SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
10 - O INVESTIGADOR INCONSCIENTE
O velho operário, em companhia da filha, identificou a placa brilhante no saguão do
enorme edifício e galgou a escada, de olhos serenos e confiantes. Depois de bater
respeitosamente à porta, atendido por distinto cavalheiro, apresentou a jovem enferma
e explicou :
– Doutor, minha filha há muito vem apresentando sintomas perturbadores.
Frequentemente apresenta-se tomada por forças estranhas, absolutamente
incompreensíveis. Parece alucinada e, no entanto, patenteia o dom da adivinhação, com
elementos irrefutáveis. Uma carta, um cofre fechado, não lhe oferecem segredos. Já
procuramos ouvir alguns médicos, que, afinal de contas, apenas me agravaram as
preocupações. Soube, porém, que o senhor é espiritista, e como já temos recorrido aos
préstimos de alguns vizinhos, estou certo de que a sua ciência nos dará a solução
necessária.
O Dr. Matoso Dupont fixou o olhar percuciente na doentinha e apressou-se a esclarecer:
– Não sou propriamente espiritista, mas um observador dos fenômenos comuns ; sou
metapsiquista...
O consulente, naturalmente acanhado, guardou silêncio, enquanto o médico atacava a
enferma numa saraivada de perguntas. E revelava, no olhar, a alegria do pescador
quando fisga o peixe inocente, ou do experimentador que encontra uma cobaia preciosa.
O pai acompanhava a cena com interesse. O Dr. Dupont esfregava as mãos,
visivelmente surpreendido. Após cerrado interrogatório, procedeu a experiências com
resultados positivos.
Objetos, cartas, livros, foram trazidos à prova. O médico não dissimulava o enorme
assombro.
Homem do trabalho e de horas contadas, o velho operário resolveu intervir e perguntou,
respeitoso :
– Doutor, que me diz o senhor? Que conselhos nos dá para o caso?
O profissional coçou o queixo e falou solene :
– Sem dúvida, estamos diante de um caso espantoso de criptestesia pragmática.
O cliente esboçou um gesto de timidez, como que a desculpar-se da própria ignorância,
e aventurou :
– Não poderá o senhor fornecer-me esclarecimentos mais simples? Leio muito pouco, o
trabalho não me dá folgas...
– Trata-se de manifestação metapsíquica.
O pobre homem, diante da complicada terminologia cientifica, mostrou-se algo
desanimado e pediu licença para sair, a fim de trazer um amigo ao consultório. O
Valdemar, rapaz inteligente, versado no Espiritismo e empregado na farmácia próxima,
ajudá-lo-ia a interpretar os pareceres médicos. Fora tão difícil conseguir ensejo para a
consulta ao Dr. Matoso ; tão elevado o preço da mesma, que o amoroso pai não hesitou.
Não deveria perder a oportunidade. Precisava recolher as opiniões da Ciência. O ensejo
era único.
Daí a minutos, regressava ao gabinete, com o amigo prestativo e diligente. O doutor
compreendeu as preocupações paternais e passou a esclarecer o assunto com todas as
cores científicas da respectiva técnica. Referiu-se aos investigadores do Psiquismo
mundialmente consagrados ; às experiências européias ;falou do ectoplasma, do
magnetismo, do subconsciente desconhecido, dos distúrbios orgânicos, rodando pela
neurologia, pela fisiologia, pela psicologia experimental.
Enquanto a jovem conservava uma expressão de idiotismo e o genitor esboçava gestos
de justificável assombro, Valdemar aguardou a pausa do falastrão e ponderou com
inteligência :
– Doutor, estou convencido de que o senhor tem suas razões ; mas, não concordará que
estes fenômenos são velhos quanto o mundo? Não admite que o caso da pequena se
resuma em simples manifestações de mediunidade?
– Ah! naturalmente deseja aludir às novas descobertas – ao sexto sentido –, tornou o
esculápio como quem necessita fazer uma retificação indispensável.
– Sim, pode ser, referindo-nos à Ciência atual – esclareceu o rapaz serenamente –,
todavia, há milhares de anos a India e o Egito conheciam os iniciados, os judeus
reverenciavam os profetas. Há vinte séculos o mundo assistiu à iluminação do
Pentecostes. Não concorda que todas estas manifestações sejam formas diversas da
revelação espiritual, espalhando no mundo a luz de Deus?
– Ora – retrucou o metapsiquista contrafeito –, que motivo nos levaria a meter a Religião
em problemas desta natureza?
E a palestra animou-se vivamente. Valdemar prosseguia tranqüilo, enquanto o Dr.
Matoso atingia o auge da exaltação. O primeiro defendia a lógica da fé raciocinada ; o
segundo acusava os espiritistas de beócios, doentes, histéricos, fanáticos.
Ao terminar a discussão, o velho retirou-se desalentado, levando a menina enferma e
resolvido a contentar-se com o processo lento da cura, mediante as instruções
evangélicas da água efluviada e dos passes ao alcance da família, no grupo dos vizinhos.
Tal ocorrência constituía, porém, pequenina amostra do investigador renitente. O Dr.
Matoso não saía nunca dos seus domínios de experimentador. Visitava núcleos
doutrinários, atormentava os médiuns; fazia questão de exibir o cartaz de inimigo
declarado de todas as expressões religiosas. Afirmando-se discípulo de Richet, adotava
a dúvida com atitude preceitual. Em qualquer observação, preocupava-o a possibilidade
da fraude e, fosse onde fosse, preferia comentar a exploração grosseira, o
charlatanismo, a má-fé. A sociedade o conceituava entre as grandes inteligências do
meio e ninguém lhe negava títulos de competência. Entretanto, à força de contacto com
os detalhes anatômicos, ele enrijara as fibras emotivas. Mero cavador de fenômenos,
tratava as mais belas sugestões da Espiritualidade à maneira de fatos banais, sem maior
significação. Não suportava as reuniões onde se fizessem rogativas a Deus, e aos
companheiros de índole religiosa preferia os amigos levianos, prontos ao comentário
científico, entre um sorriso de mulher sem escrúpulos e um trago de vinho capitoso.
Nada obstante, em todos os acontecimentos os homens dispõem o jogo da vida, mas
Deus é que distribui as cartas. Ninguém vive sem contas, indefinidamente. Chegou,
afinal, o dia em que o Dr. Matoso foi compelido a recolher a bagagem material ao cofre
vasto da Terra, entrando em nova modalidade de existência. Achava-se, porém, atônito,
estarrecido. Em vez de experimentar, sentia-se agora objeto de observação, por parte
de gigantes ocultos e intangíveis. Ele que tanto falara de ectoplasma e subconsciente,
via formas indescritíveis, completamente estranhas às suas tabelas de classificação.
Aqueles fantasmas que despertavam tamanho sensacionalismo, nas sessões de
materialização, passavam-lhe ao lado, sorridentes e tranquilos, sem lhe dispensarem a
mínima atenção. Estaria louco? Que forças misteriosas o haveriam arrebatado àquela
região sombria e desconhecida? Perseguira materiais de observação durante a
existência inteira, dilacerara instrumentos da verdade,
procurara fraudes e proclamara desafios e, agora, ali, sem qualquer intermediário,
verificava ele próprio a multiformidade de revelações da vida. Tentava manter a atitude
do experimentador que dispensa a cooperação religiosa, mas os reinos psíquicos
multiplicavamse, os materiais novos excediam a qualquer possibilidade de exame.
Sozinho, sem o estímulo de companheiros com quem pudesse trocar impressões, o
antigo investigador experimentou enorme cansaço. Ele que sempre fora avesso a
orações andava desejoso de recolher-se ao mundo íntimo, a fim de solicitar a
contribuição do Mais Alto. No fundo, admitia que semelhante atitude representava
capitulação; entretanto, a seu ver, não rogaria à maneira de outros crentes. Formularia
simplesmente um pedido de auxilio; mas... a quem?
Na secura das experimentações do mundo, jamais cultivara afeições quaisquer.
Agravandose-lhe, porém, as necessidades no meio de situações que não conseguia
definir nem compreender, sentiu-se fraco e implorou a Deus lhe concedesse luz para os
enigmas que o cercavam.
Não demorou muito e um orientador generoso fez-se visível, atendendo a súplica :
– Amorável benfeitor – solicitou humilhado por quem sois, não me negueis mão amiga
no labirinto em que me encontro.
– Escuta, Matoso – respondeu o interlocutor com intimidade –, que fizeste de tanto
material
precioso concedido à tua alma no mundo?
– A Ciência transformou-me num investigador inconsciente – explicou, evidenciando
grande embaraço.
– Não desejo saber que títulos gratuitos te proporcionou a Ciência convencionalista e
sim o que fizeste da cultura enorme, e como usaste os patrimônios vultosos que te foram
conferidos na Terra.
O interpelado impressionou-se com a profunda observação e, ganhando alguma
coragem, relacionou as antigas inquietações, aludindo aos grandes cientistas do século
e às rigorosas preocupações que adotara pessoalmente nas pesquisas efetuadas. Ao
termo da longa exposição, o orientador espiritual falou, bondosamente:
– Falas de Crookes, de Flournoy, de De Rochas, de Lombroso, de Richet, mas esqueces
que precisas de construção própria. Tanto vacilaste no Planeta, que terminaste a última
experiência duvidando de ti mesmo.
Quando procuravas ansiosamente a fraude nos outros, não vias que fraudavas a própria
alma. Desafiaste médiuns e trabalhadores; entretanto, não atendeste aos desafios que
a luta nobre te facultou em cada dia terreno.
– Não, não é bem isto – contestou Dupont, buscando justificar-se –, o que nunca pude
tolerar foi a manifestação religiosa.
– Por quê? Detestavas a Religião, malsinavas a prece, zombavas da fé; contudo, em
que lugar do Universo a vida não é ato religioso? Considerando-se o laço imperecível
que une o Criador às criaturas e às coisas do caminho evolutivo, tudo é permuta e
atividade divina.
O sapo coaxando no pântano, a estrela enfeitando o céu no deserto, o diamante oculto
nas pedras abandonadas não estão à procura de admiração humana, mas de
identificação com a
Divindade. Anotaste, pesaste, classificaste como simples escravo da estatística, mas a
cultura espiritual não se constituí apenas de terminologia técnica. A cor é aspecto, nunca
o objeto em si mesmo. É incontestável que sabedoria e amor representam as asas sem
as quais é impossível ascender aos cumes da perfeição eterna ; mas, sabedoria não
significa cristalização no círculo individual, antes é penetração no país infinito da verdade
divina, cuja luz palpita no maravilhoso plano de unidade, através de todos os seres. Não
te detenhas no exterior. Busca o teu mundo de belezas ignoradas e observa a ti mesmo.
Meu amigo, meu amigo, Deus é Amor, Vida, Suprema Luz!...
Nesse momento, o benfeitor desapareceu numa torrente de claridades infindas. Sem
explicar o que se passara, Dupont achou-se de joelhos, face lavada em lágrimas
abundantes. O cérebro febril banhava-se em energias desconhecidas. Pela primeira vez,
sentia a grandeza divina e parecia constituir, ele próprio, harmoniosa nota de amor no
cântico universal. Por quanto tempo demorou em adoração indefinível? Não poderia
responder.
Quando, porém, examinou a necessidade de integração no trabalho redentor, uma voz
carinhosa e familiar lhe timbrou brandamente aos ouvidos :
– Vamos, meu filho! o Pai jamais regateia a oportunidade de retificação e serviço.
Voltemos para o mundo. Tu que observaste tanto os semelhantes, sem finalidade justa,
regressarás agora a fim de seres observado.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

50 nosso lar cidadão de nosso lar
50 nosso lar  cidadão de nosso lar50 nosso lar  cidadão de nosso lar
50 nosso lar cidadão de nosso larFatoze
 
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06Patricia Farias
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Cynthia Castro
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Cynthia Castro
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...Cynthia Castro
 
Yvone a pereirarecordaesdamediunidade
Yvone a pereirarecordaesdamediunidadeYvone a pereirarecordaesdamediunidade
Yvone a pereirarecordaesdamediunidadeCristina Matt Tanaka
 
Cidade no além (andré luiz e lucius)
Cidade no além (andré luiz e lucius)Cidade no além (andré luiz e lucius)
Cidade no além (andré luiz e lucius)Sheila Büchele
 
31 nosso lar vampiro
31 nosso lar  vampiro31 nosso lar  vampiro
31 nosso lar vampiroFatoze
 
Nos domínios da mediunidade aula 16
Nos domínios da mediunidade aula 16Nos domínios da mediunidade aula 16
Nos domínios da mediunidade aula 16Leonardo Pereira
 
Contribuições de Andre Luiz
Contribuições de Andre LuizContribuições de Andre Luiz
Contribuições de Andre Luizcarlos freire
 
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessaoEWALDO DE SOUZA
 
45 nosso lar no campo da música
45 nosso lar  no campo da música45 nosso lar  no campo da música
45 nosso lar no campo da músicaFatoze
 
Boletim informativo novembro 2013
Boletim informativo   novembro 2013Boletim informativo   novembro 2013
Boletim informativo novembro 2013fespiritacrista
 
Os tesouros divinos em vasos de barro
Os tesouros divinos em vasos de barroOs tesouros divinos em vasos de barro
Os tesouros divinos em vasos de barroClelia Oliveira
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Cynthia Castro
 
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Cynthia Castro
 
Os Mensageiros Cap 35 - O culto Domestico
Os Mensageiros Cap 35 - O culto DomesticoOs Mensageiros Cap 35 - O culto Domestico
Os Mensageiros Cap 35 - O culto DomesticoPatricia Farias
 

Mais procurados (20)

50 nosso lar cidadão de nosso lar
50 nosso lar  cidadão de nosso lar50 nosso lar  cidadão de nosso lar
50 nosso lar cidadão de nosso lar
 
Carta 7
Carta 7Carta 7
Carta 7
 
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06
Os Mensageiros - A vida no Mundo espiritual Cap 06
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
 
O Despertar da Consciência no Além Túmulo
O Despertar da Consciência no Além TúmuloO Despertar da Consciência no Além Túmulo
O Despertar da Consciência no Além Túmulo
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo IV - Jerônimo de Araújo Silveira ...
 
Yvone a pereirarecordaesdamediunidade
Yvone a pereirarecordaesdamediunidadeYvone a pereirarecordaesdamediunidade
Yvone a pereirarecordaesdamediunidade
 
Carta 8
Carta 8Carta 8
Carta 8
 
Cidade no além (andré luiz e lucius)
Cidade no além (andré luiz e lucius)Cidade no além (andré luiz e lucius)
Cidade no além (andré luiz e lucius)
 
31 nosso lar vampiro
31 nosso lar  vampiro31 nosso lar  vampiro
31 nosso lar vampiro
 
Nos domínios da mediunidade aula 16
Nos domínios da mediunidade aula 16Nos domínios da mediunidade aula 16
Nos domínios da mediunidade aula 16
 
Contribuições de Andre Luiz
Contribuições de Andre LuizContribuições de Andre Luiz
Contribuições de Andre Luiz
 
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao
3854264 divaldo-franco-nos-bastidores-da-obsessao
 
45 nosso lar no campo da música
45 nosso lar  no campo da música45 nosso lar  no campo da música
45 nosso lar no campo da música
 
Boletim informativo novembro 2013
Boletim informativo   novembro 2013Boletim informativo   novembro 2013
Boletim informativo novembro 2013
 
Os tesouros divinos em vasos de barro
Os tesouros divinos em vasos de barroOs tesouros divinos em vasos de barro
Os tesouros divinos em vasos de barro
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
 
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
 
Os Mensageiros Cap 35 - O culto Domestico
Os Mensageiros Cap 35 - O culto DomesticoOs Mensageiros Cap 35 - O culto Domestico
Os Mensageiros Cap 35 - O culto Domestico
 

Destaque

Les médecins militaires juifs Military Jewish Physicians
Les médecins militaires juifs Military Jewish PhysiciansLes médecins militaires juifs Military Jewish Physicians
Les médecins militaires juifs Military Jewish PhysiciansVéronique Chemla
 
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)Benoit Wauquier
 
La Seconde Guerre mondiale
La Seconde Guerre mondialeLa Seconde Guerre mondiale
La Seconde Guerre mondialeorigene
 
La seconde guerre mondiale
La seconde guerre mondialeLa seconde guerre mondiale
La seconde guerre mondialezaoyuma
 
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)mlaugel
 
La Deuxième Guerre mondiale
La Deuxième Guerre mondialeLa Deuxième Guerre mondiale
La Deuxième Guerre mondialeMarc-André Patry
 

Destaque (6)

Les médecins militaires juifs Military Jewish Physicians
Les médecins militaires juifs Military Jewish PhysiciansLes médecins militaires juifs Military Jewish Physicians
Les médecins militaires juifs Military Jewish Physicians
 
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)
La seconde guerre mondiale (images inédites, pour certaines)
 
La Seconde Guerre mondiale
La Seconde Guerre mondialeLa Seconde Guerre mondiale
La Seconde Guerre mondiale
 
La seconde guerre mondiale
La seconde guerre mondialeLa seconde guerre mondiale
La seconde guerre mondiale
 
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)
La Seconde Guerre mondiale, une guerre d'anéantissement (1939 - 1945)
 
La Deuxième Guerre mondiale
La Deuxième Guerre mondialeLa Deuxième Guerre mondiale
La Deuxième Guerre mondiale
 

Semelhante a 10 o investigador inconsciente

29 o diagnóstico
29   o diagnóstico29   o diagnóstico
29 o diagnósticoFatoze
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedolilianehenz
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedolilianehenz
 
Oqueéreligião ruben alves
Oqueéreligião ruben alvesOqueéreligião ruben alves
Oqueéreligião ruben alvesRinaldo Almeida
 
Histórias que trazem felicidade
Histórias que trazem felicidadeHistórias que trazem felicidade
Histórias que trazem felicidadeHelio Cruz
 
Rubens alves o que é religião
Rubens alves   o que é religiãoRubens alves   o que é religião
Rubens alves o que é religiãodarcdarc
 
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2Gladis Nunes
 
24 a estranha indicação
24   a estranha indicação24   a estranha indicação
24 a estranha indicaçãoFatoze
 
Allan kardec revista espirita 1864
Allan kardec revista espirita 1864Allan kardec revista espirita 1864
Allan kardec revista espirita 1864Henrique Vieira
 
Nos bastidores da obsessao divaldo franco
Nos bastidores da obsessao   divaldo francoNos bastidores da obsessao   divaldo franco
Nos bastidores da obsessao divaldo francoFrancisco de Morais
 
Ernesto bozzano o espiritismo e as manifestações supranormais
Ernesto bozzano   o espiritismo e as manifestações supranormaisErnesto bozzano   o espiritismo e as manifestações supranormais
Ernesto bozzano o espiritismo e as manifestações supranormaisClaudia Ruzicki Kremer
 
8 o livre pensador
8   o livre pensador8   o livre pensador
8 o livre pensadorFatoze
 
42 tudo aí se mistura
42   tudo aí se mistura42   tudo aí se mistura
42 tudo aí se misturaFatoze
 
( Espiritismo) # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo
( Espiritismo)   # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo( Espiritismo)   # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo
( Espiritismo) # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismoRoberto Mac
 
Mediunidade & Misticismo
Mediunidade & MisticismoMediunidade & Misticismo
Mediunidade & Misticismo2225165
 
8 a passagem de richet
8   a passagem de richet8   a passagem de richet
8 a passagem de richetFatoze
 
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_bcarlos freire
 
Andre luiz -_apostila_da_vida
Andre luiz -_apostila_da_vidaAndre luiz -_apostila_da_vida
Andre luiz -_apostila_da_vidazfrneves
 

Semelhante a 10 o investigador inconsciente (20)

29 o diagnóstico
29   o diagnóstico29   o diagnóstico
29 o diagnóstico
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
 
Oqueéreligião ruben alves
Oqueéreligião ruben alvesOqueéreligião ruben alves
Oqueéreligião ruben alves
 
Histórias que trazem felicidade
Histórias que trazem felicidadeHistórias que trazem felicidade
Histórias que trazem felicidade
 
Rubens alves o que é religião
Rubens alves   o que é religiãoRubens alves   o que é religião
Rubens alves o que é religião
 
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2
Augusto Cury Os Segredos do pai nosso 2
 
24 a estranha indicação
24   a estranha indicação24   a estranha indicação
24 a estranha indicação
 
Allan kardec revista espirita 1864
Allan kardec revista espirita 1864Allan kardec revista espirita 1864
Allan kardec revista espirita 1864
 
Nos bastidores da obsessao divaldo franco
Nos bastidores da obsessao   divaldo francoNos bastidores da obsessao   divaldo franco
Nos bastidores da obsessao divaldo franco
 
Ernesto bozzano o espiritismo e as manifestações supranormais
Ernesto bozzano   o espiritismo e as manifestações supranormaisErnesto bozzano   o espiritismo e as manifestações supranormais
Ernesto bozzano o espiritismo e as manifestações supranormais
 
Rubens alves o que é religião
Rubens alves   o que é religiãoRubens alves   o que é religião
Rubens alves o que é religião
 
8 o livre pensador
8   o livre pensador8   o livre pensador
8 o livre pensador
 
42 tudo aí se mistura
42   tudo aí se mistura42   tudo aí se mistura
42 tudo aí se mistura
 
( Espiritismo) # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo
( Espiritismo)   # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo( Espiritismo)   # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo
( Espiritismo) # - nadja c vale - reflexoes à luz do espiritismo
 
Mediunidade & Misticismo
Mediunidade & MisticismoMediunidade & Misticismo
Mediunidade & Misticismo
 
Allan kardec
Allan kardecAllan kardec
Allan kardec
 
8 a passagem de richet
8   a passagem de richet8   a passagem de richet
8 a passagem de richet
 
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b
2016 01-17-ce-biografia allan-kardec_e_leon_diniz-sandra_b
 
Andre luiz -_apostila_da_vida
Andre luiz -_apostila_da_vidaAndre luiz -_apostila_da_vida
Andre luiz -_apostila_da_vida
 

Mais de Fatoze

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Fatoze
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Fatoze
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Fatoze
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Fatoze
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Fatoze
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14Fatoze
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13Fatoze
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11Fatoze
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Fatoze
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Fatoze
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Fatoze
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Fatoze
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaosFatoze
 

Mais de Fatoze (20)

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaos
 

Último

Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 

Último (15)

Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 

10 o investigador inconsciente

  • 1. 10 - O INVESTIGADOR INCONSCIENTE O velho operário, em companhia da filha, identificou a placa brilhante no saguão do enorme edifício e galgou a escada, de olhos serenos e confiantes. Depois de bater respeitosamente à porta, atendido por distinto cavalheiro, apresentou a jovem enferma e explicou : – Doutor, minha filha há muito vem apresentando sintomas perturbadores. Frequentemente apresenta-se tomada por forças estranhas, absolutamente incompreensíveis. Parece alucinada e, no entanto, patenteia o dom da adivinhação, com elementos irrefutáveis. Uma carta, um cofre fechado, não lhe oferecem segredos. Já procuramos ouvir alguns médicos, que, afinal de contas, apenas me agravaram as preocupações. Soube, porém, que o senhor é espiritista, e como já temos recorrido aos préstimos de alguns vizinhos, estou certo de que a sua ciência nos dará a solução necessária. O Dr. Matoso Dupont fixou o olhar percuciente na doentinha e apressou-se a esclarecer: – Não sou propriamente espiritista, mas um observador dos fenômenos comuns ; sou metapsiquista... O consulente, naturalmente acanhado, guardou silêncio, enquanto o médico atacava a enferma numa saraivada de perguntas. E revelava, no olhar, a alegria do pescador quando fisga o peixe inocente, ou do experimentador que encontra uma cobaia preciosa. O pai acompanhava a cena com interesse. O Dr. Dupont esfregava as mãos, visivelmente surpreendido. Após cerrado interrogatório, procedeu a experiências com resultados positivos. Objetos, cartas, livros, foram trazidos à prova. O médico não dissimulava o enorme assombro. Homem do trabalho e de horas contadas, o velho operário resolveu intervir e perguntou, respeitoso : – Doutor, que me diz o senhor? Que conselhos nos dá para o caso? O profissional coçou o queixo e falou solene : – Sem dúvida, estamos diante de um caso espantoso de criptestesia pragmática. O cliente esboçou um gesto de timidez, como que a desculpar-se da própria ignorância, e aventurou : – Não poderá o senhor fornecer-me esclarecimentos mais simples? Leio muito pouco, o trabalho não me dá folgas... – Trata-se de manifestação metapsíquica. O pobre homem, diante da complicada terminologia cientifica, mostrou-se algo desanimado e pediu licença para sair, a fim de trazer um amigo ao consultório. O Valdemar, rapaz inteligente, versado no Espiritismo e empregado na farmácia próxima, ajudá-lo-ia a interpretar os pareceres médicos. Fora tão difícil conseguir ensejo para a consulta ao Dr. Matoso ; tão elevado o preço da mesma, que o amoroso pai não hesitou. Não deveria perder a oportunidade. Precisava recolher as opiniões da Ciência. O ensejo era único. Daí a minutos, regressava ao gabinete, com o amigo prestativo e diligente. O doutor compreendeu as preocupações paternais e passou a esclarecer o assunto com todas as cores científicas da respectiva técnica. Referiu-se aos investigadores do Psiquismo mundialmente consagrados ; às experiências européias ;falou do ectoplasma, do
  • 2. magnetismo, do subconsciente desconhecido, dos distúrbios orgânicos, rodando pela neurologia, pela fisiologia, pela psicologia experimental. Enquanto a jovem conservava uma expressão de idiotismo e o genitor esboçava gestos de justificável assombro, Valdemar aguardou a pausa do falastrão e ponderou com inteligência : – Doutor, estou convencido de que o senhor tem suas razões ; mas, não concordará que estes fenômenos são velhos quanto o mundo? Não admite que o caso da pequena se resuma em simples manifestações de mediunidade? – Ah! naturalmente deseja aludir às novas descobertas – ao sexto sentido –, tornou o esculápio como quem necessita fazer uma retificação indispensável. – Sim, pode ser, referindo-nos à Ciência atual – esclareceu o rapaz serenamente –, todavia, há milhares de anos a India e o Egito conheciam os iniciados, os judeus reverenciavam os profetas. Há vinte séculos o mundo assistiu à iluminação do Pentecostes. Não concorda que todas estas manifestações sejam formas diversas da revelação espiritual, espalhando no mundo a luz de Deus? – Ora – retrucou o metapsiquista contrafeito –, que motivo nos levaria a meter a Religião em problemas desta natureza? E a palestra animou-se vivamente. Valdemar prosseguia tranqüilo, enquanto o Dr. Matoso atingia o auge da exaltação. O primeiro defendia a lógica da fé raciocinada ; o segundo acusava os espiritistas de beócios, doentes, histéricos, fanáticos. Ao terminar a discussão, o velho retirou-se desalentado, levando a menina enferma e resolvido a contentar-se com o processo lento da cura, mediante as instruções evangélicas da água efluviada e dos passes ao alcance da família, no grupo dos vizinhos. Tal ocorrência constituía, porém, pequenina amostra do investigador renitente. O Dr. Matoso não saía nunca dos seus domínios de experimentador. Visitava núcleos doutrinários, atormentava os médiuns; fazia questão de exibir o cartaz de inimigo declarado de todas as expressões religiosas. Afirmando-se discípulo de Richet, adotava a dúvida com atitude preceitual. Em qualquer observação, preocupava-o a possibilidade da fraude e, fosse onde fosse, preferia comentar a exploração grosseira, o charlatanismo, a má-fé. A sociedade o conceituava entre as grandes inteligências do meio e ninguém lhe negava títulos de competência. Entretanto, à força de contacto com os detalhes anatômicos, ele enrijara as fibras emotivas. Mero cavador de fenômenos, tratava as mais belas sugestões da Espiritualidade à maneira de fatos banais, sem maior significação. Não suportava as reuniões onde se fizessem rogativas a Deus, e aos companheiros de índole religiosa preferia os amigos levianos, prontos ao comentário científico, entre um sorriso de mulher sem escrúpulos e um trago de vinho capitoso. Nada obstante, em todos os acontecimentos os homens dispõem o jogo da vida, mas Deus é que distribui as cartas. Ninguém vive sem contas, indefinidamente. Chegou, afinal, o dia em que o Dr. Matoso foi compelido a recolher a bagagem material ao cofre vasto da Terra, entrando em nova modalidade de existência. Achava-se, porém, atônito, estarrecido. Em vez de experimentar, sentia-se agora objeto de observação, por parte de gigantes ocultos e intangíveis. Ele que tanto falara de ectoplasma e subconsciente, via formas indescritíveis, completamente estranhas às suas tabelas de classificação. Aqueles fantasmas que despertavam tamanho sensacionalismo, nas sessões de materialização, passavam-lhe ao lado, sorridentes e tranquilos, sem lhe dispensarem a mínima atenção. Estaria louco? Que forças misteriosas o haveriam arrebatado àquela
  • 3. região sombria e desconhecida? Perseguira materiais de observação durante a existência inteira, dilacerara instrumentos da verdade, procurara fraudes e proclamara desafios e, agora, ali, sem qualquer intermediário, verificava ele próprio a multiformidade de revelações da vida. Tentava manter a atitude do experimentador que dispensa a cooperação religiosa, mas os reinos psíquicos multiplicavamse, os materiais novos excediam a qualquer possibilidade de exame. Sozinho, sem o estímulo de companheiros com quem pudesse trocar impressões, o antigo investigador experimentou enorme cansaço. Ele que sempre fora avesso a orações andava desejoso de recolher-se ao mundo íntimo, a fim de solicitar a contribuição do Mais Alto. No fundo, admitia que semelhante atitude representava capitulação; entretanto, a seu ver, não rogaria à maneira de outros crentes. Formularia simplesmente um pedido de auxilio; mas... a quem? Na secura das experimentações do mundo, jamais cultivara afeições quaisquer. Agravandose-lhe, porém, as necessidades no meio de situações que não conseguia definir nem compreender, sentiu-se fraco e implorou a Deus lhe concedesse luz para os enigmas que o cercavam. Não demorou muito e um orientador generoso fez-se visível, atendendo a súplica : – Amorável benfeitor – solicitou humilhado por quem sois, não me negueis mão amiga no labirinto em que me encontro. – Escuta, Matoso – respondeu o interlocutor com intimidade –, que fizeste de tanto material precioso concedido à tua alma no mundo? – A Ciência transformou-me num investigador inconsciente – explicou, evidenciando grande embaraço. – Não desejo saber que títulos gratuitos te proporcionou a Ciência convencionalista e sim o que fizeste da cultura enorme, e como usaste os patrimônios vultosos que te foram conferidos na Terra. O interpelado impressionou-se com a profunda observação e, ganhando alguma coragem, relacionou as antigas inquietações, aludindo aos grandes cientistas do século e às rigorosas preocupações que adotara pessoalmente nas pesquisas efetuadas. Ao termo da longa exposição, o orientador espiritual falou, bondosamente: – Falas de Crookes, de Flournoy, de De Rochas, de Lombroso, de Richet, mas esqueces que precisas de construção própria. Tanto vacilaste no Planeta, que terminaste a última experiência duvidando de ti mesmo. Quando procuravas ansiosamente a fraude nos outros, não vias que fraudavas a própria alma. Desafiaste médiuns e trabalhadores; entretanto, não atendeste aos desafios que a luta nobre te facultou em cada dia terreno. – Não, não é bem isto – contestou Dupont, buscando justificar-se –, o que nunca pude tolerar foi a manifestação religiosa. – Por quê? Detestavas a Religião, malsinavas a prece, zombavas da fé; contudo, em que lugar do Universo a vida não é ato religioso? Considerando-se o laço imperecível que une o Criador às criaturas e às coisas do caminho evolutivo, tudo é permuta e atividade divina. O sapo coaxando no pântano, a estrela enfeitando o céu no deserto, o diamante oculto nas pedras abandonadas não estão à procura de admiração humana, mas de identificação com a
  • 4. Divindade. Anotaste, pesaste, classificaste como simples escravo da estatística, mas a cultura espiritual não se constituí apenas de terminologia técnica. A cor é aspecto, nunca o objeto em si mesmo. É incontestável que sabedoria e amor representam as asas sem as quais é impossível ascender aos cumes da perfeição eterna ; mas, sabedoria não significa cristalização no círculo individual, antes é penetração no país infinito da verdade divina, cuja luz palpita no maravilhoso plano de unidade, através de todos os seres. Não te detenhas no exterior. Busca o teu mundo de belezas ignoradas e observa a ti mesmo. Meu amigo, meu amigo, Deus é Amor, Vida, Suprema Luz!... Nesse momento, o benfeitor desapareceu numa torrente de claridades infindas. Sem explicar o que se passara, Dupont achou-se de joelhos, face lavada em lágrimas abundantes. O cérebro febril banhava-se em energias desconhecidas. Pela primeira vez, sentia a grandeza divina e parecia constituir, ele próprio, harmoniosa nota de amor no cântico universal. Por quanto tempo demorou em adoração indefinível? Não poderia responder. Quando, porém, examinou a necessidade de integração no trabalho redentor, uma voz carinhosa e familiar lhe timbrou brandamente aos ouvidos : – Vamos, meu filho! o Pai jamais regateia a oportunidade de retificação e serviço. Voltemos para o mundo. Tu que observaste tanto os semelhantes, sem finalidade justa, regressarás agora a fim de seres observado.