Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
A queda das árvores nas grandes cidades
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com)
Edição 612– ANO XIII Nº 29 – 21 de março de 2017
A QUEDA DAS ÁRVORES NAS GRANDES CIDADES
Luiz Ferreira da Silva
luizferreira1937@gmail.com
No momento, encontro-me na Capital
Paulista (07 a 19/03/17). Cidade arborizada,
sobretudo no bairro do Morumbi. São comuns
pancadas fortes de chuvas e a queda de
árvores consequentes.
Esse fato tem relação com a
interatividade solo/água, agravado pelo
plantio e manejo inadequados das árvores
nas grandes cidades. São plantadas sem se
ater aos aspectos da arquitetura foliar e
sistema radicular da espécie, bem como o
local, tamanho da cova e área livre para
suprimento de água.
É comum se cimentar (asfaltar) ao redor
de uma árvore, cujo tronco fica asfixiado pela
diminuta circunferência (menos de 50 cm de
diâmetro), insuficiente para a sustentação
futura da árvore, haja vista a reduzida
alimentação hídrica.
Isso provoca constantemente, como
acontece em São Paulo, queda de
árvores, quando de uma chuva mais
forte, em razão de:
- O asfalto ao redor do caule, num
círculo pequeno (s=0,20 m2
) impede o
desenvolvimento pleno do sistema radicular
(Figura 1). Ao invés de um crescimento
horizontal de sustentação compensatória,
tenta se desenvolver nas camadas inferiores;
- Falta de reciclagem impedindo a
formação de matéria orgânica, importante
para nutrir as raízes finas absorventes, pois
as folhas caídas não se incorporam ao solo;
- Temperatura elevada da superfície
asfáltica que prejudica o sistema radicular e
facilita a morte prematura das radicelas,
criando condições para o desenvolvimento de
inimigos naturais;
- Crescimento assimétrico da copa com
os galhos procurando a luz, desequilibrando o
caule já pouco sustentado pela insuficiência
radicular, devido aos plantios em locais
próximos às paredes de casas, edifícios, etc.
A Figura 2 mostra tal comportamento da
árvore, diferentemente quando ela é plantada
sem quaisquer obstáculos (Figura 3), emitindo
uma copa concêntrica e desenvolvendo um
sistema radicular vertical (pivotante) e
horizontal em sub-superfície, mantendo o
caule retilíneo.
- Copas com folhas grandes que, ao
serem umedecidas pelas precipitações
continuadas, aumentam o peso das
árvores; e.
- Ataque de cupins no subsolo pela
mortandade de raízes advinda dos aspectos
anteriormente discriminados.
O que fazer?
- Em primeiro lugar selecionar árvores
pela sua “arquitetura” (tipo e tamanho da
copa) e fenologia (queda de folhas). No caso,
preferir as árvores dotadas de copas
circulares e de folhas pequenas, como as
leguminosas, que absorverão menos água,
reduzindo o peso dos galhos quando dos
períodos de alta precipitação;
2. - Plantar em locais nos quais as árvores
possam desenvolver integralmente a sua
copa, evitando o crescimento assimétrico;
- Deixar no mínimo uma circunferência
mínima de 2 metros de diâmetro livre de
compactação, pelas razões apontadas
anteriormente;
- No caso de crescimento irregular dos
galhos, em procura da luz, fazer podas,
evitando a assimetria com a inclinação do
tronco que, com a baixa sustentação
radicular e aumento do peso pelo
umedecimento da folhagem pelas chuvas,
vai provocar inexoravelmente a queda da
árvore, como sói acontecer constantemente
na Cidade de São Paulo. Isso é uma
medida preventiva e urgente.
Para encerrar um alerta: - “ninguém
ficará impune ao contrariar as leis
da natureza”
Fig.1: Árvore plantada em calçada, sem espaço
circular para desenvolver o sistema radicular
Fig. 2: Árvore inclinada (copa assimétrica), à procura
de luz, desequilibrando a má estrutura de sustentação
interna (sistema radicular deficiente).
Fig. 3: Árvore corretamente plantada, com condições
de desenvolvimento pleno do sistema radicular e copa
simétrica.
CEPLAC, GRATIDÃO.
O nosso artigo – CEPLAC, 60 anos -
publicado no Jornal A TARDE, de Salvador,
ensejou apoio de colegas, despertando-lhes o
sentimento nobre da gratidão institucional.
Vale a pena inserir as mensagens de dois
deles, haja vista que podem servir de
testemunhos vividos em uma instituição que,
em épocas passadas, foi única na Ciência
agrícola:
(1) Meu caro amigo e colega Luiz Ferreira.
Saúde, paz e bem!
Faço oportunidade para me dirigir a você,
objetivando registrar a publicação de uma
"crônica" de sua autoria, publicada no Jornal
A TARDE do dia 10/03/2017, sexta feira
passada, na pagina A3, sob o título CEPLAC,
60 ANOS.
Parabenizo o colega pela síntese alusiva ao
assunto e encaixe de várias reflexões ao tema
abordado - tudo fez parte de uma realidade
magnifica do Órgão!
Concordo com todos os aspectos da sua
exposição, e diria até que, você foi muito
3. comportado ao promover dito entendimento
sobre o curso da instituição, em apreço.
Realmente, quem conheceu a CEPLAC nos
anos áureos, jamais apostaria uma ficha
sequer em um término tão melancólico e
penalizante como o que se passa por lá.
Desde os idos de 1972, tive os primeiros
contatos físicos com o órgão, sua pujante
competência e o seu papel de desenvolvimento
e progresso para toda uma imensa região da
Bahia. Sob o mote de prestigiar a cultura do
cacau, desenvolveu tudo que pôde para uma
grande região do estado, despertando e
aprimorando não apenas a agricultura em si,
como um vasto menu de atividade sociais,
econômicas e educacionais.
A CEPLAC foi um forte vetor de
desenvolvimento e referencia mundial na
cultura do cacau, celeiro de trabalho,
pesquisas e bons resultados progressistas
que eram vistos e aplaudidos por todos. Sua
trajetória foi profícua e edificante, por onde
passaram diversos valores profissionais e de
caráter moral, exemplo que deveria ser
implantado como modelo de gestão em
qualquer outro órgão do segmento.
Era um órgão tão forte que foi disputado entre
Ministérios, pelo fato de ser geradora de
divisas e possuir recursos volumosos da
retenção das exportações do cacau.
Concordo com o colega quando compara o
que foi e o que é a CEPLAC - seu declínio,
desprestigio e quase estado vegetativo que
faz minguar sua sobrevivência !!!
Bem sacado o momento do que comemorar,
no momento: os 60 anos de existência ou a
busca de um epitáfio para à cultura do cacau
como um todo ?
Como ela se vai, também, não apenas a cultura
do cacau. Vão também, as esperanças do
pequeno, médio e grande produtores, reais e
verdadeiros heróis que jamais serão repostos!
Desnecessário estabelecer comparações
entre o que um dia ela foi e representou para
o que hoje vive - na verdade, o foco primordial
do órgão era a manutenção da produção do
cacau com qualidade e permanência, de
forma que, valores financeiro e indicadores
sociais eram aglutinados aos que viviam na
região sul da Bahia - isso tudo faz parte do
passado, infelizmente.
Entre tantos erros e situações desabonadoras
que foram impostas ao órgão, não podemos
esquecer de que, talvez a pior delas foi sua
vinculação, por total imposição, vincula-la ao
MAPA, ministério que sempre padeceu de um
extenso arcabouço de falta de capacidade de
gestão, representatividade e desafios.
É doloroso perceber, um órgão como a
CEPLAC, que traduzia sua existência
profissional com profícua ação de positividade,
em beneficio de uma região, tenha se
transformado em uma caricatura borrada e
mostrenga de um órgão público, à espera de
um último suspiro de vida!!!
Talvez pior, dá dó reconhecer que não são
nada republicanos os motivos da decadência
organizacional pelo qual vem trilhando ao
longo dos últimos vinte anos, sem um
prognóstico decente e expectativa de que a
situação será amenizada, quiça, melhorada.
Hoje, desfigurada em todos os pontos e
aspectos, por mínimos que sejam, vive à
mingua e como indigente terminal, denigrindo
o perfil dos seus técnicos que estão na vala
comum dos esquecidos e engavetados nos
arquivos do tempo.
Tudo isso se deve, entre vários itens
intermináveis, ao próprio descaso do governo
federal que, sem politica organizacional e
gestão eficientes, entrega a qualquer partido
politico de merda, à condução dos órgão
públicos federais, ao gosto e desejo de
parlamentares, que os transformam em
verdadeiras trincheiras de marginais,
travestidos de homens públicos.
Fique certo que, se a CEPLAC estivesse em
seu auge, ainda nos dias de hoje, não
faltariam políticos para postarem "selfies" e
comentários nas redes sociais, divulgando
suas ações e existência!
Realmente colega, hoje temos que conviver com
essa situação apodrecida que é o loteamento
indigno dos órgão públicos aos partidos políticos
como forma de manter à governabilidade e o
agrado dos caciques políticos, para convergirem
dos mesmo desejos com a corrente politica
dominante e do momento.
Não sei até quando isso vai perdurar, porém,
como tudo, um dia vai acabar. Talvez,
tenhamos que nos associar aos segmentos
dos produtores, reais representantes do setor
4. agropecuário, para provocar uma imensa
revolução na agricultura nacional.
Não podemos ou devemos acreditar em
milagres, principalmente àqueles cujos santos
são nativos da Terra de Santa Cruz!!!
Mais uma vez, receba nossos parabéns pela
iniciativa e coragem, quando muitos se calam
e se conformam com as situações, ainda
temos você para contraditar e contrariar esse
perfil que é dominante em nosso meio.
Um grande abraço e sempre às ordens.
Francisco Mandarino Villas Bôas
(1) Meus parabéns a Luiz Ferreira da Silva
pelo seu artigo sobre os 60 anos da Ceplac.
Trabalhei lá e no Cepec (Centro de Pesquisas
do Cacau), nos anos 70, com Dr. Paulo Alvim
e José Haroldo Castro Vieira, ícones
visionários e abnegados do órgão. Conheci
pessoalmente o Dr. Luiz Ferreira, PhD, que
chefiava o Departamento de Solos, na época.
Nem José Haroldo e nem Paulo Alvim
morreram ricos, a despeito do grande
orçamento que a instituição administrava. Se
naquele tempo a onda de propinas já existia,
a Ceplac não foi atingida. Foi lá, nos confins
do km 22 da Rodovia Ilhéus/Itabira, no ímpeto
dos meus 18 anos, que aprendi a
secretariarem inglês e espanhol línguas que
me deram régua e compasso para a minha
vida profissional. Hoje a Ceplac é o retrato do
que diz o artigo do Dr. Luiz. Agoniza, serve de
usufruto para políticos e nada tem a festejar.
Mas deixou a sua marca e exemplo em
muitos de nós. Dilu Machado.
UMA VIDA CALMA E TRANQUILA
A primeira pergunta que Diógenes fez a
Alexandre é a primeira pergunta que qualquer
pessoa inteligente deve fazer a si própria.
Diógenes não desperdiçou um único momento.
- Alexandre, estás a tentar conquistar o mundo
inteiro. Então e tu? Terás tempo suficiente,
depois de conquistares o mundo, para te
conheceres a ti próprio? Tens certezas sobre o
amanhã ou sobre o próximo momento?
Alexandre nunca tinha conhecido um homem
assim. Ele já tinha vencido grandes reis e
imperadores, mas percebeu que Diógenes era
um homem muito poderoso. Baixando os
olhos, Alexandre respondeu:
- Não te posso dizer que esteja certo sobre o
momento seguinte. Mas posso prometer-te
uma coisa: quando tiver conquistado o
mundo, vou desejar descansar e viver uma
vida calma, tal como tu.
Diógenes estava a gozar um banho de sol
matinal junto a um rio, rodeado por bonitas
árvores. Ele riu-se... por vezes penso que o
seu riso ainda deve continuar a ecoar.
Pessoas como Diógenes pertencem à
eternidade. As suas assinaturas não são
feitas na água.
Alexandre sentiu-se ofendido e perguntou-lhe
porque se estava a rir.
- É muito simples! - respondeu Diógenes. - Se
eu posso descansar e viver uma vida calma
sem ter conquistado o mundo, o que te
impede a ti de fazer o mesmo? O rio é grande
e eu não tenho qualquer objeção a fazer.
Podes ocupar o lugar que quiseres - mesmo
que queiras o meu lugar, eu posso mudar de
sítio. Descansa agora, se desejas descansar.
Descansa agora. Agora ou nunca.
O que Diógenes dizia era absolutamente
verdade, mas, para um homem que se
encontrava a fazer uma viagem do ego, isso
era demasiado óbvio, demasiado simples.
Ficar a descansar na margem do rio não
alimenta o ego. O que é que se conseguiu
dominar? O que é que se conquistou?
Osho, in 'Acreditar no Impossível'
ACHO A MAIOR GRAÇA
Martha Medeiros
Tomate previne isso, cebola previne aquilo,
chocolate faz bem, chocolate faz mal, um
cálice diário de vinho não tem problema,
qualquer gole de álcool é nocivo, tome água
em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho
mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal
pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
5. Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar,
mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas;
incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja
pela janela do carro me faz perder toda a fé
no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir -
como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em
silêncio quando uma discussão está pegando
fogo, faz muito bem! Você exercita o
autocontrole e ainda acorda no outro dia sem
se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou
do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para
pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá
câncer, não há tomate ou mussarela que
previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas
fileiras do fundo, não ter ninguém
atrapalhando sua visão, nenhum celular
tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!"
FRASES DEBOB MARLEY
"Para que levar a vida tão a serio se a vida é
uma alucinante aventura da qual jamais
sairemos vivos?"
"A vida é para quem topa qualquer parada e
não para quem para em qualquer topada."
"As guerras seguirão enquanto a cor da pele
tiver maior significado que a cor dos olhos."
"Prefiro perder a guerra e ganhar a paz"
"Tudo que eu sempre tive foram canções de
liberdade."
A POESIA DA SEMANA
O MENINO E O MAR
Cyro de Mattos
Era a primeira vez
Que o tinha ido ver o mar.
Todo alegre, de calção,
Peito nu e pé no chão.
Quando viu tanta água
Fazendo barulho
Sem parar, disse:
— Pai, me dê a mão.
A PIADA DA SEMANA
O sujeito está saindo do seu apartamento
com uma mala e cruza com o vizinho, que
pergunta:
Aonde você vai com essa mala, Alberto?
Ah, me cansei da minha sogra! Pra você ter
uma ideia, só hoje ela me xingou de
vagabundo, inútil, preguiçoso, insensível,
cretino, fracassado… Cansei!
O quê? Que velha folgada! Eu fico louco com
essas coisas! Dá vontade de matar, cortar em
pedacinhos e jogar no rio!
E o que você acha que eu estou levando
dentro da mala?
oOo
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