Gestão escolar democrática: discursos de transformação ou conservação
1. Universidade Federal da Grande Dourados Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação Disciplina: Estudos em Gestão Educacional Docente: Prof. Dr. Paulo Gomes Lima Capítulo III – Forma/Conteúdo: componentes de conservação ou transformação e considerações finais Dourados 2011 Mestranda Ana Paula Moreira de Sousa
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4. Cap. I – Autores otimistasApesar de defenderem propostas ditas transformadoras, veem na aliança gestão escolar democrática (GED)/sociedade capitalista neoliberal, uma possibilidade de constituição dessa gestão. Para autora, estas são lógicas de matrizes e padrões conflitantes, demonstrando por mudança/conciliação nos processos implantados, não evidenciando a superação que vá além da forma, atingindo as raízes de fato constituidoras do modelo instalado (p. 112).
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9. Nosella (2005) afirma que havia dois grupos na década de 80 que debatiam a questão da relação supracitada, que seriam:A autora pontua que atualmente, o inconformismo cria forma de queixa (des)contextualizada e frágil, não tendo alcance a reflexões, debates e efetivação coletiva, que no sentido político e social podem propiciar um salto qualitativo (p. 115).
10. Pensando a forma como elemento principal da efetivação da GED, a autora ressalta que por mais que haja a tentativa de negação pelos discursos, as ações formuladas assumem o carro chefe, em detrimento do conteúdo, criando modelo de produção de homens adequados ao mercado de trabalho, sociedade classista e reprodutores do status quo.
11. Segundo Shimamoto (2011), pensar a GED numa concepção que não negue a democracia liberal, que não traga a práxis objetiva como divisor de águas, induz a pensar em Se a GEDcarece de não há como relativizar, pois da forma como é proposta em algumas teorias, já se manifesta abortada. Segunda a autora, sugerir e defender a relativização, são fatos inibidores de transformação (p. 118).
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14. Existem duas ações vivenciadas a modulagem de consciências à luz de ilusões neoliberais para negar a prática social, sendo elas:Shimamoto (2011) pontua que a escola se justifica enquanto instância mediadora quando amplia seus efeitos para além de suas paredes, tendo um olhar mais aprimorado, com fluxo de idas e vindas dos agentes sociais ali presentes, possibilitando o trabalho de educação das consciências (p. 122).
15. A autora aponta alguns pontos inibidores para que se supere as condições objetivas, sendo eles: “Os desafios provocam e as barreiras amarram. Partir da prática hoje se instala é capital. Atuar na existência dos sujeitos, tecida na trama de fios que conectam todas as inter-relações humanas historicizadas é, a nosso ver, a única maneira de assumir autoria consciente nos processos de constituir-se homem” (p. 122, grifo da autora).
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17. Essas propostas de práticas competidoras, imediatistas e desconectadas da GED estão vinculadas mais à proposta gerencialista, em nível macro e micro, sustentando as lacunas teoria/prática, universalização em detrimento das particularidades e a técnica em detrimento do substancial (p. 123).
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19. Analisando as propostas de Saviani, Paro e Tragtenberg, considerados como autores concretos, a autora cita que:
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21. Shimamoto (2011) levanta algumas reflexões sobre o modelo que se pensa e se propõe a sociedade, sendo:
22. Traz como discussão primeira a categoria participação, que seria o fato de Shimamoto (2011) afirma que tanto na sociedade quanto na educação escolar há cenários oscilantes entre o exercício de construção de práticas democráticas e a sustentação de práticas autocráticas, fortalecidas na conservação de um universo burocrático, camuflado em discursos democráticos (p.130).
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24. De acordo com Shimamoto (2011) há alguns pontos estranguladores do desafio para que o homem direcione a sua necessidade para ações transformadoras e para a existência da GED, sendo eles:
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26. “Entende que a práxis é o que de fato existe, mesmo que o estado de consciência sobre a tessitura que a sustenta seja inconsistente” (SHIMAMOTO, 2007, p. 135).
27. Concebe como inseparáveis, por serem tramas de um mesmo sentido. Logo, as transformações acontecem na prática social (p. 135).
28. A autora pontua então suas conclusões de pesquisa afirmando:
29. Shimamoto (2011) conclui que não existe e não há possibilidade de se constituir a GED na prática social tal qual se organiza e se estrutura atualmente (p. 137). Sendo necessário a construção de uma práxis escolar democrática como semente que requer outro solo, outro cultivo e outras mãos para fertilizar. Logo, é preciso para nos constituirmos socialmente a partir de nossa singularidade, sendo sujeitos no respeito e consciência de nós mesmos (p. 137).
30. Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra, e que as janelas devem permanecer o dia inteiro abertas, para o verde onde cresce a ESPERANÇA (MELLO, 1964).
31. Referências Bibliográficas MELLO, Thiago de. Os estatutos do homem. Chile, art. III, 1964. SHIMAMOTO, Simone Vieira de Melo. Forma/Conteúdo: componentes de conservação ou transformação. In: Gestão escolar democrática: discursos de transformação ou conservação? Uberlândia: UFU, 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, 2011.