Este poema de Cesário Verde retrata uma figura feminina frágil e inocente chamada "A Débil" que se destaca no meio citadino corrupto, não pela sua excentricidade, mas pela sua simplicidade e pureza. O sujeito poético contrasta o ambiente degradante da cidade com a influência positiva que a "Débil" tem sobre ele, despertando sentimentos de proteção e amor.
Análise do poema "Ode Triunfal" de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa. Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºD, da Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra (2009/2010)
Trabalho que teve nota 19 (João Pedro Rodrigues)
Excelente conteúdo, fala de todos os aspectos importantes da Obra Memorial do convento 12ºAno
óptimo para estudar;
Analise dos capítulos I a V
Análise do poema "Ode Triunfal" de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa. Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºD, da Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra (2009/2010)
Trabalho que teve nota 19 (João Pedro Rodrigues)
Excelente conteúdo, fala de todos os aspectos importantes da Obra Memorial do convento 12ºAno
óptimo para estudar;
Analise dos capítulos I a V
Análise da segunda parte do poema O Sentimento dum Ocidental - Noite Fechada, de Cesário Verde, feita pelos alunos do 11ºF, da Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra, no âmbito da disciplina de Português
Literatura de cordel também conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
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2. Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Sentado à mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.
E, quando socorreste um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.
3. « Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.
Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez que o não suspeites! -
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.
Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça;
Uma turba ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias dum monarca.
4. Adorável! Tu, muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.
Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no entanto,
A tua boa mãe, que te ama tanto,
Que não te morrerá sem te casares!
Soberbo dia! Impunha –me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar sobre o teu peito.
5. Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.
«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, paraste, embaraçada
Ao pé dum numeroso ajuntamento.
6. E eu, que urdia estes fáceis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.
E foi, então, que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
7. Este poema, redigido em 1875, aborda um dos elementos mais comuns
nas obras de Cesário Verde, a figura feminina.
Porém, neste poema em particular, a figura feminina retratada
contrasta com a típica mulher provocante e deslumbrante.
Assim, o poema “A Débil” representa uma
mulher que sobressai no meio citadino,
não pela sua excentricidade, mas pela
sua pureza e simplicidade.
8. O sujeito lírico serve-se de um conjunto de termos
para caracterizar esta típica mulher: "frágil,
assustada, recatada, honesta, fraca, natural, dócil,
recolhida", remetendo para a sua caracterização
psicológica.
Já os vocábulos "loura, de corpo alegre e brando,
cintura estreita, adorável, com elegância e sem
ostentação, esbelta e fina, ténue" remetem para o seu
aspeto físico.
9. Este poema põe em relevo uma figura feminina que escapa à típica mulher
citadina, a mulher que surge no espaço rural.
O retrato da figura feminina está associado à mulher do campo que se
movimenta num espaço que lhe é estranho. Assim, esta sente-se perdida,
necessitando de proteção masculina pois sente-se desnorteada num espaço
que não está adequado à sua fragilidade.
Vs
10. O sujeito poético caracteriza os espaços citadinos de forma negativa.
Nestes espaços movimentam-se figuras sórdidas, que ele caracteriza por
“turba ruidosa, negra" e por " uma chusma de padres de batina". Tal permite
destacar a fragilidade da jovem, que torna estes locais mais brilhantes e
atrativos.
Com o intuito de evidenciar o contraste entre o espaço e a jovem senhora, o
sujeito poético faz referência à agitação e à confusão que predominam na
cidade, onde sobressaem as diferentes classes sociais.
11. Cesário Verde utiliza um vocabulário preciso e exato, e as suas
descrições dão-nos uma visão perfeita da realidade. Além disso, imprime
objetividade ao conteúdo, afastando-se do lirismo romântico.
O poema está cheio de referências à realidade social, onde se perceciona
a crítica e a ironia de que Cesário Verde se serve e que refletem o seu
caráter subjetivo.
12. Cesário Verde utiliza, ainda, quadras e versos decassilábicos que
permitem uma maior aproximação à prosa. As sonoridades mais
utilizadas no poema são as aliterações e o tipo de frase predominante é o
tipo declarativo.
Ao longo de todo o poema são visíveis vários exemplos de adjetivação
expressiva, o que reforça a forma como o sujeito poético caracteriza as
duas realidades presentes – o campo e a cidade.
O sujeito lírico dá bastante importância ao
imperfeito do indicativo neste poema para
indicar que o fascínio que a “Débil” exerceu
sobre ele é durável e que perdura.
13. • Composto por 13 quadras;
• Métrica - versos decassilábicos;
Ex.:
“Eu, que sou fe io, só li do, le al ”
• Rima - interpolada (ABBA);
Ex.: interpolada:
“Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.”
B
A
B
A
14. Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Contraste:
Ele é feio, ela é bela.
Ele é sólido, ela é frágil.
Introdução
15. Sentado à mesa dum café devasso*,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.
E, quando socorreste um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto*,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.
* Devasso: libertino, indivíduo desregrado, depravado;
* Absinto: licor realizado com uma planta aromática
Ambiente degradante em oposição à “Débil”
Influência da “Débil” no sujeito lírico
16. Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Sentado à mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.
E, quando socorreste um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.
Adjetivação expressiva/enumeração
Metáfora
Dupla adjetivação
Hipálage
Adjetivação
expressiva /
enumeração
Hipérbole
17. « Ela aí vem!» disse eu para os demais;
e pus-me a olhar, vexado* e suspirando,
o teu corpo que pulsa, alegre e brando,
na frescura dos linhos matinais.
Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez que o não suspeites! -
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.
Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça;
Uma turba* ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias* dum monarca.
Adjetivação dupla
Hipálage
Adjetivação expressiva / Enumeração
Sinestesia
* Vexado: humilhado
*Turba: multidão
*Exéquias: orações
Hipérbato / Inversão
18. Adorável! Tu, muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.
Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no entanto,
A tua boa mãe, que te ama tanto,
Que não te morrerá sem te casares!
Exaltação
Distinção a vida no
campo e a realidade
da cidade.
Realce da fragilidade
e inocência da “Débil
Titulares=Predadores
reforço da
vulnerabilidade da
“Débil” face à cidade
Nova distinção
entre a “Débil” e as
mulheres da cidade
19. A Débil
Soberbo dia! Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar sobre o teu peito.
Experimentação
do amor
libertador
Ver a “Débil” melhorou
o dia do poeta
A perfeição da mulher
impõe respeito ao poeta.
Inicio da passagem do real para o irreal.
20. Adorável! Tu, muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.
Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no entanto,
A tua boa mãe, que te ama tanto,
Que não te morrerá sem te casares!
Soberbo dia! Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar sobre o teu peito.
Metáfora
Hipérbato /
Inversão
21. Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma* de padres de batina*,
E de altos funcionários da nação.
«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, paraste, embaraçada
Ao pé dum numeroso ajuntamento.
* Chusma: multidão
* Batina: vestido usado pelos eclesiásticos
Vícios negros da
cidade
A atitude do
sujeito poético
transfigura-se
nesta quadra e
nas seguintes
Descrição da
agitação da
cidade
22. Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma* de padres de batina*,
E de altos funcionários da nação.
«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, paraste, embaraçada
Ao pé dum numeroso ajuntamento.
* Chusma: multidão
* Batina: vestido usado pelos eclesiásticos
Adjetivação expressiva /
Enumeração
23. E eu, que urdia* estes fáceis esbocetos*,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.
E foi, então, que eu, homem varonil*,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
Conclusão
(3ª Parte)
Cidade ameaça o
campo, que é frágil
* Urdir: tecer; preparar ardilosamente; tramar;
* Esbocetos: pequeno desenho para estudo de obras em ponto grande;
* Varonil: viril, másculo
Fim da 2ª Parte
- Descrição
Parte da objetividade
para a subjetividade
Corvos – simbolizam
os padres. Os padres
ameaçam a pureza.
Sentimento amoroso
em relação à “Débil”
Contradição com o 1º verso: “Eu, que sou feio,
sólido e leal”. Agora, o poeta está influenciado
pelos valores do campo.
24. E eu, que urdia* estes fáceis esbocetos*,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.
E foi, então, que eu, homem varonil*,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
* Urdir: tecer; preparar ardilosamente; tramar;
* Esbocetos: pequeno desenho para estudo de obras em ponto grande;
* Varonil: viril, másculo
Antítese metafórica
Antítese