7. 1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
8. 2 Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
9. 3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;
10. 4 permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
11. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
12. 6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
13. 7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
14. 8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.
16. Quinta-feira Santa (Ceia do Senhor) Discurso de despedida Através dos seus gestos e palavras ele apresenta seu “TESTAMENTO”. Ele está consciente da proximidade de sua morte na cruz.
17. Os discípulos recebem as coordenadas para continuarem a missão de Jesus. Nasce a comunidade “Cristã” alicerçada no serviço e no amor. O “discurso de despedida” de Jesus vai de 13:1 a 17:26
18. O texto nos apresenta uma instrução de Jesus sobre a IDENTIDADE e a SITUAÇÃO da comunidade dos discípulos no mundo. Eles são ramos da videira verdadeira e devem dar frutos.
20. A imagem da videira, dos ramos e dos frutos, tem um profundo significado no universo religioso judaico.
21. Jesus, utilizando-se de uma parábola com linguagem do campo, relembrará o povo do verdadeiro relacionamento com Deus.
22. O Povo de Israel (antiga videira) não produziu os frutos que Deus esperava. No A.T. a “videira” e a “ vinha” eram símbolos do Povo de Deus Israel era apre-sentado como uma “videira” que Deus arrancou do Egito e transplantou para a Terra Prometida.
23. Jesus se apresenta como a nova videira (a verdadeira) que produzirá os frutos que Deus quer.
24. Diz aos discípulos que eles são os ramos que ligados a ele (permanecendo) receberam vida e produzirão frutos.
25. Interromper a relação com Jesus significa cortar a relação com a fonte de vida e condenar-se à esterilidade. O ramo não tem vida própria... não produz fruto de si mesmo... Deve permanecer ligado a árvore para receber seiva. O verbo “permanecer” é a palavra-chave do nosso texto. Ela aparece 7 vezes nos versículos 4-8.
26. A este só resta ser cortado e lançado fora pois, não correspondeu com aquilo para o qual fora criado (dar fruto). Quem se recusa a acolher a vida que Jesus propõe e prefere conduzí-la por caminhos de egoísmo, de auto-suficiência, de fechamento, se torna um ramo seco... sem fruto.
27. Deus é tal como o viticultor zeloso... Cuida da comunidade que está ligada a Cristo, para que produza os seus frutos. A comunidade de Jesus (os ramos) não deve condenar-se à esterilidade. Ela é vocacionada para dar frutos. Por isso, o agricultor (DEUS) empenha-se para que os ramos cumpram a sua razão de existir... (dar frutos).
28. Sem a poda, a videira dentro de alguns anos torna-se estéril e morre. Portanto, podar é cuidar da “saúde” da videira. No cuidado com a videira o viticultor tem que podá-la. A poda não é sinônimo de punição. Não é para que a planta sofra. Não é um ato “sádico” do agricultor. Poda é um ato de cuidado, oferecendo à planta condições de sobreviver e de dar os seus frutos.
30. Quanto as ações do PAI (agricultor) e do FILHO (videira) não podemos questionar. Eles cumprem os propósitos eternos. PAI : Agricultor JESUS : Videira Verdadeira IGREJA : Ramos
31. Mas... porém... contudo... se olharmos para a IGREJA (ramos) a veremos cumprindo sua parte? Nós como ramos da videira temos produzido nossos frutos? Se sim, que tipo de frutos? Bons ou maus?
32. Há um episódio bíblico onde Jesus amaldiçoou uma figueira, porque ela não produzia frutos, e ela secou. “ Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome; e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente .”
33. A razão de ser de uma árvore é dar frutos. O fruto é o produto final de sua existência. A lição apresentada por Jesus, é que cada cristão deve produzir frutos. Sua função última é produzir “ frutos-cristãos ”.
34. A lição do texto é radical. Quem não produz fruto, não tem razão de ser no meio do povo de Deus. O que qualifica o cristão são os frutos produzidos. Não basta ser batizado numa igreja (católica ou evangélica).
35. Que frutos temos produzido? Nossos frutos representam a videira verdadeira, ou nossa “índole” indomável? Nossos gestos, atitudes e palavras tem demonstrado que somos ramos da videira verdadeira, ou ramos auto-suficientes?
36. Em outra passagem bíblica Jesus afirmou: “ Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração .”
41. Foi derrubado e transformado em poste elétrico. Com uma reação estupenda criou raízes no solo e voltou a dar seu fruto (belas flores amarelas) Este é um exemplo a ser seguido... ... resistir às forças que nos impedem de dar os frutos para os quais fomos criados / vocacionados.
42. O AGRICULTOR tem feito sua parte, a VIDEIRA VERDADEIRA , também, vamos nós como RAMOS cumprir a nossa?