3. Hippolyte Léon Denizard Rivail
03 de outubro de 1804
Cidade: Lião (Lyon) – França
Pais:
Jean-Baptiste Antoine Rivail
Jeanne Louise Duhamel
Antiga família lionesa, de nobres e
dignas tradições.
6. Os Primeiros estudos em Lião são
ministrados pela própria família
(honradez, retidão e moral).
1814
Aos 10 anos é enviado a Yverdon - Suíça
Instituto Pestalozzi de Yverdon
Fundado em 1805 pelo professor-
filantropo João Henrique Pestalozzi
9. Método
Pestalozzi de
Ensino
O aluno é conduzido a
descobrir,por si
mesmo, tanto o
quanto possível com
seu esforço pessoal
as coisas que estão
ao alcance de sua
inteligência.
Em vez de elas serem
ministradas
dogmaticamente pelo
método catequético.
Repudiava a
12. Concluído seus estudos, aos 18
anos retorna à França onde, em
Paris, dedica-se ao exercício do
magistério e nas horas vagas a
tradução para francês de obras
inglesas e alemãs.
Em dezembro de 1823, aos 19 anos
lançou sua primeira obra, o Curso
prático e teórico de Aritmética,
segundo o método de Pestalozzi,
para uso dos professores e mães
de família.
14. Utiliza-se do Ensino
Intuitivo proposto por
Pestalozzi.
Militante pela
Democracia da
Educação, ou seja, o
acesso da massa à
educação.
Seus alunos eram
carinhosamente
chamados de “meus
amigos”
15. Principais
Obras do
Professor
Rivail• 1823 – Curso Teórico e Prático
de Aritimética;
• 1831 – Gramática Francesa
Clássica;
• 1846 – Manual dos exames
para os títulos de capacidade;
• 1846 – Soluções racionais das
questões e problemas da
Aritmética e da Geometria;
• 1848 – Catecismo gramatical
da língua francesa;
• 1849 – Ditados normais dos
exames da Municipalidade e da
Sorbona;
• 1849 – Ditados especiais sobre
as dificuldades ortográficas.
16. Em 9 de
fevereiro de
1832, o
professor
Hippolyte-
Léon-Denizard
Rivail casa-se
com Amélie-
Gabrielle
Boudet
professora,
poetisa e
artista plástica
francesa.
19. 1854 – Aos 50 anos de idade, ouve falar
pela primeira vez das “mesas girantes”
pelo magnetizador Senhor Fortier, a
quem ele já conhecia à algum tempo.
Rivail conclui que poderia se tratar do
“fluido magnético animal” ou
“biomagnetismo” que é uma espécie de
eletricidade emitida pelos seres vivos
e poderia perfeitamente atuar sobre
corpos inertes e fazer com que se
movessem.
20. Algum tempo depois, o Senhor Fortier lhe
conta que as mesas após
magnetizadas além de se moverem,
respondiam quando indagadas.
“Ainda nada vira, nem observara; as
experiências, realizadas em presença
de pessoas honradas e dignas de fé,
confirmavam a minha opinião, quanto à
possibilidade de efeito puramente
material; a idéia, porém, de uma mesa
falante ainda não me entrara na
mente.”
Allan Kardec – Obras Póstumas pás. 266
21. Maio de 1855 - Rivail
presencia pela primeira
vez os fenômenos
mediúnicos.
22. Logo nos primeiros contatos do professor
Rivail com o fenômeno das mesas girantes,
este percebeu haver ali algo muito mais sério
do que simples entretenimento.
Com sua presença, modificou-se o ambiente,
sendo Zéfiro o primeiro espírito a identificar-
se, em simultâneo, espíritos de maior
elevação se fizeram presentes, expressando-
se, a partir daí, os pródromos do Consolador.
23. Primeiros Resultados:
- Os espíritos nada mais sendo do que as almas dos homens, não
possuíam nem a plena sabedoria nem a ciência integral;
- O saber que dispunham se circunscrevia ao grau, que aviam
alcançado, de adiantamento;
- A opinião deles só tinha o valor de uma opinião pessoal.
Isso impediu que Rivail de formular teorias prematuras tendo por base o
que fora dito por alguns Espíritos.
Porém duas conclusões foram essenciais:
- A comunicação com os Espíritos, dissessem eles o que dissessem, provava
a existência do mundo invisível ambiente;
- Aquela comunicação permitiria que se conhecesse o estado daquele mundo
e seus costumes.
“Conduzi-me, pois, com os Espíritos, como houvera feito com
os homens. Para mim eles foram, do menor ao maior, meios
de me informar e não reveladores predestinados”
Allan Kardec – Obras Póstumas p. 269
25. Um pouco mais adiante, Rivail teria o seu primeiro diálogo com
aquele que inicialmente ele denominou de Espírito Familiar, conforme
registra seus manuscritos:
"..Meu Espírito Familiar, quem quer que tu sejas, agradeço-te o me
teres vindos visitar. Consentirás em dizer-me quem és?".
“Para ti, chamar-me-ei A Verdade e todos os meses, aqui, durante
um quarto de hora, estarei à tua disposição".
O momento é grandioso, embora o professor Rivail, como é natural,
não o percebesse de imediato. A revelação se achava em curso e
nada mais poderia detê-la.
O Espírito de Verdade abria o painel do infinito e inaugurava a era da
razão.
A Verdade...
26. Em 12 de junho de 1856, o professor
Rivail se dirige ao Espírito Verdade
com a intenção de obter mais
informações acerca da missão que
alguns Espíritos já lhe aviam apontado:
missionário-chefe da nova doutrina.
O Espírito Verdade confirma a missão à
Rivail, diz que ele poderia triunfar ou
falir e que neste último caso, outro o
substituiria.
27. Fora então cientificado, naquele momento, de que não
bastaria "publicar um livro, dois livros, dez livros, para
em seguida ficares tranquilo em casa". Havia mais,
muito mais: "Tens que expor a tua pessoa", "(...) é rude
a tua (missão), porquanto se trata de abalar e
transformar o mundo inteiro".
E em sequência foram sendo enfileiradas as lutas que
adviriam: ódios terríveis, inimigos encarniçados,
malevolência, calúnia, traições - até dos mais chegados
- fadiga, sacrifícios e por fim: "terás de sustentar uma
luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da
tua tranquilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois,
sem isso, viverias muito mais tempo".
A Escolha...
29. “Mas, também, a par dessas vicissitudes, que de
satisfações experimentei, vendo a obra crescer de maneira
tão prodigiosa! Com que compensações deliciosas foram
pagas as minhas tribulações! Que de bênçãos e de provas
de real simpatia recebi da parte de muitos aflitos a quem a
Doutrina consolou!
Este resultado não me anunciou o Espírito da Verdade que,
sem dúvida intencionalmente, apenas me mostrara as
dificuldades do caminho. Qual não seria, pois, a minha
ingratidão, se me queixasse! Se dissesse que há uma
compensação entre o bem e o mal, não estaria com a
verdade, porquanto o bem, refiro-me às satisfações morais,
sobrelevam de muito o mal.”
Allan Kardec – Obras Póstumas p.283-285
A Recompensa...
31. Quando da publicação de O Livro
dos Espíritos o autor se viu diante
de um sério problema: como assinar
o trabalho?
Hippolyte Léon Denizard Rivail
era um nome muito conhecido do
mundo científico...
Um pseudônimo poderia prejudicar
o êxito do empreendimento...
Resolveu, então, assinar como
Allan Kardec, nome que, segundo
lhe revelara o guia, [Zéfiro], ele
tivera ao tempo dos druidas.
42. “Kardec não foi um simples compilador, tendo sua tarefa ido
muito além da coleta e seleção do material, isto é, das
mensagens recebidas do mundo espiritual”.
“A ele é que coube a ingente tarefa de organizar e ordernar
as perguntas (e que perguntas!) sobre os assuntos mais
simples aos mais complexos, abrangendo vários ramos do
conhecimento humano”.
“A distribuição didática das matérias encerradas no texto, a
redação dos comentários às respostas do Espíritos, a
precisão com que intitula capítulos e subcapítulos, as
elucidações complementares de sua autoria... Tudo isto
atesta a grande cultura de Kardec , o carinho e a diligência
no que ele se ouve no afanoso trabalho que se
comprometera a publicar”.
WANTUIL, Zéus e THIESEN, Francisco, 1999, Item 7, p.84-85
43. “Kardec extraiu do amontoado caótico de mensagens
mediúnicas os princípios fundamentais com que elaborou
uma nova doutrina filosófica, de caráter científico e de
conseqüências morais ou religiosas”.
WANTUIL, Zéus e THIESEN, Francisco, 1999, Item 7, p.84-85
45. 03 de outubro de 1804
“Morreu como viveu: trabalhando. Sofria desde longos anos
de uma enfermidade do coração, que só podia ser
combatida por meio do repouso intelectual e pequena
atividade material”.
“Consagrado, porém, todo inteiro à sua obra, recusava-se a
tudo o que pudesse absorver um só que fosse de seus
instantes, à custa de suas ocupações prediletas".
“Deu-se com ele o que se dá com todas
as almas de forte têmpera: a lâmina gastou a
bainha”.
Allan Kardec – Obras Póstumas p.17
46. Amélie Gabrielle Boudet
Após o falecimento de seu esposo, em 1869, assumiu todos
os encargos necessários à gestão do Espiritismo, na França e
no mundo.
Faleceu dia 21 de janeiro de 1883, 14
anos após Kardec, em sua residência, em
Paris, sendo sepultada ao lado do esposo,
na mesma cidade.