
Uma observação rápida nos valores propostos é possível verificar, que no contexto da
ovinocultura do sudeste e centro-oeste, há uma tendência de índices melhores, principalmente
junto àqueles ovinocultores que estão na atividade a mais tempo e usando da tecnologia e
normas de manejo recomendada pelo setor técnico, infelizmente, outra parcela ainda encontra-
se com índices aquém dos preconizados. O que sugere um estado de vigília por parte não
somente dos produtores, mas também de técnicos, instituições de pesquisa, extensão e ensino,
para que possam intervir de forma mais incisiva para retomada das ações positivamente
favoráveis à reversão do atual quadro.
9. Quadro 3. Índices de produtividade da ovinocultura
Índices regionais
D I S C R I M I N A Ç Ã O Unidade Níveis de tecnologia
Baixa Média Alta
Parição (partos/matriz/ano) % 80 100 120
Prolificidade (ciras/parto) unid. 1,20 1,25 1,30
Natalidade (crias/martiz/ano) unid. 0,96 1,25 1,56
Mortalidade até um ano % 15 12 10
Mortalidade acima de um ano % 7 5 3
Idade ao primeiro acasalamento meses 12 12 12
Seleção de fêmeas para reprodução % 60 50 40
Período de gestação dias 147 147 147
Peso ao nascimento kg 2,3 a 4,9 2,3 a 4,9 2,3 a 4,9
Gemelidade % 20 a25 25 a 40 35 a50
Relação reprodutores/matrizes unid./ unid. 1:20 1:25 1:30
Descarte de matrizes % 20 20 20
Peso vivo aos 100 dias kg 10 13 16
Peso vivo aos 365 dias kg 24 28 32
Idade ao abate meses 14 a 18 11 a 14 8 a 12
Desfrute % 28 a 40 35 a 47 42 a 55
Peso médio da carcaça (anim. 1 ano e
kg 12 14 16
matriz descartada)
Número de animais até 1 ano/U.A. unid. 14 14 14
Número de animais acima de 1 ano/U.A. unid. 7 7 7
Aprisco-animais até 8 meses m2 0,5 0,5 0,5
Aprisco-animais acima de 8 meses m2 0,8 0,8 0,8
Curral de manejo-animais até 8 meses m2 0,8 0,8 0,8
Curral manejo-animais acima de 8 meses m2 1,6 1,6 1,6
Consumo de água por animal litro 5 5 5
Oliveira e Lima (1994)
PRODUÇÃO E RECICLAGEM DE RECURSOS ORGÂNICOS RENOVÁVEIS
Para produtores que adotam o sistema de confinamento ou semi-confinamento, é possível
adotar práticas de processamento e reutilização da matéria orgânica na propriedade, dando
maior sustentabilidade à produção na fazenda por anos e anos, ou mesmo produzindo material
do tipo compostagem, adubo orgânico, biofertilizante e biogás, húmus e até mesmo buscar na
anelideocultura (criação de minhocas) uma outra, e nova fonte de renda. Pois de acordo com
Pinto (1974) os animais adultos podem produzir cerca de 600 kg de esterco por ano,
equivalente a 36 kg de nitrato de sódio, 22 kg de superrfosfato e 10 kg de cloreto de potássio.
Além de ecologicamente corretas, práticas como essas são a cada dia mais e mais freqüentes
em muitas propriedades brasileiras; sendo seculares em países como Japão, Índia e outros.
Como dividendos de atitudes dessa magnitude, o produtor pode ter a certeza de que deixará
seu legado material para as gerações que o sucederão na atividade, pois estará reciclando
material que na maioria das vezes é desprezado nas fazendas e que possuem considerável
impacto na vida útil (amortização) de elemento como solos, pastagens, aguadas, flora e fauna
locais.
Os compradores nesse mercado são os olericultores, fruticultores e mesmo profissionais ou
leigos que se dedicam à jardinagem, para quem julga que tais observações não procede, basta
ir até uma casa especializada no comércio de plantas e jardins e verificar os preços, por
exemplo, do quilograma de húmus, na sua maioria de qualidade duvidosa.
10. INTERAÇÃO ENTRE OS ELOS DA CADEIA PRODUTIVA
Para organizar a cadeia produtiva é necessário que os produtores tenham nos agentes da rede
de transporte, nos representantes comerciais de todas as escalas, e nos representantes
industriais, seus potenciais parceiros produtivos, de sorte que os interesses de quaisquer
classes citadas não sejam sobrepujadas ou subjugadas por nenhum segmento em particular.
Aqui deve-se prevalecer os princípios de justiça econômica, social e principalmente ético-moral.
Somente assim é que se fortalecerá todos os elos (segmentos) da cadeia, a qual terá nas
outras cadeia seus concorrentes, e não dentro da própria cadeia. Na própria cadeia a
concorrência deve assumir o caráter de comensalismo, ou seja, ralação entre seres vivos onde
todos recebem benefícios, e não como o parasitismo, muito comum e incentivado em doutrinas
mais capitalistas e menos humanistas (lucros acima de tudo e todos).
Cordeiro (2001) sugeriu que na linha dos queijos, deve-se buscar produção daqueles menos
requintados e com menores preços para concorrerem com os importados, principalmente da
França, entendendo que esse pode ser o ponto de partida para “aquecimento” desse segmento
e como conseqüência, ser o carro-chefe da linha queijos para futuras implementações da linha
mais fina e requintada. Colocação muito oportuna, pois na maioria das vezes o produtor e até o
industrial procura sair com os produtos de ponta, fato que na maioria das vezes torna o
lançamento e manutenção do produto insustentável dentro de um sistema de produção a médio
ou longo prazo economicamente viável, além de em alguns casos tornar impraticável o
aumento da produção por restrição de mercado consumidor, ou seja, a diversificação de
produtos, permite uma “permeabilidade” dos derivados lácteos nas diversas classes sociais,
permitindo o escoamento de maior produção.
Quanto a outros derivados Cordeiro (2001), apontou para se trabalhar com o leite caprino, e
aqui é possível pensar-se no leite ovino, mais na linha iogurtes e sorvetes, pois o primeiro
possui excelente aceitação e rendimento industrial e requer parcos investimentos, de mesma
forma há boa resposta quanto ao segundo produto, ambos os casos apresentam forte
capacidade em agregar valores ao leite, juntamente com a fabricação de queijos finos.
Como elaborar tantos produtos? Talvez seja o caso de se criar cooperativas aos moldes da
CAPRIMINAS ou similar, onde seus participantes deverão produzir determinadas quantias de um
produto para atender ao mercado, podendo também o cooperativista optar por determinada
aptidão (ex: produzirá somente iogurtes com a marca da cooperativa). Por outro lado, uma
cooperativa de produtores de leite caprino pode repassar seus estoques, total ou parcialmente,
a outra cooperativa ou associação de merendeiras ou doceiras, por exemplo, seira uma
terceirização, no primeiro caso desfrutando de algumas vantagens legais (vide legislação sobre
cooperativas), e essa sim processaria e obteria os produtos lácteos em consonância com o
mercado. Claro que tudo isso atendendo às legislações de saúde pública, tributária e fiscal.
Para a carne ovina e seus derivados, o segmento comercial varejista, juntamente com os
produtores ou suas cooperativas (associações ou similares) deveriam levar a termo promoções
do tipo: “semana do cordeiro”, “dia da ovelha”, “faça o carneiro no buraco”, elaborando receitas
em cozinhas de treinamento nos próprios estabelecimentos para donas e donos de casa e
outros interessados em culinária.
Junto às redes de restaurantes, churrascarias, hotéis e similares é possível elaborar contratos
fechados, garantindo constância de compra e venda dos produtos cárneos; como também com
hospitais, quartéis de toda natureza e até penitenciárias; não deixando fora as escolas com a
merenda escolar ou as universidades com seus “bandeijões”. Nas fases iniciais desses
contratos, todos os elos abaixo desses consumidores estariam “patrocinando” tal ingresso,
depois de sedimentado – após estudo prévio devida e meticulosamente elaborado – o
investimento poderia trazer retorno certo, principalmente para destino das carcaças maiores
(animais mais velhos ou descartes técnicos).
Para atendimento às normas da vigilância sanitária naquelas regiões onde não existem laticínios
e/ou abatedouros e frigoríficos específicos, sempre existe a possibilidade de se arrendar tais
instalações por um ou dois dias na semana, para processar os produtos da cadeia da
caprinovinocultura. Como também remunerar esse segmento (indústria) como prestador de
11. serviços, para por exemplo realizar o abate de pequenos ruminantes, nesse caso, toda a infra
estrutura de um frigorífico, que oneraria todo esse elo da cadeia, teria um pequeno
investimento, o qual representaria poucas adaptações nas linhas de abate, eviscerarão e esfola;
em alguns exemplos observados desse tipo de relação na cadeia, tem-se constatado que em
um outro local, devidamente credenciado pelo SIF - Serviço de Inspeção Federal, ou outro
órgão de inspeção - estadual ou municipal, é possível fazer os cortes especiais e mesmo
submeter as carnes a processos de transformação (hambúrgueres, quibes, lingüiças,
defumados, ou outros produtos que demandarem o mercado, inclusive com aproveitamento dos
não componentes da carcaça – vísceras). Num esquema desse tipo é possível ainda construir-se
um projeto satélite, onde as peles e/ou lãs poderão ser processadas com escopo similar ou a
partir de terceirização de serviços.
Para a indústria peleteira seria possível uma parceria na qual essa teria pessoal técnico
responsável para acompanhar o ciclo produtivo das peles, visando melhorar sua qualidade, sem
quaisquer ônus para os produtores, a esses restaria o compromisso de que, dentro de um
contrato eticamente elaborado, proporcionar a entrega total ou de um determinado percentual,
previamente acordado, de sua produção das peles tipo A (ou de primeira). Nesse sentido, todos
ganhariam, e a sociedade como um todo receberia como dividendos, produtos de pele, pelica,
marroquins, camurça ou couro de qualidade, e em contrapartida estaria ganhando também com
a elevação da arrecadação de impostos em sua região de domicílio, isso porque, tudo exposto
acima, segue na vertente de situar todas essa atividades na legalidade, acabando de vez com o
mercado clandestino, onde uns poucos ganham algo e muitos perdem bastante, passando por
divisas, indo pela qualidade e terminando na saúde.
Outro segmento pouco explorado seria junto às festas e manifestações populares, onde pratos
típicos com tais carnes teriam lugar de destaque, enriquecidos e amparados pela culinária típica
de cada região. Exemplo típico foi o “carneiro no buraco” no meio-oeste paranaense no final
dos 80 e início dos 90, como sugestão teria o cordeiro no rolete; noite do guisado; festa do
cordeiro e assim por diante, sempre voltados para apelos regionais e culturais. Abre-se assim
uma possibilidade de exploração também do turismo (indústria sem chaminé) que possibilita
inúmeras combinações, inclusive incrementando produtos artesanais, artísticos ou mesmo
industriais voltados para o processamento e aproveitamento das peles dos pequenos
ruminantes.
Uma forma bem interessante de se explorar os ovinos é usá-los de forma complementar à
horticultura, fruticultura ou qualquer outra atividade agrícola, empregando seus resíduos na
produção animal, ou mesmo servindo-se das infra-estruturas existentes para a exploração em
conjunto. Pode-se derivar ainda, principalmente na ovinocultura, de exploração consorciada,
onde os animais pastejam nas entre linhas (ruas) da cultura, de modo a auferir benefícios tanto
na cultura agrícola como na exploração animal. Tal procedimento auxilia em muito na
diminuição dos investimentos imobilizados na implantação de um criatório, desde que ambas as
culturas sejam planejadas segundo os princípios técnicos vigentes.
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cadeia de caprinovinocultura encontra-se desorganizada, na maioria das regiões, e o primeiro
passo para organizá-la, passa necessariamente por sua organização da porteira para dentro,
sendo que tomadas de decisão nesse sentido, muitas das vezes requerem pouco ou nenhum
investimento a mais daqueles já existentes.
Há a necessidade de que os produtores de ovinos assumam seu verdadeiro papel junto aos
demais componentes da cadeia, propondo parcerias, negociando melhores preços, prazos e
condições de pagamento, além de negociar as melhores relações no mercado, pois deles
dependem imensamente os demais.
Aos segmentos de transporte, comercialização e beneficiamento dos produtos advindos da
ovinocultura compete maior inserção na mesma, assumindo papéis de parceiros, consultores, e
até mesmo de financiadores dessa atividade onde agentes oficiais têm falhado, pois são todos
parte integrante e interessadas no sucesso do setor primário, sem o qual, sua atividade fim
estará sempre nos graus de evolução que atingiram a muito tempo e possivelmente fadados à
estagnação, juntamente com todos os componentes da cadeia.
Órgãos de fomento, pesquisa e extensão necessitam de primeiro ouvir todos os segmentos
dessa cadeia, para somente depois traçar as metas e planos de ação para conquistá-las.
Toda e qualquer forma de associativismo é sempre muito salutar para se organizar, fortalecer e
dar credibilidade às atividades agropecuárias e agroindustriais.
Em suma, a cadeia produtiva necessita urgentemente de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO,
construído de forma conjunta e não como ações isoladas e por muitas vezes inócua para a
cadeia como um todo, satisfazendo, quando o faz, apenas uma pequena minoria envolvida.
Assim sendo, torna-se imperioso que a presença de um zootecnista com boa visão da atividade,
em seu aspecto técnico, mas também com sólidos conhecimentos de todos os segmentos do
agronegócio ovino.
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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