SlideShare uma empresa Scribd logo
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 1
3 Faltas Desbalanceadas
3.1 Introdução
Neste capítulo são estudados os curtos-circuitos do tipo monofásico, bifásico e bifase-terra.
Durante o estudo será utilizado o método das componentes simétricas. Assim, o problema poderá
ser resolvido por fase.
3.2 Fundamentos das componentes simétricas
As componentes simétricas permitem representar valores desbalanceados de tensão e
corrente em três componentes simétricas balanceadas. Considere a representação fasorial da
corrente mostrada na Figura 3.1.
Figura 3.1 – Representação das componentes simétricas.
Os fasores giram no sentido horário. Assim, esses podem ser escritos como,
Eq. 3.1
sendo o operador de rotação a = 1∟120º
Eq. 3.2
fica claro que
Eq. 3.3
A ordem dos fasores é abc, sequencia de fase positiva. Quando a rodem for acb, tem-se a
sequencia de fase negativa (Figura 3.1(b)).
Os fasores de sequencia negativa podem ser representados por,
Eq. 3.4
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 2
Dependendo do tipo de falta, um terceiro conjunto de fasores balanceados deve ser
considerado. Esse é chamado de sequencia zero, e as três fases estão em fase. Os fasores de
sequencia zero podem ser representados por,
Eq. 3.5
O método das componentes simétricas foi introduzido por Dr. C. L. Fortescue em 1918.
Baseando-se na sua teoria, fasores trifásicos desbalanceados de sistemas trifásicos podem ser
resolvidos por meio de três sistemas de fasores balanceados, denominados sequencia +, - e 0.
Considere as correntes trifásicas desbalanceadas Ia, Ib e Ic mostradas na Figura 3.2. As
componentes simétricas para tais correntes são encontradas a seguir.
Eq. 3.6
De acordo com a definição de componentes simétricas, a eq. 3.6 pode ser rescrita como,
Eq. 3.7
ou
Eq. 3.8
Figura 3.2 – Decomposição de um sistema desbalanceado em componentes simétricas.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 3
Na forma matricial, a eq. 3.8 fica,
Eq. 3.9
Onde A é conhecida como Matriz de Transformação
Eq. 3.10
Resolvendo a eq. 3.9 para encontrar as componentes simétricas,
Eq. 3.11
A inversa de A é,
Eq. 3.12
Por meio das eq. 3.10 e 3.12, conclui-se que,
Eq. 3.13
Substituindo a eq. 3.13 em 3.11,
Eq. 3.14
ou, na forma de componentes simétricas
Eq. 3.15
A eq.3.15 permite concluir que a componente de sequencia zero da corrente é igual a um
terço da soma das correntes de cada fase. Portanto, a sequencia zero não existe quando a soma das
três correntes de fase for zero (por ex. sistema trifásico ligado em Y não aterrado). Se o neutro do
sistema for aterrado, a corrente de sequencia zero flui entre o neutro e o terra. Expressões similares
existem para a tensão. Logo, tensões desbalanceados em termos de componentes simétricas são,
Eq. 3.16
na forma matricial,
Eq. 3.17
As componentes simétricas em termos das tensões desbalanceadas são,
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 4
Eq. 3.18
Na forma matricial
Eq. 3.19
A potencia aparente complexa em termos das componentes simétricas é,
Eq. 3.20
Substituindo a eq. 3.9 e 3.17 em 3.20, tem-se
Eq. 3.21
Como AT = A, da eq. 3.13, ATA* = 3, e a potencia complexa fica
Eq. 3.22
A eq. 3.22 mostra que a potencia complexa total desbalanceada pode ser obtida a partir da
soma das potências complexas.
Nas deduções acima, I0
, I1
e I2
são referentes a fase a.
Exemplo 3.1
Obtenha as componentes simétricas para as correntes Ia = 1,6∟25º, Ib = 1,0∟180º, Ic =
0,9∟132º. As componentes simétricas e os fasores são mostrados na Figura 3.2
Assim, ver CHP10EX1.M
Exemplo 3.2
As componentes simétricas da tensão são Va
0
= 0,6∟90º, Va
1
= 1,0∟30º, Va
2
= 0,8∟-30º.
Determine os fasores desbalanceados. As componentes simétricas e os fasores são mostrados na
Figura 3.3.
Assim, ver CHP10EX2.M
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 5
Figura 3.3 – Transformação de componentes simétricas em componentes de fasores.
3.3 Impedâncias de sequência
É a impedância de um equipamento que é percorrida por diferentes sequências. A
impedância que se estabelece para a corrente de sequência positiva é a Z1. Para a sequência
negativa é a Z2 e para a sequência 0 é a Z0.
3.3.1 Impedância de sequência para carga em Y
Uma carga trifásica balanceada com impedância própria e mútua é mostrada na Figura 3.4.
Figura 3.4 – Carga balanceada em Y.
As tensões fase-terra são,
Eq. 3.23
Da lei de Kirchhoff tem-se,
Eq. 3.24
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 6
Substituindo a eq. 3.24 em 3.23 e reescrevendo a eq.3.23 na forma matricial, tem-se
Eq. 3.25
ou, na forma compacta
Eq. 3.26
onde
Eq. 3.27
Escrevendo Vabc e Iabc em termos de suas componentes simétricas, tem-se
Eq. 3.28
Multiplicando a eq. 10.28 por A-1, tem-se
Eq. 3.29
onde
Eq. 3.30
Substituindo Zabc (eq.3.27), A-1(eq. 3.10), A (eq. 3.12) tem-se
Eq. 3.31
Realizando a multiplicação, tem-se
Eq. 3.32
Se não houver acoplamento mútuo, Zm = 0, e a matriz de impedância fica
Eq. 3.33
A matriz de impedância tem elementos não zeros somente na diagonal principal. Portanto,
para cargas balanceadas, as três sequências são independentes. Isto é, as correntes relativas a cada
sequencia produzirão quedas de tensão somente na mesma sequência de fase. Esta é uma
propriedade importante, já que permite analisar cada rede de sequencia para uma única fase.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 7
3.3.2 Impedância de sequência de linhas de transmissão
Para dispositivos estáticos, tais como as LTs, as impedânicas Z1=Z2, pois as correntes e
tensões se deparam com a mesma geometria da LT. Os condutor de aterramento está no caminho da
sequência zero. Logo, Z0, que inclui o efeito do caminho de retorno pela terra, geralmete é diferente
de Z1 e Z2. Para ter idéia da ordem da Z0, considere a seguinte configuração. Considere uma LT
de 1m de comprimento com condutores equilateralmente espaçados, de acordo com a Figura 3.5.
Figura 3.5 – Corrente de sequência zero com retorno pela terra.
Pelos condutores fluem correntes de sequência zero (monofásica) que retornam pelo neutro
aterrado. A superfície da terra é aproximada a um condutor fictício equivalente localizado na
distância média Dn em relação a cada uma das fases. Como o condutor n transporta a corrente de
retorno em direção oposta, tem-se
Eq. 3.34
Como Ia0 = Ib0 = Ic0, tem-se
Eq. 3.35
O fluxo concatenado da fase a é
Eq. 3.36
Substituindo Ib0, Ic0 e In em termos de Ia0, tem-se
Eq. 3.37
Como L0 = λa0/Ia0, a indutância por fase em mH/km é
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 8
Eq. 3.38
O primeiro termo é a indutância de seq. positiva. Logo, a reatância de seq. zero é
Eq. 3.39
onde
Eq. 3.40
A Z0 de uma LT é maior que 3x Z1.
3.3.3 Impedância de sequência de máquinas síncronas
X1 pode ser igual a X"d, X'd ou Xd, dependendo do caso estudado.
X2 é aproximadamente igual a X"d.
Eq. 3.41
X0 é aproximadamente igual a X de dispersão.
Eq. 3.42
3.3.4 Impedância de sequência de transformadores
As perdas no núcleo e a corrente de magnetização são da ordem de 1% do valor nominal.
Logo, o ramo de magnetização é desprezado. O transformador é modelado por meio do equivalente
série da impedância de dispersão. Como o transformador é um dispositivo estático, a impedância de
dispersão não muda se a sequência de fase mudar. Logo,
Eq. 3.43
Nos transformadores Y-∆ ou ∆-Y, a o lado de AT está adiantando em relação ao de BT em
30º, para a sequência positiva. Na sequência negativa o deslocamento angular é de -30º. A mostra
algumas configurações de transformadores e o circuito de sequência zero.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 9
Figura 3.6 – Circuito equivalente de sequência zero do transformador.
Exemplo 3.3
Uma tensão de fase de 100 V é aplicada a uma carga trifásica balanceada conectada em Y,
conforme mostra a Figura 3.7.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 10
Figura 3.7 – Circuito elétrico do exemplo 3.
Determine:
a) as correntes de linha usando análise de malhas, sem fazer uso das componentes simétricas
b) As correntes de linha por meio das componentes simétricas.
Aplicando a LTC, tem-se:
Pela LCK, tem-se:
As duas equações na forma matricial fica,
ou, na forma compacta,
resolvendo o sistema de equações, tem-se as correntes de linha
b) Pelo método das componentes simétricas
onde
da eq. 3.32,
Assim, ver CHP10EX3.M
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 11
Exemplo 3.4
Uma fonte trifásica desbalanceada tem os seguintes valores de tensão de fase
Alimente a seguinte carga
Sendo Zs = 8 + j24 e Zm = j4, e sabendo que o neutro da fonte e carga são solidamente
aterrados, determine:
a) A matriz de impedância de sequencia Z012
b) As componentes de sequencia da tensão
c) As componentes de sequencia da corrente
d) As correntes de fase da carga
e) A potência complexa fornecida para a carga em termos de componentes simétricas
f) A potência complexa fornecida para a carga.
Ver CHP10EX4.M
3.4 Componentes de sequência de geradores
A Figura 3.8 representa um gerador síncrono trifásico aterrado por meio de Zn. O gerador
está alimentando uma carga trifásica balanceada.
Figura 3.8 – Fonte trifásica balanceada.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 12
As tensões internas da máquina síncrona são,
Eq. 3.44
Aplicando a LTK em cada fase, tem-se:
Eq. 3.45
Substituindo In = Ia + Ib +Ic , e escrevendo a eq. 3.45 na forma matricial, tem-se:
Eq. 3.46
ou, na forma compacta
Eq. 3.47
Transformando para as componentes simétricas
Eq. 3.48
Multiplicando 4.48 por A-1
, tem-se
Eq. 3.49
onde
Eq. 3.50
Realizando as multiplicações, tem-se
Eq. 3.51
Como a emf gerada é balanceada, só existe tensão de sequência positiva
Eq. 3.52
Substituindo Ea
012
e Z012
em 3.49, tem-se
Eq. 3.53
reescrevendo a equação na forma de componente
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 13
Eq. 3.54
Estas três equações podem ser representadas pelos três diagramas de sequência mostrados na Figura
3.9.
Figura 3.9 – Diagramas de sequência: (a) positiva; (b) negativa; (c) zero.
Observações:
• as três sequencias são independentes.
• o diagrama de sequencia positiva é igual ao diagrama unifilar utilizado em estudos
balanceados.
• somente a sequência positiva tem fonte de tensão. Portanto, a corrente de seq. positiva
causa queda de tensão de sequência positiva.
• correntes de seq. negativa e zero causam quedas de tensão de seq. negativa e zero, somente.
• o neutro do sistema é referência para a seq. positiva e negativa, enquanto que o terra é
referência para a seq. zero.
• a impedância de aterramento é refletida na seq. zero em 3Zn.
• sistemas trifásicos podem ser resolvidos separadamente para uma única fase.
3.5 Curto-circuito fase-terra
A Figura 3.8 mostra um gerador síncrono trifásico aterrado por meio de Zn.
Figura 3.10 – Falta monofásica na fase a.
Suponha que a falta ocorre na fase por meio de uma Zf e o gerador está a vazio. As
condições de contorno no ponto de falta são:
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 14
Eq. 3.55
Eq. 3.56
Substituindo Ib = Ic = 0, as componentes simétricas das correntes (eq. 3.14) são
Eq. 3.57
Da eq. acima tem-se
Eq. 3.58
A tensão na fase a em termos das componentes simétricas é
Eq. 3.59
Substituindo a eq.3.54 na eq. 3.59, tem-se:
Eq. 3.60
onde Z0 = Zs + 3Zn. Substituindo por Va da eq. 3.55, e sabendo que Ia = 3Ia0
, tem-se
Eq. 3.61
ou
Eq. 3.62
A corrente de falta é
Eq. 3.63
Substituindo Ia na eq. 3.54, as componentes simétricas da tensão de fase no ponto de falta
são obtidas.
As eq. 3.58 e 3.62 podem ser representadas por meio da conexão do diagrama de sequência
em série, conforme a Figura 3.11.
Nas faltas monofásicas, as impedâncias equivalentes de Thévenin no ponto de falta são
obtidos para cada sequência.
Se o gerador for solidamente aterrado, Zn = 0 e se a falta for do tipo franca, Zf = 0.
Figura 3.11 – Falta monofásica na fase.
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 15
3.6 Curto-circuito bifásico
A Figura 3.12 mostra um gerador síncrono trifásico com as fases a e b em curto-circuito,
sendo a impedância de falta Zf. Considerando que o gerador está em vazio, as condições de
contorno no ponto de falta são:
Eq. 3.64
Eq. 3.65
Eq. 3.66
Figura 3.12 – Falta bifásica entre as fases b e c.
Substituindo Ia = 0, e Ib = - Ic na eq. 3.14, as componentes simétricas das correntes são
Eq. 3.67
Da eq. acima encontra-se
Eq. 3.68
Eq. 3.69
Eq. 3.70
Da eq. 3.69 e 3.60, tem-se
Eq. 3.71
Da Eq. 3.16, tem-se
Eq. 3.72
Substituindo por Va1 e Va2 da eq. 3.54 e sabendo que Ia2 = - Ia1, tem-se
Eq. 3.73
Substituindo Ib da eq. 3.69, tem-se
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 16
Eq. 3.74
Como (a - a2
)(a2
- a) = 3, e resolvendo para Ia1 tem-se
Eq. 3.75
As correntes de fase são
Eq. 3.76
A corrente de falta é
Eq. 3.77
ou
Eq. 3.78
Substituindo Ia na eq. 3.54, as componentes simétricas da tensão de fase no ponto de falta
são obtidas.
As eq. 3.71 e 3.75 podem ser representadas por meio da conexão do diagrama de sequência
em paralelo, conforme a Figura 3.11.
Se a falta for do tipo franca, Zf = 0.
Figura 3.13 – Conexão dos diagramas de sequência para falta bifásica.
3.7 Curto-circuito bifásico-terra
A Figura 3.14 mostra um gerador síncrono trifásico com as fases a e b em curto-circuito,
sendo a impedância de falta a terra Zf. Considerando que o gerador está em vazio, as condições de
contorno no ponto de falta são:
Eq. 3.79
Eq. 3.80
Da eq. 3.16, as tensões de fase Vb e Vc são
Eq. 3.81
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 17
Figura 3.14 – Falta bifase-terra entre as fases a e b.
Eq. 3.82
Como, no ponto de falta Vb = Vc, tem-se
Eq. 3.83
Em termos das componentes simétricas, a eq. 3.79 fica
Eq. 3.84
Substituindo 3.84 e 3.83 em 3.81, tem-se
Eq. 3.85
Substituindo as componentes simétricas da tensão (eq. 3.54) em 3.85 e resolvendo para Ia0,
tem-se
Eq. 3.86
Do mesmo modo, considerando a eq. 3.83, tem-se
Eq. 3.87
substituindo Ia0 e Ia2 em 3.80 e resolvendo para Ia1, tem-se
_________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 18
Eq. 3.88
As eq. 3.86 e 3.88 podem ser representadas pela conexão da seq. positiva em série com a
combinação em paralelo da seq. negativa e zero, conforme mostra a Figura 3.15. O valor de Ia1
encontrado na eq. 3.88 pode ser substituído nas eq. 3.86 e 3.87 de modo a encontrar o valor de Ia0 e
Ia2. As correntes nas fases pode ser encontradas por meio da eq. 3.8.
Finalmente, a corrente de falta é
Eq. 3.89
Figura 3.15 – Conexão dos diagramas de sequência para falta bifase-terra.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Curso ensaios eletricos
Curso ensaios eletricosCurso ensaios eletricos
Curso ensaios eletricos
fabiofds
 
Ce aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina ccCe aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina cc
Igor Fortal
 
Tabela condutores-cobre-awg-x-mm
Tabela condutores-cobre-awg-x-mmTabela condutores-cobre-awg-x-mm
Tabela condutores-cobre-awg-x-mm
Evandro Guilherme Miguel
 
Aterramento
AterramentoAterramento
Aterramento
Santos de Castro
 
Teste transformador
Teste transformadorTeste transformador
Teste transformador
Mikoian Rios Rios
 
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosPorque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Alex Davoglio
 
Tabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motorTabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motor
Planalto Engenharia e Automação
 
3 curto simetrico_pt1
3 curto simetrico_pt13 curto simetrico_pt1
3 curto simetrico_pt1
Lucas Dorneles
 
Differential protection
Differential protectionDifferential protection
Differential protection
Rishi Tandon
 
Relatório Eletronica
Relatório EletronicaRelatório Eletronica
Relatório Eletronica
Denis Peripato
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestação
Rafael Silveira
 
circuitos ca trifásico-21-1-2015
 circuitos ca trifásico-21-1-2015 circuitos ca trifásico-21-1-2015
circuitos ca trifásico-21-1-2015
Leonardo Mendonça
 
Anexo 4 lista verificao spda - final
Anexo 4   lista verificao spda - finalAnexo 4   lista verificao spda - final
Anexo 4 lista verificao spda - final
TAMEBRA CESS Ltda
 
Laudo técnico elétrico modelo
Laudo técnico elétrico   modeloLaudo técnico elétrico   modelo
Laudo técnico elétrico modelo
ederson nascimento
 
Manual De Aterramento TemporáRio
Manual De Aterramento TemporáRioManual De Aterramento TemporáRio
Manual De Aterramento TemporáRio
Santos de Castro
 
Apostila de eletronica geral
Apostila de eletronica geralApostila de eletronica geral
Apostila de eletronica geral
Lucilene Pitanga
 
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidadeSep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Ewerton Farias
 
Calculo de demanda residencial
Calculo de demanda residencialCalculo de demanda residencial
Calculo de demanda residencial
Valdineilao Lao
 
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
Rui Raposo
 
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensãoCálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Gustavo Brito Beltrame
 

Mais procurados (20)

Curso ensaios eletricos
Curso ensaios eletricosCurso ensaios eletricos
Curso ensaios eletricos
 
Ce aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina ccCe aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina cc
 
Tabela condutores-cobre-awg-x-mm
Tabela condutores-cobre-awg-x-mmTabela condutores-cobre-awg-x-mm
Tabela condutores-cobre-awg-x-mm
 
Aterramento
AterramentoAterramento
Aterramento
 
Teste transformador
Teste transformadorTeste transformador
Teste transformador
 
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosPorque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
 
Tabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motorTabela de corrente de motor
Tabela de corrente de motor
 
3 curto simetrico_pt1
3 curto simetrico_pt13 curto simetrico_pt1
3 curto simetrico_pt1
 
Differential protection
Differential protectionDifferential protection
Differential protection
 
Relatório Eletronica
Relatório EletronicaRelatório Eletronica
Relatório Eletronica
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestação
 
circuitos ca trifásico-21-1-2015
 circuitos ca trifásico-21-1-2015 circuitos ca trifásico-21-1-2015
circuitos ca trifásico-21-1-2015
 
Anexo 4 lista verificao spda - final
Anexo 4   lista verificao spda - finalAnexo 4   lista verificao spda - final
Anexo 4 lista verificao spda - final
 
Laudo técnico elétrico modelo
Laudo técnico elétrico   modeloLaudo técnico elétrico   modelo
Laudo técnico elétrico modelo
 
Manual De Aterramento TemporáRio
Manual De Aterramento TemporáRioManual De Aterramento TemporáRio
Manual De Aterramento TemporáRio
 
Apostila de eletronica geral
Apostila de eletronica geralApostila de eletronica geral
Apostila de eletronica geral
 
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidadeSep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
 
Calculo de demanda residencial
Calculo de demanda residencialCalculo de demanda residencial
Calculo de demanda residencial
 
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS REFERENTES A FET DIVISOR DE TENSÃO E AUTOPOLARIZAÇÃO A...
 
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensãoCálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
 

Semelhante a 03 faltas desbalanceadas

Exemplo3 3
Exemplo3 3Exemplo3 3
Exemplo3 3
William Brito
 
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
Equipe_FAETEC
 
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
MarcoGonalves69
 
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdfAnalise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
alvaroinovaz
 
Circuitos Resistivos
Circuitos ResistivosCircuitos Resistivos
Circuitos Resistivos
Mércia Regina da Silva
 
65531 1
65531 165531 1
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
O mundo da FÍSICA
 
Aula 4 circuitos magnéticos
Aula 4 circuitos magnéticosAula 4 circuitos magnéticos
Aula 4 circuitos magnéticos
Ruy Lazaro
 
Redes equivalentes e Teoremas sobre redes
Redes equivalentes e Teoremas sobre redesRedes equivalentes e Teoremas sobre redes
Redes equivalentes e Teoremas sobre redes
JOANESMARTINSGALVAO
 
51621752 computer-analysis-of-power-systems
51621752 computer-analysis-of-power-systems51621752 computer-analysis-of-power-systems
51621752 computer-analysis-of-power-systems
Túlio Silva
 
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbjPolarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
Josivalda Silva Soares
 
Eletronica basica-1
Eletronica basica-1Eletronica basica-1
Eletronica basica-1
elianeac
 
Física - 700 Questões de Vestibular - soluções
Física  - 700 Questões de Vestibular - soluçõesFísica  - 700 Questões de Vestibular - soluções
Física - 700 Questões de Vestibular - soluções
Everton Moraes
 
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Wirley Almeida
 
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
Paulo Souto
 
Lei de amper solucoes
Lei de amper solucoesLei de amper solucoes
Lei de amper solucoes
scaravelo1
 
Polímeros trabalho 2
Polímeros trabalho 2Polímeros trabalho 2
Polímeros trabalho 2
marcelazmarques
 
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
O mundo da FÍSICA
 
SISTEMAS DE POTENCIA II
SISTEMAS DE POTENCIA IISISTEMAS DE POTENCIA II
SISTEMAS DE POTENCIA II
Eder Martins
 
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
Oton silva
 

Semelhante a 03 faltas desbalanceadas (20)

Exemplo3 3
Exemplo3 3Exemplo3 3
Exemplo3 3
 
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
Trigonometria no Triângulo Retângulo (Telecomunicações)
 
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
3.a Aula_N5CV1_Transformadores Trifásicos.ppt
 
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdfAnalise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
Analise de circuitos trifásicos, diagrama.pdf
 
Circuitos Resistivos
Circuitos ResistivosCircuitos Resistivos
Circuitos Resistivos
 
65531 1
65531 165531 1
65531 1
 
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo II_3° Ano
 
Aula 4 circuitos magnéticos
Aula 4 circuitos magnéticosAula 4 circuitos magnéticos
Aula 4 circuitos magnéticos
 
Redes equivalentes e Teoremas sobre redes
Redes equivalentes e Teoremas sobre redesRedes equivalentes e Teoremas sobre redes
Redes equivalentes e Teoremas sobre redes
 
51621752 computer-analysis-of-power-systems
51621752 computer-analysis-of-power-systems51621752 computer-analysis-of-power-systems
51621752 computer-analysis-of-power-systems
 
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbjPolarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
 
Eletronica basica-1
Eletronica basica-1Eletronica basica-1
Eletronica basica-1
 
Física - 700 Questões de Vestibular - soluções
Física  - 700 Questões de Vestibular - soluçõesFísica  - 700 Questões de Vestibular - soluções
Física - 700 Questões de Vestibular - soluções
 
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
 
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
Corg 3ano-leisdeohmcorrenteepotncia-120229184023-phpapp02
 
Lei de amper solucoes
Lei de amper solucoesLei de amper solucoes
Lei de amper solucoes
 
Polímeros trabalho 2
Polímeros trabalho 2Polímeros trabalho 2
Polímeros trabalho 2
 
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
3° Eetapa_1° Avaliação_Tipo I_3° Ano
 
SISTEMAS DE POTENCIA II
SISTEMAS DE POTENCIA IISISTEMAS DE POTENCIA II
SISTEMAS DE POTENCIA II
 
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
 

Último

Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdfCertificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
joaovmp3
 
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptxHistória da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
TomasSousa7
 
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdfManual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
WELITONNOGUEIRA3
 
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdfTOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
Momento da Informática
 
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptxLogica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Momento da Informática
 
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdfDESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
Momento da Informática
 

Último (6)

Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdfCertificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
Certificado Jornada Python Da Hashtag.pdf
 
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptxHistória da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
 
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdfManual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
 
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdfTOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
 
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptxLogica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
 
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdfDESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE I_aula1-2.pdf
 

03 faltas desbalanceadas

  • 1. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 1 3 Faltas Desbalanceadas 3.1 Introdução Neste capítulo são estudados os curtos-circuitos do tipo monofásico, bifásico e bifase-terra. Durante o estudo será utilizado o método das componentes simétricas. Assim, o problema poderá ser resolvido por fase. 3.2 Fundamentos das componentes simétricas As componentes simétricas permitem representar valores desbalanceados de tensão e corrente em três componentes simétricas balanceadas. Considere a representação fasorial da corrente mostrada na Figura 3.1. Figura 3.1 – Representação das componentes simétricas. Os fasores giram no sentido horário. Assim, esses podem ser escritos como, Eq. 3.1 sendo o operador de rotação a = 1∟120º Eq. 3.2 fica claro que Eq. 3.3 A ordem dos fasores é abc, sequencia de fase positiva. Quando a rodem for acb, tem-se a sequencia de fase negativa (Figura 3.1(b)). Os fasores de sequencia negativa podem ser representados por, Eq. 3.4
  • 2. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 2 Dependendo do tipo de falta, um terceiro conjunto de fasores balanceados deve ser considerado. Esse é chamado de sequencia zero, e as três fases estão em fase. Os fasores de sequencia zero podem ser representados por, Eq. 3.5 O método das componentes simétricas foi introduzido por Dr. C. L. Fortescue em 1918. Baseando-se na sua teoria, fasores trifásicos desbalanceados de sistemas trifásicos podem ser resolvidos por meio de três sistemas de fasores balanceados, denominados sequencia +, - e 0. Considere as correntes trifásicas desbalanceadas Ia, Ib e Ic mostradas na Figura 3.2. As componentes simétricas para tais correntes são encontradas a seguir. Eq. 3.6 De acordo com a definição de componentes simétricas, a eq. 3.6 pode ser rescrita como, Eq. 3.7 ou Eq. 3.8 Figura 3.2 – Decomposição de um sistema desbalanceado em componentes simétricas.
  • 3. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 3 Na forma matricial, a eq. 3.8 fica, Eq. 3.9 Onde A é conhecida como Matriz de Transformação Eq. 3.10 Resolvendo a eq. 3.9 para encontrar as componentes simétricas, Eq. 3.11 A inversa de A é, Eq. 3.12 Por meio das eq. 3.10 e 3.12, conclui-se que, Eq. 3.13 Substituindo a eq. 3.13 em 3.11, Eq. 3.14 ou, na forma de componentes simétricas Eq. 3.15 A eq.3.15 permite concluir que a componente de sequencia zero da corrente é igual a um terço da soma das correntes de cada fase. Portanto, a sequencia zero não existe quando a soma das três correntes de fase for zero (por ex. sistema trifásico ligado em Y não aterrado). Se o neutro do sistema for aterrado, a corrente de sequencia zero flui entre o neutro e o terra. Expressões similares existem para a tensão. Logo, tensões desbalanceados em termos de componentes simétricas são, Eq. 3.16 na forma matricial, Eq. 3.17 As componentes simétricas em termos das tensões desbalanceadas são,
  • 4. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 4 Eq. 3.18 Na forma matricial Eq. 3.19 A potencia aparente complexa em termos das componentes simétricas é, Eq. 3.20 Substituindo a eq. 3.9 e 3.17 em 3.20, tem-se Eq. 3.21 Como AT = A, da eq. 3.13, ATA* = 3, e a potencia complexa fica Eq. 3.22 A eq. 3.22 mostra que a potencia complexa total desbalanceada pode ser obtida a partir da soma das potências complexas. Nas deduções acima, I0 , I1 e I2 são referentes a fase a. Exemplo 3.1 Obtenha as componentes simétricas para as correntes Ia = 1,6∟25º, Ib = 1,0∟180º, Ic = 0,9∟132º. As componentes simétricas e os fasores são mostrados na Figura 3.2 Assim, ver CHP10EX1.M Exemplo 3.2 As componentes simétricas da tensão são Va 0 = 0,6∟90º, Va 1 = 1,0∟30º, Va 2 = 0,8∟-30º. Determine os fasores desbalanceados. As componentes simétricas e os fasores são mostrados na Figura 3.3. Assim, ver CHP10EX2.M
  • 5. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 5 Figura 3.3 – Transformação de componentes simétricas em componentes de fasores. 3.3 Impedâncias de sequência É a impedância de um equipamento que é percorrida por diferentes sequências. A impedância que se estabelece para a corrente de sequência positiva é a Z1. Para a sequência negativa é a Z2 e para a sequência 0 é a Z0. 3.3.1 Impedância de sequência para carga em Y Uma carga trifásica balanceada com impedância própria e mútua é mostrada na Figura 3.4. Figura 3.4 – Carga balanceada em Y. As tensões fase-terra são, Eq. 3.23 Da lei de Kirchhoff tem-se, Eq. 3.24
  • 6. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 6 Substituindo a eq. 3.24 em 3.23 e reescrevendo a eq.3.23 na forma matricial, tem-se Eq. 3.25 ou, na forma compacta Eq. 3.26 onde Eq. 3.27 Escrevendo Vabc e Iabc em termos de suas componentes simétricas, tem-se Eq. 3.28 Multiplicando a eq. 10.28 por A-1, tem-se Eq. 3.29 onde Eq. 3.30 Substituindo Zabc (eq.3.27), A-1(eq. 3.10), A (eq. 3.12) tem-se Eq. 3.31 Realizando a multiplicação, tem-se Eq. 3.32 Se não houver acoplamento mútuo, Zm = 0, e a matriz de impedância fica Eq. 3.33 A matriz de impedância tem elementos não zeros somente na diagonal principal. Portanto, para cargas balanceadas, as três sequências são independentes. Isto é, as correntes relativas a cada sequencia produzirão quedas de tensão somente na mesma sequência de fase. Esta é uma propriedade importante, já que permite analisar cada rede de sequencia para uma única fase.
  • 7. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 7 3.3.2 Impedância de sequência de linhas de transmissão Para dispositivos estáticos, tais como as LTs, as impedânicas Z1=Z2, pois as correntes e tensões se deparam com a mesma geometria da LT. Os condutor de aterramento está no caminho da sequência zero. Logo, Z0, que inclui o efeito do caminho de retorno pela terra, geralmete é diferente de Z1 e Z2. Para ter idéia da ordem da Z0, considere a seguinte configuração. Considere uma LT de 1m de comprimento com condutores equilateralmente espaçados, de acordo com a Figura 3.5. Figura 3.5 – Corrente de sequência zero com retorno pela terra. Pelos condutores fluem correntes de sequência zero (monofásica) que retornam pelo neutro aterrado. A superfície da terra é aproximada a um condutor fictício equivalente localizado na distância média Dn em relação a cada uma das fases. Como o condutor n transporta a corrente de retorno em direção oposta, tem-se Eq. 3.34 Como Ia0 = Ib0 = Ic0, tem-se Eq. 3.35 O fluxo concatenado da fase a é Eq. 3.36 Substituindo Ib0, Ic0 e In em termos de Ia0, tem-se Eq. 3.37 Como L0 = λa0/Ia0, a indutância por fase em mH/km é
  • 8. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 8 Eq. 3.38 O primeiro termo é a indutância de seq. positiva. Logo, a reatância de seq. zero é Eq. 3.39 onde Eq. 3.40 A Z0 de uma LT é maior que 3x Z1. 3.3.3 Impedância de sequência de máquinas síncronas X1 pode ser igual a X"d, X'd ou Xd, dependendo do caso estudado. X2 é aproximadamente igual a X"d. Eq. 3.41 X0 é aproximadamente igual a X de dispersão. Eq. 3.42 3.3.4 Impedância de sequência de transformadores As perdas no núcleo e a corrente de magnetização são da ordem de 1% do valor nominal. Logo, o ramo de magnetização é desprezado. O transformador é modelado por meio do equivalente série da impedância de dispersão. Como o transformador é um dispositivo estático, a impedância de dispersão não muda se a sequência de fase mudar. Logo, Eq. 3.43 Nos transformadores Y-∆ ou ∆-Y, a o lado de AT está adiantando em relação ao de BT em 30º, para a sequência positiva. Na sequência negativa o deslocamento angular é de -30º. A mostra algumas configurações de transformadores e o circuito de sequência zero.
  • 9. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 9 Figura 3.6 – Circuito equivalente de sequência zero do transformador. Exemplo 3.3 Uma tensão de fase de 100 V é aplicada a uma carga trifásica balanceada conectada em Y, conforme mostra a Figura 3.7.
  • 10. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 10 Figura 3.7 – Circuito elétrico do exemplo 3. Determine: a) as correntes de linha usando análise de malhas, sem fazer uso das componentes simétricas b) As correntes de linha por meio das componentes simétricas. Aplicando a LTC, tem-se: Pela LCK, tem-se: As duas equações na forma matricial fica, ou, na forma compacta, resolvendo o sistema de equações, tem-se as correntes de linha b) Pelo método das componentes simétricas onde da eq. 3.32, Assim, ver CHP10EX3.M
  • 11. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 11 Exemplo 3.4 Uma fonte trifásica desbalanceada tem os seguintes valores de tensão de fase Alimente a seguinte carga Sendo Zs = 8 + j24 e Zm = j4, e sabendo que o neutro da fonte e carga são solidamente aterrados, determine: a) A matriz de impedância de sequencia Z012 b) As componentes de sequencia da tensão c) As componentes de sequencia da corrente d) As correntes de fase da carga e) A potência complexa fornecida para a carga em termos de componentes simétricas f) A potência complexa fornecida para a carga. Ver CHP10EX4.M 3.4 Componentes de sequência de geradores A Figura 3.8 representa um gerador síncrono trifásico aterrado por meio de Zn. O gerador está alimentando uma carga trifásica balanceada. Figura 3.8 – Fonte trifásica balanceada.
  • 12. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 12 As tensões internas da máquina síncrona são, Eq. 3.44 Aplicando a LTK em cada fase, tem-se: Eq. 3.45 Substituindo In = Ia + Ib +Ic , e escrevendo a eq. 3.45 na forma matricial, tem-se: Eq. 3.46 ou, na forma compacta Eq. 3.47 Transformando para as componentes simétricas Eq. 3.48 Multiplicando 4.48 por A-1 , tem-se Eq. 3.49 onde Eq. 3.50 Realizando as multiplicações, tem-se Eq. 3.51 Como a emf gerada é balanceada, só existe tensão de sequência positiva Eq. 3.52 Substituindo Ea 012 e Z012 em 3.49, tem-se Eq. 3.53 reescrevendo a equação na forma de componente
  • 13. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 13 Eq. 3.54 Estas três equações podem ser representadas pelos três diagramas de sequência mostrados na Figura 3.9. Figura 3.9 – Diagramas de sequência: (a) positiva; (b) negativa; (c) zero. Observações: • as três sequencias são independentes. • o diagrama de sequencia positiva é igual ao diagrama unifilar utilizado em estudos balanceados. • somente a sequência positiva tem fonte de tensão. Portanto, a corrente de seq. positiva causa queda de tensão de sequência positiva. • correntes de seq. negativa e zero causam quedas de tensão de seq. negativa e zero, somente. • o neutro do sistema é referência para a seq. positiva e negativa, enquanto que o terra é referência para a seq. zero. • a impedância de aterramento é refletida na seq. zero em 3Zn. • sistemas trifásicos podem ser resolvidos separadamente para uma única fase. 3.5 Curto-circuito fase-terra A Figura 3.8 mostra um gerador síncrono trifásico aterrado por meio de Zn. Figura 3.10 – Falta monofásica na fase a. Suponha que a falta ocorre na fase por meio de uma Zf e o gerador está a vazio. As condições de contorno no ponto de falta são:
  • 14. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 14 Eq. 3.55 Eq. 3.56 Substituindo Ib = Ic = 0, as componentes simétricas das correntes (eq. 3.14) são Eq. 3.57 Da eq. acima tem-se Eq. 3.58 A tensão na fase a em termos das componentes simétricas é Eq. 3.59 Substituindo a eq.3.54 na eq. 3.59, tem-se: Eq. 3.60 onde Z0 = Zs + 3Zn. Substituindo por Va da eq. 3.55, e sabendo que Ia = 3Ia0 , tem-se Eq. 3.61 ou Eq. 3.62 A corrente de falta é Eq. 3.63 Substituindo Ia na eq. 3.54, as componentes simétricas da tensão de fase no ponto de falta são obtidas. As eq. 3.58 e 3.62 podem ser representadas por meio da conexão do diagrama de sequência em série, conforme a Figura 3.11. Nas faltas monofásicas, as impedâncias equivalentes de Thévenin no ponto de falta são obtidos para cada sequência. Se o gerador for solidamente aterrado, Zn = 0 e se a falta for do tipo franca, Zf = 0. Figura 3.11 – Falta monofásica na fase.
  • 15. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 15 3.6 Curto-circuito bifásico A Figura 3.12 mostra um gerador síncrono trifásico com as fases a e b em curto-circuito, sendo a impedância de falta Zf. Considerando que o gerador está em vazio, as condições de contorno no ponto de falta são: Eq. 3.64 Eq. 3.65 Eq. 3.66 Figura 3.12 – Falta bifásica entre as fases b e c. Substituindo Ia = 0, e Ib = - Ic na eq. 3.14, as componentes simétricas das correntes são Eq. 3.67 Da eq. acima encontra-se Eq. 3.68 Eq. 3.69 Eq. 3.70 Da eq. 3.69 e 3.60, tem-se Eq. 3.71 Da Eq. 3.16, tem-se Eq. 3.72 Substituindo por Va1 e Va2 da eq. 3.54 e sabendo que Ia2 = - Ia1, tem-se Eq. 3.73 Substituindo Ib da eq. 3.69, tem-se
  • 16. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 16 Eq. 3.74 Como (a - a2 )(a2 - a) = 3, e resolvendo para Ia1 tem-se Eq. 3.75 As correntes de fase são Eq. 3.76 A corrente de falta é Eq. 3.77 ou Eq. 3.78 Substituindo Ia na eq. 3.54, as componentes simétricas da tensão de fase no ponto de falta são obtidas. As eq. 3.71 e 3.75 podem ser representadas por meio da conexão do diagrama de sequência em paralelo, conforme a Figura 3.11. Se a falta for do tipo franca, Zf = 0. Figura 3.13 – Conexão dos diagramas de sequência para falta bifásica. 3.7 Curto-circuito bifásico-terra A Figura 3.14 mostra um gerador síncrono trifásico com as fases a e b em curto-circuito, sendo a impedância de falta a terra Zf. Considerando que o gerador está em vazio, as condições de contorno no ponto de falta são: Eq. 3.79 Eq. 3.80 Da eq. 3.16, as tensões de fase Vb e Vc são Eq. 3.81
  • 17. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 17 Figura 3.14 – Falta bifase-terra entre as fases a e b. Eq. 3.82 Como, no ponto de falta Vb = Vc, tem-se Eq. 3.83 Em termos das componentes simétricas, a eq. 3.79 fica Eq. 3.84 Substituindo 3.84 e 3.83 em 3.81, tem-se Eq. 3.85 Substituindo as componentes simétricas da tensão (eq. 3.54) em 3.85 e resolvendo para Ia0, tem-se Eq. 3.86 Do mesmo modo, considerando a eq. 3.83, tem-se Eq. 3.87 substituindo Ia0 e Ia2 em 3.80 e resolvendo para Ia1, tem-se
  • 18. _________________________UFSM_____ Prof. Ghendy Cardoso Junior_______________________________2012 18 Eq. 3.88 As eq. 3.86 e 3.88 podem ser representadas pela conexão da seq. positiva em série com a combinação em paralelo da seq. negativa e zero, conforme mostra a Figura 3.15. O valor de Ia1 encontrado na eq. 3.88 pode ser substituído nas eq. 3.86 e 3.87 de modo a encontrar o valor de Ia0 e Ia2. As correntes nas fases pode ser encontradas por meio da eq. 3.8. Finalmente, a corrente de falta é Eq. 3.89 Figura 3.15 – Conexão dos diagramas de sequência para falta bifase-terra.