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    Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009



A DESVALORIZAÇÃO DO BRINCAR PELA FAMÍLIA DO SÉCULO XXI

                                                             Sueli de Aquino Lemos Zuccolotto1



                Resumo: Esse artigo teve por objetivo compreender e valorizar a utilização
                da brincadeira como colaboradora na prática educativa de famílias de alta,
                média ou baixa renda. Seguiu-se como referência, as propostas teóricas de
                Bronfenbrenner, Brogère e Winnicott. Foram consideradas questões relativas
                à importância do brincar nas práticas educativas dessas famílias, os tipos de
                brincadeiras que fazem parte do cotidiano de suas crianças e as múltiplas
                relações entre educação não formal, criança e brincadeira. O artigo aponta
                que o estreitamento das relações entre pais e filhos, contribui como um
                poderoso instrumento de socialização e de transmissão de valores no século
                XXI.

                Palavras-chave: desvalorização do brincar; brincar em família, brincadeiras
                entre pais e filhos.

                Abstract: That article had for objective to understand and to value the use of
                the game as collaborator in practice educational of discharge families,
                average or it lowers income. It was proceeded as reference, the theoretical
                proposals of Bronfenbrenner, Brogère and Winicott. Relative subjects were
                considered to the importance of playing in the educational practices of those
                families, the types of games that make part of the daily of your children and
                the multiple relationships among education non formal, child and game. The
                article appears that the narrowing of the relationships between parents and
                children, they contribute as a powerful socialização instrument and of
                transmission of values in the century XXI.

                Keywords: depreciation of playing; to play in family, games between parents
                and children.



1. Introdução

Sabe-se, que a família é o primeiro meio de socialização da criança, em que ela receberá
a base inicial do que consiste a vida em sociedade, quer seja um grupo constituído
segundo a estrutura nuclear moderna que a sociedade como um todo tem como modelo,
ou organizada de acordo com outras possibilidades. Inegavelmente, o lúdico é um
instrumento que permite a inserção da criança na cultura e através do qual se pode
permear suas vivências internas com a realidade externa. É um facilitador para a
interação com o meio, embora seja muito pouco explorado pelas famílias seja qual for o


1
 Aluna do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia da Faculdade Don Domênico.
E-mail: sueli.aquino@ig.com.br
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nível sócioeconômico, que em decorrência de alguns fatores, como por exemplo, rotina
de trabalho intensa, deixam de estreitar momentos de prazer através do simples ato de
brincar com os filhos. A falta de uma estrutura familiar acarreta ausência ou deficiência
das funções e papéis dos indivíduos.

           Os pais trabalham excessivamente, a mãe sai para o mercado de trabalho, então,
sobra pouco tempo para brincar com a criança. Para minimizar o sentimento de culpa,
os pais acreditam na recompensa material: dar um brinquedo, comprar um novo DVD,
colocar o vídeo-game no computador, enfim, oferecer brinquedos para que a criança
possa se ocupar.

           Alguns autores, como Alves, Koller, Silva, Santos, Silva, Reppold e Prade,
apontam para a necessidade de abordar o tema do lúdico junto ao contexto familiar, uma
vez que tal abordagem pode direcionar para estratégias que promovam a resiliência.
Realmente sabe-se pouco a respeito do brincar das crianças, bem como a respeito da
visão dos familiares e de suas interações com os seus filhos em atividades lúdicas.

           As brincadeiras como queimada, cabra-cega, barra-manteiga, amarelinha, pular
corda, entre tantas outras, fazem parte da lembrança de muitas pessoas, mas
infelizmente, não constam no repertório infantil de hoje. Ultimamente as crianças estão
brincando menos. Além da falta de tempo dos pais, em virtude do trabalho, se destaca
também a preparação precoce das crianças para o mercado de trabalho (cursos de inglês,
espanhol, informática, etc), o número reduzido de filhos por família, a violência
encontrada nas ruas, moradias cada vez menores, as novas tecnologias que fazem
brinquedos, eletrônicos e aparelhos de informática de última geração, e claro, a
televisão que fascina e encanta a maioria da população.

           Tais motivos explicam, mas não podem ser aceitos, já que brincar é essencial
para a vida das crianças.

           A inserção da criança no mundo se dá em meio a trocas intersubjetivas, e as
maneiras de ensinar a criança a existir como um ser social, podem ser consideradas
como práticas educativas. Para Szymanski2:




2
    SZYMANSKI, H. (1998). Práticas Educativas na família. São Paulo (manuscrito não publicado).
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                            As práticas educativas ocorrem de maneira informal ou mesmo sem um
                          planejamento explícito, porém, vinculadas a uma imensa gama de situações
                          de vida. É num montante de atividades estimuladoras fornecidas pela
                          família, que se dá o fenômeno da brincadeira, dos jogos e dos muitos
                          brinquedos que podem auxiliar os pais na educação da criança.




       A análise do ambiente da criança em relação ao seu desenvolvimento tem levado
a correlacionar o desenvolvimento de habilidades e competências com os estímulos
ambientais, bem como o desenvolver da afetividade familiar.

       A família pode e deve contribuir para a mudança deste quadro, pois, a
brincadeira não é intrínseca nas crianças, ou seja, elas não nascem sabendo brincar. O
papel da família, é essencial na construção desse hábito tão saudável e cada vez menos
frequente na infância.

       O estudo sobre o valor da brincadeira no desenvolvimento infantil tem sido
seriamente discutido em teorias clássicas como as de Piaget e Vygotsky, como também
por outros autores, que reconheceram a importância das brincadeiras para o
desenvolvimento infantil.

       Ao brincar, a criança cria, inventa, simboliza uma situação imaginária, podendo
assumir ao mesmo tempo diferentes papéis. O hábito de brincar precisa ser cultivado no
seio da família, pois, fortalece a formação do vínculo afetivo, melhorando as relações.
Além disso, o jogo, a brincadeira, o faz de conta, estimulam a socialização, a
inteligência, a criatividade, favorecendo o surgimento das possibilidades, como
também, o reconhecimento das limitações e dificuldades.




2. O brincar como fator de proteção

   Poletto e Koller afirmam que o desenvolvimento implica tarefas fundamentais,
complexas e dinâmicas, ocorrendo pela interação de forças genéticas e ambientais. As
crianças se desenvolvem em interação com pessoas, instituições, escolas, comunidades,
famílias, entre outras. O jogo pode estimular e reforçar as situações familiares e
comunitárias, assim como estimular as competências cognitivas.
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           Segundo Brougère3:



                              Os brinquedos possibilitam a manipulação das imagens, das significações
                              simbólicas, que constituem uma parte da impregnação cultural à qual a
                              criança está submetida. O brinquedo deve ser considerado em sua
                              especificidade. A criança na maior parte das vezes, não se contenta em
                              contemplar ou registrar as imagens: ela as manipula na brincadeira e, ao
                              fazê-lo, transforma-as e lhes dá novas significações. Quanto mais ativa for a
                              apropriação, mais forte ela se torna. O valor lúdico reforça a eficácia
                              simbólica do brinquedo.




           Isso é que faz a especificidade do brinquedo em relação a outros suportes
culturais: a relação ativa introduzida pela criança. A representação é transformada
diversas vezes e posteriormente é personalizada. Através do brinquedo a criança
constrói suas relações com o objeto, relações que constituem esquemas que ela
reproduzirá com outros objetos na sua vida futura. Sendo esse objeto permeado pela
família, toda relação com o brinquedo pressupõe uma relação com ele e com as imagens
dos discursos, produzidos pelos pais e pelas crianças.




3. Abordagens teóricas sobre o brincar

           Três grandes vertentes teóricas oferecem subsídios sobre o lúdico, atribuindo a
ele significados e funções diferentes: as visões sócio-histórica, cognitiva e psicanalítica.

           Para a visão sócio-histórica, o brincar ocorre num contexto cultural, sendo
impossível dissociar afeto e cognição, forma e conteúdo, da ação humana. Para
Vygotsky (1989), o brinquedo desempenha várias funções no desenvolvimento, como
preencher as diversas necessidades da criança, permitir o envolvimento da criança num
mundo ilusório, favorecer a ação na esfera cognitiva, fornecer um estágio de transição
entre pensamento e objeto real, possibilitar maior autocontrole da criança, uma vez que
lida com conflitos relacionados às regras sociais e aos seus próprios impulsos.


3
    Brougère, G. Brinquedo e Cultura, p. 37. São Paulo. Cortez, 1997
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           Na perspectiva cognitiva, o brinquedo e o ato de brincar, conforme Amorim,
Oliveira e Mariotto, constituem-se em vínculos importantes na construção do
conhecimento, pois o sujeito internaliza sua realidade através da simbolização. Como
“prazer funcional”, o brinquedo faz do ato de brincar uma oportunidade de melhora e
domínio, de que, quando adulto, o homem vai necessitar. Piaget traz grandes
contribuições para a psicologia cognitiva, analisando o jogo em relação à vida mental,
traçando um paralelo entre os estágios de desenvolvimento cognitivo e o aparecimento
de diferentes tipos de jogos. Propões quatro grandes tipos de estruturas para caracterizar
os jogos infantis: jogos de exercícios, jogos simbólicos, jogos de regras e jogos de
criação.

           A psicanálise remete o brincar ao inconsciente. De acordo com Winnicott, as
crianças tem prazer em todas as experiências de brincadeiras físicas e emocionais, Além
disso, brincam também para dominar angústias e controlar idéias ou impulsos que
conduzem à angústia. No espaço do brincar a criança comunica sentimentos, ideias,
fantasias, intercambiando o real e o imaginário.

           Segundo Zamberlan e Biasoli – Alves4:



                              O papel dos pais, além de ser o de prover bens, sustento dos filhos, educação
                              informal e preparo à educação formal, consiste em transmitir valores
                              culturais de diversas naturezas (religiosos, morais, tradicionais, acadêmicos).
                              Os pais tem a missão de transmitir afazeres e controlar rotinas, as quais são
                              assimiladas pela prole no desenvolvimento de sua personalidade. A partir da
                              segunda infância, na relação entre pares da mesma idade, há a satisfação de
                              necessidades de afiliação, compartilhamento de brincadeiras e identificações
                              com os outros. Assim, não só a família se torna agente socializador de
                              importância na infância, mas outras interações que ampliam sua rede de
                              relações sociais podem contribuir decisivamente para o desenvolvimento.




  Zamberlan, M. T. ; Biasoli – A, Z. M. Interações familiares. Teoria, pesquisa e subsídios à
4

intervenção, p. 98. Londrina. Eduel, 1997
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       As autoras apontam para algumas mudanças que têm ocorrido nas relações
sociais das famílias, como menor tempo de contato entre os cônjuges e seus filhos,
maior exposição das crianças à TV e a outros grupos que orientam tarefas de lazer.

       Dessa forma, é preciso avaliar a interação direta dos pais com seus filhos, hoje
restrita a períodos de tempo curtos, com interações familiares que podem ser
caracterizadas como de baixos níveis de interação,                  face-a-face em atividades
compartilhadas.




4. A visão do brincar em algumas culturas

       Além de estudos clássicos, pesquisas sobre diferenças culturais em relação à
brincadeira de crianças, aumentaram nas últimas décadas. Estudos sobre diferenças inter
e intraculturais na interação de mães e crianças (Zevalkink e Riksen-Walraven, 2001),
como diferenças individuais no jogo de faz-de-conta de crianças pré-escolares américo-
coreanas e américo-européias (Farver, Kim e Lee-Shin, 2000) têm contribuído muito
para a compreensão das formas de brincar de cada cultura e as suas implicações para o
desenvolvimento humano.

       Uma pesquisa realizada com pais e suas crianças na índia, por Roopnarine, et.
al., (1990), demonstrou diferenças culturais entre a forma de cuidado que esses pais têm
com seus filhos, incluindo a maneira de jogar dessas famílias. Pesquisadores concluíram
que, na índia, crianças são cercadas pelo contato de corpo direto. São constantemente
segurados, abraçados, e frequentemente são levados no quadril dos pais. Já que as
crianças ficam sempre tão próximas fisicamente de seus pais, nesta cultura, o jogo físico
parece não ser uma atividade principal durante interação de pais com crianças como
ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, (Lamb, 1977). Na da índia, brincadeiras
físicas e turbulentas raramente acontecem entre os pais e crianças e não foram
observadas entre mães e seus filhos.

       Há também estudos que examinam desde o desenvolvimento de brincadeiras e
jogos dentro da família, até a influência desta atividade na interação social e
comunicação verbal de crianças com seus pais, mães e irmãos. Um estudo de Labrell
(1996), por exemplo, apresenta dados empíricos sobre jogos paternos e maternos com
crianças utilizando objetos polivalentes. Os resultados indicam diferenças no modo
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como pais e mães brincam com as crianças e como os objetos utilizados durante o jogo
podem favorecer o desenvolvimento cognitivo.

       Outra pesquisa nesta mesma perspectiva realizada por Lindsey e Mize (2000)
examinou conexões entre jogo de faz-de-conta de pai-criança e competência social de
crianças com cinco anos de idade. O padrão de envolvimento social observado durante o
jogo sugeriu que a interação mútua de pai-criança, durante esta atividade de jogo,
poderia estar associada com a competência social de crianças.

       No Brasil foram encontradas poucas pesquisas sobre a brincadeira inserida no
contexto das relações familiares, principalmente estudos que consideram o ambiente
natural no qual vivem as famílias.




5. Considerações finais

       Levando-se em consideração que atualmente as famílias dispensam momentos
de convívio familiar, tal como o ato de brincar com seus filhos, e assim conclui-se nesse
artigo que a família constitui uma das fontes mais forte, rica e saudável para se conhecer
a influência da ligação de duas, três ou mais pessoas no desenvolvimento humano.
Verifica-se então, a necessidade de uma visualização e exploração maior das
brincadeiras no contexto familiar, para que se compreenda melhor a complexa dinâmica
de se educar crianças.

       As brincadeiras ocupam um papel importante dentro do mundo das práticas
educativas, demonstram implicitamente e desempenham uma função preponderante nas
relações entre as famílias.

       Esse brincar é essencial para a vida da criança, pois estabelece uma conexão
entre o mundo imaginário e o mundo real. É um processo necessário, para que a criança
possa aprender a lidar com as situações presentes na família, na escola, com os amigos,
aprimorando as relações intra e interpessoal. A brincadeira em família é a atividade
principal para a criança, nela o processo é mais importante do que o resultado da ação,
ou seja, o resultado da brincadeira não é o mais importante, mas o momento em que a
brincadeira se desenvolve.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES,P., Koller, S.; et al.Brinquedo, trabalho, espaço e companhia de atividades
lúdicas. 2001

AMORIM, C., Oliveira, M.; MARIOTTO,R. A psicologia do brinquedo. Revista
Psicologia Argumento, 15(21), 9 – 31,1997

BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos
naturais e planejados. Porto Alegre. Artes Médicas, 1996.

BROUGÈRE, G. . Brinquedo e Cultura. São Paulo. Cortez, 1997

NUNES, T. . O ambiente da criança. Cadernos de Pesquisa, 89, 5 -23, 1994

POLETTO, R.; KOLLER, S. A rede de apoio social e afetivo em crianças em
situação de pobreza. Psico, 33 (1), 151 – 175., 2002

ZAMBERLAN, M. T. ; BIASOLI, Alves, Z. M. Interações familiares. Teoria,
pesquisa e subsídios à intervenção. Londrina. Eduel, 1997

WINNICOTT, D. A criança e seu mundo. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan
S.A, 1982.

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A desvalorização do brincar pela família do século xxi sueli zuccolotto

  • 1. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 A DESVALORIZAÇÃO DO BRINCAR PELA FAMÍLIA DO SÉCULO XXI Sueli de Aquino Lemos Zuccolotto1 Resumo: Esse artigo teve por objetivo compreender e valorizar a utilização da brincadeira como colaboradora na prática educativa de famílias de alta, média ou baixa renda. Seguiu-se como referência, as propostas teóricas de Bronfenbrenner, Brogère e Winnicott. Foram consideradas questões relativas à importância do brincar nas práticas educativas dessas famílias, os tipos de brincadeiras que fazem parte do cotidiano de suas crianças e as múltiplas relações entre educação não formal, criança e brincadeira. O artigo aponta que o estreitamento das relações entre pais e filhos, contribui como um poderoso instrumento de socialização e de transmissão de valores no século XXI. Palavras-chave: desvalorização do brincar; brincar em família, brincadeiras entre pais e filhos. Abstract: That article had for objective to understand and to value the use of the game as collaborator in practice educational of discharge families, average or it lowers income. It was proceeded as reference, the theoretical proposals of Bronfenbrenner, Brogère and Winicott. Relative subjects were considered to the importance of playing in the educational practices of those families, the types of games that make part of the daily of your children and the multiple relationships among education non formal, child and game. The article appears that the narrowing of the relationships between parents and children, they contribute as a powerful socialização instrument and of transmission of values in the century XXI. Keywords: depreciation of playing; to play in family, games between parents and children. 1. Introdução Sabe-se, que a família é o primeiro meio de socialização da criança, em que ela receberá a base inicial do que consiste a vida em sociedade, quer seja um grupo constituído segundo a estrutura nuclear moderna que a sociedade como um todo tem como modelo, ou organizada de acordo com outras possibilidades. Inegavelmente, o lúdico é um instrumento que permite a inserção da criança na cultura e através do qual se pode permear suas vivências internas com a realidade externa. É um facilitador para a interação com o meio, embora seja muito pouco explorado pelas famílias seja qual for o 1 Aluna do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia da Faculdade Don Domênico. E-mail: sueli.aquino@ig.com.br
  • 2. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 nível sócioeconômico, que em decorrência de alguns fatores, como por exemplo, rotina de trabalho intensa, deixam de estreitar momentos de prazer através do simples ato de brincar com os filhos. A falta de uma estrutura familiar acarreta ausência ou deficiência das funções e papéis dos indivíduos. Os pais trabalham excessivamente, a mãe sai para o mercado de trabalho, então, sobra pouco tempo para brincar com a criança. Para minimizar o sentimento de culpa, os pais acreditam na recompensa material: dar um brinquedo, comprar um novo DVD, colocar o vídeo-game no computador, enfim, oferecer brinquedos para que a criança possa se ocupar. Alguns autores, como Alves, Koller, Silva, Santos, Silva, Reppold e Prade, apontam para a necessidade de abordar o tema do lúdico junto ao contexto familiar, uma vez que tal abordagem pode direcionar para estratégias que promovam a resiliência. Realmente sabe-se pouco a respeito do brincar das crianças, bem como a respeito da visão dos familiares e de suas interações com os seus filhos em atividades lúdicas. As brincadeiras como queimada, cabra-cega, barra-manteiga, amarelinha, pular corda, entre tantas outras, fazem parte da lembrança de muitas pessoas, mas infelizmente, não constam no repertório infantil de hoje. Ultimamente as crianças estão brincando menos. Além da falta de tempo dos pais, em virtude do trabalho, se destaca também a preparação precoce das crianças para o mercado de trabalho (cursos de inglês, espanhol, informática, etc), o número reduzido de filhos por família, a violência encontrada nas ruas, moradias cada vez menores, as novas tecnologias que fazem brinquedos, eletrônicos e aparelhos de informática de última geração, e claro, a televisão que fascina e encanta a maioria da população. Tais motivos explicam, mas não podem ser aceitos, já que brincar é essencial para a vida das crianças. A inserção da criança no mundo se dá em meio a trocas intersubjetivas, e as maneiras de ensinar a criança a existir como um ser social, podem ser consideradas como práticas educativas. Para Szymanski2: 2 SZYMANSKI, H. (1998). Práticas Educativas na família. São Paulo (manuscrito não publicado).
  • 3. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 As práticas educativas ocorrem de maneira informal ou mesmo sem um planejamento explícito, porém, vinculadas a uma imensa gama de situações de vida. É num montante de atividades estimuladoras fornecidas pela família, que se dá o fenômeno da brincadeira, dos jogos e dos muitos brinquedos que podem auxiliar os pais na educação da criança. A análise do ambiente da criança em relação ao seu desenvolvimento tem levado a correlacionar o desenvolvimento de habilidades e competências com os estímulos ambientais, bem como o desenvolver da afetividade familiar. A família pode e deve contribuir para a mudança deste quadro, pois, a brincadeira não é intrínseca nas crianças, ou seja, elas não nascem sabendo brincar. O papel da família, é essencial na construção desse hábito tão saudável e cada vez menos frequente na infância. O estudo sobre o valor da brincadeira no desenvolvimento infantil tem sido seriamente discutido em teorias clássicas como as de Piaget e Vygotsky, como também por outros autores, que reconheceram a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil. Ao brincar, a criança cria, inventa, simboliza uma situação imaginária, podendo assumir ao mesmo tempo diferentes papéis. O hábito de brincar precisa ser cultivado no seio da família, pois, fortalece a formação do vínculo afetivo, melhorando as relações. Além disso, o jogo, a brincadeira, o faz de conta, estimulam a socialização, a inteligência, a criatividade, favorecendo o surgimento das possibilidades, como também, o reconhecimento das limitações e dificuldades. 2. O brincar como fator de proteção Poletto e Koller afirmam que o desenvolvimento implica tarefas fundamentais, complexas e dinâmicas, ocorrendo pela interação de forças genéticas e ambientais. As crianças se desenvolvem em interação com pessoas, instituições, escolas, comunidades, famílias, entre outras. O jogo pode estimular e reforçar as situações familiares e comunitárias, assim como estimular as competências cognitivas.
  • 4. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 Segundo Brougère3: Os brinquedos possibilitam a manipulação das imagens, das significações simbólicas, que constituem uma parte da impregnação cultural à qual a criança está submetida. O brinquedo deve ser considerado em sua especificidade. A criança na maior parte das vezes, não se contenta em contemplar ou registrar as imagens: ela as manipula na brincadeira e, ao fazê-lo, transforma-as e lhes dá novas significações. Quanto mais ativa for a apropriação, mais forte ela se torna. O valor lúdico reforça a eficácia simbólica do brinquedo. Isso é que faz a especificidade do brinquedo em relação a outros suportes culturais: a relação ativa introduzida pela criança. A representação é transformada diversas vezes e posteriormente é personalizada. Através do brinquedo a criança constrói suas relações com o objeto, relações que constituem esquemas que ela reproduzirá com outros objetos na sua vida futura. Sendo esse objeto permeado pela família, toda relação com o brinquedo pressupõe uma relação com ele e com as imagens dos discursos, produzidos pelos pais e pelas crianças. 3. Abordagens teóricas sobre o brincar Três grandes vertentes teóricas oferecem subsídios sobre o lúdico, atribuindo a ele significados e funções diferentes: as visões sócio-histórica, cognitiva e psicanalítica. Para a visão sócio-histórica, o brincar ocorre num contexto cultural, sendo impossível dissociar afeto e cognição, forma e conteúdo, da ação humana. Para Vygotsky (1989), o brinquedo desempenha várias funções no desenvolvimento, como preencher as diversas necessidades da criança, permitir o envolvimento da criança num mundo ilusório, favorecer a ação na esfera cognitiva, fornecer um estágio de transição entre pensamento e objeto real, possibilitar maior autocontrole da criança, uma vez que lida com conflitos relacionados às regras sociais e aos seus próprios impulsos. 3 Brougère, G. Brinquedo e Cultura, p. 37. São Paulo. Cortez, 1997
  • 5. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 Na perspectiva cognitiva, o brinquedo e o ato de brincar, conforme Amorim, Oliveira e Mariotto, constituem-se em vínculos importantes na construção do conhecimento, pois o sujeito internaliza sua realidade através da simbolização. Como “prazer funcional”, o brinquedo faz do ato de brincar uma oportunidade de melhora e domínio, de que, quando adulto, o homem vai necessitar. Piaget traz grandes contribuições para a psicologia cognitiva, analisando o jogo em relação à vida mental, traçando um paralelo entre os estágios de desenvolvimento cognitivo e o aparecimento de diferentes tipos de jogos. Propões quatro grandes tipos de estruturas para caracterizar os jogos infantis: jogos de exercícios, jogos simbólicos, jogos de regras e jogos de criação. A psicanálise remete o brincar ao inconsciente. De acordo com Winnicott, as crianças tem prazer em todas as experiências de brincadeiras físicas e emocionais, Além disso, brincam também para dominar angústias e controlar idéias ou impulsos que conduzem à angústia. No espaço do brincar a criança comunica sentimentos, ideias, fantasias, intercambiando o real e o imaginário. Segundo Zamberlan e Biasoli – Alves4: O papel dos pais, além de ser o de prover bens, sustento dos filhos, educação informal e preparo à educação formal, consiste em transmitir valores culturais de diversas naturezas (religiosos, morais, tradicionais, acadêmicos). Os pais tem a missão de transmitir afazeres e controlar rotinas, as quais são assimiladas pela prole no desenvolvimento de sua personalidade. A partir da segunda infância, na relação entre pares da mesma idade, há a satisfação de necessidades de afiliação, compartilhamento de brincadeiras e identificações com os outros. Assim, não só a família se torna agente socializador de importância na infância, mas outras interações que ampliam sua rede de relações sociais podem contribuir decisivamente para o desenvolvimento. Zamberlan, M. T. ; Biasoli – A, Z. M. Interações familiares. Teoria, pesquisa e subsídios à 4 intervenção, p. 98. Londrina. Eduel, 1997
  • 6. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 As autoras apontam para algumas mudanças que têm ocorrido nas relações sociais das famílias, como menor tempo de contato entre os cônjuges e seus filhos, maior exposição das crianças à TV e a outros grupos que orientam tarefas de lazer. Dessa forma, é preciso avaliar a interação direta dos pais com seus filhos, hoje restrita a períodos de tempo curtos, com interações familiares que podem ser caracterizadas como de baixos níveis de interação, face-a-face em atividades compartilhadas. 4. A visão do brincar em algumas culturas Além de estudos clássicos, pesquisas sobre diferenças culturais em relação à brincadeira de crianças, aumentaram nas últimas décadas. Estudos sobre diferenças inter e intraculturais na interação de mães e crianças (Zevalkink e Riksen-Walraven, 2001), como diferenças individuais no jogo de faz-de-conta de crianças pré-escolares américo- coreanas e américo-européias (Farver, Kim e Lee-Shin, 2000) têm contribuído muito para a compreensão das formas de brincar de cada cultura e as suas implicações para o desenvolvimento humano. Uma pesquisa realizada com pais e suas crianças na índia, por Roopnarine, et. al., (1990), demonstrou diferenças culturais entre a forma de cuidado que esses pais têm com seus filhos, incluindo a maneira de jogar dessas famílias. Pesquisadores concluíram que, na índia, crianças são cercadas pelo contato de corpo direto. São constantemente segurados, abraçados, e frequentemente são levados no quadril dos pais. Já que as crianças ficam sempre tão próximas fisicamente de seus pais, nesta cultura, o jogo físico parece não ser uma atividade principal durante interação de pais com crianças como ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, (Lamb, 1977). Na da índia, brincadeiras físicas e turbulentas raramente acontecem entre os pais e crianças e não foram observadas entre mães e seus filhos. Há também estudos que examinam desde o desenvolvimento de brincadeiras e jogos dentro da família, até a influência desta atividade na interação social e comunicação verbal de crianças com seus pais, mães e irmãos. Um estudo de Labrell (1996), por exemplo, apresenta dados empíricos sobre jogos paternos e maternos com crianças utilizando objetos polivalentes. Os resultados indicam diferenças no modo
  • 7. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 como pais e mães brincam com as crianças e como os objetos utilizados durante o jogo podem favorecer o desenvolvimento cognitivo. Outra pesquisa nesta mesma perspectiva realizada por Lindsey e Mize (2000) examinou conexões entre jogo de faz-de-conta de pai-criança e competência social de crianças com cinco anos de idade. O padrão de envolvimento social observado durante o jogo sugeriu que a interação mútua de pai-criança, durante esta atividade de jogo, poderia estar associada com a competência social de crianças. No Brasil foram encontradas poucas pesquisas sobre a brincadeira inserida no contexto das relações familiares, principalmente estudos que consideram o ambiente natural no qual vivem as famílias. 5. Considerações finais Levando-se em consideração que atualmente as famílias dispensam momentos de convívio familiar, tal como o ato de brincar com seus filhos, e assim conclui-se nesse artigo que a família constitui uma das fontes mais forte, rica e saudável para se conhecer a influência da ligação de duas, três ou mais pessoas no desenvolvimento humano. Verifica-se então, a necessidade de uma visualização e exploração maior das brincadeiras no contexto familiar, para que se compreenda melhor a complexa dinâmica de se educar crianças. As brincadeiras ocupam um papel importante dentro do mundo das práticas educativas, demonstram implicitamente e desempenham uma função preponderante nas relações entre as famílias. Esse brincar é essencial para a vida da criança, pois estabelece uma conexão entre o mundo imaginário e o mundo real. É um processo necessário, para que a criança possa aprender a lidar com as situações presentes na família, na escola, com os amigos, aprimorando as relações intra e interpessoal. A brincadeira em família é a atividade principal para a criança, nela o processo é mais importante do que o resultado da ação, ou seja, o resultado da brincadeira não é o mais importante, mas o momento em que a brincadeira se desenvolve.
  • 8. REVISTA DON DOMÊNICO Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico - 2ª Edição – Outubro de 2009 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES,P., Koller, S.; et al.Brinquedo, trabalho, espaço e companhia de atividades lúdicas. 2001 AMORIM, C., Oliveira, M.; MARIOTTO,R. A psicologia do brinquedo. Revista Psicologia Argumento, 15(21), 9 – 31,1997 BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre. Artes Médicas, 1996. BROUGÈRE, G. . Brinquedo e Cultura. São Paulo. Cortez, 1997 NUNES, T. . O ambiente da criança. Cadernos de Pesquisa, 89, 5 -23, 1994 POLETTO, R.; KOLLER, S. A rede de apoio social e afetivo em crianças em situação de pobreza. Psico, 33 (1), 151 – 175., 2002 ZAMBERLAN, M. T. ; BIASOLI, Alves, Z. M. Interações familiares. Teoria, pesquisa e subsídios à intervenção. Londrina. Eduel, 1997 WINNICOTT, D. A criança e seu mundo. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan S.A, 1982.