1) A nobre família de Santa Clara de Assis era de ascendência germânica, procedente da união de francos com lombardos. 2) Clara descendia de uma linhagem nobre e poderosa por parte de seu pai, Favarone, cujos ancestrais incluíam condes e administradores de propriedades reais. 3) A decisão de Clara de renunciar ao mundo contrariou sua família, mas ela manteve sua firmeza de espírito lombarda ao resistir a pressões mesmo do Papa.
Este documento apresenta um resumo biográfico de José Saramago, autor do romance Memorial do Convento. Apresenta detalhes sobre seu nascimento, educação, carreira profissional e principais prêmios literários recebidos, incluindo o Prêmio Literário Município de Lisboa por Memorial do Convento. Atualmente reside na Espanha.
1. O autor descreve sua decepção ao não encontrar S. Pedro ou o céu como imaginava, com santos e lugares simbólicos. Ao invés, ele encontra um casarão confortável com livros que não mencionam religiões da Terra.
2. No casarão, o autor reencontra um amigo transformado e aprende novos hábitos e perspectivas. Ele se sente como uma criança aprendendo novamente.
3. O autor pede a Deus misericórdia por suas fraquezas e que plante a paz em
1) Baltasar regressa a Mafra e apresenta Blimunda à sua família, que a recebe bem.
2) João Francisco vendeu as suas terras para a construção do Convento de Mafra.
3) O filho da irmã de Baltasar e o Infante D. Pedro morrem com a mesma idade de forma diferente.
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, focando-se na época histórica em que se passa, no reinado de D. João V, nas principais personagens como Baltasar, Blimunda e o Padre Bartolomeu de Gusmão, e na estrutura e enredo da obra.
O documento resume o capítulo 12 do livro Memorial do Convento. Nele, Álvaro Diogo tem a promessa de emprego na construção do convento de Mafra e Marta Maria sofre de fortes dores no ventre. O rei inaugura a obra do convento e Blimunda e Sete-Sóis conseguem lugar na igreja para ver a cerimônia.
D. Pedro se apaixonou por Inês de Castro, uma aia que acompanhava sua esposa D. Constança. A paixão foi rejeitada pela corte portuguesa. Após a morte de D. Constança, D. Pedro e Inês viveram juntos e tiveram filhos, mas ela foi assassinada por ordem do pai de D. Pedro. D. Pedro se vingou dos assassinos após se tornar rei.
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33luisprista
O documento analisa trechos do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. Aborda questões sobre a narrativa, focalização e personagens, incluindo Blimunda e Baltasar, cuja relação amorosa é descrita como não imposta e livre de interferências externas.
O capítulo descreve a relação formal entre D. João V e D. Maria Ana, cujo casamento tinha como objetivo garantir a sucessão real. Narra a promessa do rei de construir um convento em Mafra se a rainha desse à luz um filho no prazo de um ano, após o franciscano Frei António de S. José prever tal desfecho. A narrativa contrasta os sonhos proféticos do casal real com a realidade da sua relação baseada em deveres formais e não no amor, ilustrando como o casamento político af
Este documento apresenta um resumo biográfico de José Saramago, autor do romance Memorial do Convento. Apresenta detalhes sobre seu nascimento, educação, carreira profissional e principais prêmios literários recebidos, incluindo o Prêmio Literário Município de Lisboa por Memorial do Convento. Atualmente reside na Espanha.
1. O autor descreve sua decepção ao não encontrar S. Pedro ou o céu como imaginava, com santos e lugares simbólicos. Ao invés, ele encontra um casarão confortável com livros que não mencionam religiões da Terra.
2. No casarão, o autor reencontra um amigo transformado e aprende novos hábitos e perspectivas. Ele se sente como uma criança aprendendo novamente.
3. O autor pede a Deus misericórdia por suas fraquezas e que plante a paz em
1) Baltasar regressa a Mafra e apresenta Blimunda à sua família, que a recebe bem.
2) João Francisco vendeu as suas terras para a construção do Convento de Mafra.
3) O filho da irmã de Baltasar e o Infante D. Pedro morrem com a mesma idade de forma diferente.
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, focando-se na época histórica em que se passa, no reinado de D. João V, nas principais personagens como Baltasar, Blimunda e o Padre Bartolomeu de Gusmão, e na estrutura e enredo da obra.
O documento resume o capítulo 12 do livro Memorial do Convento. Nele, Álvaro Diogo tem a promessa de emprego na construção do convento de Mafra e Marta Maria sofre de fortes dores no ventre. O rei inaugura a obra do convento e Blimunda e Sete-Sóis conseguem lugar na igreja para ver a cerimônia.
D. Pedro se apaixonou por Inês de Castro, uma aia que acompanhava sua esposa D. Constança. A paixão foi rejeitada pela corte portuguesa. Após a morte de D. Constança, D. Pedro e Inês viveram juntos e tiveram filhos, mas ela foi assassinada por ordem do pai de D. Pedro. D. Pedro se vingou dos assassinos após se tornar rei.
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33luisprista
O documento analisa trechos do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. Aborda questões sobre a narrativa, focalização e personagens, incluindo Blimunda e Baltasar, cuja relação amorosa é descrita como não imposta e livre de interferências externas.
O capítulo descreve a relação formal entre D. João V e D. Maria Ana, cujo casamento tinha como objetivo garantir a sucessão real. Narra a promessa do rei de construir um convento em Mafra se a rainha desse à luz um filho no prazo de um ano, após o franciscano Frei António de S. José prever tal desfecho. A narrativa contrasta os sonhos proféticos do casal real com a realidade da sua relação baseada em deveres formais e não no amor, ilustrando como o casamento político af
1) Apresentação dos protagonistas dos casamentos reais entre a Infanta Maria Bárbara de Portugal com o príncipe Fernando da Espanha e o príncipe José de Portugal com Mariana Vitória da Espanha.
2) Descrição da viagem da família real portuguesa até Évora para o encontro com a família real espanhola, com dificuldades causadas pelo mau tempo.
3) Realização da cerimónia de troca das princesas peninsulares em Caia, com Mariana Vitória a vir para Portugal e Maria Bárbara a ir
1) O sobrenome Duque Estrada tem origem na corrupção da palavra holandesa "Dikke" para "Duque" e da palavra "Herstal" para "Estrada", referindo-se a Pepin II, prefeito do palácio merovíngio de Austrásia.
2) Um neto de Pepin II chamado Otton fugiu para as Astúrias na Espanha após a queda do Reino Franco e fundou a Casa Solar Duque Estrada.
3) Existem dúvidas sobre a veracidade da genealogia Duque Est
O documento discute a origem do sobrenome Duque Estrada e apresenta evidências de que Carlos Martel poderia ser pai de Teodoaldo, filho de Grimoaldo. Também sugere que a "dama" com quem Grimoaldo teve um relacionamento ilícito poderia ter sido a primeira esposa de Carlos Martel, Rotrude. Por fim, discute a possível linhagem judaica da segunda esposa de Carlos Martel através do exilarca Natronai-Makhir.
O capítulo introduz os personagens principais e o contexto histórico do reinado de D. João V. O bispo D. Nuno da Cunha informa o rei que Frei António de S. José disse que se o rei prometer construir um convento franciscano em Mafra, Deus dará um herdeiro à rainha. O rei faz essa promessa pública. A relação entre o rei e a rainha é fria e distante.
1) Maria Peres Balteira foi uma soldadeira galega que serviu nas cortes de Fernando III e Afonso X de Castela. Ela provavelmente nasceu em uma família da pequena nobreza na Galiza.
2) Afonso X ataca jocosamente um deão de Cádis por seu gosto por livros eróticos e feitiçaria, sugerindo que ele usava ensinamentos desses livros para seduzir mulheres.
3) Uma cantiga satiriza o deão de Cádis, sugerindo que ele usava livros á
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
Este documento resume as principais características narrativas e temáticas do romance Memorial do Convento de José Saramago. Apresenta o romance como uma mistura de dimensões histórica e ficcional, com personagens e eventos reais e imaginários. Explora três planos narrativos interligados - a construção do Convento de Mafra, o relacionamento de Baltasar e Blimunda e a invenção do Padre Bartolomeu - e fornece exemplos de episódios em cada um. Também descreve o narrador polifônico e
O documento descreve a origem da família Duque Estrada, afirmando que eles descendem de Grimoaldo, sobrinho de Carlos Martel, que fugiu para a Espanha após uma desavença. Posteriormente, o autor encontra evidências de que a família na verdade descende da Casa de Pepim, ligada aos reis merovíngios da França e possivelmente à linhagem de Jesus Cristo.
Este capítulo resume as principais sequências narrativas do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. Descreve acontecimentos como a promessa de construção do Convento de Mafra, os milagres dos franciscanos, a situação socioeconômica do país, e a história de Baltasar Sete-Sóis.
Este capítulo apresenta a história de Baltasar e Blimunda. Baltasar perdeu a mão esquerda na guerra e regressa a Lisboa com Blimunda. Ela possui a habilidade de ver o interior das pessoas. Ambos vão trabalhar na construção de uma máquina voadora para o Padre Bartolomeu Lourenço.
Este documento descreve o relacionamento entre Blimunda e Baltasar. Apesar de se conhecerem em circunstâncias trágicas, eles desenvolvem uma união perfeita baseada no amor verdadeiro e na partilha desinteressada, em contraste com o casamento sem amor entre D. João V e a rainha. Blimunda e Baltasar vivem um amor livre de regras sociais, expresso no silêncio e nas carícias, que perdura apesar dos anos.
O documento descreve as principais personagens do livro Memorial do Convento divididas em dois grupos: o grupo do poder, representado pela família real e alto clero, e o grupo contra-poder, formado por personagens como Baltasar, Blimunda e o padre Bartolomeu. Destaca-se a descrição detalhada das personagens centrais Baltasar, Blimunda e o padre e seu sonho de voar representado pela construção da passarola.
Este documento apresenta a genealogia da família do poeta Brás Garcia de Mascarenhas, começando por seu avô paterno Marcos Garcia, que casou em Avô com Helena Madeira, filha de Simão Garcia. Apesar de lendas, os Garcias e Mascarenhas viviam em Portugal desde o século XIII.
D. Pedro e Inês de Castro viveram um amor proibido que levou ao assassinato de Inês por ordem do pai de D. Pedro. Após se tornar rei, D. Pedro vingou a morte de Inês e ordenou que seu corpo fosse sepultado no Mosteiro de Alcobaça em honra ao seu grande amor. Sua história foi imortalizada na literatura portuguesa.
O contexto sócio-cultural de Pedro & InêsGonçalo Silva
Este documento narra a história de amor proibido entre D. Pedro, herdeiro do trono português, e Inês de Castro. Apesar da oposição do rei Afonso IV, eles se casam secretamente e tem três filhos. Sob pressão da nobreza, Afonso IV manda assassinar Inês. Após a morte do rei, Pedro declara Inês como sua legítima rainha e manda construir um majestoso túmulo para ela em Alcobaça. Ele também ordena a execução dos assassinos de Inês.
O documento resume a obra "Memorial do Convento" de José Saramago, descrevendo as principais linhas de ação, personagens, espaços e período histórico coberto pela narrativa. A história decorre no início do século XVIII e envolve a construção do Convento de Mafra por ordem do Rei D. João V, bem como as vidas entrelaçadas dos personagens Baltasar, Blimunda e o Padre Bartolomeu.
Este documento resume a história de amor entre Pedro e Inês de Castro, desde as fontes históricas até a literatura. Aborda quem eram Pedro e Inês, os acontecimentos que levaram à morte de Inês, e como este amor trágico inspirou muitos poetas e escritores ao longo dos séculos.
O documento descreve a história do Mosteiro de São Pedro de Pedroso no norte de Portugal. Foi fundado no século IX e doado por Dom Gondesindo em 897. O mosteiro pertencia à Ordem de São Bento e teve grande influência na região por séculos, controlando várias igrejas e terras até sua extinção no século XVIII.
Este documento descreve a trágica história de amor entre D. Pedro I de Portugal e D. Inês de Castro no século XIV. D. Pedro apaixonou-se por Inês, uma dama da corte, mesmo depois de se casar com D. Constança. Após a morte de Constança, D. Pedro e Inês viveram juntos e tiveram filhos, causando descontentamento no rei D. Afonso IV. Por ordem de D. Afonso, Inês foi executada, o que levou D. Pedro a se rebelar contra o pai.
O documento resume a obra Memorial do Convento de José Saramago, descrevendo sua estrutura, personagens, tempo e espaço. A obra se passa no início do século XVIII em Mafra e Lisboa e gira em torno da construção do Convento de Mafra, envolvendo o rei D. João V, o casal Baltasar e Blimunda e o Padre Bartolomeu em sua tentativa de voar.
O documento resume a história da Nokia desde sua fundação em 1865 como Finnish Cable Works Ltd até se tornar a maior empresa de dispositivos móveis do mundo em 2007. Ele também discute como a Nokia está evoluindo para focar em serviços móveis e internet para continuar inovando e crescendo no futuro.
Cursos de Especialização Confirmados para outubro/novembro em LisboaLiliana Monteiro
A High Skills oferece vários cursos de especialização e Mini-MBAs em Lisboa e Luanda com preços especiais para grupos. Os cursos certificados incluem Planeamento e Controlo de Gestão, Gestão de Projetos, Gestão de Recursos Humanos e Análise Financeira. A empresa também oferece formação personalizada para empresas.
1) Apresentação dos protagonistas dos casamentos reais entre a Infanta Maria Bárbara de Portugal com o príncipe Fernando da Espanha e o príncipe José de Portugal com Mariana Vitória da Espanha.
2) Descrição da viagem da família real portuguesa até Évora para o encontro com a família real espanhola, com dificuldades causadas pelo mau tempo.
3) Realização da cerimónia de troca das princesas peninsulares em Caia, com Mariana Vitória a vir para Portugal e Maria Bárbara a ir
1) O sobrenome Duque Estrada tem origem na corrupção da palavra holandesa "Dikke" para "Duque" e da palavra "Herstal" para "Estrada", referindo-se a Pepin II, prefeito do palácio merovíngio de Austrásia.
2) Um neto de Pepin II chamado Otton fugiu para as Astúrias na Espanha após a queda do Reino Franco e fundou a Casa Solar Duque Estrada.
3) Existem dúvidas sobre a veracidade da genealogia Duque Est
O documento discute a origem do sobrenome Duque Estrada e apresenta evidências de que Carlos Martel poderia ser pai de Teodoaldo, filho de Grimoaldo. Também sugere que a "dama" com quem Grimoaldo teve um relacionamento ilícito poderia ter sido a primeira esposa de Carlos Martel, Rotrude. Por fim, discute a possível linhagem judaica da segunda esposa de Carlos Martel através do exilarca Natronai-Makhir.
O capítulo introduz os personagens principais e o contexto histórico do reinado de D. João V. O bispo D. Nuno da Cunha informa o rei que Frei António de S. José disse que se o rei prometer construir um convento franciscano em Mafra, Deus dará um herdeiro à rainha. O rei faz essa promessa pública. A relação entre o rei e a rainha é fria e distante.
1) Maria Peres Balteira foi uma soldadeira galega que serviu nas cortes de Fernando III e Afonso X de Castela. Ela provavelmente nasceu em uma família da pequena nobreza na Galiza.
2) Afonso X ataca jocosamente um deão de Cádis por seu gosto por livros eróticos e feitiçaria, sugerindo que ele usava ensinamentos desses livros para seduzir mulheres.
3) Uma cantiga satiriza o deão de Cádis, sugerindo que ele usava livros á
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
Este documento resume as principais características narrativas e temáticas do romance Memorial do Convento de José Saramago. Apresenta o romance como uma mistura de dimensões histórica e ficcional, com personagens e eventos reais e imaginários. Explora três planos narrativos interligados - a construção do Convento de Mafra, o relacionamento de Baltasar e Blimunda e a invenção do Padre Bartolomeu - e fornece exemplos de episódios em cada um. Também descreve o narrador polifônico e
O documento descreve a origem da família Duque Estrada, afirmando que eles descendem de Grimoaldo, sobrinho de Carlos Martel, que fugiu para a Espanha após uma desavença. Posteriormente, o autor encontra evidências de que a família na verdade descende da Casa de Pepim, ligada aos reis merovíngios da França e possivelmente à linhagem de Jesus Cristo.
Este capítulo resume as principais sequências narrativas do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. Descreve acontecimentos como a promessa de construção do Convento de Mafra, os milagres dos franciscanos, a situação socioeconômica do país, e a história de Baltasar Sete-Sóis.
Este capítulo apresenta a história de Baltasar e Blimunda. Baltasar perdeu a mão esquerda na guerra e regressa a Lisboa com Blimunda. Ela possui a habilidade de ver o interior das pessoas. Ambos vão trabalhar na construção de uma máquina voadora para o Padre Bartolomeu Lourenço.
Este documento descreve o relacionamento entre Blimunda e Baltasar. Apesar de se conhecerem em circunstâncias trágicas, eles desenvolvem uma união perfeita baseada no amor verdadeiro e na partilha desinteressada, em contraste com o casamento sem amor entre D. João V e a rainha. Blimunda e Baltasar vivem um amor livre de regras sociais, expresso no silêncio e nas carícias, que perdura apesar dos anos.
O documento descreve as principais personagens do livro Memorial do Convento divididas em dois grupos: o grupo do poder, representado pela família real e alto clero, e o grupo contra-poder, formado por personagens como Baltasar, Blimunda e o padre Bartolomeu. Destaca-se a descrição detalhada das personagens centrais Baltasar, Blimunda e o padre e seu sonho de voar representado pela construção da passarola.
Este documento apresenta a genealogia da família do poeta Brás Garcia de Mascarenhas, começando por seu avô paterno Marcos Garcia, que casou em Avô com Helena Madeira, filha de Simão Garcia. Apesar de lendas, os Garcias e Mascarenhas viviam em Portugal desde o século XIII.
D. Pedro e Inês de Castro viveram um amor proibido que levou ao assassinato de Inês por ordem do pai de D. Pedro. Após se tornar rei, D. Pedro vingou a morte de Inês e ordenou que seu corpo fosse sepultado no Mosteiro de Alcobaça em honra ao seu grande amor. Sua história foi imortalizada na literatura portuguesa.
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Este documento resume a história de amor entre Pedro e Inês de Castro, desde as fontes históricas até a literatura. Aborda quem eram Pedro e Inês, os acontecimentos que levaram à morte de Inês, e como este amor trágico inspirou muitos poetas e escritores ao longo dos séculos.
O documento descreve a história do Mosteiro de São Pedro de Pedroso no norte de Portugal. Foi fundado no século IX e doado por Dom Gondesindo em 897. O mosteiro pertencia à Ordem de São Bento e teve grande influência na região por séculos, controlando várias igrejas e terras até sua extinção no século XVIII.
Este documento descreve a trágica história de amor entre D. Pedro I de Portugal e D. Inês de Castro no século XIV. D. Pedro apaixonou-se por Inês, uma dama da corte, mesmo depois de se casar com D. Constança. Após a morte de Constança, D. Pedro e Inês viveram juntos e tiveram filhos, causando descontentamento no rei D. Afonso IV. Por ordem de D. Afonso, Inês foi executada, o que levou D. Pedro a se rebelar contra o pai.
O documento resume a obra Memorial do Convento de José Saramago, descrevendo sua estrutura, personagens, tempo e espaço. A obra se passa no início do século XVIII em Mafra e Lisboa e gira em torno da construção do Convento de Mafra, envolvendo o rei D. João V, o casal Baltasar e Blimunda e o Padre Bartolomeu em sua tentativa de voar.
O documento resume a história da Nokia desde sua fundação em 1865 como Finnish Cable Works Ltd até se tornar a maior empresa de dispositivos móveis do mundo em 2007. Ele também discute como a Nokia está evoluindo para focar em serviços móveis e internet para continuar inovando e crescendo no futuro.
Cursos de Especialização Confirmados para outubro/novembro em LisboaLiliana Monteiro
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Este documento analiza los casos de rechazo de alimentos en el comercio agroalimentario de Chile, Costa Rica y República Dominicana. Describe las instituciones multilaterales y regionales relacionadas con el comercio de alimentos y los principales instrumentos de política comercial. Además, presenta estadísticas sobre rechazos de exportaciones agroalimenticias de estos tres países a Estados Unidos y la Unión Europea, identificando las causas más comunes de rechazo.
O documento descreve os princípios e práticas da metodologia Scrum para gestão ágil de projetos. Scrum é um framework que permite entregar valor ao cliente de forma incremental através de sprints curtas e feedback constante. O documento explica os papéis de Product Owner, Scrum Master e time, assim como artefatos como backlog do produto e burn down.
Este documento presenta la estrategia de la Secretaría Presidencial de la Mujer (SEPREM) para articular la Política Nacional de Promoción y Desarrollo Integral de la Mujer y el Plan de Equidad de Oportunidades con el Pacto Hambre Cero a través del empoderamiento económico de las mujeres. La SEPREM realizó diagnósticos en 8 municipios priorizados y proporcionó insumos y capacitación a 400 mujeres beneficiarias para proyectos productivos con apoyo del Ministerio de Agricultura. La SEPREM también proyect
Este documento resume la situación de la industria porcícola mexicana. México ha logrado liberarse de la Fiebre Porcina Clásica en 32 estados, lo que ha permitido aumentar las exportaciones de carne de cerdo, principalmente a Japón y Corea. Sin embargo, México también depende de las importaciones, especialmente de piernas de Estados Unidos, para satisfacer la demanda interna. El documento analiza indicadores clave como empleos, producción, consumo y comercio exterior, y destaca los desafíos y oportunidades para
Este documento é uma tradução da Bíblia Sagrada, contendo o Antigo e Novo Testamento. A primeira parte apresenta o livro de Gênesis, descrevendo a criação do mundo por Deus em seis dias, a criação do homem e da mulher, o Éden, a tentação e queda de Adão e Eva.
This document appears to be a list of the word "Almanaque" repeated multiple times, with the phrases "Final Nacional 2008" and "Final Nacional 2009" appearing once each towards the bottom. The high-level information provided is a listing of the word "Almanaque" with year references at the end.
1) O documento discute a divisão internacional do trabalho e como ela mudou ao longo dos séculos 19 e 20, com países assumindo papéis diferentes na economia global.
2) A divisão internacional do trabalho é estruturada em relações entre centro e periferia, com o centro no comando e a periferia subordinada.
3) Recentemente, o conceito de "semi-periferia" foi introduzido para descrever economias com condições intermediárias, como alguns países socialistas ou novos países industrializados.
Sustentabilidade, Ecologia e O Petróleo no BrasilAlfredo Moreira
O documento discute o Protocolo de Kyoto, um tratado internacional que tem como objetivo fazer com que países desenvolvidos assumam compromissos de reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Explica que o Protocolo estabeleceu metas de redução de emissões até 2012 e mecanismos como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Também discute as Conferências da ONU sobre o clima e a prorrogação do Protocolo até 2020 na COP-18.
O Circulo Artístico Cultural de Saquarema lança o primeiro concurso de fotografia com o tema "Novos olhares de Saquarema" para incentivar a arte fotográfica local. O concurso terá categorias para fotógrafos amadores e profissionais e premiará os melhores trabalhos com certificados e dinheiro.
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá la mayoría de las importaciones de petróleo ruso a la UE a partir de finales de año. Algunos países como Hungría aún dependen en gran medida del petróleo ruso y podrían obtener una exención temporal al embargo.
Presentación de Daniel Balaban, representante de PMA - Brasil en el marco del Foro de Expertos sobre Programas de Alimentación Sostenibles en América Latina, el 11 y 13 de septiembre de 2012 en Santiago de Chile
O evento foi organizado pela Biblioteca Municipal de Lagos e pelo Município de Lagos com a colaboração do Grupo de Trabalho da Rede Interconcelhia de Bibliotecas Terras do Infante. O objetivo foi promover o gosto pela leitura e estimular competências de expressão oral e escrita com obras literárias propostas para alunos do 3o ciclo e ensino secundário. O evento ocorreu no dia 28 de abril com provas escritas, visita guiada, lanche, sessão pública e anúnc
O documento discute os desafios da globalização e competição para empresas, identificando quatro estratégias: Defenders se concentram em defender o mercado local contra multinacionais quando a pressão para globalização é fraca; Extenders estendem seu sucesso local para alguns mercados nessa situação; Dodgers se reestruturam para explorar vantagens locais quando a pressão é alta; Contenders competem diretamente com multinacionais quando podem transferir vantagens para outros mercados.
El documento lista 12 paradores nacionales en España y menciona que el Parador de Ciudad Rodrigo ha alojado a cinco millones de españoles, haciéndolo el más importante.
Mamta Kabra seeks a position that allows her to express new ideas and shape an organization's future. She has over 6 years of experience in compliance work related to company law, securities law, and foreign exchange management. Her experience includes handling compliances for listed companies under various regulations and facilitating various corporate filings and processes. She is proficient in using MCA and accounting software and has expertise in areas such as secretarial audit, board processes, and statutory compliances.
O documento descreve a vida de Santa Clara de Assis. Ela nasceu em 1193 em uma família nobre em Assis, Itália. Apesar de sua riqueza, Clara se dedicou aos pobres desde a infância. Inspirada por São Francisco de Assis, ela abandonou sua vida luxuosa e se juntou a ele na pobreza e oração. No Domingo de Ramos de 1212, Clara fugiu secretamente de casa para se consagrar a Deus, iniciando assim a Ordem das Clarissas.
Vida de um homem: Francisco de Assis - Chiara FrugoniJuliana Soares
Este documento apresenta um resumo do livro "Vida de um Homem: Francisco de Assis", da autora Chiara Frugoni. O livro traz informações sobre a infância, juventude e conversão de Francisco de Assis, desde seu nascimento em Assis até o momento em que abandona sua vida anterior e passa a viver em pobreza se dedicando à Igreja.
Este documento resume o enredo e personagens principais do romance Memorial do Convento de José Saramago. A história se passa em Portugal no século 18 e descreve a construção do Convento de Mafra, focando nos personagens populares Blimunda, Baltasar e o padre Bartolomeu Lourenço, que tenta construir uma máquina voadora. O documento também discute o tempo, espaço e estilo narrativo do romance, caracterizado por uma linguagem próxima da oralidade.
Esta entrevista discute a pesquisa de Sir Laurence Gardner sobre as famílias reais européias e sua ligação com a dinastia de Jesus. Ele explica que muitas famílias reais descendem de Jesus e seus irmãos, mas a Igreja Católica Romana suprimiu essa herança para assumir o poder. A Igreja também perseguiu os "Desposyni", os descendentes diretos de Jesus.
A sociedade medieval era dividida em classes sociais rígidas. No topo estava o rei, seguido pelos senhores feudais e cavaleiros que deviam lealdade e proteção aos seus suseranos em troca de terras. Abaixo deles estavam os camponeses, que viviam em condições precárias e pagavam impostos aos senhores. A Igreja também exercia grande influência cultural e ideológica sobre a população.
1) O papa Alexandre VI é acusado de usar seu poder para beneficiar sua família, especialmente seu filho César Bórgia, que é descrito como um assassino temido.
2) Sua filha Lucrécia Bórgia se casa pela terceira vez, ignorando os escândalos em torno de seus casamentos anteriores, um dos quais terminou com o assassinato do marido.
3) Alexandre VI é acusado de viver uma vida de luxúria e orgias no Vaticano, colocando a Igreja a serviço
O documento descreve a biografia de São Francisco de Assis, incluindo sua conversão religiosa, fundação da Ordem Franciscana, anos finais e morte. São Francisco viveu nos séculos XII-XIII e dedicou sua vida aos pobres e doentes, pregando a palavra de Deus e renovando o Cristianismo por meio da pobreza absoluta.
Trata-se de um assunto pouco conhecido sobre uma jovem algarvia, originária da distinta família dos Barretos, que pontificou na corte portuguesa nos finais do século XVI, no período de transição da perda da nacionalidade para a dominação filipina, cuja descendência foi também eminente na vizinha Espanha.
Sendo considerada uma das mais belas mulheres do seu tempo, não admira que por ela se tenha apaixonado o poeta Luís de Camões, que terá glosado, a seu pedido, uma frase com diferentes sentidos, não só amorosos como também sociais.
Christian jacq pedra de luz 2 - a mulher sábiaAriovaldo Cunha
1) O Lugar de Verdade vivia em angústia desde a morte de Ramsés o Grande, temendo pela sua proteção sob o novo faraó.
2) O chefe da segurança Sobek estava obcecado com proteger a aldeia de perigos externos e internos.
3) Néfer, o mestre-de-obras silencioso, carregava uma grande responsabilidade em liderar os artesãos, mas não estava claro se ele poderia lidar com as forças ameaçadoras que se aproximavam.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
O documento descreve vários eventos da corte portuguesa no século 18, incluindo o casamento dos infantes, as lições de piano da infanta Maria Bárbara, e a celebração do batismo da infanta Maria Bárbara.
Santa Clara nasceu em 1194 na cidade de Assis, Itália. Ela era filha de uma família nobre, mas desde criança se dedicava aos pobres. Aos 13 anos conheceu Francisco de Assis e decidiu seguir seu estilo de vida de pobreza e oração. Aos 18 anos, Clara fugiu de casa à noite e foi viver como franciscana na igreja da Porciúncula. Ela fundou a Ordem das Clarissas e viveu uma vida de pobreza, oração e serviço aos necessitados até falecer em 1253.
1) Gonçalo Mendes Ramires, conhecido como o Fidalgo da Torre, trabalha numa novela histórica sobre a sua família, os Ramires, inspirado pela antiga Torre da família.
2) Os Ramires têm uma linhagem nobre que remonta aos séculos X-XI, com muitos membros que se destacaram heroicamente ao longo da história de Portugal.
3) Gonçalo estreia-se nas letras ao apresentar um conto sobre D. Guiomar ao seu amigo José Lúcio Castanheiro, que
1) Gonçalo Mendes Ramires trabalha em uma novela histórica sobre a Torre de D. Ramires para uma nova revista.
2) A família Ramires tem uma longa linhagem de nobreza em Portugal desde o século X.
3) Gonçalo apresenta seu primeiro trabalho literário, um conto sobre D. Guiomar, para seu amigo José Lúcio Castanheiro.
Em 1980 assinalou-se o 4º Centenário da morte do maior vate da Língua portuguesa. Porém, perdeu-se então a oportunidade de, através de uma singela placa evocativa, se perpetuar a existência no Algarve da casa que foi berço a D.a Francisca de Aragão, considerada como a musa inspiradora dos Lusíadas. O edifício, na praia de Quarteira, denominada «Estalagem da Cegonha», foi, no século XVI, residência de Nuno Rodrigues Barreto, alcaide-mor de Faro e vedor da Fazenda do Algarve, pai da «loira, viva, esperta e azougada» Francisca de Aragão. Foi nessa vetusta casa apalaçada do morgadio dos Barretos, que nasceu a formosa Francisca de Aragão, que viria a ser figura de proa nas cortes de Portugal e de Espanha.
D. Pedro e Inês de Castro viveram um amor proibido no século XIV em Portugal. Apesar da oposição da corte, eles se casaram secretamente, mas Inês foi executada por ordem do rei. Após a morte, D. Pedro declarou Inês rainha e mandou esculpir túmulos magníficos para os dois em Alcobaça, imortalizando seu grande amor.
Este documento descreve as origens da paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão em Portugal, analisando documentos históricos desde os séculos X a XIV. A povoação era originalmente chamada de Palaciolo e foi habitada por povos pré-romanos. Existem referências à família Brandão desde o século X, sugerindo origens portuguesas, não normandas. A povoação evoluiu de Palaciolo para Palácio Blãdo no século XII.
1. A freguesia de S. Pedro Fins data de antes da fundação de Portugal, originalmente chamando-se "Sancti Felicis de Cornato".
2. Nos séculos XII-XIII, a freguesia abrangia as "villas" de Quintã, Povoação, Arcos e Leandro, sendo Quintã uma antiga propriedade nobre.
3. Escavações arqueológicas revelaram artefatos de 3500 anos atrás, indicando povoamentos antigos na região.
1. A freguesia de S. Pedro Fins data de antes da fundação de Portugal, originalmente chamando-se "Sancti Felicis de Cornato".
2. Nos séculos XII-XIII, a freguesia abrangia as "villas" de Quintã, Povoação, Arcos e Leandro, sendo Quintã uma antiga propriedade nobre.
3. Escavações arqueológicas revelaram artefatos de 3500 anos atrás, indicando povoamentos antigos na região.
Semelhante a A nobre familia de Santa Clara de Assis (20)
Este documento fornece as diretrizes de identidade visual para a logomarca da Associação Gaúcha de Esperanto, incluindo as cores, fontes e versões a serem usadas. Ele também presta homenagem à ex-tesoureira Elisabete Winck e fornece exemplos de como a logomarca pode ser usada em diferentes contextos.
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorumEugenio Hansen, OFS
Este documento descreve uma exposição na Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sobre os 50 anos desde o fim do Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros proibidos mantida pela Igreja Católica. A exposição inclui exemplares raros de obras que foram banidas, como os Ensaios de Montaigne e o Discurso do Método de Descartes. O documento fornece detalhes sobre a história do Index e sua abolição pelo Papa Paulo VI em 1966.
O documento lista 7 alongamentos para a coluna, descrevendo cada posição e recomendando manter cada uma por 20-30 segundos em ambos os lados para relaxar e fortalecer a coluna e glúteos.
O documento enfatiza a importância de permanecer em silêncio e confiar em Deus, argumentando que aqueles que confiam em Deus não faltará nada e que apenas Deus é suficiente. O texto convida o leitor a esquecer preocupações, entrar em silêncio e escutar Deus no mais profundo do ser.
A proposta apresenta um novo logotipo para a Associação Gaúcha de Esperanto. O logotipo combina símbolos do Esperanto e do Rio Grande do Sul, representados por uma estrela verde e uma cuia marrom respectivamente. A fonte escolhida permite uso comercial e as cores foram selecionadas para representar o Esperanto e a cultura gaúcha.
Este documento apresenta uma nanoexposição de bíblias raras da Coleção Eichenberg da Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, incluindo exemplares em latim, inglês e francês dos séculos XVI ao XIX.
O documento descreve a jornada de aprendizado do autor para aceitar as pessoas com suas falhas e imperfeições, escutá-las de verdade e perdoá-las. O autor está aprendendo a amar incondicionalmente e ver o valor em cada vida, apesar dos desafios dessa jornada.
O documento resume uma reunião da OCLC na América Latina. Foi discutido o crescimento do WorldCat, novos membros, serviços como o WorldCat Local e EZProxy, e iniciativas como dados ligados e o WorldShare para gestão de bibliotecas. Também foi apresentado o novo presidente e CEO da OCLC, Skip Prichard.
O documento descreve diferentes tipos de marcas usadas para indicar a propriedade de livros, como ex-libris, assinaturas e carimbos. Exemplifica cada tipo com imagens de marcas encontradas em livros da Biblioteca Central da UFRGS.
Francisco de Assis nasceu na Itália no século XII, filho de um comerciante. Após ter uma visão de Deus, rejeitou sua herança para viver uma vida de pobreza e pregar o evangelho, fundando a Ordem Franciscana. Morreu em 1226 e foi canonizado dois anos depois.
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil 2000Eugenio Hansen, OFS
No ano 2000 a revista Teoria e Debateconvidou o Prof. Antônio Cândidoa listar 10 livrospara conhecero Brasil.
O pequeno artigo de resultou nesta listagempode ser lido em
http://blogdaboitempo.com.br/2013/05/17/antonio-can
Recomendamos a leiturapois esta apresentaçãoé apenas uma síntesemuito pobre do artigo.
Este documento apresenta obras raras sobre educação e ensino dos séculos XVII ao XX pertencentes à Coleção Eichenberg. Inclui o primeiro livro de gramática da língua portuguesa no Brasil de José de Anchieta de 1595, os estatutos da Universidade de Coimbra de 1654 e o livro Émile ou Da Educação de Rousseau. Fornece informações sobre como consultar as obras raras.
Este documento descreve uma sessão de Lectio Divina sobre o tema "O Mestre que te ama". A sessão inclui uma reflexão sobre o Evangelho de João onde Jesus transforma água em vinho em Caná. Os participantes são chamados a seguir o exemplo de amor de Jesus e a fazer gestos concretos de caridade para com os necessitados.
Este documento fornece orientações para guias organizarem grupos de leitura bíblica em preparação para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013. As orientações incluem manter os grupos entre 10-15 pessoas, ter o mesmo guia em cada encontro, preparar cuidadosamente cada reunião, usar a Bíblia durante as discussões, e manter contato constante entre os encontros usando a internet.
a) O documento descreve as atividades de um congresso que celebrou os 800 anos do carisma de Santa Clara de Assis.
b) Vários oradores destacaram como Clara e Francisco iluminaram um ao outro e como seu exemplo convida a uma vida de conversão, entrega e compromisso com os mais necessitados.
c) O congresso proporcionou momentos de oração, reflexão e celebração para firmar o chamado franciscano de vida segundo o espírito de Clara.
1. A NOBRE FAMÍLIA DE SANTA CLARA DE ASSIS
GEMMA FORTINI
Pouco se sabe sobre a fam€lia de Santa Clara de Assis. O que • conhecido est‚ na Legenda de Santa
Clara Virgem, escrita por Tom‚s de Celano, e no Processo de Canonizaƒ„o.1
A raz„o desse sil…ncio sobre a famosa linhagem nobre de Clara est‚ no desejo dela mesma.
Benvinda de Perusa, que seguiu a Santa no convento no mesmo ano de sua convers„o, diz o seguinte:
“Dona Clara n„o queria falar de coisas seculares, nem queria que as Irm„s as lembrassem”.2 Mas
chegaram informaƒˆes b‚sicas at• n‰s para nos ajudar a estabelecer os fatos a respeito de sua fam€lia.
Clara nasceu em Assis em 1193, e morreu na mesma cidade em 1253, aos sessenta anos.
Sobre ela se escreveu: “a Virgem Clara era de nobre nascimento”; “seu pai, messer Favarone, era
nobre, grande e poderoso na cidade, ele e os outros de sua casa”; “Clara era da mais nobre parentela de
toda a cidade de Assis, do lado do pai e da m„e”; “seu pai era militar, e a fam€lia, de cavaleiros, dos
dois lados.” Favarone, seu pai, era, portanto, miles, isto •, um cavaleiro feudal 3, capaz de combater a
cavalo e de perseguir bandos de inimigos de espada em riste. Tamb•m est‚ escrito: “A casa era muito
grande e continha vastas riquezas herdadas pela fam€lia de seu pai.”4
Com nossas recentes descobertas, podemos afirmar que a fam€lia de Clara era de ascend…ncia
germŠnica, procedente da uni„o de francos com lombardos. Deduzimos isso de um valioso volume do
sec. XVII que apresenta dados sobre muitas fam€lias nobres da It‚lia. Tentamos comparar os nomes e
os per€odos hist‰ricos citados no texto com os documentos encontrados em Assis. 5
De acordo com os Atos de Assis, o ancestral mais distante de Clara foi Offredo, que viveu em
Assis em 1106, com seus filhos Bernardo e Monaldo, sendo que este ‹ltimo era chamado “comes,”
isto •, “conde”. 6 Pesquisamos mais para tr‚s e descobrimos que essa fam€lia era muito poderosa em
toda a It‚lia central, de que fazia parte o Ducado de Espoleto.
Offredo teve como irm„os Suppolino, Barone e Monaldo. De acordo com o texto que consultamos,
esses eram os nomes dos filhos do Conde Rapizone II, filho de Cresc…ncio, que, por sua vez, era filho
de Rapizone I. 7
A hist‰ria • a seguinte: em 1057 Goffredo, duque da Toscana, padrasto da Condessa Matilde de
Canossa, chamado Rapizone I, era Conde de Todi, uma cidade situada a poucos quilŒmetros de Assis.
Em Assis existe um documento pelo qual Cristo, um padre, filho de Rapizone I, doou dois lotes de
suas terras para a Catedral de Assis. 8
“Rapizone” era sem d‹vida um apelido que o povo costumava aplicar a todos que sabiam como se
defender dos infi•is. De fato, no Morgante de Pulci, o autor diz sobre o Paladino Orlando que estava
combatendo os sarracenos: “ele os liquidava um por um; felizes dos que conseguiam escapar, porque
todos os outros eram cortados como nabos (come rape).” 9
Na •mbria do sec. XI dois ramos diferentes da fam€lia dominavam incontestavelmente, o dos
Condes Arnolfi e o dos Condes Attoni. E sua origem •, ent„o, uma mistura de lombardos e francos que
prov•m do sec. IX.
H‚ uma diferenƒa not‚vel entre lombardos e francos, devida aos diferentes costumes e
mentalidades: os lombardos eram altos, caladˆes, fortes, decididos, e possu€dos por um arraigado
1
Tom‚s de Celano, Legenda Sanctae Clarae Virginis, ed. Francesco Pennachi (Assisi: Tipografia Metastasio, 1910); Processo di
canonizzazione di s. Chiara, ed. Zefferino Lazzeri, Archivum Franciscanum Historicum, 13 (1920), 401-507
2
Processo, 2:10.
3
Ibid. 1:4, 19:1; 20:2 no testemunho de Pac€fica de Guelf‹cio, Pietro de Damiani e Jo„o Ventura; Legenda, 1.
4
Legenda, I. Guido Battelli em Leggenda di Tommaso da Celano (Sancasciano, 1926), 12, traduz “iuxta morem patriae” por “secondo le
facoltŽ, della patria”. Acho que o correto seria “secondo i beni paterni.”
5
O texto de sec. XVII • Anton Francesco Zazzera, Della nobiltt‚ dell’Italia (Napoli, 1615).
6
Todos os documentos foram publicados por Arnaldo Fortini, Nova vita di s. Francesco (Assisi, 1959); para Offredo, ver II, 328, e o
Archivio della Cattedrale di Assisi, Fasc. II, n. 18 and n. 47.
7
Zazzera, 307.
8
Archivio, Fasc, 1, n. 109.
9
Niccol• Tommaseo, Dizionario della lingua italiana (Torino, 1929), 63.
1
2. senso de casta; os francos tinham o dom de assimilar com facilidade e eram mais abertos aos contactos
com os outros povos.
Os lombardos, de fato, mantiveram sua l€ngua por s•culos; deixaram muitas de suas expressˆes
verbais no dialeto de Assis at• hoje. Os francos, por sua vez, absorveram muitos termos latinos em sua
l€ngua, talvez por causa de sua uni„o muito pr‰xima, espiritual e politicamente, com a Igreja de Roma.
Algumas caracter€sticas desses povos antigos podem ser encontradas em Santa Clara. Sua dignidade,
austeridade e forƒa de esp€rito revelam seu temperamento lombardo, como tamb•m caracter€sticas
f€sicas, como sua estatura alta e seus longos cabelos loiros; mas sua doƒura, mansid„o, a nobreza de
seu esp€rito refinado, refletem sem d‹vida nenhuma a realeza heredit‚ria do povo franco.
Seria longo e provavelmente pesado apresentar aqui a lista de todos os nomes dos que formaram as
origens da fam€lia de Santa Clara. Vou me limitar a apresentar alguns fatos que considero importantes
para entender melhor, se for poss€vel, a natureza humana da Santa de Assis.
Voltando Žs origens de sua linhagem, podemos estabelecer que Clara descenda de um senhor
feudal muito rico pelo lado de seu pai, chamado Favarone, termo que indicava um homem que se
orgulhava de origem real. 10
Favarone, como se pode ver pelos documentos publicados por Arnaldo Fortini, era filho do Conde
Ofred‹cio de Bernardino, um nobre e poderoso senhor da cidade de Assis, cuja casa era ao lado da
catedral. Bernardino era filho de Offredo, como j‚ dissemos, e, em nossa pesquisa, descobrimos que
Offredo era filho do conde Rapizone II. 11 Esse conde Rapizone II descendia de Taciperticone, como
se v… no texto de Zazzera. Taciperticone era um nome usado para indicar um homem alto e magro que
conhecia a arte do sil…ncio. 12 No sec. VIII, Taciperticone tinha sido nomeado (por Liutprando, rei dos
lombardos) administrador de todos os bens do Ducado de Espoleto, a que pertencia a cidade de
Assis. 13 Taciperticone tinha tr…s filhos: o Conde Ramone, mestre da cavalaria no Ducado de Espoleto;
Taciperga e Helina. Helina ficou vi‹va pela morte de seu jovem marido Fulgoaldo, um poderoso
senhor da Sabina, e se retirou para a vida contemplativa, mesmo como leiga, mas gozando de um
atributo t€pico desse tempo para os que se dedicavam Ž vida religiosa: “Ego ancilla Domini.”
O nome de Perticone, obviamente procedente de Taciperticone, ainda sobrevive no munic€pio de
Assis, especialmente na localidade de Castelnuovo, na plan€cie abaixo da cidade. A nobre e orgulhosa
fam€lia de Clara n„o pŒde suportar sua fuga da casa paterna para seguir a mensagem de amor de S„o
Francisco.
A irm„ de Clara, Beatriz, que a seguiu na vida de ren‹ncia, constata, no Processo: “S„o Francisco,
conhecendo a fama de sua santidade, foi visit‚-la muitas vezes para lhe falar, e a virgem Clara
concordou com o que ele dizia, renunciou ao mundo e a todas as coisas terrenas e foi servir a Deus...
ela vendeu toda a sua heranƒa e parte da heranƒa da testemunha [Beatriz] e deu-a aos pobres. E depois
S„o Francisco cortou seu cabelo diante do altar, na igreja da Virgem Maria, chamada Porci‹ncula, e a
levou para a igreja de S„o Paulo das Abadessas. Seus parentes quiseram lev‚-la embora, mas dona
Clara agarrou as toalhas do altar e descobriu a cabeƒa, mostrando que a tinha raspado, e n„o consentiu
de nenhum modo, nem se deixou arrancar dali, nem levar de volta com eles.” 14 Esse • o drama da
vestição de Clara, visto na rudeza da linguagem do sec. XII, em testemunho de sua decis„o de seguir a
vida de ren‹ncia ao mundo.
H‚ um confronto entre duas geraƒˆes: a fam€lia, forte no dom€nio terrestre, querendo defender o
costume lombardo segundo o qual a moƒa herdava de acordo com a vontade de seus pais e a jovem de
18 anos que consegue quebrar todos os laƒos com as coisas terrenas. Essa firmeza lombarda da Santa
n„o se perdeu na vida religiosa. Quando o Santo Padre tentou convenc…-la, por causa de sua sa‹de, a
moderar o rigor da pobreza, Clara reagiu com firmeza e n„o aceitou o conselho do papa.
Irm„ Felipa, que conviveu com Clara em S„o Dami„o, disse o seguinte no Processo: “Nunca pŒde ser
induzida, nem pelo papa nem pelo bispo de •stia a receber posse alguma. E honrava com muita
10
Ibid., 105.
11
Zazzera.
12
Tommaseo, 952.
13
Zazzera, 302.
14
Processo, 12:2-4.
2
3. rever…ncia o Privil•gio da Pobreza, que lhe tinha sido concedido, e o guardava bem e com dilig…ncia,
temendo que se perdesse.” 15
Ela tinha essa prud…ncia antiga de seus antepassados, que muitas vezes se transformava em
sil…ncio.
A fam€lia de Clara podia justificar o apelido dado a um de seus descendentes, o de Favarone: vinha
de sangue real da Franƒa e mais precisamente de Carlos Magno, como mostra nossa pesquisa.
O filho de Carlos Magno, Pepino, tinha constitu€do seu filho Bernardo herdeiro de seu trono italiano.
Bernardo tinha morrido, cegado por ordem de seu tio, o Imperador Lu€s, que, mais tarde, arrependido
de seu crime atroz, atravessou toda a Franƒa de p•s descalƒos, merecendo o apelido “piedoso”.
Bernardo, embora fosse jovem quando morreu, tinha deixado um filho na It‚lia, chamado Pepino, que
mais tarde recebeu do papa o encargo de administrar todos os bens da Igreja.
Esse foi o pai do cŒnsul Ces‚rio, do conde Ertemberto de Vermandois, de Pepino e de Bernardo.
O conde Ertemberto de Vermandois teve uma parte muito importante na hist‰ria da Franƒa, mantendo
Carlos o Simples como prisioneiro no castelo de Peroni•re, at• a morte. Vermandois correspondia Ž
regi„o da Picardia, de onde tamb•m veio a m„e de S„o Francisco, por isso chamada apropriadamente
de Pica.
A uni„o de lombardos com francos na fam€lia de Santa Clara teve lugar provavelmente no tempo
do cŒnsul Ces‚rio, que, como notamos, era bisneto de Bernardo, rei da It‚lia.
De fato, a filha ‹nica do cŒnsul Ces‚rio casou-se com o conde Attone, um poderoso senhor da
•mbria, como j‚ mencionamos.
Desse casamento nasceu a condessa Gervisa, que teve grandes posses no munic€pio de Assis, como
descobrimos em nosso estudo comparativo do texto de Zazzera e dos documentos conservados nos
arquivos de Assis.
De acordo com Zazzera, Gervisa tinha deixado para seu filho Oderisio uma grande propriedade
chamada Casafortino. Conseguimos descobrir que esse Casafortino • uma colina acima de Assis,
situada na estrada que leva para Cerqua Palmata e da€ para o vilarejo de Santa Maria de Lignano.
O conde Attone, pai de Gervisa, tinha um irm„o chamado Rain•rio II, que tinha um filho chamado
Attone, que foi o pai de Rapizone I, cujo filho Cresc…ncio gerou Rapizone II, do qual procederam,
como vimos, Offredo, que gerou Bernardino, que por sua vez gerou Offreducio, de quem veio
Favarone e depois Santa Clara.
Tamb•m se diz que Attone I foi da fam€lia dos Condes Castelli, descendia de Taciperticone, que
tinha sido administrador de todas as fortalezas do Ducado de Espoleto. De fato, havia um castelo em
seu bras„o.
A condessa Gervisa, sobrinha de Rain•rio II, que era ancestral de Santa Clara, casara-se em
segundas n‹pcias com um primo, o conde de Marsi, Reinaldo. Veio da€ o estreito relacionamento entre
os condes lombardos, os Castelli, e os condes de Marsi, que eram de origem franca.
A m„e da Santa era aparentada com seu marido Favarone, orgulhando-se de ter entre seus
ancestrais Attone, irm„o (pai) da condessa Gervisa.
Pela linha de descend…ncia (ap…ndice 1), fica claro que a fam€lia era a mesma, e que Hortolana
casou-se com Favarone, seu primo distante.
Descobrimos que Hortolana foi sua descendente porque h‚ uma tradiƒ„o em Assis segundo a qual a
m„e da Santa pertencia Ž fam€lia dos condes de Fiumi, que tinham em seu bras„o de armas uma
fortaleza com um rio, e • o mesmo s€mbolo que descobrimos na fam€lia do Conde Accarino, que
possui de fato as nascentes dos rios Nera e Velino.
Como se pode ver pela ‚rvore geneal‰gica, • evidente que Pac€fica e Bona de Guelfuccio,
testemunhas no Processo, eram parentes pr‰ximas de Santa Clara.16
15
Ibid., 3:14.
16
De fato, a comunidade de S„o Dami„o inclu€a muitas outras parentes da Santa.
3
4. Para entender melhor a hist‰ria do per€odo em que Santa Clara viveu, e para oferecer uma
justificaƒ„o fundamentada para os acontecimentos prementes que sucederam nesse tempo, • preciso
focalizar um fato que, embora relevante, nunca foi examinado at• agora.
Dos condes de Marsi, que eram relacionados com a fam€lia de Santa Clara pelo lado de sua m„e,
veio o imperador alem„o Frederico II. Seu avŒ materno, Rog•rio II, rei da Sic€lia, tinha se casado, em
um casamento final, com a condessa Beatriz de Rieti, uma filha do ‹ltimo conde de Marsi,
Offreduccio, que morreu em 1125. A hist‰ria recorda a condessa Beatriz por causa das visˆes que ela
teve antes do nascimento de sua filha Constanƒa de Altavilla, press‚gios que os s‚bios interpretaram
como n„o auspiciosos. Com ela, de fato, o poder normando ficou extinto para sempre.
Preocupada com esse futuro, Beatriz tinha afastado e escondido a crianƒa, que nasceu alguns meses
depois da morte do pai, o rei Rog•rio, por causa de intrigas na corte relativas Ž sucess„o do trono da
It‚lia. Na realidade, Constanƒa foi posta em um convento de freiras beneditinas. Quando ainda tinha
cerca de trinta anos, Constanƒa foi removida do convento, como Dante lembra na Divina Comédia,
para se tornar esposa do filho do imperador da Alemanha, Barbarroxa, Henrique VI, que mal tinha
vinte anos de idade. Foi um casamento pol€tico para unir a coroa imperial alem„ com o reino
normando. A cerimŒnia foi celebrada com festas solenes na pr‰pria cidade de Rieti, a cidade da
Condessa Beatriz, com toda a nobreza da •mbria, incluindo os condes de Marsi e os condes Castelli,
que foram todos convidados.
A crŒnica recorda assim o acontecimento: “Constanƒa chegou cercada pela costumeira cerimŒnia
da corte normanda; com ela vieram 150 cavalos, carregados de ouro, prata, pedras preciosas, tecidos
de ouro e peles. 17 Era uma tradiƒ„o normanda, planejada para deslumbrar o mundo com suas fabulosas
riquezas. A m„e vi‹va do Rei Rog•rio II, Adelaide, tinha atravessado o mar para encontrar seu novo
marido, Balduino, rei de Jerusal•m, levando consigo cinco navios carregados de ouro.
Mas Constanƒa j‚ n„o era moƒa e demonstrava a idade por ser doente. Seu t„o jovem marido •
assim descrito:
“Partilhava com os Hohenstaufens o tipo do g…nio estadista s‰brio... seu corpo era fr‚gil e
esquel•tico... tinha o rosto p‚lido... Ningu•m o via rir... na verdade a dureza era a marca do seu ser,
uma dureza de granito, e com ela a reserva rara em um alem„o. Junte-se a isso uma vontade poderosa,
uma paix„o imensamente forte mas fria como gelo, uma espantosa esperteza e tino pol€tico” 18
Apesar de tudo, n„o foi um casamento feliz. Dizia-se at• que seu filho, Frederico II, era na realidade
filho de um outro, talvez de um m•dico da corte, e que Constanƒa, simulando o fato, fez passar o filho
como dele, para garantir, diante dos amigos pol€ticos do marido, um herdeiro seguro para o imp•rio.
Frederico II foi batizado em Assis. Nessa cidade viviam os parentes da av‰ materna e eles eram muito
poderosos. Eram os condes Bonacquisti, que moravam na praƒa principal, em um pal‚cio enorme,
cujos altos aterros ainda podem ser vistos. 19
Os condes Bonacquisti descendiam do conde Bernardo, chamado “dos doze”; ancestral seu tinha
sido o conde Reinaldo, que era um dos doze capit„es que dirigiram a primeira Cruzada. Num lugar
chamado Barcaccia, n„o muito longe de Assis, conta-se uma hist‰ria sobre o conde Reinaldo. A
hist‰ria est‚ nesta nota dos arquivos de Perusa:
“Reinaldo, conde de Coccorano, Biscina, Petroia, Giomici, Peglio, Collalto e Santo Est…v„o de
Arcelli, um bom e galante cavaleiro, era favorito do rei Eduardo da Inglaterra, l‚ pelo ano 1066 de
nosso Senhor. Depois se encontrou com o rei de Jerusal•m, com Godofredo de Bulhˆes e Balduino e
depois de esteve com esses gloriosos l€deres, entre os cruzados quando tomaram a Terra Santa em
1090.”20
O conde Reinaldo era de sangue normando e foi por isso que se tornou favorito na corte da
Inglaterra: • sabido que o rei Eduardo, filho de Ema, a normanda, preferia falar franc…s em vez de
17
Francesco Palmegiani, Rieti e la regione sabina (Roma, 1932), 150.
18
Ernst Kantorowicz, Frederich the Second, 1194-1250, trans. E. O. Lorimer (rep. New York, 1957), 7.
19
Fortini, II, 44.
20
Tommaso Rosselli Sassatelli del Turco, La famiglia di s. Chiara, 13. Ver Ap…ndice II para o relacionamento dos condes de Marsi com os
condes de Castelli.
4
5. ingl…s e n„o tinha simpatias pelos seus rudes e incivilizados s‹ditos. Tinha muita influ…ncia na
administraƒ„o da Igreja, como tamb•m entre os nobres normandos, bretˆes e flamengos. Queria
modernizar seu reino, lev‚-lo a uma refinada civilidade usando o exemplo de condes estrangeiros, cuja
companhia preferia. 21
Por ocasi„o do batizado de Frederico II, que tinha nascido no dia 26 de dezembro de 1195, viviam
no pal‚cio dos condes Bonacquisti os primos de Constanƒa, que provavelmente tinham conhecimento
do misterioso nascimento.
O monge alem„o Alberto de Stade escreveu o seguinte em sua CrŒnica:
“Espalhara-se por toda parte o boato de que talvez Frederico n„o fosse filho verdadeiro do
imperador, mas apenas era chamado assim. Dizia-se que isto era o que tinha acontecido: a rainha
Constanƒa, filha do rei da Sic€lia, tinha-se casado com o imperador porque, se o descendente do pai,
que reinava na Sic€lia, na Ap‹lia e na Cal‚bria, morresse antes de Constanƒa, por direito de
hereditariedade o reino passaria para Constanƒa. E se acreditava que Constanƒa. quando se tornou
esposa do imperador, tinha sessenta anos de idade. Por isso temiam que ela n„o fosse f•rtil. O
imperador vivia pedindo conselhos aos m•dicos porque, para superar a esterilidade, a senhora
precisava ficar gr‚vida, n„o deixando mais o reino da Sic€lia sem herdeiros. Os m•dicos prometeram
ajudar. Deram um jeito de seu ventre ir ficando lentamente maior, de modo que o imperador realmente
acreditasse que ela estava esperando um filho. L‚ pela metade do tempo, os m•dicos cuidaram de
arranjar a crianƒa, arrumando uma mulher das redondezas que devia dar Ž luz no mesmo tempo que
Constanƒa, e a trouxeram caladamente ao pal‚cio em que Constanƒa esperava, para parecer que a
crianƒa tinha nascido na cama dela e o filho de um outro se tornasse o filho do imperador e da
imperatriz. Tamb•m se dizia que o menino era filho de um m•dico, ou de algu•m que sabia como
tocar um moinho, ou ainda de outro que era perito em caƒar passarinhos. Dizia-se que o menino era
certamente filho de um dos tr…s.” 22
Dizia-se tamb•m que Constanƒa, para convencer a todos os outros de sua maternidade, quis dar Ž
luz o herdeiro imperial em uma enorme tenda apropriadamente montada numa praƒa com a presenƒa
dos enviados do papa. No texto de Alberto de Stade tamb•m, se faz refer…ncia a um pal‚cio; na Idade
M•dia, esse termo indicava a resid…ncia da corte imperial. Esse edif€cio podia estar na pr‰pria cidade
de Assis, porque Alberto de Stade diz claramente: “No ano de 1195, na v•spera da festa de S„o Jo„o
Evangelista, nasceu um filho para o imperador Henrique VI, no vale de Espoleto, em Assis, e a€ foi
batizado, na presenƒa de quinze bispos e cardeais.” 23
Se o pal‚cio imperial estava na ‚rea de Assis, e mais precisamente na casa dos condes Bonacquisti,
a hist‰ria dos Tr…s Companheiros seria confirmada: “Nessa regi„o, nesse tempo, nasceram duas
crianƒas: uma seria a melhor de todas, a outra, a pior.” 24
O pal‚cio dos Bonacquisti fica de fato na contrada da igreja de S„o Nicolau, e da€, descendo pela
Via Portica, encontra-se a loja de Pedro de Bernardone, o pai de S„o Francisco.
Havia treze anos entre S„o Francisco e o Imperador Frederico II, pois Francisco nascera em 1182; •
um per€odo curto para um escritor que est‚ se referindo a um passado recente. Se se aceita a vers„o do
cuidadoso cronista Alberto de Stade, sobre o drama do nascimento ileg€timo de Frederico II, ele deve
ter acontecido na cidade de Assis, e n„o em Iesi, que foi o lugar de nascimento o imperador segundo
outras fontes.
O franciscano Frei Salimbene de Parma insistiu na ilegitimidade de Frederico II. Escreveu que, um
dia, o rei de Jerusal•m, Jo„o de Brienne, teve uma discuss„o com Frederico, que era marido de sua
filha, Yolanda, humilhando-o durante uma partida de xadrez ao dizer: “cala a boca, seu filho de um
aƒougueiro.” 25 De acordo com a nossa pesquisa, nos tempos medievais essa frase era usada para
21
Reginaldo Francisco Treberne, Enc. Treccani, XIII, 483.
22
Annales Stadenses, A.D. 1220, in MGH, XVI, 357.
23
Ibid., 352.
24
Legenda S. Francisci Assisiensis Tribus ipsius Sociis Hucusque Adscripta, ed. Giuseppe Abate, Miscellanea Francescana 39 (1939),
377.
25
Cronica, MGM Scriptores, XXXII, 359.
5
6. indicar um filho ileg€timo. De fato, o aƒougueiro freq‘entemente substitu€a o carrasco, que tinha a
miss„o de matar os rec•m-nascidos abandonados de noite na rua.
Quando Frederico II nasceu, Santa Clara mal tinha dois anos. Sua fam€lia era declaradamente
gibelina e apoiava o imperador Barbaroxa, embora alguns de seus parentes tivessem sofrido abusos e
viol…ncias por parte dele.
Basta lembrar que o Marquez de Terni, chamado “Pequeno Papa”, porque em certo per€odo ficou
do lado do papa, teve que abandonar seus dom€nios por causa de algumas decisivas repres‚lias contra
ele pelo ex•rcito imperial. Quando se fez um acordo, sua filha ‹nica, uma herdeira muito rica, casou-
se com o duque de Espoleto, Conrado, e o beb… Frederico II foi confiado a eles at• chegar aos tr…s
anos.
Aleruzza descendia da fam€lia dos condes Castelli, e diretamente de Spentone, irm„o de
Taciperticone.
No sec. XIII, o ex•rcito de Frederico II, composto de t‚rtaros, ‚rabes, e especialmente de ferozes
capit„es aventureiros, cercou Assis, O fato foi recordado pela Irm„ Filipa:
“Quando Vital de Aversa, mandado pelo imperador com grande ex•rcito, veio sitiar a cidade de
Assis, havia muito medo, conforme tinha sido referido a dona Clara, de que a cidade fosse tomada e
enfrentasse perigos, pois Vital tinha dito que n„o iria embora enquanto n„o tomasse a cidade. Quando
soube dessas coisas, a senhora, confiando no poder de Deus, fez chamar todas as Irm„s e mandou
trazer cinza, com a qual cobriu toda a sua cabeƒa, que tinha mandado raspar. E depois ela mesma pŒs
cinza na cabeƒa de todas as Irm„s e mandou que fossem todas rezar para que o Senhor libertasse a
cidade. E assim foi feito, pois no dia seguinte, de noite, o referido Vital foi embora com todo o seu
ex•rcito.” 26
Outro assalto de Vital de Aversa foi relatado no Processo pela Irm„ Francisca de Col de Mezzo:
“Tendo os sarracenos entrado no claustro do mosteiro, a senhora pediu que a carregassem at• a porta
do refeit‰rio e pusessem diante dela uma caixinha onde estava o santo Sacramento do Corpo de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Prostrou-se por terra em oraƒ„o e orou com l‚grimas, dizendo estas palavras entre
outras: “Senhor, guardai V‰s estas vossas servas, porque eu n„o as posso guardar”. Ent„o a
testemunha ouviu uma voz de maravilhosa suavidade, que dizia: “Eu te defenderei para sempre!”.
Ent„o a senhora orou tamb•m pela cidade, dizendo: “Senhor, que vos apraza defender tamb•m esta
vossa cidade”. A mesma voz soou: “A cidade sofrer‚ muitos perigos, mas ser‚ defendida”. Ent„o a
senhora se voltou para as Irm„s e lhes disse: “N„o fiquem com medo, porque eu sou a sua garantia de
que n„o v„o passar nenhum mal, nem agora nem no futuro, enquanto se dispuserem a obedecer aos
mandamentos de Deus”. Os sarracenos foram embora sem fazer mal ou causar preju€zo.”
Esse milagre, como foi contado pela Irm„ Francisca, deve ter acontecido no m…s de setembro, numa
sexta-feira, quase na hora de Terƒa, isto •, por volta das nove horas da manh„. 27 A viol…ncia dos
combatentes, unida Ž ferocidade dos sarracenos, lembrou Santa Clara da rudeza de tantos cavaleiros
armados em sua fam€lia, de quem ela tinha fugido.
Os assaltos dos sarracenos tiveram lugar em Assis entre 1240 e 1241, isto •, um pouco mais de dois
anos depois que Frei Elias, primeiro geral da Ordem Franciscana por vontade de S„o Francisco, tinha
abandonado Assis para sempre para seguir o imperador Frederico. Havia uma grande amizade entre
Frei Elias e o Papa Greg‰rio IX; ambos estavam fortemente ligados Ž nobreza umbra dos condes Marsi
e Castelli: de fato, Greg‰rio IX, como seu predecessor Inoc…ncio III, descendia dos condes de Segni,
outro ramo dos condes de Marsi.
Esse relacionamento pode explicar a facilidade com que S„o Francisco conseguiu a aprovaƒ„o de
sua Regra em um tempo que era particularmente delicado pela quest„o do confronto com as heresias:
deve ter sido por intervenƒ„o direta de Santa Clara, uma parente distante desses papas.
O movimento de Francisco de Assis cresceu a partir do mundo leigo com uma reforma um tanto
ousada contra o poder temporal dos papas, pregando a ren‹ncia de todos os desejos terrenos, a pobreza
26
Process, 3:19.
27
Ibid, 9:2.
6
7. e a recusa de toda ambiƒ„o e posses. Eram esses os princ€pios que tinham caracterizado os anteriores
movimentos leigos, mais tarde severamente condenados pela Igreja como heresias.
A confianƒa que Santa Clara teve com Greg‰rio IX quando se recusou a obedecer-lhe, como vimos,
foi a mesma que existiu entre Frei Elias e o papa.
Isso tamb•m pode explicar a rebeli„o aberta e a falta de respeito demonstrada por Frei Elias quando
se juntou aos ex•rcitos imperiais como um implac‚vel advers‚rio da Igreja de Roma.
As jovens senhoras que acompanharam Clara na Regra de pobreza pertenciam todas Ž alta nobreza
umbra. Clara foi seguida por suas duas irm„s, In…s e Beatriz, por sua m„e Hortolana, que era
particularmente devota de S„o Miguel Arcanjo, protetor dos condes Marsi Castelli, como fica claro
pelo grande n‹mero de igrejas dedicadas por eles ao Arcanjo.
Amata e Balbina, sobrinhas de Clara, tamb•m a seguiram na pobreza. Eram moƒas de excepcional
graƒa que sofreram doenƒas longas e aborrecidas enfermidades por causa da extrema penit…ncia a que
seu f€sico n„o estava preparado.
Mas, como se viu pelos depoimentos no Processo, suas doenƒas, devidas Ž falta de comida e ao
frio, foram curadas pela milagrosa intervenƒ„o de Santa Clara.
Cristiana tamb•m seguiu a Santa. Era a filha do poderoso senhor Suppo de Bernardo, um nome que
muitas vezes ocorre na fam€lia dos condes de Castelli. Cristiana tinha vivido com a fam€lia de Clara, e
no Processo declarou o seguinte: “A testemunha (falando de si mesma) estava ent„o na casa e tinha
estado com ela antes e conhecia tudo a respeito dela porque vivia com ela em Assis.”
Cristiana, evidentemente uma parente, fala a respeito da fuga de Clara de sua casa paterna:
“Temendo que a impedissem, n„o quis sair pela porta costumeira, mas foi por outra sa€da da casa que,
para n„o ser aberta, tinha sido escorada com troncos pesados e uma coluna de pedra, que s‰ poderiam
ser removidos com dificuldade por muitos homens. Mas, com a ajuda de Jesus Cristo, ela os removeu
sozinha e abriu a porta. Ao verem a sa€da aberta, na manh„ seguinte, muitos ficaram extra-
ordinariamente maravilhados de como uma mocinha tivesse podido fazer isso”. 28
Cristiana tamb•m sabia o que tinha acontecido com a heranƒa de Clara:
“Quando Santa Clara vendeu sua heranƒa, os parentes quiseram dar um preƒo maior que todos os
outros e ela n„o quis vender a eles, mas vendeu a outros, para que os pobres n„o fossem defraudados.
E tudo que recebeu da venda da heranƒa, distribuiu-o aos pobres” 29
Outra parente de Clara, que tamb•m a seguiu em S„o Dami„o • Ginevra, sobrinha do cŒnsul
Tancredi, que tomou o nome de Benedita quando aceitou a Regra da Pobreza.
Ginevra e sua irm„ Em€lia deram toda a sua heranƒa para sua m„e Alguisa. Ainda hoje, d‚ para
encontrar uma pedra no fim da Via Perlici, em Assis, com o bras„o de armas dessa fam€lia. ’
caracterizada por uma fortaleza, o s€mbolo dos condes de Castelli.
Como se v…, as mulheres dessa casa, chamadas de “as senhoras pobres”, tinham altas pretensˆes.
Ginevra tornou-se abadessa do mosteiro quando a Santa morreu, e foi nessa qualidade, como l€der do
movimento franciscano feminino, que ela providenciou a construƒ„o da grande bas€lica dedicada a
Santa Clara, fazendo uma troca com os cŒnegos da catedral. Os cŒnegos deram Žs Clarissas a igreja de
S„o Jorge, onde S„o Francisco aprendera seus primeiros princ€pios religiosos e onde seus restos
tinham descansado antes de ser transferidos para a bas€lica constru€da em por Frei Elias. Ginevra, ou
melhor a Irm„ Benedita, deu em troca aos cŒnegos uma igreja em Assis perto da Porta de San Gia-
como, que seus ancestrais tinham cedido para a abadia de Farfa na regi„o sabina.
Tamb•m foi a Irm„ Benedita que mandou pintar o grande crucifixo que ainda existe na Bas€lica de
Santa Clara. Aos p•s de Jesus na cruz, est„o Francisco, Clara e Benedita, uma verdadeira consagraƒ„o
ao Sangue derramado por Nosso Senhor para a redenƒ„o do mundo. E a€ aparece a lembranƒa ainda
viva dos estigmas de Francisco em seu misterioso encontro com o c•u.
28
Ibid., 13:1.
29
Ibid., 13:11.
7
8. A atividade de Benedita, por sua intervenƒ„o decidida em todo o territ‰rio que estava em poder dos
condes de Marsi Castelli prova assim o poder dessa fam€lia em Assis e fora dela.
A filha de Op‰rtulo de Bernardo, que tinha sido podest‚ de Assis, tamb•m seguiu Clara em S„o
Dami„o. Seu nome era In…s, e ela informou no Processo: “que ent„o parecia que um grande esplendor
estava ao redor da madre Santa Clara, n„o como alguma coisa material, mas como um esplendor de
estrelas.” 30
Essa multid„o de juventude e de inoc…ncia que se juntou a Clara sentiu o momento da mudanƒa
hist‰rica. A comuna italiana estava crescendo em todo o seu poder com novos homens vindos da
classe comerciante, da burguesia novo-rica, do povo comum que entrava na vida da cidade com as
artes e o com•rcio.
Conseq‘entemente, o sistema feudal, que tinha suas velhas ra€zes na nobreza dos cavaleiros, viu-se
forƒada a defender-se e a reduzir suas bases um tanto isoladas ante o avanƒo do poder comunal.
Cont€nuas batalhas, assaltos e guerras estavam dizimando as grandes fam€lias do passado, e suas novas
geraƒˆes, agora conscientes da atrocidade dessas batalhas sem soluƒ„o, compreendeu que a destruiƒ„o
estava chegando. Era um mundo moribundo, estabelecido por tantos s•culos de predom€nio de casta,
privil•gio e combate armado. As casas da nobreza viviam agora continuamente tomadas pelas chamas;
n„o havia paz em lugar algum, e assim mesmo os homens continuavam a combater e a matarem-se uns
aos outros. Precisava haver uma reaƒ„o para permitir uma pausa. Fugir desse mundo atormentado era
uma soluƒ„o radical, especialmente desde que o seu prop‰sito era a reafirmaƒ„o entre os vivos daquela
palavra que S„o Francisco estava espalhando em nome de Jesus Cristo.
Clara era a portadora dessa nova luz. Veio para confirmar o desejo de tantas mulheres que, no
passado, em nome da paz, seguiram o caminho da contemplaƒ„o e do amor de Deus. Depois de tantos
s•culos, parece que Helina, a serva de Deus, filha de seu antepassado Taciperticone, voltou viva em
Clara, e o fervor inundou a nobreza antiga inteira. A fam€lia e os parentes de Clara, que compreendiam
as mais not‚veis fam€lias da aristocracia europ•ia, responderam com fervor ao exemplo franciscano,
que se mostrava fact€vel atrav•s da mulher santa de Assis.
O primeiro mosteiro n„o italiano das Clarissas surgiu na Franƒa, nas terras que tinham conhecido o
poder dos condes de Marsi, entre outros lugares na cidade de Reims, que tinha testemunhado os
empreendimentos de Ertemberto, conde de Vermandois.
Em 1219, a pr‰pria Clara confiou a miss„o a uma de suas parentes, a nobre Martia de Bray, dos
condes da Picardia. No passado, o marqu…s da Lig‹ria, Braccio Malaspina, casara-se com Oder€sia,
sobrinha do segundo conde de Marsi, Reinaldo, e de sua condessa Gervisa. Ela tamb•m era irm„ do
cardeal Oderisio, o famoso abade de Monte Cassino.
A igreja do mosteiro das monjas de Reims foi consagrada em 1237 e dedicada a Santa Isabel de
Hungria, canonizada dois anos antes. 31
Isabel, vi‹va de seu jovem e amado marido, tinha dedicado a vida a ajudar pobres e doentes. Por
sua extraordin‚ria beleza e excepcional virtude, o imperador Frederico II tinha desejado tom‚-la como
esposa. A imagem dessa mulher ficou sempre em seu coraƒ„o. Escrevendo a Frei Elias em Assis, o
imperador contou que tinha estado presente nas solenes ex•quias da rainha, que foram celebradas na
Alemanha. Ele tinha acompanhado o f•retro vestido de penitente, descalƒo e de coroa na cabeƒa. No
‹ltimo adeus, Frederico se aproximara dos restos mortais de Isabel e lhe colocara a coroa aos p•s,
dizendo: “Como eu n„o te pude coroar na terra como minha imperatriz, quero, pelo menos, neste dia,
coroar-te como rainha imortal do Reino de Deus.” 32
Para a igreja de Reims, Clara de Assis mandou um corporal bordado por ela mesma, juntando
tamb•m um v•u penitencial que ela tinha usado e o cord„o com que cingira o seu corpo. Em
Longchamp, n„o longe de Paris, Isabel de Franƒa, uma irm„ de S„o Lu€s IX, fundou um mosteiro de
30
Ibid., 10:8.
31
Santa Chiara di Assisi: Studio e cronica del VIII Centenario, Assisi (1954), 379.
32
Fortini, Assisi nel medioevo (1939).
8
9. clarissas, e no mesmo ano, 1252, os condes de Flandres providenciaram a fundaƒ„o do mosteiro
franciscano de Bruges.
Recordamos que anteriormente, durante a primeira Cruzada, o conde Reinaldo tinha se unido Ž
nobreza de Flandres por causa de sua linhagem.
Em 1277, o conde de Blois, pr€ncipe de Chatillon, fundou a abadia de La Guiche para abrigar as
novas Clarissas; ele tivera um sonho premonit‰rio: um grupo de pastores lhe mostrava um arbusto em
chamas em Loi e Cher, e nesse lugar surgiria a nova comunidade, baseada na Regra franciscana, onde
uma imagem da Virgem haveria de fazer muitos milagres. Foi o que de fato aconteceu.
Retornam assim nomes e lugares que j‚ encontramos nos sucessos da antiga fam€lia de Santa Clara,
como Chatillon, que era parte do territ‰rio da Champanhe e de Vermandois.
Os angevinos, por sua vez, tamb•m seguiram com devoƒ„o a regra franciscana, e eles tamb•m
estavam ligados por relacionamentos com os condes de Marsi: o filho de Fulk II, chamado Godofredo,
tinha desposado Adele de Verman-dois, uma filha de Ertemberto II, que era da mesma nobre linhagem
de Clara de Assis.
A m„e de Isabel da Hungria tamb•m era dessa descend…ncia: ela era Gertrudes, dos condes
Andechs-Meran, que governaram Veneza, Merano, Belluno e Treviso.
Foi em Bressanone que Isabel encontrou as “Senhoras Pobres” que seguiam Clara de Assis.
Mas n„o foram s‰ as mulheres nobres que aceitaram a palavra renovadora de S„o Francisco: o primo
de Clara, Rufino, que era filho de Cipi„o de Ofreduccio de Bernardino, seguiu Francisco, que disse
dele: “Sem duvidar, digo que ele • um santo”. Rufino estava sempre t„o absorto em que nem podia
mais falar. Uma ordem suave de Francisco levou-o a pregar na catedral de Assis, que tinha o mesmo
nome que ele em recordaƒ„o de S„o Rufino, bispo-m‚rtir do s•culo IV. As exortaƒˆes feitas por
Rufino de Cipi„o l‚ na catedral ainda existem: “Meus queridos, fujam do mundo e abandonem o
pecado; faƒam restituiƒ„o se quiserem escapar do inferno; guardem os mandamentos de Deus, amando
o pr‰ximo se quiserem chegar ao c•u. E faƒam penit…ncia se quiserem possuir o Reino dos C•us.”
Outro poderoso senhor feudal de Assis, o conde Leonardo de Sassorosso, parente de Clara, seguiu
Francisco em 1215; o Santo lhe haveria de dizer: “No mundo voc… foi mais nobre e mais poderoso do
que eu”. De fato, Leonardo descendia de Alberico dos condes Castelli, um irm„o de Rapizone II.
Seria muito longo fazer uma lista de todos os nobres, dos homens instru€dos e dos famosos que
Francisco recebeu em sua comunidade.
Frei Salimbene de Parma, referindo-se a Frei Elias, escreveu: “Um segundo defeito dele foi receber
na Ordem muita gente in‹til”. Mais tarde acrescentou: “A gente via frades leigos iletrados usando
tonsura, outros vivendo em sua pr‰pria cidade, trancados em eremit•rios perto do convento dos frades.
Outros ainda usavam longas barbas, parecendo gregos ou arm…nios; outros usavam cordˆes, n„o os
comuns, mas feitos de fios tranƒados, e havia uma competiƒ„o para ver qual era mais bonito.”33
Depois da morte de S„o Francisco, muitas coisas tinham mudado; n„o se pode esquecer quanto apoio
continuou a dar a velha aristocracia, da qual procedia Clara. Basta lembrar Frei Iluminato, que era da
fam€lia dos condes Accarini, parentes pr‰ximos de Hortolana, a m„e de Santa Clara.
Com Francisco e Clara, a nobreza medieval deixou de lado todo luxo, abandonou as roupas
decoradas com ouro, j‰ias, diademas, e finamente trabalhadas com enfeites de prata, para buscar a luz
de Deus. Lembrando Santa Clara, Tom‚s de Celano disse: “nobre de nascimento, mas mais nobre
ainda pela graƒa,” e assim a exaltou numa prece: “Clara de nome, mais clara pela vida, clar€ssima pelo
car‚ter.” 34 Hoje, para nossa devoƒ„o e para nossa mais querida lembranƒa, ainda guardamos seu
h‚bito surrado e seus cabelos loiros.
Este artigo foi traduzido da Revista
Franciscan Studies, vol. 42, Annual XX, 1982, pp.48-67,
por Fr. Jos• Carlos C. Pedroso, em marƒo de 1996.
33
Pp. 99, 102.
34
“Clara nomine, vita clarior, clarissima moribus.” Vita Prima S. Francisci 18 in Analecta Franciscana, X, 17.
9