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Pontifiícia Universidade Católica de São Paulo
Disciplina temática:.Introdução à Psicologia Científica da Religião
Tema do Semestre: Doença e Cura Religiosa na Pesquisa da Psicologia
Área de Concentração:Religião e Campo Simbólico
Linha de Pesquisa: Religião, Comportamento simbólico
A PSIQUE DO CORPO
A Dimensão Simbólica da Doença
Denise Gimenez Ramos
Mestrando: Arlindo Nascimento Rocha Professor: Dr João Edênio Reis Valle
1ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
6 - O Corpo Simbólico: breves relatos Clínicos.
Páginas: 165 à 187
5 - O Modelo Analítico Para as Doenças Orgânicas.
Páginas. 111 à 164
4 - Análise Crítica de Pesquisas em Psicossomática.
Páginas 81 à 108
2ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
NESSE TRABALHO APRESENTAREI
BASICAMENTE PESQUISAS SOBRE
DOENÇAS CARDIOVASCULARES, ARTRITE
REUMATOIDE E CÂNCER, QUE SE
ENCONTRAM NA PRIMEIRA CATEGORIA E
FAREI TAMBÉM ALGUMAS REFERÊNCIAS A
PESQUISAS DA SEGUNDA.
3ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
O estudo da reação psico-corpo e da influência das experiências emocionais e do
estilo de vida sobre a saúde, remonta a Antiguidade.
Entretanto, a descoberta dos agentes patogênicos causadoras de cada
doença só foi descoberta há cerca de um século.
Nos últimos 30 anos tem havido um ressurgimento acelerado do interesse
pelos fatores emocionais nas doenças cardíacas, auto-imunes e câncer.
4 - Análise Crítica de Pesquisas em Psicossomática.
Páginas 81 à 108
4ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
As evidências podem ser divididas em três categorias diferentes:
1. Correlações entre fatores psicológicos e efeitos fisiológicos;
2. Correlação entre um evento psicológico e um efeito
biomolecular;
3. Desenvolvimento da intercomunicação entre os sistemas
nervoso, endócrino e imunológico.
5ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Freidman e Rosenman (1974) inauguram um campo fértil de pesquisas que
hoje constitui a área de maior atividade de pesquisa científica.
Comportamento orientados para a excelência;
Envolvimento excessivo com o trabalho;
Sentimentos exagerados de urgência de tempo;
Agressividade;
Competitividade;
Impaciência;
Vigorosa atividade linguística e motora.
Obs.: Esse tipo de comportamentos, segundo os autores formam um traço de personalidade
do Tipo A, o qual tem uma correlação com doenças cardíacas.
Estudando pacientes cardíacos, elaboraram um construto multidimensional:
Doenças cardiovasculares e fatores psicológicos
6ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
A medida que os estudos foram aprimorados, uma caraterística tornou
mais evidente: o de hostilidade que carrega alguns pacientes.
Hostilidade e Raiva
O fator psicológico que aponta para
comportamentos de hostilidade
antagônica, é definida como:
“um estilo de interação, de
expressões de arrogância,
argumentação, rispidez e mau
humor”
7ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Indivíduos com esse tipo de comportamento tem maior dificuldade em
recuperar do estresse, com tendência ao aumento de pressão arterial.
Williams(1990) mostra que homens muito hostis tem maior pressão
sistólica durante cenas de conflito emocional porque agem
rapidamente e com raiva.
Conclusão: indivíduos hostis que se envolvem em conflitos
interpessoais teriam maior risco do que aqueles que vivem em
ambientes menos desafiadoras.
8ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Estudos mostram que tanto a “anger out” como a raiva suprimida, são
fatores que predispõe à ocorrência de doenças cardíacas.
Parece haver uma intima relação entre hostilidade e raiva, sendo a
primeira considerada um fator de risco de enfarto de miocárdio e de
morte. Esses resultados foram observados em ambos os sexos e em
diferentes culturas, o que leva a confirmar a hipótese de que esses
fenômenos são de natureza psicológica, independentemente das
características ambientais e culturais.
Estudos, levaram ao desenvolvimento de técnicas de modificação de
comportamento, visando eliminar manifestações de hostilidade por meio
do reforço e punição, exercícios respiratórios e aumento da auto-estima.
9ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Há evidencias que emoções negativas
como a depressão e ansiedade,
podem proceder o início de síndromes
coronarianas e influências do curso dessas
doenças após o surgimento.
Frasure-Smith, et al. (1999) mostra que, a
depressão durante a internação após um
infarto de miocárdio é um fator de
mortalidade cardíaca, tanto para homens e
mulheres.
Depressão e ansiedade
10ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Lesperance et al. (1996) observaram que 40% de pacientes com
histórico anterior de depressão morreram em questão de 12 meses.
Ao comparar ansiedade e depressão, Stirk et al. (2003) embora
estejam relacionadas, com eventos cardíacos, a ansiedade sozinha
pode ser considerada um fator predisponente de eventos cardíacos e
do aumento de gastos com a saúde.
Obs: Autores sugerem que pode haver relações diretas entre
estados emocionais e funcionamento do sistema nervoso
parassimpático, sistema imunológico e variabilidade de
frequência cardíaca.
11ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
A linha de pesquisa que ajuda a esclarecer esse
ponto tem buscado estabelecer uma relação
entre apoio social, fadiga no trabalho e
reatividade cardiovascular.
Quando o individuo tem apoio emocional a
probabilidade de sofrer um infarto de miocárdio é
menos. (Gerin et al. (1992)
O apoio social parece favorecer uma
estabilidade que protege o individuo em
momentos de estresse.
Apoio social
Existe um crescente interesse no impacto que o apoio e os vínculos sociais têm
sobre o DCC (Doença Cardíaca Coronariana)
12ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Embora a literatura que revela laços sociais e risco cardiovasculares seja
abundante, ela não esclarece os mecanismos que o produzem. A razão pela
qual viúvos, pessoas solitários e indivíduos hostis tem maior probabilidade de
desenvolver o DCC continua sem respostas...
Estudos realizados mostram que homens que
perderam emprego, e que receberam apoio de suas
esposas, parentes ou amigos tiveram menos
problemas cardíacos do que aqueles isolados
13ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Um sistema imunológico que funciona de
modo hiperativo não pode conseguir
distinguir entre células do corpo e
aqueles que lhe são estranhos.
O organismo começa a atacar a si
mesmo dando origem aos distúrbios
chamados de doenças auto-imunes tais
como a artrite reumatoide e câncer .
Artrite reumatoide e fatores psicológicos
14ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Solomon (1981) e Moons (1964) observam que pessoas com doenças
auto-imunes tendem a ser quietas, introvertidas, confiáveis,
conformistas, restritas na expressão de suas emoções, rígidas,
hiperativas e auto-sacrificadoras.
De acordo com um relatório para a OMS, as mulheres tem duas vezes
mais propensão a ser afetadas por essas doenças em comparação com
os homens.
Padrões de comportamento obsessivo
15ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Esses fatos são interpretados como reação à baixa valorização que se dá ao
trabalho doméstico. Isso nos leva a imagem de uma mulher com grande
potencial criativo, cujas atividades diárias são restritas a tarefas domésticas ou
trabalhos monótonos e repetitivos.
16ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
A frustração de não encontrar um canal criativo para controlar essa
energia pode resultar em um comportamento obsessivo compulsivo, do
que deriva a importância exagerada atribuída ao trabalho doméstico.
Por outro lado, é provável que mulheres que são capazes de
desenvolver uma carreira criativa significativa, possam sentir que tem
maior controlo da vida, ao contrário de mulheres que estão limitadas à
execução de tarefas constantes e repetitivas a serviço dos membros de
sua família a chefes exigentes.
17ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
É uma doença que se origina após uma
situação estressante grave como a perda de
um ente querido ou a interrupção de um
padrão habitual de vida (Anderson et al.1985) .
Estresse
Até a presente data, a maioria das pesquisas tem usados métodos de
intervenção em que os tratamentos psicológicos são avaliados quanto ao
funcionamento imunológico. Essas intervenções utilizaram técnicas
cognitivas e comportamentais e enfocam o controlo do estresse.
18ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Assim, pode-se concluir que embora o estudo da influência de fatores
psicológicos sobre a artrite reumatoide tenha se iniciado recentemente,
uma características vem se tornando evidente nas doenças reumáticas:
A artrite reumatoide é mais frequente em mulheres,
especialmente aquelas que apresentam hiperatividade
compulsiva e rigidez obsessiva diante do trabalho.
As mulheres vítimas de atividades monótonas e repetitivas com
pouca possibilidades de expressão criativa parecem
aprisionadas em um complexo que as impede de mudar de
comportamento.
19ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Nos últimos anos pesquisadores tem
tentado estabelecer relações entre câncer
e variáveis psicológicas, mas os resultados
tem sido inconclusivos.
Câncer e fatores psicológicos
Críticas à metodologia empregada é um fator predominante na análise
dos resultados e no uso mais afirmativo dos dados.
Por outro lado, estudos mais detalhados tem sua validade questionada
pelo fato de não permitirem uma análise quantitativa devido ao baixo
número de sujeitos.
20ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
A literatura científica sugere que o grau de expressividade emocional do
paciente, influencia o surgimento e a progressão do câncer.
Repressão emocional
Relatos de casos aparecem em 1950, em que
observam uma sobrevivência menor em
pacientes deprimidos, resignados, quando
comparados com pacientes mais capazes de
expressar emoções negativas como raiva.
21ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Greer e Morris (1975) descobriram que mulheres
cuja biópsia da mama apresentava tumores
malignos tinham mais dificuldade de expressar
raiva do que as portadoras de tumores benignos.
Pesquisas mostram que pacientes com câncer de mama caracterizado por um
“espírito de luta” viviam por mais tempo do que aqueles que demonstram falta
de esperança e desamparo.
22ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
23ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Uma série de estudos realizados por Pennebaker et al. (1989) sugere que a
repressão da expressão emocional leva a um aumento da excitação de certos
canais autônomos, por exemplo a condução elétrica da pele.
Pesquisas mostram que indivíduos que sofreram experiências sexuais traumáticas
na infância tem maior probabilidade de manifestar problemas de saúde
posteriormente, caso não discutirem sobre esse evento com outras pessoas.
Já são centenas de pesquisas que tem investigado a
relação entre estresse, depressão e função
imunológica. Parece que o sistema imunológico reage
diferentemente quando exposto a um estressor agudo
ou crônico.
Eventos traumáticos e estress
Com relação ao estresse agudo, estudos tem sido feitos com
universitários em época de exames para verificar as mudanças
imunológicas resultantes do estresse de exames acadêmicos. Os
resultados mostram mudanças significativas no sistema imunológico dos
estudantes.
24ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Quando o organismo depara com uma situação de estresse agudo, sua reação
é ativar o funcionamento do sistema imunológico a fim de se proteger de uma
possível invasão.
Durante eventos de estresse crônico, as reações parecem ser diferentes.
Desemprego prolongado, depressão e luto são os estressores crônicos mais
estudados. Todos parecem produzir um rebaixamento na resposta linfócito,
com casos de imonossuperação prolongada.
25ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
O luto por um ente querido, bem como uma
separação amorosa, tem sido associado com
frequência ao surgimento de tumores malignos.
Doenças auto-imunes se tornam aparentes depois
que a pessoa sofreu um forte estresse psicológico
que mudou totalmente o estilo de vida (Solomon
1990b).
Temoshok (1985) descobriu que indivíduos sob grande estresse psicossocial eram
aqueles cuja progressão da doença era mais rápido [...]
26ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Scleifer et al. (1983) testaram o sistema imunológico de homens cujas
esposas estavam morrendo de câncer da mama e descobriram que dois
meses após a morte das esposas, o sistema imunológico dos maridos
estava significativamente deprimido, mas retornava ao normal entre
quatro a catorze meses depois.
Estudos que procuram medir os efeitos do estresse agudo no surgimento
do câncer tem grandes dificuldades metodológicos, pois os dados
referentes ao momento da formação da malignidade são inconclusivos.
27ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
(Shekelle et al. 1980; Persky rt al. 1987) observaram ao longo de
vinte anos de acompanhamento que o risco de morte de câncer
era duas vezes maior quando sintomas depressivos estavam
presentes.
Um estudo atual (Irvin et al. 1992) revela que em indivíduos
deprimidos a atividade de funcionamento do sistema imunológico
encontra-se bastante reduzida, parecendo a redução da atividade
do linfócito NK ser a mais reprodutível.
Depressão
28ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Embora a depressão possa afetar o funcionamento do
sistema imunológico (assim como estresse), isso não
significa necessariamente que haverá o desenvolvimento
de câncer em tais pacientes.
Assim, não podemos saber por essas pesquisas, a
extensão em que os estados depressivos podem ou não
influenciar o aparecimento de um câncer, pois, é
problemática a comparação de resultados de diferentes
instrumentos que medem a depressão.
Os pesquisadores concluíram que, nos casos em que a depressão está presente
há pelo menos seis anos, verifica-se um aumento do risco de câncer.
29ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
As variáveis psicossociais que sugerem o aumento do risco de câncer foram a
morte da mãe durante a infância e graves episódios de depressão crônica. É
possível que algumas experiências infantis possam estar associadas tanto á
depressão como ao câncer.
Outro fator que tem sido estudado em relação ao câncer é a desesperança, que
é uma faceta de depressão. Um dos estudos feitos por Everson et al. (1996)
analisou a desesperança como fator associado a morte e à incidência de enfarto
do miocárdio e câncer .
De acordo com Spigel (1996), a depressão não apenas dificulta a capacidade de
se lidar com o câncer e a aderência ao tratamento médico, mas também afeta os
aspetos da função endócrina e imunológica que podem interferir na resistência á
progressão do tumor.
30ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
O que estes estudos ilustram é que a não expressividade de uma expressão
forte e negativa, decorrente do luto, de ruptura de um relacionamento amoroso
ou uma situação traumática, constitui um fator que predispõe a uma alteração
de funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo mais
vulnerável á formação de tumores malignos.
Alguns estudos confirmam a relação entre o sistema imunológico e eventos
psicológicos. Porém, por ter sido realizados em sua grande maioria por médicos
e psicólogos de orientação experimental, social e/ou fisiológica, utilizando-se
testes, escalas e questionários, os resultados obtidos ficaram circunscritos a
comportamentos sociais e conscientes.
Conclusão
31ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
1. O homem-granada: quando o
coração exploce (infarto de
miocárdio);
2. A estóica: quando as articulações
inflamam (artrite reumatóide);
3. A resignada: quando as células
revoltam (câncer);
5 - O Modelo Analítico Para as Doenças Orgânicas.
Páginas. 111 à 164
32ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
As doenças cardiovasculares do sistema imunológico tem sido vistos como os
males da nossa era, tanto pela expressividade numérica e dos dados
epidemiológicos quanto pela imagem que apresentam. Os casos terapêuticos
foram analisados segundo a metodologia analítica.
Paciente: Artur.
Homem de 57 anos;
Engenheiro, alto executivo de uma multinacional;
Foi encaminhado por seu cardiologista após
sofrer um enfarto de miocárdio ocorrido três
meses ante.
O homem-granada: quando o coração explode (infarto de miocárdio)
33ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Histórico
Filho único;
Foi sempre ótimo aluno;
Bem adaptado às diferentes situações;
Nunca sofreu qualquer tipo de trauma;
Vive bem com a esposa e seus três filhos;
Não teve doenças anteriores;
Faz ginástica diariamente;
Não fuma e bebe moderadamente;
Á cerca de um mês começou a sentir “pontadas no peito” procurou o médico
quando os sintomas aumentaram. Foi internado já com o infarto. Descobriu que
sofria de hipertenção, o que provavelmente provocou o infarto. Toma remédios
para controlar a pressão. Não há histórico de doenças cardiovasculares na
família. Foi encaminhado para análise por resistir a mudança de estilo de vida.
Foi-lhe recomendado que tivesse mais horas de lazer. Ele entrou num torneio
esportivo o que agravou seu quadro de hipertensão.
34ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Apresentava-se bem vestido, magro e
elegante – um executivo bem-sucedido.
Estava pouco a vontade na primeira entrevista,
e mostrava-se fechado falando rapidamente
do seu trabalho e do desafio que ele
representa. Orgulhava-se do seu passado, já
que os pais eram simples e pobres. Tendo
conseguido tudo com muito esforço e
coragem.
Artur encaixa-se perfeitamente na personaliade do Tipo A sugerida por Friedman e
Rosenman (1974): traços agressivos, sempre envolvido em uma luta
competitiva crônica, sofrendo de hostiliade e pressa excessiva.
Primeiras observações clínicas
35ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
A terapia centra-se inicialmente nas atividade profissionais de Artur, as quais se
dedica cerca de 14 horas por dia, sem incluir as vezes que trabalho no final de
semana.
É um homem altamente competitivo, anda e fala
rapidamente, usando palavras agressivas e hostis para se
referir a seus funcionários e colegas.
Quando não está trabalhando ou jogando tênis fica em casa
estudando. Acorda sempre às 4 h da manhã e fica
estudando os relatórios. Às 07 h já está no escritório.
Da esposa e dos filhos exige disciplina e que cumprem
seus deveres. Estabelece seus relacionamentos de modo
unilateral.
Desenvolvimento do processo analítico
36ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Ele apresenta a mesma atitude na terapia. Sai das sessões por vezes frustrado e
aparentemente aborrecido. A relação é intermediada por sua agenda na qual
anota as interpretações. O contato empático é difícil , pois, ele se esforça para
não estabelecer qualquer contato afetivo.
Numa das sessões relatou o seguinte sonho:
“vou a uma reunião de negócio, mas ela está
acontecendo num tipo de parque de diversões.
Numa barraca de tiro ao alvo levo um susto. Vejo
minha filha caçula presa como alvo numa disputa
em que são atiradores de flechas. As flechas
passam perto e acordo gritando”.
37ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Associações:
A filha mais nova de 11 anos é sua predileta, é a única pessoa que
ele consegue beijar porque ela não tem medo dele;
Quando ele tinha 11 anos, faleceu sua avó materna que era muito
carinhosa;
Artur ficou mais obediente e rígido pois ela era a única pessoa que o
protegia do pai severo e exigência;
 Tinha medo do pai que era um homem muito “correto honesto”
porém, distante e explosivo;
Sua mãe passava o tempo compreendo tarefas domésticas.
38ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Interpretação
Ele fala pela primeira vez da infância e de seus pais. Pelo sonho percebe-se a origem de
sua hiperatividade e atitudes regidas, ele continuava achando que assim era o certo.
A única coisa que o preocupava era ameaça a sua filha. As
flechas eram representações das atitudes hostis e
agressivas do cotidiano, elas poderiam matar o que lhe era
mais caro.
Outros sonhos semelhantes seguiram se a esse. Aos
poucos percebe-se que o desejo amoroso reprimido o
aprisionava em um mundo frio é objetivo. Quanto mais
tentava se libertar do amor, mais ameaçado ficava.
Na décima primeira sessão Artur relator que apesar do
controle medicamentoso sua pressão arterial ainda
estava perigosamente alta.
39ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
“Há Um homem correndo por ruas estreitas que
parecem canais. Tudo é
muito vermelho, acho que são minhas veias. O
Homem corre muito e tem uma granada nas mãos. Ele
não pode Parar. Precisa fugir sempre sem parar, se
parar uma granada pode explodir”.
Com essa Imagem fica claro que Artur tinha de
estar sempre correndo. Naquele momento ele se
deu conta de necessidade de fugir e correr sempre.
Após 30 minutos ele descreveu a seguinte Imagem:
Foi solicitado ao Artur que tentasse enxergar de olhos fechados aquilo o
que estava acontecendo dentro de seu corpo e em
que lugar provavelmente originaria uma pressão alta.
40ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Não sabia de quê exatamente, mas tinha medo de parar. Tinha medo de ficar
menos homem e menos eficiente.
A análise ao tocar nesse complexo carregado de energia e afetividade de certo
modo piorou o sintoma cardiovascular, portanto, a medicação e mudança de
estilo de vida poderia somente trazer alívio temporário para esse paciente.
Cabe aqui a observação feita pelos próprios pacientes cardíacos de que embora
saibam exatamente o que fazer, não conseguem seguir as recomendações
médicas nem poderia pois, um símbolo muito maior que é a consciência está
presente:
o símbolo do coração ferido machucado que precisa ser integrado a
consciência para que ocorra uma transformação real.
41ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Na seção seguinte, foi utilizando a técnica de imaginação ativa para trabalhar
com as imagens que emergiam espontaneamente:
No decorrer desse período o paciente apresentou alguns episódios de arritmias
e elevação da pressão arterial.
“o pai na porta do coração, o coração machucado,
sangrado, brigas físicas com pai, coração livre e vazio,
a filha abraçando seu coração e finalmente coração
quente que pulsava lentamente”.
42ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Seu último sonho em análise foi na (29ª sessão) apresentou imagens
diferentes:
Associações:
O barco dourado trazia uma sensação de prazer como não havia sentido antes. O
Canal que se movimentava lembrava o movimento rítmico do canal vaginal
durante o parto. E era assim que sentia: Nascendo.
“Eu passeava em um enorme barco
dourado por um longo canal. O barco
movia-se de modo harmonioso
seguindo o movimento das águas”.
43ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Interpretação
Esse sonho revela o nascimento de uma nova consciência e um novo ritmo na
vida psíquica. Os canais (veias e artérias) que agora estavam livres para dar
passagem a um ego renovado (barco).
Após esse sonho seguiram-se mais três sessões nas quais o processo de Artur
foi revisto e confirmado. Ele pediu e teve alta.
Passados 17 meses, soube pelo seu médico que até aquele momento Artur não
apresentava nenhum outro sintoma e que sua pressão arterial estava
normalizada. A analise teve duração de 32 sessões de 50 minutos cada, duas
vezes por semana.
44ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Símbolo Central do Processo
Esse processo foi analítico breve,
centrado em um sintoma orgânico que
conduziu o paciente para dentro de
seu processo de individuação o que
poderia ter sido vivido no plano
abstrato foi vivido sincronicamente no
plano concreto devido à sua
inconsciência para então poder ser
integrado a consciência.
45ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
1. O reprimido: quando a pele entra em erupção
(acne rosacea);
2. A constipada: quando nada é expelido (fecaloma);
3. As mãos geladas: quando nadamos sob o gelo
(síndrome de raynauld);
4. A princesa intocável: quando o instinto sexual
ataca (doença i9nflamatória pélvica) ;
5. A culpada: quando a cabeça é torturada
(enxaqueca)
6 - O Corpo Simbólico: breves relatos clínicos.
Páginas: 165 à 187
46ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Vários casos tem sido tratados utilizando-se modelos
analíticos. Apresenta-se, como exemplo os momentos
principais do processo de pacientes com diferentes
sintomas.
Um dos objetivos centrais desse trabalho é desenvolver
técnicas que permitem uma terapia breve, dedicada
especialmente à compreensão dos mecanismos
partológicos, que poderá ser utilizada no tratamento de
pacientes que estejam hospitalizados.
Entretanto, veremos que a cura, implica a tomada de consciência de certos
conflitos e mecanismos inconscientes, o que por vezes não é possível em uma
terapia breve . O tempo de duração do tratamento depende, em grande parte, das
condições do ego do paciente e dos mecanismos de defesa que cercam o sintoma.
47ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
O Reprimido: Quando a pele entraem erupção. (acne rosácea)
Daniel, Jovem de 36 anos, formado em relações públicas,
apresentava sintomas alérgicos e problemas
dermatológicos desde criança. Aos 22 anos, recebeu um
diagnóstico de acne rosácea. Seu trabalho era bastante
prejudicado pelo disturbio, porque dependia da aparência
para lidar com os clientes. Fez vários tratamentos
dermatológicos que resultavam em alívios temporário.
Quieto e introvertido, não reagia as provocações de seus irmãos e sempre tentava
evitar que as brigas entre eles chegassem a proporções graves. Como mediador
da familia, ele era sempre chamado para intervir em situações de conflito. Seu
casamento estava bem. Sua esposa era exigente, mas ele sabia evitar
discussões de modo a viver um casamento harmonioso .
48ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Esse caso foi tratado em poucas sessões com uso
de técnica de sandplay – o jogo da caixa de areia.
Na primeira cena, Daniel coloca as suas mãos na
areia e deixa marcas profundas no lugar dos dedos.
Ele tem a sensação de que ali existe um útero que
o protege, e sente-se amparado. A impressão das
mãos mostra que ele se reconhece e toma posse
de um territótrio.
Ele se emociona com a imagem das mãos e percebe quanto elas tem sido pouco
utizlizadas para expressar suas emoções
49ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
Na segunda cena, Daniel representa um vulcão em
forte erupção e chora bastante após terminar. Os
carros correm em torno do vulção sem prestar
atenção ao perigo. O símbolo do vulcão torna-se
central nesse processo e pode ser entendido como
uma metáfora para sua acne. Daniel reprimia muito
suas emoções ao agir sempre de maneira submissa.
Tinha muita difiuculdade em expressar seus
sentimentos e reprimia a raiva.
Ele havia sido educado para não manifesta-la. Como católico fervoroso, ele
acreditava que ele deveria sempre imitar a Cristo oferecendo a outra face”. A
imagem representa a pessoa idealizada, ao qual indiferente aos pergigos, buscava
sustentar uma aparencia sempre calma e centralizadora em todas as situações.
50ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
SÍMBOLO CENTRAL DO PROCESSO
Depois de perceber o vulção como força
libertadora de suas emoções reprimidas
durante anos, Daniel passou a expressar a
raiva, não mais cervindo como mediador
dos conflitos familiares. Pelo contrário, ao
dar suas opinião e falar de seus
sentimentos, ele provocou um
desequilibrio nas relações familiares, os
quais apoiavam em seu aparente bom
senso.
A medida que ele liberava sua agressividade, sua pele passou a apresentar
melhoras e ele finalmente obteve alta da do dermatologista . O vulção reprimido
havia entrado em erupção no seu rosto como melhor maneira de expressão
emocional encontrada pelo self.
51ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
REFERÊNCIA
RAMOS, Denise Gimenez A Psiqueco Corpo – A dimensão simbólica da
doença . 5 Edição. – Aão Paulo ; Sammus 206
52ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP

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A Psique do Corpo

  • 1. Pontifiícia Universidade Católica de São Paulo Disciplina temática:.Introdução à Psicologia Científica da Religião Tema do Semestre: Doença e Cura Religiosa na Pesquisa da Psicologia Área de Concentração:Religião e Campo Simbólico Linha de Pesquisa: Religião, Comportamento simbólico A PSIQUE DO CORPO A Dimensão Simbólica da Doença Denise Gimenez Ramos Mestrando: Arlindo Nascimento Rocha Professor: Dr João Edênio Reis Valle 1ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 2. 6 - O Corpo Simbólico: breves relatos Clínicos. Páginas: 165 à 187 5 - O Modelo Analítico Para as Doenças Orgânicas. Páginas. 111 à 164 4 - Análise Crítica de Pesquisas em Psicossomática. Páginas 81 à 108 2ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 3. NESSE TRABALHO APRESENTAREI BASICAMENTE PESQUISAS SOBRE DOENÇAS CARDIOVASCULARES, ARTRITE REUMATOIDE E CÂNCER, QUE SE ENCONTRAM NA PRIMEIRA CATEGORIA E FAREI TAMBÉM ALGUMAS REFERÊNCIAS A PESQUISAS DA SEGUNDA. 3ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 4. O estudo da reação psico-corpo e da influência das experiências emocionais e do estilo de vida sobre a saúde, remonta a Antiguidade. Entretanto, a descoberta dos agentes patogênicos causadoras de cada doença só foi descoberta há cerca de um século. Nos últimos 30 anos tem havido um ressurgimento acelerado do interesse pelos fatores emocionais nas doenças cardíacas, auto-imunes e câncer. 4 - Análise Crítica de Pesquisas em Psicossomática. Páginas 81 à 108 4ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 5. As evidências podem ser divididas em três categorias diferentes: 1. Correlações entre fatores psicológicos e efeitos fisiológicos; 2. Correlação entre um evento psicológico e um efeito biomolecular; 3. Desenvolvimento da intercomunicação entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. 5ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 6. Freidman e Rosenman (1974) inauguram um campo fértil de pesquisas que hoje constitui a área de maior atividade de pesquisa científica. Comportamento orientados para a excelência; Envolvimento excessivo com o trabalho; Sentimentos exagerados de urgência de tempo; Agressividade; Competitividade; Impaciência; Vigorosa atividade linguística e motora. Obs.: Esse tipo de comportamentos, segundo os autores formam um traço de personalidade do Tipo A, o qual tem uma correlação com doenças cardíacas. Estudando pacientes cardíacos, elaboraram um construto multidimensional: Doenças cardiovasculares e fatores psicológicos 6ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 7. A medida que os estudos foram aprimorados, uma caraterística tornou mais evidente: o de hostilidade que carrega alguns pacientes. Hostilidade e Raiva O fator psicológico que aponta para comportamentos de hostilidade antagônica, é definida como: “um estilo de interação, de expressões de arrogância, argumentação, rispidez e mau humor” 7ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 8. Indivíduos com esse tipo de comportamento tem maior dificuldade em recuperar do estresse, com tendência ao aumento de pressão arterial. Williams(1990) mostra que homens muito hostis tem maior pressão sistólica durante cenas de conflito emocional porque agem rapidamente e com raiva. Conclusão: indivíduos hostis que se envolvem em conflitos interpessoais teriam maior risco do que aqueles que vivem em ambientes menos desafiadoras. 8ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 9. Estudos mostram que tanto a “anger out” como a raiva suprimida, são fatores que predispõe à ocorrência de doenças cardíacas. Parece haver uma intima relação entre hostilidade e raiva, sendo a primeira considerada um fator de risco de enfarto de miocárdio e de morte. Esses resultados foram observados em ambos os sexos e em diferentes culturas, o que leva a confirmar a hipótese de que esses fenômenos são de natureza psicológica, independentemente das características ambientais e culturais. Estudos, levaram ao desenvolvimento de técnicas de modificação de comportamento, visando eliminar manifestações de hostilidade por meio do reforço e punição, exercícios respiratórios e aumento da auto-estima. 9ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 10. Há evidencias que emoções negativas como a depressão e ansiedade, podem proceder o início de síndromes coronarianas e influências do curso dessas doenças após o surgimento. Frasure-Smith, et al. (1999) mostra que, a depressão durante a internação após um infarto de miocárdio é um fator de mortalidade cardíaca, tanto para homens e mulheres. Depressão e ansiedade 10ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 11. Lesperance et al. (1996) observaram que 40% de pacientes com histórico anterior de depressão morreram em questão de 12 meses. Ao comparar ansiedade e depressão, Stirk et al. (2003) embora estejam relacionadas, com eventos cardíacos, a ansiedade sozinha pode ser considerada um fator predisponente de eventos cardíacos e do aumento de gastos com a saúde. Obs: Autores sugerem que pode haver relações diretas entre estados emocionais e funcionamento do sistema nervoso parassimpático, sistema imunológico e variabilidade de frequência cardíaca. 11ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 12. A linha de pesquisa que ajuda a esclarecer esse ponto tem buscado estabelecer uma relação entre apoio social, fadiga no trabalho e reatividade cardiovascular. Quando o individuo tem apoio emocional a probabilidade de sofrer um infarto de miocárdio é menos. (Gerin et al. (1992) O apoio social parece favorecer uma estabilidade que protege o individuo em momentos de estresse. Apoio social Existe um crescente interesse no impacto que o apoio e os vínculos sociais têm sobre o DCC (Doença Cardíaca Coronariana) 12ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 13. Embora a literatura que revela laços sociais e risco cardiovasculares seja abundante, ela não esclarece os mecanismos que o produzem. A razão pela qual viúvos, pessoas solitários e indivíduos hostis tem maior probabilidade de desenvolver o DCC continua sem respostas... Estudos realizados mostram que homens que perderam emprego, e que receberam apoio de suas esposas, parentes ou amigos tiveram menos problemas cardíacos do que aqueles isolados 13ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 14. Um sistema imunológico que funciona de modo hiperativo não pode conseguir distinguir entre células do corpo e aqueles que lhe são estranhos. O organismo começa a atacar a si mesmo dando origem aos distúrbios chamados de doenças auto-imunes tais como a artrite reumatoide e câncer . Artrite reumatoide e fatores psicológicos 14ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 15. Solomon (1981) e Moons (1964) observam que pessoas com doenças auto-imunes tendem a ser quietas, introvertidas, confiáveis, conformistas, restritas na expressão de suas emoções, rígidas, hiperativas e auto-sacrificadoras. De acordo com um relatório para a OMS, as mulheres tem duas vezes mais propensão a ser afetadas por essas doenças em comparação com os homens. Padrões de comportamento obsessivo 15ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 16. Esses fatos são interpretados como reação à baixa valorização que se dá ao trabalho doméstico. Isso nos leva a imagem de uma mulher com grande potencial criativo, cujas atividades diárias são restritas a tarefas domésticas ou trabalhos monótonos e repetitivos. 16ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 17. A frustração de não encontrar um canal criativo para controlar essa energia pode resultar em um comportamento obsessivo compulsivo, do que deriva a importância exagerada atribuída ao trabalho doméstico. Por outro lado, é provável que mulheres que são capazes de desenvolver uma carreira criativa significativa, possam sentir que tem maior controlo da vida, ao contrário de mulheres que estão limitadas à execução de tarefas constantes e repetitivas a serviço dos membros de sua família a chefes exigentes. 17ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 18. É uma doença que se origina após uma situação estressante grave como a perda de um ente querido ou a interrupção de um padrão habitual de vida (Anderson et al.1985) . Estresse Até a presente data, a maioria das pesquisas tem usados métodos de intervenção em que os tratamentos psicológicos são avaliados quanto ao funcionamento imunológico. Essas intervenções utilizaram técnicas cognitivas e comportamentais e enfocam o controlo do estresse. 18ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 19. Assim, pode-se concluir que embora o estudo da influência de fatores psicológicos sobre a artrite reumatoide tenha se iniciado recentemente, uma características vem se tornando evidente nas doenças reumáticas: A artrite reumatoide é mais frequente em mulheres, especialmente aquelas que apresentam hiperatividade compulsiva e rigidez obsessiva diante do trabalho. As mulheres vítimas de atividades monótonas e repetitivas com pouca possibilidades de expressão criativa parecem aprisionadas em um complexo que as impede de mudar de comportamento. 19ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 20. Nos últimos anos pesquisadores tem tentado estabelecer relações entre câncer e variáveis psicológicas, mas os resultados tem sido inconclusivos. Câncer e fatores psicológicos Críticas à metodologia empregada é um fator predominante na análise dos resultados e no uso mais afirmativo dos dados. Por outro lado, estudos mais detalhados tem sua validade questionada pelo fato de não permitirem uma análise quantitativa devido ao baixo número de sujeitos. 20ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 21. A literatura científica sugere que o grau de expressividade emocional do paciente, influencia o surgimento e a progressão do câncer. Repressão emocional Relatos de casos aparecem em 1950, em que observam uma sobrevivência menor em pacientes deprimidos, resignados, quando comparados com pacientes mais capazes de expressar emoções negativas como raiva. 21ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 22. Greer e Morris (1975) descobriram que mulheres cuja biópsia da mama apresentava tumores malignos tinham mais dificuldade de expressar raiva do que as portadoras de tumores benignos. Pesquisas mostram que pacientes com câncer de mama caracterizado por um “espírito de luta” viviam por mais tempo do que aqueles que demonstram falta de esperança e desamparo. 22ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 23. 23ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP Uma série de estudos realizados por Pennebaker et al. (1989) sugere que a repressão da expressão emocional leva a um aumento da excitação de certos canais autônomos, por exemplo a condução elétrica da pele. Pesquisas mostram que indivíduos que sofreram experiências sexuais traumáticas na infância tem maior probabilidade de manifestar problemas de saúde posteriormente, caso não discutirem sobre esse evento com outras pessoas.
  • 24. Já são centenas de pesquisas que tem investigado a relação entre estresse, depressão e função imunológica. Parece que o sistema imunológico reage diferentemente quando exposto a um estressor agudo ou crônico. Eventos traumáticos e estress Com relação ao estresse agudo, estudos tem sido feitos com universitários em época de exames para verificar as mudanças imunológicas resultantes do estresse de exames acadêmicos. Os resultados mostram mudanças significativas no sistema imunológico dos estudantes. 24ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 25. Quando o organismo depara com uma situação de estresse agudo, sua reação é ativar o funcionamento do sistema imunológico a fim de se proteger de uma possível invasão. Durante eventos de estresse crônico, as reações parecem ser diferentes. Desemprego prolongado, depressão e luto são os estressores crônicos mais estudados. Todos parecem produzir um rebaixamento na resposta linfócito, com casos de imonossuperação prolongada. 25ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 26. O luto por um ente querido, bem como uma separação amorosa, tem sido associado com frequência ao surgimento de tumores malignos. Doenças auto-imunes se tornam aparentes depois que a pessoa sofreu um forte estresse psicológico que mudou totalmente o estilo de vida (Solomon 1990b). Temoshok (1985) descobriu que indivíduos sob grande estresse psicossocial eram aqueles cuja progressão da doença era mais rápido [...] 26ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 27. Scleifer et al. (1983) testaram o sistema imunológico de homens cujas esposas estavam morrendo de câncer da mama e descobriram que dois meses após a morte das esposas, o sistema imunológico dos maridos estava significativamente deprimido, mas retornava ao normal entre quatro a catorze meses depois. Estudos que procuram medir os efeitos do estresse agudo no surgimento do câncer tem grandes dificuldades metodológicos, pois os dados referentes ao momento da formação da malignidade são inconclusivos. 27ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 28. (Shekelle et al. 1980; Persky rt al. 1987) observaram ao longo de vinte anos de acompanhamento que o risco de morte de câncer era duas vezes maior quando sintomas depressivos estavam presentes. Um estudo atual (Irvin et al. 1992) revela que em indivíduos deprimidos a atividade de funcionamento do sistema imunológico encontra-se bastante reduzida, parecendo a redução da atividade do linfócito NK ser a mais reprodutível. Depressão 28ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 29. Embora a depressão possa afetar o funcionamento do sistema imunológico (assim como estresse), isso não significa necessariamente que haverá o desenvolvimento de câncer em tais pacientes. Assim, não podemos saber por essas pesquisas, a extensão em que os estados depressivos podem ou não influenciar o aparecimento de um câncer, pois, é problemática a comparação de resultados de diferentes instrumentos que medem a depressão. Os pesquisadores concluíram que, nos casos em que a depressão está presente há pelo menos seis anos, verifica-se um aumento do risco de câncer. 29ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 30. As variáveis psicossociais que sugerem o aumento do risco de câncer foram a morte da mãe durante a infância e graves episódios de depressão crônica. É possível que algumas experiências infantis possam estar associadas tanto á depressão como ao câncer. Outro fator que tem sido estudado em relação ao câncer é a desesperança, que é uma faceta de depressão. Um dos estudos feitos por Everson et al. (1996) analisou a desesperança como fator associado a morte e à incidência de enfarto do miocárdio e câncer . De acordo com Spigel (1996), a depressão não apenas dificulta a capacidade de se lidar com o câncer e a aderência ao tratamento médico, mas também afeta os aspetos da função endócrina e imunológica que podem interferir na resistência á progressão do tumor. 30ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 31. O que estes estudos ilustram é que a não expressividade de uma expressão forte e negativa, decorrente do luto, de ruptura de um relacionamento amoroso ou uma situação traumática, constitui um fator que predispõe a uma alteração de funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável á formação de tumores malignos. Alguns estudos confirmam a relação entre o sistema imunológico e eventos psicológicos. Porém, por ter sido realizados em sua grande maioria por médicos e psicólogos de orientação experimental, social e/ou fisiológica, utilizando-se testes, escalas e questionários, os resultados obtidos ficaram circunscritos a comportamentos sociais e conscientes. Conclusão 31ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 32. 1. O homem-granada: quando o coração exploce (infarto de miocárdio); 2. A estóica: quando as articulações inflamam (artrite reumatóide); 3. A resignada: quando as células revoltam (câncer); 5 - O Modelo Analítico Para as Doenças Orgânicas. Páginas. 111 à 164 32ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 33. As doenças cardiovasculares do sistema imunológico tem sido vistos como os males da nossa era, tanto pela expressividade numérica e dos dados epidemiológicos quanto pela imagem que apresentam. Os casos terapêuticos foram analisados segundo a metodologia analítica. Paciente: Artur. Homem de 57 anos; Engenheiro, alto executivo de uma multinacional; Foi encaminhado por seu cardiologista após sofrer um enfarto de miocárdio ocorrido três meses ante. O homem-granada: quando o coração explode (infarto de miocárdio) 33ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 34. Histórico Filho único; Foi sempre ótimo aluno; Bem adaptado às diferentes situações; Nunca sofreu qualquer tipo de trauma; Vive bem com a esposa e seus três filhos; Não teve doenças anteriores; Faz ginástica diariamente; Não fuma e bebe moderadamente; Á cerca de um mês começou a sentir “pontadas no peito” procurou o médico quando os sintomas aumentaram. Foi internado já com o infarto. Descobriu que sofria de hipertenção, o que provavelmente provocou o infarto. Toma remédios para controlar a pressão. Não há histórico de doenças cardiovasculares na família. Foi encaminhado para análise por resistir a mudança de estilo de vida. Foi-lhe recomendado que tivesse mais horas de lazer. Ele entrou num torneio esportivo o que agravou seu quadro de hipertensão. 34ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 35. Apresentava-se bem vestido, magro e elegante – um executivo bem-sucedido. Estava pouco a vontade na primeira entrevista, e mostrava-se fechado falando rapidamente do seu trabalho e do desafio que ele representa. Orgulhava-se do seu passado, já que os pais eram simples e pobres. Tendo conseguido tudo com muito esforço e coragem. Artur encaixa-se perfeitamente na personaliade do Tipo A sugerida por Friedman e Rosenman (1974): traços agressivos, sempre envolvido em uma luta competitiva crônica, sofrendo de hostiliade e pressa excessiva. Primeiras observações clínicas 35ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 36. A terapia centra-se inicialmente nas atividade profissionais de Artur, as quais se dedica cerca de 14 horas por dia, sem incluir as vezes que trabalho no final de semana. É um homem altamente competitivo, anda e fala rapidamente, usando palavras agressivas e hostis para se referir a seus funcionários e colegas. Quando não está trabalhando ou jogando tênis fica em casa estudando. Acorda sempre às 4 h da manhã e fica estudando os relatórios. Às 07 h já está no escritório. Da esposa e dos filhos exige disciplina e que cumprem seus deveres. Estabelece seus relacionamentos de modo unilateral. Desenvolvimento do processo analítico 36ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 37. Ele apresenta a mesma atitude na terapia. Sai das sessões por vezes frustrado e aparentemente aborrecido. A relação é intermediada por sua agenda na qual anota as interpretações. O contato empático é difícil , pois, ele se esforça para não estabelecer qualquer contato afetivo. Numa das sessões relatou o seguinte sonho: “vou a uma reunião de negócio, mas ela está acontecendo num tipo de parque de diversões. Numa barraca de tiro ao alvo levo um susto. Vejo minha filha caçula presa como alvo numa disputa em que são atiradores de flechas. As flechas passam perto e acordo gritando”. 37ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 38. Associações: A filha mais nova de 11 anos é sua predileta, é a única pessoa que ele consegue beijar porque ela não tem medo dele; Quando ele tinha 11 anos, faleceu sua avó materna que era muito carinhosa; Artur ficou mais obediente e rígido pois ela era a única pessoa que o protegia do pai severo e exigência;  Tinha medo do pai que era um homem muito “correto honesto” porém, distante e explosivo; Sua mãe passava o tempo compreendo tarefas domésticas. 38ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 39. Interpretação Ele fala pela primeira vez da infância e de seus pais. Pelo sonho percebe-se a origem de sua hiperatividade e atitudes regidas, ele continuava achando que assim era o certo. A única coisa que o preocupava era ameaça a sua filha. As flechas eram representações das atitudes hostis e agressivas do cotidiano, elas poderiam matar o que lhe era mais caro. Outros sonhos semelhantes seguiram se a esse. Aos poucos percebe-se que o desejo amoroso reprimido o aprisionava em um mundo frio é objetivo. Quanto mais tentava se libertar do amor, mais ameaçado ficava. Na décima primeira sessão Artur relator que apesar do controle medicamentoso sua pressão arterial ainda estava perigosamente alta. 39ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 40. “Há Um homem correndo por ruas estreitas que parecem canais. Tudo é muito vermelho, acho que são minhas veias. O Homem corre muito e tem uma granada nas mãos. Ele não pode Parar. Precisa fugir sempre sem parar, se parar uma granada pode explodir”. Com essa Imagem fica claro que Artur tinha de estar sempre correndo. Naquele momento ele se deu conta de necessidade de fugir e correr sempre. Após 30 minutos ele descreveu a seguinte Imagem: Foi solicitado ao Artur que tentasse enxergar de olhos fechados aquilo o que estava acontecendo dentro de seu corpo e em que lugar provavelmente originaria uma pressão alta. 40ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 41. Não sabia de quê exatamente, mas tinha medo de parar. Tinha medo de ficar menos homem e menos eficiente. A análise ao tocar nesse complexo carregado de energia e afetividade de certo modo piorou o sintoma cardiovascular, portanto, a medicação e mudança de estilo de vida poderia somente trazer alívio temporário para esse paciente. Cabe aqui a observação feita pelos próprios pacientes cardíacos de que embora saibam exatamente o que fazer, não conseguem seguir as recomendações médicas nem poderia pois, um símbolo muito maior que é a consciência está presente: o símbolo do coração ferido machucado que precisa ser integrado a consciência para que ocorra uma transformação real. 41ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 42. Na seção seguinte, foi utilizando a técnica de imaginação ativa para trabalhar com as imagens que emergiam espontaneamente: No decorrer desse período o paciente apresentou alguns episódios de arritmias e elevação da pressão arterial. “o pai na porta do coração, o coração machucado, sangrado, brigas físicas com pai, coração livre e vazio, a filha abraçando seu coração e finalmente coração quente que pulsava lentamente”. 42ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 43. Seu último sonho em análise foi na (29ª sessão) apresentou imagens diferentes: Associações: O barco dourado trazia uma sensação de prazer como não havia sentido antes. O Canal que se movimentava lembrava o movimento rítmico do canal vaginal durante o parto. E era assim que sentia: Nascendo. “Eu passeava em um enorme barco dourado por um longo canal. O barco movia-se de modo harmonioso seguindo o movimento das águas”. 43ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 44. Interpretação Esse sonho revela o nascimento de uma nova consciência e um novo ritmo na vida psíquica. Os canais (veias e artérias) que agora estavam livres para dar passagem a um ego renovado (barco). Após esse sonho seguiram-se mais três sessões nas quais o processo de Artur foi revisto e confirmado. Ele pediu e teve alta. Passados 17 meses, soube pelo seu médico que até aquele momento Artur não apresentava nenhum outro sintoma e que sua pressão arterial estava normalizada. A analise teve duração de 32 sessões de 50 minutos cada, duas vezes por semana. 44ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 45. Símbolo Central do Processo Esse processo foi analítico breve, centrado em um sintoma orgânico que conduziu o paciente para dentro de seu processo de individuação o que poderia ter sido vivido no plano abstrato foi vivido sincronicamente no plano concreto devido à sua inconsciência para então poder ser integrado a consciência. 45ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 46. 1. O reprimido: quando a pele entra em erupção (acne rosacea); 2. A constipada: quando nada é expelido (fecaloma); 3. As mãos geladas: quando nadamos sob o gelo (síndrome de raynauld); 4. A princesa intocável: quando o instinto sexual ataca (doença i9nflamatória pélvica) ; 5. A culpada: quando a cabeça é torturada (enxaqueca) 6 - O Corpo Simbólico: breves relatos clínicos. Páginas: 165 à 187 46ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 47. Vários casos tem sido tratados utilizando-se modelos analíticos. Apresenta-se, como exemplo os momentos principais do processo de pacientes com diferentes sintomas. Um dos objetivos centrais desse trabalho é desenvolver técnicas que permitem uma terapia breve, dedicada especialmente à compreensão dos mecanismos partológicos, que poderá ser utilizada no tratamento de pacientes que estejam hospitalizados. Entretanto, veremos que a cura, implica a tomada de consciência de certos conflitos e mecanismos inconscientes, o que por vezes não é possível em uma terapia breve . O tempo de duração do tratamento depende, em grande parte, das condições do ego do paciente e dos mecanismos de defesa que cercam o sintoma. 47ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 48. O Reprimido: Quando a pele entraem erupção. (acne rosácea) Daniel, Jovem de 36 anos, formado em relações públicas, apresentava sintomas alérgicos e problemas dermatológicos desde criança. Aos 22 anos, recebeu um diagnóstico de acne rosácea. Seu trabalho era bastante prejudicado pelo disturbio, porque dependia da aparência para lidar com os clientes. Fez vários tratamentos dermatológicos que resultavam em alívios temporário. Quieto e introvertido, não reagia as provocações de seus irmãos e sempre tentava evitar que as brigas entre eles chegassem a proporções graves. Como mediador da familia, ele era sempre chamado para intervir em situações de conflito. Seu casamento estava bem. Sua esposa era exigente, mas ele sabia evitar discussões de modo a viver um casamento harmonioso . 48ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 49. Esse caso foi tratado em poucas sessões com uso de técnica de sandplay – o jogo da caixa de areia. Na primeira cena, Daniel coloca as suas mãos na areia e deixa marcas profundas no lugar dos dedos. Ele tem a sensação de que ali existe um útero que o protege, e sente-se amparado. A impressão das mãos mostra que ele se reconhece e toma posse de um territótrio. Ele se emociona com a imagem das mãos e percebe quanto elas tem sido pouco utizlizadas para expressar suas emoções 49ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 50. Na segunda cena, Daniel representa um vulcão em forte erupção e chora bastante após terminar. Os carros correm em torno do vulção sem prestar atenção ao perigo. O símbolo do vulcão torna-se central nesse processo e pode ser entendido como uma metáfora para sua acne. Daniel reprimia muito suas emoções ao agir sempre de maneira submissa. Tinha muita difiuculdade em expressar seus sentimentos e reprimia a raiva. Ele havia sido educado para não manifesta-la. Como católico fervoroso, ele acreditava que ele deveria sempre imitar a Cristo oferecendo a outra face”. A imagem representa a pessoa idealizada, ao qual indiferente aos pergigos, buscava sustentar uma aparencia sempre calma e centralizadora em todas as situações. 50ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 51. SÍMBOLO CENTRAL DO PROCESSO Depois de perceber o vulção como força libertadora de suas emoções reprimidas durante anos, Daniel passou a expressar a raiva, não mais cervindo como mediador dos conflitos familiares. Pelo contrário, ao dar suas opinião e falar de seus sentimentos, ele provocou um desequilibrio nas relações familiares, os quais apoiavam em seu aparente bom senso. A medida que ele liberava sua agressividade, sua pele passou a apresentar melhoras e ele finalmente obteve alta da do dermatologista . O vulção reprimido havia entrado em erupção no seu rosto como melhor maneira de expressão emocional encontrada pelo self. 51ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP
  • 52. REFERÊNCIA RAMOS, Denise Gimenez A Psiqueco Corpo – A dimensão simbólica da doença . 5 Edição. – Aão Paulo ; Sammus 206 52ARLINDO ROCHA MESTRANDO PUC-SP