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Texto narrativo é aquele que relata as mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo
com as pessoas e as coisas através do tempo.
Neste tipo de texto, os relatos estão organizados numa disposição tal que, entre eles, existe
sempre uma relação de anterioridade ou de posteridade.
• relata mudanças de estado que foram ocorrendo com as personagens F. e P.
•( nascimento -separação- adoção –formação –morte )
• relação de anterioridade e de posterioridade entre os episódios relatados.
Exemplo I
“1. F. e P. nasceram do mesmo pai e da mesma mãe. 2. A fortuna, porém, não os
assistiu com a mesma equidade: F. foi adotado e criado por família ilustre; P. deixou-
se ficar com os pobres pais.
3. F. tirou título de doutor; P. morreu aos 18 anos num tiroteio com a polícia.”
Estrutura da narração
Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado:
• exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época);
• desenvolvimento (desenrolar dos fatos, apresentando complicação e clímax);
• desfecho (arremate da trama).
Elementos da narração
São elementos básicos da narração: enredo (ação), personagem, foco narrativo, linguagem, tempo e
espaço.
A tessitura narrativa
O QUÊ? O(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? A personagem ou personagens;
COMO? O enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? O lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? O momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? O causa do acontecimento.
Tragédia brasileira, de Manuel Bandeira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis,
Dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista,
manicura...Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou
de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila
Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os santos,
Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
Por fim, na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis
tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
Elementos básicos da narração.
•O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional.
•Quem? Misael e Maria Elvira.
•Como? O envolvimento inconseqüente de um homem de 63 anos com uma prostituta.
•Onde? Lapa, Estácio, Rocha,Catete e vários outros lugares.
•Quando? Duração do relacionamento: três anos.
•Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira.
Quanto à estrutura narrativa convencional, acompanhe a sequência de ações que compõem o enredo:
•Exposição: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta;
•Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal;
•Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o descontrole
emocional de Misael.
•Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.
•manipulação: uma personagem manipulada outra para induzi-la a um fazer (projeto do fazer),
envolvendo um querer;
•competência: um saber ou um poder permite executar o projeto do fazer;
•performance: a personagem executa o projeto do fazer;
•sanção: conforme a ação executada, o sujeito do fazer é punido ou recompensado.
Segundo Fiorin e Savioli (1992: 56), “Dentro da estrutura narrativa, os enunciados podem ser agrupados em quatro fases distintas:
manipulação, competência, performance, sanção.”
MANIPULAÇÃO
A filha do rei era muito bela. Certo dia, um dragão raptou-a, levando-a para sua caverna.
Desolado, o rei, já avançado em anos, recorre a um príncipe, generoso e forte e lhe delega a
incumbência de libertar a filha. No dorso de impetuoso cavalo, sai o príncipe com pressa de
resgatar a princesa.
O rei manipula o príncipe para que ele tome uma atitude. Como é generoso, o príncipe quer
salvar a princesa e aceita o dever imposto pelo rei.
COMPETÊNCIA
No caminho, uma velha maltrapilha, sentindo-se perdida, roga ao príncipe que a leve de volta para casa.
Movido pela bondade do coração, ainda que angustiado pela pressa, o príncipe desvia-se do caminho e
conduz a pobre velha ao lar. Eis que, ante os olhos surpresos do príncipe, a velha revela-se como uma bela
fada de vestes brilhantes. Enaltecendo a generosidade do caráter do heróico cavaleiro, indica a caverna do
dragão, presenteia-o com reluzente espada de ouro, advertindo-o de que somente com aquele instrumento
conseguiria cortar a cabeça do dragão. Junto com a espada, a bondosa fada lhe dá uma ânfora de prata,
cheia de uma poção capaz de torná-lo invisível.
O príncipe (sujeito que vai fazer) adquire competências que ele ainda não possuía: a fada lhe ensina o lugar da
caverna e o presenteia com uma espada, portanto ele adquire saber e poder. Por isso mesmo, essa é a fase
chamada competência. Trata-se de uma fase importante do percurso narrativo, pois, para agir, não basta que o
personagem queira ou deva mas também que saiba e possa.
PERFORMANCE
Seguindo as indicações da fada, o príncipe atravessa a floresta povoada de
perigosas feras e, sem ser visto, penetra na caverna do dragão, decapitando-o com
um só golpe de espada.
O príncipe decapitou o dragão e libertou a princesa, isto é, executou de fato aquilo
que queria fazer. Essa fase é denominada performance. Nessa fase, há em geral uma
relação de perda e ganho. Quando alguém ganha uma coisa, outro perde: o príncipe
ganhou, o dragão perdeu.
SANÇÃO
Salva a bela princesa, o generoso cavaleiro devolve-a para o rei, que, reconhecido, dá-lhe a mão da princesa
e faz dele seu sucessor.
Rei recompensa o príncipe, ou seja, sanciona positivamente as atitudes que o
príncipe tomou. Por isso, chama-se essa fase sanção.
a) A piada
f) A crônica
g) O Conto h) O Romance
b) Notícia de jornal
c) A História em quadrinhos d) O Cartum
e) O Poema
Receita de texto narrativo
• Com alguns traços marcantes e essenciais, procure caracterizar física e psicologicamente sua
personagem. Torne sua idealização interessante para o leitor.
Ex: fisicamente: olhos castanhos.
Psicologicamente: incrédulo, ingênuo.
• Trabalhe sua linguagem de modo a combinar dados físicos e psicológicos, oferecendo uma visão
total da personagem.
Ex: Nos olhos castanhos de Miguel, havia um brilho incrédulo e ingênuo, enquanto lia a carta de
Joana.
• Lembre-se de que os períodos muito longos (num espaço aproximado de 30 linhas) tornam o texto “arrastado”; já os períodos curtos
demais, se não forem bem construídos, podem tornar primária a redação. Prefira períodos curtos, sintetizando as ações.
Ex: Todos correram alvoroçados; ninguém se machucou. Primeiro o pânico, depois o riso.
• Procure criar uma situação inusitada que desencadeia uma complicação, pois é o inesperado que sustenta o gosto pela leitura.
• Você pode narrar com ou sem diálogos. Os discursos diretos, quanto à pontuação, devem ser padronizados. Observe que os
diálogos são um recurso da literatura para cativar o leitor. Quando bem articulados, tornam mais fluente a narrativa.
Ex: - O que você esperava que eu fizesse? – gritou João.
- Esperava que reagisse, só isso!.
• Ao introduzir o ambiente na narração, não se detenha em detalhes supérfluos. Caracterize os espaços e objetos determinantes da
ação.
Ex: Na sala, apenas o sofá vermelho que acalentava as noites insones de Luís.
• Procure estender ao desfecho a criatividade que você manteve ao longo do texto. O desfecho deve
ser original, inesperado, surpreendente, para não transformar a narrativa num simples relato.
• Não se esqueça de que o enredo de sua narrativa, antes do desfecho, deve apresentar suspense e
clímax.
Assim, esquematizando, temos:
Personagem(s)
Definem-se pelas características e pelas ações.
Enredo
Ação, organização de fatos (exposição, complicação, clímax, desfecho- manipulação, competência,
performance e sanção).
Tempo
cronológico (tempo real);
psicológico (tempo mental).
Espaço
Lugar (definido pela descrição ou apenas citado).
Foco narrativo
De terceira pessoa – narrador onisciente (tudo sabe, conhece a interioridade das personagens);
Narrador observador (tudo vê);
De primeira pessoa (de dentro da história) - narrador-personagem (conta o que vê como personagem);
Discurso
direto (fala da personagem);
indireto (o narrador traduz a fala da personagem);
indireto livre (fusão da fala do autor e da personagem).

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2º Ano - 6. Texto Narrativo.ppt CARACTERÍSTICAS

  • 1.
  • 2. Texto narrativo é aquele que relata as mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo com as pessoas e as coisas através do tempo. Neste tipo de texto, os relatos estão organizados numa disposição tal que, entre eles, existe sempre uma relação de anterioridade ou de posteridade.
  • 3. • relata mudanças de estado que foram ocorrendo com as personagens F. e P. •( nascimento -separação- adoção –formação –morte ) • relação de anterioridade e de posterioridade entre os episódios relatados. Exemplo I “1. F. e P. nasceram do mesmo pai e da mesma mãe. 2. A fortuna, porém, não os assistiu com a mesma equidade: F. foi adotado e criado por família ilustre; P. deixou- se ficar com os pobres pais. 3. F. tirou título de doutor; P. morreu aos 18 anos num tiroteio com a polícia.”
  • 4. Estrutura da narração Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado: • exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época); • desenvolvimento (desenrolar dos fatos, apresentando complicação e clímax); • desfecho (arremate da trama). Elementos da narração São elementos básicos da narração: enredo (ação), personagem, foco narrativo, linguagem, tempo e espaço.
  • 5. A tessitura narrativa O QUÊ? O(s) fato(s) que determina(m) a história; QUEM? A personagem ou personagens; COMO? O enredo, o modo como se tecem os fatos; ONDE? O lugar ou lugares da ocorrência; QUANDO? O momento ou momentos em que se passam os fatos; POR QUÊ? O causa do acontecimento.
  • 6. Tragédia brasileira, de Manuel Bandeira Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, Dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura...Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim, na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
  • 7. Elementos básicos da narração. •O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional. •Quem? Misael e Maria Elvira. •Como? O envolvimento inconseqüente de um homem de 63 anos com uma prostituta. •Onde? Lapa, Estácio, Rocha,Catete e vários outros lugares. •Quando? Duração do relacionamento: três anos. •Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira. Quanto à estrutura narrativa convencional, acompanhe a sequência de ações que compõem o enredo: •Exposição: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta; •Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal; •Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o descontrole emocional de Misael. •Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.
  • 8. •manipulação: uma personagem manipulada outra para induzi-la a um fazer (projeto do fazer), envolvendo um querer; •competência: um saber ou um poder permite executar o projeto do fazer; •performance: a personagem executa o projeto do fazer; •sanção: conforme a ação executada, o sujeito do fazer é punido ou recompensado. Segundo Fiorin e Savioli (1992: 56), “Dentro da estrutura narrativa, os enunciados podem ser agrupados em quatro fases distintas: manipulação, competência, performance, sanção.”
  • 9. MANIPULAÇÃO A filha do rei era muito bela. Certo dia, um dragão raptou-a, levando-a para sua caverna. Desolado, o rei, já avançado em anos, recorre a um príncipe, generoso e forte e lhe delega a incumbência de libertar a filha. No dorso de impetuoso cavalo, sai o príncipe com pressa de resgatar a princesa. O rei manipula o príncipe para que ele tome uma atitude. Como é generoso, o príncipe quer salvar a princesa e aceita o dever imposto pelo rei.
  • 10. COMPETÊNCIA No caminho, uma velha maltrapilha, sentindo-se perdida, roga ao príncipe que a leve de volta para casa. Movido pela bondade do coração, ainda que angustiado pela pressa, o príncipe desvia-se do caminho e conduz a pobre velha ao lar. Eis que, ante os olhos surpresos do príncipe, a velha revela-se como uma bela fada de vestes brilhantes. Enaltecendo a generosidade do caráter do heróico cavaleiro, indica a caverna do dragão, presenteia-o com reluzente espada de ouro, advertindo-o de que somente com aquele instrumento conseguiria cortar a cabeça do dragão. Junto com a espada, a bondosa fada lhe dá uma ânfora de prata, cheia de uma poção capaz de torná-lo invisível. O príncipe (sujeito que vai fazer) adquire competências que ele ainda não possuía: a fada lhe ensina o lugar da caverna e o presenteia com uma espada, portanto ele adquire saber e poder. Por isso mesmo, essa é a fase chamada competência. Trata-se de uma fase importante do percurso narrativo, pois, para agir, não basta que o personagem queira ou deva mas também que saiba e possa.
  • 11. PERFORMANCE Seguindo as indicações da fada, o príncipe atravessa a floresta povoada de perigosas feras e, sem ser visto, penetra na caverna do dragão, decapitando-o com um só golpe de espada. O príncipe decapitou o dragão e libertou a princesa, isto é, executou de fato aquilo que queria fazer. Essa fase é denominada performance. Nessa fase, há em geral uma relação de perda e ganho. Quando alguém ganha uma coisa, outro perde: o príncipe ganhou, o dragão perdeu.
  • 12. SANÇÃO Salva a bela princesa, o generoso cavaleiro devolve-a para o rei, que, reconhecido, dá-lhe a mão da princesa e faz dele seu sucessor. Rei recompensa o príncipe, ou seja, sanciona positivamente as atitudes que o príncipe tomou. Por isso, chama-se essa fase sanção.
  • 13. a) A piada f) A crônica g) O Conto h) O Romance b) Notícia de jornal c) A História em quadrinhos d) O Cartum e) O Poema
  • 14. Receita de texto narrativo • Com alguns traços marcantes e essenciais, procure caracterizar física e psicologicamente sua personagem. Torne sua idealização interessante para o leitor. Ex: fisicamente: olhos castanhos. Psicologicamente: incrédulo, ingênuo. • Trabalhe sua linguagem de modo a combinar dados físicos e psicológicos, oferecendo uma visão total da personagem. Ex: Nos olhos castanhos de Miguel, havia um brilho incrédulo e ingênuo, enquanto lia a carta de Joana.
  • 15. • Lembre-se de que os períodos muito longos (num espaço aproximado de 30 linhas) tornam o texto “arrastado”; já os períodos curtos demais, se não forem bem construídos, podem tornar primária a redação. Prefira períodos curtos, sintetizando as ações. Ex: Todos correram alvoroçados; ninguém se machucou. Primeiro o pânico, depois o riso. • Procure criar uma situação inusitada que desencadeia uma complicação, pois é o inesperado que sustenta o gosto pela leitura. • Você pode narrar com ou sem diálogos. Os discursos diretos, quanto à pontuação, devem ser padronizados. Observe que os diálogos são um recurso da literatura para cativar o leitor. Quando bem articulados, tornam mais fluente a narrativa. Ex: - O que você esperava que eu fizesse? – gritou João. - Esperava que reagisse, só isso!. • Ao introduzir o ambiente na narração, não se detenha em detalhes supérfluos. Caracterize os espaços e objetos determinantes da ação. Ex: Na sala, apenas o sofá vermelho que acalentava as noites insones de Luís.
  • 16. • Procure estender ao desfecho a criatividade que você manteve ao longo do texto. O desfecho deve ser original, inesperado, surpreendente, para não transformar a narrativa num simples relato. • Não se esqueça de que o enredo de sua narrativa, antes do desfecho, deve apresentar suspense e clímax. Assim, esquematizando, temos: Personagem(s) Definem-se pelas características e pelas ações. Enredo Ação, organização de fatos (exposição, complicação, clímax, desfecho- manipulação, competência, performance e sanção). Tempo cronológico (tempo real); psicológico (tempo mental).
  • 17. Espaço Lugar (definido pela descrição ou apenas citado). Foco narrativo De terceira pessoa – narrador onisciente (tudo sabe, conhece a interioridade das personagens); Narrador observador (tudo vê); De primeira pessoa (de dentro da história) - narrador-personagem (conta o que vê como personagem); Discurso direto (fala da personagem); indireto (o narrador traduz a fala da personagem); indireto livre (fusão da fala do autor e da personagem).