Metodologia PVE: Uma Visão Geral
Antes de nos aprofundarmos nas experiências específicas de implementação da PVE, é importante compreender o que essa metodologia envolve. A PVE é uma abordagem pedagógica que permite aos alunos criar seus próprios vídeos, explorando uma ampla gama de temas. Esses vídeos podem variar desde documentários até curtas-metragens ficcionais. A chave aqui é que os alunos desempenham um papel ativo na concepção, produção e edição desses vídeos.
A PVE oferece diversos benefícios educacionais:
Engajamento dos Alunos: Produzir vídeos é uma atividade envolvente que atrai a atenção dos alunos. Eles se tornam mais motivados a aprender quando veem a finalidade prática de suas atividades.
Desenvolvimento de Habilidades: A produção de vídeo envolve uma série de habilidades, desde pesquisa e roteiro até edição e apresentação. Os alunos desenvolvem competências essenciais ao longo do processo.
Expressão Criativa: A PVE permite que os alunos expressem suas ideias e perspectivas de maneira criativa. Eles podem contar histórias, fazer críticas ou apresentar informações de uma forma única.
Exploração de Temas Transversais: Os temas transversais são questões que atravessam várias disciplinas, como ética, meio ambiente, saúde e cidadania. A PVE oferece uma plataforma eficaz para explorar esses temas de maneira prática e integrada.
A Experiência em Canguçu: O Festival de Vídeo Estudantil
A cidade de Canguçu, localizada no Rio Grande do Sul, destacou-se como um exemplo inspirador de como a PVE pode ser incorporada ao ambiente educacional. A Escola Estadual de Ensino Médio Canguçu, em parceria com educadores locais e a comunidade, organizou um Festival de Vídeo Estudantil, que se tornou um grande sucesso.
O festival foi projetado para incentivar alunos e professores a explorar o mundo da produção de vídeo, fornecendo-lhes as ferramentas e o espaço necessários para expressar suas ideias e perspectivas. Ele se tornou um veículo para a aprendizagem interdisciplinar, abordando temas transversais que eram relevantes para a comunidade de Canguçu.
Um dos principais aspectos do festival foi a promoção da criatividade e da expressão dos alunos. Eles foram incentivados a criar vídeos que abordassem questões sociais, ambientais, culturais e éticas. Isso permitiu que eles se envolvessem em debates significativos sobre os problemas que afetavam suas vidas e comunidades.
Além disso, o festival serviu como uma plataforma para o desenvolvimento de habilidades. Os alunos aprenderam a escrever roteiros, operar equipamentos de filmagem, editar vídeos e apresentar seus projetos. Essas habilidades não apenas são valiosas na produção de vídeo, mas também têm aplicações práticas em suas vidas futuras.
O Impacto da PVE na Educação Básica
A experiência em Canguçu reflete o potencial da PVE como uma ferramenta educacional poderosa em todo o Brasil. À medida que mais escolas e professores adotam essa abordagem, podemos esperar ver impactos positivos na e
2. Entre imprimir a lenda e
imprimir a verdade, então,
que se imprima a lenda"
Frase de um jornalista personagem do filme
“O HOMEM QUE MATOU O FASCÍNORA”
dirigido por John Ford, 1962
3. Em 1994 os meios de comunicação
exibiram a noticia sobre a Escola de
Educação Infantil Base
Segundo a imprensa a referida escola
seria responsável por abusos sexuais em
alunos da educação infantil, o que causou
na população revolta.
4. Na época seis pessoas foram acusadas
dos crimes, entre os proprietários, o
motorista e alguns colaboradores.
A suposta denuncia partiu de duas mães
de alunos que ao contatar a imprensa,
logo se tornou em manchetes em alguns
casos de baixo nível.
5. Os jornalistas apenas apuraram os fatos e
realizaram o julgamento sem provas,
apenas pelos relatores de mães e
crianças.
Com a manchete em jornais, rádios e
telejornais o clamor publico contra a
escola era evidente.
6. O que resultou na invasão da escola pela
população.
As pessoas indiciadas de cometerem o
crime tiveram sua vida desmoralizada
publicamente
7. Porem depois de alguns dias o inquérito
policial foi arquivado, pois a policia não
achou evidencias dos fatos e concluiu que
os indiciados eram inocentes.
A imprensa relatou o caso, porém com
menos ênfase do que acusou os mesmo.
8. Indenizações
As organizações Globo foi condenada a
pagar 1,35 milhão
O Estadão 250 mil
Isto é 200 mil
Folha de São Paulo 750 mil
Governo Paulista 250 mil reais.[1]
[1] Dados consultor jurídico - site
www.conjur.com.br
9. Este fato pode ser somado ao caso Gugu
No programa Domingo legal - SBT - 2003
Dois homens armados e encapuzados,
que disseram integrar a facção criminosa
PCC, fizeram ameaças a diversas
personalidades. Para a polícia, a
entrevista foi uma farsa.
10. A edição do debate político entre Collor e Lula (1989)
Matéria exibida pelo Jornal Nacional, Alberico Souza
Cruz, diretor de telejornalismo da Globo, e Ronald
Carvalho, editor de política do JN, foram os
responsáveis. Este VT editado para o JN é criticado ao
apresentar mais tempo ao candidato Collor do que ao
candidato Lula. Para muitos pesquisadores e jornalistas
este tempo e a edição favorecendo o candidato do
Collor, colaborou com a vitória do candidato Fernando
Mello com 50% dos votos contra 44% a Lula Silva.
12. Nossa sociedade é centrada na escrita, na
decomposição dos protocolos de linguagem da
língua portuguesa e por muito tempo ela foi
usada para centralizar o poder.
Porém as novas gerações estão mais apegadas
a imagem, e a informação rápida, informação
“pílula” onde tudo tem que ser dito de modo
rápido e pratico. Surge uma geração mais
midiatica do que letrada nos protocolos da
linguagem escrita. É a geração Y
13. Segundo o pesquisador Joel Birman a
imagem forma um tipo de subjetividade
diferente de uma subjetividade anterior,
que era formada, sobretudo, a partir do
discurso.
14. As escolas ainda estão centradas no
discurso escrito e deixam de lado o poder
das imagens, e os alunos vivenciam um
novo mundo onde decodificar uma
imagem é tão importante quando
decodificar as letras do alfabeto
15. Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) orientam os educadores a
utilizarem, durante as aulas, de forma
interdisciplinar, abordagens relacionadas
ao cotidiano
16. McLuhan (1972) nos diz que as
instituições escolares desperdiçam, cada
dia, mais e mais energia para preparar
seus estudantes para um mundo que já
não existe mais, que a educação não
pode mais pretender ser uma atividade
que quer mudar o mundo sem admitir que
ela mesma possa sofrer alguma mudança.
17. O IBGE (2007) divulgou que mais de
40% dos municípios brasileiros a cultura
não está na agenda das políticas públicas.
Segundo a pesquisa, que compara dados
de 2005 e 2006, 42,1% dos municípios
brasileiros não têm nenhuma política
cultural formulada. Ou seja, a TV ainda é
o principal entretenimento e fonte de
informação da sociedade.
18. Segundo o professor Osvaldo Meira Trigueiro da
Universidade Federal da Paraíba
“No Brasil 80% dos municípios a população não passa
em media de 100 mil habitantes, onde residem
aproximadamente, 30% da população do país. Ou seja,
no Brasil, 52 milhões de habitantes moram em
municípios em que as atividades econômicas, culturais,
políticas e religiosas são predominantemente vinculadas
ao rural. Isso significa que, das 5.561 cidades
brasileiras, 4.485 são essencialmente rurais.”
19.
20.
21. Segundo o professor Jose Manoel Moran,
“a criança chega à adolescência depois de
ter assistido a 15 mil horas de televisão e
mais de 350 mil comerciais, contra menos
de 11 mil horas de escola”
22. A Hegemonia Familiar
No Brasil, apenas 9 famílias detêm mais de 90% de toda
a circulação de informação e de produtos culturais.
Família Marinho, da TV Globo e Globosat, com 32
concessões,
membros da Igreja Universal do Reino de Deus, donos
da TV Record, com 21 concessões
Família Saad que controla a TV Bandeirantes e o canal
21, com 12 concessões
Família Silvio Santos, proprietário do SBT , com 10
concessões, alem de 3 grupos regionais. [1]
23. Segundo o professor Silverstone “mostrar a
necessidade de levar a mídia a sério, como
objeto de rigorosa investigação”.
O professor argumenta que a mídia se tornou
central para a experiência humana e que a
cidadania no século XXI requer um grau de
conhecimento que até agora poucos de nós
têm, que requer do indivíduo que saiba ler os
produtos da mídia e que seja capaz de
questionar suas estratégias.
24. Quem sabe um dia a escola perceba que
a sua função social vai além de decompor
os protocolos de leitura, quem sabe não
contribui para ensinar os protocolos da
vida, já que a sociedade que ela ensina já
mudou.