Este documento discute o acesso à câmara pulpar coronária, primeira etapa do tratamento endodôntico. Ele fornece instruções detalhadas sobre como escolher a ponta diamantada adequada, determinar o ponto de eleição na coroa dentária, e realizar o acesso de forma segura e controlada. O documento também destaca a importância de avaliar previamente as condições clínicas e radiográficas da coroa para prevenir acidentes durante o procedimento.
O documento descreve as etapas da cirurgia de acesso em endodontia, incluindo isolamento, remoção de tecido cariado, ponto de eleição, pré-cavidade, direção de trepanação, forma de contorno e características para diferentes grupos dentários. É dada ênfase à importância da análise radiográfica prévia para auxiliar no procedimento. As etapas visam facilitar o acesso aos canais radiculares e evitar iatrogenias durante o tratamento endodôntico.
O documento discute procedimentos endodônticos, incluindo diagnóstico, acesso coronário, medicação intracanal e obturação. Ele fornece detalhes sobre instrumentos endodônticos como limas e suas características de taper e tip. Além disso, explica o uso de substâncias químicas para controle de infecção e conforto do paciente durante o tratamento endodôntico.
Apatita carbonatada
Hidroxiapatita: Ca10(PO4)6(OH)2
substituição de Ca por Na, Mg, Zn, etc.
substituição de fosfato por carbonato
Em pH crítico ocorre dissolução mineral
Esmalte: 5,5
Dentina: 6,2-6,7
Perda mineral 2 x maior em dentina
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P - MUSCULO LEVANTADOR DO LABIO SUPERIOR E DA ASA DO NARIZ:
ORIGEM: processo frontal da maxila
INSERÇÃO: asa do nariz e lábio superior
AÇÃO: levanta o lábio superior e a asa do nariz, é visualizado em expressões de ironia.
- MUSCULO ZIGOMATICO MENOR
ORIGEM: osso zigomático
INSERÇÃO: lábio superior
AÇÃO: levanta o lábio superior
- MUSCULO ZIGOMATICO MAIOR
ORIGEM: osso zigomático
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: levanta e retrai o ângulo da boca
- MUSCULO LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA
ORIGEM: fossa canina da maxila
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: levanta o ângulo da boca
- MUSCULO ABAIXADOR DO ÂNGULO DA BOCA
ORIGEM: base da mandíbula (da região molar ao tubérculo mentoniano)
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: abaixa o ângulo da boca
- MUSCULO RISÓRIO
ORIGEM: pele da bochecha e fácia masseterica
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: retrai o ângulo da boca
- MUSCULO BUCINADOR
ORIGEM: processos alveolares da maxila e da mandíbula na região molar; ligamento ptetigomandibular
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: distende a bochecha e a comprime de encontro aos dentes; retrai o ângulo da boca.
- MUSCULO ABAIXADOR DO LABIO INFERIOR:
ORIGEM: base da mandíbula (acima da origem do depressor do ângulo da boca)
INSERÇÃO: lábio inferior
AÇÃO: abaixa o lábio inferior
- MUSCULO MENTONIANO:
ORIGEM: fossa mentoniana acima do tubérculo mentoniano
INSERÇÃO: pele do mento .. AÇÃO: enruga a pele do mento, everte o lábio inferior
- MUSCULO PROCERO
ORIGEM: osso nasal
INSERÇÃO: pele da glabela
AÇÃO: puxa a pele da glabela para baixo
- MUSCULO CORRUGADOR DO SUPERCILIO
ORIGEM: margem supraorbital do osso frontal
INSERÇÃO: pele da extremidade lateral do supercilio
AÇÃO: puxa o supercilio medialmente
- MUSCULO NASAL
ORIGEM: eminencia canina, narina
INSERÇÃO: inserção no dorso do nariz
AÇÃO: comprime a narina (parte transversa), dilata a narina (parte alar)
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
Exerce função de FONAÇÃO e MASTIGAÇÃO.
É uma articulação sinovial lubrificada (possui líquido sinovial), que contém um tecido fibrocartilaginoso que recobre e protege o tecido ósseo, disco (menisco), cápsula articular, vasos e os nervos.
É ligada ao ligamento posterior.
- Tem como principais movimentos:
OCLUSÃO: Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior.
PROTUSÃO: Deslocamento
O documento descreve os principais instrumentos utilizados em periodontia, incluindo curetas de Gracey para remoção de tártaro sub e supragengival, pontas ultrassônicas para remoção de placa e tártaro, sondas para avaliação da saúde periodontal e limas para remoção de tártaro subgengival.
O documento discute procedimentos cirúrgicos realizados em pacientes odontopediátricos, incluindo técnicas de exodontia, frenectomia, remoção de dentes supranumerários, tratamento de mucoceles e rânulas, e ulectomia, enfatizando a importância do diagnóstico correto, instrumentais adequados, controle da dor e consentimento dos responsáveis.
O documento discute instrumentos utilizados no tratamento endodôntico, especificamente instrumentos de irrigação e aspiração dos canais radiculares. É descrito o instrumental para irrigação incluindo agulhas, NaviTip e carpules, assim como sistemas de aspiração e soluções irrigadoras comuns como hipoclorito de sódio.
O documento é um trabalho apresentado por alunas do 4o ano de odontologia da Universidade Federal de Alagoas sobre dificuldades endodônticas em dentes com desvios anatômicos. O trabalho analisa imagens radiográficas de dentes com variações anatômicas e discute os desafios que esses casos apresentam para tratamentos endodônticos.
O documento descreve as etapas da cirurgia de acesso em endodontia, incluindo isolamento, remoção de tecido cariado, ponto de eleição, pré-cavidade, direção de trepanação, forma de contorno e características para diferentes grupos dentários. É dada ênfase à importância da análise radiográfica prévia para auxiliar no procedimento. As etapas visam facilitar o acesso aos canais radiculares e evitar iatrogenias durante o tratamento endodôntico.
O documento discute procedimentos endodônticos, incluindo diagnóstico, acesso coronário, medicação intracanal e obturação. Ele fornece detalhes sobre instrumentos endodônticos como limas e suas características de taper e tip. Além disso, explica o uso de substâncias químicas para controle de infecção e conforto do paciente durante o tratamento endodôntico.
Apatita carbonatada
Hidroxiapatita: Ca10(PO4)6(OH)2
substituição de Ca por Na, Mg, Zn, etc.
substituição de fosfato por carbonato
Em pH crítico ocorre dissolução mineral
Esmalte: 5,5
Dentina: 6,2-6,7
Perda mineral 2 x maior em dentina
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P
Re
Em função da retorno ao pH normal
Subsequente à Des
“Ca e P da saliva/placa supersaturados em relação ao dente”
Dente x Saliva/placa
Ca P Ca P - MUSCULO LEVANTADOR DO LABIO SUPERIOR E DA ASA DO NARIZ:
ORIGEM: processo frontal da maxila
INSERÇÃO: asa do nariz e lábio superior
AÇÃO: levanta o lábio superior e a asa do nariz, é visualizado em expressões de ironia.
- MUSCULO ZIGOMATICO MENOR
ORIGEM: osso zigomático
INSERÇÃO: lábio superior
AÇÃO: levanta o lábio superior
- MUSCULO ZIGOMATICO MAIOR
ORIGEM: osso zigomático
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: levanta e retrai o ângulo da boca
- MUSCULO LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA
ORIGEM: fossa canina da maxila
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: levanta o ângulo da boca
- MUSCULO ABAIXADOR DO ÂNGULO DA BOCA
ORIGEM: base da mandíbula (da região molar ao tubérculo mentoniano)
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: abaixa o ângulo da boca
- MUSCULO RISÓRIO
ORIGEM: pele da bochecha e fácia masseterica
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: retrai o ângulo da boca
- MUSCULO BUCINADOR
ORIGEM: processos alveolares da maxila e da mandíbula na região molar; ligamento ptetigomandibular
INSERÇÃO: ângulo da boca
AÇÃO: distende a bochecha e a comprime de encontro aos dentes; retrai o ângulo da boca.
- MUSCULO ABAIXADOR DO LABIO INFERIOR:
ORIGEM: base da mandíbula (acima da origem do depressor do ângulo da boca)
INSERÇÃO: lábio inferior
AÇÃO: abaixa o lábio inferior
- MUSCULO MENTONIANO:
ORIGEM: fossa mentoniana acima do tubérculo mentoniano
INSERÇÃO: pele do mento .. AÇÃO: enruga a pele do mento, everte o lábio inferior
- MUSCULO PROCERO
ORIGEM: osso nasal
INSERÇÃO: pele da glabela
AÇÃO: puxa a pele da glabela para baixo
- MUSCULO CORRUGADOR DO SUPERCILIO
ORIGEM: margem supraorbital do osso frontal
INSERÇÃO: pele da extremidade lateral do supercilio
AÇÃO: puxa o supercilio medialmente
- MUSCULO NASAL
ORIGEM: eminencia canina, narina
INSERÇÃO: inserção no dorso do nariz
AÇÃO: comprime a narina (parte transversa), dilata a narina (parte alar)
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
Exerce função de FONAÇÃO e MASTIGAÇÃO.
É uma articulação sinovial lubrificada (possui líquido sinovial), que contém um tecido fibrocartilaginoso que recobre e protege o tecido ósseo, disco (menisco), cápsula articular, vasos e os nervos.
É ligada ao ligamento posterior.
- Tem como principais movimentos:
OCLUSÃO: Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior.
PROTUSÃO: Deslocamento
O documento descreve os principais instrumentos utilizados em periodontia, incluindo curetas de Gracey para remoção de tártaro sub e supragengival, pontas ultrassônicas para remoção de placa e tártaro, sondas para avaliação da saúde periodontal e limas para remoção de tártaro subgengival.
O documento discute procedimentos cirúrgicos realizados em pacientes odontopediátricos, incluindo técnicas de exodontia, frenectomia, remoção de dentes supranumerários, tratamento de mucoceles e rânulas, e ulectomia, enfatizando a importância do diagnóstico correto, instrumentais adequados, controle da dor e consentimento dos responsáveis.
O documento discute instrumentos utilizados no tratamento endodôntico, especificamente instrumentos de irrigação e aspiração dos canais radiculares. É descrito o instrumental para irrigação incluindo agulhas, NaviTip e carpules, assim como sistemas de aspiração e soluções irrigadoras comuns como hipoclorito de sódio.
O documento é um trabalho apresentado por alunas do 4o ano de odontologia da Universidade Federal de Alagoas sobre dificuldades endodônticas em dentes com desvios anatômicos. O trabalho analisa imagens radiográficas de dentes com variações anatômicas e discute os desafios que esses casos apresentam para tratamentos endodônticos.
Tratamento alveolites, pericoronarites e hemorragiasAdriana Mércia
O documento discute o tratamento de alveolites, pericoronarites e hemorragias no contexto de complicações pós-cirúrgicas ambulatoriais. Detalha classificações, sinais e sintomas, fatores etiológicos e protocolos de tratamento para cada condição, enfatizando a importância da prevenção, limpeza, analgésia e antibióticos quando necessário.
O documento discute o conceito de "espaço biológico" e os procedimentos de aumento de coroa clínica. As autoras expressam dúvidas sobre as razões que justificam tais procedimentos devido à falta de estudos controlados que comprovem seus benefícios. Elas argumentam que o conceito de espaço biológico precisa ser melhor estudado antes de ser considerado uma verdade científica.
O documento classifica e descreve os tipos de más oclusões de acordo com o sistema de Angle e Lischer. Discutem as razões para classificar más oclusões e fornecem exemplos de classes I, II e III. Também descrevem más posições individuais de dentes e grupos dentais.
Este documento fornece informações sobre o prontuário odontológico, incluindo sua definição, finalidade, composição, posse, tempo de guarda e aspectos digitais. Ele descreve os elementos essenciais de um prontuário como dados do paciente, anamnese, exame clínico e plano de tratamento, além de termos como TCLE e contrato. O documento ressalta a importância do prontuário para a gestão de casos, pesquisa e identificação, bem como sua função legal.
A técnica para confecção de núcleo com pino de fibra de vidro envolve 14 passos, incluindo preparo do canal radicular, seleção do tipo de pino, condicionamento da dentina, aplicação de cimentos resinosos e reconstrução da coroa. A técnica deve ser realizada de forma rigorosa para garantir o sucesso do tratamento.
Este documento descreve um programa de prevenção bucal para crianças de 0 a 6 anos com os seguintes objetivos: incorporar hábitos de higiene bucal, exames clínicos, escovação orientada, entrega de kits de higiene, aplicação de flúor e orientação aos pais. Problemas comuns como cárie de mamadeira, uso excessivo de chupeta e açúcar são abordados, com dicas de como evitá-los para a saúde bucal das crianças.
Este documento fornece instruções para a realização de um levantamento epidemiológico odontológico utilizando os índices CPO-D e ceo em crianças de 5 e 12 anos. Detalha a amostragem, metodologia, critérios de diagnóstico e notação a serem utilizados no exame clínico dos dentes das crianças. A calibração do único examinador é recomendada para garantir a consistência dos achados.
Medicação intracanal na Endodontia (Paramonoclorofenol canforado + Hidróxido...Ines Jacyntho Inojosa
O documento discute o uso do paramonoclorofenol associado ao hidróxido de cálcio na endodontia. Ele revisa estudos que mostram que a associação dos dois compostos tem alta atividade antimicrobiana e é eficaz para eliminar bactérias nos canais radiculares. A técnica recomendada envolve aplicar a pasta nos canais por 7 dias para obter seus efeitos antimicrobianos e antiexsudativos.
O documento descreve os procedimentos de um exame clínico periodontal completo, incluindo anamnese, exame clínico, plano de tratamento e referências bibliográficas. O exame clínico periodontal avalia a saúde das estruturas de suporte dos dentes, como a gengiva, osso alveolar e ligamento periodontal, por meio de inspeção visual e sondagem. O plano de tratamento pode incluir procedimentos como raspagem, orientação de higiene bucal e ajuste oclusal, com o objetivo de tratar problemas
O documento fornece informações sobre diferentes tipos de cirurgias periodontais, incluindo seus objetivos, técnicas e indicações. As cirurgias descritas são gengivoplastia, gengivectomia, retalhos periodontais, procedimentos ósseos e mucogengivais, com foco nos princípios, requisitos e benefícios de cada procedimento.
O documento descreve as manobras cirúrgicas fundamentais, incluindo diérese, exérese, hemostasia e síntese. Detalha os tipos de incisões, métodos de hemostasia, materiais de sutura e suas propriedades.
03 diagnóstico das inflamações pulpares e periapicaisEuclides Paiva
O documento discute as causas e tipos de inflamações pulpare e periapical, incluindo inflamações agudas e crônicas. As causas podem ser de origem biológica, física ou química. Os tipos de inflamação pulpar incluem pulpite reversível, pulpite irreversível sintomática e assintomática, e pulpite hiperplásica. As alterações periapicais inflamatórias incluem periodontite apical aguda e crônica e abscesso apical agudo e crônico.
1. A cárie dentária é uma doença crônica prevalente causada por biofilmes bacterianos dependentes de açúcar que desmineralizam o esmalte.
2. O flúor é eficaz na prevenção da cárie ao se incorporar ao esmalte e inibir a desmineralização, requerendo presença constante na cavidade bucal.
3. Diversos veículos de flúor como dentifrícios, enxaguantes bucais, géis e água fluoretada promovem a remin
O documento descreve o estágio atual das resinas indiretas, incluindo sua composição, métodos de polimerização e aplicações clínicas. Resumidamente, as resinas indiretas evoluíram para melhorar propriedades mecânicas através da adição de partículas cerâmicas e métodos de polimerização complementares. Elas podem ser usadas para inlays, onlays, coroas e próteses fixas, oferecendo boa estética e custo menor que cerâmicas. A hibridização da dentina e a
O documento discute técnicas e agentes utilizados no clareamento dental de dentes vitais e não-vitais. O clareamento pode ser realizado por meio de técnicas domésticas ou de consultório, utilizando peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio. O processo envolve a aplicação do agente clareador nos dentes para quebrar as moléculas que causam manchas, desde que realizado corretamente sob supervisão profissional.
O documento discute materiais dentários utilizados em odontopediatria, incluindo selantes de fossas e fissuras e cimento de ionômero de vidro. Selantes resinosos e ionoméricos são usados para vedar fossas e fissuras e prevenir cárie, enquanto cimentos de ionômero de vidro têm aplicações como cimentação e restaurações devido à liberação de flúor.
1) O documento avalia a prevalência e gravidade das consequências das lesões de cárie não tratadas em pacientes odontopediátricos da UFPR usando o índice PUFA.
2) 61 pacientes foram avaliados e o código "p" de exposição pulpar foi o mais comum.
3) O valor médio do índice PUFA foi de 0,86, menor do que valores encontrados em outros estudos.
1. O documento discute técnicas e fundamentos da endodontia, incluindo cirurgia de acesso, limite apical de trabalho, odontometria e outros tópicos.
2. É destacada a importância da cirurgia de acesso para permitir visualização e acesso aos canais radiculares, bem como o respeito a limites anatômicos e biológicos na remoção da polpa e na instrumentação dos canais.
3. Métodos de odontometria são descritos para determinar o comprimento real de trabalho nos
Este documento descreve os princípios gerais do preparo cavitário propostos por Black em 1907, incluindo a sequência de procedimentos e detalhes sobre a forma de contorno para diferentes tipos de cavidades. É importante realizar uma remoção completa da dentina cariada e definir margens que promovam a retenção do material restaurador. O preparo deve ser adaptado considerando fatores como o risco de cárie do paciente.
Tratamento alveolites, pericoronarites e hemorragiasAdriana Mércia
O documento discute o tratamento de alveolites, pericoronarites e hemorragias no contexto de complicações pós-cirúrgicas ambulatoriais. Detalha classificações, sinais e sintomas, fatores etiológicos e protocolos de tratamento para cada condição, enfatizando a importância da prevenção, limpeza, analgésia e antibióticos quando necessário.
O documento discute o conceito de "espaço biológico" e os procedimentos de aumento de coroa clínica. As autoras expressam dúvidas sobre as razões que justificam tais procedimentos devido à falta de estudos controlados que comprovem seus benefícios. Elas argumentam que o conceito de espaço biológico precisa ser melhor estudado antes de ser considerado uma verdade científica.
O documento classifica e descreve os tipos de más oclusões de acordo com o sistema de Angle e Lischer. Discutem as razões para classificar más oclusões e fornecem exemplos de classes I, II e III. Também descrevem más posições individuais de dentes e grupos dentais.
Este documento fornece informações sobre o prontuário odontológico, incluindo sua definição, finalidade, composição, posse, tempo de guarda e aspectos digitais. Ele descreve os elementos essenciais de um prontuário como dados do paciente, anamnese, exame clínico e plano de tratamento, além de termos como TCLE e contrato. O documento ressalta a importância do prontuário para a gestão de casos, pesquisa e identificação, bem como sua função legal.
A técnica para confecção de núcleo com pino de fibra de vidro envolve 14 passos, incluindo preparo do canal radicular, seleção do tipo de pino, condicionamento da dentina, aplicação de cimentos resinosos e reconstrução da coroa. A técnica deve ser realizada de forma rigorosa para garantir o sucesso do tratamento.
Este documento descreve um programa de prevenção bucal para crianças de 0 a 6 anos com os seguintes objetivos: incorporar hábitos de higiene bucal, exames clínicos, escovação orientada, entrega de kits de higiene, aplicação de flúor e orientação aos pais. Problemas comuns como cárie de mamadeira, uso excessivo de chupeta e açúcar são abordados, com dicas de como evitá-los para a saúde bucal das crianças.
Este documento fornece instruções para a realização de um levantamento epidemiológico odontológico utilizando os índices CPO-D e ceo em crianças de 5 e 12 anos. Detalha a amostragem, metodologia, critérios de diagnóstico e notação a serem utilizados no exame clínico dos dentes das crianças. A calibração do único examinador é recomendada para garantir a consistência dos achados.
Medicação intracanal na Endodontia (Paramonoclorofenol canforado + Hidróxido...Ines Jacyntho Inojosa
O documento discute o uso do paramonoclorofenol associado ao hidróxido de cálcio na endodontia. Ele revisa estudos que mostram que a associação dos dois compostos tem alta atividade antimicrobiana e é eficaz para eliminar bactérias nos canais radiculares. A técnica recomendada envolve aplicar a pasta nos canais por 7 dias para obter seus efeitos antimicrobianos e antiexsudativos.
O documento descreve os procedimentos de um exame clínico periodontal completo, incluindo anamnese, exame clínico, plano de tratamento e referências bibliográficas. O exame clínico periodontal avalia a saúde das estruturas de suporte dos dentes, como a gengiva, osso alveolar e ligamento periodontal, por meio de inspeção visual e sondagem. O plano de tratamento pode incluir procedimentos como raspagem, orientação de higiene bucal e ajuste oclusal, com o objetivo de tratar problemas
O documento fornece informações sobre diferentes tipos de cirurgias periodontais, incluindo seus objetivos, técnicas e indicações. As cirurgias descritas são gengivoplastia, gengivectomia, retalhos periodontais, procedimentos ósseos e mucogengivais, com foco nos princípios, requisitos e benefícios de cada procedimento.
O documento descreve as manobras cirúrgicas fundamentais, incluindo diérese, exérese, hemostasia e síntese. Detalha os tipos de incisões, métodos de hemostasia, materiais de sutura e suas propriedades.
03 diagnóstico das inflamações pulpares e periapicaisEuclides Paiva
O documento discute as causas e tipos de inflamações pulpare e periapical, incluindo inflamações agudas e crônicas. As causas podem ser de origem biológica, física ou química. Os tipos de inflamação pulpar incluem pulpite reversível, pulpite irreversível sintomática e assintomática, e pulpite hiperplásica. As alterações periapicais inflamatórias incluem periodontite apical aguda e crônica e abscesso apical agudo e crônico.
1. A cárie dentária é uma doença crônica prevalente causada por biofilmes bacterianos dependentes de açúcar que desmineralizam o esmalte.
2. O flúor é eficaz na prevenção da cárie ao se incorporar ao esmalte e inibir a desmineralização, requerendo presença constante na cavidade bucal.
3. Diversos veículos de flúor como dentifrícios, enxaguantes bucais, géis e água fluoretada promovem a remin
O documento descreve o estágio atual das resinas indiretas, incluindo sua composição, métodos de polimerização e aplicações clínicas. Resumidamente, as resinas indiretas evoluíram para melhorar propriedades mecânicas através da adição de partículas cerâmicas e métodos de polimerização complementares. Elas podem ser usadas para inlays, onlays, coroas e próteses fixas, oferecendo boa estética e custo menor que cerâmicas. A hibridização da dentina e a
O documento discute técnicas e agentes utilizados no clareamento dental de dentes vitais e não-vitais. O clareamento pode ser realizado por meio de técnicas domésticas ou de consultório, utilizando peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio. O processo envolve a aplicação do agente clareador nos dentes para quebrar as moléculas que causam manchas, desde que realizado corretamente sob supervisão profissional.
O documento discute materiais dentários utilizados em odontopediatria, incluindo selantes de fossas e fissuras e cimento de ionômero de vidro. Selantes resinosos e ionoméricos são usados para vedar fossas e fissuras e prevenir cárie, enquanto cimentos de ionômero de vidro têm aplicações como cimentação e restaurações devido à liberação de flúor.
1) O documento avalia a prevalência e gravidade das consequências das lesões de cárie não tratadas em pacientes odontopediátricos da UFPR usando o índice PUFA.
2) 61 pacientes foram avaliados e o código "p" de exposição pulpar foi o mais comum.
3) O valor médio do índice PUFA foi de 0,86, menor do que valores encontrados em outros estudos.
1. O documento discute técnicas e fundamentos da endodontia, incluindo cirurgia de acesso, limite apical de trabalho, odontometria e outros tópicos.
2. É destacada a importância da cirurgia de acesso para permitir visualização e acesso aos canais radiculares, bem como o respeito a limites anatômicos e biológicos na remoção da polpa e na instrumentação dos canais.
3. Métodos de odontometria são descritos para determinar o comprimento real de trabalho nos
Este documento descreve os princípios gerais do preparo cavitário propostos por Black em 1907, incluindo a sequência de procedimentos e detalhes sobre a forma de contorno para diferentes tipos de cavidades. É importante realizar uma remoção completa da dentina cariada e definir margens que promovam a retenção do material restaurador. O preparo deve ser adaptado considerando fatores como o risco de cárie do paciente.
Este documento relata um caso clínico de restauração estética de dois incisivos centrais superiores. O paciente apresentava restaurações antigas nos dentes que necessitavam ser substituídas. O tratamento envolveu a confecção de pinos intrarradiculares de fibra de vidro e coroas de cerâmica adesiva IPS e.max. O relato descreve detalhadamente os procedimentos realizados, incluindo preparo dos dentes, confecção dos pinos e coroas, e protocolo de cimentação adesiva.
Este artigo descreve o uso de coroas endocrown para restaurar dentes posteriores desvitalizados com pouco remanescente coronário através de um relato de caso clínico. A técnica envolve preparo da câmara pulpar, moldagem e cimentação de uma coroa de cerâmica que se estende para dentro do canal radicular sem necessidade de pino, preservando estrutura dental. A coroa foi confeccionada com sucesso pelo sistema CEREC, restaurando forma, função e estética ao dente.
Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica...J Edgar Valdivia C
Este artigo descreve um caso clínico onde a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) foi usada para diagnosticar e planejar o tratamento de uma perfuração radicular. O CBCT identificou com precisão a localização da perfuração, permitindo que o tratamento, incluindo retratamento endodôntico, selamento da perfuração com MTA e reabilitação do dente, fosse realizado com sucesso em uma única sessão. O resultado final mostrou resolução do quadro de dor e ausência de lesão periapical
Este documento descreve um caso clínico no qual facetas cerâmicas foram utilizadas para restaurar o sorriso de uma paciente insatisfeita. O tratamento envolveu cirurgia gengival, confecção de facetas de cerâmica com sistema IPS Empress Esthetic e cimentação das mesmas. As facetas cerâmicas proporcionaram excelentes resultados estéticos e funcionalidade ao sorriso da paciente.
Abordagens conservadoras para reabilitação de dentes tratados endodonticamenteDidaticaMPCO
O documento discute abordagens conservadoras para a reabilitação de dentes tratados endodonticamente, incluindo o uso de pinos de fibra de vidro. Apresenta o protocolo clínico para seleção, preparo e cimentação do pino, enfatizando a preservação dos tecidos dentais e adesão adequada. Também descreve evoluções nos desenhos de pinos e sistemas adesivos para melhorar a retenção e longevidade das restaurações.
Este documento descreve os princípios gerais do preparo cavitário, incluindo a definição, tipos de cavidade, materiais restauradores e a classificação de Black. Também explica a ordem de procedimentos de Black para o preparo cavitário, incluindo forma de contorno, resistência e retenção. O objetivo é remover o tecido cariado e preparar a cavidade para receber uma restauração que proteja a estrutura remanescente.
Este documento descreve uma técnica direta para confecção de um núcleo metálico bipartido para dentes multirradiculares com raízes divergentes. A técnica envolve a modelagem individual de cada canal radicular com resina acrílica, evitando a necessidade de passos adicionais de modelagem e fundição e reduzindo o tempo de fabricação da prótese final.
1) O documento relata um caso clínico de tratamento endodôntico de incisivos centrais superiores com reabsorção radicular interna no terço médio da raiz.
2) O tratamento envolveu preparo biomecânico dos canais, uso de hipoclorito de sódio e EDTA para limpeza da área de reabsorção, e medicação com hidróxido de cálcio.
3) Após obturação dos canais com guta-percha e cimento, o controle radiográfico após 1 ano mostrou boa
Trabalho tratamentos conservadores finalizadoBruno Sequeira
O documento discute dois tratamentos conservadores na odontologia: tratamento endodôntico e tratamento ortodôntico. O tratamento endodôntico envolve desvitalização e limpeza dos canais radiculares para salvar dentes danificados, enquanto o tratamento ortodôntico usa aparelhos fixos para corrigir problemas de alinhamento dental através da aplicação controlada de forças. O documento fornece detalhes sobre os procedimentos e instrumentos envolvidos em ambos os tratamentos.
1) O documento relata um caso clínico de cárie oculta no primeiro molar inferior esquerdo de uma paciente de 23 anos.
2) Apesar da ausência de sinais clínicos visíveis, exames radiográficos revelaram lesão de cárie na dentina.
3) O tratamento envolveu a remoção parcial da dentina cariada, capeamento pulpar indireto e restauração definitiva com resina composta.
Prótese fixa inter relação com periodontia 2011Tiago Martins
O documento discute as relações entre próteses dentárias e periodontia. Resume que o sucesso de uma prótese depende de sua integração harmônica com os tecidos ao longo do tempo. Também discute a importância da saúde periodontal antes de qualquer procedimento restaurador e a necessidade de limite cervical definido e polido para evitar placa bacteriana.
O documento descreve um caso clínico no qual um dente com canal radicular amplo e pouco remanescente coronário recebeu um pino de fibra de vidro anatômico. O pino foi moldado às paredes do canal com resina composta, melhorando a adaptação. Isso permitiu uma fina linha de cimento e aumentou a retenção do pino. O dente foi então restaurado com resina composta direta.
Este artigo descreve um caso clínico para analisar a recuperação da área mentual após remoção de enxertos ósseos. Tomografias computadorizadas foram realizadas imediatamente após a cirurgia e 190 dias depois. Os defeitos abaixo dos dentes 43 e 33 ainda estavam presentes após 190 dias, enquanto os defeitos abaixo dos dentes 41/42 e 31/32 mostraram maior regeneração óssea. O artigo discute a possibilidade de reabordar a área mentual para nova remoção de enxert
Este estudo avaliará a distância entre os ápices radiculares dos primeiros e segundos molares mandibulares e a borda superior do canal mandibular em 1000 exames de TCFC. O objetivo é fornecer informações anatômicas para reduzir riscos durante procedimentos odontológicos nessa região. As medidas serão feitas nos três planos tomográficos e os resultados poderão ser publicados.
Este documento descreve um caso clínico no qual uma paciente recebeu cirurgia periodontal para corrigir um sorriso gengival irregular e curto, seguido por restaurações estéticas de resina composta. A cirurgia de gengivectomia interna melhorou o contorno gengival e aumentou a coroa clínica dos dentes anteriores. Após a cicatrização, restaurações de resina corrigiram uma rotação dental e substituíram restaurações antigas, melhorando o alinhamento e estética do sorriso
Este documento descreve dois casos clínicos de restaurações cerâmicas:
1) Foram confeccionadas coroas cerâmicas para os dentes 11 e 12, que necessitavam de preparo dental devido ao escurecimento.
2) Uma lente de contato cerâmica sem preparo dental foi confeccionada para o dente 21 para melhorar a estética. Ambas as restaurações utilizaram cerâmica reforçada com dissilicato de lítio para restaurar a harmonia do sorriso.
1. O documento apresenta um resumo sobre os principais conceitos e evolução da implantodontia, incluindo os períodos da implantodontia, histórico, osseointegração, tipos de ossos, instalação de implantes e biomateriais.
2. São descritos os principais conceitos como osseointegração, fibroseointegração, anatomia óssea, tipos de implantes, planejamento cirúrgico e prótese.
3. Também são apresentados os principais biomateriais utilizados em implantodontia e seu planejamento
Apesar dos avanços da osseointegração, enxertos ósseos ainda são necessários em alguns casos complexos para recuperar o capital ósseo antes da colocação de implantes. A área doadora do enxerto depende do tamanho da área desdentada, podendo ser regiões da própria boca ou osso ilíaco e calota craniana em áreas maiores.
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Lenilson Souza
Resumo: Você já tentou de tudo para emagrecer, mas nada parece funcionar? Você
não está sozinho. Perder peso pode ser uma jornada frustrante e desafiadora,
especialmente com tantas informações conflitantes por aí. Talvez você esteja se
perguntando se existe um método realmente eficaz e sustentável para alcançar
seus objetivos de saúde. A boa notícia é que, sim, há! Neste artigo, vamos explorar
estratégias comprovadas que realmente funcionam. Desde a importância de uma
alimentação balanceada e exercícios físicos eficazes, até a relação entre sono,
hidratação e controle do estresse com o emagrecimento, vamos desmistificar os
mitos e fornecer dicas práticas que você pode começar a aplicar hoje mesmo.
Então, se prepare para transformar sua abordagem e finalmente ver os resultados
que você merece!
1. Prof. Dr. Edson Dias Costa Junior
Área de Endodontia
Departamento de Odontologia
Universidade de Brasília
CADERNOS ENDODÔNTICOS:
A PRÁTICA DA CIÊNCIA
Parte 2
ACESSO À CÂMARA PULPAR CORONÁRIA
2017
2. 2
Cadernos Endodônticos: a prática da ciência
2017
Prof. Dr. Edson Dias Costa Junior
APRESENTAÇÃO
Prezados estudantes e profissionais da odontologia.
Ao longo desses 30 anos de vivência com a endodontia
clínica e a ciência endodôntica, observamos vários aspectos
importantes na prática odontológica diária, sejam específicos da
endodontia ou relacionados às outras especialidades da
odontologia.
Com o amadurecimento profissional no campo do ensino e
pesquisa, elaboramos este conteúdo didático, que reflete o nosso
perfil de entendimento sobre o assunto.
A apresentação do conteúdo passa pelas informações
científicas recolhidas de pesquisas na área, ressaltando aspectos
relevantes para a prática clínica.
O objetivo desse trabalho é mostrar de forma simples os
elementos necessários para o raciocínio e a prática da atividade
clínica em endodontia.
Logicamente, o estudo do Universo Endodôntico é ilimitado,
mas deve ter um bom começo.
Espero que o modo de apresentação do assunto possa
contribuir para este começo.
Prof. Dr. Edson Dias Costa Junior
Cirurgião-Dentista formado pela FO-Araçatuba - UNESP
Especialista em Endodontia - FOJOP - Anápolis - GO
Mestre em Clínica Odontológica-Endodontia - FOPiracicaba - UNICAMP
Doutor em Ciências da Saúde-Endodontia - UNB
Professor Adjunto e Integrante da Área de Endodontia - ODT - FS - UNB
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Cadernos Endodônticos: a prática da ciência
2017
Prof. Dr. Edson Dias Costa Junior
ACESSO À CÂMARA PULPAR CORONÁRIA
1- INTRODUÇÃO
Ao indicar um tratamento endodôntico partimos do princípio que todos
os exames clínicos e imaginológicos [radiografias e/ou tomografias] foram
realizados. A avaliação da viabilidade e o restabelecimento das funções
mastigatórias do elemento dentário são favoráveis e o diagnóstico
endodôntico foi definido. De importância significativa é o levantamento do[s]
possível[is] fator[es] etiológico[s] que estão associados ao diagnóstico [ou
hipótese diagnóstica] estabelecido.
O tratamento endodôntico desenvolve-se em etapas técnicas
interdependentes:
a) Acesso à câmara pulpar ou acesso coronário
b) Preparo cirúrgico do sistema de canais
c) Obturação do sistema de canais
Cada etapa ou momento técnico possui suas particularidades ou
passos a serem cumpridos. A execução adequada dos passos técnicos
resultará numa etapa bem feita e que contribuirá para realização das etapas
seguintes. O resultado final do tratamento endodôntico é dependente da
execução adequada de todas as etapas.
Acesso à câmara pulpar ou acesso coronário é o caminho que coloca
em comunicação a superfície externa da coroa dentária com o espaço
interno ocupado pela polpa coronária (câmara pulpar coronária). No seu
conceito mais clássico, é uma abertura na superfície da coroa que permite a
colocação de um instrumento endodôntico livre de interferências coronárias
e cervicais, diretamente à porção mais profunda do canal radicular.
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Cadernos Endodônticos: a prática da ciência
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Antes de iniciar tecnicamente esta etapa é preciso fazer as seguintes
observações:
a) Condições clínicas da coroa dentária
a.1) presença de cárie e/ou restaurações e/ou coroas protéticas
A cárie quando presente deve ser totalmente removida antes do acesso
coronário, independente da extensão de destruição que possa ter causado
na coroa. Microrganismos presentes na cárie podem reforçar a
contaminação endodôntica durante o trabalho nos canais.
Restaurações radiopacas ou coroas protéticas que impedem a avaliação da
estrutura subjacente também devem ser totalmente removidas para que a
estrutura dentária remanescente possa ser reavaliada sobre sua viabilidade.
a.2) destruições coronárias que comprometem a região cervical do
dente
Em todos o casos citados acima, dependendo da destruição coronária
existente, é necessário fazer algumas reconstruções provisórias com
material restaurador [ionômero de vidro ou resina composta] para possibilitar
o uso do isolamento absoluto e condições seguras de campo operatório para
o desenvolvimento do tratamento endodôntico.
b) Condições radiográficas referentes à coroa dentária
b.1) presença e dimensão da câmara coronária
b.2) relação da câmara coronária com a superfície externa da coroa
b.3) alterações na forma da câmara coronária em virtude de cárie,
preparos cavitários e restaurações pré-existentes
b.4) nódulos pulpares ou calcificações distróficas na câmara coronária
b.5) atresia da câmara coronária pelo envelhecimento do dente
b.6) pulpotomias feitas no passado
b.7) presença de áreas de reabsorção interna da dentina coronária
b.8) relação do teto com o soalho da câmara coronária em dentes
multirradiculares
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Cadernos Endodônticos: a prática da ciência
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Estas observações descritas no item "b" possibilitarão estimar a
dificuldade do passo técnico [acesso coronário] e prevenir acidentes
[desgastes excessivos, perfurações e degraus cervicais].
Câmaras coronárias mais amplas, presentes em dentes mais jovens,
são mais fáceis de serem acessadas. A medida que ocorre o
envelhecimento do dente ou que este seja acometido por cárie, tratamentos
restauradores ou traumatismos, tanto a forma quanto as dimensões da
câmara coronária serão modificadas e diminuídas, dificultando o acesso
coronário com maior risco de erros.
2- ACESSO À CÂMARA CORONÁRIA
Para facilitar o aprendizado e estabelecer um protocolo seguro no
desenvolvimento técnico, esta etapa é dividida nos seguintes passos:
a) Escolha da ponta diamantada adequada
b) Ponto de eleição
c) Inclinação da ponta diamantada em direção à câmara coronária
d) Chegada à câmara coronária - sensação de "queda no vazio"
e) Remoção do teto da câmara coronária - Forma de contorno do acesso
f) Localização da entrada ou entradas dos canais
g) Desgaste compensatório necessário - Forma de conveniência do acesso
2.a) ESCOLHA DA PONTA DIAMANTADA
Muitos livros texto trazem diversas indicações de ponta diamantada ou
broca para o acesso coronário. Ao longo dos anos de prática e ensino da
Endodontia na Universidade de Brasília, passamos por várias
experimentações neste aspecto. Realmente, dependendo da destreza
manual e vivência profissional, é possível realizar adequado acesso
coronário com diferentes formatos e tamanhos de pontas diamantadas ou
brocas. Entretanto, para os estudantes que estão no primeiro contato com a
Endodontia, observamos que o uso de pontas diamantadas esféricas
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Cadernos Endodônticos: a prática da ciência
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proporcionam segurança no procedimento inicial e diminuem o risco de
acidentes. Depois, o uso de uma broca com ponta inativa para fazer o
refinamento das paredes laterais do acesso diminui o risco de desgaste nas
estruturas dentárias opostas e que estarão à frente da broca [paredes
vestibulares de dentes anteriores e soalho dos dentes multirradiculares]
[Figura 1].
A ponta diamantada deve ser pouco menor que a câmara coronária,
para assegurar a "queda no vazio" e diminuir o risco de desgastes
excessivos nas paredes laterais da câmara coronária [Figura 2].
Figura 1 - Perfurações e desgastes excessivos das
estruturas coronárias.
Figura 2 - Relação entre câmara
coronária e ponta diamantada e
pontas diamantadas de uso mais
comum para todos os casos
[contorno em vermelho].
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2.b) PONTO DE ELEIÇÃO
Estabelecer o local na coroa dentária onde a ponta diamantada será
posicionada para iniciar o desgaste do esmalte. Este ponto deve ser o mais
próximo possível do teto da câmara coronária para diminuir ao máximo o
desgaste de estruturas desnecessárias.
As descrições e figuras apresentadas na sequência são referentes aos
experimentos feitos no laboratório de Endodontia da UNB, por volta de 1999,
onde foram utilizadas coroas dentárias íntegras de dentes extraídos,
separadas das raízes, e que foram demarcadas conforme o descrito abaixo.
No local do ponto de eleição foi colocado uma pequena gota de sulfato de
bário. As coroas foram submetidas a radiografias onde o feixe central de
raios-X foi direcionado perpendicularmente à superfície do ponto de eleição
[nos dentes anteriores] e perpendicularmente à superfície oclusal [nos
dentes posteriores]. Os resultados mostraram que o dimensionamento
preconizado e a escolha do ponto de eleição asseguram o encontro da
câmara coronária durante o procedimento de acesso.
2.b.1) DENTES ANTERIORES
Superiores e inferiores, o ponto de eleição fica na face palatina.
A melhor maneira de localizá-lo é dividir a coroa anatômica em nove partes
(como num “jogo da velha”). No quadrante central, pode-se dividi-lo também
em 9 partes. O ponto de eleição está localizado no quadrante cervical-
central, próximo à linha divisória entre este e o quadrante central [Figura 3].
Figura 3 - Dimensionamento e ponto
de eleição no incisivo central
superior.
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2.b.2) DENTES POSTERIORES: PRÉ-MOLARES
Nos dentes posteriores pré-molares o ponto de eleição fica na
superfície oclusal. A localização segura do ponto é feita dividindo-se a face
oclusal em nove partes (como num “jogo da velha”). No quadrante central,
pode-se dividi-lo também em 9 partes. O ponto de eleição está localizado no
quadrante central, próximo à linha divisória entre este e o quadrante mesial,
sobre o sulco central [Figuras 4 e 5].
2.b.3) DENTES POSTERIORES: MOLARES
Nos dentes posteriores molares o ponto de eleição fica na
superfície oclusal. A localização segura do ponto é feita dividindo-se a face
oclusal em nove partes (como num “jogo da velha”). No quadrante central,
pode-se dividi-lo também em 9 partes. O ponto de eleição está localizado no
quadrante central, próximo à linha divisória entre este e o quadrante mesial,
sobre o sulco e fosseta central [Figuras 6, 7, 8 e 9].
Figura 4 - Dimensionamento e
ponto de eleição aplicado ao
primeiro e segundo
pré-molares superiores
Figura 5 - Dimensionamento e
ponto de eleição aplicado ao
primeiro e segundo
pré-molares inferiores
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2.c) INCLINAÇÃO DA PONTA DIAMANTADA EM DIREÇÃO À CÂMARA
CORONÁRIA
Nesta fase a concentração deve ser máxima!!! Observar as referências
e a inclinação da ponta diamantada em relação à superfície do ponto de
eleição é fundamental. Descrições presentes em outras publicações levam
Figura 6 - Dimensionamento e
ponto de eleição aplicado ao
primeiro molar superior
Figura 7 -
Dimensionamento e ponto
de eleição aplicado ao
segundo molar superior
Figura 8 -
Dimensionamento e ponto
de eleição aplicado ao
primeiro molar inferior
Figura 9 -
Dimensionamento e ponto
de eleição aplicado ao
segundo molar inferior
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em consideração o longo eixo do dente como referência para a inclinação da
ponta diamantada. Entretanto, analisando muitos acidentes ocorridos com o
uso desta referência para o acesso coronário [desgastes inadequados das
paredes dentinárias e perfurações], fizemos algumas modificações e
detalhamentos que tornam a técnica mais segura:
1) Muitos dentes possuem eixos longitudinais diferentes, na mesma
estrutura, sendo o eixo coronário diferente do eixo radicular;
2) Se considerarmos a visão tridimensional do dente, observaremos que o
mesmo possui um eixo no sentido mesiodistal e outro no sentido
vestibulolingual; ambos podem se apresentar na parte da coroa de maneira
diferente da raiz.
3) Para a execução do acesso à câmara pulpar a referência mais importante
é o plano da superfície onde foi estabelecido o ponto de eleição.
4) Nos dentes anteriores, onde o ponto de eleição será na superfície palatina
ou lingual, as inclinações da ponta diamantada serão:
a) no sentido mesiodistal: coincidente com o longo eixo da coroa;
b) no sentido vestibulolingual: perpendicular à inclinação da parede
palatina ou lingual onde está o ponto de eleição. [Figura 10]
5) Nos dentes posteriores, onde o ponto de eleição está na superfície
oclusal, as inclinações da ponta diamantada serão:
a) no sentido mesiodistal: coincidente com o longo eixo da coroa;
b) no sentido vestibulolingual/palatino: perpendicular ao plano oclusal
da coroa. [Figuras 11 e 12]
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Figura 10 - Longo eixo no sentido mesiodistal e vestibulolingual nos dentes
anteriores.
Figura 11 - Longo eixo no sentido mesiodistal e vestibulolingual nos pré-
molares.
Figura 12 - Longo eixo no sentido mesiodistal e vestibulolingual nos molares.
2.d) CHEGADA À CÂMARA CORONÁRIA - SENSAÇÃO DE QUEDA NO
VAZIO
À medida que avançamos com a ponta diamantada, mantendo a
inclinação e o local do ponto de eleição, com leves toques na dentina à
frente, conseguimos perceber a resistência desta ao corte pela pressão que
imprimimos ao segurar a caneta de alta-rotação. Ao chegar à câmara
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coronária, a sensação de resistência, antes percebida, desaparece
repentinamente [como se estivéssemos fazendo um furo em uma madeira,
no momento em que a broca atravessa o lado oposto]. Sentimos uma
pequena queda no espaço vazio. Neste momento, deve-se observar a
profundidade alcançada pela ponta diamantada e ter o cuidado de não
aprofundá-la ainda mais. Estruturas dentárias importantes estão logo à
frente e um pequeno movimento de avanço poderá danificá-las,
comprometendo o trabalho e, em situações mais graves, o elemento
dentário.
2.e) REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA CORONÁRIA - FORMA DE
CONTORNO DO ACESSO
Manter a profundidade da ponta diamantada é importante para evitar
acidentes! [Figura 1]
Nos dentes anteriores, para melhor segurança na remoção do teto da
câmara pulpar, deve-se fazer uma pequena mudança no longo eixo
vestíbulo-lingual da ponta diamantada, deixando-a mais paralela ao longo
eixo da coroa. Nada muda no longo eixo mésio-distal!!! [Figura 13].
Nos dentes posteriores [pré-molares e molares], os longos eixos
[mésio-distal e vestíbulo-lingual] devem ser mantidos. [Figura 13].
A ponta diamantada será colocada na cavidade inicialmente feita, sem
desgastar as paredes laterais. Ao chegar no interior da câmara coronária a
ponta diamantada deve tocar com leve pressão na parede lateral da dentina.
Remover a ponta diamantada, totalmente da cavidade de acesso, aplicando
a mesma pressão lateral [no início dessa remoção, percebe-se ligeira
resistência causada pelo teto da câmara coronária sobre o ponto de união
da parte ativa da ponta diamantada e sua haste lisa]. Esse movimento
descrito acima é denominado de “MOVIMENTO DE VARREDURA”, do
interior para o exterior do dente. Repete-se o movimento mudando a ponta
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diamantada de posição [movimento de translação] para que desgaste
lateralmente a dentina ao seu redor, desde o interior da câmara coronária
até a superfície externa do dente [em todo o perímetro do acesso]. A
cavidade de acesso vai aumentando em diâmetro à medida que o teto da
câmara coronária é removido. A remoção total do teto da câmara coronária
vai produzir uma conformação na superfície externa da coroa, denominada
FORMA DE CONTORNO. [Figuras 14 a 17]
Nos incisivos superiores e inferiores a forma de contorno é triangular, com a
base do triângulo voltada para o bordo incisal do dente. A diferença entre
elas está na dimensão do acesso que corresponde à dimensão de cada
dente. Nos incisivos inferiores, pela pequena dimensão da estrutura
coronária e da câmara coronária, todo este processo técnico exige maior
habilidade manual para diminuir as falhas nos desgastes. [Figura 14]
Figura 13 - Remoção da estrutura dentária
correspondente ao teto da câmara coronária
[em verde]. As setas longas amarelas
representam o longo eixo da ponta
diamantada até a "queda no vazio".
A seta curva [laranja] no dente anterior
[a direita] mostra o movimento da haste
da ponta diamantada para a remoção
do teto da câmara pulpar.
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Nos caninos, a diferença na anatomia coronária reflete na diferença da
forma de contorno. No canino superior a forma de contorno é mais
losangular, alongada no sentido cérvico-incisal, acompanhando o contorno
externo da coroa. No canino inferior, o formato é mais ovalado, também
alongado no sentido cérvico-incisal. [Figura 15]
Nos pré-molares superiores, geralmente a forma de contorno do acesso é
ovalada/elíptica com longo eixo no sentido vestíbulo-palatino e achatada no
sentido mésio-distal. Se houver dois canais, com duas entradas, a câmara
coronária é mais alongada no sentido vestíbulo-palatino quando comparado
com pré-molares superiores que possuem somente um canal. Isto reflete na
dimensão da forma de contorno, deixando-a mais elíptica do que ovalada.
Nos pré-molares inferiores, geralmente a forma de contorno é ligeiramente
ovalada, pouco mais alongada no sentido vestíbulo-lingual [Figura 16].
Figura 14 - Forma de
contorno do acesso
no Incisivo superior
[esquerda] e inferior
[direita]
Figura 15 - Forma de
contorno do acesso
no Canino superior
[esquerda] e inferior
[direita]
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Tanto no primeiro quanto no segundo molar superior, a forma de contorno é
triangular com base voltada para vestibular, de modo a coincidir cada vértice
do triângulo com a entrada de cada canal correspondente. O segundo molar
superior, pode apresentar câmara coronária mais achatada no sentido
mésio-distal à semelhança do contorno coronário externo, com a localização
da entrada do canal disto-vestibular mais próxima do eixo entre os canais
mésio-vestibular e o palatino. Nestes casos, o formato triangular do acesso
coronário possui um achatamento no sentido mésio-distal, ficando a sua
base voltada para mesial.
Nos molares inferiores [primeiro e segundo], a forma de contorno é triangular
com base para mesial. Nos casos onde a entrada do canal distal seja mais
alongada no sentido vestíbulo-lingual ou o dente possuir quatro canais [dois
canais mesiais e dois distais], o formato do acesso coronário pode adquirir
um contorno trapezoidal, com base maior para mesial. Importante ressaltar
que cada vértice do contorno deve estar alinhado com a correspondente
entrada do canal, pois será um guia para a colocação do instrumento no
interior dos canais [Figura 17].
Figura 16 - Forma de
contorno do acesso
no Primeiro Pré-molar
superior [esquerda] e
Pré-molares inferiores
[direita]
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Alguns autores indicam brocas ou pontas diamantadas com ponta
inativa para remoção do teto da câmara coronária. O argumento para a
indicação está na segurança quanto aos desgastes desnecessários de
estruturas dentinárias opostas à cavidade de acesso e soalho da câmara
pulpar nos dentes multirradiculares. Geralmente, para iniciantes na
endodontia, o domínio espacial com dimensões muito pequenas é dificultoso
e o mínimo descuido com instrumentos de corte pode ocasionar prejuízos
nas estruturas dentárias importantes. Pela nossa vivência prática, indicamos
a broca Endo-Z [Maillefer-Dentsply] [Figura 18]. Entretanto, o formato da
broca Endo-Z [cônica longa] pode dificultar a remoção total do teto da
câmara pulpar, principalmente nos dentes anteriores [com bordo incisal],
podendo deixar falha no passo técnico. Dessa forma, se a broca Endo-Z for
utilizada na remoção do teto da câmara pulpar, talvez seja necessário o uso
da ponta diamantada esférica [usada inicialmente] para a remoção dos
locais onde permaneceram os cornos pulpares [resíduo do teto].
Outra indicação para a broca Endo-Z é no alisamento das paredes
laterais do acesso coronário, principalmente se foi usada ponta diamantada
esférica anteriormente, dando ligeira inclinação [expulsividade] às paredes
no sentido do exterior da cavidade de acesso. Deve-se preservar as pontas
de cúspides e bordos incisais.
Figura 17 - Forma de
contorno do acesso
no Molar superior
[esquerda] e inferior
[direita]
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Uma das maneiras para verificar se ainda há resíduo de teto não
removido durante o passo técnico, é colocar a parte angulada da sonda
exploradora no interior do acesso e fazer com que a ponta toque nas
paredes laterais da câmara coronária [Figura 19]. Com movimentos curtos
de retirada, estando a ponta em contato com as paredes laterais da câmara
coronária, devemos perceber se haverá alguma retenção ao movimento.
Repetimos o procedimento por todo perímetro da forma de contorno. Onde
houver resistência à remoção do instrumento, pode haver resíduo de teto da
câmara coronária. Neste ponto, com a ponta diamantada esférica, faremos o
desgaste necessário até que, ao repetir o teste com a sonda exploradora,
esta escorregue pelas paredes laterais da câmara coronária até o exterior da
cavidade, sem interferências.
Depois de regularizar os bordos da forma de contorno, deve-se limpar
a câmara coronária utilizando uma cureta de dentina de pescoço longo.
Polpa coronária com vitalidade ou necrosada ou pequenas calcificações
Figura 18 - Broca Endo-Z,
[Maillefer-Dentsply]. Cônica,
longa [9 mm parte ativa] e
ponta inativa.
Figura 19 - Sonda exploradora [parte
angulada. Verificação da presença de
teto da câmara coronária.
Setas brancas apontam a presença de
teto na câmara coronária.
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devem ser removidas deste espaço. Se houver sangramento, manobras por
compressão e o uso de suspensão com hidróxido de cálcio podem auxiliar
na hemostasia. Todo o procedimento de hemostasia até secar a câmara
coronária é feito com bolinha de algodão estéril [não se usa jato de ar para
esta manobra].
2.f) LOCALIZAÇÃO DA ENTRADA OU ENTRADAS DOS CANAIS
Agora a câmara coronária está pronta para ser inspecionada. O
objetivo maior é a localização da entrada ou entradas do[s] canal[is]
radicular[es]. Utilizando uma Ponta Rhein faz-se a sondagem profunda da
câmara coronária [tenha como referência limite amelo-cementário nos
dentes unirradiculares e o soalho da câmara nos dentes multirraridulares],
identificando o[s] ponto[s] de abertura[s] correspondente[s] à[s] entrada[s]
do[s] canal[is] [Figuras 20 e 21].
Nos dentes unirradiculares, geralmente a entrada do canal está
localizada em frente da cavidade de acesso, em linha reta levando em
consideração o longo eixo do dente [Figura 22]. Se houver mais de um canal
numa mesma raiz, deve-se procurar sua entrada com uma sonda levando
Figura 20 - Ponta Rhein.
Há outras angulagens de
ponta, porém esta é a mais
versátil na prática clínica.
Figura 21 - Verificação das
entradas dos canais com a
Ponta Rhein.
Procurar a partir da
localização anatômica mais
comum.
As entradas inicialmente não
encontradas serão exploradas
com manobras especiais.
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em consideração o possível posicionamento deste, conforme descrições
anatômicas.
Nos dentes multirradiculares, como o primeiro pré-molar superior, a
entrada do canal vestibular está abaixo da cúspide vestibular e do canal
palatino abaixo da cúspide palatina [Figura 23].
No primeiro molar superior, a entrada do canal mésio-vestibular
localiza-se abaixo da cúspide de mesmo nome; a entrada do canal disto-
vestibular encontra-se ligeiramente para medial com relação ao canal mésio-
vestibular e entre 1,5 a 2,0 mm para distal deste; a entrada do canal palatino
está projetada abaixo, entre a fossa central e a cúspide palatina; e a entrada
do canal mésio-palatino [também chamado mésio-vestibular 2] está próxima
Figura 22 - Entrada do canal no incisivo
central superior.
Posicionado no centro geométrico da
coroa.
O posicionamento se repete para
outros dentes com uma entrada de
canal, tanto superiores quanto inferiores.
Figura 23 - Primeiro pré-molar
superior. Entrada dos canais
vestibular e palatino e soalho
da câmara coronária
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ao canal mésio-vestibular, numa linha ou sulco existente entre a abertura
deste e a abertura do canal palatino. Em muitos casos a entrada canal
mésio-palatino não está visível logo após o acesso coronário [pode estar
coberto por calcificações dentinárias ou pode estar profundamente
localizado a partir de uma abertura única com o canal mésio-vestibular],
necessitando de ser localizado com desgastes especiais [manobra clínica
cautelosa] [Figura 24].
No segundo molar superior a disposição das entradas dos canais
segue o descrito para o primeiro molar superior. Uma variação frequente do
segundo molar superior é seu achatamento no sentido mésio-distal. Este
achatamento reflete na posição do canal disto-vestibular que se aproxima do
eixo entre as entradas dos canais mésio-vestibular e palatino [Figura 25].
Nos molares inferiores, a entrada do canal mésio-vestibular está
abaixo da cúspide de mesmo nome; a entrada do canal mésio-lingual
Figura 24 - Entrada dos
canais radiculares no
primeiro molar superior.
Projeção coronária
[esquerda] e vista real
[direita]. Na imagem da
direita há um sulco
partindo do canal MV em
direção ao centro do
soalho. O canal MP
encontra-se neste sulco.
Figura 25 - Segundo molar
superior. Projeção coronária
das entradas dos canais
[esquerda] e vista real
[direita]. Nestes dentes pode
haver achatamento mésio-
-distal, deslocando a entrada
do canal DV próximo ao eixo
dos canais palatino e mésio-
-vestibular.
21. 21
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encontra-se abaixo da cúspide mésio-lingual; e a entrada do canal distal
está aproximadamente a 2 mm para distal da fossa central. Quando
existirem dois canais distais, ambos estarão lado-a-lado, na mesma região
do soalho da câmara pulpar [Figuras 26 a 28].
2.g) DESGASTE COMPENSATÓRIO - FORMA DE CONVENIÊNCIA
Existem casos, muito frequentes, em que uma ou outra entrada de
canal não pode ser identificada diretamente com a exploração pela ponta
Rhein [geralmente as entradas dos canais mésio-vestibulares dos molares
superior e inferior; entrada mésio-palatina dos molares superiores, canais
linguais dos incisivos e caninos inferiores]. Nestas situações, deve-se agir
Figura 26 - Primeiro molar
inferior. Projeção coronária
das entradas dos canais.
Dente com 3 canais
[esquerda] e com 4 canais
[direita]
Figura 27 - Segundo molar
inferior. Projeção coronária
das entradas dos canais.
Dente com 3 canais
[esquerda] e com 4 canais
[direita]
Figura 28 - Primeiro molar
inferior [esquerda] e Segundo
molar inferior [direita].
Vista real da entrada dos
canais.
Efeito do líquido na câmara
coronária para visualização
das entradas dos canais -
recurso clínico valoroso
[esquerda]
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com cautela, pois há necessidade de procurar e deixar livre a entrada do
canal com desgaste da parede de dentina e/ou calcificação que se localiza
sobre a mesma. Este procedimento, conhecido como DESGASTE
COMPENSATÓRIO, é feito utilizando a broca LN (Maillefer), com leves
toques no ponto onde, teoricamente, localiza-se a entrada do canal e
desgaste em direção à parede externa da mesma. Atenção para evitar o
aprofundamento excessivo da broca sobre estrutura calcificada. À medida
que a dentina ou calcificação é removida, deve-se investigar com a ponta
Rhein se a entrada do canal foi encontrada e está livre de obstrução.
Esses desgastes acabam deixando a parede axial correspondente à
entrada do canal com uma concavidade ou irregularidade. Para deixar esta
parede mais uniforme e que possa permitir que o instrumento adentre o
canal com menor interferência coronária, utilizamos a broca Endo-Z, para
adequação e alisamento final. O resultado destes desgastes, muitas vezes,
alteram a forma de contorno, pois a parede axial é trabalhada pelo
instrumento desde a entrada do canal até o bordo superficial coronário. O
novo formato do contorno do acesso coronário, após esse desgaste é
denominado de FORMA DE CONVENIÊNCIA [Figuras 29 e 30].
Figura 29 - Broca LN [Maillefer-Dentsply].
Indicada para o desgaste puntual de estrutura
calcificada que obstrui a entrada do canal
radicular
Figura 30 - Formação dentina
sobre a entrada do canal
[esquerda]. Área pontilhada deverá
ser removida para localização das
entradas dos canais.
Figura da direita mostra o eixo de
inserção dos instrumentos após a
remoção das interferências nas
entradas dos canais e alisamento
das paredes axiais.
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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos últimos tempos, o avanço da tecnologia favoreceu muito o
desempenho técnico no acesso à câmara coronária. O uso da microscopia
auxilia significativamente o direcionamento da ponta diamantada e a
chegada ao espaço endodôntico, principalmente nos casos onde a há
atresia do mesmo ou calcificações que podem torná-lo inexistente. Nestes
casos mais difíceis, o uso do ultrassom com pontas especiais torna mais
seguro o procedimento de remoção das calcificações pulpares e dentina
terciária sobre as entradas dos canais. Há relatos de acesso coronário feito
com uso de ultrassom desde o início [ponto de eleição].
Outra novidade que chama a atenção são os relatos sobre acessos
coronários conservadores ["Ninjas"], com o argumento de preservar
estrutura dentária diminuindo o risco de fratura após o término do tratamento
endodôntico e a restauração adequada. Primeiramente, com vista no
conteúdo séptico presente no espaço endodôntico e túbulos dentinários,
uma cavidade de acesso conservadora pode deixar resíduo de teto da
câmara coronária com preservação de material necrótico pulpar e túbulos
dentinários contaminados nessa região. Também, haverá maior dificuldade
no preparo adequado do sistema de canais, principalmente nos canais mais
amplos, deixando superfícies sujas e contaminadas, podendo comprometer
o sucesso do trabalho. A utilização de microscopia, pontas especiais de
ultrassom, técnicas de instrumentação dos canais e irrigação, podem auxiliar
no desbridamento destas áreas retentivas, deixando o espaço mais seguro
quanto à contaminação, mas ainda duvidoso.
Na técnica de acesso coronário clássica como a descrita neste
trabalho, não é recomendada a visão conservadora ultimamente difundida.
Outro questionamento que surge sobre o tema diz respeito à
quantidade de dentina desgastada e o local do desgaste que possa diminuir
significativamente a resistência do elemento dentário ao ponto de torná-lo
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frágil aos esforços mastigatórios. Regra geral, dentes com
comprometimentos endodônticos possuem histórico de destruições
coronárias por cárie ou restaurações, traumatismos e sobrecargas oclusais
que os tornam mais frágeis. Logicamente, um acréscimo de desgaste
produzido pelo acesso endodôntico pode fragilizar ainda mais a estrutura
dentária. Porém, pesquisas ainda não esclareceram quanto de estrutura
dentária perdida torna-se significativa para a inviabilidade funcional do
dente. A segurança de poder atuar no espaço endodôntico com qualidade
depende de um acesso que proporcione condição de trabalho adequado no
interior dos canais radiculares. A intenção em preservar estrutura coronária
no acesso endodôntico coloca em dúvida os procedimentos seguintes de
limpeza e descontaminação endodôntica, além de dificultar a visualização
das entradas dos canais principais únicos ou múltiplos que podem ocorrer.
Então, qual a relação custo/benefício entre um acesso conservador e a
possível contaminação residual que possa ficar no sistema endodôntico por
deficiência de limpeza e domínio da morfologia dos canais? Vale a pena?
A ciência ainda carece de investigações sobre este tema. Muitas
publicações possuem metodologias que não retratam as condições
fisiológicas dento-alveolares, deixando a desejar sobre os resultados obtidos
em seus valores absolutos. Testes de esforço na estrutura dentária "ex-vivo"
não podem ser repassados para realidade clínica. Além disso, quais os
valores de resistências de estruturas dentárias submetidas ao esforço
mastigatório padrão, com equilíbrio nos contatos oclusais, em pacientes que
não fazem apertamento e que não sejam bruxistas, ou que o dente
antagonista seja outro dente natural? Sim, estes questionamentos são as
variáveis clínicas que devem ser dimensionadas para que, a partir daí,
possam ser feitos testes de esforços nas estruturas dentárias "ex-vivo" e que
os resultados sejam comparados com o dente "in-vivo".
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Trabalhos que testam as estruturas dentárias colocando uma ponta
metálica sobre uma região coronária e fazendo um esforço até a obtenção
da fratura, mimetizam situações clínicas de pacientes que fazem
apertamento dentário ou bruxistas, onde duas estruturas com pouca flexão
[coroas dentárias - com ou se restaurações] estão interagindo. Estes
pacientes não são odontologicamente saudáveis. Deve-se ressaltar que
numa condição saudável do sistema estomatognático, os dentes
apresentam-se afastados quando em repouso, com leves toques durante a
deglutição; e durante a mastigação, as estruturas dentárias se aproximam
muito, até que haja o escoamento do bolo alimentar para os espaços
vestibular e lingual, porém não se tocam. Talvez, a maior pressão
transmitida à superfície coronária seja no início da mastigação de um
alimento muito consistente [pedras e ossos não fazem parte da nossa
dieta!!!]. Este esforço deve ser bem inferior aos publicados nos testes do tipo
"Instron". Outro detalhe que chama a atenção, é que os resultados são
publicados em vetores de força [Newton ou kilograma-força] que não
retratam a ação efetiva do esforço sobre uma estrutura dentária. Talvez o
uso de um vetor de pressão [por exemplo: Pascal] retrate melhor o esforço
recebido pela estrutura dentária a partir de uma força, distribuída em uma
área de contato ocupada por um alimento ou mesmo pela ponta de uma
cúspide sobre a superfície. O cuidado nestes detalhes pode trazer uma
evidenciação diferente sobre os desgastes e perdas de estruturas
coronárias, seja para um procedimento endodôntico ou não.
Outro aspecto importante está na restauração adequada do dente
submetido ao tratamento endodôntico, baseada não somente na cavidade
de acesso endodôntico mas também nas estruturas coronárias já
danificadas.
Artigos científicos que avaliam perdas dentárias de dentes submetidos
a tratamentos endodônticos, com raríssimas exceções, não abordam a
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condição estomatognática do paciente que fez parte da pesquisa, deixando
de serem avaliadas variáveis importantes sobre hábitos bucais deletérios e
doenças que refletem na harmonia do processo mastigatório. Portanto, seus
resultados podem ser questionados.
Até que tenhamos respostas bem embasadas aos questionamentos, a
aplicação clínica da técnica clássica do acesso coronário assegura um bom
trabalho de descontaminação endodôntica; e a restauração adequada do
dente tratado endodonticamente e seu equilíbrio oclusal assegura pleno
esforço fisiológico e longevidade ao elemento dentário.
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bramante CM e cols. Anatomia das cavidades pulpares: aspectos de
interesse endodôntico. Rio de Janeiro:Pedro Primeiro; 2000. 191p.
5- LEITURAS COMPLEMENTARES
Dammaschke T, Nykiel K, Sagueri D, Schäfer E. Influence of coronal
restorations on the fracture resistence of root canal-treated premolar
and molar teeth: a retrospective study. Aust Endod J. 2013; 39(2):48-
56.
Krishan R, Paqué F, Ossareh A, Kishen A, Dao T, Friedman S. Impacts of
conservative endodontic cavity on root canal instrumentation efficacy
and resistance to fracture assessed in incisors, premolars, and
molars. J Endod. 2014; 40:1160-1166.
Moore B, Verdelis K, Kishen A, Dao T, DipProstho, Friedeman S. Impacts of
contracted endodontic cavities on instrumentation efficacy and
biomechanical responses in maxillary molars. J Endod. 2016;
42:1779-1783.
Pedroso de Lima JJ. Mecânica Dentária. in: Introdução à mecânica dentária
e a outros temas em medicina dentária. Gráfica de Coimbra:Coimbra,
1999. Cap.III. p.171-222.