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Edição 078 - Abril de 2021 - Ouro Preto - MG
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Ai que saudade do meu amor
Meu amor é passarinho
É passarinho Beija-flor
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De flor em flor ele voou
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AMEOPO MA
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editora artesanal
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Felipe Rodrigues
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Edição: Studio b2mr (@studiob2mr)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA.
Circulação (impressa): Ouro Preto, Mariana (MG)
Conselho Editorial: Flávia Alves Santos
Exemplares na pRAÇA: 1.000 (distribuídos gratuitamente).
Paticipação: Joel Galvão, Alexandre dos Ratos, Fábio Fernandes,
Dário Omanguin, Felipe Rodrigues.
Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e fomentar a produção literária em
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Patrocínio
A verdade é ilusão
Muito além do muro penso: sou pássaro, muito além do muro penso: sou pulo, dou combate
ao muro: penso, sou pluma, dou contraste ao mundo, peso: sou leve, faço a punhos minha
senha bancária: sou murros, faço carícias nas pernas, sou gato, faço as unhas e marco a
manicure pra sábado, sou maquilagem em sua pele, escovo seus dentes e mordo na cárie,
beijo é amor por osmose, salseiro no peso da frase, vale o tanto que se faz, e tanto faz
o quanto, importa o que se escreve, e que nem sempre é ou há de ser bonito, o gatilho das
tretas na rede, basta estar atento e acontecer no instante exato do ato, que chato,
só por inveja pixaram de cal o meu pixo, infelizmente inventaram a tal tinta invisível,
de vez em quando me apagam, hoje só me resta ser musgo, agarrado no muro, dou meus
tragos na chuva, provoco tatuagem indelével na pedra, fincar raizes na pele, e o mato
brota dos poros, adubo de puro concreto, assinatura em relva que recubra o muro,
a cidade mais verde, uma floricultura, uma festa pra jáh!
Alexandre du Ratos
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vontade no mundo. A vida lhe parece
bruta demais para uma existência.
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FANZINE AMEOPOEMA #094 - Setembro 2022
 

Ameopoema 078 abril 2021

  • 1. AMEOPOEMA Edição 078 - Abril de 2021 - Ouro Preto - MG Reside num dos cantos da boca Uma gota insistente Adornada por uma espuma Translúcida policromática Feito reflexo em mancha de óleo n'água Viscosa Pegajosa de Densidade inconstante Do aquoso ao crocante Pungente inerte e relutante Se estica emplastrada Como quem escala a parede intestinal Como quando o pó amarelado gruda Uma dedada de graxa Bem na dobrinha No vértice entre os lábios Pingando vezes no chão Vezes rebatendo da língua pro dente Vezes expectora enquanto fala Com a língua tenta cobrir parcialmente a Rachadura duma secura e cor Que denunciava cândida Herpes e pancreatite a ponto De digerir parte do esôfago Preocuposo e debulhado em Esperança desaguada Denunciei sentidos dormentes Reflexos nítidos do uso indiscriminado De discursos venenosos Fiz frente inutilmente ao desdem A cera nos ouvidos sonegava oportuna A Psiquê abandonada no Deserto de miragens sobre o passado Obedecia solenemente a Secreção purulenta que Brotava no canto da boca BOCA DE CU DE BAIACU Joel Galvão facebook.com/joelmgalvao Meu amor é passarinho É passarinho Beija-flor Beija-Flor voou voou De flor em flor ele voou Ai que saudade do meu amor Ai que saudade do meu amor Tanta saudade que senti Sua ausência me traz dor De flor em flor procurei meu amor Nada desse amor surgir Ai que saudade do meu amor Ai que saudade do meu amor Meu amor é passarinho É passarinho Beija-flor Beija-Flor voou voou De flor em flor ele voou Minha sinhá Flor me diz por favor Onde posso encontrar meu amor? Seu amor voou e se aquietou Ela é passarinho Beija-flor... Ela vai voltar para o seu agrado Vem colher o néctar dos seus beijos Esperar é o segredo... Seu passarinho é todo amor Meu passarinho voltou... Voltou! Dário Omanguin Farias Poeta Ratos Di Versos Vila Velha - ES 18 de Fevereiro de 2021 MEU BEIJA-FLOR AMEOPO MA E editora artesanal fb.com/ameopoema | @studiob2mr
  • 2. Como poesia em construção Cada um só enxerga de uma vez Em diferentes tempos E a cada percepção Certezas que são talvez Tudo se repetindo muda Pessoas que são em vão Não ter romance é escolha Assim como entregar integralmente o coração Ninguém consegue viver numa bolha De grosseria, conservadorismo e estupidez Por isso plante, reggae e colha O que te fizer sentir sentimento em oração Porque quem ora agradece a bênção recebida E valoriza o que recebeu de doação Felipe Rodrigues fb.com/profile.php?id=100033871540628 $ BY ND = NC cc _ Edição: Studio b2mr (@studiob2mr) Coordenação: Editora AMEOPOEMA. Circulação (impressa): Ouro Preto, Mariana (MG) Conselho Editorial: Flávia Alves Santos Exemplares na pRAÇA: 1.000 (distribuídos gratuitamente). Paticipação: Joel Galvão, Alexandre dos Ratos, Fábio Fernandes, Dário Omanguin, Felipe Rodrigues. Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor e vontade de circular ideias e fomentar a produção literária em Ouro Preto e região. PARTICIPE, ENVIE SEU MATERIAL ameopoemaeditora@gmail.com || fb.com/ameopoema AMEOPO MA E E AMEOPO MA E E AMEOPO MA E E AMEOPO MA E E Patrocínio A verdade é ilusão Muito além do muro penso: sou pássaro, muito além do muro penso: sou pulo, dou combate ao muro: penso, sou pluma, dou contraste ao mundo, peso: sou leve, faço a punhos minha senha bancária: sou murros, faço carícias nas pernas, sou gato, faço as unhas e marco a manicure pra sábado, sou maquilagem em sua pele, escovo seus dentes e mordo na cárie, beijo é amor por osmose, salseiro no peso da frase, vale o tanto que se faz, e tanto faz o quanto, importa o que se escreve, e que nem sempre é ou há de ser bonito, o gatilho das tretas na rede, basta estar atento e acontecer no instante exato do ato, que chato, só por inveja pixaram de cal o meu pixo, infelizmente inventaram a tal tinta invisível, de vez em quando me apagam, hoje só me resta ser musgo, agarrado no muro, dou meus tragos na chuva, provoco tatuagem indelével na pedra, fincar raizes na pele, e o mato brota dos poros, adubo de puro concreto, assinatura em relva que recubra o muro, a cidade mais verde, uma floricultura, uma festa pra jáh! Alexandre du Ratos poetaxandu@gmail.com Poeta é aquele que não se sente à vontade no mundo. A vida lhe parece bruta demais para uma existência. Existir, para o poeta, é de uma visão participativa, onde não se pode perder de vista a sí mesmo. Para quem não faz poesia os poemas são algo de menos – Homero nada escrevia porque não via. A palavra prescinde de imagens. Por isso nenhum poeta enxerga a durabilidade dos fatos. A idéia do poeta é um mito que lho afasta toda razão. Ele não crê, imita. Não se move, movimenta um motivo. Daí o poeta: uma semi-emoção que se completa na destruição. ICONOCLASTIA Fábio Fernando fb.com/fabio.f.caricaturas Este espaço é para você escrever uma carta para alguém e enviar pelos correios.