O documento apresenta três pontos principais:
1. A lista de mestrandos do Grupo Alegria 1 e 2 de um mestrado em ciências da educação.
2. Uma breve introdução sobre a relevância da epistemologia para o pensamento crítico.
3. Alguns elementos e habilidades que compõem o pensamento crítico de acordo com Rodrigo Canal.
4. A EPISTEMOLOGIA, enquanto reflexão sobre a natureza do
conhecimento científico, é uma área de estudos com
particular relevância para o PENSAMENTO CRÍTICO, o qual é
fundamental quer na prática científica, quer na receção
pública do trabalho científico.
5. O PENSAMENTO CRÍTICO é a capacidade de análise dos
fatos, experiências, comentários ou situações com o objetivo
de formar uma opinião própria. Para isso é necessário
construir argumentos com base em dados e informações
confiáveis, com posicionamento ético em relação ao cuidado
de si mesmo, dos outros e do planeta.
12. O PENSAMENTO CRÍTICO ENGLOBATODAS ESSAS HABILIDADES
1. Resolução de problemas complexos
2. Criatividade
3. Inteligência Emocional
4. Capacidade de julgamento e tomada de decisão
5. Flexibilidade cognitiva
13. A Abordagem Epistemológica (daqui em diante AE) ao pensamento crítico e à
argumentação tem sido avançada por vários teóricos e aqui citamos Battersby
(1989), Lumer (2005a, 2005b), Siegel (1989, 1999, 2003).
Tal programa de pesquisa possui como tarefa desenvolver um estudo teórico
normativo acerca da natureza, estrutura e função do fenômeno do pensamento
crítico (PC daqui em diante) e da argumentação bem como estabelecer padrões
não formais, critérios e procedimentos para a análise, interpretação, avaliação e
construção crítica de argumentos no discurso cotidiano.
14. Os Defensores da AE tem sustentado que o intercâmbio argumentativo entre as pessoas e o
processo de pessoas criticamente interpessoalmente, conduz (e deve conduzir) a um melhoramento
do estado, situação ou condição epistêmico(a) das pessoas envolvidas nessa atividade.
Todo design de uma AE deve buscar alcançar, em sua descrição e prescrição, resultados tais como:
1) "o conhecimento ou a crença justificada no sentido epistemológico";
2) "a persuasão racional";
3) "o melhoramento do grau de confidência razoável da verdade de uma conclusão apresentada
por uma pessoa";
4) "o fortalecimento de boas razões para que se possa acreditar em uma conclusão ou tese";
5) "ou mesmo, por fim, quando mostramos a uma outra pessoa que temos uma boa razão para
acreditar em, ou fazer algo".
15. A: ATerra não é redonda. Observe o horizonte a olho nu ou com uma câmera de vídeo de alta
resolução. Notaste que o planeta não possui curvatura?
B: Mano, mas uma parte não explica o todo.
16. A NATUREZA E OS COMPONENTES DO PC AO AE
PENSAMENTO CRÍTICO
É uma variedade da boa (boa) qualidade de um pensamento que se dá pelo caráter normativo
em que a pessoa que pensa criticamente baseia-se em bons critérios epistêmicos na escolha
das razões que fundamentam/justificam suas crenças e ações.
17. CRITÉRIOS QUE SUBJAZEM EPISTEMOLOGICAMENTE
O PC
São orientações que devem ser seguidas como parte da instrução dos estudantes de modo que dominem tanto a
habilidade de avaliar a força probatória de razões como a disposição para desempenhar adequadamente essa
habilidade.
Traduzindo....
Avaliar a força probatória ou da evidência da razões (probative force) consiste em determinar se uma dada razão
é cogente, se é boa ou não para sustentar uma crença, um julgamento. Etc.
19. “um dado pensamento é crítico se e somente se manifesta uma atenção e preocupação para com a
força comprobatória das (a força da evidência apresentadas pelas) razões”.
20. A NATUREZA DO PC E A INSTRUÇÃO DE SUAS
RESPECTIVAS HABILIDADES E DISPOSIÇÕES
MENTAIS .
Segundo Siegel (1989) e Bailin e Siegel (2003), um dado pensamento é crítico
(o qual pode ser atribuído o predicado de “crítico”) se e somente se manifesta
uma atenção e preocupação para com a força comprobatória das (a força
da evidência apresentadas pelas) razões. Ser capaz de, e estar disposto a,
avaliar a força da evidência de razões são condições necessárias e
suficientes para ser um pensador crítico, e tal condição consiste em
determinar se uma dada razão é boa ou não para sustentar uma crença ou uma
ação, um julgamento, bem como dominar ou ser um especialista em saber quais
são e como avaliar apropriadamente aqueles critérios epistêmicos os quais, em
seu raciocínio, determinem a qualidade (boa) de suas razões. Tratamos agora
da forma pela qual os filósofos da AE têm compreendido ser a natureza
das capacidades de, e também das disposições para, se raciocinar bem
com a qual caracterizamos até aqui a natureza de um pensador crítico
21. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
O que são competências e habilidades?
COMPETÊNCIA: é um conjunto de: Conhecimentos ( saberes)
É a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação, valores,
conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente
e eficaz de diversas atividades.
22. HABILIDADES: pensamento critico de considerar situações,
informações ou atitudes de maneira analítica e racional.
Entender as suas origens, motivações, coerência, objetivos e
validade de argumentos para a construção de posicionamentos.
( “ Saber fazer, saber conhecer, saber conviver e saber ser ”
relacionado à pratica do trabalho mental)
As HABILIDADES Devem ser desenvolvidas na busca das
competências.
ATITUDES (Saber ser – aspectos éticos, cooperação,
solidariedade, participação)
23. ALGUNS ASPECTOS DA EPISTEMOLOGIA
DO PC
Relação entre verdade e justificação racional
#siegel (1989) tem defendido uma concepção segundo a qual
a noção de verdade e de justificação racional são independentes
(CANAL, Pág 14)
24. CONSIDERAÇÕES FINAIS
UM ARGUMENTO A FAVOR DO AE AO PC
■ 4.1 Um argumento a favor do AE ao PC
■ Passamos agora a apresentar a favor de nossa sugestão de que a AE é
uma alternativa relevante para compreensão da natureza e da promoção
do PC.
■ Siegel oferece outras razões (em verdade cinco) para justificar sua
proposta.
■ O autor argumentou que devemos incluir, examinar, avaliar, bem como
nos basear pedagogicamente na epistemologia do PC porque nós
proporciona pensar criticamente sobre o próprio PC como teoria e
pedagogia e deste modo estaríamos sendo consistentes com seus
princípios.
27. ■ Neste seminário discutimos as contribuições que a AE tem feito internacional
sobre o PC, na tentativa de legitimar suas propostas com suas respectivas
teorias e argumentos. Como vimos, os filósofos da AE Siegel, Balin, Lumer e
outros, na teorização e ensino do PC, têm sugerido que pensar criticamente
é...
■ ser capaz de, e estar disposto a, seguir os “ditames da racionalidade”,
■ Basear crenças e ações em boas razões.
■ Esse exercício para ser bem qualificado deve ser baseado em bons
critérios epistêmicos.
■ Pensar criticamente seja sobre o que for é o que garante a qualidade do
ensino deste, o que envolve pensar sobre o próprio conteúdo teórico dos
programas de ensino do PC.
27
28. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
■ Bailin, S., & Siegel, H. (2003). Critical thinking. In N. Blake, P. Smeyers, R.
Smith & P.
■ Standish (Orgs.), The blackwell guide to the philosophy of education (pp.181-
■ 193). London: Blackwell.
■ Battersby, M. (1989). Critical thinking as applied epistemology: Relocating
critical
■ thinking in the philosophical landscape. Informal Logic, 11 (2), 91-100. Obtido
de:
■ http://ojs.uwindsor.ca/ojs/leddy/index.php/informal_logic/article/view/ 2623/2064
■ Fumerton, R. (2006). Epistemology. London/Oxford: Blackwell Publishing.
■ Lumer, C. (2005a). The epistemological approach to argumentation: A map.
Informal
■ Logic, 25 (3), 189-212.
29. Lumer, C. (2005b). The epistemological theory of argument: How and why. Informal
Logic, 25 (3), 213-243. Obtido de: http://ojs.uwindsor.ca/ojs/leddy/
index.php/informal_logic/article/view/1135/682.
Santibáñez, C. (2012). Teoría de la argumentación como epistemología aplicada. Cinta
Moebio, 43, 24-39. Obtido de: www.moebio.uchile.cl/43/santibanez.html
Siegel, H. (1989). Epistemology, critical thinking, and critical thinking pedagogy.
Argumentation, 3 (2), 127-140. Obtido de: http://link.springer.
com/article/10.1007%2FBF00128144.
Siegel, H. (2003). Cultivating reason. In R. Curren (Org.), A companion to the philosophy
of education (pp. 305-319). London: Blackwell Publishing.
Siegel, H.(1999). Argument quality and cultural difference. Argumentation, 13, 183-201.
van Eemeren, F. H., Garssen, B., Krabbe, E. C. W., Henkemans, A. F. S., Verheij, B., &
Wagemans, J. H. M. (2014). Handbook of argumentation theory. Dordrecht:
Springer.