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ACH3007- Práticas de
Atenção Psicossocial ao idoso
AULA 5
Profa. Dra. Samila Sathler Tavares Batistoni
Psicóloga, Mestre em Gerontologia e Doutora em Educação
samilabatistoni@usp.br
PROFISSIONAIS
DE AJUDA
HUMANA
• METAS DAS INTERVENÇÕES COM
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SE:
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⚫ Estado de prontidão ou avidez para a mudança que
pode oscilar de tempos em tempos ou de uma
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estado de disposição/prontidão para a mudança;
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para a proposição de um modelo transteórico para
abordar a mudança humana:
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Saída
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⚫ Reconhece a recaída como ocorrência ou estágio
normal da mudança;
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impede o desânimo;
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comportamento atual;
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de prevenção da recaída;
Recaída
Ajudar o paciente a renovar os processos de
ponderação, determinação e ação, sem que fique
imobilizado ou desmoralizado;
⚫ Muitas vezes julgamos a motivação para a mudança
de um indivíduo pelo que ele diz;
⚫ O que de fato parece predizer a mudança é a
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⚫ Ou seja, o que o indivíduo faz.
Entendimento mais específico e pragmático da
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Implicações do fator “envelhecimento” para os estágios
do Modelo Transteórico
MANUTENÇÃO ATIVA: estratégias proativas usadas para que um
indivíduo continue um comportamento em face às mudanças
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podem ameaçar a manutenção comportamental (Marquez,
Bustamante, Blissmer & Prochaska, 2009).
Amplia o conceito usado com populações mais jovens de
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Fundamentos e elementos para um
diagnóstico motivacional
1) Fontes da Motivação
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Texto Extra
disponível no
MOODLE
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Exercício
Estágio do cliente Identifique os itens correspondentes aos
estados de prontidão
Pré-ponderação
Ponderação
Determinação
Ação
Manutenção
Recaída
⚫ Se concebermos a motivação como algo que
podemos influenciar a ênfase muda:
Paciente motivado
ao
Profissional motivador
(Aumentar a chance de que o paciente siga o curso de
ação recomendado rumo à mudança)
(Obs.:Não foram propostos em colaboração mas
passaram a ser citados juntos)
Diagnóstico e
apoio motivacional
Estratégias de
Escuta Motivacional
Ferramenta: Entrevista Motivacional
Entrevista Motivacional
O É um estilo clínico habilidoso para evocar dos
pacientes suas boas motivações para fazer
mudanças comportamentais;
O Tratamento = dar o que o paciente não tem;
O EM = Evocar dos pacientes algo que possuem;
O Espírito da EM:
O COLABORATIVO
O EVOCATIVO
O RESPEITO PELA AUTONOMIA
Estilos de comunicação no
apoio à mudança
O Acompanhar;
O Orientar:
O Direcionar:
O EM se caracteriza mais pelo estilo
“orientar”
Um bom aconselhador:
O Pergunta para saber onde a
pessoa deseja ir/ alcançar e para
conhecê-la um pouco;
O Informa sobre opções e procura
identificar o que faz sentido para a
pessoa;
O Escuta e respeita o que a pessoa
deseja fazer e oferece ajuda nesse
sentido;
O Conhece e reconhece o fenômeno da
AMBIVALÊNCIA (“Motivações
conflitantes”)
O Preciso___mas___”
O “Quero ______mas ____”
O “Eu devia _____mas _____”
O “mas”= anula argumentos a favor =
paralisa
Escutando e estimulando a
conversa sobre mudança
Evocar a conversa sobre mudanças ou
invés de evocar a resistência.
OTipos: Cada tipo de conversa diz algo
sobre a motivação para a mudança:
desejo, capacidade, razões,
importância, comprometimento, ações)
OSintonizar os ouvidos, reconhecer e
afirmá-los…explorar os argumentos.
Perguntas que possam
respondidas com
“conversas sobre
mudança”
DESEJO, CAPACIDADE,
RAZÕES, IMPORTÂNCIA…
Perguntar sobre prós e
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O Desacelere! O alvo é a troca de
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se sente pronto?
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  • 1. ACH3007- Práticas de Atenção Psicossocial ao idoso AULA 5 Profa. Dra. Samila Sathler Tavares Batistoni Psicóloga, Mestre em Gerontologia e Doutora em Educação samilabatistoni@usp.br
  • 2. PROFISSIONAIS DE AJUDA HUMANA • METAS DAS INTERVENÇÕES COM IDOSOS • FERRAMENTAS 02/09/10
  • 3. ⦿ De que forma as diferentes perspectivas (“visões de homem”) e abordagens da Psicologia Clínica contribuem para a formação de profissionais de ajuda humana em geral e para o Gerontólogo? ⦿ O que tem sido definido, em Gerontologia, como “Bem-estar psicossocial”? Por que essa é uma meta importante para as intervenções com idosos em diferentes contextos?
  • 4. ⦿ Explique o trocadilho: “O aconselhamento é uma abordagem da comunicação humana e é uma abordagem humana da comunicação”? ⦿ Com base no texto “Entrevista motivacional: conversas sobre mudança” prepare o conteúdo didático, a ser utilizado por você em um treinamento para profissionais que trabalham com idosos. ⦿ (Exemplo: Definições/origens? Importância? Quando utilizar? Como utilizar? Postura e atitude do profissional? Quais as metas a ser alcançadas? O que se espera da
  • 5. Comunicação Entrevista s Escuta ativa e Aconselhament o não-diretivo (Escuta ativa Acolhedora) Diagnóstico Motivacional- “prontidão para a mudança” Escuta Ativa Motivacional: Entrevista Motivacional Aconselhamento Diretivo: Abordagem de Resolução de Problemas Intervenções Clássicas Manejo de Pequenos Grupos
  • 6. Aconselhamento ⚫ Termo genérico que se refere a um relacionamento entre duas ou mais pessoas no qual uma pessoa facilita o crescimento e o desenvolvimento da outra no sentido de auxiliá-la a lidar com seus problemas mais efetivamente.
  • 9. Autoavaliação “Separar” ;“Julgar” ; “atribuir peso”; “atribuir valor/importância” Autoconsciência “Reconhecer fenômenos/aspectos importantes a partir de uma estrutura de referência interna”
  • 10. Autodeterminação representa um conjunto de comportamentos e habilidades que dotam a pessoa da capacidade de ser o agente causal (Agência Humana; reatância psicológica; dissonância cognitiva) • Mobiliza tomada de decisões autônomas/autênticas; • Posicionamento psicológico; Mudanças internas ou externas)
  • 11. Continuum de objetivos e estratégias 1) Entender o cliente; 2) Estabelecer o relacionamento terapêutico ou rapport; 3) Definir o problema/ realçar autodeterminação; 4) Fixar uma meta; 5) Clarificar questões; 6) Listar alternativas; 7) Explorar alternativas; 8) Apoiar decisões; 9) Encerrar o processo; Escuta ativa acolhedora Escuta ativa Motivacional Escuta ativa Propositiva
  • 12. Resultados esperados? Qual o alvo/meta/ adequação de utilização? Escuta ativa acolhedora Escuta ativa Motivacional Escuta ativa Propositiva
  • 13.
  • 15. O que motiva as pessoas à mudança?
  • 16. Não mudança ⚫ Resistência; ⚫ Negação, ⚫ Traços da personalidade; ⚫ Desmotivação (entendendo motivação como um traço interno do indivíduo);
  • 17. 3 aspectos importantes - O QUE É MOTIVAÇÃO? (Deci & Ryan, 2000) - O RECONHECIMENTO DA AMBIVALÊNCIA; - ESTADO DE PRONTIDÃO PARA A MUDANÇA;
  • 18.
  • 19. O RECONHECIMENTO DA AMBIVALÊNCIA
  • 20. Prontidão para a mudança SE: ⚫ Motivação: É um estado que pode ser influenciado por fatores externos; ⚫ Ambivalência; ENTÃO: ⚫ Estado de prontidão ou avidez para a mudança que pode oscilar de tempos em tempos ou de uma situação para a outra.
  • 21. Estágios da Mudança ⚫ Prochaska & DiClemente (1982); ⚪ Como e por que as pessoas mudam? ⚫ Motivação para a mudança: é compreendida como o estado de disposição/prontidão para a mudança; ⚫ “A roda da mudança”; “O ciclo da mudança”; Base para a proposição de um modelo transteórico para abordar a mudança humana:
  • 22.
  • 24.
  • 25. ⚫ Normal que o indivíduo circule várias vezes antes de alcançar uma mudança estável; ⚪ Exemplo: Fumantes circulam de 3 a 7 vezes (média 4 vezes); ⚫ Reconhece a recaída como ocorrência ou estágio normal da mudança; ⚪ Diferente de estímulo à recaída; perspectiva realista que impede o desânimo; ⚫ Exige diferentes abordagens com o paciente a depender do estágio de mudança
  • 26. Estágio do cliente Tarefas motivacionais do profissional Pré-ponderação Levantar dúvidas – aumentar a percepção do paciente sobre os riscos e problemas do comportamento atual Ponderação “Inclinar a balança” – evocar as razões para a mudança, os riscos de não mudar, fortalecer a auto-eficácia do paciente para a mudança do comportamento atual; Determinação Ajudar o paciente a determinar a melhor linha de ação a ser seguida na busca da mudança; Ação Ajudar o paciente a dar passos rumo à mudança Manutenção Ajudar o paciente a identificar e a utilizar estratégias de prevenção da recaída; Recaída Ajudar o paciente a renovar os processos de ponderação, determinação e ação, sem que fique imobilizado ou desmoralizado;
  • 27. ⚫ Muitas vezes julgamos a motivação para a mudança de um indivíduo pelo que ele diz; ⚫ O que de fato parece predizer a mudança é a aderência efetiva da pessoa ao aconselhamento ou a um plano terapêutico. ⚫ Ou seja, o que o indivíduo faz. Entendimento mais específico e pragmático da motivação = adoção ou aderência a um programa de mudança!
  • 28. Implicações do fator “envelhecimento” para os estágios do Modelo Transteórico MANUTENÇÃO ATIVA: estratégias proativas usadas para que um indivíduo continue um comportamento em face às mudanças ambientais, físicas, psicológicas e sociais do envelhecimento que podem ameaçar a manutenção comportamental (Marquez, Bustamante, Blissmer & Prochaska, 2009). Amplia o conceito usado com populações mais jovens de “PREVENÇÃO DE RECAÍDA”.
  • 29. Fundamentos e elementos para um diagnóstico motivacional
  • 30. 1) Fontes da Motivação
  • 31. 2) Estágios da Motivação
  • 33. Exercício Estágio do cliente Identifique os itens correspondentes aos estados de prontidão Pré-ponderação Ponderação Determinação Ação Manutenção Recaída
  • 34. ⚫ Se concebermos a motivação como algo que podemos influenciar a ênfase muda: Paciente motivado ao Profissional motivador (Aumentar a chance de que o paciente siga o curso de ação recomendado rumo à mudança)
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  • 36. (Obs.:Não foram propostos em colaboração mas passaram a ser citados juntos) Diagnóstico e apoio motivacional Estratégias de Escuta Motivacional
  • 38. Entrevista Motivacional O É um estilo clínico habilidoso para evocar dos pacientes suas boas motivações para fazer mudanças comportamentais; O Tratamento = dar o que o paciente não tem; O EM = Evocar dos pacientes algo que possuem; O Espírito da EM: O COLABORATIVO O EVOCATIVO O RESPEITO PELA AUTONOMIA
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  • 48. Estilos de comunicação no apoio à mudança O Acompanhar; O Orientar: O Direcionar: O EM se caracteriza mais pelo estilo “orientar”
  • 49. Um bom aconselhador: O Pergunta para saber onde a pessoa deseja ir/ alcançar e para conhecê-la um pouco; O Informa sobre opções e procura identificar o que faz sentido para a pessoa; O Escuta e respeita o que a pessoa deseja fazer e oferece ajuda nesse sentido;
  • 50. O Conhece e reconhece o fenômeno da AMBIVALÊNCIA (“Motivações conflitantes”) O Preciso___mas___” O “Quero ______mas ____” O “Eu devia _____mas _____” O “mas”= anula argumentos a favor = paralisa
  • 51. Escutando e estimulando a conversa sobre mudança Evocar a conversa sobre mudanças ou invés de evocar a resistência. OTipos: Cada tipo de conversa diz algo sobre a motivação para a mudança: desejo, capacidade, razões, importância, comprometimento, ações) OSintonizar os ouvidos, reconhecer e afirmá-los…explorar os argumentos.
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  • 53. Perguntas que possam respondidas com “conversas sobre mudança” DESEJO, CAPACIDADE, RAZÕES, IMPORTÂNCIA… Perguntar sobre prós e contras Prós: “o que você gosta em fumar? “
  • 54. Habilidades comunicativas básicas: INFORMAR O Desacelere! O alvo é a troca de informações! O Considere prioridades O Peça permissão O Ofereça opções O Mensagens positivas O Diferença: “Se você continuar a fumar, será difícil respirar” x “Se você parar de fumar, verá que será mais fácil respirar”.
  • 55. Técnica dos Cartões O “Podemos falar de algumas mudanças para melhorar sua saúde. Alguns tópicos estão aqui representados, mas podemos incluir outros de sua preferências.” Alimentação Exercícios Estresse ? Manejo da dor ?
  • 56. Técnica das escalas 1 a 10 O De 1 a 10, o quanto se sente pronto? O …o quanto é importante para você? O ___O que poderia aumentar esse valor?
  • 57. Avaliar confiança e importância O Ex: Importância 9 e confiança 2 x Confiança 9 e importância 2…
  • 58. Finalizar: Frente a verbalizações de intenção de mudança: “E agora?” ….o que você tira de tudo isso? …o que pretende fazer? Caso o indivíduo não revele-se pronto para a mudança, faça perguntas hipotéticas! “Se fizesse tais mudanças, quais benefícios que você acha que teria?”
  • 59. Refletir e resumir (o que?) O 1) O Foco da consulta; O 2) A resistência; O 3) “A conversa sobre mudança”: desejo, capacidade, razões, importância… O Resumos: Buquê das motivações para a mudança.
  • 60. Estrutura básica: Evocar + fornecer + evocar